sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Silvio Almeida critica possibilidade de privatização de presídios

 Para o ministro dos Direitos Humanos, a proposta abre espaço “para infiltração do crime organizado”

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, criticou a possibilidade de unidades prisionais e socioeducativas serem privatizadas. Segundo ele, além de inconstitucional, a medida abre mais espaço “para a infiltração do crime organizado” no setor público.

“Eu acho que privatização, seja de presídios, seja do sistema socioeducativo, abre espaço para a infiltração do crime organizado […] para que o crime organizado tenha mais um pedacinho do Estado brasileiro”, disse o ministro durante café da manhã com jornalistas, em Brasília, nesta sexta-feira (2).

Para 86 órgãos públicos e entidades da sociedade civil contrários à concessão da gestão de unidades prisionais e socioeducativas à iniciativa privada, em setembro de 2023 havia no Brasil mais de 30 unidades prisionais administradas por grupos particulares. E outros tantos projetos de privatização estavam em curso, como o do presídio de Erechim, no Rio Grande do Sul, leiloado pelo governo gaúcho em outubro do ano passado, com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Sistema prisional - O apoio do banco estatal à negociação foi viabilizado graças à publicação, em abril do ano passado, do Decreto nº 11.498. Assinado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o texto do decreto incluiu projetos destinados ao sistema prisional e outros setores (segurança pública, saúde, educação etc.) como elegíveis a receber incentivos tributários.

Em setembro, 86 entidades da sociedade civil e órgãos públicos contrários à medida publicaram uma nota técnica em que sustentam que a autorização para que empresas privadas assumam a gestão prisional transformará o setor em um “mercado lucrativo”, favorecendo o encarceramento em massa.

Os signatários da nota – entre eles o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), Associação Juízas e Juízes pela Democracia (AJD), Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (Anadep) e o Núcleo Especializado de Situação Carcerária (Nesc) da Defensoria Pública de São Paulo – pedem que o governo federal repense a oferta de incentivos financeiros, por meio do BNDES, para a construção, reforma e gestão de presídios pela iniciativa privada.

Ação inaceitável - Sem mencionar a mobilização das entidades e órgãos públicos contrárias à privatização, o ministro Silvio Almeida disse considerar “inaceitável” a privatização das unidades prisionais e socioeducativas.

“Isso não pode ser feito. Conhecemos a história: “Ah! Mas é só [a privatização] da estrutura [da unidade]”; “É só para construir o prédio. Sabemos que, no fim das contas, isso vira privatização da execução da pena, algo que não pode acontecer. E não pode acontecer não só por vontade política, mas porque é inconstitucional, ilegal”, disse Almeida, assegurando que a assessoria jurídica do ministério elaborou um parecer apontando a inconstitucionalidade da concessão de unidades prisionais e socioeducativas a grupos privados.

“O estudo técnico e o parecer da assessoria jurídica já estão prontos há muito tempo, e estamos debatendo [o assunto] dentro do governo”, afirmou o ministro, explicando, a seguir,  que ainda não conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que espera tratar do tema, em breve, com o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, empossado no cargo nessa quinta-feira. “Estamos debatendo isso dentro do governo. Primeiramente, no nível político. Isso não deu certo em lugar nenhum. Abre espaço para que interesses que não são públicos se imiscuam em um lugar ultra problemático e para que agentes privados façam a execução da pena ou apliquem a medida socioeducativa,” afirmou o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

PF adia depoimento de Bolsonaro e muda local após convocação para ato

 As oitivas estavam previstas para ocorrer na próxima quarta-feira (7). A corporação também alterou o local do depoimento

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa-PR)

A Polícia Federal (PF) adiou os depoimentos de Jair Bolsonaro e Fabio Wajngarten sobre a suposta importunação a uma baleia, no litoral do estado de São Paulo. As oitivas estavam previstas para ocorrer na próxima quarta-feira (7/2), mas foram reagendadas para o fim do mês (27). 

Segundo a coluna de Paulo Cappelli, o local do depoimento foi alterado e não será mais em São Sebastião, município em que o ex-mandatário se aproximou da jubarte. A PF transferiu a oitiva para a capital de São Paulo.

