sábado, 29 de outubro de 2022

Bolsonaro mentiu sobre salário mínimo, ao prometer R$ 1,4 mil sem previsão orçamentária

 Jair Bolsonaro se notabilizou como um dos maiores propagadores de mentiras da história do País

(Foto: Reprodução | Alice Marko de Souza | ABR)

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o último debate antes do segundo turno para fazer uma promessa de aumento do salário mínimo após o vazamento de estudos que projetavam que seu governo poderia deixar de reajustar o valor, enquanto o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atacou o candidato à reeleição por sua atuação na pandemia de Covid-19 e pela política pró-armas do governo.

Pressionado pelas notícias de que a equipe econômica estudava desindexar os aumentos do salário mínimo da inflação em caso de reeleição, Bolsonaro afirmou logo na abertura do debate realizado pela TV Globo na noite de sexta-feira que vai aumentar o valor para 1.400 reais por mês se vencer a eleição no domingo, apesar de o valor previsto no Orçamento ser menor.

"Tanto é verdade que acertamos a economia que eu posso anunciar que o novo salário mínimo será de 1.400 reais", disse o candidato à reeleição, que aparece entre cinco e seis pontos percentuais atrás de Lula nas pesquisas de intenção de voto para a eleição de domingo.

O valor prometido por Bolsonaro, entretanto, não consta sequer da peça orçamentária de 2023, que prevê um mínimo de 1.302 reais. Neste ano, o salário mínimo está em 1.212 reais

A polêmica dos últimos dias sobre o salário mínimo causou estragos na campanha de Bolsonaro, disseram fontes do QG bolsonarista à Reuters, daí a pressa dos estrategistas em divulgar mensagens nas redes sociais com a nova promessa enquanto o debate da Globo ainda estava no ar.

Reportagens na imprensa contam que há estudos na mesa do Ministério o da Economia que cogitam adotar medidas duras como o não reajuste do salário mínimo pela inflação e cortes em programas como o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em caso de reeleição para equilibrar o orçamento.

Guedes negou a intenção de adotar tais políticas, atribuindo a supostos petistas infiltrados em sua pasta essas declarações à imprensa. A campanha de Bolsonaro divulgou vídeos do ministro nos quais ele destaca dados da economia e responde a perguntas sobre as supostas medidas, afirmando se tratar de mentiras.

Ao comentar sobre o salário mínimo, Lula questionou Bolsonaro pela falta de aumento real de valor durante seu governo, comparando com aumentos concedidos durante seus dois mandatos (2003 a 2010).

"A massa salarial caiu, o salário mínimo não teve um aumento real, e agora vem com a cara de pau dizer que vai aumentar salário mínimo. Não vai", afirmou o petista. "Você já viu esse país crescer, gerar emprego, não pode ficar acreditando em fantasia".

Bolsonaro também voltou a se dizer vítima do sistema, e chegou a reclamar nominalmente do atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmando que a corte estaria trabalhando para favorecer o adversário.

"O sistema todo está contra mim, grandes redes de televisão, como aqui. O Tribunal Superior Eleitoral, quase todas as queixas dão a seu (Lula) favor, inclusive a questão das inserções das rádios. O TSE toma conta de tudo, mas quando chega numa hora de me atender, por inserções que seu partido em parte roubou... o TSE inclusive vai investigar a mim e ao partido."

Bolsonaro referiu-se à suposta falta de equilíbrio na veiculação de inserções em rádios, medida que motivou uma denúncia movida por sua campanha que foi rejeitada, por falta de provas, por Moraes.

Apesar do discurso, o presidente afirmou em entrevista após o debate que aceitará o resultado das urnas. Até então, Bolsonaro costumava dizer sempre que aceitaria o resultado de eleições que considerasse "limpas".

"Não há a menor dúvida, quem tiver mais voto leva", afirmou Bolsonaro, que passou meses atacando sem provas as urnas eletrônicas apontando possibilidade de fraude -- rejeitada tanto por autoridades eleitorais como por especialistas.

