sábado, 24 de junho de 2023

STF arquiva por unanimidade inquérito contra Gleisi e Paulo Bernardo

 Decisão apontou que delações premiadas não foram corroboradas por provas da prática de crimes

Gleisi Hoffmann (Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF), em julgamento no plenário virtual, acaba de arquivar o Inquérito 4325, que apurava o suposto crime de organização criminosa - denunciado em depoimento através de acordo de delação premiada - praticado pela presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, e pelo ex-ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Por unanimidade, os ministros acompanharam o voto do relator Edson Fachin pelo arquivamento. O entendimento do STF é de que o próprio órgão acusador - a Procuradoria Geral da República - rejeitou a denúncia também em razão das alterações legislativas promovidas pela Lei 12.850/2013 ao dispor que “a mera palavra do colaborador e os elementos de prova apresentados por eles não são suficientes para o recebimento da denúncia”.

De acordo com a defesa de Gleisi Hoffmann e de Paulo Bernardo, também houve um entendimento por parte dos ministros e ministras do Supremo de que as ações praticadas por eles eram tão somente atividades da vida política partidária. “Através do voto do relator ministro Fachin, baseado em uma criteriosa avaliação dos argumentos da defesa, o plenário do STF entendeu que o quê se quis fazer através deste inquérito foi a criminalização da política”, explica o advogado Angelo Ferraro. Para a advogada Verônica Sterman, a Corte Superior reafirma com esta decisão o respeito ao princípio da segurança jurídica e a harmonia das decisões judiciais. “Não se pode oferecer uma denúncia por participação em organização criminosa sem descrever o funcionamento desta organização, a divisão de tarefas entre os integrantes e o papel de cada um. Esta denúncia, agora rechaçada, é a prova de que o Poder Judiciário não aceitará esse tipo de conduta em processos judiciais”, argumenta. 

Histórico – O Inquérito 4325 teve origem a partir do desmembramento do Inquérito 3989, que tinha como objeto a investigação de um suposto esquema de distribuição de recursos ilícitos a agentes políticos de diversas agremiações partidárias, em especial do Partido dos Trabalhadores (PT), do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e do Partido Progressista (PP).  

Após pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), as investigações referentes aos membros do Partido Progressista prosseguiram no Inquérito 3989 e as investigações do Partido dos Trabalhadores no Inquérito 4325, agora arquivado pelo STF. Só houve o desmembramento do chamado “Inquérito mãe” pois alguns investigados não possuíam foro privilegiado, devendo ser julgados pela primeira instância, resultando assim na Ação Penal nº 1026137-89.2018.4.01.3400. Esta Ação Penal investigava atos ilícitos supostamente cometidos pelo hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidenta Dilma Rousseff, os ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A 12ª Vara Federal do Distrito Federal julgou improcedente a ação, absolvendo os réus por entender que a denúncia apresentada era uma tentativa de criminalizar a atividade política. 

Em 8 de março deste ano, a PGR apresentou manifestação nos autos do Inquérito 4325 concordando com as razões das defesas e também opinando pela rejeição da denúncia. A PGR recomendou o arquivamento uma vez que o próprio STF, ao analisar a recepção da denúncia no Inquérito 3989, no julgamento de embargos de declaração, concluiu pela “necessidade de rejeição em razão do enquadramento, pela acusação, de típicos atos da vida político-partidária como atos criminosos, além de compreender não existirem elementos de corroboração externos para as alegações trazidas em acordos de colaboração premiada”.  

Fonte: Brasil 247

Inelegibilidade: Bolsonaro já foi avisado que Nunes Marques não adiará sua decisão na ação do TSE

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Marco Bello/Reuters


No início desta semana, aliados e o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Flávio Bolsonaro, informaram o ex-capitão de que o ministro Kassio Nunes Marques não irá pedir vista do processo que está sendo julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que deverá torná-lo inelegível. A informação é do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

O voto de Nunes Marques, no entanto, deve ser a favor de manter o chefe do Executivo em condições de disputar eleições. Mas o primeiro dos dois ministros do STF nomeados por Bolsonaro não vai adiar a conclusão da ação, como queriam os bolsonaristas.

O TSE iniciou, na última quinta-feira (22), o julgamento dessa ação. Os ministros vão analisar uma reunião realizada por Bolsonaro com embaixadores no Palácio da Alvorada, em julho de 2022. Na ocasião, ele atacou, sem provas, o sistema de votação brasileiro, as urnas eletrônicas e levantou suspeitas sobre o processo eleitoral.

Vale destacar que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de impor prazo máximo de 60 dias para um julgamento ficar suspenso por solicitação do ministro Alexandre de Moraes torna mais difícil o adiamento da análise da ação.

