domingo, 11 de fevereiro de 2024

PGR atende pedido de Daniela Mercury em entratégia para intimar Eduardo Bolsonaro

 A justiça tenta notificar o deputado desde fevereiro de 2023 em endereços relacionados a ele, mas não o encontra

Daniela Mercury e Eduardo Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram | Paulo Sergio/Câmara dos Deputados)

 A Procuradoria-geral da República (PGR) concordou com o pedido dos advogados de Daniela Mercury para que o deputado Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, seja intimado por meio de edital público a apresentar uma resposta à queixa-crime por difamação que ela move contra o deputado no Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

A justiça tenta notificar o deputado desde fevereiro de 2023 em endereços relacionados a ele em Brasília e São Paulo, incluindo seu gabinete na Câmara.

"Ao ministro Nunes Marques, relator do caso no Supremo, o vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand Filho, alinhou-se ao pedido da defesa da cantora 'considerando a impossibilidade da notificação do requerido em seu endereço funcional"', destaca o jornalista.

A intimação por edital é prevista por lei em situações em que seja “desconhecido o paradeiro do acusado, ou se este criar dificuldades para que o oficial cumpra a diligência”.

A queixa-crime contra Eduardo Bolsonaro foi apresentada por Daniela Mercury em julho de 2022, contra postagens no Twitter pelo deputado com um vídeo que, ao ser editado, tentou fazer crer que Daniela Mercury tinha dito que Jesus Cristo “era gay, gay, muito gay, muito bicha, muito veado, sim!”. As declarações da cantora, feitas em julho de 2018, em um show em Pernambuco, referiam-se, na realidade, ao cantor e compositor Renato Russo (1960-1996), de quem Daniela era amiga.

Fonte: Brasil 247 com Metrópoles

Coronel preso fazia parte do grupo “Kids pretos”, tropa de elite do Exército

 Bernardo Romão Corrêa Netto foi detido pela Polícia Federal neste domingo após retorno de curso nos EUA, como parte da operação Tempus Veritati

(Foto: Reprodução/Facebook)

 O coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa Netto, preso na madrugada deste domingo (11) pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto de Brasília, era integrante do Kids Pretos, força de elite do Exército. Corrêa é alvo de um mandado de prisão preventiva expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da operação Tempus Veritati, deflagrada na última quinta-feira (8) .

Correa deveria ter sido preso na quinta-feira, juntamente com outros três ex-assessores de Jair Bolsonaro suspeitos de envolvimento na trama golpista do 8 de janeiro, entretanto, o militar estava em Washington, nos Estados Unidos realizando um curso de defesa. Bernardo Romão Corrêa Netto está preso no Batalhão da Guarda Presidencial e passou por audiência de custódia às 11h, destaca o jornal Correio Braziliense.

Segundo apurações, Correa Neto selecionou oficiais formados em cursos de forças especiais para participarem dessas reuniões, consideradas essenciais para a consumação do golpe de Estado.

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Correio Braziliense

“O que aconteceu com Davi, acontece com a juventude negra quase todos os dias”, diz Anielle sobre assédio e racismo no BBB

 Davi, um dos integrantes do BBB24, tem sido reiteradamente vítima de racismo na casa. Jovem pensou em desistir por sua saúde mental, mas foi "convencido" por Boninho a permanecer

(Foto: ABR | Reprodução)

Por Camila França, 247 - A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, reagiu ao assédio sofrido pelo motorista por aplicativo, o jovem baiano Davi, de 21 anos, um dos integrantes da edição de 2024 do Big Brother Brasil (BBB) da TV Globo. Vítima de reiteradas ofensas racistas na casa, sobretudo de subcelebridades como os cantores Wanessa Camargo e Rodriguinho, o participante colocou em dúvida se valeria a pena a sua permanência no programa em detrimento da sua saúde física e emocional. Um áudio vazado na manhã deste domingo (11) mostra o diretor do programa, José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, “convencendo” Davi a permanecer no programa, em um claro posicionamento de assédio moral.

Segundo a ministra Anielle, “o que aconteceu com Davi hoje é o que, infelizmente, acontece com a juventude negra quase todos os dias. Não por acaso ou coincidência, são os jovens negros, majoritariamente homens, com a média de idade do Davi, as pessoas que mais tiram a própria vida no Brasil”

Neste domingo, Davi falou claramente que o assédio - não o de Boninho, mas de Wanessa e Rodriguinho - está abalando seu emocional e causando danos físicos. "Meu emocional tá abalado e isso tá me causando danos físicos. E se eu enfartar? E se eu tiver um AVC? É a minha saúde!", confessou em conversa com outra participante.

Já chorando, Davi listou casos em que se sentiu perseguido e indagou: "O que eu faço aqui dentro que as pessoas enxergam de tão ruim em mim?". Em prantos, sinalizou que iria desistir. 

