segunda-feira, 6 de março de 2023

Dino aciona PF para investigar tentativa de Bolsonaro de trazer joias de R$ 16,5 milhões para o Brasil ilegalmente

 "Os fatos, da forma como se apresentam, podem configurar crimes contra a Administração Pública tipificados no Código Penal, entre outros", diz o ofício encaminhado à PF

Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: Tom Costa/MJSP | Reuters/Marco Bello)


O ministro da Justiça, Flávio Dino, acionou a Polícia Federal para que seja aberto um inquérito para apurar possíveis crimes que tenham sido cometidos pelo governo Jair Bolsonaro (PL) ao tentar trazer ilegalmente para o Brasil um conjunto de joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, dadas pela monarquia saudita ao casal Jair e Michelle Bolsonaro.

"Os fatos, da forma como se apresentam, podem configurar crimes contra a Administração Pública tipificados no Código Penal, entre outros. No caso, havendo lesões a serviços e interesses da União, assim como à vista da repercussão internacional do itinerário em tese criminoso, impõe-se a atuação investigativa da Polícia Federal", diz Dino no ofício enviado ao diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos. 

Ainda segundo o ministro, “as joias, que foram apreendidas pela Receita Federal, seriam entregues ao então presidente da República, segundo reportagens veiculadas na imprensa nacional.

Conforme documentos, houve, nos meses subsequentes, diversas providências visando à liberação das joias mantidas sob a guarda da Receita Federal".

Fonte: Brasil 247


"Contrabando de joias é só a cereja do bolo da corrupção de Bolsonaro", diz Gleisi

 Governo tentou trazer ilegalmente ao Brasil joias que seriam o pagamento de propina da Arábia Saudita a Bolsonaro. As joias valem R$ 16,5 milhões

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann (Foto: Alessandro Dantas | Reprodução/Twitter)

247 - A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), disse pelo Twitter nesta segunda-feira (6) que o escândalo das joias que o governo Bolsonaro tentou trazer escondidas ao Brasil é apenas a “cereja do bolo da corrupção de Bolsonaro”.

Gleisi elencou algumas das acusações de corrupção que pesam sobre o clã Bolsonaro e seus aliados. 

“Rachadinha, orçamento secreto, compra de votos, invasão de dados de desafetos. Esse é o genocida, usou e abusou do poder público para si e para os seus. Posava de simples, mas no fim a ganância era grande”, tuitou.

Segundo Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolonaro está assustado com a repercussão do caso das joias.



Fonte: Brasil 247


Sócio de haras do ministro das Comunicações é funcionário fantasma do Senado e recebe R$ 17 mil

 Gustavo Gaspar, sócio do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), foi indicado para um cargo na liderança do PDT no Senado, com salário de R$ 17,2 mil

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, assume o cargo, em cerimônia no auditório do ministério (Foto: José Cruz/Agência Brasil)


247 - Gustavo Gaspar, sócio do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), foi indicado por ele para um cargo na liderança do PDT no Senado, com salário de R$ 17,2 mil. Gaspar, é sócio da irmã do ministro, a prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende, diz o jornal O Estado de S. Paulo. O caso se soma a uma série de escândalos envolvendo o ministro indicado pelo União Brasil. 

O ministro, que já viajou em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para acompanhar leilões de cavalos de raça e utilizou recursos públicos para pagar diárias e hospedagens em hotéis por ocasião de viagens sem relação com a pasta, se reunirá nesta segunda-feira (6) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para prestar explicações sobre o sucessivos escândalos. “Ele tem o direito de provar sua inocência. Mas se não conseguir provar sua inocência, ele não pode ficar no governo”, disse Lula na semana passada. 

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), também defendeu que Juscelino deixe o governo. “O ministro devia pedir um afastamento para poder explicar, justificar, se for justificável o que ele fez. Isso impede o constrangimento de parte a parte”, disse Gleisi. 