PANDEMIA E ARMAS

O formato do debate permitia que os dois adversários circulassem pelo palco e administrassem seus tempos, em boa parte sem qualquer tema definido. Lula e Bolsonaro trocaram diversas acusações, chamando um ao outro de mentiroso em várias oportunidades, e se recusaram a responder perguntas.

A campanha de Lula considerou que o petista teve seu melhor desempenho entre todos os debates desta eleição e que venceu "com folga" a disputa na TV Globo, enquanto do lado de Bolsonaro aliados ficaram com a sensação de que o presidente, mais uma vez, não conseguiu falar para além da bolha bolsonarista.

Aparentando estar mais tranquilo do que o adversário, Lula usou oportunidades para voltar a criticar Bolsonaro pela gestão da pandemia de Covid-19, mencionando a demora do governo federal para comprar vacinas, a postura de Bolsonaro contra as recomendações científicas e as quase 700 mil mortes por coronavírus no Brasil.

"Bolsonaro não responde sobre a pandemia porque deve pesar na consciência dele. Se ele tivesse seguido o aviso dos governadores do Nordeste, teria evitado pelo menos 200 mil mortes. Ele, desumano como é, não foi visitar uma pessoa que perdeu um parente", afirmou.

O petista também criticou a política pró-armas de Bolsonaro, que já prometeu reverter caso seja eleito presidente. O petista lembrou a prisão no último domingo do ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, que abriu fogo com um fuzil e lançou granadas de efeito moral contra a Polícia Federal ao ser preso, deixando dois policiais federais feridos.

"Sabe qual o modelo de cidadão pacífico do Bolsonaro? O Roberto Jefferson, armado até os dentes atirando na Polícia Federal", afirmou.

Bolsonaro rebateu a acusação negando ter relação com Jefferson, apesar de Jefferson ter inclusive o convidado para ingressar em seu partido e ter feito várias declarações em seu favor. O presidente lembrou que, no passado, Jefferson já fez parte da base aliada do governo Lula, tendo sido o delator do esquema conhecido como mensalão.

Pesquisa AtlasIntel feita com eleitores que não votaram nem em Lula nem em Bolsonaro no primeiro turno apontou que o petista sagrou-se vencedor do debate na avaliação de 51,5% dos entrevistados, enquanto 33,7% apontaram Bolsonaro e 14,9% não souberam.

Um levantamento da Quaest que monitorou as reações nas redes sociais durante o debate também apontou desempenho melhor de Lula. O petista teve 51% de menções positivas e 49% de negativas, enquanto Bolsonaro teve 64% de menções negativas e 36% de positivas.

Lula ganhou o debate também nas redes, mostra levantamento da Quaest

 Lula teve mais menções positivas que Bolsonaro em todos os quatro blocos do debate

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - No último embate entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro, o petista registrou o melhor resultado nas redes sociais. É o que mostra levantamento da Quaest feito nas redes sociais durante o debate.

Durante o debate realizado pela TV Globo nesta sexta-feira, Lula registrou 51% de comentários positivos nas redes, contra 36% de comentários positivos feitos sobre Bolsonaro. 

O monitoramento da Quaest, feito em Twitter, Facebook, Instagram, sites e blogs durante os quatro blocos do debate, mostrou que, nas redes sociais, Lula registrou um desempenho melhor que Bolsonaro em todos os quatro blocos. No terceiro bloco, em que os candidatos tiveram 15 minutos cada para debate não moderado, foi registrada a maior diferença entre os dois: Lula registrou 62% de comentários positivos entre internautas, contra 41% com referências a Bolsonaro.

No segundo bloco, em que Lula e Bolsonaro debateram sobre a fome no país, o petista registrou o menor fluxo de comentários positivos (45%), enquanto Bolsonaro foi elogiado nas redes por apenas 34% dos internautas, ainda segundo levantamento. Na avaliação do diretor da Quaest, isso ocorreu porque houve embate entre os candidatos sobre os números da fome no país. Enquanto Bolsonaro reiterava números do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a caracterização de linha da pobreza, Lula trazia informações sobre subnutrição trazidas em reportagem do jornal Folha de S. Paulo nesta semana.