A PF estava mapeando o planejamento de protestos favoráveis a Bolsonaro, que fez uma convocação nas redes sociais pedindo para seus apoiadores irem às proximidades de uma delegacia da corporação prestar apoio ao ex-mandatário. 

O colunista afirmou que, mesmo com o adiamento e a transferência do local da oitiva, Bolsonaro deverá comparecer ao ato previsto para a próxima quarta-feira em São Sebastião.

Fonte: Brasil 247 com informação da coluna do jornalista Paulo Cappelli, do Metrópoles

Raízen e BYD fecham acordo para avançar em recarga de veículos elétricos no Brasil

 Acordo prevê a instalação de 600 pontos de recarga rápida pelo país com a marca Shell Recharge nos próximos três anos

Veículo da BYD sendo exibido em evento no Reino Unido 28/04/2023 (Foto: REUTERS/Nick Carey)

(Reuters) - A Raízen e a montadora chinesa BYD vão construir "hubs" de recarga elétrica em oito capitais brasileiras, como parte de um projeto conjunto que visa impulsionar o mercado de veículos elétricos que vem ganhando tração no país, disseram as empresas à Reuters.

O acordo prevê a instalação de 600 pontos de recarga rápida pelo país com a marca Shell Recharge nos próximos três anos, à medida que a Raízen busca ter 25% desse mercado. Os equipamentos somam juntos mais de 18 megawatts (MW) de potência instalada, e serão alimentados com energia de fontes renováveis fornecida pela Raízen Power, braço de energia elétrica do grupo.

Receberão os pontos as cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Salvador (BA) e Belém (PA), escolhidas com base em previsões de crescimento do mercado e na quantidade de usuários que demandam mais recargas, como motoristas de aplicativos.

As empresas não informaram o valor dos aportes envolvidos no projeto.

A criação desses "hubs" em importantes centros urbanos atende à necessidade de mais infraestrutura de recarga para fazer frente à expansão de um mercado ainda pequeno no Brasil, mas que se mostra promissor na visão das duas empresas.

"O Brasil tem uma transição (energética) que é diferente de outros países, porque já tem uma solução muito boa no carro híbrido, no carro a etanol, mas ela virá, vai acontecer", ressaltou o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, em conversa com a Reuters.

Alexandre Baldy, conselheiro especial da BYD no Brasil, afirmou que o acordo ocorre em um momento "estratégico" para a montadora, que rivaliza com a Tesla como a maior fabricante mundial de carros elétricos e que deverá começar a produzir no Brasil a partir deste ano, com investimentos de 3 bilhões de reais.

"Vai ser bastante importante, culturalmente, para mostrar para as pessoas que esse investimento, ele vai acontecer... A BYD escolheu o Brasil como o segundo país do mundo para ser aquele que ela vai investir, que ela vai crescer", disse Baldy.

Os emplacamentos de veículos elétricos bateram recorde no ano passado, segundo a associação ABVE, somando quase 94 mil unidades. As vendas da BYD no país cresceram quase 70 vezes no ano, alcançando 18 mil veículos, e em janeiro deste ano a montadora já vendeu 4.299 carros.

CUSTOS COMPETITIVOS E QUALIDADE - A parceria segue um acordo de cooperação estratégica firmado em 2022 pela Shell, uma das principais acionistas da Raízen, e BYD para ajudar a acelerar a transição energética e melhorar a experiência de recarga para clientes de veículos elétricos e híbridos "plug-in" da BYD no mundo.

O projeto brasileiro contará com experiência e aprendizados que as empresas já tiveram em outras partes do mundo, observa Mussa, ressaltando que a marca Shell garante confiabilidade e qualidade na recarga, o que é essencial para preservar a bateria e prolongar a vida útil do automóvel.

Uuários de veículos da BYD terão benefícios ao utilizar a rede Shell Recharge, pagando preços menores pelo serviço e obtendo bonificações, por exemplo.

"O fato de a gente (Raízen) ser uma empresa integrada, a gente vai sim conseguir entregar um custo sempre competitivo para o cliente final. Se não for competitivo, não temos a fidelização do cliente", destacou o CEO.

O mercado de eletromobilidade vem ganhando importância para a Raízen à medida que a gigante brasileira de açúcar e etanol e distribuição de combustíveis busca oferecer novas soluções sustentáveis para seus clientes no contexto de transição energética.