Segundo a reportagem, Gaspar “é homem de confiança do ministro na política e nos negócios, o funcionário fantasma é irmão de Tatiana Gaspar, contratada por Juscelino como assessora especial do Ministério das Comunicações, com salário de R$ 13,2 mil. Quando deputado, ele já havia empregado o pai de Gaspar, de 80 anos, com salário de R$ 15,7 mil. Gaspar foi nomeado como assistente parlamentar sênior na liderança do PDT pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA), à época líder da bancada”. 

Lotado na Segunda Secretaria, Gaspar está dispensado de assinar o ponto e a presença é atestada pela chefia imediata. “Ou seja, mesmo sem dar expediente no local, a liderança do PDT abonava a frequência do funcionário”, ressalta o periódico. 

Fonte: Brasil 247 com jornal  O Estado de S. Paulo 


Bolsonaro indicou para cargo em Paris chefe da Receita Federal que tentou liberar joias de Michelle

 Julio Cesar Vieira Gomes tentou liberar as joias retidas no Aeroporto de Guarulhos e recebeu em troca a nomeação de adido da Receita em Paris, que foi cancelada por Haddad

Julio Cesar Vieira Gomes e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reprodução/Twitter | Reuters/Joe Skipper)


Jair Bolsonaro (PL) indicou para um cargo em Paris, capital da França, Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal que fez uma investida para tentar liberar as joias enviadas como suposto "presente" do governo da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os diamantes foram retidos pela alfândega no Aeroporto de Guarulhos.

Vieira Gomes foi nomeado adido da Receita Federal em Paris em 30 de dezembro de 2022, no dia seguinte à ida de um auxiliar de Bolsonaro ao aeroporto para recuperar as joias, detalha Andréia Sadi, do g1

Quem assinou a nomeação foi o então vice-presidente, Hamilton Mourão, que exercia naquele dia a Presidência da República, já que Bolsonaro havia viajado aos Estados Unids para não participar da cerimônia de posse do presidente Lula (PT). "O posto foi criado em 26 de dezembro e o despacho foi publicado em seção extra do Diário Oficial da União no dia 30 de dezembro", diz a reportagem. O ministro da Fazenda do governo Lula (PT), Fernando Haddad, cancelou a nomeação de Vieira.

Foi só depois de uma conversa de Vieira Gomes com Bolsonaro que o ajudante de ordens do ex-ocupante do Palácio do Planalto Mauro Cid enviou um ofício à Receita Federal informando que o sargento da Marinha "Jairo" iria ao Aeroporto de Guarulhos. Foi a última tentativa de reaver as joias.

Mourão também nomeou como adido da Receita Federal nos Emirados Árabes Unidos "um outro auditor-fiscal suspeito de agir em favor dos interesses de Bolsonaro: José de Assis Ferraz Neto, então subsecretário-geral da Receita que teria pressionado o corregedor do órgão a não investigar a quebra de sigilo fiscal de desafetos da família do ex-presidente da República".

As adidâncias são vistas como um plano de "exílio" para a cúpula da Receita, que teme investigações por eventuais irregularidades cometidas junto ao governo Bolsonaro.

Fonte: Brasil 247 com Andréia Sadi no G1



Bolsonaro está atordoado com a repercussão da propina de R$ 16,5 milhões que recebeu da Arábia Saudita

 Atordoado, ele ainda não conseguiu encontrar uma explicação convincente para mais um crime que praticou

Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 – Jair Bolsonaro, que cometeu o crime de peculato ao receber uma propina de R$ 16,5 milhões da Arábia Saudita na forma de joias, está assustado e ainda não encontrou uma forma de responder às denúncias. "Depois de dois dias em Washington, Jair Bolsonaro retornou ontem à noite à casa onde está hospedado em Orlando 'assustado com a repercussão' do caso das joias de R$ 16,5 milhões, de acordo com um ex-auxiliar que conversou com o ex-presidente. Apesar disso, até ontem à noite, Bolsonaro se recusava a voltar a falar no assunto publicamente. E nem pretendia gravar um vídeo, como lhe foi sugerido, para se explicar diretamente aos seus eleitores", informa o jornalista Lauro Jardim.

