sábado, 24 de fevereiro de 2024

Micareta golpista de Bolsonaro terá setor “pipoca” na Paulista (SP) e custará R$ 90 mil a Malafaia

 

Bolsonaristas na Avenida Paulista. Foto: reprodução

No evento em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está programado para ocorrer na Avenida Paulista, em São Paulo, a organização já delineou detalhes específicos para a logística do acontecimento. De acordo com informações da equipe responsável, foi elaborado um croqui para o local, que inclui áreas designadas para diferentes fins durante o evento.

Segundo o croqui, está previsto um espaço estratégico em frente ao carro de som, apelidado de “Pipoca”, reservado para jornalistas, seguranças e assessores de parlamentares que estarão presentes. No entanto, esses profissionais não terão acesso ao caminhão de som onde estarão as autoridades.

De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o termo “Pipoca” é uma referência ao espaço ocupado por foliões nas ruas durante o Carnaval da Bahia, separado dos blocos privados por um cordão de isolamento. Essa escolha reflete a natureza festiva do evento planejado em apoio a Bolsonaro.

Ainda de acordo com a representação, os caminhões serão dispostos em forma de “L”, na Paulista, e as pessoas só poderão acessar a estrutura com pulseiras VIP. O trio onde o presidente estará presente foi batizado de “Demolidor”. O nome foi atribuído pelo proprietário do caminhão, que o alugou para o pastor Silas Malafaia, responsável pelo patrocínio do evento.

Malafaia anunciou que investirá cerca de R$ 90 mil na realização do evento, arcando com todos os custos. Dentre os gastos previstos, estão o aluguel do trio Demolidor por R$ 55 mil, do trio Katrina, destinado aos convidados, por R$ 19 mil, e do veículo de ambulância por R$ 2 mil. Além disso, cada segurança que estará presente receberá uma diária de R$ 250.

Croqui do ato de apoio a Bolsonaro enviado à Folha de S.Paulo por Silas Malafaia. Reprodução

A abertura do evento será realizada por Michelle Bolsonaro, conforme antecipado pelo UOL. O pastor Silas Malafaia, financiador do ato, enfatizou que o tom dos discursos deverá ser cauteloso, evitando qualquer conotação golpista, especialmente devido às investigações envolvendo o ex-presidente.

Malafaia destacou que apenas ele mencionará o nome do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sem intenção de agressão, mas sim de “constatações” sobre suas decisões. A organização do evento reiterou o compromisso de não atacar autoridades, buscando uma manifestação pacífica e respeitosa. O receio em proferir mensagens golpistas, que podem complicar a situação jurídica do ex-presidente, é o motivo para que o acesso aos trios seja tão seleto.

Apesar disso, parlamentares como Nikolas Ferreira(PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) e o senador Magno Malta (PL-ES) estão escalados para discursar, representando o bolsonarismo e bandeiras religiosas. O pastor Malafaia enfatizou que não é possível controlar individualmente as ações de todos os participantes, mas ressaltou que comportamentos hostis não estão alinhados com as diretrizes do evento.

Fonte: DCM com informações da jornalista Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo



Políticos pagam campanhas nas redes e organizam caravanas para ato pró-Bolsonaro em SP

 Pré-candidatos de SP às eleições deste ano e políticos de outras regiões do país bancam anúncios para ato na Paulista

Publicação do Tenente Coimbra divulga seis caravanas saindo do litoral sul de São Paulo


Por Bruno Fonseca, Danilo Queiroz, Matheus Santino e Rafael Custódio

“Temos um encontro marcado para o dia 25 de fevereiro na Avenida Paulista.” Essa frase abre um dos muitos vídeos publicados nas redes sociais com patrocínio de políticos bolsonaristas que convocam militantes para a manifestação deste domingo em São Paulo. Na data, Jair Bolsonaro e seus aliados planejam realizar um grande protesto em defesa de si mesmos, numa tentativa de mostrar força frente às operações da Polícia Federal que investigam indícios de articulação para um golpe de Estado após as eleições de 2022.

Levantamento da Agência Pública revela que parte do alcance desses conteúdos tem sido paga por políticos bolsonaristas – que vão de aspirantes às eleições deste ano a senadores e deputados –, além de empresários e páginas de conteúdo político locais.