A companhia mira ter 25% de participação de mercado no segmento e vem fazendo investimento nos últimos anos através da Raízen Power, como a compra da rede de recarga da startup Tupinambá.

"Para a gente, ser pioneiro é muito importante... Esse mercado é parte fundamental da nossa estratégia de crescimento, é fornecer uma opção para o cliente, seja ela qual for, gasolina, etanol, diesel ou eletricidade", afirmou Mussa.

Fonte: Brasil 247

ONS reduz previsão de crescimento da carga de energia a 4,5% em fevereiro

 O órgão também fez ajustes para baixo em suas previsões para o volume de chuvas que devem chegar às hidrelétricas em fevereiro

Visão geral da hidrelétrica de Itaipu (Foto: REUTERS)

(Reuters) - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima um crescimento de 4,5% para carga de energia elétrica no Brasil em fevereiro, com redução de 1 ponto percentual frente à projeção da semana anterior, segundo boletim publicado nesta sexta-feira.

O órgão também fez ajustes para baixo em suas previsões para o volume de chuvas que devem chegar às hidrelétricas em fevereiro nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste (69% da média histórica, ante 71% previstos na semana anterior) e Sul (72%, ante 77%).

Para o Nordeste, a previsão de chuvas foi elevada a 72% da média histórica em fevereiro (ante 61% na semana anterior), enquanto para o Norte a estimativa foi mantida em 102% da média.

O ONS também estimou que o nível de reservatórios das hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste alcançará em 67,4% ao final de fevereiro, um pouco abaixo dos 68,2% previstos para o período na semana anterior.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Entregas de adubos no Brasil até novembro de 2023 superaram 2022 completo, diz Anda

 Forte avanço em 2023 ocorreu após grandes entregas em novembro

Homem com um punhado de potássio 24/09/2009 (Foto: REUTERS/David Stobbe)

(Reuters) - As entregas de fertilizantes no Brasil de janeiro a novembro de 2023 somaram 42,2 milhões de toneladas, alta de 11,9% ante o mesmo período de 2022, superando também todo volume entregue no ano anterior, quando as vendas de adubos recuaram devido a altos preços, informou nesta sexta-feira a associação que reúne indústria do setor (Anda).

Em 2022 completo, Anda registrou entregas de cerca de 41 milhões de toneladas no Brasil, com o mercado global sendo afetado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, o que levou produtores a reduzirem as aplicações devido aos custos. O recorde do setor é de 45,86 milhões de toneladas, em 2021.

O forte avanço em 2023, apontou a Anda nesta sexta-feira, ocorreu após grandes entregas em novembro, de aproximadamente 4 milhões de toneladas, alta de 6,7% ante o mesmo mês do ano passado.

No ano passado, de maneira geral, o consumo de adubo no Brasil foi impulsionado por uma melhora importante na relação de troca entre fertilizantes e os preços das commodities agrícolas. Muitos produtores também precisaram repor as reservas de nutrientes no solo.

A associação não forneceu explicações para esses aumentos.

Para o setor superar o recorde anual de 2021, as entregas em dezembro no Brasil teriam de registrar pouco mais de 3,6 milhões de toneladas. A Anda tradicionalmente não faz projeções.

No acumulado de janeiro a novembro de 2023, o total importado de fertilizantes intermediários pelo Brasil -- líder na importação desses insumos -- foi de 35,58 milhões de toneladas, 9,4% a mais do que no mesmo período de 2022.

As importações de fertilizantes alcançaram 3,99 milhões de toneladas em novembro, indicando salto de 70,5% em relação ao mesmo mês de 2022.

Já a produção nacional de fertilizantes intermediários em novembro de 2023 foi de 597 mil toneladas, alta de 3,1%. No acumulado do ano até novembro, foram 6,24 milhões de toneladas, com redução de 8,7%.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Onda de calor na Argentina gera cautela sobre safras abundantes de soja e milho

 O país sul-americano está se recuperando de uma safra atingida pela seca na última temporada

(Foto: Agência Brasil)

(Reuters) - Uma onda de calor com tempo seco na Argentina gerou alertas sobre as condições de desenvolvimento das lavouras de grãos e a necessidade de chuva para que as safras de soja e milho continuem no caminho certo para obter colheitas abundantes.

