domingo, 4 de junho de 2023

Lula terá pelo menos dois compromissos internacionais por mês até setembro

 A agenda de viagens internacionais do presidente segue crescendo

Brasília (DF) 30/05/2023 O presidente Lula, durante Fotografia oficial dos Presidentes dos países da América do Sul. No palácio do Itamaraty. Foto Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil (Foto: Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil)

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu aceitar o convite do presidente da França, Emmanuel Macron, e comparecer à Cúpula "Novo Pacto Global de Financiamento", que deve discutir uma reforma do sistema financeiro global e de órgãos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.

A viagem à Europa entre os dias 22 a 24 deste mês, deve incluir ainda uma conversa bilateral com Macron. E, antes de chegar em Paris, uma audiência com o Papa Francisco, no Vaticano, no dia 21 de junho.

Apesar da promessa de se dedicar mais às articulações internas, a agenda de viagens internacionais do presidente segue crescendo. Nesta semana, Lula confirmou a participação em uma reunião de países amazônicos no dia 7 de julho, em Letícia, na fronteira entre Brasil e Colômbia.

No mesmo mês também está prevista uma participação na Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em São Tomé e Príncipe -- a data ainda não foi divulgada -- e na Cúpula do Mercosul, no dia 4, em Puerto Iguazu (Argentina).

Agosto já está reservado, nos dias 10 e 11, para a Cúpula dos Países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), em Belém, outro encontro chamado pelo governo brasileiro para discutir as mudanças climáticas e o papel da região.

No final do mês, Lula viaja à na África do Sul para Cúpula dos BRICS -- grupo atualmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul --, e deve emendar visitas a alguns países africanos, em especial Angola e Moçambique.

Em setembro, o presidente comparece à Cúpula do G20, em Nova Délhi, nos dias 9 e 10, e entre 18 e 21, à reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas.

A intensa agenda internacional do presidente tem gerado críticas, mesmo entre aliados, de que Lula tem se preocupado mais com a política externa do que com a política interna, o que tem impactado na articulação do governo.

Um ministro ouvido pela Reuters sob anonimato menciona, mesmo admitindo a importância de levar o país de volta para o circuito internacional, que as necessidades internas têm sofrido com a falta do presidente.

De acordo com um outro ministro, a intenção de Lula é de concentrar mais esforços na articulação interna e pedir para que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o represente em alguns dos compromissos no exterior para os quais foi convidado.

Fonte: Reuters

sábado, 3 de junho de 2023

Preso, Roberto Jefferson cai e bate a cabeça; Seap confirma necessidade de tomografia

 Laudo médico avalia que ex-deputado apresenta quadro de confusão mental e precisa fazer uma tomografia "com urgência" a fim de examinar possível traumatismo craniano

Roberto Jefferson (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) necessitará de uma tomografia do crânio após um acidente na prisão em que caiu e bateu a cabeça, informa o portal UOL. A Seap-RJ (Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro) esclareceu a situação de saúde de Jefferson após um pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Um laudo médico realizado nesta sexta-feira (2) avaliou que o ex-deputado apresenta um quadro de confusão mental e precisa fazer uma tomografia "com urgência" a fim de examinar um possível traumatismo craniano.

O mesmo laudo também afirma que Jefferson necessita de exames para avaliar um possível retorno de seu câncer no pâncreas "com a máxima celeridade possível", orientando o acompanhamento de uma equipe médica para regularizar os medicamentos do ex-parlamentar bolsonarista. O documento atesta que Jefferson está com depressão e perdeu mais de 16 quilos desde novembro de 2022, estando com 57,5 quilos atualmente.

Ainda de acordo com o laudo, "a Seap não dispõe dos meios para ofertar ao paciente o adequado cumprimento das medidas acima mencionadas".  A defesa de Jefferson pede sua transferência de Bangu 8 ao Hospital Samaritano Botafogo.