Durante o primeiro bloco, também conduzido no modelo de debate não moderado com 15 minutos de fala por candidato, os pontos principais foram a discussão sobre o salário mínimo e acusações de "mentira" entre os presidenciáveis. Segundo a Quaest, os termos mais buscados no Google foram "Bolsonaro vai acabar com o 13", "Bolsonaro décimo terceiro salário", "Lula criou o G20" e "Lula absolvido".

Bolsonaro dá chilique após perder debate para Lula e encerra de forma abrupta a entrevista

 Ele não gostou de ser confrontado com suas mentiras e de ter sido chamado de candidato

Jair Bolsonaro e Sérgio Moro (Foto: Reprodução)

Sputnik – "Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui", disse Bolsonaro após ser questionado sobre uma declaração sua — classificada pelo repórter como "mentira" — quanto à visita de Lula ao Complexo do Alemão.

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) interrompeu bruscamente sua entrevista coletiva após uma pergunta de um repórter do jornal Folha de S.Paulo, nesta sexta-feira (28), ao final do último debate presidencial do segundo turno, na TV Globo, no Rio de Janeiro.

O jornalista questionava o presidente sobre uma declaração sua quanto à visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Complexo do Alemão, no Rio, durante a campanha.

Ao indagar por que Bolsonaro "insiste na mentira" de que Lula teria ido à comunidade a convite de traficantes, o presidente bateu na mesa e rebateu: "Está me chamando de mentiroso? Então, vamos acabar por aqui".

O repórter afirmou que podia garantir que esta era uma "mentira", e Bolsonaro se despediu e deixou a sala de imprensa, onde concedia entrevista.

Durante a coletiva, o presidente esteve acompanhado do seu ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, que voltou a se aliar a Bolsonaro nestas eleições, após deixar o governo em abril de 2020.

Lula optou por não conceder entrevista coletiva após o debate. O ex-presidente informou que falaria com a imprensa neste sábado (29).

O segundo turno das eleições ocorre no próximo domingo (30), entre às 8h e às 17h no horário de Brasília.

Integrantes da campanha de Lula comemoram vitória no debate, enquanto bolsonaristas acham que houve empate

 No comando da campanha de Lula, desempenho do presidente foi comemorado. Avaliação é de que Lula pode conquistar os “poucos indecisos”

Lula no último debate - 28/10/2022

247 - "Lula foi bem, colocou a pauta na maioria do tempo, falou da vida do povo, de propostas e do que fez. Nos grupos de pesquisa qualitativa, ganhou a maioria — disse a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann".

Foi consenso entre os petistas que esse foi o melhor desempenho do ex-presidente nos debates que participou no primeiro e no segundo turno, informa a jornalista Bela Megale no Globo.

Entre membros da campanha de Bolsonaro, a avaliação foi a de que o ocupante do Palácio do Planalto começou pior que Lula, com desempenho aquém do esperado na pauta econômica e mais nervoso. Os ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também foram apontados como “falhas”. A leitura, no entanto, é que ele conseguiu depois terminar o debate “empatado” com o petista.

O empate, no entanto, não é bom para Bolsonaro. A pesquisa do Datafolha desta quinta-feira (27)mostra Lula na dianteira, com 49% das intenções de voto e Bolsonaro, com 44%.

No debate da Globo, até Bonner usa "direito de resposta"

 "Eu de fato disse que Lula não deve nada a Justiça", afirmou o jornalista

Jornalista William Bonner (Foto: Reprodução (redes sociais))

(Reuters) - No debate da TV Globo na noite desta sexta-feira, até o apresentador William Bonner usou uma espécie de direito de resposta, provocado pelo presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

O mandatário disse que seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), só havia sido inocentado por Bonner, e não pela Justiça, citando processos de corrupção enfrentados pelo petista.

Foi uma referência à entrevista de Lula no Jornal Nacional, quando Bonner mencionou que o ex-presidente não devia mais nada à Justiça porque seus processos, no âmbito da operação Lava Jato, foram anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O apresentador da TV Globo repetiu isso no final do primeiro bloco do debate.

O antagonismo com Bonner faz parte da mensagem de Bolsonaro de que é um político perseguido pelo sistema e pela mídia tradicional.