O país sul-americano, um dos maiores exportadores de soja processada do mundo e o terceiro maior exportador de milho, está se recuperando de uma safra atingida pela seca na última temporada, com o padrão climático El Niño trazendo melhores chuvas.

Espera-se que a colheita de milho seja recorde. No entanto, com as plantações em estágios importantes de desenvolvimento, um período de clima quente e seco, com temperaturas próximas a 40 graus Celsius, fez com que as condições das plantações e do solo se deteriorassem, com mais dias de clima quente e seco pela frente.

"A soja de primeira classe estava indo muito bem até esta semana, quando o calor começou e a falta de chuva começou a se manifestar em lotes de qualidade inferior", disse a bolsa de grãos de Rosário em um relatório, acrescentando que isso estava acontecendo em grande parte da região central.

"A perspectiva de uma grande campanha começa a desaparecer e o primeiro elo que cede são os solos de baixa qualidade, onde há estresse acentuado e perda de rendimento."

O relatório acrescentou que o clima quente fez com que a área plantada com soja categorizada como em condições "muito boas a excelentes" caísse de 90% para 65%, com 10% dos lotes "regulares e ruins". Há chances de chuvas a partir de sábado, mas o calor continua.

A Bolsa de Cereais de Buenos Aires afirmou que as altas temperaturas e a falta de chuva levaram a uma deterioração das condições da água, com estresse hídrico em algumas áreas. No entanto, cerca de 90% das áreas ainda estavam "normais/excelentes".

Com alguns lotes iniciando os principais estágios de crescimento, "a precipitação será necessária" para o período de definição do desempenho, disse a bolsa com relação à soja, acrescentando que, nas áreas do norte, o plantio final do milho estava sendo atrasado pela falta de chuva.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Malafaia volta a fazer ataques contra Alexandre de Moraes: 'este ditador tem que ser preso' (vídeo)

 O pastor bolsonarista defendeu o impeachment do ministro do STF

Silas Malafaia (à esq.) e Alexandre de Moraes (Foto: Isac Nóbrega/PR |Marcelo Camargo/Agência Brasil)

 Líder da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o pastor-empresário Silas Malafaia partiu novamente para os ataques contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. "Tem que se abrir um processo de impeachment contra esse ditador. Não tenho medo de ditadores. Ele tem que ser preso", disse o religioso, que também havia pedido, em janeiro, o impeachment do magistrado após o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) ser alvo da Polícia Federal, porque, de acordo mensagens obtidas pelos investigadores, o parlamentar teria passado orientações sobre atos golpistas a bolsonaristas no estado do Rio de Janeiro. 

Moraes é relator do inquérito dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília(DF). O religioso compartilhou nas redes sociais algumas declarações do senador Esperidião Amin (PP-SC). De acordo com o parlamentar, existe no Brasil "inquisição que está sendo promovida pelo Supremo Tribunal Federal. O congressista afirmou que parlamentares pediram à PFà Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), à Controladoria Geral da União e ao STF algumas informações que corroborem com os indícios de uso da ABIN para espionagem ilegal. O senador disse que não houve retorno dessas instituições. 

O senador foi o relator da PEC 8/2021, que limita decisões monocráticas (individuais) no Supremo Tribunal Federal (STF) e nos demais tribunais. Foi aprovada em novembro pelo Congresso.

Policiais federais investigam um esquema de espionagem ilegal feita pela Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Jair Bolsonaro. De acordo com as apurações, a Abin tentou favorecer familiares de Bolsonaro no esquema de espionagem. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que "a organização criminosa infiltrada" na ABIN usou "métodos ilegais para a realização de ações clandestinas direcionadas contra pessoas ideologicamente qualificadas como opositoras".

O magistrado também havia dito que a ABIN foi usada na gestão bolsonarista para monitorar o caso Marielle Franco, ex-vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. Cerca de 30 mil pessoas foram monitoradas, informou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, no começo do mês.

O portal UOL revelou em reportagem publicada em maio de 2021 que a Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo e a editora Central Gospel, dirigidas por Malafaia, devem R$ 4,6 milhões em impostos.