Segundo a Pública apurou, anúncios que convocam para a manifestação tiveram seu alcance impulsionado com valores entre R$ 2 mil e R$ 2,5 mil. Esse dinheiro rendeu até 370 mil impressões para usuários do Facebook e Instagram (o número de vezes que o anúncio apareceu em telas).

Parte dos anúncios também tem servido para organizar caravanas que tentam levar apoiadores do interior de São Paulo e até de outros estados para o protesto.

POR QUE ISSO IMPORTA?

  • A apuração revela que a manifestação pró-Bolsonaro em São Paulo tem sido articulada por políticos aliados do ex-presidente, inclusive com uso de dinheiro para anúncios do ato e organização de caravanas.

Políticos da base aliada de Tarcísio pagam anúncios para o ato

Dentro do gabinete de um dos principais aliados do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está um dos políticos que têm pago anúncios para o ato bolsonarista na Paulista.

Gabriel Felipe Gonçalves de Barros, conhecido como Gabriel Felipe, colocou nas redes no dia 19 de fevereiro um anúncio para apoiadores de Bolsonaro sobre uma caravana que sai de Cubatão e vai até a Paulista no domingo. Felipe gastou entre R$ 100 e R$ 199 no post, que alcançou entre 8 mil e 9 mil pessoas.

Ele é presidente do PL em Cubatão, no litoral paulista, e assistente parlamentar no gabinete do deputado estadual Tenente Coimbra (PL) – um dos grandes apoiadores do governador na Assembleia do estado. Em dezembro, Felipe recebeu R$ 9,6 mil de salário no gabinete de Coimbra. Nas últimas eleições municipais, ele concorreu para vereador pelo Patriotas de Cubatão, mas não foi eleito.

Convocação de Gabriel Felipe para o ato pró-Bolsonaro no dia 25 de fevereiro


A reportagem entrou em contato pelo número divulgado no anúncio das caravanas, que usa uma fotografia de Felipe. No telefone, foi informado que a van já estaria esgotada, mas que outras cidades da Baixada também contariam com transportes, que estariam ligados ao Tenente Coimbra. A Pública questionou o político sobre a origem do recurso para os impulsionamentos, que não respondeu até a publicação da reportagem.

Ao todo, a Pública encontrou seis cidades com caravanas anunciadas por Coimbra em suas próprias redes: além de Cubatão, Santos, São Vicente, Itanhaém, Peruíbe e Praia Grande. Em seu perfil no Instagram, Coimbra postou uma foto informando as cidades e contatos dos organizadores. Questionamos a assessoria do militar sobre a organização das caravanas e os anúncios realizados pelo seu assistente. A assessoria não respondeu até a publicação da reportagem.

Outro político que tem impulsionado convocações para a manifestação do dia 25 é o pré-candidato à prefeitura de Americana Ricardo Molina, coordenador regional do Republicanos, partido de Tarcísio. Molina é um dos responsáveis por organizar caravanas saindo de lojas da Havan de Santa Bárbara d’Oeste, cidade vizinha a Americana, no interior do estado.

O investimento foi de R$ 200 a R$ 299 em anúncios que já ultrapassam 150 mil impressões. O público-alvo das postagens são os usuários localizados em São Paulo. A reportagem tentou contato com o político por email, que ainda não respondeu.

Ricardo Molina é um dos responsáveis por organizar caravanas saindo de lojas da Havan

Nos dois anúncios impulsionados exclusivamente para Instagram, o parlamentar aparece ao lado de Tarcísio, da deputada federal Carla Zambelli (PL) e do vereador Felipe Corá (PRD), de Santa Bárbara. Corá seria o responsável por organizar a caravana, segundo um número de telefone pessoal que aparece na postagem.

De acordo com biografia no site da Câmara Municipal da cidade, “Felipe esteve à frente da campanha do presidente Jair Bolsonaro na cidade e foi o organizador das carreatas ‘Fora Dória’, que levaram mais de quatro mil carros para as ruas”.