 

"FICA AQUI" X "NÃO QUERO"

Durante o debate, Bolsonaro tentou intimidar Lula chamando o adversário para ficar perto dele no palco, mas o petista recusou. "Fica aqui, rapaz!", disse o presidente. "Não quero ficar perto de você, não quero ficar perto de você!", respondeu Lula.

No debate anterior entre os adversário no segundo turno, exibido pela Band, Bolsonaro chegou a colocar a mão no ombro de Lula ao adotar a mesma estratégia para pedir que o rival ficasse perto dele no palco.

Antes do debate começar, Lula estudou bastante a posição das câmeras para saber onde se posicionar melhor durante o confronto.

MORO

Bolsonaro conversou bastante antes do debate com seu ex-desafeto e atual aliado Sérgio Moro. O ex-juiz da Lava Jato, que se elegeu senador na eleição deste ano e declarou apoio a Bolsonaro no segundo turno, tem ajudado Bolsonaro nos debates principalmente em relação ao combate à corrupção -- um dos principais temas usados pelo presidente para atacar Lula.

Depois de passar 580 dias preso condenado por corrupção no âmbito da Lava Jato, Lula atualmente não deve nada à Justiça, uma vez que suas ações foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que viu parcialidade de Moro nos processos.

Placar final do debate na Globo: Lula venceu para 51,5% dos indecisos, enquanto Bolsonaro teve 33,7% da preferência

 Números foram apontados pela Atlas Intel

Lula no debate da Globo (Foto: Ricardo Stuckert)


SÃO PAULO (Reuters) - A avaliação dentro da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de que seu desempenho no último debate do segundo turno, na noite de sexta-feira na TV Globo, foi o melhor até agora entre todos os que ele participou nesta eleição, mesmo com a dificuldade de encaixar falas sobre propostas.

"Foi muito bem, ganhou com folga o debate", disse uma das fontes ouvidas pela Reuters.

A análise é que Lula se manteve calmo mesmo frente às provocações do adversário Jair Bolsonaro (PL), que insistia em chamá-lo de mentiroso reiteradas vezes. Em seu treinamento para o debate, Lula trabalhou medidas para evitar perder a paciência ou se deixar perturbar, como aconteceu em debates anteriores.

Lula também conseguiu controlar bem o tempo das respostas, ao contrário do que havia acontecido no último debate, na Band, em que, incomodado com as acusações de corrupção, gastou tempo demais nas respostas e deixou Bolsonaro com um longo período para falar sozinho no final.

"Foi para isso que ele se preparou", disse uma segunda fonte. "Ele saiu feliz do debate. Apesar do Bolsonaro, ele até conseguiu encaixar algumas propostas."

Nas pesquisas qualitativas com eleitores indecisos feitas pelo PT durante o debate, de acordo com as fontes, o resultado foi majoritariamente positivo para Lula.

O resultado é o mesmo do tracking feito pelo instituto Atlas Intel. Para 51,5% dos entrevistados, Lula foi o vencedor do debate, enquanto 33,7% deram a vitória a Bolsonaro.

Após campanhas distintas, Fla e Athletico fazem final da Libertadores

 Duelo no Equador será neste sábado, às 17h

(Foto: Ag. Brasil)


Agência Brasil - Os rubro-negros Flamengo e Athletico Paranense duelam na tarde deste sábado (29), no Monumental,  às 17h, no Equador, pelo título mais importante da temporada do futebol no continente sul-americano: a Copa Libertadores da América.

De um lado do campo estarão os cariocas em  busca do tricampeonato (os dois primeiros foram em 1981 e 2019), e do outro lado os paranaenses sonha com a conquista inédita no torneio. 

A história do Flamengo na Libertadores começou no Grupo H. Os rubro-negros saíram quase com 100% de aproveitamento em uma chave que contava com o Talleres, da Argentina, o Universidad Católica, do Chile, e o Sporting Cristal, do Peru.

Nesta fase, o time comandado, na época, pelo técnico Paulo Sousa, obteve cinco vitórias e apenas um empate, que aconteceu no confronto com os argentinos.