Fonte: DCM com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo


Lula aposta em definição sobre acordo Mercosul-UE ainda em 2023

 Presidente falou com a imprensa em Paris antes de voltar ao Brasil

(Foto: Ricardo Stuckert)

Agência Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (24), que ainda acredita em um comum acordo com a União Europeia na parceria com o Mercosul. Ele disse que a resposta dos países do Sul sobre a carta adicional dos países europeus deve ser respondida até o final deste ano. Para o brasileiro, o protecionismo tem dificultado a aprovação do acordo. Lula cumpriu agenda na Itália e na França nesta semana e falou com a imprensa em Paris neste sábado, antes de embarcar de volta para o Brasil. 

“O fato de ter dois pontos nervosos e dois pontos considerados essenciais para os dois lados, a gente não pode fazer acordo com esses, mas vamos melhorar outras coisas. Precisamos fazer o acordo com a União Europeia e a União Europeia precisa do Mercosul, com a América do Sul e com a América Latina. Ficamos de responder a carta adicional da União Europeia e penso que até o final do ano a gente tem uma decisão sobre o assunto”, declarou à imprensa.

Lula disse ainda que o presidente da França, Emmanuel Macron, tem dificuldades no Congresso francês, e que é normal o país defender a sua agricultura. “Ele [Macron] tem dificuldades no Congresso, mas se a gente puder conversar com nossos amigos mais à esquerda para poder ajudar, para que seja aprovado o acordo no Mercosul, nós vamos conversar com todos os amigos da França para convencer da importância, porque não é o protecionismo que vai ajudar”.  Macron sofre pressão do Parlamento francês que é contra o tratado por razões de protecionismo, principalmente agrícola.

Lula criticou o protecionismo dos países ricos. “Dos anos 80 para cá, tudo o que as pessoas falavam é de que quanto mais abertura melhor, quanto mais livre comércio melhor, mas quando chega às vezes dos países em desenvolvimento de competir em igualdade de condições, os mais ricos viram protecionistas”. 

Na capital francesa, Lula teve reunião bilateral com o presidente francês e tratou da aprovação, na semana passada, pela Assembleia Nacional da França, de uma resolução contra a ratificação do acordo Mercosul-União Europeia (UE). Lula é contra a flexibilização das regras sobre compras governamentais previstas no acordo.

Segundo o presidente, o assunto é importante também para o encontro da Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac). “O assunto é importante para União Europeia e Mercosul, mas também para estabelecermos uma nova rodada de conversação para ver se a gente aproxima de acordo também na Celac”. A UE e a Celac farão uma cúpula em Bruxelas, capital da Bélgica, entre os dias 17 e 18 de julho. 

Fonte: Agência Brasil

Lula defende combate à desigualdade ao fazer balanço de suas viagens à França e à Itália

 Presidente reiterou que combate aos desequilíbrios climáticos pressupõe redução da desigualdade

(Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez um balanço de suas viagens à França e Itália, onde participou de importantes reuniões e encontros com líderes políticos e representantes internacionais, fez declarações enfatizando a necessidade de combater a desigualdade e fortalecer a governança global. "Ontem, quando falei da luta contra a desigualdade junto com a luta pelo clima, é porque a desigualdade hoje é maior do que era. E precisamos nos indignar enquanto sociedade contra isso. Em uma reunião como a que tivemos ontem, a questão do Haiti não entrar em pauta, é como se não fosse uma questão de ninguém, mas na verdade é um problema de todos nós", afirmou.

Durante sua estadia na França, Lula participou de uma cúpula sobre uma nova arquitetura financeira e teve um encontro crucial com o presidente Emmanuel Macron. Um dos principais temas discutidos foi o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, cuja ratificação ainda enfrenta obstáculos. Lula ressaltou a importância desse acordo, reconhecendo as questões que os países envolvidos têm a resolver e expressou sua esperança de que as partes possam encontrar uma solução para avançar nessa questão. "O mais importante foi o acordo entre União Europeia e Mercosul. Nós sabemos qual a questão que eles tem, eles sabem a nossa. Ficamos de responder a carta adicional da União Europeia e espero que tenhamos capacidade e sabedoria de resolver esse assunto", pontuou Lula.