A Pública também identificou a promoção de convite para uma caravana para o ato na Paulista pelo vereador Madson Henrique (PL), de Jundiaí, também no interior de São Paulo. Ele impulsionou uma postagem com valores entre R$ 200 e R$ 299 que ficou ativa entre 16 e 20 de fevereiro. O anúncio teve um alcance entre 10 mil e 15 mil vezes para usuários do Facebook e Instagram.

Questionado pela reportagem se foram usados recursos públicos para a divulgação do anúncio, o vereador afirmou que a Câmara de Jundiaí, não dispõe de verba parlamentar, apenas o salário e um carro para eventuais saídas. Sobre ser um dos organizadores da caravana que havia publicado em seu perfil, Madson Henrique disse: “Eu apenas ajudei na divulgação da caravana, tem várias saindo daqui”.

Vereador Madson Henrique impulsionou anúncio com chamado para o ato pró-Bolsonaro


Políticos de fora de São Paulo confirmam presença – e bancam anúncios

Segundo a Pública apurou, não são apenas os políticos do estado de São Paulo que têm pago anúncios convocando para a manifestação de 25 de fevereiro. Deputados e senadores de várias partes do país, inclusive de regiões muito distantes de São Paulo, têm gasto com propaganda para o ato e confirmado presença.

O senador pelo Acre Marcio Bittar (União Brasil) fez ao menos dois anúncios patrocinados convocando para as manifestações.

Em um deles, publicado em 19 de fevereiro, que custou de R$ 100 a R$ 199 e teve entre 15 mil e 20 mil impressões, o político aparece ao lado do também senador Rogério Marinho (PL-RN). Ambos anunciam a participação no ato e convocam os apoiadores à avenida Paulista. A postagem teve cinco vezes mais visualizações de usuários em São Paulo que no estado do senador, o Acre.

Senador pelo Acre, Marcio Bittar (União Brasil) fez ao menos dois anúncios patrocinados convocando para a manifestação

Em outro vídeo, publicado em 19 de fevereiro, o senador questiona a representação das lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) no Ministério Público Eleitoral (MPE), que pede investigação e impedimento de possíveis ataques antidemocráticos como o de 8 de janeiro de 2023. Na gravação, Bittar faz menção ao protesto convocado por Bolsonaro em São Paulo. A propaganda custou entre R$ 100 e 199 e teve um alcance de 10 mil a 15 mil impressões no Instagram.

Ativo nas redes sociais, Bittar nasceu em Franca, no interior de São Paulo, mas foi no Acre que ele consolidou sua carreira política, ao ser eleito deputado federal em duas oportunidades (1999 e 2011). Com 23,28% dos votos dos acrianos, ele se consagrou senador em 2018, no mesmo pleito em que Jair Bolsonaro foi eleito presidente.

Com 70 mil seguidores no Facebook e 30 mil no Instagram, Bittar gastou R$ 19 mil da cota parlamentar para impulsionar conteúdos nas redes sociais entre janeiro e dezembro de 2023. O mais alto desses contratos é de dezembro, quando foram pagos R$ 6,6 mil para o Facebook. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, não há registros de gastos com conteúdos digitais.

A reportagem perguntou ao senador sobre o patrocínio dos chamados para o ato e questionou se ele utilizou verba pública para bancar a campanha. As questões não foram respondidas até a publicação da reportagem.

Já o deputado estadual de Pernambuco Renato Antunes (PL) tem impulsionado desde o dia 19 de fevereiro seis postagens semelhantes que convocam para o ato na Paulista.

O valor total pago pelos anúncios está entre R$ 800 e R$ 900. As impressões estão entre 125 mil e 150 mil no Facebook e Instagram. Os anúncios foram direcionados exclusivamente para usuários em  Pernambuco. No vídeo, ele declara apoio a Bolsonaro, informando sua participação.

Natural do Recife, Renato Antunes já foi vereador da cidade por dois mandatos seguidos. Em 2022, foi eleito deputado estadual pelo PL com mais de 45 mil votos. Antunes tem sido apontado pelo partido como um nome para disputar a prefeitura do Recife contra João Campos (PSB), nas eleições municipais que ocorrerão neste ano.