No entanto, após conversa com Boninho, o motorista de aplicativo disse que ficaria na casa. "Saindo você perde tudo. Perde a faculdade. Perde tudo", disse Boninho em áudio vazado. 

Anielle  destacou a importância da articulação entre o seu ministério e da Saúde para garantir a saúde mental da população jovem negra, que cotidianamente lida com a desumanização e deslegitimação de suas dores. “Temos conversado desde o início da gestão no MIR, com o Ministério da Saúde para a elaboração de uma política pública de saúde mental com foco na juventude negra, para que a consequência do racismo, da deslegitimação, da desumanização e da exclusão não seja a retirada da própria vida”.


Fonte: Brasil 247

Agência da ONU diz que carregamento de ajuda a palestinos em Gaza foi bloqueado em porto israelense

 Israel alegou que 12 membros da equipe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA) estavam envolvidos no ataque de 7 de outubro

Israel ataca campo de refugiados em Gaza (Foto: WAFA)

JERUSALÉM (Reuters) - A principal agência das Nações Unidas que fornece ajuda aos palestinos em Gaza está enfrentando cada vez mais obstáculos administrativos por parte de Israel, com uma remessa de alimentos equivalente a um mês de fornecimento bloqueada no porto, disse o chefe da agência.

Israel alegou que 12 membros da equipe da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA) estavam envolvidos no ataque de 7 de outubro, e vários países doadores suspenderam o financiamento. A UNRWA demitiu funcionários acusados de envolvimento no ataque e iniciou uma investigação.

"Temos um ambiente aqui que, por enquanto, é bastante hostil à agência, mas houve algumas decisões que estão começando a afetar a nossa capacidade de operar adequadamente", disse o chefe da UNRWA, Philippe Lazzarini, na sexta-feira.

Ele disse que a UNRWA havia sido informada por uma empresa contratada que prestava serviços de manuseio no porto de Ashdod que não poderia mais continuar trabalhando com a UNRWA, seguindo instruções das autoridades israelenses.

Como resultado, um carregamento da Turquia composto por 1.049 contêineres de suprimentos, incluindo farinha, grão de bico, açúcar e óleo de cozinha, suficientes para atender às necessidades de 1,1 milhão de pessoas por um mês, foi bloqueado no porto, disse Lazzarini.

Ele disse que a UNRWA havia informado a Turquia sobre a paralisação. Não houve nenhum comentário imediato das autoridades turcas.

Um porta-voz do Ministério das Finanças disse que o assunto estava nas mãos do consultor jurídico do governo, mas não fez mais comentários.

O incidente ocorreu no momento em que Gaza enfrenta uma crescente emergência humanitária, com centenas de milhares de pessoas enfrentando privações agudas e fome, cerca de quatro meses depois que Israel lançou sua invasão ao enclave costeiro bloqueado.

Na semana passada, o Ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, anunciou na plataforma de mídia social X que Israel estava cancelando as isenções fiscais oferecidas anteriormente à UNRWA. A decisão não foi formalmente comunicada à agência, que só ficou sabendo quando a declaração apareceu na plataforma, disse Lazzarini.

A UNRWA foi criada para ajudar os refugiados palestinos que foram forçados a deixar suas casas ou fugiram durante a guerra de 1948, que acompanhou a fundação do Estado de Israel. Ela ainda distribui ajuda e oferece educação a seus descendentes em Gaza, na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, bem como no Líbano, na Jordânia e na Síria.

Há muito tempo, Israel o acusa de contribuir para o conflito ao promover grupos militantes palestinos, e as acusações aumentaram muito desde o ataque de 7 de outubro.

Fonte: Brasil 247 com Reuters


Holandesa é presa com 8,5kg de metanfetamina no Aeroporto do Galeão

 Ação conjunta da Polícia Federal e Receita Federal resultou na detenção da mulher em operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)

(Foto: Divulgação/PF)

 Uma operação coordenada entre a Polícia Federal e a Receita Federal na manhã deste domingo (11), culminou na prisão em flagrante de uma holandesa, de 53 anos, transportando 8,5kg de "MDMA", uma substância psicotrópica sintética derivada da anfetamina, no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, mais conhecido como Galeão. A mulher foi detida ao desembarcar de um voo proveniente de Amsterdã, capital da Holanda.

Agentes de Proteção da Aviação Civil (APAC), responsáveis pelo apoio à fiscalização aduaneira, identificaram uma irregularidade na bagagem da estrangeira, levantando suspeitas sobre um fundo falso. Ao acionarem os policiais federais da Delegacia Especial da PF no Aeroporto Internacional do Galeão (DEAIN), juntamente com servidores da Receita Federal, confirmaram a presença do compartimento oculto contendo a droga sintética, resultando na prisão em flagrante da passageira.