Malafaia disse que pagou R$ 7 milhões em impostos desde 2018. Ele afirmou que parte dos débitos que possui é questionada na Justiça e na Receita. O pastor disse acreditar que o crescimento dos valores esteja associado a refinanciamentos da outra parte das dívidas e à expansão do número de funcionários por causa da abertura de mais de 40 templos desde 2019. "Bolsonaro não aumentou tributo de igreja nenhuma. Não teve aumento de carga tributária para ninguém", acrescentou Malafaia na época.

Fonte: Brasil 247

CNN interfere em trabalho jornalístico para favorecer Bolsonaro e provoca demissões e crise interna

 Clima é de crise nos bastidores da emissora que se aproxima do seu quarto aniversário

(Foto: Divulgação)

 A CNN Brasil, que se aproxima do seu quarto aniversário em março, enfrenta uma nova crise interna. As jornalistas Renata Agostini e Thaís Arbex anunciaram suas saídas da emissora, motivadas por desacordos sobre a edição de um documentário referente aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. As informações são do portal F5.

As profissionais não participaram do processo de edição e assistiram ao conteúdo apenas após sua exibição. Adicionalmente, foram informadas pouco antes da transmissão de que uma entrevista previamente solicitada com Jair Bolsonaro seria conduzida por Leandro Magalhães, apresentador do CNN Arena, e não pela equipe responsável pelo documentário.

No lançamento da série documental, dividida em cinco partes, Arbex e Agostini se descontentaram com o produto final e expressaram suas preocupações à direção da emissora, conforme investigado pelo F5.

Apesar desses contratempos e do clima tenso na redação, a CNN Brasil organizou duas festas temáticas de Carnaval em São Paulo e Brasília nesta semana, buscando fortalecer a relação entre a direção e os colaboradores.

Arbex irá trabalhar no Ministério da Justiça. O destino de Agostini na televisão é incerto.

Fonte: Brasil 247 com informações do portal F5

Pesquisa associa Bolsa Família a menor mortalidade por câncer de mama

 Mulheres sem o benefício tiveram risco de mortalidade 17% maior; estudo com 20 milhões de mulheres mostra que quanto maior a desigualdade de renda nos municípios, maior é o risco

(Foto: Rafael Lampert Zart)

Agência Brasil - Mulheres de baixa renda beneficiárias do Bolsa Família que vivem em municípios com alto nível de desigualdade apresentam incidência menor de morte por câncer de mama que as não beneficiárias, identificou um estudo do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde (Cidacs) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na Bahia. As conclusões foram publicadas na revista científica Jama Network e divulgadas nesta sexta-feira (2) pela Fiocruz.

A pesquisa avaliou dados de mais de 20 milhões de mulheres adultas registradas no Cadastro Único do governo federal e aponta que, quanto maior a desigualdade de renda nos municípios, chamada de segregação na pesquisa, maior é o risco de morrer por câncer de mama.

Quando as pesquisadoras dividem essas mulheres de baixa renda entre quem recebe e quem não recebe o Bolsa Família, a constatação é de que mulheres que não receberam o benefício tiveram um risco de mortalidade por câncer de mama 17% maior em comparação com as beneficiárias do Programa.

O estudo é fruto de uma colaboração entre pesquisadores do Cidacs/Fiocruz Bahia, da Faculdade de Epidemiologia e Saúde da População da London School of Hygiene and Tropical Medicine, do Ubuntu Center on Racism, Global Movements and Population Health Equity da Universidade Drexel, do Centro de Diabetes e Endocrinologia da Bahia da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia e do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia. Foram utilizados dados de 2001 a 2015 do Cadastro Único do governo federal, que inclui mais de 114 milhões de brasileiros com baixa renda (quase 55% da população do país).

Do universo de mulheres pesquisadas, 53,3% eram pardas, 32,8% eram brancas, 8,2% eram pretas, 0,5% eram indígenas e 0,4% eram asiáticas.

Maior mortalidade

O estudo mostra que a incidência de mortalidade por câncer de mama em municípios com baixa segregação foi de 6,4 mulheres a cada 100 mil habitantes. Em municípios com média segregação, a incidência chega a 6,7, enquanto nos municípios com alta segregação de renda, essa taxa é ainda maior, de 8,2 óbitos a cada 100 mil.