Fonte: Brasil 247

Bia Haddad faz história e avança às oitavas de final de Roland Garros

 Tenista se torna a primeira brasileira a passar à quarta fase da competição desde Patrícia Medrado em 1979

Bia Haddad Maia (Foto: REUTERS/Angelika Warmuth)


A tenista brasileira Bia Haddad fez história na manhã deste sábado (3) ao derrotar a cabeça de chave 23 Ekaterina Alexandrova, da Rússia, e avançar para as oitavas de final de Roland Garros. A partida terminou em 2 a 1 (5/7, 6/4 e 7/5).

Com o feito, Bia se torna a primeira brasileira a avançar à quarta fase da competição desde Patrícia Medrado, em 1979. Agora, a tenista enfrenta a espanhola Sorribes Torno por uma vaga nas quartas de final.

De acordo com o portal Tênis Para Além do Óbvio, agora Bia soma 30 triunfos em 41 jogos que foram ao terceiro set desde janeiro de 2022. 

Fonte: Brasil 247

"Justiça Eleitoral será menor dos problemas da dupla Moro-Deltan", diz Noblat após denúncias de Tony Garcia

 Jornalista repercute entrevista de Tony Garcia à TV 247, na qual o empresário, que delatou Sergio Moro, acusou o ex-juiz suspeito de coagi-lo a produzir provas contra seus inimigos

Tony Garcia, Sergio Moro e Ricardo Noblat (Foto: Reprodução | ABR | Sérgio Amaral/Divulgação)

O jornalista Ricardo Noblat comentou, em seu perfil do Twitter, a entrevista-bomba do empresário Tony Garcia à TV 247, e afirmou que as revelações trazidas pelo ex-deputado estadual têm potencial de trazer a Sergio Moro (União-PR) e Deltan Dallagnol (Podemos-PR) problemas ainda maiores do que os enfrentados pela dupla na Justiça Eleitoral recentemente.

Em sua participação na TV 247 na noite desta sexta-feira (2), o empresário disse ter sido vítima de métodos de tortura psicológica por parte de Moro, que teria transformado Curitiba na 'Guantánamo brasileira', e acusou o ex-juiz suspeito de coagi-lo a forjar informações à revista Veja que pudessem comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT)

Após tomar conhecimento das revelações de Tony, Noblat escreveu em seu perfil na rede social: "Se confirmadas as denúncias do empresário Tony Garcia, a Justiça Eleitoral será o menor dos problemas da dupla Moro-Deltan". Confira a entrevista de Tony Garcia completa abaixo.

 

Fonte: Brasil 247


"Falsa campanha pela moralização do país não passava de festa da cueca", ironiza Requião sobre Lava Jato

 Ex-governador comentou recente revelação do empresário Tony Garcia, que afirmou que desembargadores do TRF-4 foram chantageados após participarem de festa com garotas de programa

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O ex-governador do Paraná Roberto Requião comentou a recente revelação do empresário Tony Garcia na entrevista-bomba à TV 247 desta sexta-feira (2) de que desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS) foram chantageados depois de participar de uma 'festa da cueca' com garotas de programa em Curitiba (PR), na época da Operação Lava Jato.

"Teve até uma festa que chamaram de festa da cueca, feita com desembargadores em Curitiba, na suíte presidencial. Teve essa festa da cueca, tinha um monte de desembargador, mandaram prostitutas pro hotel", disse Garcia ao jornalista do 247 Joaquim de Carvalho.

O TRF-4 teve papel decisivo na Operação Lava Jato, que ficou conhecida pela direita brasileira como "a responsável pela moralização do país" na década passada. Após a revelação do episódio da festa da cueca, Requião ironizou em seu Twitter: "na verdade foi uma falsa campanha pela moralização do país, pois na realidade não passava de uma festa da cueca. PQP!"


Fonte: Brasil 247

Dias Toffoli será relator de pedido de Dallagnol contra perda de mandato

 

Deltan Dallagnol. (Foto: Reprodução)


O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator do pedido da defesa de Deltan Dallagnol (Podemos-PR) para suspender a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o cassou. Os advogados pedem que a medida não tenha efeito até que não existam mais recursos a serem aplicados no caso.