Além disso, o presidente destacou a necessidade de se combater a desigualdade global. Lula salientou que a desigualdade atual é maior do que antes e instigou a sociedade a se indignar contra essa realidade. Ao abordar a governança global, o presidente destacou a importância de uma estrutura forte para efetivar mudanças significativas. Ele mencionou a Conferência das Partes (COP) sobre o clima que ocorrerá nos Emirados Árabes no final do ano e ressaltou a necessidade de garantir que os acordos internacionais aprovados também sejam efetivados nos congressos nacionais dos países. Lula citou o Acordo de Paris como exemplo, destacando sua importância ambiental, mas também apontando sua inefetividade devido à falta de mecanismos de cobrança e monitoramento. Ele enfatizou que a estrutura da Organização das Nações Unidas (ONU), criada em 1945, precisa ser atualizada para representar os desafios e realidades do mundo atual. "Sem uma governança global forte, temos pouca chance de ver as coisas acontecendo. Vamos ter uma COP nos Emirados Árabes no final do ano, mas muitas vezes as coisas que são aprovadas internacionalmente não são aprovadas nos congressos nacionais dos países. Um exemplo é o Acordo de Paris, talvez um dos melhores já feitos na questão ambiental, mas que não é efetivo, porque não há quem faça a cobrança. A ONU de 1945 não representa mais a ONU de 2023", destacou Lula.

Além das questões políticas e ambientais discutidas, o presidente Lula também mencionou encontros com representantes de governos africanos durante sua estadia na França. Essa interação evidencia seu interesse em fortalecer as relações entre o Brasil e os países africanos, além de ressaltar a importância do continente na agenda global.

Fonte: Brasil 247

Com Lula, confiança do brasileiro na economia é a maior em dez anos, segundo Ipsos

 Essa tendência ascendente pode indicar uma recuperação econômica e um fortalecimento do mercado interno a partir da eleição do atual governo

(Foto: Reuters)

Brasil alcança a terceira posição no Índice de Confiança do Consumidor, elaborado pelo Instituto Ipsos, superando 29 nações e atingindo a maior pontuação em uma década, informou o Metrópoles. O país obteve 58,6 pontos na pesquisa realizada em junho, ficando atrás apenas da Indonésia, com 65,9 pontos, e da Tailândia, com 58,7.

A confiança do consumidor brasileiro registrou um aumento de 3,2 pontos em relação a maio, apresentando o segundo maior crescimento observado na pesquisa. Segundo a Ipsos, o indicador do Brasil vem melhorando desde outubro do ano passado. O índice geral também teve um avanço de 0,2 ponto em junho.

Além do Brasil, outros países destacaram-se na lista dos mais confiantes, como México (58,5), Índia (56), Cingapura (55), Holanda (53,2), Canadá (51,4) e Reino Unido (50,9). Entre os mais pessimistas, encontram-se Japão (38,9), África do Sul (37,5), Hungria (37,4), Turquia (35,9) e, por último, a Argentina (34,8).

Surpreendentemente, Alemanha e Estados Unidos apresentaram as maiores quedas no indicador, com recuos de 3,4 pontos e 2,8 pontos, respectivamente.

O levantamento do Ipsos revela um cenário positivo para a confiança do consumidor brasileiro, refletindo um otimismo em relação à economia. Essa tendência ascendente pode indicar uma recuperação econômica e um fortalecimento do mercado interno a partir da eleição do atual governo Lula (PT). 

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

Secretário municipal admite uso de senha de enfermeira para excluir dados do SUS sobre vacina falsa de Bolsonaro

 Segundo João Carlos de Sousa Brecha, embora as inserções indevidas tenham sido registradas em seu nome, isso não significa que ele pessoalmente inseriu as informações no sistema

Jair Bolsonaro e vacina contra Covid-19 (Foto: REUTERS/Marco Bello | Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

No pedido de revogação de sua prisão preventiva apresentado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), João Carlos de Sousa Brecha, secretário de Governo de Duque de Caxias (RJ), admitiu ter utilizado a senha de uma enfermeira para remover dados falsos de vacinação de Jair Bolsonaro (PL) e de sua filha, Laura, do sistema do Ministério da Saúde. A informação foi revelada pela Polícia Federal, que identificou Brecha como responsável por inserir o registro falso de imunização contra a Covid-19. O jornal O Globo divulgou as informações.

Brecha alega que Duque de Caxias registrou baixos índices de cobertura vacinal durante a pandemia e estava recebendo questionamentos da Defensoria Pública. Ele afirma que, devido à urgência de inserir os dados no sistema, foi realizado um mutirão em que houve compartilhamento de logins e senhas de acesso. Segundo o secretário, embora as inserções indevidas tenham sido registradas em seu nome, isso não significa que ele pessoalmente inseriu as informações no sistema. 

Brecha admite ter participado da exclusão dos dados de vacinação do ex-ocupante do Palácio do Planalto e de sua filha, que ocorreu em 27 de dezembro do ano passado. No pedido feito ao STF, Brecha afirma que tomou essa medida após uma análise interna dos dados do sistema, que revelou a presença dos nomes de ambos na lista, "sendo um fato público e notório que eles não se vacinaram naquele município".