"Até o momento, nenhum advogado foi consultado para auxiliar sua defesa. Hoje, a PF abre um inquérito para investigar o caso das joias das arábias", acrescenta o colunista do Globo.

Fonte: Brasil 247

Nas redes, bolsonarismo cresce e esquerda encolhe indica pesquisa

Ex-presidente Jair Bolsonaro em meio a apoiadores durante a campanha eleitoral de 2018. (Foto: Reprodução)
 

Em um estudo recente realizado pela agência MAP foi revelado um aumento considerável do bolsonarismo nas redes sociais desde as eleições presidenciais de 2022.

Segundo o levantamento, perfis de direita fecharam fevereiro com 30,7% de engajamento e cerca de 87% destes perfis se apresentam como bolsonaristas. Esses perfis alavancaram a presença digital de Jair Bolsonaro (PL) no mês passado. O ex-presidente chegou ao fim de fevereiro com 41,9% de aprovação em 3,17 milhões de publicações que o mencionaram.

O departamento revelou ainda que os perfis com ideais de esquerda seguem em queda desde outubro e continuam perdendo espaço.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi mencionado em 4,6 milhões de publicações e teve aprovação em 54% dos comentários, faixa que se mantém desde setembro.

O destaque do mês foi a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, sendo a quarta figura política mais citada nas redes sociais em fevereiro, com 459,7 mil citações, e aprovação alinhada à de Bolsonaro, 41%.

A .MAP realizou o estudo à partir de amostra extraída diariamente de 1,4 milhão de publicações no Twitter e no Facebook. Além do registro delas, a agência atribui peso a reações como curtidas, comentários e encaminhamentos.

Fonte: DCM


Polícia Federal quer ouvir Michelle e Bolsonaro na investigação sobre joias trazidas ilegalmente

 A previsão é que o inquérito seja instaurado nesta segunda-feira

(Foto: Reprodução)


Delegados ouvidos pela coluna da jornalista Bela Megale já têm um roteiro traçado que deve ser seguido nas apurações sobre as joias dadas pela monarquia saudita ao casal Bolsonaro.

Os primeiros depoimentos seriam os dos funcionários da Receita Federal que tiveram envolvimento com a apreensão das peças. Os investigadores creem que é preciso apurar junto a eles quais autoridades e funcionários do antigo governo solicitaram a liberação das joias, o nível de pressão que exerceram e a mando de quem atuaram.

 Como revelou o jornal “O Estado de S. Paulo”, em outubro de 2021 colar, anel, relógio e um par de brincos de diamantes enviados pelo regime da Arábia Saudita a Michelle e Jair Bolsonaro foram apreendidos pela Receita Federal. 

Os investigadores apontam ainda que o ex-ministro Bento Albuquerque, seu ex-auxiliar Marcos Soeiro, que trouxe as peças, e as demais autoridades envolvidas nas tentativas de reaver o conjunto de diamantes também devem ser ouvidas.

 Outra passo considerado importante pelos investigadores seria tentar ouvir membros do regime saudita para confirmar os destinatários do presente milionário, apontados pelo próprio ex-ministro Bento Albuquerque em entrevista ao “Estadão” como sendo Michelle e Jair Bolsonaro. 

Depois disso, o casal deve ser chamado para depor sobre os fatos.

Fonte: Brasil 247 com informações da coluna da jornalista Bela Megale 

domingo, 5 de março de 2023

Concessões do pedágio abrem primeira crise entre governos Ratinho Jr e Lula


Cancelamento de delegação de estradas estaduais evidencia queda de braço entre Executivo paranaense e PT

Pedágio: modelo de leilão motiva disputa (Franklin de Freitas)


O cancelamento da vinda do ministro do Transportes, Renan Filho (MDB/AL) ao Paraná na última sexta-feira, evidenciou a queda de braço entre o governo Ratinho Jr e o PT estadual em torno das novas concessões de rodovias paranaenses. A vinda de Renan Filho foi anunciada pelo governo estadual na tarde de quinta-feira, e desmentida na noite do mesmo dia, deixando clara a divergência entre o Executivo paranaense e a representação local do partido sobre o assunto.