O TSE anulou o registro de candidatura de Dallagnol, o que resultou na perda de mandato na Câmara dos Deputados. O ex-procurador, porém, não foi considerado inelegível para eleições futuras.

O objetivo da defesa de Dallagnol é que o STF assegure que ele permaneça no cargo de deputado federal até que a disputa jurídica na Justiça Eleitoral tenha uma decisão definitiva.

Não participaram do sorteio da ação no Supremo os ministros que também fazem parte do TSE. Como relator, Toffoli deverá analisar o pedido de decisão liminar feito pelos advogados. Ele pode solicitar informações a corte eleitoral.

O pedido da defesa do deputado foi apresentado na quinta-feira (1º). Os advogados argumentaram que ele corre “risco iminente de ser retirado de seu posto como deputado federal, com lastro em veredito judicial” que, de acordo com eles, “é questionável em diferentes frentes e pode vir a ser revertido” por meio de recursos no próprio TSE e no STF.

Também afirmaram que a decisão do tribunal eleitoral ainda não teria sido publicada e, mesmo assim, já há procedimento na Corregedoria da Câmara para retirá-lo do cargo, em cumprimento à determinação.

No dia 16 de maio, o TSE anulou o registro de candidatura de Dallagnol ao cargo de deputado federal, nas eleições do ano passado. A decisão foi unanime entre os ministros, que seguiram o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves. Para o relator, Dallagnol agiu para fraudar a lei quando deixou o cargo de procurador da República.

Fonte: DCM

CGU identifica inconsistência de R$ 6 bilhões no Ministério da Cidadania durante governo Bolsonaro


Jair Bolsonaro e João Roma. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Controladoria-Geral da União (CGU) identificou uma inconsistência de R$ 6 bilhões nas contas do Ministério da Cidadania em 2022. O somatório se refere as receitas e despesas do ministério, principalmente pela execução do programa Auxílio Brasil. As informações são da coluna de Paulo Cappelli, no Metrópoles.

O governo Bolsonaro teve no último ano dois ministros da Cidadania: João Roma e Ronaldo Bento. A pasta tinha orçamento de R$ 124,4 bilhões. A principal política pública desenvolvida pelo órgão foi o Auxílio Brasil, que tomou 92,4% de sua execução orçamentária.

Segundo a CGU, o valor de R$ 6.342.894.265,64 não estaria de acordo com os dados do ministério por diversas razões. Entre os motivos estão a contabilização em duplicidade de despesas com o Auxílio Emergencial. Além disso, foram constatados erros na arrecadação e ausência de registros de receita das devoluções de auxílios não retirados.

A CGU também criticou as distorções no registro de créditos a receber de pagamentos indevidos de benefícios e seu ajuste para perdas. O órgão ainda verificou falha nos controles e acompanhamentos dos estornos, feitos pela Caixa, de benefícios não sacados.

Com isso, a CGU sugeriu o aprimoramento dos registros contábeis e de controle interno do ministério.

Fonte: DCM com Paulo Cappelli no Metrópoles

“Cassação é pouco para Moro”, diz Zeca Dirceu após entrevista-bomba de Tony Garcia

 Empresário delatou Sérgio Moro e diz que o ex-juiz suspeito o coagiu a produzir provas contra seus inimigos

Zeca Diceu, Tony Garcia e Sergio Moro (Foto: Gustavo Bezerra/Agencia Camara | Reprodução | ABR)

O deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), líder da bancada do PT na Câmara, comentou, via redes sociais, as revelações da entrevista-bomba do empresário e ex-deputado estadual Tony Garcia ao Boa Noite 247 desta sexta-feira (2). 