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo


"É a vontade popular que tem que prevalecer", diz Gleisi ao defender queda na taxa de juros

 Presidente do PT tem sido uma das principais críticas da conduta de Roberto Campos Neto à frente do BC

Gleisi Hoffmann e Roberto Campos Neto (Foto: Gustavo Bezerra | Marcos Corrêa/PR)

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), voltou a cobrar providências contra o Banco Central após a autoridade monetária, comandada pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, decidir manter a taxa básica de juros mais alta do planeta, em 13,75%. 

A decisão do Copom veio mesmo após a intensa pressão do governo do presidente Lula e até do próprio mercado financeiro, que passou a projetar uma queda significativa na inflação e nos juros. O tom do comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) também incomodou a administração federal. 

Segundo Gleisi, o governo Lula foi eleito com um projeto desenvolvimentista, prejudicado pelas decisões do BC. "É a vontade popular que tem que prevalecer", escreveu a dirigente, em sua conta no Twitter. 

"Decisão do Copom, além de danosa ao país, atraiu críticas de todos os lados, segundo a mídia até mesmo da Faria Lima e os devotos do rentismo. @reinaldoazevedo em sua coluna diz que Banco Central sabota a própria autonomia. Era sobre isso que a gente vinha falando, não ia dar certo. Enquanto Campos Neto e a diretoria seguem cartilha neoliberal de Bolsonaro e Guedes, o povo elegeu Lula pra fazer um governo inclusivo e desenvolvimentista. É a vontade popular que tem que prevalecer", postou Gleisi.

Programa do governo para baratear carros consome 84% dos recursos em menos de três semanas

 Desconto para automóveis varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil

Carros novos (Foto: Reprodução/TV Globo)

O programa do governo Lula para reduzir o custo dos carros populares já destinou 84% dos recursos destinados para este financiamento em quase três semanas após o lançamento. De acordo com dados do painel do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que acompanha em tempo real a alocação dos recursos pelas montadoras, os fabricantes já solicitam R$ 420 milhões em créditos tributários dos R$ 500 milhões disponíveis para oferecer descontos aos consumidores pessoa física na compra de novos veículos. A compra exclusiva para pessoas físicas foi prorrogada por mais 15 dias na última terça-feira (20). Após esse prazo, as empresas, incluindo locadoras, também poderão aproveitar os descontos, desde que os recursos ainda estejam disponíveis.

O desconto para automóveis varia de R$ 2 mil a até R$ 8 mil no preço dos veículos de até R$ 120 mil. As empresas do setor que aplicarem o desconto na venda ao consumidor receberão um crédito tributário, ou seja, poderão abater os valores de impostos devidos ao governo. Nove montadoras estão participando do programa, totalizando 266 versões de veículos incluídos na iniciativa, o que representa 32 modelos diferentes. Segundo o painel do MDIC, os benefícios concedidos para veículos de transporte de passageiros alcançaram R$ 140 milhões, enquanto os destinados a veículos de transporte de cargas somaram R$ 100 milhões.  

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

CPMI do 8 de janeiro identifica falsas declarações de Silvinei sobre abordagens da PRF e adota medidas

 Relatora propõe abertura de notícia-crime contra ex-diretor-geral da PRF por apresentar informações inconsistentes durante depoimento

Ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques (Foto: Reprodução/TV Senado)

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro revelou que o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, prestou declarações falsas em seu depoimento, levando a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a propor a abertura de uma notícia-crime contra ele junto ao Ministério Público. A acusação do PSOL alega que Vasques mentiu sobre o número de abordagens realizadas nos Estados do Nordeste durante as eleições de 2022.

Em uma publicação nas redes sociais, a senadora Eliziane Gama confirmou que atenderá ao pedido do PSOL e incluirá a sugestão de abertura de notícia-crime contra Silvinei Vasques em seu relatório final. A constatação de informações falsas durante seu depoimento na última terça-feira, dia 20, respalda essa decisão.

Durante seu testemunho, Vasques afirmou que foram implantados 694 pontos de fiscalização no segundo turno das eleições, ocorrido em 30 de outubro. Ele também destacou que o Nordeste e o Norte foram as regiões com menor quantidade de abordagens realizadas pela PRF. No entanto, esses dados não coincidem com as informações divulgadas pelo Ministério da Justiça.

Entre os dias 28 e 30 de outubro, a PRF fiscalizou um total de 2.185 ônibus nas estradas do Nordeste, mais do que o dobro das ações de fiscalização registradas no Centro-Oeste (893), quatro vezes mais do que as abordagens efetuadas no Sudeste e sete vezes mais do que no Norte do país. Essas estatísticas foram apresentadas em um relatório divulgado pelo Ministério da Justiça no dia 20 de junho.