O governo Ratinho Jr defende o modelo de concessão elaborado na gestão Bolsonaro, com leilão por menor tarifa, mas com cobrança de um aporte financeiro proporcional ao desconto para garantia das obras. O PT do Paraná é contra esse modelo, defendendo leilão por menor tarifa sem cobrança de aporte ou limite de desconto.

Após a derrota de Jair Bolsonaro e a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador afirmou que não aceitaria o “pedágio caipira” de manutenção defendido pelo PT. Caso não houvesse acordo, ele afirmou que o Paraná não cederia as rodovias estaduais à União para as concessões e faria uma licitação à parte.

Na quinta-feira, o ministério negou que tivesse confirmado a agenda de Renan Filho no Estado. “A delegação das rodovias estaduais ao Governo Federal é parte importante do processo de concessão do sistema rodoviário do Paraná, mas em momento algum houve a confirmação do evento por parte do Ministério dos Transportes”, afirmou a Pasta em nota.

O governo do Estado reafirmou que as tratativas para as novas concessões estão adiantadas. “O governo do Paraná e o Ministério dos Transportes ajustaram nesta semana os detalhes finais do processo de concessão das rodovias federais e estaduais. O programa está sendo discutido desde 2019 com o governo federal e prevê tarifas mais baixas em relação ao antigo Anel de Integração, grandes obras e leilão na Bolsa de Valores”, afirmou o Executivo, acrescentado que o modelo a ser implantado é “o que foi estudado e apresentado em audiências públicas para a sociedade paranaense. Com a validação final e aval do Tribunal de Contas da União (TCU) nos primeiros lotes, o governo federal deve preparar os editais dos leilões”.

Informações de bastidores indicam que a assinatura da delegação foi adiada por pressão do PT do Paraná, em especial da presidente nacional do partido, deputada federal Gleisi Hoffmann, que teria sido surpreendida pelo anúncio do governo paranaense. A legenda pretende deixar claro que as novas concessões vão seguir um novo modelo, com prioridade para a definição de tarifas menores às que praticadas durante os contratos anteriores que expiraram em 2021.

Fonte: Bem Paraná 

ANP, MPPR, Sefa e Procon fiscalizam 20 postos no Paraná

Fernando Frazão/ Agência Brasil

 Entre os dias 20 de fevereiro e 2 de março, a ANP realizou ações de fiscalização no mercado de combustíveis em 15 unidades da Federação, passando por todas as regiões do país. Neste período, houve operação conjunta com o Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Ao todo, foram inspecionados 20 postos de combustíveis no estado. As ações de fiscalização aconteceram em Colorado, Itaguajé, Santa Inês, Santo Inácio, São José dos Pinhais, Maringá, Curitiba e Colombo.

A ANP realizou uma força-to MPPR e a Secretaria de Estado da Fazenda para fiscalizar nove postos de combustíveis nas cidades no interior. As equipes também realizaram operação conjunta com o Procon de São José dos Pinhais, onde foram inspecionados seis postos de combustíveis. Não foram encontradas irregularidades.

Em Curitiba, um posto foi autuado por falta de atualização cadastral.