Durante o programa, Tony Garcia afirmou ter sido coagido pelo ex-juiz suspeito e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) a forjar informações à revista Veja que pudessem comprometer o ex-ministro José Dirceu (PT) - a entrevista foi concedida em 2006 e, em 2012, Dirceu foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal no âmbito da Ação Penal 470, o chamado Mensalão, com voto da ministra Rosa Weber, que tinha Sérgio Moro como juiz auxiliar. (Confira a entrevista completa abaixo)

Após tomar conhecimento de tais revelações do empresário, Zeca Dirceu afirmou em seu perfil do Twitter que apenas a cassação é pouco para o ex-juiz suspeito: "Moro precisa ser amplamente investigado, julgado e punido por todos crimes cometidos, só a cassação é pouco".


 Fonte: Brasil 247

Deputado Rogério Correia quer convocar Tony Garcia, que delata Moro, a depor na Câmara dos Deputados

 Em entrevista à TV 247, o empresário Tony Garcia diz que Moro o usou para grampear ilegalmente autoridades e para plantar acusações contra desafetos do ex-juiz, como José Dirceu

(Foto: Agencia Câmara | Reprodução | ABR)


O deputado Rogério Correia (PT-MG) pretende convocar o empresário Tony Garcia, que, ontem, concedeu uma entrevista bombástica ao programa Boa Noite 247, da TV 247. Na entrevista, Garcia conta como Moro transformou sua vara judicial em Curitiba numa espécie de Guantánamo e revela como foi usado pelo ex-juiz como um agente infiltrado para perseguir desafetos do personagem que comandou a Lava Jato. Era o caso, por exemplo, do advogado Roberto Bertholdo, que foi preso a partir de falso testemunho do próprio Garcia, que diz ter sido obrigado por Moro a incriminá-lo.

Na entrevista, Garcia também conta que Moro e personagens que depois se tornaram procuradores da Lava Jato o instruíram, ainda em 2006, a conceder uma entrevista ao jornalista Alexandre Oltramari, da revista Veja, para tentar incriminar o ex-ministro José Dirceu. Na entrevista, Garcia diz que Dirceu e Bertholdo operariam um suposto mensalão do MDB – na entrevista de ontem, no entanto, ele afirma que a peça foi fabricada por ordem de Moro e dos procuradores.

Tony Garcia, que nasceu em São Paulo mas sempre foi um personagem influente nas altas rodas paranaenses, também afirmou que desembargadores do TRF-4, o mesmo tribunal que condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em segunda instância, eram chantageados por protagonistas da Lava Jato em razão de terem participado de orgias com prostitutas de luxo na suíte presidencial do Hotel Bourbon, no que chamou de "festa da cueca". Da mesma forma, ele fiz que o ministro Félix Fischer, que mantinha as condenações de Lula no STJ, era controlado pela força-tarefa paranaense em razão de supostos pagamentos feitos a seu filho.

Por isso mesmo, o deputado Rogério Correia considera importante convocá-lo. Garcia, por sua vez, defende a realização de uma "CPI da Lava Jato", para que o Brasil seja passado a limpo. Confira o post de Rogério Correia e o Boa Noite 247:

 

Fonte: Brasil 247

"O Lula que o Brasil quer é o Lula Mandela, o da união e reconstrução", diz Paulo Pimenta

 "Se tivermos uma comunicação de combate, vamos manter a sociedade polarizada. E não é isso que o Brasil quer", acrescenta o ministro

Lula e Paulo Pimenta (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação | Valter Campanato/ABr)

No programa Boa Noite 247 desta sexta-feira, 2 de junho, na TV 247, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, concedeu uma entrevista aos jornalistas Leonardo Attuch, Luís Costa Pinto e Andrea Trus. Durante a conversa, Pimenta abordou diversos aspectos da comunicação do presidente Lula e fez uma análise sobre o atual cenário político do país. Uma das primeiras questões levantadas foi o objetivo do governo nesta semana, que era aprovar a Medida Provisória da reforma ministerial. O ministro afirmou que a semana foi concluída de forma muito positiva, destacando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e a geração de empregos. Segundo ele, já foram criados mais de 700 mil empregos somente neste ano.

