quarta-feira, 6 de março de 2024

APUCARANA: Conecta mostra planejamento para 2024, com aporte de R$500 mil da prefeitura

 

Em evento que reuniu representantes do setor público, privado e academias de Apucarana, aconteceu na manhã desta terça-feira (06), no auditório da ACIA, a apresentação do Planejamento do Conecta para 2024.

O presidente da ACIA e do Conecta, Wanderlei Faganello informou que as ações de inovação já começam a dar frutos no município. “Em 2023 atingimos quase 5.000 pessoas em 111 eventos”, explica Faganello. Em sua fala de abertura, Faganello ainda frisou que Apucarana teve um amadurecimento de 17% na nota como Ecossistema de Inovação. “Com isso recebemos do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Inovação, Modernização e Transformação digital – SEPARTEC – o CERTIFICADO HUB CONECTA APUCARANA, o que fez com que nossa cidade possa vir a receber um parque tecnológico em benefício de Apucarana e toda a região”, ressalta Faganello.

O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, colocou a prefeitura à disposição do Conecta. “Pretendemos oferecer um espaço físico para que a governança se reúna e possa realizar mais ações. Porque quero muito que possamos juntar inovação com educação. E o Conecta pode nos ajudar muito neste sentido”, diz o prefeito.

No ano passado foi aprovada a Lei do Sandbox e a Lei do Empreendedorismo. “A primeira facilita abertura de empresas e testes de modelagens de negócios para empresas inovadoras. A segunda dispõe de facilidades fiscais onde já temos R$ 250 mil do Fundo Municipal de Inovação. Contudo, podemos conceder um aporte de mais R$ 250 mil para negócios inovadores”, promete o prefeito Junior da Femac.

O consultor do Sebrae, Tiago Cunha, apresentou o Mapeamento do Ecossistema de Inovação, que é um estudo que está sendo feito desde 2020 em Apucarana. Este trabalho faz parte das ações desenvolvidas pelo Conecta e Sebrae, que realizou o levantamento de dados e apontou quatro áreas com oportunidades para se empreender e para o desenvolvimento científico/tecnológico no município e na região.

“Temos muito forte hoje o setor de mecânica e automação, agronegócio, computação e produção de químicos e materiais como nichos a serem investidos. A atualização do mapeamento é importante, porque norteia o caminho das ações que vamos definir junto aos setores públicos, universidades e escolas com o setor privado”, explica Cunha.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

"Me disseram que vão convidar olheiros do mundo inteiro", diz Lula sobre eleições na Venezuela

 Presidente Lula disse ter ficado "feliz" com o agendamento das eleições na Venezuela, marcadas para 28 de julho

Lula e Maduro se cumprimentam durante reunião da Celac
Lula e Maduro se cumprimentam durante reunião da Celac (Foto: Ricardo Stuckert via Reuters)

 Pouco antes de receber o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, que está em visita oficial ao Brasil, no Palácio do Planalto, o presidente Lula (PT) conversou com jornalistas nesta quarta-feira (6) e disse ter ficado "feliz" com o agendamento das eleições na Venezuela. Segundo o g1, ele destacou que há um acordo para que o pleito seja monitorado pela comunidade internacional. "O que eles me disseram na reunião que eu tive na Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos], é que vão convidar olheiros do mundo inteiro".

Quando questionado sobre a lisura da eleição, o presidente afirmou que se o comportamento da oposição venezuelana for igual ao de Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2022 - quando passou a campanha inteira difamando o processo eleitoral - no Brasil, "nada vale'. "Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento do nosso aqui, sabe, nada vale".

As eleições venezuelanas ficaram marcadas para 28 de julho. Maduro concorrerá à reeleição, mas ainda não se sabe quem o enfrentará nas urnas.

Fonte: Brasil 247

Indicado por Bolsonaro para o STF, Nunes Marques nega pedido para libertar presos pelos atos golpistas do 8/1

 Ministro alegou a impossibilidade de conceder habeas corpus contra determinação de outro integrante da Corte

Kassio Nunes MarquesKassio Nunes Marques (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)  Kassio Nunes Marques, indeferiu o pedido de habeas corpus apresentado por um instituto em favor dos presos pelos ataques terroristas do dia 8 de janeiro do ano passado, quando militantes bolsonaristas e de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Nunes Marques, que foi indicado para  Corte por Jair Bolsonaro (PL),  não é o relator dos inquéritos referentes aos atos golpistas, sendo essa uma responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.

Segundo a Folha de S. Paulo, o pedido de habeas corpus buscava a libertação dos detidos mediante a adoção de medidas cautelares e a transferência dos autos para a Justiça Federal. No entanto, em sua decisão, o ministro negou seguimento ao pedido, alegando a impossibilidade de conceder habeas corpus contra determinação de outro integrante do STF.