Nas últimas semanas, o parlamentar tem pago anúncios nas redes da Meta para repercutir falas na Assembleia Legislativa do estado contrárias ao discurso de Lula sobre a atuação de Israel na guerra na Palestina. Críticas à fala de Lula e a repercussão internacional que se seguiu acabaram se tornando um dos grandes motes do ato. Além disso, Antunes vem impulsionado em suas redes homenagens a figuras evangélicas e católicas do Recife.

Questionado pela reportagem se foi usado dinheiro público para a divulgação do anúncio, o deputado afirmou que foram utilizados recursos estritamente pessoais na sua ida ao ato. E, que apesar de se tratar de uma figura política de Pernambuco, enxerga como necessária sua atuação na manifestação pacífica, ordeira e em defesa ao Estado Democrático de Direito.

Antunes pagou anúncios para repercutir falas na Assembleia Legislativa do estado contrárias ao discurso de Lula sobre a atuação de Israel na guerra na Palestina

No Distrito Federal, o deputado distrital Thiago Manzoni, do PL, também impulsionou um anúncio chamando apoiadores para a Paulista. Na postagem, ele repercute uma entrevista que deu para o jornal Correio Braziliense, na qual afirma que está otimista para o evento. Manzoni gastou cerca de R$ 100 no anúncio, que atingiu entre 9 mil e 10 mil pessoas. Segundo a assessoria do deputado, ele não utilizou verba parlamentar para impulsionar o anúncio.

Empresários e páginas de política nas redes organizam caravanas e vendem passagens para ato

As vans de Indaiatuba, cidade com cerca de 260 mil habitantes próxima a Campinas, no interior de São Paulo, estão lotadas. Ao menos essa é a informação passada via WhatsApp por Danilo Barnabé, empresário local que está organizando uma caravana para a manifestação bolsonarista na capital.

Segundo a Pública apurou, ele pagou cerca de R$ 100 para impulsionar o chamado para a manifestação. Na propaganda, o assento custa R$ 60 por pessoa. O conteúdo teve um alcance de 7 mil a 8 mil impressões de usuários no Facebook e Instagram.

Barnabé se candidatou a deputado estadual em 2022 pelo PL, conseguiu 24 mil votos e hoje é suplente do partido. Em 2020 ele chegou a concorrer como vereador de Indaiatuba, mas não foi eleito.

Anúncio do perfil Direita Itajubá, da cidade com mesmo nome no sul de Minas Gerais

Assim como Barnabé, outros empresários e páginas de conteúdo político pagaram anúncios no Facebook e Instagram divulgando caravanas para a manifestação de domingo.

O perfil Direita Itajubá, da cidade com mesmo nome no sul de Minas Gerais, é um dos que bancaram anúncios de transporte para São Paulo. Um deles, que custou R$ 100 e alcançou mil impressões no Instagram, foi removido pela Meta por não seguir as regras de publicidade da empresa.

Dois outros anúncios da página foram veiculados sem a marcação de que se trata de conteúdo político: o texto da propaganda não fala em Bolsonaro, apenas diz que são viagens para a Paulista no dia 25. Como esses anúncios não têm a etiqueta de conteúdo político, eles acabam escapando das regras de transparência da Meta, e a plataforma não revela quanto foi pago para impulsioná-los.

Na propaganda, são vendidas passagens na “caravana patriota” por R$ 115,76. A página indica como organizador do evento Alexandre Costa Lopes, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade na gestão 2022-2023. A reportagem procurou a CDL, que não retornou até a publicação.

Já o perfil Direita Já tem organizado saídas a partir da loja da Havan em Jacareí, município do interior do estado. Cada vaga no ônibus custa R$ 45, ida e volta. O perfil também tem anunciado partidas de pontos públicos de outras cidades do interior, como câmaras municipais, centros de cultura pública, parques e praças.

A reportagem encontrou também caravanas organizadas por empresários que sairão dos municípios de Ilhabela, São Sebastião e Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. As passagens estão sendo vendidas por cerca de R$ 100. Há listas de caravanas de diversos outros estados, como Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Tocantins.

Fonte: DCM (Publicado originalmente no Agência Pública)

VÍDEO – Esposa desabafa após condenação por estupro de Daniel Alves: “Nem sempre preciso falar”

Daniel Alves e sua esposa, Joana Sanz. Foto: reprodução

 Joana Sanz, esposa de Daniel Alves, que recentemente foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por estupro pelo tribunal de Barcelona, falou pela primeira vez sobre a sentença na última sexta-feira (23). Ela rebateu as críticas que recebeu por não ter comentado antes sobre o assunto.