Depois de assegurar a liderança do grupo, o Flamengo encarou o Tolima, da Colômbia. No primeiro jogo das oitavas de final, já sob a liderança do treinador Dorival Junior, os cariocas venceram com gol de Andreas Pereira, que deixou o clube logo após o triunfo por 1 a 0.

No duelo de volta, no Maracanã, o Flamengo conseguiu sua maior goleada na competição continental, 7 a 1, com direito a quatro gols de Pedro.

O Rubro-Negro enfrentou pela primeira vez uma equipe compatriota na Libertadores já nas quartas de final. Emplacou duas vitórias (ida e volta) contra o Timão: a primeira por 2 a 0 na Neo Química Arena, em São Paulo, e depois por 1 a 0 no Maracanã, no Rio de Janeiro. 

Já nas semifinais o oponente foi o argentino Velez Sarsfield. Em Buenos Aires, os brasileiros praticamente selaram a classificação para a final, ao vencer por 4 a 0. No Maracanã, os rubro-negros voltaram a derrotar os argentinos, desta vez, por 2 a 1.

Logo após a confirmação da classificação, o técnico Dorival Junior falou em fazer de tudo para ser campeão.

"Acho que não tem preço nós chegarmos a um momento como esse. Vamos trabalhar e muito para que possamos fazer uma grande decisão. Enfrentaremos um adversário dificílimo. Não tenho dúvida que será uma partida com um grau de dificuldade muito alto". 

Invicto na Libertadores, o Flamengo chega à decisão com uma campanha de 11 vitórias e um empate, em 12 partidas disputadas. Foram 32 gols feitos e oito sofridos. Além disso, os rubro-negros contam com o artilheiro do campeonato, Pedro, com 12 gols marcados.

Diferentemente do Flamengo, o Athletico Paranaense teve alguns tropeços no Grupo B. Com uma campanha de três vitórias, duas derrotas e um empate, os paranaenses terminaram na vice-liderança, com os mesmos 10 pontos que o Libertad, do Paraguai, que se classificou em primeiro. Já o The Strongest, da Bolívia, e o Caracas, da Venezuela, foram eliminados.

Na quinta rodada, com vaga sob ameaça, o técnico Luis Felipe Scolari assumiu a equipe paranaense, após goleada por 5 a 0 contra os bolivianos, em La Paz, quando Fábio Carille ainda era o treinador do time. Na sequência, o Athletico venceu duas partidas e avançou às oitavas de final.

O adversário da vez foi o Libertad, que também enfentou na primeira fase. Na Arena da Baixada, os atleticanos venceram por 2 a 1, já em Assunção, quando a decisão para as quartas de final seria definida nos pênaltis, Rômulo, aos 44 minutos do segundo tempo, garantiu a classificação dos brasileiros.

Em seguida, o gol de Vitor Roque, com 17 anos de idade, contra o Estudiantes, da Argentina, aos 50 minutos do segundo tempo, garantiu a vitória por 1 a 0, em La Plata, além do acesso às semifinais, já que na Arena da Baixada o duelo terminou 0 a 0.

Nas semis, o Athletico tinha a missão de bater o atual bicampeão da competição continental Palmeiras. Em Curitiba, a vitória com placar mínimo de 1 a 0 dava à equipe rubro-negra a vantagem de um empate no Allianz Parque.

E foi exatamente o que aconteceu, de maneira eletrizante. Mesmo após o time paulista abrir 2 a 0 no placar, os paranaenses reagiram e empataram de 2 a 2, aos 39 minutos do segundo tempo, com gol de David Terans.

Depois de o Furacão voltar à final da Libertadores após 17 anos, o auxiliar técnico Paulo Turra, que substituiu Felipão suspenso, falou sobre fatores que levaram o Athletico à decisão.

"Hoje foi mais um passo que foi dado para que o Athletico se consolide ainda mais do que já é: uma grande estrutura, Tem no seu comando o presidente e no comando técnico o professor Felipe, dois caras de peso". 

Em 12 partidas, o Athletico venceu seis, empatou quatro e perdeu duas. Marcou 15 gols e sofreu 10.