Após o registro do flagrante na DEAIN, a mulher foi encaminhada ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da justiça, respondendo pelo crime de tráfico transnacional de drogas, que pode acarretar uma pena de até 15 anos de reclusão.

A ação faz parte da operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), uma iniciativa que envolve a colaboração entre a Polícia Federal, Receita Federal, Forças Armadas e outros órgãos de segurança pública e fiscalização aeroportuária.

Fonte: Brasil 247

Desesperados, palestinos em Rafah temem um ataque israelense iminente

 Rafah, o último lugar relativamente seguro em um enclave devastado pela ofensiva militar de Israel, agora também pode ser atacado a qualquer momento com a autorização Netanyahu

(Foto: Gisele Federicce)

RAFAH, FAIXA DE GAZA/DOHA (Reuters) - A barraca da família Abu Mustafa está encostada na alta cerca de concreto e metal que separa Gaza do Egito em Rafah, o último lugar relativamente seguro em um enclave devastado pela ofensiva militar de Israel, mas que agora também pode ser atacado.

A família está entre os mais de um milhão de palestinos que agora estão amontoados na área ao redor de Rafah e que temem não ter mais para onde fugir dentro de uma pequena faixa em grande parte reduzida a escombros e onde os combates ainda ocorrem.

"Todos os dias estamos fugindo. Ser deslocado é difícil porque tenho duas filhas com deficiência. Não posso carregá-las por aí. Não tenho carro nem carroça", disse Laila Abu Mustafa.

"Se houver mais deslocamentos, não vou me mudar", disse ela.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou um plano de evacuação para os civis que lotam Rafah, acampando em ruas e terrenos baldios, na praia e, como a família Abu Mustafa, na faixa de areia ao longo da fronteira egípcia.

Antes de ataques anteriores às cidades de Gaza, os militares de Israel ordenaram que os civis saíssem sem preparar nenhum plano de evacuação específico. As agências de ajuda humanitária dizem que um ataque a Rafah seria catastrófico em uma guerra que já causou uma miséria incalculável.

O presidente dos EUA, Joe Biden, deve falar com Netanyahu no domingo, segundo autoridades da Casa Branca, a primeira conversa entre eles desde que Biden descreveu a resposta militar de Israel em Gaza como "exagerada" na semana passada.

Os conflitos começaram em 7 de outubro. Quatro meses depois, Gaza está em ruínas. Sob um bombardeio diário maciço, as forças terrestres israelenses invadiram a maior parte do enclave, destruindo casas, prédios públicos e infraestrutura com ataques aéreos, fogo de artilharia e detonações controladas.

As autoridades de saúde palestinas afirmam que mais de 28.000 pessoas foram mortas. Mais de 85% dos habitantes de Gaza estão desabrigados. Uma pesquisa da ONU constatou que quase uma em cada 10 crianças com menos de cinco anos está gravemente desnutrida.

Até o momento, as negociações para um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação de reféns não conseguiram chegar a um acordo. Na semana passada, Israel rejeitou uma proposta do Hamas, dizendo que não pararia de lutar enquanto o grupo mantivesse brigadas que, segundo Israel, estão escondidas em Rafah.

Fontes de segurança egípcias disseram que mais conversações de alto nível foram planejadas para terça-feira, com a presença de altos funcionários do Qatar e dos Estados Unidos, bem como de delegações israelenses e palestinas.

Os ataques aéreos israelenses começaram a atacar Rafah nos últimos dias.

No domingo, o Hamas disse que os ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza nos últimos quatro dias mataram dois reféns e feriram outros oito.

O grupo disse que qualquer ataque israelense a Rafah "explodiria" as discussões sobre um acordo para libertar os reféns restantes.

PLANO DE EVACUAÇÃO PARA CIVIS

Em uma entrevista que foi ao ar na rede americana ABC no domingo, Netanyahu reiterou que as forças israelenses atacariam Rafah, mas disse que estavam preparando "um plano detalhado" para onde os civis poderiam ir.

"Nós vamos fazer isso. Vamos pegar os batalhões terroristas do Hamas que ainda restam em Rafah", disse ele, acrescentando que "faremos isso ao mesmo tempo em que oferecemos uma passagem segura para a população civil".

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França disse que "uma ofensiva israelense em grande escala em Rafah criaria uma situação humanitária catastrófica de uma dimensão nova e injustificável".

Netanyahu colocou em dúvida a exatidão do número de mortos palestinos, descrevendo os números produzidos pelas autoridades de saúde em Gaza, controlada pelo Hamas, como "estatísticas do Hamas".

"Foi morto apenas um civil para um terrorista do Hamas em Gaza", disse ele.

Ele disse que "matamos ou ferimos cerca de 20.000 terroristas do Hamas, dos quais 12.000 são combatentes", sem dar mais explicações.