“Estava pensando aqui e (…) são incoerentes. Porém, me surpreendeu bastante as feministas. São tão feministas para umas coisas, mas para outras… Como é que estão dizendo por aí? Me chamam de frívola, de garotinha… e por que? Porque estou trabalhando, claro. Mas, se não trabalho, quem está pagando as contas? Mas tem coisa pior, barbaridades piores que escuto por aí. A moda é criticar”, disse Sanz.

Joana ainda ressaltou que não vive publicando nas redes sociais e que a exposição online não reflete sua rotina. “Não vivo publicando nas redes sociais e nem sempre tem que ser como eu me sinto e como deixo de me sentir. Quando me abro e quero expressar meus sentimentos, eu o faço. E quando não, não há por que. Meus amigos e meu entorno sabem, que são quem estão vivendo comigo”, afirmou.

A condenação de Daniel Alves foi anunciada pelo tribunal de Barcelona na manhã da última quinta-feira (22). A sentença sustenta que foi comprovado que o ex-jogador agrediu e abusou da mulher no banheiro da boate Sutton, em 2022.

Assista abaixo:

Fonte: DCM

Veja quais políticos vão a ato bolsonarista na Avenida Paulista (SP)


Ato pró-Bolsonaro na Paulista reunirá ex-ministros, governadores e congressistas Foto: Alan Santos

 No próximo domingo, 25, a Avenida Paulista, em São Paulo, será palco de um evento convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que contará com a participação de quatro governadores, além do prefeito da cidade, ex-ministros e parlamentares do Congresso Nacional. Esta manifestação ocorre após Bolsonaro se tornar alvo de uma investigação da Polícia Federal sobre um suposto planejamento de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Bolsonaro e seus aliados próximos estão sendo investigados por articularem um golpe após uma eventual vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na Operação Tempus Veritatis, realizada em 8 de fevereiro, após autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-presidente teve seu passaporte apreendido.

O ato, idealizado pelo pastor evangélico Silas Malafaia, contará com um trio elétrico onde Bolsonaro fará um discurso para os apoiadores. Outros organizadores da manifestação incluem o ex-ministro da Secretaria da Comunicação Social da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, e o deputado federal Zucco (PL-RS).

O pastor Silas Malafaia em trio elétrico de ato golpista no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

O palanque de Bolsonaro contará com a presença dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais

Ex-ministros de Bolsonaro que atualmente ocupam cargos no Congresso também marcarão presença no evento, como Ciro Nogueira (PP-PI), Ricardo Salles (PL-SP), Jorge Seif (PL-SC) e Marcos Pontes (PL-SP).

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), líder da Oposição na Câmara dos Deputados e alvo de uma operação da Polícia Federal no mês passado, também estará presente. Jordy foi investigado pela Operação Lesa Pátria, que apura os responsáveis pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ele negou as acusações e criticou a ação policial como “perseguição”.

Outras lideranças do partido de Bolsonaro no Congresso confirmaram presença, como o líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), e os líderes do PL na Câmara e no Senado, Altineu Côrtes e Carlos Portinho, ambos do Rio de Janeiro.

Também estão escalados para o evento parlamentares do “núcleo duro” do bolsonarismo, como Nikolas Ferreira (PL-MG), Carla Zambelli (PL-SP), Marcos Pollon (PL-MS), Pastor Marco Feliciano (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF) e o senador Magno Malta (PL-ES).