“Esta Suprema Corte consolidou sua jurisprudência no sentido do não conhecimento de habeas corpus quando impetrado contra decisão de ministro do Supremo Tribunal Federal ou contra acórdão de quaisquer das turmas ou do plenário desta Suprema Corte”, justificou Nunes Marques.

Até o momento, 116 pessoas foram condenadas pelos ataques, enfrentando penas que variam de 3 a 17 anos de prisão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou mais de 1.400 denúncias contra os envolvidos nos ataques, mas parte deles pode ser beneficiada por acordos de persecução penal, evitando julgamentos pelo STF.

Fonte: Brasil 247 com informações da Folha de S. Paulo

Ação que busca acabar com colégios cívico-militares no Paraná avança no STF; julgamento pode ocorrer em maio

 Ação no Supremo argumenta que não cabe ao governo estadual legislar sobre estrutura da educação, o que compete ao governo federal

(Foto: Divulgação/Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná )

 A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra as escolas cívico-militares do Paraná avançou no Supremo Tribunal Federal (STF), com o ministro Dias Toffoli publicando, nesta segunda-feira (4), um despacho dando andamento ao processo. “Após renovadas as informações pelos requeridos e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, seja este processo julgado pelo Plenário em caráter definitivo”, escreve o magistrado e relator do processo. Considerando todos os prazos de manifestação dos diferentes envolvidos no processo, a ação deve estar pronta para ser julgada no início de maio.

A ADI argumenta que não cabe ao governo estadual legislar sobre estrutura da educação, o que compete ao governo federal.

Em novembro, a deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT) e a presidenta da APP-Sindicato Walkiria Olegario Mazeto participaram de audiência com o ministro, em Brasília. No encontro, elas pediram agilidade para julgar a ação. “Conversamos com o ministro por conta do risco de o Ratinho Jr. ampliar as escolas cívico-militares. Mostramos como esse modelo tem sido ruim para o Paraná, como não agrega na educação pública e como não existe no ordenamento brasileiro”, relata a parlamentar.

No entendimento da APP, o programa atenta contra a gestão democrática e em nada contribuiu para a escola pública. “Apresentamos a situação das escolas, a preocupação com a ampliação do programa para os municípios e as dificuldades enfrentadas por famílias que não querem o modelo, mas não têm outras escolas na região para estudar”, explica Walkiria.

Fonte: Brasil 247

Receita divulga regras para IRPF 2024; confira prazos e limites

 Prazo de entrega do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) em 2024 começa em 15 de março e vai até 31 de maio

Imposto de rendaImposto de renda (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

 - O prazo de entrega do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) em 2024 começa em 15 de março e vai até 31 de maio. A Receita Federal divulgou hoje (6) as regras para a declaração do IRPF, com ano-base 2023.

A expectativa da Receita é de receber 43 milhões de declarações. Em 2023, foram recebidas 41.151.515 declarações. O programa de declaração do Imposto de Renda será liberado para download também a partir do dia 15 de março, com versões para desktop e celular (Android e iOS).

Em razão da Lei 14.663/2023 houve alteração nas tabelas progressivas anual e suas faixas, nos limites para obrigatoriedade de entrega anual e nas regras para inclusão de dependentes (pais, avós, bisavós).

Com as novas regras, ficam isentos de apresentar a declaração os contribuintes que receberam até R$ 24.511,92 no ano passado.

A entrega da declaração do IRPF será obrigatória para quem recebeu em 2023 rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90. No ano passado, esse limite estava em R$ 28.559,70.

Também está obrigado a declarar quem recebeu rendimentos isentos e não tributáveis tributados exclusivamente na fonte que ultrapassaram R$ 200 mil, ante os R$ 40 mil do ano passado; quem obteve receita bruta da atividade rural de R$ 153.199,50, contra R$ 142.798,50 em 2022; quem tinha posse ou propriedade de bens e direitos, inclusive terra nua, superior a R$ 800 mil, até 31 de dezembro de 2023.

O preenchimento da declaração também é obrigatório para quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do Imposto; realizou operações de alienação em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas: cuja soma foi superior a R$ 40 mil ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital com a venda de imóveis residenciais e tenha aplicado o ganho na aquisição de imóveis residenciais localizados no país, no prazo de 180 dias.

Em razão da Lei 14.754/2023, a chamada Lei das Offshores, também é obrigatória a declaração referente à bens e direitos no exterior para quem optou por detalhar bens da entidade controlada como se fossem da pessoa física; possuir trust no exterior ou deseja atualizar bens no exterior. Uma portaria detalhando as regras deve ser publicada pela Receita até o dia 5 de março.