As autoridades de saúde palestinas dizem que cerca de 70% das pessoas mortas em Gaza são mulheres ou crianças menores de 18 anos. Os militares israelenses disseram em um briefing em dezembro que achavam que cerca de dois civis haviam sido mortos em Gaza para cada combatente do Hamas morto.

A Organização Mundial da Saúde descreveu o sistema do Ministério da Saúde palestino para relatar as baixas como "muito bom" e as agências da ONU citam regularmente seus números de mortes.

Contra a cerca da fronteira, coberta com arame farpado, a família Abu Mustafa pendura roupa suja entre as tendas. Eles cozinham o pouco alimento que conseguem juntar em latas vazias em uma fogueira na areia.

O medo de um ataque a Rafah é o assunto constante de todas as conversas na cidade lotada, disse Mariam, uma mulher que fugiu de sua casa na Cidade de Gaza no início da guerra com seus três filhos de 5, 7 e 9 anos.

"Não consigo descrever como nos sentimos. Há um tumulto em minha cabeça. Meus filhos ficam me perguntando quando Israel invadirá Rafah, para onde iremos e se morreremos. E eu não tenho as respostas", disse ela.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Para MST, 'é importante a luta para ampliar as universidades e os Institutos Federais'

 Maria de Jesus conversou com o Brasil de Fato CE sobre as conquistas e desafios das escolas do campo

(Foto: MST)

Brasil de Fato - A educação sempre foi uma das áreas prioritárias de atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que desde a sua origem desenvolveu processos educativos e incluiu como prioridade a luta pela universalização do direito à escola pública de qualidade social, da infância à universidade.

As escolas do campo são exemplos dessa luta. Mas você conhece as escolas do campo? Sabe qual a importância desses espaços? Para responder essas e outras perguntas o Brasil de Fato CE conversou com Maria de Jesus, dirigente estadual do MST Ceará, pelo setor de educação. Confira a entrevista a seguir.

Brasil de Fato CE: Gostaria começar pedindo para você falar do conceito do que é a educação do campo e o que a diferencia da educação convencional.

Maria de Jesus: O MST desde o início é formado por famílias, então, desde o nosso primeiro grande acampamento na Encruzilhada Natalino houve uma participação das famílias junto à direção do acampamento para organizar a educação. Lá tinha mais de 600 crianças e essas crianças impulsionaram o início desse trabalho do MST com a educação. Como foi que o movimento organizou a educação? Ele olhou para as experiências da classe trabalhadora. Como foi organizado a educação na Comuna de Paris? Como foi organizada em Cuba? Como foi organizada aqui nos nossos países da América Latina, com a pedagogia do oprimido, de Paulo Freire? A educação popular? Então, a partir daí, o nosso movimento iniciou e nas primeiras escolas nós trabalhamos com os temas geradores, só que em 1997 MST realiza o seu Primeiro Encontro Nacional das Educadoras e Educadores da Reforma Agrária.

E qual era o objetivo deste encontro? Era poder visibilizar, tanto para dentro do MST como para a sociedade a nossa luta pelo direito à educação nos assentamentos e acampamentos e deste encontro, como nós tivemos o apoio da CNBB, do Unicef, da Unesco, houve uma problematização que o MST não deveria limitar esse trabalho só com os assentamentos e acampamentos, que nós também deveríamos buscar uma aliança com outras organizações que também lutavam pelo direito à educação e daí surgiu articulação por uma educação do campo.

É importante dizer que a educação do campo se contrapõe à educação rural, porque, historicamente, vinha sendo ofertado a educação rural. O que é que é a educação rural que ainda em muitos municípios ela prevalece? É aquela educação, vamos dizer, resíduo da educação da cidade, que não considera o território, não considera a história de luta das comunidades, que não considera o conteúdo socialmente útil, e aí vem a nossa luta por um projeto educativo específico. Um projeto com base na formação humana, mas na formação humana que valoriza a história da luta de classes no território, desde o passado ao presente, que valoriza a cultura, que valoriza o trabalho camponês, a agroecologia, que valoriza a organização coletiva, a luta social.

Então a educação do campo é um projeto educativo da classe trabalhadora. Esse projeto é herdeiro da educação forjada nos processos revolucionários da classe trabalhadora no mundo, e ele é um projeto que está em construção, não é um projeto que está concluído, e a nossa é luta é para que ele tenha esse reconhecimento. 

É importante dizer que a desigualdade educacional no país, em relação ao campo brasileiro é um clamor, porque, nós ainda temos 23% da população no campo que não sabe ler e escrever, nós temos o problema do fechamento de escola. No Brasil já são mais de 50 mil escolas fechadas no campo. Isso é uma forma de negação do nosso direito à educação. Então a luta por uma educação do campo é uma luta de resistência, é uma luta por um direito à educação pública de qualidade e é uma luta também pelo reconhecimento de uma escola referenciada.