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Telegram remove grupos pró-Bolsonaro após determinação do TSE

 De acordo com o tribunal, os integrantes dos grupos propagam "afirmações falsas, mensagens preconceituosas e intimidatórias"

Alexandre de Moraes | Telegram (Foto: Reuters | Marcello Casal/Agência Brasil)

247 - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, determinou nesta sexta-feira (28) que o Telegram retire grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com a área técnica da Corte, os integrantes dos grupos propagam "afirmações falsas, mensagens preconceituosas e intimidatórias", além de “apologia a atos criminosos e violência política nas eleições em andamento".

O Telegram exibe a mensagem: "Este grupo não pode ser exibido porque violou as leis locais", de acordo com portal Poder 360.

Os grupos "70 Milhões eu voto em Bolsonaro Nova Direita" e "70 Milhões 2 eu voto em Bolsonaro Nova Direita" reuniam mais de 180.000 integrantes.

A multa ao Telegram em caso de descumprimento foi fixada pelo ministro em R$ 100.000 por hora.

Deputado ameaça guerra civil se Lula ganhar: 'vou empunhar uma arma' (vídeo)

 Se o seu presidente ganhar, vai acontecer uma guerra civil neste País", afirmou o deputado estadual de Goiás Amauri Ribeiro (União Brasil)

Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e Amauri Ribeiro (Foto: REUTERS/Carla Carniel | Reprodução)

247 - O deputado estadual reeleito em Goiás Amauri Ribeiro (União Brasil) ameaçou ir para a rua com um revólver se o candidato a presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar a eleição no próximo domingo (30).

"Se o seu presidente ganhar, vai acontecer uma guerra civil neste País. E eu sou um reservista. E se eu for convocado, eu vou pra rua e vou empunhar uma arma", disse Ribeiro.


Jair Bolsonaro (PL) teve 52% (1.920.203 votos) dos votos válidos em Goiás no primeiro turno da eleição presidencial. O petista conseguiu 39% (1.454.723 votos). Simone Tebet (MDB-MS) ficou em terceiro lugar, com 4,64% (170.742 votos).

No País, o ex-presidente ficou em primeiro lugar, com 48% dos votos válidos (57,2 milhões) no primeiro turno da eleição, contra 43% (51 milhões) de Bolsonaro, o primeiro ocupante do Planalto a perder a eleição em primeiro turno desde 1997, quando a reeleição foi aprovada. 

A pesquisa Datafolha, divulgada nessa quinta-feira (27), mostrou o ex-presidente em primeiro lugar contra Bolsonaro. O petista conseguiu mais votos que o seu adversário nas regiões Norte e Nordeste. No Centro-Oeste, onde fica o estado de Goiás, o candidato do PL teve 53% e Lula, 40%. 

Jornalista é espancada por terroristas bolsonaristas em Curitiba

 "Tomei porrada na cabeça e quatro pontos na cara", disse Magalea Mazziotti

Magalea Mazziotti (Foto: Reprodução/Blog do Esmael)


247 com Blog do Esmael - A jornalista Magalea Mazziotti foi espancada por apoiadors de Jair Bolsonaro na noite de quinta-feira (27/10), na região central de Curitiba, por usar adesivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ela registrou Boletim de Ocorrência (BO) no 1º Distrito Policial da capital paranaense.

A jornalista contou ao Blog do Esmael que foi espancada na tradicional Rua XV de Novembro, entre 22h e 23h, e, ato contínuo, atendida no Hospital Cruz Vermelha. A profissional de imprensa levou quatro pontos no rosto.

“Tomei porrada na cabeça e quatro pontos na cara. Não levaram nada. Tudo leva a crer que o que provocou a fúria foram os adesivos do Lula“, disse Magalea, apresentado um corte na face esquerda – levantando hipótese de mais um caso de violência política no Paraná.

A Polícia Civil do Paraná, encarregada de investigar o caso, deve requisitar as imagens das câmeras da Rua XV de Novembro, que leva à Boca Maldita, ponto de encontro das manifestações e comícios nas eleições 2022.