Fonte: DCM

Polícia prende golpistas que se passavam por diretores do BNDES

 PCDF anunciou a prisão de quatro indivíduos acusados de se passar por diretores do BNDES para aplicar golpes em empresários, com um prejuízo registrado de R$ 700 mil a uma vítima

João Gutemberg da Silva e Luciano de Oliveira GomesJoão Gutemberg da Silva e Luciano de Oliveira Gomes (Foto: Divulgação/PCDF)

 A Polícia Civil do Distrito Federal efetuou na sexta-feira (23) a prisão de quatro pessoas implicadas em um esquema fraudulento que visava empresários do setor do agronegócio. Os criminosos, fingindo ser diretores do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prometiam empréstimos com condições favoráveis em troca de pagamentos antecipados. As informações são do portal R7

De acordo com as investigações conduzidas pela 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), o grupo abordou um empresário, oferecendo-lhe um empréstimo de R$ 20 milhões, condicionado a uma antecipação de R$ 700 mil sob o pretexto de taxas e custos processuais. A fraude, que durou aproximadamente dois meses, envolveu reuniões em restaurantes localizados na Asa Sul e no Lago Sul, em Brasília (DF), onde os detalhes do falso empréstimo foram discutidos.

Além deste caso, a polícia revelou que o mesmo grupo é investigado por um golpe semelhante, que resultou em um prejuízo de R$ 2 milhões. Os envolvidos, identificados como João Gutemberg da Silva e Luciano de Oliveira Gomes, entre outros, são também alvos de investigações pela Polícia Civil de Goiás.

Os seis mandados de prisão foram expedidos pela 5ª Vara Criminal de Brasília, culminando em uma operação que se baseou em mais de um ano de investigações detalhadas e ações de inteligência pela 10ª DP. Até o momento, enquanto quatro dos suspeitos foram capturados, dois ainda permanecem foragidos, continuando as buscas para a completa desarticulação do esquema criminoso.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal R7

Chega a 101 o número de bolsonaristas condenados pelo 8 de Janeiro

 Na noite da sexta-feira, o Supremo Tribunal Federal formou maioria pela condenação de mais 15 acusados

Bolsonaristas invadem Brasília no 8 de JaneiroBolsonaristas invadem Brasília no 8 de Janeiro (Foto: Joedson Alves/Agencia Brasil)

CartaCapital - O Supremo Tribunal Federal já condenou um total de 101 pessoas pela participação nos atos do 8 de janeiro, em Brasília. 

As penas impostas até aqui variam de 3 a 17 anos. Para esses novos 15 condenados, variam de 12 a 17 anos de prisão para oito mulheres e sete homens pelo voto do relator. Como há maioria pela condenação, mas não pelas penas, ainda haverá necessidade de modulação.

Leia a íntegra na CartaCapital

Zema confirma presença em ato na Avenida Paulista convocado por Bolsonaro para se defender de investigações da PF

 Além de Romeu Zema, os governadores Tarcísio de Freitas, Jorginho de Mello, Ronaldo Caiado também estarão presentes na manifestação

Romeu Zema Romeu Zema (Foto: Agência Brasil )

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), conformou que irá participar do ato convocado por Jair Bolsonaro (PL), que será realizado no domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo, que visa reagir à Polícia Federal por conta de investigações contra ele e seus aliados por uma suposta tentativa de golpe de Estado. Zema confirmou a presença na manhã deste sábado (24). 

“Serão, assim, quatro governadores ao lado do ex-presidente: Tarcísio de Freitas, Jorginho de Mello, Ronaldo Caiado e, agora, Zema”, diz o jornalista Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo.

Ainda de acordo com a reportagem, Zema não deverá fazer nenhum discurso no ato bolsonarista. Já Tarcísio, que estava previsto para falar, tem dito a interlocutores que quer “apenas solidarizar-se com Bolsonaro”.

Fonte: Brasil 247 com informação do jornalista Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo


Bolsonaro teme que novos delatores estejam colaborando com a PF

 Ex-ocupante do Palácio do Planalto é alvo de investigações por conta da tentativa de golpe que culminou no 8 de Janeiro

Jair BolsonaroJair Bolsonaro (Foto: Júlio Nascimento/PR)

Interlocutores de Jair Bolsonaro estão certos de que mais gente, além do tenente-coronel Mauro Cid, delataram recentemente nas investigações sobre a tentativa de golpe de Estado conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo, e que têm como alvo o ex-ocupante do Palácio do Planalto, informa o jornalista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles

Eles perceberam um nível minucioso de detalhes nos autos dos processos, levando a crer que os investigadores contam com a ajuda de mais pessoas próximas a Bolsonaro.