Leia a reportagem completa no Brasil de Fato.

Ivete rebate discurso religioso de Baby do Brasil no carnaval de Salvador: ‘macetar o apocalipse’ (vídeo)

 Momento inusitado ocorreu durante o Bloco Coruja, no sábado, e gerou repercussão nas redes sociais; Ivete Sangalo respondeu com música e declarações sobre o amor divino

(Foto: Reprodução)

Durante a passagem do Bloco Coruja neste sábado (10),  em Salvador, as cantoras Baby do Brasil e Ivete Sangalo protagonizaram um momento inusitado que pegou de surpresa os foliões presentes. Enquanto dividiam o palco, Baby fez um discurso religioso sobre o apocalipse, provocando uma resposta imediata de Ivete.

"Todos atentos porque nós entramos em apocalipse. O arrebatamento tem tudo para acontecer entre 5 e 10 anos. Procure o Senhor enquanto é possível achá-lo", declarou Baby, surpreendendo a multidão.

Visivelmente em choque com a situação, Ivete rebateu o discurso de forma inesperada, o que acabou se tornando o centro das atenções nas redes sociais.

"Eu não vou deixar acontecer, porque não tem apocalipse certo quando a gente ‘maceta’ o apocalipse", afirmou Ivete, em uma resposta rápida e descontraída.

A interação entre as duas artistas continuou, com Baby pedindo para Ivete cantar "Pequena Eva", da Banda Eva, porém, Ivete optou por apresentar "Macetando", sua parceria com Ludmilla e um dos maiores hits do carnaval.

"Eu vou cantar o macetando porque Deus está mandando um macetando certo. É o macetando de Jesus e Ele não permitirá, porque a força de Deus é maior do que qualquer mandamento", afirmou Ivete, encerrando a polêmica de forma descontraída. O momento foi transmitido ao vivo por uma emissora de tv local e logo se espalhou pelas redes sociais.


Fonte: Brasil 247

Voltando em Paz: mãe e três filhos brasileiros-palestinos chegam ao Brasil

 Força-tarefa do governo federal envolve Ministérios da Justiça , das Relações Exteriores, da Defesa e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

(Foto: Reprodução )

 Um bebê nascido na véspera do Natal de 2023, uma criança de dois anos, outra de quatro anos e a mãe deles, todos brasileiros-palestinos, chegam ao Brasil neste sábado (10/02). Eles foram autorizados a cruzar a fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, em Rafah, na quarta-feira (7/02).

Embora os quatro já estivessem em listas anteriores dos autorizados a deixar a região, a família não pode embarcar antes para o Brasil por conta da gravidez avançada da mãe.

Eles integram mais uma etapa da Operação Voltando em Paz, realizada pelo Governo Federal desde outubro de 2023 para repatriar brasileiros da zona de conflito no Oriente Médio. A força-tarefa para repatriar os quatro envolveu uma atuação conjunta dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, das Relações Exteriores, da Defesa e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Ao desembarcar no Brasil, neste sábado, a família será recebida por equipes da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e encaminhadas para um abrigo na cidade de São Paulo — onde receberão atendimento médico e psicossocial.

Com data ainda a definir, os quatro serão deslocados para um abrigo em Minas Gerais. A Força Aérea Nacional (FAB) tem intermediado as negociações para os deslocamentos da família em aeronaves comerciais.

Durante o período que aguardaram a repatriação, os quatro ficaram alojados em Rafah, em uma casa alugada pela representação brasileira em Ramala. Eles receberam assistência enquanto aguardavam o momento de cruzar a fronteira, como recursos para alimentos, água e remédios.

Desde 10 de outubro de 2023, quando começou o conflito entre Israel e Hamas, 1.560 brasileiros e familiares próximos que se encontravam em Israel ou na Palestina e que manifestaram intenção de partir foram retirados da região pela Operação Voltando em Paz, do Governo Federal.

Fonte: Brasil 247

Ministra francessa ameaça cortar subsídios de entidades feministas que não apoiem Israel e o genocídio palestino

 Segundo Aurore Bergé, “a menor ambiguidade” levará ao corte de subsídios por parte do governo

(Foto: Reuters)

 Em entrevista à Rádio J (uma estação de rádio comunitária judaica em Paris), a ministra francesa para a Luta contra a Discriminação, Aurore Bergé, disse que iria cortar as verbas destinadas a todas as organizações feministas francesas que, segundo ela, tiveram o que ela chama da "compreensão ambígua" sobre o “ 7 de outubro e o que aconteceu depois” em Israel.