O relatório ministerial é um dos argumentos utilizados pelo PSOL para embasar o pedido de abertura de uma notícia-crime contra o ex-diretor da PRF. A notícia-crime é uma comunicação formalizada pelas autoridades ao Ministério Público, notificando-o sobre supostos crimes cometidos pelo investigado.

O deputado federal Henrique Vieira (PSOL-RJ) ressaltou que a comparação entre o relatório do Ministério e as declarações de Vasques no depoimento evidenciou a falsidade das informações fornecidas pelo ex-diretor. Durante uma sessão da CPMI, Vieira declarou: "Temos acesso à resposta do Ministério da Justiça a um requerimento de informação feito pela bancada do PSOL, datada do ano passado, sobre o número de fiscalizações da PRF no Brasil. Ao confrontarmos essas informações com o que foi dito por Silvinei Vasques na terça-feira, fica evidente que ele mentiu ou manipulou dados, de acordo com o próprio Ministério da Justiça".

A equipe de reportagem entrou em contato com Silvinei Vasques para obter um posicionamento a respeito das acusações, no entanto, até o momento, não houve retorno.

A CPMI do 8 de janeiro prossegue com suas investigações sobre os acontecimentos relacionados à invasão do Capitólio dos Estados Unidos em janeiro de 2021. As medidas propostas pela senadora Eliziane Gama serão incluídas no relatório final da comissão, que tem como objetivo esclarecer os fatos e responsabilidades ligados a esse episódio.

Fonte: Brasil 247

Perfis das redes criticam emissora e "Jovem Klan" ganha destaque na internet

 Internautas ironizaram a Jovem Pan e fizeram alusão a um movimento supremacista branco

Jovem Pan (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - Internautas criticaram a Jovem Pan por apoiar Jair Bolsonaro (PL) e também sinalizaram uma espécie de elitismo no jornalismo da emissora. No Twitter, usuários das redes sociais deixaram o termo Jovem Klan no trending topic (tópico em tendência), um dos assuntos mais comentados da rede social. Foi uma referência à Ku Klux Klan (KKK), organização terrorista que surgiu nos Estados Unidos no século 19 - defendia o supremacismo branco.

Um perfil escreveu: "pedi um uber para ir para minha terapia e ganhei sessão de tortura o cara foi o caminho todinho ouvindo Jovem Klan Tortur@ não entretenimento". Outro usuário postou: "a choradeira na jovem klan tá ótima. Tá dando muito ruim pro Marcos do Val manja r*** cebolinha da Swat! Busca e apreensão da polícia federal! Contas de redes sociais bloqueadas. É pouco pra golpista que quis destruir nossa democracia. Cadeia nele".

Nas redes, internautas também criticaram o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Partido Novo), após a informação de que ele anunciou R$ 41,2 milhões para a revitalização de uma rodovia nas proximidades do "Rancho Zema", sítio pertencente à sua família em Rifaina, município do estado de São Paulo. Usuários detonaram o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao BC, manter o percentual de 13,7% da Selic, a taxa básica de juros. 


 

 

Após interdição de obra, Neymar mergulha em lago e recebe participantes de reality show

 De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do município, o lago artificial de mil metros quadrados, um jardim e uma quadra de beach tênis estavam sendo construídos

Neymar (Foto: Reprodução (Redes Sociais))

Um dia após a obra em uma de suas casas ser interditada por denúncia de crime ambiental, o jogador Neymar foi pessoalmente ao local, em Mangaratiba, na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro. Por conta da reforma, que previa a criação de um lago artificial, houve desmatamento, quebra de rochas e desvio do curso de um rio, informaram órgãos de fiscalização. 

Será aplicada uma multa de ao menos R$ 5 milhões ao atacante do Paris Saint-Germain e da seleção brasileira, informou a prefeitura local. Nesta sexta-feira (23), o jogador esteve no imóvel e entrou no lago. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente do município, o lago artificial de mil metros quadrados, um jardim e uma quadra de beach tênis estavam sendo construídos.

O jogador também recebeu participantes do curso e reality show da Genesis Experience, que comandou a obra, e outros parceiros do negócio. Neymar posou para fotos, deu autógrafos e interagiu com o público, que estava no local. Uma festa foi marcada para esta sexta (23), mas desmarcada por causa da fiscalização. 