Quem não entregar dentro do prazo fixado, está sujeito a multa mínima de R$ 165,74 e valor máximo correspondente a 20% do Imposto sobre a Renda devido.

Quem optar pela declaração simplificada, terá um desconto "padrão" de 20% na renda tributável, limitado a R$ 16.754,34, mesmo valor do ano passado.

Caso o contribuinte não opte pelo desconto padrão, o valor da dedução por dependente permanece R$ 2.275,08, o mesmo ocorre com o limite anual das despesas com instrução (ensino infantil, fundamental, médio, técnico e superior), que ficou em R$ 3.561,50 e a isenção para maiores de 65 anos. Em relação às despesas médicas, as deduções continuam sem limite.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil


Pimenta diz que militares se sentem traídos por Bolsonaro: 'botou pilha por golpe e sumiu na hora H'

 "Chegou na hora, preparou tudo, vamos fazer o golpe? Pegou o avião e foi para os Estados Unidos", disse o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência

Ministro Paulo Pimenta e Jair BolsonaroMinistro Paulo Pimenta e Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil | REUTERS/Joe Skipper)

 O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta (PT), afirmou que os militares "se sentem traídos" por Jair Bolsonaro (PL) devido à sua fuga para os Estados Unidos após o fracasso da suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Pimenta, o ex-mandatário “botou pilha” e “na hora H sumiu”.

“Chegou na hora, preparou tudo, vamos fazer o golpe? Pegou o avião e foi para os Estados Unidos. Aí o [Mauro] Cid vai acabar com a carreira dele, Bolsonaro milionário, filho milionário e eles [militares] presos? Tudo destruído e porque na hora H sumiu, covarde”, disse o ministro nesta quarta-feira (6), de acordo com o Metrópoles.

A declaração de Pimenta foi feita poucos dias após o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército no governo Bolsonaro, prestar um depoimento de mais de sete horas à Polícia Federal no âmbito do inquérito que apura o planejamento de um suposto golpe de Estado. Na oitiva, Freire Gomes confirmou a presença de Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, nas reuniões em que a trama golpista foi discutida, incluindo as duas versões de uma minuta que anularia as eleições e manteria o então ocupante do Palácio do Planalto no poder.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Lula reafirma defesa do Estado palestino, após encontro com primeiro-ministro espanhol

 "É fundamental avançar rapidamente na criação de um Estado Palestino e reconhecê-lo como membro pleno da ONU", disse o presidente

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que nesta quarta-feira (6) se reuniu com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, defendeu a necessidade de uma solução de dois Estados para a pôr fim ao genocídio do povo palestino promovido por Israel na Faixa de Gaza. “O direito de defesa transformado em direito de vingança constitui, na prática, punição coletiva que mata indiscriminadamente mulheres e crianças”, disse Lula.

“É fundamental avançar rapidamente na criação de um Estado Palestino e reconhecê-lo como membro pleno da ONU, um Estado que seja economicamente viável e que possa conviver em paz com Israel”, destacou Lula após o encontro.

Ainda segundo ele, “a paralisia do Conselho de Segurança frente a guerra na Ucrânia e em Gaza é prova cabal da necessidade de reformas urgentes no sistema de governança global para torná-lo mais representativo, legítimo e eficaz”, ressaltou.

O presidente também disse que “há grande convergência no Sul Global em torno da necessidade de reforma das organizações internacionais. Há desejo unânime por um mundo de paz e prosperidade. A obra ‘Guernica’, do genial Pablo Picasso, sintetiza a indignação com o horror e a destruição causados por todas as guerras e conflitos e deve servir de inspiração para a comunidade internacional”.

Leia a íntegra do discurso de Lula.

“É motivo de grande alegria receber o presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, e retribuir a calorosa acolhida que ele nos ofereceu na visita a Madri, em abril do ano passado.

Hoje, pudemos comprovar mais uma vez a grande afinidade entre os nossos governos.

Espanha e Brasil são duas grandes democracias que enfrentam o extremismo, a negação da política e o discurso de ódio, alimentados por notícias falsas.

Nossa experiência no enfrentamento da extrema direita, que atua coordenada internacionalmente, nos ensina que é preciso unir todos os democratas.

Não se pode transigir com o totalitarismo nem se deixar paralisar pela perplexidade e pela incerteza ante a essas ameaças.

A defesa da democracia está inevitavelmente ligada à luta contra todas as formas de exclusão.

Brasil e Espanha têm registrado episódios de racismo, de discriminação racial e de xenofobia, inclusive na área de esportes de grande público.