Convidada da Rádio J neste domingo, 12 de fevereiro, Aurore Bergé anunciou que o governo está atualmente analisando as declarações de todas as associações feministas sobre o ataque do Hamas em Israel em 7 de outubro.

Segundo ela, “a menor ambiguidade” levará ao corte de subsídios que serão retirados, ameaçou Aurore Bergé.

“Pedi que todas as associações apoiadas financeiramente fossem escrutinadas. Se houver a menor ambiguidade nos comentários que foram feitos no dia 7 de outubro, não seria normal que estas associações continuassem a receber subsídios do governo”, disse a ministra.

“Recuso que o Estado apoie financeiramente associações que não possam caracterizar o que aconteceu”, acrescentou.

A França tem sido palco de manifestações multitudinárias contra o genocídio do povo palestino.

Fonte: Brasil 247

Princípio de incêndio atinge arquibancada da Neo Química Arena do Corinthians

 Incêncio foi pouco antes da partida entre Corinthians e Portuguesa. Os bombeiros foram acionados e controlaram rapidamente o fogo

(Foto: Reprodução - SCCP News - X)

Um dos camarotes da Neo Química Arena do Corinthians teve um princípio de incêndio na tarde deste domingo (11), antes do jogo do Corinthians e Portuguesa, do Campeonato Paulista. 

Os bombeiros foram acionados e controlaram rapidamente o fogo. Ainda não há informações sobre o que pode ter causado o incidente.

De acordo com informações da jornalista Bianca Molina, o incidente se deu no Lounge Brahma, por conta de uma labareda da churrasqueira cair no chão. A situação foi controlada rapidamente e não houve feridos.

Fonte: Brasil 247

Salgueiro focará na essência ianomâmi e não na tragédia, diz enredista

 Bruno Pereira e Dom Phillips também serão homenageados no desfile

Indígenas em Roraima (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil)

Agência Brasil - Há um ano, uma série de ações governamentais foi anunciada para fazer frente a uma tragédia humanitária que se arrastava há alguns anos na Terra Indígena Yanomani, no extremo norte do Brasil. A crise, relacionada com o avanço do garimpo ilegal na região, se traduzia em fome, contaminação e alarmante aumento de diferentes doenças, sobretudo a malária. Segundo dados do Ministério dos Povos Indígenas, apenas em 2022, morreram 99 crianças da etnia com menos de cinco anos, na maioria dos casos por desnutrição, pneumonia e diarreia.

A repercussão da tragédia gerou comoção nacional e sensibilizou lideranças do Salgueiro. A escola de samba do Rio de Janeiro levará para o desfile do carnaval deste ano o enredo Hutukara. Será a terceira agremiação a atravessar a Marquês de Sapucaí no domingo, 11 de fevereiro. Mas Igor Ricardo, enredista do Salgueiro, adverte: o foco não será a crise humanitária.

"Nós até vamos abordar a tragédia em um momento específico do desfile, mas o desfile não é sobre a tragédia. O desfile é sobre a essência do povo Yanomami. Quem é verdadeiramente o povo Yanomani? Na televisão, os yanomamis só aparecem quando veiculam notícias sobre a malária ou sobre os impactos do garimpo nas suas terras. Aquilo não é o indígena. É o resultado que a ação de garimpeiros e forasteiros gera nos indígenas. Mas o que esse povo faz? Do que se alimenta? Como trabalham?".

A Terra Yanomani ocupa mais de 9 milhões de hectares e se estende pelos estados de Roraima e do Amazonas. É a maior reserva indígena do país. Os resultados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que mais de 27 mil indígenas vivem nessa área.

A principal referência para o desenvolvimento do enredo foi o livro A Queda do Céu, assinado pelo xamã yanomani Davi Kopenawa e pelo antropólogo francês Bruce Albert. A obra foi lançada na França em 2010 e teve sua primeira edição traduzida para o português em 2015.

"O yanomami é um povo desconhecido pra gente. Quem lê o livro vai descobrir um universo fantástico. Traduzir isso para o desfile é difícil, foi complexo. O carnaval já tem muita tradição de falar sobre o povo negro, os povos de raiz africana. E com o tempo, fomos nos familiarizando. A gente tem maior conhecimento, por exemplo, sobre Oxum, sobre Ogum. Mas ainda somos muito carentes de conhecimento sobre os povos indígenas. Desenvolvendo esse enredo do Salgueiro, percebi na verdade que a gente não conhece quase nada da cultura indígena", observa Igor.

O enredista afirma que, no Dia do Índio, celebrado anualmente em 19 de Abril, as escolas costumam organizar apresentações das crianças vestidas com cocares ou sainhas com penas. Segundo ele, essas representações ocorrem muitas vezes a partir de estereótipos. Também tem ocorrido nos últimos anos, sobretudo nas redes sociais, discussões acaloradas em torno da tradição de se usar fantasias com adereços indígenas durante o carnaval. Críticos veem desrespeito à cultura desses povos, enquanto outros consideram se tratar de uma homenagem.