Fonte: Brasil 247

Pelo menos 350 paquistaneses estavam em barco que afundou na Grécia, diz ministro

 O barco de pesca com capacidade para 400 pessoas tinha mais de 700 pessoas a bordo quando afundou em 14 de junho

Imagem mostra dezenas de imigrantes em barco que afundou na costa da Grécia 14/06/2023 (Foto: Guarda Costeira Helênica/Handout via REUTERS)


ISLAMABAD (Reuters) - Pelo menos 350 paquistaneses estavam em um barco superlotado que virou e afundou em mar aberto na costa da Grécia na semana passada, disse o ministro do Interior do Paquistão nesta sexta-feira, prometendo prender e processar os contrabandistas humanos responsáveis.

O barco de pesca com capacidade para 400 pessoas tinha mais de 700 pessoas a bordo quando afundou em 14 de junho, afirmou Rana Sanaullah ao Parlamento do país, acrescentando que 281 famílias paquistanesas entraram em contato com o governo para pedir ajuda.

Outras 193 famílias paquistanesas fizeram testes de DNA para tentar identificar aqueles que morreram em um dos desastres marítimos mais letais da Europa nos últimos anos, disse ele.

Centenas de pessoas de países como Egito, Síria e Paquistão estavam amontoadas no barco de 20 a 30 metros de comprimento quando ele afundou a cerca de 80 km da cidade de Pylos, no sul da Grécia.

O colapso econômico do Paquistão nos últimos meses tem estimulado mais pessoas a arriscar suas vidas para chegar à Europa em busca de um futuro melhor.

O Paquistão disse que prendeu vários traficantes de pessoas e seus agentes, que disseram às autoridades que o líder do grupo estava baseado na Líbia.

Esses contrabandistas de seres humanos cobram cerca de 8.000 dólares por pessoa para levá-las à Europa ilegalmente pela rota marítima, depois de voar legalmente para Dubai, Egito e Líbia, disseram autoridades.

Uma investigação está em andamento para identificar e prender os envolvidos no contrabando humano, disse Sanaullah, acrescentando que o Paquistão também está trabalhando para recomendar emendas à lei para preencher brechas e garantir a condenação em tais casos.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Não há evidência direta de que pandemia de Covid-19 começou em laboratório de Wuhan, mostra relatório dos EUA

 Relatório afirma que as agências de inteligência ainda não podem descartar a possibilidade de que o vírus tenha vindo de um laboratório

Equipe da OMS visita Instituto de Virologia de Wuhan 03/02/2021 REUTERS/Thomas Peter (Foto: Thomas Peter)

(Reuters) - As agências de inteligência dos Estados Unidos não encontraram evidências diretas de que a pandemia de Covid-19 se originou de um incidente no Instituto de Virologia de Wuhan, na China, disse um relatório liberado nesta sexta-feira.

O relatório de quatro páginas afirma que as agências de inteligência ainda não podem descartar a possibilidade de que o vírus tenha vindo de um laboratório, no entanto, e não foram capazes de descobrir as origens da pandemia.

“A Agência Central de Inteligência e outra agência continuam incapazes de determinar a origem precisa da pandemia do Covid-19, pois ambas as hipóteses (naturais e de laboratório) dependem de suposições significativas ou enfrentam objeções com relatórios conflitantes”, disse o relatório.

As agências disseram que, embora um "trabalho extensivo" tenha sido conduzido no instituto de Wuhan (IVW), elas não encontraram evidências de um incidente específico que pudesse ter causado o surto.

“Continuamos a não ter nenhuma indicação de que as pesquisas pré-pandêmicas do IVW incluíam SARSCoV-2 ou um progenitor próximo, nem qualquer evidência direta de que um incidente específico relacionado à pesquisa ocorreu envolvendo pessoal do IVW antes da pandemia que poderia ter causado a pandemia de Covid", afirma o relatório.

Fonte: Brasil 247 com Reuters

Nunes Marques e Raul Araújo prometem a Moraes não pedir vista em julgamento de Bolsonaro no TSE

 Moraes conversou pessoalmente com os dois ministros mais alinhados a Bolsonarona Corte Eleitoral

Nunes Marques e Raul Araújo (Foto: ABR | TSE)

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Nunes Marques e Raúl Araújo teriam prometido ao presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes, que não pediriam vista no julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível, informa a jornalista Bela Megale, em sua coluna no jornal O Globo

Segundo a jornalista, Moraes conversou pessoalmente com os dois ministros mais alinhados a Bolsonaro na Corte Eleitoral. "Nessas conversas, Moraes argumentou que seria ruim para o país e para o TSE que o processo se arrastasse por muito tempo, e insistiu que o tribunal precisa encerrar essa fase da discussão sobre as eleições de 2022", relata a jornalista. 