Fonte: Bem Paraná 

Os diamantes da propina: sob Bolsonaro, representantes do governo brasileiro foram 151 vezes à Arábia Saudita

 Jair Bolsonaro desenvolveu relação especial com a ditadura saudita, que lhe pagou propina em jóias e diamantes

Jair Bolsnaro e Mohammed bin Salman (Foto: José Dias/PR)


Da Rede Brasil Atual – A Arábia Saudita foi destino frequente de viagens oficiais do governo Bolsonaro. De acordo com levantamento feito pelo Brasil de Fato, representantes do Brasil, sob o mandato do ex-presidente, foram 151 vezes ao país entre 2019 e 2022. O número é quase cinco vezes maior do que as 32 viagens oficiais realizadas nos três anos anteriores, entre 2016 e 2018, período de Michel Temer. A proximidade de Bolsonaro com o mundo árabe não se restringiu aos sauditas, já que ele também teve bom trânsito em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

O levantamento do Brasil de Fato, feito com base em dados do Portal da Transparência, mostra que logo no primeiro ano do mandato de Bolsonaro, em 2019, foram 82 viagens. No ano seguinte, mais 23 e, em 2022, outras 40. Em 2021, ano marcado por restrições de circulação internacional causadas pela pandemia da covid-19, seis viagens foram registradas. No total, foram gastos cerca de R$ 2,2 milhões contra R$ 539 mil das 32 missões realizadas entre 2016 e 2018.

Coincidentemente, ou não, foi dos sauditas que Bolsonaro recebeu um presente no valor de R$ 16,5 milhões destinado para a então primeira dama Michelle Bolsonaro. Os ‘mimos’, um par de brincos de diamantes, um colar e um anel, supostamente enviados em 2019 pelo príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, ficaram retidos na Receita Federal por não terem sido declarados na entrada ao país, configurando irregularidade. A legislação brasileira obriga a declaração de bens mais valiosos que US$ 1 mil, cerca de R$ 5,2 mil. Assim, as joias foram retidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos e assim ficaram apesar das insistentes tentativas de Bolsonaro para liberá-las. Chegou a mover três ministérios para isso, sem sucesso.

Fundo Mubadala

Além da Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos foram destino de viagem oficial do governo Bolsonaro. Em novembro de 2021, em sua segunda viagem oficial pelo país, o clã Bolsonaro fez questão de deixar claro o clima amistoso entre o ex-presidente e o príncipe herdeiro de Abu Dhabi, o sheik Mohammed bin Zayed. Na ocasião, pelo Twitter, Eduardo Bolsonaro disse que seu pai e o sheik “mais pareciam bons amigos se revendo”, acrescentando que a “relação amistosa” entre ambos era positiva para o Brasil, pois se convertia em investimentos árabes no país. O deputado citou o fundo Mubadala, que tem sede nos Emirados Árabes Unidos e do qual o sheik Zayed é o presidente.

O Mubadala é o fundo soberano de Abu Dhabi e reúne reservas de capital usando esses recursos em investimentos. Na ocasião, tinha cerca de US$ 243 bilhões (cerca de de R$ 1,3 trilhão no câmbio atual) investidos em mais de 50 países e vinha aumentando seus aportes no Brasil. Comprava ativos a preços baixos e crescia enquanto a economia brasileira patinava. Ainda naquele mesmo mês de novembro de 2021, poucos dias antes do amigável encontro entre Bolsonaro e Zayed, o fundo anunciou a aquisição do controle da concessionária Metrô Rio. Antes disso, em 2019, já havia comprado parte do controle da Rota dos Bandeirantes, rodovia pedagiada em São Paulo, que pertencia à Odebrecht.

Preço de banana

Mas a cereja do bolo do Mubadala no Brasil, sob o governo Bolsonaro, foi a compra da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia. A chamada Rlam é a primeira refinaria nacional, criada em 1950, e pertencia à Petrobras sendo capaz de produzir mais de 30 produtos diferentes. O valor do negócio foi US$ 1,65 bilhão, quando, segundo avaliações do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep), valia pelo menos o dobro disso, US$ 3,12 bilhões, podendo bater perto dos US$ 4 bilhões. O prejuízo para a população brasileira não ficou nisso, já que, após a compra, a Bahia passou a ter um das gasolinas mais caras do país.