Para o enredista, umas das missões do Salgueiro é mostrar que há uma diversidade entre os indígenas, destacando as especificidades. Para isso, há uma esforço em ser o mais fidedigno possível à representação yanomami. O próprio Davi Kopenawa esteve no barracão para dar o seu parecer sobre as fantasias.

"A gente está tentando ao máximo respeitar os yanomamis como eles são. É a pintura corporal específica deles, é o cocar deles, são os adereços que eles usam no braço. O Salgueiro está se preocupando muito com relação a isso. A gente está muito seguro porque a gente buscou o tempo inteiro se guiar pelo olhar do próprio yanomami. Esculturas que estarão no carro do Salgueiro foram referenciadas em imagens feitas na própria aldeia", conta Igor.

O desfile também irá apresentar a mitologia yanomami, as práticas culturais, as atividades cotidianas. "O Davi Kopenawa fala que para você respeitar um povo, é preciso conhecê-lo verdadeiramente. Então é um convite ao mundo para conhecer verdadeiramente o povo yanomami, que tanto tem sofrido pela ação do homem branco".

No final do desfile, esse convite será estendido para que o público procure conhecer também as populações de outras etnias. "São povos que lutam para preservar a língua, lutam contra o desmatamento, contra o tráfico de drogas, contra o risco de despejo. Mas a gente busca mostrar cada esses povos pelas particularidades de cada um deles. Não pela tragédia, mas pela beleza única e exclusiva que eles têm".

Igor dá um exemplo. "Os Xoklengs têm aparecido muito na mídia por conta do seu protagonismo na resistência contra a tese do Marco Temporal. Mas as notícias não destacam quem são os Xoklengs? Então, por exemplo, eles têm a tradição de fazer um manto de urtiga. Como eles estão em Santa Catarina, eles precisam no inverno de muita proteção contra o frio. E eles produzem um manto bem característico. E nós vamos representá-los no desfile com esse manto".

A palavra Hutukara, título do enredo, é traduzido por Igor como terra-floresta. Ele alerta, porém, para a complexidade do significado do termo. Em 2013, durante uma conferência realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e documentada em uma publicação da instituição, Davi Kopenawa ofereceu um explicação mais aprofundada.

"Nós, povo Yanomami, conhecemos há muitos anos, mais de quinhentos anos, o que nosso pai colocou como Hutukara. Hutukara é uma terra, o branco chama de 'mundo', outros falam a palavra 'universo'. É assim que o branco fala, branco fala que o mundo é redondo. Para nós, povo indígena aqui do Brasil, outros povos indígenas, cada um chama diferente: alguns chamam Hutukara, outros chamam Tupã, outros chamam diferente, mas é uma só. É uma Hutukara só. E nós estamos aqui sentados na barriga da nossa terra mãe. A Hutukara fica junto com a pedra, terra, com a areia, o rio, o mar, o sol, a chuva e o vento. Hutukara é um corpo, um corpo que é unido, ela não pode ficar separada", disse o xamã.

Para retratar o mundo yanomami de forma mais fidedigna, a linguagem tem sido uma aposta do Salgueiro. A sinopse do enredo faz uso de diversas palavras do idioma yanomami, muitas das quais foram levadas também para o samba-enredo Ya temi xoa! Aê, êa! Ya temi xoa! Aê, êa!.

A música é assinada por oito compositores. "Tem gente que tem mais facilidade para mexer com melodia, outros mais facilidade para poesia. Mas todo mundo faz um pouquinho de cada coisa. Nossa parceria, graças a Deus, é bem servida de tanto poetas quanto de músicos", explica um deles, Marcelo Motta.

Em sua visão, a composição soa como um manifesto. "Não podemos mais aceitar que seres humanos sejam vítimas da exploração em suas terras, ocasionando danos à sua vida e às suas famílias. A mensagem é um verdadeiro manifesto a favor dos povos originários e contra a ganância do homem branco, contra a mineração destrutiva, contra a exploração das terras que pertencem àquele povo", diz.

De acordo com Marcelo Motta, o processo de produção do samba-enredo envolveu uma imersão no mundo yanomani. "Cada um dos compositores foi se aprofundando mais individualmente também. Eu assisti documentários, entrevistas do Davi Kopenawa nas redes sociais. E depois fizemos reuniões onde cada um trazia suas ideias."

O resultado agradou o enredista Igor. "O yanomami não fala português na aldeia. O yanomami tem a própria língua. E o samba-enredo foi muito feliz em trazer expressões yanomamis que pouquíssimas pessoas conhecem. E pela visibilidade que o carnaval possui, vai gerar interesse nessa língua", avalia.