Pimenta ressaltou a importância de avaliar os resultados em qualquer atividade, incluindo a comunicação governamental. Ele explicou que a imagem do governo é avaliada por meio de pesquisas e trackings, e que qualquer outra afirmação é especulação. O ministro também fez referência aos resultados das eleições, mencionando que, dos brasileiros aptos a votar, 39% votaram em Lula, 37% em Bolsonaro e 24% não participaram do processo eleitoral. Ele destacou que esse é o Brasil que eles encontraram, um país "calcificado".

Ao discutir as pesquisas de avaliação do governo, Pimenta afirmou que o índice de aprovação (ótimo e bom) oscilou entre 38% e 43%. Ele também mencionou uma diminuição no índice de avaliação negativa (ruim e péssimo), enquanto o índice de avaliação regular aumentou. O ministro destacou o desafio da comunicação do governo, afirmando que o primeiro objetivo é consolidar a base e, em seguida, aumentar o apoio daqueles que não votaram no presidente Lula. Ele ressaltou que o governo se comunica com toda a sociedade.

Lula "Mandela" – Pimenta também mencionou o tipo de imagem que o presidente Lula busca transmitir. Segundo ele, o Brasil deseja ver um "Lula Mandela", um líder que promova a união e a reconstrução do país. Ao abordar os meios de comunicação utilizados pelo presidente, o ministro explicou que embora Lula queira fazer lives, esse formato nem sempre é o mais adequado. Ele destacou que, durante a semana, o presidente fez quatro pronunciamentos importantes, abordando diversos temas da conjuntura atual. Por fim, o ministro alertou que uma comunicação de combate manteria a sociedade polarizada, e isso não é o que o Brasil deseja. Assista: 

Fonte: Brasil 247

Tony Garcia pede desculpas a Dilma por ter atuado no golpe de 2016 junto com Eduardo Cunha e caciques do PSDB

 Empresário participou do acordo para que Cunha apresentasse o impeachment, mas fosse salvo – o que não aconteceu por que um deputado (Valdir Rossoni) teria pedido R$ 5 milhões

(Foto: Divulgação)

O empresário Tony Garcia, que delata o ex-juiz suspeito e hoje senador Sérgio Moro, dizendo ter atuado como um agente infiltrado para grampear autoridades sem autorização judicial, também revelou, na entrevista bombástica à TV 247, que atuou no golpe de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff e pediu desculpas a ela. Segundo Garcia, em dezembro de 2015, ele atuou junto a seu amigo Eduardo Cunha, que presidiu a Câmara dos Deputados naquele período, para que fosse construído um acordo com lideranças do PSDB, incluindo nomes como Aécio Neves e Carlos Sampaio, para que o pedido de impeachment fosse aceito – o que ocorreu no dia 2 de dezembro de 2015. De acordo com Garcia, o acordo previa que, duas semanas depois, o PSDB blindaria Cunha na votação do conselho de ética da Câmara dos Deputados.

Garcia revela, no entanto, que uma das peças-chave dessa trama, o então deputado paranaense Valdir Rossoni, roeu a corda porque não recebeu R$ 5 milhões para votar a favor de Cunha no Conselho de Ética – o que contribuiu para que o processo contra o ex-deputado fosse aberto. "Peço desculpas à ex-presidente Dilma Rousseff", diz Tony Garcia, que diz que devia a verdade à sua família. Assista:


Fonte: Brasil 247

Funcionário comissionado do MEC é identificado pela PF em esquema de kit robótica de aliados de Lira

Alexsander Moreira, funcionário comissionado do MEC desde 2016, teria participação em esquema de compra de kits robótica – Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) identificou um funcionário do MEC (Ministério da Educação) suspeito de participar do suposto esquema criminoso de compra de kits de robótica de uma empresa ligada ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, o funcionário comissionado do MEC é Alexsander Moreira. Ele é um dos alvos da PF, que cumpriu na quinta-feira (1°) mandados de prisão e de busca e apreensão contra investigados no caso.