A estratégia de Moraes teria dado certo, segundo Malu Gaspar: tanto Nunes Marques quanto Raul Araújo prometeram proferir seus votos de imediato, sem pedido de vista. "O acordo vem sendo mantido no mais absoluto segredo para evitar o acirramento da pressão que os bolsonaristas têm feito, em público e nos bastidores, para que Nunes Marques ou Araújo peçam vista do processo", complementa.

O TSE retoma na próxima terça-feira (27) o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije), apresentada pelo PDT, que pede a inelegibilidade de Bolsonaro e do general  Braga Netto (PL), candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República nas Eleições 2022. Na Aije, a sigla pede que o TSE declare inelegíveis Bolsonaro e Braga Netto por prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, durante reunião do então ocupante do Planalto com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada, em 18 de julho de 2022, quando atacou o sistema eleitoral brasileiro. Bolsonaro é acusado de violar o princípio da isonomia entre as candidaturas a presidente, configurando abuso do poder político o fato de a reunião ter ocorrido na residência oficial da Presidência da República e ter sido organizada por meio do aparato oficial do Palácio do Planalto e do Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Fonte: Brasil 247 com informações do jornal O Globo

Justiça manda bloquear contas de Galvão Bueno

 Narrador enfrenta ação judicial

Galvão Bueno (Foto: Reprodução/TV Globo)

Galvão Bueno, renomado narrador de futebol, está passando por momentos difíceis, enfrentando um processo judicial de execução de Título Executivo Extrajudicial, com pedido de arresto, informou o Metrópoles. Isso significa que suas contas bancárias podem ser bloqueadas a qualquer momento. A ação foi iniciada em 21 de junho deste ano.

Além de Galvão, outras partes envolvidas no processo são a Vinícola do narrador, a Bueno Wines Distribuidora, Letícia Ferro Costa Galvão (sua filha) e Desireé Romero Soares Galvão Bueno (sua esposa).

Os réus admitiram ter uma dívida no valor de R$600 mil com o autor da ação. No entanto, eles pagaram apenas R$149 mil antes do vencimento e mais R$200 mil após a data limite. Considerando a considerável fortuna de Galvão Bueno, os devedores são acusados de ter plenas condições de quitar o débito. No entanto, optaram por ignorar os prazos e a cobrança, preferindo manter o dinheiro rendendo no banco em vez de pagar o que devem.

Cansado dessa situação, Galvão decidiu entrar com a ação e solicitou medidas rigorosas para garantir seus direitos. O não pagamento dessa dívida é considerado inaceitável, especialmente levando em conta que a fortuna do narrador mais famoso do país é estimada em R$930 milhões.

Nesta sexta-feira (23), a Justiça deferiu o pedido de arresto por meio do sistema SISBAJUD, bloqueando qualquer valor pertencente aos réus Carlos Eduardo Santos Galvão Bueno, Vicnet Produções Ltda, Bueno Wines Distribuidora de Bebidas Ltda e Vinícola Galvão Bueno Ltda, até o limite do crédito devido de R$324.980,04. Isso significa que Galvão pode ter uma quantia substancial bloqueada em suas contas em um futuro próximo.

Fonte: Brasil 247 com informações do Metrópoles

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Polícia prende 4º suspeito de ligação com ataque a escola no Paraná

 Ainda não há data definida para a reabertura do colégio Helena Kolody. As aulas nas demais escolas da rede estadual em Cambé voltaram nesta quinta (22), com baixa adesão de alunos

Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, Paraná (Foto: Reprodução)

Agenda do Poder - A Polícia Civil do Paraná prendeu nesta sexta-feira (23), em Rolândia (PR), uma quarta pessoa suspeita de ligação com ataque a uma escola estadual em Cambé, no norte do estado. Trata-se de um homem de 35 anos.

As investigações seguem em andamento. Todo o caso corre em sigilo, e a Polícia Civil não revela outros detalhes, como o papel de cada suspeito no ataque.

Na manhã de segunda (19), um ex-aluno de 21 anos entrou sozinho no Colégio Estadual Professora Helena Kolody e atirou contra dois estudantes, o casal de namorados Karoline Verri Alves, 17, e Luan Augusto da Silva, 16, que morreram.

O atirador foi preso minutos depois e levado para a Casa de Custódia de Londrina, cidade vizinha. Um dia depois do ataque, a Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública) informou que ele foi encontrado morto na cela. Há suspeita de suicídio, mas as investigações ainda não foram concluídas.

Na mesma prisão estava detido outro homem de 21 anos suspeito de ajudar no plano de ataque à escola. Ele foi preso ainda na noite de segunda-feira.

Na quarta (21), um terceiro jovem, de 18 anos, foi preso por suspeita de ligação com o caso. O mandado de prisão foi cumprido na cidade de Gravatá, em Pernambuco. A quarta prisão relacionada ao ataque aconteceu nesta sexta (23).