Desfile

Igor destaca que esse trabalho de pesquisa foi encampado com entusiasmo por todos envolvidos na construção do desfile deste ano. Embora o livro A Queda do Céu tenha sido seu principal guia, outros conteúdos também se tornaram referência para a elaboração da sinopse do enredo.

Ele afirma já ter lido 15 obras e cinco artigos, além de ter assistido diversos vídeos. Igor precisa entregar ao corpo de jurados com a defesa do enredo e, por isso, continua lendo outros materiais para fundamentar seus argumentos.

"Hoje eu considero que consigo entender, que consigo dialogar com as pessoas sobre a cultura yanomami. Foi um processo intenso de pesquisa e de estudo porque foi tudo muito novo. E nós vamos mostrar isso. Será um passeio pelo universo yanomami, que tem uma mitologia riquíssima. O desfile começa mostrando o Omama, que é o Deus da criação", conta.

O Salgueiro também destacará a importância da pesca e da caça como práticas cotidianas, bem como o trabalho das mulheres na roça e na colheita de frutos e principalmente da pupunha, que é característica da Amazônia. "Vamos retratar a Festa da Pupunha. Mas é importante destacar que iremos mostrar o dia a dia de uma aldeia, a maior de Terra Yanomani. Porque são mais de 200 aldeias espalhadas por todo o território", ressalta Igor Ricardo.

A chegada do garimpo e a cobiça pelo metais preciosos serão representadas em um setor específico. A forma como os yanomamis veem essa situação, a partir da sua mitologia, também será apresentada. "Se tem o Deus da criação que é o Omama, eles acreditam no Deus da destruição que é o Yoasi", explica o enredista.

Fatos relevantes relacionados com a história e a cultura destes povos também serão apresentados ao público. Será feita referência a artistas plásticos yanomamis que estão expondo fora do Brasil, em diferentes países da Europa e também na China e nos Estados Unidos. Haverá também menção ao livro Ana Mopö: Cogumelos Yanomanis, resultado de um trabalho de pesquisadores indígenas e não indígenas. A obra foi premiada em 2017 na 59ª edição do Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Gastronomia. "Isso deu muito orgulho a eles. Mas recebeu pouco destaque. Foi notícia? Foi. Mas não com tanta repercussão quanto a tragédia humanitária", destascA Igor.

O desfile reservará ainda espaço para homenagear o indigenista Bruno Pereira e o repórter britânico Dom Phillips, mortos no ano de 2022 em uma emboscada no Vale do Javari, no Amazonas. "Como diz o Davi Kopenawa, não é que os brancos não possam conhecer verdadeiramente os indígenas. É que a gente realmente não conhece. Mas existem alguns brancos que entenderam quem são verdadeiramente os indígenas. E o Bruno e o Dom foram dois deles. Eles conheceram profundamente os povos Matis que vivem no Vale do Javari. E o Salgueiro está fazendo agora esse movimento: é uma escola de samba não-indígena que está tentando entender quem são os indígenas".

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Apagão em Salvador: foliões ficam no escuro no terceiro dia oficial de carnaval

 Além de um apagão que deixou o bairro da Barra sem luz por mais de uma hora, foliões ainda enfrentaram atrasos de até 2h no desfile dos trios elétricos

(Foto: Reprodução/Instagram Prefeitura do Salvador )

O sábado de Carnaval (10) em Salvador foi marcado por uma série de incidentes que geraram caos e preocupação entre os foliões. O terceiro dia oficial da festa mais emblemática do Brasil começou com um carrinho de cachorro-quente em chamas, sem causar feridos, seguido por atrasos significativos no desfile dos trios elétricos devido a equipamentos quebrados no circuito Barra-Ondina, destaca o G1. 

À medida que o dia avançava, mais problemas surgiam. O cantor Léo Santana teve que chamar a atenção do motorista de seu trio, e, no ápice da noite, um apagão mergulhou parte do circuito na escuridão. O apagão ocorreu por volta das 22h50, entre o Camarote Expresso 2222, da família Gil, e o Morro do Cristo. Durante aproximadamente uma hora e vinte minutos, todos os postes da região ficaram sem luz. 

A Prefeitura de Salvador informou, em nota, que o problema foi causado por uma explosão nas imediações da Rua Francisco Otaviano, afetando o fornecimento de energia em parte do bairro da Barra.

A Coelba,  concessionária responsável pelo fornecimento de energia, acrescentou que duas ocorrências relacionadas a serpentinas lançadas sobre as redes elétricas provocaram a interrupção do abastecimento de energia. O fornecimento foi restabelecido às 0h10 de domingo (11).

Além do apagão, outro incidente ocorreu na Barra, onde parte da área externa do Camarote 409 afundou. Felizmente, não houve feridos, mas o trecho foi evacuado e isolado por órgãos municipais.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1