Só um projeto social inclusivo nos permitirá erigir sociedades prósperas, livres, democráticas e soberanas.

Na reunião de hoje decidimos seguir avançando nesse caminho com medidas muito concretas.

A Espanha é o segundo país de origem de investimento direto estrangeiro no Brasil, com empresas consolidadas e estoque de cerca de 60 bilhões de dólares.

Apresentei ao Presidente Sánchez e aos empresários que o acompanham as oportunidades que se abrem nas áreas de infraestrutura e sustentabilidade com o novo Programa de Aceleração do Crescimento e com o Programa de Neoindustrialização.

Nossos países avançam a passos largos na área de energias renováveis, um campo de cooperação que muito nos interessa.

O potencial do Brasil é ilimitado para a geração de eletricidade a partir de fontes limpas como biocombustíveis, eólicas, solar e hidrogênio verde.

No ano passado, a economia brasileira cresceu 2,9%, acima das projeções do FMI. Esse resultado traz confiança de que o Brasil é uma opção segura para os investidores.

Os atuais 12 bilhões de dólares de intercâmbio comercial são um exemplo disso. Vamos continuar buscando incrementar e diversificar nossas trocas.

Queremos tornar a indústria brasileira mais competitiva, com o apoio da inovação, da cooperação público-privada e do acesso a financiamentos com custos adequados.

Mas a competitividade que almejamos não pode resultar da redução da renda das famílias, da diminuição do emprego formal, da restrição às liberdades dos trabalhadores ou do desmonte das políticas sociais.

A experiência da Espanha foi uma inspiração para o projeto de lei que regula o trabalho por aplicativos de transporte, que vai beneficiar 1,5 milhão de trabalhadores do Brasil.

Expus ao presidente Sánchez a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que o presidente Biden e eu lançamos no ano passado, à margem da Assembleia Geral da ONU.

Concordamos com a urgência de promover um debate abrangente em torno da governança da inteligência artificial, a fim de minimizar riscos e distribuir benefícios equitativamente a todos os países.

É igualmente importante buscar soluções comuns para o enfrentamento à desinformação que corrói o tecido social e atinge pilares centrais de nossas democracias.

Também temos grande convergência em matéria de enfrentamento à mudança do clima.

O Brasil voltou a ser protagonista nessa área e sediará em Belém a COP-30, em 2025, para que as pessoas conheçam a Amazônia e o nosso compromisso em cuidar bem da floresta e dos povos da floresta.

Reiterei ao presidente Sánchez a determinação do meu governo com desmatamento zero até 2030.

A mudança do clima tem intensificado os episódios de estiagem severa em todo o mundo. Por isso o Brasil se somou, hoje, à Aliança Internacional para a Resiliência à Seca, criada por Espanha e Senegal em 2022.

Reiterei a importância conferida pela presidência brasileira do G20 à redução de todas as formas de desigualdade – essa mazela que ainda aflige muitos milhões da nossa humanidade.

É nesse contexto que se insere a proposta de tributação internacional justa e progressiva que o Brasil defende no G20. Já passou da hora dos super-ricos pagarem sua justa contribuição em impostos.

Destaquei, ainda, o lançamento da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e transmiti ao presidente Sánchez a preocupação do Brasil com o endividamento que sufoca os países em desenvolvimento.

Essa é a constatação que retiro da minha recente passagem pelas Cúpulas da União Africana, da CARICOM e da CELAC.

Há grande convergência no Sul Global em torno da necessidade de reforma das organizações internacionais.

Há desejo unânime por um mundo de paz e prosperidade.

A obra “Guernica”, do genial Pablo Picasso, sintetiza a indignação com o horror e a destruição causados por todas as guerras e conflitos e deve servir de inspiração para a comunidade internacional.

A paralisia do Conselho de Segurança frente a guerra na Ucrânia e em Gaza é prova cabal da necessidade de reformas urgentes no sistema de governança global para torná-lo mais representativo, legítimo e eficaz.

O direito de defesa transformado em direito de vingança constitui, na prática, punição coletiva que mata indiscriminadamente mulheres e crianças.

É fundamental avançar rapidamente na criação de um Estado Palestino e reconhecê-lo como membro pleno da ONU, um Estado que seja economicamente viável e que possa conviver em paz com Israel.

Brasil e Espanha possuem longa história de amizade e cooperação. O presidente Pedro Sánchez e eu estamos comprometidos em avançar nossa parceria estratégica tanto na vertente bilateral como na multilateral, sem nos omitir diante dos desafios de nosso tempo.

Muito obrigado”.