Ainda não há data definida para a reabertura do colégio Helena Kolody, mas as aulas nas demais escolas da rede estadual em Cambé voltaram nesta quinta (22), com baixa adesão de alunos.

De acordo com a Seed (Secretaria de Estado da Educação), a presença nas escolas ficou em 45%, em média. (*Com informações da Folha de S. Paulo.)

"Reunião com Macron foi ótima", diz Lula em Paris

 Presidente da França, Emmanuel Macron, por sua vez, qualificou o encontro de “formidável”

23.06.2023 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante almoço de trabalho oferecido pelo Presidente da República Francesa, Emmanuel Macron. Paris - França. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

 Adriana Moysés, da RFI - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou ter ficado satisfeito com o almoço de trabalho que teve nesta sexta-feira (23), em Paris, com o anfitrião Emmanuel Macron. Ao deixar o Palácio do Eliseu, após cerca de uma hora e meia de discussões, Lula fez uma breve declaração à imprensa: “Otima reunião, ótimo jantar, vai ser ótima a próxima conversa”, declarou o brasileiro. Macron, por sua vez, qualificou o encontro de “formidável”.

No almoço, eles abordaram o acordo Mersosul-União Europeia, como era previsto, a parceria estratégica na área da defesa, intercâmbio cultural, as mudanças climáticas e a guerra na Ucrânia, segundo fontes do Itamaraty.

Lula foi ao almoço acompanhado pelo chanceler Mauro Vieira, o assessor especial da presidência, Celso Amorim, os ministros José Mucio, da Defesa, Fernando Haddad, da Fazenda, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia. Na saída, no alto da escadaria do Eliseu, Amorim e Macron ainda trocaram algumas frases. Não houve coletiva de imprensa por causa da agenda carregada de bilaterais que ambos tinham no período da tarde. O presidente Lula dará uma coletiva na manhã de sábado, antes de retornar ao Brasil. 

 Lula considera a carta adicional que a União Europeia enviou ao Mercosul “inaceitável”. No texto, o bloco faz novas exigências, principalmente em relação a questões ambientais. Em Roma, Lula argumentou que os europeus estabelecem "punições" aos países que não cumprem o Acordo de Paris sobre o clima, que eles próprios não respeitam. Macron discorda dessa acusação. Diz que as condenações por inação climática da França são anteriores a 2019, algumas duraram até 2021, mas a França teria recuperado o atraso no corte de emissões desde então.  

Pontos de atrito - Antes do almoço desta sexta com Macron, Lula disse que iria questionar o francês sobre uma resolução aprovada na Assembleia Nacional, na semana passada, que pede ao governo para rejeitar o acordo com os sul-americanos. "A França é muito dura na defesa de seus interesses agrícolas”, declarou. “Mas precisa entender que os outros também defendem suas agriculturas”, acrescentou, dizendo que cada país deve abrir mão de seu “protecionismo”. 

 Nessa negociação que se estende ha 23 anos, a questão agrícola não é o único problema. As condições de acesso às licitações públicas, avaliadas em mais de US$ 150 bilhões por ano, também sao desfavoraveis ao Brasil. O acordo assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, em 2019, prevê que este mercado estaria aberto para as empresas europeias, mas, na visão do governo Lula, seria uma ameaça à capacidade de concorrência das indústrias nacionais. O Brasil, agora, quer rever essas condições. 

 Mais cedo, no encerramento da Cúpula sobre o Novo Pacto Global de Financiamento, Lula cobrou a reforma das instituições multilaterais como ONU e FMI, que segundo ele "não representam mais o mundo de hoje”. Diante de cerca de 40 chefes de Estado e de Governo e dos presidentes dos principais organismos financeiros, o brasileiro alegou que sem mudanças na governança mundial, “a questão climática vira uma brincadeira”. 

 O presidente argumentou que as instituições criadas após a Segunda Guerra Mundial não atendem mais à geopolítica atual. O enfraquecimento de organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC), esvaziada pelos Estados Unidos, possibilitaram a "volta do protecionismo”, inclusive pelos países ricos. Como consequência, concluiu, "nós estamos vendo a pobreza crescer em todos os continentes”. 

 “É preciso ter clareza que se a gente não mudar as instituições, quem é rico vai continuar rico e quem é pobre vai continuar pobre,” criticou. Durante dois dias, a cúpula buscou encontrar caminhos para aumentar a ajuda financeira para os países mais vulneráveis enfrentarem a pobreza e, ao mesmo tempo, o desafio do desenvolvimento sustentável.  

Fonte: Brasil 247 com RFI