Fonte: Brasil 247 com Rede Brasil Atual 


Líderes do União Brasil saem em defesa de ministro e criticam Gleisi

 Para os parlamentares Elmar Nascimento, e Efraim Filho, Gleisi Hoffmann faz pré-julgamentos ao pedir afastamento de ministro

Gleisi Hoffmann e Juscelino Filho (Foto: Luiza Midlej | José Cruz/Agência Brasil)


247 - A deputada federal e presidenta nacional do PT Gleisi Hoffmann (PR) defendeu o afastamento do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União-MA), "para poder explicar e justificar” sua conduta. Ela se refere à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, que mostra que o ministro usou aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a leilões de cavalos de raça. 

O ministro também teria recebido diárias do governo federal pelo período em que esteve em viagem pessoal.

A declaração incomodou os líderes do União Brasil no Congresso Nacional, Elmar Nascimento, na Câmara, e Efraim Filho, no Senado. Em nota os parlamentares disseram que a deputada utiliza “dois pesos e duas medidas” para tratar de assuntos da vida pública.

“Lamentamos que Gleisi utilize dois pesos e duas medidas para tratar de assuntos inerentes à vida pública. Quando atitudes dos seus aliados são contestadas — e não faltaram acusações a membros do PT na história recente do país — a parlamentar prega o direito de defesa. Quando a situação se inverte, prefere fazer pré-julgamentos”, consta na nota.

Fonte: Brasil 247

Ao som do hino nacional, fazendeiros destroem barracos de ocupação do MST em Jacobina (BA)

“Esse conflito precisa ser mediado pelo governo federal e o governo do estado”, afirma dirigente do MST na Bahia. Foto: Sindicato Rural/Divulgação

 Por Gabriela Moncau

Com um caminhão de som tocando o hino nacional, fazendeiros fizeram um ato com um comboio de veículos, na tarde da última sexta-feira (3), até a Fazenda Limoeiro, em Jacobina (BA). A área estava ocupada por cerca de 150 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desde o último 27 de fevereiro.

Barracos foram desmanchados e colchões incendiados. Sob tensão, as famílias sem-terra saíram do local. Foram para outro acampamento a alguns quilômetros dali, já existente desde 2008, onde há o projeto de uma barragem do governo do Estado da Bahia.

Em vídeos feitos pelos próprios fazendeiros circulando em redes sociais, é possível escutar frases como “vai embora, cambada de vagabundo”, “quebra o pau nas costas deles”, “toca gasolina e bota fogo nos cara” e “estamos revidando”.

“Com a violência, muita gente ficou com medo. Ficamos até a manhã de sábado (4) procurando gente no mato, porque teve gente que correu para o fundo da fazenda e se perdeu na mata”, descreve Abraão Brito, articulador político do MST na Chapada Diamantina. “O que os fazendeiros fizeram lá não existe porque não foi expedida a ordem de reintegração de posse para despejar as famílias”, afirma.

A Polícia Militar esteve no local durante o conflito. De acordo com o MST, alguns fazendeiros estavam armados, mas não foram abordados. Já os trabalhadores rurais tiveram equipamentos de trabalho, como enxadas, retidos.

“Não tem ninguém trabalhando na terra”

A Fazenda Limoeiro tem 1,7 mil hectares e, segundo o movimento, está improdutiva  há 15 anos. “As famílias estavam dando vida à fazenda. Reafirmo: é uma fazenda abandonada, não cumpre com a função social. Não tem curral, não tem casa, não tem pasto, não tem gado, não tem energia, não tem ninguém trabalhando na terra”, relata Brito.

“Aquela área precisa virar um assentamento da reforma agrária”, defende. “O MST vai sentar e avaliar, porque do jeito que ficou não vamos permitir ficar. Quem está governando o Brasil é a democracia e nós não vamos dar um passo atrás. Vamos resistir, dialogar com as famílias e retomar essa área”, afirma.

Publicado originalmente em Brasil de Fato


Morre Romualdo Arppi Filho, juiz da final da Copa do Mundo de 1986, aos 84 anos

Reprodução

 O árbitro de futebol Romualdo Arppi Filho morreu neste domingo, 5, em Santos, no Hospital Ana Costa. Arppi Filho tinha 84 anos e fazia tratamento renal no hospital, mas, de acordo com a família, acabou não resistindo.