Fonte: Brasil 247

Turismo internacional injetou quase R$ 4 bilhões no Brasil em janeiro; maior valor nos últimos 10 anos

 Ao todo, cerca de 1 milhão de turistas estrangeiros escolheram o Brasil como destino de férias no verão

(Foto: Agência Brasil)

Sputnik - Turistas estrangeiros que visitaram o Brasil injetaram cerca de US$ 801 milhões, quase R$ 4 bilhões na economia do país, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central do Brasil (Bacen) e compilados pelo Ministério do Turismo nesta quarta-feira (6).

O valor, segundo o ministério é um incremento recorde na economia nacional alcançado para o mês de janeiro nos últimos dez anos e 13,9% maior que em 2019, ano pré-pandemia, quando os visitantes internacionais deixaram no país US$ 703 milhões (cerca de R$ 3,4 bilhões)

Ao todo, cerca de 1 milhão de turistas estrangeiros escolheram o Brasil como destino de férias no verão.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, declarou em nota que a projeção é de crescimento do turismo ao longo de 2024, devido a eventos de grande porte, como o G20, e preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), prevista para novembro de 2025, na cidade de Belém, no Pará.

"Temos também a atuação do escritório da OMT [Organização Mundial do Turismo] no Rio de Janeiro e vamos seguir trabalhando para melhorar a imagem do Brasil em grandes eventos internacionais. Com esse conjunto de ações vamos alcançar a meta de 10 milhões de estrangeiros no nosso país em quatro anos", apostou Sabino.

A OMT é a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável pela promoção do turismo de forma sustentável, responsável e acessível. O Rio foi escolhido para sediar a nova representação da OMT em outubro de 2023, quando a cidade teve o 5º maior crescimento do PIB de turismo no mundo.

Segundo a Embratur, o país voltou ao patamar pré-pandemia no que se refere à quantidade de viagens ofertadas por companhias do setor, tendo o número atingido 64,8 mil operações tanto em 2019 quanto no ano passado.

Fonte: Brasil 247 com Sputnik

Gleisi: imprensa brasileira está 'atrasada no debate econômico, atrelada à ideia fracassada de Estado mínimo'

 Presidente do PT criticou editorial do Globo, que defende mais autonomia para o Banco Central, e da Folha, que ataca o BNDES: "quem paga o preço do atraso é o Brasil"

Gleisi HoffmannGleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

 A presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou nesta quarta-feira (6) que a imprensa corporativa brasileira está 'atrasada' no debate econômico, o que, segundo ela, fica comprovado em editoriais publicados pelo O Globo e Folha de S. Paulo.

Ao O Globo, que publicou editorial intitulado "conceder autonomia financeira ao Banco Central seria um avanço", Gleisi lembrou que o trabalho do presidente do BC, Roberto Campos Neto, 'ameaça o crescimento do país'. Quanto à Folha de S. Paulo, que diz que o "BNDES precisa resistir a tentações dirigistas", a presidente do PT destaca que o banco existe exatamente para fomentar o desenvolvimento nacional.

"Editorial do jornal O Globo defende ampliar autonomia do Banco Central, no mesmo dia em que editorial da Folha tenta constranger atuação do BNDES. O BC 'autônomo' de Campos Neto resultou na maior taxa de juros do planeta e segue ameaçando o crescimento do país. BNDES foi criado para financiar o desenvolvimento e é isso que está voltando a fazer no governo Lula. Dois textos mostram o atraso do debate econômico na mídia, atrelada à ideia fracassada de Estado mínimo. O tal mercado aplaude, mas quem paga o preço do atraso é o Brasil", publicou Gleisi.

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Fonte: Brasil 247

Stellantis, dona da Fiat e Peugeot, anuncia investimento de R$ 30 bilhões no Brasil até 2030

 Executivos da companhia dizem que o anúncio representa o maior plano de investimentos da história da indústria automotiva no Brasil e da América do Sul

(Foto: Reuters | Reprodução | Ricardo Stuckert/PR)

Reuters - A Stellantis, que detém marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroen, anunciou nesta quarta-feira um ciclo de investimentos de 30 bilhões de reais no Brasil entre 2025 e 2030.

Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília, executivos da companhia afirmaram em entrevista à imprensa que o anúncio representa o maior plano de investimentos da história da indústria automotiva no Brasil e da América do Sul.

“Os 30 bilhões de reais serão todos no Brasil, serão investidos para renovar os nossos carros existentes, fazer novos lançamentos, introduzir a tecnologia 'bio-hybrid' e investir em novos negócios”, disse o presidente da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano.

No total, a companhia afirmou que vai lançar "mais de 40 novos produtos" no país no período do plano de investimento.