As mulheres que recebem o Bolsa Família e vivem em cidades mais desiguais têm risco de morrer por câncer de mama 13% maior que a média, enquanto as que não recebem o benefício e moram nessas cidades vivenciam um risco 24% maior. Os dados apontam que mesmo morar em uma cidade segregada tem seu risco reduzido pelo programa.

A pesquisadora Joanna Guimarães, associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia, destaca a relevância do estudo ao descrever que a maior parte das pesquisa que avalia o impacto do Bolsa Família na saúde se debruça sobre saúde infantil e doenças infecciosas, explorando menos a saúde da mulher.

"A pesquisa mostrou o resultado de uma política pública, o Bolsa Família, na redução das desigualdades na mortalidade por câncer de mama em mulheres. Isso se deve possivelmente ao aumento da renda familiar e com isso maior acesso a medicamentos, alimentação de qualidade e acesso a serviços de transporte, permitindo a busca por serviços preventivos de câncer, como a realização de mamografia, em outros locais”, afirmou a pesquisadora à Agência Fiocruz de Notícias.

Ela defende que o estudo tem implicações políticas, pois sugere a inclusão do rastreamento e exame clínico das mamas entre as condicionalidades do Bolsa Família. A conclusão se dá a partir da constatação de que tais condicionalidades impõem uma maior utilização dos serviços de saúde, aumentando a detecção precoce e potencialmente reduzindo a mortalidade.

Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil

Janja se encontra com refugiados afegãos e palestinos e promete suporte

 Primeira-dama visitou centro de acolhimento para refugiados estrangeiros Vila Minha Pátria em São Paulo

A primeira-dama Janja e crianças posam para foto no centro de acolhimento para refugiados estrangeiros Vila Minha Pátria, em Morungaba (SP) (Foto: @JanjaLula/X)

A primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, visitou nesta sexta-feira (1) o centro de acolhimento para refugiados estrangeiros Vila Minha Pátria, em Morungaba (SP).

A equipe do local apresentou à primeira-dama as instalações e contaram um pouco sobre a história do local, relatou Janja em suas redes sociais.

O centro conta hoje com 144 acolhidos, dos quais a maior parte são afegãos, além de 32 palestinos e uma iraniana. É administrado pela Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira. 

Durante a visita, Janja também ouviu depoimentos de diversos refugiados, que contaram um pouco suas histórias e o que esperam da vida no Brasil. 

"De braços e coração abertos, me coloquei à disposição para fazer o possível para que essas famílias e tantas outras que vem ao nosso país para recomeçar possam ter uma vida digna e em paz aqui. Parabéns ao trabalho da Vila Minha Pátria e muito obrigada pela recepção. Hoje eu que me senti acolhida!", escreveu Janja. 

Hoje, em Morungaba (SP), visitei a Vila Minha Pátria, uma base que acolhe repatriados e refugiados e faz um trabalho repleto de respeito, cuidado e afeto. Fui recebida pela Fabíola, gerente-executiva de assistência social da Junta de Missões Nacionais, e sua equipe, que me apresentou as instalações e contou um pouco sobre a história do local. A Vila é administrada pela Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira e conta hoje com 144 acolhidos, dos quais a maior parte são afegãos, além de 32 palestinos, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, e uma iraniana. Durante a visita, ouvi depoimentos de diversas acolhidas e acolhidos que contaram um pouco sobre sua história e o que esperam da vida no Brasil. De braços e coração abertos, me coloquei à disposição para fazer o possível para que essas famílias e tantas outras que vem ao nosso país para recomeçar possam ter uma vida digna e em paz aqui. Parabéns ao trabalho da Vila Minha Pátria e muito obrigada pela recepção. Hoje eu que me senti acolhida!

Fonte: Brasil 247

"É impossível não relacionar Bolsonaro à tentativa de golpe do dia 8 de janeiro", diz Soraya Thronicke

 Senadora afirmou que o "8 de janeiro ainda não acabou, enquanto não soubermos quem foi o responsável"

Soraya Thronicke e Jair Bolsonaro (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados | Joedson Alves/Agencia Brasil | Alan Santos/PR)

Em entrevista à TV 247, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) falou sobre a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023, bem como da questão da impunidade relacionada a esse evento. Thronicke destacou a importância de se investigar e punir os responsáveis pela ação, ressaltando a gravidade do episódio e sua relação com o governo Bolsonaro.