 O Paraná tem se destacado no quesito violência política no período eleitoral com assassinato, assédio eleitoral, espancamentos e tiros – a exemplo daquele que atingiu a janela de um apartamento, no bairro Ahú, que exibia uma bandeira do MST.

Moraes fará pronunciamento para TV e rádio no sábado, véspera do segundo turno

 Pronunciamento do presidente do TSE será transmitido às 20h30 e terá duração de quase cinco minutos

Sessão plenária do TSE – 23/08/2022 (Foto: LR Moreira/Secom/TSE)

247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fará um pronunciamento de quase 5 minutos às 20h30 deste sábado (29), véspera do segundo turno das eleições.

A geração estará a cargo da Empresa Brasileira de Comunicação e toda a Rede Nacional Obrigatória de Emissoras de Rádio e Televisão está convocada a transmitir o pronunciamento. A duração será de 4'42" (quatro minutos e quarenta e dois segundos).

TSE suspende direito de resposta de Bolsonaro na campanha de Lula

 A decisão do Corte Eleitoral vale até o julgamento de mérito das ações, que deve ocorrer em outra sessão convocada para as 19h desta sexta-feira (28)

(Foto: Reuters | Reprodução TSE)


Do site do TSE - Em sessão extraordinária nesta sexta-feira (28), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu direito de resposta da campanha do candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) em programa (bloco e inserções de televisão) do candidato adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O conteúdo questionado associa uma fala de Bolsonaro sobre querer “todo mundo armado” ao aumento de acidentes domésticos com armas de fogo, de feminicídio e da violência em geral, com imagens fortes desses crimes. No pedido de direito de resposta, Jair Bolsonaro afirma que nunca defendeu que armas fiquem à disposição de crianças, se prestem à intimidação de mulheres ou que venham a estimulara a criminalidade.

Por maioria de votos, o Plenário suspendeu o direito de resposta que havia sido concedido pela relatora, ministra Isabel Gallotti, em decisão monocrática. A decisão vale até o julgamento de mérito das ações, que deve ocorrer em outra sessão convocada para as 19h de hoje.

Cinco liminares favoráveis ao direito de resposta (sendo uma em inserções de rádio da coligação de Lula) foram deferidas pela relatora e referendadas em Plenário Virtual. Portanto, na sessão extraordinária da manhã de hoje os ministros somente analisaram os pedidos de efeitos suspensivos da coligação do candidato Lula.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, destacou que, pelo artigo 58, parágrafo 4 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997), se a ofensa ocorrer em dia e hora que inviabilizem a sua reparação dentro dos prazos estabelecidos, a resposta deverá ser divulgada nos horários que a Justiça Eleitoral determinar, ainda que nas 48 horas anteriores ao pleito, nos termos e forma previamente aprovados.

“Se no mérito concedermos o direito de reposta, hoje à noite, amanhã ele será efetivado sem prejuízo à parte. O inverso não é verdadeiro, porque não podemos apagar um direito de reposta concedido e nem conceder uma tréplica inexistente”, disse Moraes.

Voto da relatora

A ministra Isabel Gallotti afirmou que as respostas deveriam ser veiculadas nos programas da coligação Brasil da Esperança no total de vezes que foram exibidas as falas manifestamente inverídicas. A relatora informou que os temas dos vídeos divulgados pela campanha de Lula são iguais nas respectivas representações.

Para a ministra, há flagrante descontextualização, com reprodução de “chocantes imagens, de grande efeito emocional”. Para ela, é preciso ainda reforçar a diferença de uma mensagem veiculada na TV de uma mensagem nas rádios.

Isabel Gallotti também informou que não realizou a análise prévia do texto apresentado como resposta pela campanha de Jair Bolsonaro. A ministra lembrou que o TSE já decidiu, em questão de ordem resolvida em julgamento anterior, não ser necessária a submissão prévia de texto de resposta à Justiça Eleitoral nas representações sobre o assunto, em benefício da própria celeridade do processo eleitoral. 

Lula afirma que "Bolsonaro terá de aceitar o resultado das urnas. Simples assim!"