O volume de recursos anunciado pela Stellantis representa um terço dos cerca de 100 bilhões de reais que a associação nacional de montadoras, Anfavea, estimou em fevereiro que será investido no setor no Brasil até 2029, incluindo a indústria autopeças.

O anúncio foi feito um dia depois que a Toyota divulgou que vai investir 11 bilhões de reais no Brasil até 2030.

Além de Stellantis e Toyota, outras montadoras recentemente divulgaram grandes programas de investimento no país, incluindo Volkswagen (9 bilhões de reais até 2028), General Motors (7 bilhões até 2028) e Hyundai (1,1 bilhão de dólares até 2032).

De acordo com o presidente-executivo global da Stellantis, Carlos Tavares, o foco da companhia será dar um passo adiante aos veículos flex e aos movidos a etanol, adicionando a eles a tecnologia de eletrificação.

O próximo lançamento da companhia está previsto para o segundo semestre e será um veículo híbrido, informou o executivo.

Segundo Tavares, o plano de investimentos será coordenado com o programa Mover, do governo federal, que prevê incentivos à produção de veículos que emitem menos poluentes.

"É um programa pragmático e inteligente”, disse. “Esse alinhamento de interesse entre o governo brasileiro e nossa empresa é fundamental.”

Tavares afirmou que as três fábricas da companhia Brasil atualmente não estão saturadas. O executivo ponderou que se houver mais oportunidades no mercado, não faltarão recursos para investir mais em capacidade industrial, embora não seja um movimento necessário neste momento.

Perguntando sobre previsões para produção de carros 100% elétricos na região, em meio ao plano da companhia de que esses veículos representem 20% das vendas em 2030, Tavares disse que a tecnologia ainda custa até 40% mais do que os motores a combustão e que a classe média não aceitaria pagar valores mais altos, ao mesmo tempo em que a empresa não poderia assumir prejuízos para forçar uma redução de preço.

O presidente-executivo global da Stellantis afirmou que uma evolução da produção poderá levar a essa queda de custo em dois ou três anos, ponderando que isso também dependerá de uma produção em escala, algo que tem ficado mais difícil com o atual cenário de fragmentação global.

Em fevereiro, a Stellantis divulgou queda de 10% no lucro operacional do segundo semestre de 2023, quando greves causaram longas paralisações em suas operações na América do Norte, sua principal geradora de lucro.

Na América do Sul, porém, onde o Brasil é o principal mercado, o lucro operacional ajustado no ano passado subiu 16%, para 2,4 bilhões de euros. A região, junto com as áreas de Oriente Médio, África, China e Ásia-Pacífico, é chamada pela Stellantis como seu "terceiro motor" de crescimento.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Lula diz ser "preocupante" o "aumento da extrema direita e de suas ferramentas de desagregação social"

 Presidente destacou que nos últimos anos "um modelo econômico excludente tem concentrado renda e ampliado as disparidades", criando "terreno fértil para o extremismo"

Luiz Inácio Lula da SilvaLuiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 O presidente Lula (PT) publicou nesta quarta-feira (6) no El País da Espanha artigo em que diz ser "preocupante" o aumento da extrema direita no mundo. O presidente também destacou que nos últimos anos "um modelo econômico excludente tem concentrado renda e ampliado as disparidades", criando "terreno fértil para o extremismo". "Quando a democracia falha em garantir o bem-estar dos cidadãos, prosperam figuras que vendem soluções simplistas para problemas complexos, semear a desconfiança no processo eleitoral e nas instituições políticas", disse.

O presidente ainda afirmou que "estamos vivendo profundas mudanças na ordem internacional que desafiam nosso senso de humanidade". "Em um mundo que gasta 2,2 trilhões de dólares por ano em armamento, a paz ainda é o privilégio de alguns, enquanto as guerras causam destruição, sofrimento e a morte de inocentes. Em um mundo que produz riqueza no valor de 105 trilhões de dólares por ano, mais de 735 milhões de pessoas ainda não têm o que comer".

Sobre o aumento também das "ferramentas tradicionais de desagregação social" da extrema direita, Lula citou "o autoritarismo, a violência, a precarização do trabalho, o negacionismo climático, o discurso de ódio, a xenofobia, o racismo e a misoginia". Apesar do recrudescimento da extrema direita, ponderou o presidente, "felizmente, nossas sociedades têm apostado em governos que acreditam que a chave para responder aos ataques à democracia é melhorar a vida das pessoas".