A senadora faz uma conexão direta entre Jair Bolsonaro (PL) e a intentona golpista. "É impossível não relacionar Bolsonaro à tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2023", afirmou, destacando a responsabilidade política do ex-mandatário no contexto do evento. Além disso, a senadora apontou para a presença de figuras-chave do governo passado entre os "autores intelectuais" da tentativa de golpe.

Ela expressou frustração com a demora na punição dos envolvidos no episódio, enfatizando a necessidade de justiça para garantir a estabilidade democrática do país. "Está demorando a ser punido", afirmou Soraya Thronicke, destacando a importância de uma resposta rápida e eficaz das instituições responsáveis.

Thronicke também ressaltou que, para ela, o episódio do dia 8 de janeiro de 2023 ainda não está encerrado, pois a população ainda não foi devidamente informada sobre sua gravidade e sobre os responsáveis pela ação. "8 de janeiro ainda não acabou, enquanto não soubermos quem foi o responsável. Não acabou porque não informamos à população da sua gravidade", concluiu a senadora.

Fonte: Brasil 247

Família de bolsonarista que morreu na Papuda acusa Moraes de maus-tratos e tortura e reivindica prisão do magristrado

 Assessoradas por Pavinatto, advogado e ex-apresentador da Jovem Pan, viúva e filhas de Cleriston Pereira buscam justiça no STF e pedem afastamento do ministro

Alexandre de Moraes e atos golpistas de 8 de janeiro (Foto: STF )

A família do comerciante Cleriston Pereira da Cunha, que morreu no Complexo Penitenciário da Papuda (DF) em novembro de 2023, após os ataques golpistas de 8 de janeiro, moveu uma ação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ministro Alexandre de Moraes. A viúva e as duas filhas acusam o magistrado de crimes que vão desde maus-tratos até tortura qualificada, demandando penas que podem chegar a 31 anos de prisão, destaca a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna o jornal Folha de S. Paulo.

Cleriston Pereira da Cunha, de 46 anos, faleceu por mal súbito enquanto estava sob prisão preventiva na Papuda, recebendo atendimento médico. A família alega que o comerciante foi submetido a condições desumanas e responsabiliza diretamente o ministro Moraes pela morte.

A ação, assinada pelo advogado Tiago Pavinatto, ex-apresentador da Jovem Pan News, foi protocolada no STF e requer não apenas a prisão do ministro, mas também seu afastamento das funções na corte, além do pagamento de indenização por danos morais. O pedido de liberdade provisória de Cleriston, que estava em análise pelo ministro Moraes, é mencionado como um elemento crucial na argumentação da família.

Segundo a acusação, a morte do comerciante ocorreu em uma prisão preventiva considerada "manifestamente ilegal" e sob a total responsabilidade do magistrado. A família alega que Moraes, abusando de seu poder, assumiu o risco da morte de Cleriston ao manter as condições desfavoráveis na prisão.

A ação destaca que o comerciante estava impossibilitado de realizar atividades básicas, como caminhar para os banhos de sol, evidenciando o sofrimento físico e mental a que foi submetido. O advogado argumenta que a omissão contumaz do ministro ultrapassa o desvalor previsto pelo legislador no crime de maus-tratos.

Fonte: Brasil 247 com informações da jornalista Mônica Bergamo em sua coluna no jornal  Folha de S. Paulo

Lindbergh diz que presidente do BC articula "sorrateiramente" PEC para "radicalizar" sua autonomia

 Parlamentar alega que a PEC visa afastar 'a supervisão do governo eleito' para conduzir a atuação do BC "da forma que mais convier não ao país, mas a seus dirigentes"

(Foto: ABR)

 O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou as redes sociais para criticar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD), que prevê a conversão do Banco Central (BC), hoje uma autarquia, em empresa pública. Para Lindbergh, a PEC “radicaliza a autonomia do Banco Central, afastando-o ainda mais da população a quem deveria servir”.