As autoridades identificaram movimentações financeiras suspeitas de R$ 737 mil, sendo parte do valor depositada em espécie, entre outubro de 2021 e novembro de 2022.

Agentes levam materiais apreendidos em Brasília em mandado de busca e apreensão durante operação da PF sobre compra de kits de robótica – Foto: Pedro Ladeira

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Alexsander era coordenador-geral de Apoio às Redes e Infraestrutura Educacional. A área tem atuação no sistema de transferências de recursos por onde saiu o dinheiro para os kits, o chamado PAR (Plano de Ações Articuladas).

Já no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele subiu de cargo. Desde fevereiro, Moreira responde pela diretoria de Apoio à Gestão Educacional, dentro da Secretaria de Educação Básica do MEC. Ele está na pasta desde 2016.

Alexsander recebeu três depósitos de um homem cuja empresa foi representada por Edmundo Catunda, sócio da Megalic e com estreita proximidade com Lira. Foi ele quem assinou uma nota técnica do MEC para subsidiar resposta do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) aos questionamentos do TCU (Tribunal de Contas da União).

O MEC, no entanto, informou que “determinou o afastamento imediato do servidor comissionado supostamente envolvido e que irá colaborar prontamente com as investigações em curso”.

Fonte: DCM com informações da Folha de S. Paulo

Colunista do Washington Post cita “novo mundo” sem domínio dos EUA e com ascensão do Brasil, entre outros


Lula com o presidente venezuelano Nicolás Maduro e o presidente boliviano Luis Arce em Brasília

Fareed Zakaria, escritor e jornalista especializado em relações políticas internacionais, escreveu em sua coluna no Washington Post sobre um novo mundo, que não é caracterizado pelo declínio dos EUA, mas pela ascensão de outros países, inclusive o Brasil.

Segundo Zakaria, “os Estados Unidos não podem mais presumir que o resto do mundo está do seu lado”. Precisa avisar o pessoal da GloboNews.

Alguns trechos:

Enquanto eu acompanhava as recentes eleições gerais na Turquia, fiquei surpreso ao ouvir um dos principais funcionários do país, o ministro do Interior Suleyman Soylu, falando para uma multidão de uma varanda. Jubiloso, ele prometeu que o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, “eliminaria qualquer um que causasse problemas” para a Turquia “e isso inclui os militares americanos”. Anteriormente, Soylu declarou que aqueles que “seguirem uma abordagem pró-americana serão considerados traidores”. Lembre-se de que a Turquia é membro da OTAN (com bases americanas no país) há cerca de 70 anos. (…)

Erdogan pode ser um dos representantes mais extremos dessa atitude, mas não está sozinho. Como muitos comentaristas observaram, a maior parte da população mundial não está alinhada com o Ocidente em sua luta contra a invasão da Ucrânia pelo presidente russo Vladimir Putin. E a própria guerra apenas destacou um fenômeno mais amplo: muitos dos maiores e mais poderosos países do mundo em desenvolvimento estão se tornando cada vez mais antiocidentais e antiamericanos.

Quando o Brasil elegeu Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência em outubro passado, muitos deram um suspiro de alívio pelo populista mercurial Jair Bolsonaro ter sido substituído por uma figura tradicional e familiar de centro-esquerda. No entanto, em seus poucos meses no cargo, Lula optou por criticar incisivamente o Ocidente, enfurecer-se contra a hegemonia do dólar e afirmar que a Rússia e a Ucrânia são igualmente culpadas pela guerra. Nesta semana, ele recebeu o presidente venezuelano Nicolás Maduro, cujo reinado brutal levou milhões a fugir de seu país. Lula elogiou o ditador e criticou Washington por negar a legitimidade de Maduro e impor sanções ao seu regime. (…)

E depois há a Índia, que deixou claro desde o início da guerra na Ucrânia que não tinha intenção de se aliar contra a Rússia, que continua sendo o principal fornecedor de armamento avançado para os militares indianos. As declarações da Índia sobre seu desejo de manter um equilíbrio em suas relações entre o Ocidente e a Rússia (e até a China) foram tão numerosas que Ashley J. Tellis, um dos estudiosos mais respeitados nas relações EUA-Índia, escreveu um ensaio alertando Washington para não presumir que Nova Délhi ficaria do lado dela em qualquer crise futura com Pequim.