Ao final do texto, o mandatário brasileiro ainda pede união das "forças progressistas do mundo". "Raramente na história o apoio entre as forças progressistas do mundo, como a aliança que mantemos com a Espanha, foi tão necessário e urgente como agora. É nossa responsabilidade trabalhar juntos para que a indiferença não prevaleça sobre o humanismo e para que as injustiças que se espalham dentro e entre os países dêem lugar à solidariedade e à cooperação".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal El País

APUCARANA: Junior da Femac manifesta pesar pela morte de liderança comunitária


O prefeito Junior da Femac emitiu nota de pesar nesta quarta-feira (06/03) lamentando profundamente o falecimento do líder comunitário José Camilo Filho, mais conhecido por “Zé Juca”, aos 86 anos. “Zé Juca” era muito conhecido em Apucarana, especialmente na região de São Pedro do Taquara, onde tinha vasta atuação junto à comunidade.

O prefeito Junior da Femac afirma que, além da atuação como agricultor e na comercialização de cereais, “Zé Juca” era um líder muito atuante. “Pioneiro de São Pedro do Taquara, ele estava sempre presente e ajudava os membros da comunidade em tudo o que fosse preciso. Também trazia os pleitos da comunidade para a Prefeitura, estando sempre à disposição e mostrando espírito colaborativo”, manifesta Junior da Femac.

José Camilo Filho está sendo velado na Capela Central e o sepultamento está previsto para as 14 horas no Cemitério Cristo Rei.

Fonte: Prefeitura de Apucarana

'Não vamos liberar a maconha', diz Barroso a membros da Frente Evangélica

 STF volta a julgar nesta quarta-feira porte de drogas para consumo próprio

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Foto: Agência Brasil.Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Foto: Agência Brasil. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência)

 O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o STF não vai "liberar a maconha", mas decidir sobre os parâmetros para dizer o que é caracterizado como tráfico ou porte para consumo pessoal. De acordo com o UOL, a declaração foi feita em reunião com membros da Frente Parlamentar Evangélica e com a bancada católica, nesta terça-feira (5).

Saiba mais - O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta quarta-feira (6), o julgamento de um recurso que discute se é crime uma pessoa portar drogas para consumo próprio. O julgamento se arrasta desde 2015 e, até o momento, foram apresentados seis votos. Já há, desde agosto de 2023, maioria no sentido de que o tribunal precisa definir um critério que diferencie o usuário do traficante.

Fonte: Brasil 247 com informações do UOL

Governo Lula avalia conceder voucher a beneficiários do Bolsa Família para compra de carne bovina

 Proposta foi apresentada ao governo por pecuaristas do Mato Grosso do Sul: "isso geraria uma demanda por 2,35 milhões de cabeças de gado por ano"

Homem compra carne em um açougue de Santo André, São Paulo.Homem compra carne em um açougue de Santo André, São Paulo. (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

O governo Lula (PT) está considerando a criação de um voucher destinado a permitir que famílias em situação de vulnerabilidade econômica possam adquirir até dois quilos de carne bovina por mês. A proposta, denominada provisoriamente de "Programa Carne no Prato", foi apresentada ao ministro Paulo Teixeira, responsável pelo Desenvolvimento Agrário, por um grupo de pecuaristas do estado de Mato Grosso do Sul, segundo o Estado de S. Paulo.

A iniciativa beneficiaria até 19,5 milhões de pessoas, gerando uma demanda adicional de 2,3 milhões de cabeças de gado por ano. Guilherme Bumlai, filho do empresário José Carlos Bumlai e um dos proponentes da ideia, explica que o benefício funcionaria como um voucher, possibilitando que as famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) utilizem um cartão para adquirir carne bovina em estabelecimentos conveniados. Embora não haja um valor definido para o voucher, estima-se que inicialmente possa ser em torno de R$ 35, o que possibilitaria a compra de cerca de um quilo a um quilo e meio de carne. Bumlai destaca que o consumo de carne bovina no Brasil tem diminuído nos últimos anos, enquanto outras proteínas, como suínos e frango, têm ganhado mais espaço no mercado.

A proposta foi encaminhada para análise pela Casa Civil e pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Segundo o ministro Paulo Teixeira, é necessário avaliar cuidadosamente a viabilidade do programa, considerando sua implementação como uma política pública.

Apesar de a ideia ter sido bem recebida no Ministério do Desenvolvimento Agrário, há algumas incertezas quanto à restrição das opções de consumo apenas à carne bovina. A Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul destaca que o programa poderia impulsionar o setor pecuário, enfrentando os desafios recentes relacionados à queda nos preços do boi gordo.

Caso o programa seja implementado, estima-se que custaria cerca de R$ 8,8 bilhões por ano aos cofres públicos, considerando o alcance de aproximadamente 21 milhões de lares beneficiados pelo Bolsa Família em janeiro deste ano.