“Seu atual presidente, o bolsonarista Roberto Campos Neto, não satisfeito com a autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira que a lei já dá à instituição, pretende alterar a Constituição para que o Banco Central deixe de ser uma autarquia pública e se torne uma empresa, ou seja, uma pessoa jurídica de direito privado”, escreveu Lindbergh no X, antigo Twitter. 

Ainda segundo ele, como empresa, o BC terá o seu funcionamento “regido não só pela lei, mas também por seu próprio estatuto, definido por seu Conselho”. Desta forma, ele teria autonomia para definir o seu próprio orçamento, deixando de integrar o Orçamento da União, “sem a participação do governo e sem a aprovação do Congresso. Poderá pagar a seus dirigentes remunerações astronômicas, e poderá distribuir lucros. Ainda, deixaria de ser fiscalizado pelo Conselho Monetário Nacional”.

“Tudo isso permitirá ao Banco Central - e essa é a intenção - se afastar ainda mais da supervisão do governo eleito e conduzir sua atuação da forma que mais convier não ao país, mas a seus dirigentes”, pontua o parlamentar no final da postagem. 

Fonte: Brasil 247

Fotos de cadáver do miliciano Adriano reforçam tese de queima de arquivo

 Imagens divulgadas pela revista Veja da autópsia do ex-capitão da PM Adriano Nóbrega, ligado ao clã Bolsonaro, revelam que teria sido morto com tiros disparados a curta distância

 A revista Veja teve acesso com exclusividade a imagens que revelam que o ex-policial do Bope e miliciano Adriano da Nóbrega teria sido morto com tiros disparados a curta distância.

De acordo com reportagem, as imagens reforçam a tese de execução. São fotografias de diversos ângulos, feitas logo depois da autópsia. Um dos projéteis atingiu a região do pescoço. O outro perfurou o tórax.

De acordo com a reportagem, a polícia baianateria levado o ex-capital para o hospital, a 8 quilômetros do local do confronto, onde chegou morto. "As fotos obtidas pela reportagem sustentam parte dessa versão — mas apenas parte. Os disparos que mataram Adriano da Nóbrega foram feitos a curta distância. Além disso, as imagens revelam um ferimento na cabeça do ex-capitão, logo abaixo do queixo, queimaduras do lado esquerdo do peito e um corte na testa", diz a revista.

Adriano era procurado e considerado peça-chave para o esclarecimento sobre a expansão das milícias no Rio de Janeiro e o esquema de rachadinha no gabinete do então depu­tado estadual Flávio Bolsonaro, hoje senador da República.

O miliciano foi morto por policiais da Bahia, que descobriram o seu paradeiro com a ajuda da equipe de inteligência da polícia fluminense.

Fonte: Brasil 247 com informações da Veja

Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos, mostra Censo 2022

 São 579,7 mil estabelecimentos religiosos, incluindo igrejas, templos, sinagogas e terreiros

(Foto: Reprodução)

 Nesta sexta-feira (2), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos resultados do Censo 2022, revelando que o Brasil possui mais estabelecimentos religiosos do que a soma de instituições de ensino e de saúde, informa o g1. O levantamento, que pela primeira vez mapeou todas as coordenadas geográficas e tipos de edificações dos 111 milhões de endereços do país, apontou uma média de 286 igrejas para cada 100 mil habitantes.

De acordo com os dados, os estabelecimentos religiosos, incluindo igrejas, templos, sinagogas e terreiros, totalizam 579,7 mil, enquanto os estabelecimentos de ensino, como escolas, creches e universidades, somam 264,4 mil, e os de saúde, como hospitais, clínicas e pronto-socorro, alcançam 247,5 mil.

A Região Norte se destaca como a que apresenta a maior relação entre o número de estabelecimentos religiosos e a população total. Nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins, há 79.650 igrejas, representando uma média de 459 para cada 100 mil habitantes, quase o dobro da média nacional.

No cenário regional, o Acre lidera a média nacional, com 554 igrejas para cada 100 mil habitantes, seguido por Roraima e Amazonas, ambos registrando 485 para cada 100 mil habitantes.

Por outro lado, a região Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) apresenta a menor relação entre o número de igrejas e a população, com 226 para cada 100 mil habitantes. Essa disparidade regional indica uma distribuição desigual dos estabelecimentos religiosos pelo país.

Fonte: Brasil 247 com informações do g1