"A dúvida que resta é se a colaboração parte de outros militares, de ex-assessores civis ou de figurões da política que estiveram ligados ao gabinete de Bolsonaro durante o governo passado", pondera Rangel em sua coluna. 

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna do Rodrigo Rangel, no Metrópoles

Congresso derruba quatro vezes mais decisões de Lula do que na era Bolsonaro

 O descompasso se deu apesar de o governo Lula adotar a estratégia de distribuir ministérios entre partidos

Presidente Lula e Congresso NacionalPresidente Lula e Congresso Nacional (Foto: Reprodução | ABr)

Em 2023, o governo do presidente Lula teve, proporcionalmente, quatro vezes mais decisões derrubadas pelo Congresso Nacional do que o seu antecessor, Jair Bolsonaro, em 2019, aponta levantamento do site Congresso em Foco

Deputados e senadores reverteram 91 trechos de vetos presidenciais no ano passado, enquanto no primeiro ano de Bolsonaro no poder os parlamentares derrubaram somente 57 dos trechos vetados pelo então ocupante do Palácio do Planalto. 

Com Lula no poder, 40,63% das decisões apreciadas foram derrubadas pelos parlamentares. Com Bolsonaro no poder, a figura é de apenas 10,04%.

O descompasso se deu apesar de o governo Lula adotar a estratégia de distribuir ministérios entre partidos políticos para construir uma base de apoio no Congresso Nacional. 

Fonte: Brasil 247 com informações do site Congresso em Foco

Papa Francisco cancela compromissos por 'leve gripe'

 Segundo o Vaticano, a medida foi adotada por "precaução"

Papa Francisco Papa Francisco (Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane)

ANSA - O papa Francisco cancelou seus compromissos para este sábado (24) devido a “um leve estado gripal”, segundo um comunicado do Vaticano, acrescentando que a medida foi adotada “por precaução”.

O Angelus de domingo (25), por enquanto, está mantido. Através do X (antigo Twitter), o pontífice falou sobre o período da quaresma: “Para que seja concreta, o primeiro passo é querer ver a realidade. Hoje, o grito de tantos irmãos e irmãs oprimidos chega ao céu. Perguntemo-nos: ele também nos alcança? Nos abala? Nos comove?”.

Francisco também enviou um discurso que havia preparado para os diáconos de Roma que se preparam para o sacerdócio, pedindo que sejam “fiéis cooperadores".

"Cantores, em resumo, não solistas; irmãos no presbiterado e padres para todos, não para o próprio grupo; ministros sempre em formação perpétua, sem nunca pensar em ser autônomos e autossuficientes”, explicou.

“Quão importante é continuar a formação hoje, e não sozinhos, mas sempre em contato com aqueles que, chamados para acompanhá-los, percorreram mais caminho no ministério; e fazê-lo com abertura de coração, para não ceder à tentação de gerir a vida por conta própria, tornando-se assim presas fáceis das mais variadas tentações", concluiu o papa Francisco.

Fonte: Brasil 247 com ANSA

Planejamento antecipa R$ 30,1 bilhões de precatórios para 2024

 Desse total, R$ 11,85 bi referem-se ao extinto Fundef

Moedas de realMoedas de real (Foto: REUTERS/Bruno Domingos)

 Os R$ 30,1 bilhões em antecipação de precatórios em 2024 foram repassados ao Poder Judiciário e dependem apenas da gestão dos tribunais para serem pagos, informou, em Brasília, o Ministério do Planejamento. O processo foi concluído no último dia 20, com o crédito suplementar que remanejou R$ 10,7 bilhões do Orçamento para a quitação dos débitos.

Neste sábado (24), o Ministério do Planejamento publicou o detalhamento dos R$ 30,1 bilhões antecipados. A maior parte - R$ 14,75 bilhões - corresponde a precatórios relacionados a despesas de custeio (manutenção da máquina pública) e capital (como investimento e amortizações).

Um total de R$ 11,85 bilhões refere-se a precatórios do extinto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef). Esses recursos se destinam à educação, sobretudo para valorização do pessoal do magistério nos estados e municípios.

Existem ainda R$ 2,74 bilhões em precatórios de grande valor, R$ 541 milhões relacionados à Previdência Social e R$ 223 milhões para despesas judiciais com o funcionalismo público.