Fonte: Brasil 247

Fechar agência de notícias causa vácuo de informação e enfraquece influência regional da Argentina

 Especialistas apontam importância da Télam na distribuição de conteúdo em todo o país e também na América Latina

Javier Milei e a sede da Télam na ArgentinaJavier Milei e a sede da Télam na Argentina (Foto: Reuters/Matias Baglietto)

Por Leandro Melito, Brasil de Fato - O fechamento da agência de notícias Télam, coloca a população argentina diante de um “vazio de informação” e enfraquece a influência regional do país. Essa é a avaliação dos especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato após a suspensão dos serviços da agência pelo governo de Javier Milei na segunda-feira (4), motivo de protesto dos trabalhadores diante da sede da empresa em Buenos Aires.

Comunicados ainda na madrugada de segunda de que teriam seu trabalho suspenso por 7 dias, os trabalhadores da agência foram impedidos de acessar o escritório da empresa, cercado pela polícia.

Para Marcelo Botto, jornalista e docente universitário argentino, autor do livro Historia de las agencias de noticias (2012), o fechamento definitivo da agência, caso se efetive, representará uma “redução na circulação da informação”.

“Não há outro meio de comunicação com uma cobertura semelhante. É a única com cobertura realmente nacional. A maioria dos meios do interior do país e da cidade de Buenos Aires, não apenas os grandes, mas as rádios e sites médios e pequenos se alimentam informativamente da Télam.”

Além da Télam, apenas a Rádio Nacional Argentina, também na mira de Milei, distribui notícias para todo o território do país. Com mais de 700 trabalhadores, a agência possui 27 correspondentes distribuídos pelo território argentino e seis no exterior.

Na Argentina a concentração de meios de comunicação é ainda maior que no Brasil, e está praticamente nas mãos de duas famílias, que controlam os conglomerados de mídia sob o guarda chuva dos jornais Clarín e La Nación, e mantinham em parceria a agência privada DyN (Agência Diários e Notícias). A partir do fechamento da DyN em novembro de 2017, a Télam passou a ser a única agência de notícias com capilaridade no interior do país e nas periferias. 

Pedro Aguiar, professor de Jornalismo da Universidade Federal Fluminense (UFF), que pesquisa agências de notícias há mais de 15 anos, aponta que o fechamento da Télam  representa um “vazio de informação que vai ser percebido rapidamente porque a imprensa do interior não tem como dar conta dessa cobertura com recursos próprios” e que pode ser um “tiro no pé” do próprio governo, que tem aliados nessas províncias.

No discurso que abriu o ano legislativo da Argentina, na sexta-feira (1), quando anunciou o fechamento da Télam, Milei classificou a agência como um veículo de propaganda kirchnerista. Aguiar aponta que esse é o mesmo discurso utilizado pelo ex-presidente Mauricio Macri, que tentou demitir cerca de 40% dos funcionários da Télam em 2018, mas não conseguiu devido à forte mobilização dos trabalhadores.

“Voltou atrás porque houve muita pressão por parte dos próprios jornalistas da Télam, de outros jornalistas, inclusive de gente que não é de esquerda e nem kirchnerista. E teve que voltar atrás. A Télam não faz propaganda ideológica kirchnerista, faz um serviço que cobre jornalisticamente de tudo e abastece a imprensa argentina, inclusive a imprensa conservadora privada, que é aliada do Milei.”

Importância regional - Além de fornecer informação para a imprensa nacional, as agências públicas de notícias também cumprem um papel geopolítico de influência, ao difundirem informações sobre sua economia e interesses políticos para o exterior.

Nesse sentido, os especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato apontam que o fechamento da Télam terá impactos regionais, devido à sua importância na difusão de notícias na América Latina. Para Marcelo Botto, o fechamento da agência é mais um indicativo de isolamento do país.

“O Estado argentino perde uma fonte informativa de prestígio, principalmente na América Latina. Vai afetar negativamente, porque é uma ferramenta chave para a difusão dos seus interesses. Se levarmos em conta que informação é poder, perde-se o manejo crucial da informação nesse sentido”, avalia o pesquisador argentino.

Pedro Aguiar aponta que a agência também cumpre um importante papel na integração regional, tendo sido uma das principais articuladoras da cooperação entre agências públicas da América Latina em 2011 para a formação da União Latino Americana de Agências de Notícias, composta pela Agência Brasil, Andina do Peru, AVN da Venezuela e Prensa Latina de Cuba. 

“Quando o Macri entrou no governo, desestruturou essa cooperação que era hospedada pela Télam, e isso foi desarticulado. Se de fato ela for fechada, vai deixar esse vazio dentro do campo da informação e no campo da cooperação, da integração regional.” 

Fonte: Brasil 247 com Brasil de Fasto