Com uma extensa carreira na arbitragem brasileira, Arppi Filho foi o segundo brasileiro a apitar uma final de Copa do Mundo. Ele comandou o jogo entre Argentina e Alemanha no Mundial de 1986, no México. Na partida, a seleção sul-americana venceu a decisão por 3 a 2 e se sagrou bicampeã mundial.

Além da Copa de 1986, onde também apitou os jogos entre França e URSS e México e Bulgária, Arppi Filho foi o árbitro responsável pelas decisões dos Campeonatos Brasileiros de 1984 e 1985 e do Mundial Interclubes de 1984.

O juiz também tem um histórico de partidas internacionais em sua trajetória e trabalhou em três edições de Jogos Olímpicos: Cidade do México (1968), Moscou (1980) e ainda Los Angeles (1984).

Em 1986, ele foi eleito o melhor árbitro do mundo pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS). Até hoje, Arrpi Filho é considerado uma das figuras mais importantes da história da arbitragem brasileira.

Fonte: Bem Paraná 


Recibo mostra que outro pacote de joias enviado por sauditas a Bolsonaro foi entregue à Presidência

 Mais de um pacote foi entregue pelo governo saudita por ocasião da missão brasileira que esteve no país do Oriente Médio

(Foto: Reprodução)


247 - Um dos supostos “presentes” enviados pelo governo da Arábia Saudita por intermédio do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque foi entregue para compor o acervo pessoal de Jair Bolsonaro (PL) em novembro do ano passado, mostra recibo oficial, relata reportagem de Julio Wiziack e Marcelo Rocha no jornal Folha de S.Paulo.

“Segundo o ex-ministro e documentos, mais de um pacote foi entregue pelo governo saudita por ocasião da missão brasileira que esteve no país do Oriente Médio em outubro de 2021. Um deles, um conjunto de joias e relógio avaliado em R$ 16,5 milhões que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi retido pela Receita no aeroporto de Guarulhos (SP) assim que Albuquerque e equipe desembarcaram no Brasil. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo na sexta-feira (3)”, indicam os jornalistas. 

De acordo com a reportagem, “um outro pacote, que inclui relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard e supostamente destinados a Bolsonaro, estava na bagagem de um dos integrantes da comitiva e não foi interceptado pela Receita. Publicamente, não há estimativa ou avaliação de valores desse outro lote de joias”.

Fonte: Brasil 247 com Folha de S. Paulo

Bolsonaro tenta limpar sua barra ao dizer que não pediu as joias, mas o que importa é que recebeu a propina

 Jair Bolsonaro ganhou propina de R$ 16,5 milhões dos sauditas pouco antes da entrega de uma refinaria da Petrobrás a um fundo árabe

(Foto: Alan Santos / PR)

247 – Jair Bolsonaro tentou ontem minimizar a gravidade de sua condição criminal, ao dizer que não pediu a propina de R$ 16,5 milhões em joias como presente dos sauditas. "Estou sendo acusado de um presente que eu não pedi, nem recebi. Não existe qualquer ilegalidade da minha parte. Nunca pratiquei ilegalidade. Veja o meu cartão corporativo pessoal. Nunca saquei, nem paguei nenhum centavo nesse cartão", afirmou.

Ocorre que ele não apenas recebeu a propina, por meio do então ministro Bento Albuquerque, como fez de tudo para ficar com as joias e os diamantes, mesmo depois que a mercadoria foi retida pela Receita Federal. Mais grave ainda, ele entregou uma refinaria da Petrobrás a um fundo árabe, bem abaixo do valor de mercado, pouco tempo depois de receber a propina, o que o ministro Paulo Pimenta, da Secom, explica:

Bolsonaro fez oito tentativas de ficar com a propina de R$ 16 milhões da Arábia Saudita

 Bolsonaro escalou três ministérios e militares para reaver o conjunto de joias e relógio de diamantes trazidos ilegalmente para o Brasil

(Foto: Reprodução)

247 - Em 30 de novembro de 2021, um mês após a comitiva de Jair Bolsonaro viajar para o Oriente Médio trazendo as joias e relógio de diamantes avaliadas em  R$ 16 milhões, o governo brasileiro vendeu a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia e seus ativos logísticos associados. A venda foi realizada para o Mubadala Capital, um fundo árabe dos Emirados Árabes Unidos, pelo valor de US$ 1,8 bilhão.