A antecipação não impactará a meta do governo de zerar o déficit primário, resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública, em 2024. Isso porque os recursos já estão previstos no Orçamento Geral da União deste ano.

Dívidas do governo com sentença judicial definitiva, os precatórios foram antecipados para zerar o passivo aberto com a emenda constitucional de 2021 que permitiu o parcelamento dos débitos acima de 60 salários mínimos. Caso não fosse feita a antecipação, o passivo chegaria a R$ 200 bilhões no fim de 2026.

Passivo zerado - Em novembro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal autorizou a antecipação dos precatórios fora do limite de gastos do novo arcabouço fiscal e do cálculo do resultado primário. No mês seguinte, uma medida provisória autorizou o pagamento de R$ 93,1 bilhões.

Segundo o Ministério do Planejamento e Orçamento, dos R$ 93,1 bilhões totais, R$ 15,8 bilhões referiam-se ao passivo acumulado desde 2022 e R$ 44,3 bilhões eram relativos a valores não pagos este ano. Havia ainda R$ 32,3 bilhões não previstos no Orçamento de 2024 e R$ 714 milhões relativos ao recolhimento da contribuição patronal (contribuição para a Previdência do serviço público) originada do pagamento de precatórios a servidores públicos.

Mesmo com a antecipação dos R$ 32,3 bilhões no fim do ano passado, faltavam R$ 30,1 bilhões previstos no Orçamento deste ano. De acordo com o Ministério do  Planejamento, com a antecipação executada nesta semana, os passivos da emenda constitucional dos precatórios estão zerados.

Segundo o Orçamento de 2024, existem ainda R$ 36,3 bilhões em cumprimento de sentenças judiciais a serem quitados neste ano, mas esses recursos se destinam a requisições de pequeno valor (RPV), precatórios de até 60 salários mínimos não abrangidos pela emenda constitucional de 2021.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Cerca de 8 milhões de empresas poderão usar o Desenrola

 Ministro Márcio França prepara um programa semelhante ao Desenrola, só que voltado para os MEIs

O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio FrançaO ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Catraca Livre - O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, estima que cerca de oito milhões de empresas podem ser beneficiadas pela renegociação de dívidas. O governo prepara um programa semelhante ao Desenrola, que concedeu descontos para pessoas físicas endividadas, para os microempreendedores individuais (MEIs) e pequenas empresas.

Segundo o chefe do Ministério, existem cerca de seis milhões de MEIs “que têm algum problema com o próprio governo, porque não pagam aqueles valores mensais ou porque devem de alguma outra forma”.

Leia a íntegra no Catraca Livre

Embaixada do Brasil desconfiou de espionagem por Israel

 Funcionários pediram que o embaixador Frederico Meyer realizasse uma varredura no local

Embaixador do Brasil em Israel, Frederico MeyerEmbaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Diplomatas brasileiros lotados na embaixada brasileira em Tel Aviv se reuniram recentemente com o embaixador Frederico Meyer para discutir preocupações quanto à suspeita de estarem sendo espionados pelos serviços de inteligência de Israel. Segundo a coluna do jornalista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, os funcionários se reuniram com o embaixador para pedir que fosse feita uma varredura antigrampo no local.

“Antes até de estourar a crise provocada pela declaração do presidente Lula comparando os ataques em Gaza ao Holocausto, os funcionários da representação do Brasil em Tel Aviv já desconfiavam que suas conversas estavam sendo monitoradas pelo serviço secreto de Israe”, destaca a reportagem.

Durante a reunião, diplomatas mais experientes argumentaram contra a realização de uma varredura, alegando que seria ineficaz. Eles destacaram que, mesmo que dispositivos de escuta fossem encontrados, os israelenses certamente os substituiriam rapidamente, dada a reputação do país quanto ao uso de tecnologias de espionagem avançadas.

Um dos presentes na reunião teria relatado que que um diplomata graduado sugeriu que era mais sensato operar sob a premissa de que a embaixada brasileira, assim como as de outros países, é monitorada permanentemente, especialmente em tempos de conflito.

No final, o argumento prevaleceu, e a varredura acabou não sendo realizada.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornalista Rodrigo Rangel em sua coluna no portal Metrópoles