Anúncio foi feito durante cerimônia de entrega da taça da Copa do Mundo feminina. Presidente também assinou decreto que cria a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino
Por Camila França, para o 247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra dos Esportes, Ana Moser, participaram nesta quinta-feira (30) de uma cerimônia no Palácio da Alvorada, para receber a taça da Copa do Mundo de futebol feminino, do torneio que será realizado entre julho e agosto na Nova Zelândia e Austrália. Na ocasião, Lula destacou que o governo vai reunir esforços da Presidência, Itamaraty, e Ministério dos Esportes juntamente com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para trazer o torneio para o Brasil em 2027.
“Será um evento extraordinário e motivador da construção de uma consciência política junto ao povo brasileiro para que entenda a participação da mulher, efetivamente, em todos os cantos que ela quiser participar, onde ela quiser e como ela quiser. Temos obras de infraestrutura (resultado da Copa do Mundo masculina de 2014) estádios que competem com qualquer um do mundo, além do futebol feminino avançando muito”, destacou o presidente.
Na solenidade, o presidente assinou o decreto que cria a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, política que prevê ações para aumentar a profissionalização da modalidade e incentivar a prática.
O texto entra em vigor na data de publicação no Diário Oficial da União, e prevê a organização do calendário nacional e dos estaduais, a definição de condições mínimas dos estádios que recebem jogos da categoria e o estabelecimento do tempo mínimo do contrato de jogadoras.
“Não existe outro caminho para a humanidade senão sermos tratados como iguais, não fazendo a discriminação que é feita hoje juto às mulheres em muitas atividades, inclusive no esporte”, completou.
O presidente destacou que a meta do governo e tornar o Brasil um país olímpico. “Temos tamanho, grandeza e gente que pode se preparar para o Brasil se transformar em uma potência olímpica. Só é preciso a gente levar a sério, se profissionalizar e fazer as coisas com mais seriedade. Da parte da Presidência da República, a ministra Ana Moser terá todo apoio para tornar o Brasil um país olímpico”, finalizou.
O Ministério do Esporte, em conjunto com a CBF, as federações estaduais, representantes dos clubes e das atletas, terão um prazo de até quatro meses para definir a execução das medidas previstas no decreto.
Além disso, a pasta e as entidades privadas precisarão estabelecer um limite máximo de esportistas amadoras que poderão participar de competições por equipes profissionais, bem como definir parâmetros para a formação de novas atletas na modalidade.
Fonte: Brasil 247