O que está acontecendo? Por que os Estados Unidos estão tendo tantos problemas com tantas das maiores nações em desenvolvimento do mundo? Essas atitudes estão enraizadas em um fenômeno que descrevi em 2008 como a “ascensão do resto”. Nas últimas duas décadas, ocorreu uma grande mudança no sistema internacional. Países que já foram populosos, mas pobres, passaram das margens para o centro do palco. Antes representando uma parcela insignificante da economia global, os “mercados emergentes” agora representam metade dela. Seria justo dizer que eles emergiram.

À medida que esses países se tornaram economicamente fortes, politicamente estáveis e culturalmente orgulhosos, eles também se tornaram mais nacionalistas, e seu nacionalismo é frequentemente definido em oposição aos países que dominam o sistema internacional – ou seja, o Ocidente. Muitas dessas nações já foram colonizadas por nações ocidentais e, portanto, mantêm uma aversão instintiva aos esforços ocidentais de encurralá-las em uma aliança ou agrupamento.

Refletindo sobre esse fenômeno no contexto da guerra na Ucrânia, a especialista em Rússia Fiona Hill observa que o outro fator dessa desconfiança é que esses países não acreditam nos Estados Unidos quando ouvem falar a favor de uma ordem internacional baseada em regras. Eles veem Washington, diz Hill, como cheio de “arrogância e hipocrisia”. A América aplica regras a outros, mas as quebra em suas muitas intervenções militares e sanções unilaterais. Exorta os países a se abrirem ao comércio, mas viola esses princípios quando quer.

Este é o novo mundo. Não se caracteriza pelo declínio da América, “mas sim pela ascensão de todos os outros” (como escrevi em 2008). Vastas partes do globo que antes eram peões no tabuleiro de xadrez agora são jogadores e pretendem escolher seus próprios movimentos, muitas vezes orgulhosamente egoístas. Eles não serão facilmente intimidados ou seduzidos. (…)

Fonte: DCM

“Moro fez de Curitiba a Guantánamo brasileira”, diz o empresário Tony Garcia

 À TV 247, Garcia disse que Moro determinava o que ele deveria dizer em sua delação. "Ele fazia os mesmos métodos de tortura psicológica para tirar de você o que ele queria”

Prisão de Guantánamo, Tony Garcia e Sérgio Moro (Foto: Joe Skipper/Reuters | Reprodução | ABR)

O empresário e ex-deputado estadual Antônio Celso Garcia, mais conhecido como Tony Garcia, participou do Boa Noite 247, da TV 247, nesta sexta-feira (2) e fez revelações bombásticas de novas ilegalidades cometidas por Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba. O empresário firmou acordo de delação premiada e revelou ter gravado conversas com o ex-governador do Paraná Beto Richa a mando de Sergio Moro.

Ao jornalista Joaquim de Carvalho, Tony Garcia disse ter sido vítima de métodos de tortura psicológica por parte do então juiz da Lava Jato. O empresário revelou um episódio em que prestou depoimento a Moro, com a participação dos procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo, ambos da Lava Jato. “Quando eu disse que tinha interesse em fazer o acordo, ele [Moro] gravava, com um gravador comum. Quando eu respondia alguma coisa que não interessava para ele, ele desligava o gravador e chamava atenção dos advogados, que eu não tinha que falar assim, que eu tinha que falar que era propina. Ele botava na minha boca o que eu tinha que falar”, afirmou Garcia em entrevista à TV 247. 