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, as joias estavam na mochila de um militar, assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que viajara ao Oriente Médio em outubro de 2021.

A joia foi apreendida no dia 26 de outubro de 2021 pela fiscalização de rotina feito com os passageiros do voo 773 que desembarcaram em Guarulhos, com origem na Arábia Saudita.

O assessor Marcos André Soeiro, assessor de Bento Albuquerque, trazia a joia na mochila com um certificado de autenticidade da marca Chopard.

O assessor solicitou aos funcionários da Receita que chamassem novamente o então ministro para acompanhar a fiscalização, o que foi atendido.

Albuquerque disse aos servidores da Receita que os presentes eram para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o relógio para Bolsonaro.

No ato de apreensão, o ministro poderia ter declarado que se tratava de um presente de um governo para outro, mas isso não foi feito. Neste caso, as joias seriam tratadas como propriedade do Estado brasileiro.

Com as joias retidas pela Receita, Bolsonaro colocou os ministérios para agir e tentar reavê-las. Para isso, mudou a versão afirmando que se tratava de presentes que seriam destinados ao acervo, sem dizer especificamente a qual deles.

Em 3 de novembro de 2021, o Ministério das Relações Exteriores solicitou à Receita para que tomasse as "providências necessárias para liberação dos bens retidos”.

A Receita, por sua vez, informou que só seria possível fazer a retirada mediante os procedimentos de praxe nestes casos, com quitação da multa e do imposto devidos.

 “Considerando a condição específica do Ministro —representante do Senhor Presidente da República; a inviabilidade de recusa ou devolução imediata de presentes em razão das circunstâncias correntes; e os valores históricos, culturais e artísticos dos bens oferecidos; faz-se necessário e suporte que seja dado ao acervo o destino legal adequado”, diz o documento.

No mesmo dia, o gabinete do ex-ministro Bento Albuquerque também ofício para a Receita cujo assunto era “liberação e decorrente destinação legal adequada de presentes retidos por esse Órgão, que foram oferecidos por ocasião de eventos protocolares no exterior”.

Ainda segundo a reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, no final do mandato de Bolsonaro, o ex-secretário da Receita, Julio Cesar Vieria Gomes, entrou em campo para liberar o material, no dia 28 de dezembro de 2022, ao enviar ofício para a área de alfândega do órgão em São Paulo.

A última tentativa de reaver as joias foi em 29 de dezembro de 2022 , quando Bolsonaro estava prestes a deixar a Presidência.

"Um funcionário do governo Bolsonaro pegou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) naquele dia e desembarcou no aeroporto de Guarulhos, dizendo que estava ali para retirar as joias", destaca a reportagem,

“Não pode ter nada do (governo) antigo para o próximo, tem que tirar tudo e levar”, argumentava o militar, segundo relatos recolhidos pelo jornal. A viagem foi autorizada pelo próprio Bolsonaro.

De acordo com documentos da FAB, o chefe da Ajudância de Ordens do Presidente da República, primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva foi enviado para uma viagem “para atender a demandas do Senhor Presidente da República naquela cidade”, com retorno “em voo comercial no trecho Guarulhos para Brasília”.

Em 28 de dezembro, Bolsonaro já havia enviado um ofício ao gabinete da Receita Federal para solicitar que as pedras preciosas fossem destinadas à Presidência da República, em atendimento ao ofício 736/2022, da “Ajudância de Ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República”.

Fonte: Brasil 247 com jornal O Estado de S. Paulo