Tony Garcia comparou o método utilizado por Moro e pelo procuradores da Lava Jato como a tortura praticada pelos Estados Unidos na prisão de militar de Guantánamo, que ficou mundialmente conhecida por diversos casos de tortura de presos e agressões aos direitos humanos após os ataques de 11 de setembro de 2001.

“Eu estava preso, era pai de uma criança de um ano. Me jogaram num porão da Polícia Federal. Moro fez de Curitiba a Guantánamo brasileira. Ele fazia os mesmos métodos de tortura psicológica para tirar de você, preso, o que ele queria”, acrescentou o empresário. 

Garcia contou também que Moro chegou a pedir para se retirarem da sala, para a “Justiça” decidir o que interessava do que ele havia falado. “Então eu falei: ‘então manda ele fazer um texto com o que ele quer que eu falo, que eu falo. Mas eu quero é sair daqui’. Então era isso Moro fazia, junto com Carlos Fernando e Januário Paludo”, afirmou. 

Em outro trecho da entrevista, Tony Garcia revelou que o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, era alvo de chantagem de Moro e dos procuradores da Lava Jato. Além disso, o empresário revelou ainda que desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) também foram chantageados, depois de participar de uma “festa da cueca” com prostitutas em Curitiba. 

 Assista à entrevista na íntegra:

Fonte: Brasil 247

Tony Garcia: desembargadores do TRF-4 foram chantageados depois de participarem de “festa da cueca” com prostitutas em Curitiba

 Em entrevista ao 247, o delator denunciou ilegalidades da Operação Lava Jato cometidas quando Sergio Moro julgava os processos em Curitiba

Tony Garcia e o Tribunal Regional Federal (TRF4-RS) (Foto: Reprodução | ABR)

O delator Tony Garcia afirmou nesta sexta-feira (2), no programa Boa Noite 247, que desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS) foram chantageados depois de participar de uma 'festa da cueca' com garotas de programa em Curitiba (PR), na época da Operação Lava Jato. No TRF4 são julgadas ações da segunda instância.  

"Teve até uma festa que chamaram de festa da cueca, feita com desembargadores em Curitiba, na suíte presidencial. Teve essa festa da cueca, tinha um monte de desembargador, mandaram prostitutas pro hotel", disse Garcia ao jornalista do 247 Joaquim de Carvalho. 

O delator já havia dito que, a mando de Moro, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Garcia afirmou que Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira". Disse que o senador chantageou a rede Walmart

"Jamais tinha passado por uma coisa tão fora da lei. Queriam criminalizar a política. Falavam que políticos eram bandidos. Criminaliza políticos, tribunais superiores, jornalistas e advogados. Deltan, Carlos Fernando, Moro. O que eles botavam na minha boca... para buscar coisas contra o PT, para tirar o Lula da eleição", continuou

"Fui instado a procurar coisas contra o PT através do Eduardo Cunha, que era meu amigo. Uma perseguição clara (contra o PT). Grande parte do estou falando, eu falei pra Gabriela Hardt. Eu denunciei, e nada acontece. Ela engavetou. O Brasil tem que passar isso a limpo. Eles (senadores) tinham de fazer uma CPI da Lava Jato", acrescentou. 

Moro já havia sofrido uma de suas maiores derrotas judiciais em 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a suspeição dele nos processos contra o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2022, o ex-juiz foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral. Por consequência, teve de ser candidato pelo estado do Paraná.

Em 2023, Dallagnol teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque, em 2022, quando resolver ser candidato, ele ainda tinha reclamações analisadas no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Em outra derrota para o ex-procurador, o Supremo Tribunal Federal determinou que ele indenize Lula em R$ 75 mil por causa da apresentação do Power Point em 2016

A partir de 2019 começaram a ser divulgados na imprensa trechos de conversas entre Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). De acordo com os diálogos, o ex-juiz interferia na elaboração de denúncias, que devem ser feitas apenas por promotores.

Fonte: Brasil 247