 "Depois da eleição o vencedor governa, quem perdeu se prepara para a próxima", disse o ex-presidente, que também afirmou: "o Brasil não aguenta mais quatro anos de Bolsonaro"

Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters/Diego Vara | Ricardo Stuckert | Reuters/Ueslei Marcelino)

247 - O ex-presidente Lula (PT), em entrevista à revista IstoÉ, afirmou que Jair Bolsonaro (PL) terá que aceitar o resultado das urnas: "simples assim!". Segundo pesquisas eleitorais, Lula é o favorito para vencer a corrida presidencial e retornar ao Palácio do Planalto.

"Depois da eleição o vencedor governa, quem perdeu se prepara para a próxima. É assim", disse o petista.

Roberto Jefferson

Lula comentou o episódio do ex-deputado bolsonarista Roberto Jefferson, que resistiu à prisão no último domingo (23) atirando contra policiais federais. Para ele, o caso mostra "o grau de insanidade que o país alcançou com Bolsonaro. Um sujeito, aliado de Bolsonaro, incentivado por declarações dele, que também disse que resistiria à prisão com tiros, que arremessa granadas e atira com fuzil contra policiais federais, é de uma gravidade sem tamanho".

O ex-presidente ainda destacou a tentativa de Bolsonaro de se descolar da imagem de Jefferson. "A primeira reação de Bolsonaro inclui justificar as ações desse cidadão com mentiras. E ele tem a cara de pau de dizer que não tem fotos dele com Roberto Jefferson, seu aliado até ontem, inclusive na dobradinha do padre Kelmon no debate. Como ele pode mentir de forma tão descarada? Há dezenas de fotos e vídeos dos dois juntos, de juras de amor de Jefferson para Bolsonaro".

Economia

Perguntado se dará um fim ao teto de gastos em um eventual novo governo, Lula foi direto: "ele já acabou".

"O governo Bolsonaro nunca respeitou o teto de gastos. Eu acho a responsabilidade fiscal importante. Eu pratiquei a responsabilidade fiscal nos meus governos, reduzimos a relação dívida e PIB e promovemos o crescimento, E fiz tudo isso porque sou responsável, coisa que aprendi de pequeno, com minha mãe. Não é um teto que gera responsabilidade. A pandemia foi um exemplo de como o teto de gastos não funciona. O País tem necessidades sociais urgentes, precisa investir para construir ativos e se desenvolver. Teremos que cuidar de tudo isso ao mesmo tempo, sem loucura. Buscando investimentos produtivos no exterior, conversando com governadores e prefeitos", explicou.

Questionado sobre a criação de uma nova âncora fiscal, Lula declarou: "eu pretendo governar com responsabilidade sobre as contas públicas, diante da situação que o governo Bolsonaro vai entregar, que será, tanto do ponto de vista social, quanto econômico, pior do que a que eu peguei em 2003. O que o Brasil ainda tem, diferente daquela época, são as reservas de mais de US$ 300 bilhões deixadas pelos governos do PT. Isso nos dá alguma estabilidade e segurança. E hoje eu sou mais experiente. Sei que terei que trabalhar muito, e conversar muito com a sociedade para o país voltar a crescer de verdade, acima da média mundial. Você pode ver pelos meus governos que melhoramos todos os indicadores de contas públicas".

Ainda que provocado, o ex-presidente novamente disse que não escolhe ministros, inclusive o da Fazenda, antes de ser eleito. "Eu não defino equipe antes de ganhar eleição. Uma coisa que eu sei que o Brasil não aguenta são mais quatro anos de Bolsonaro e Paulo Guedes".

Terrorista bolsonarista ameaça atacar o Mackenzie para homenagear Roberto Jefferson

 Universidade suspendeu aulas. No último fim de semana, o bandido bolsonarista disparou tiros e bombas contra policiais e recebeu tratamento privilegiado de Jair Bolsonaro

Roberto Jefferson (Foto: Reprodução)

247 - A Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, suspendeu as aulas nesta sexta-feira (28) diante de uma ameaça de um atentado terrorista bolsonarista, em homenagem ao ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Jefferson, no último domingo (23), atirou contra policiais federais, com fuzil e granadas, para resistir a um mandado de prisão expedido contra ele.

Em um grupo de WhatsApp - "Mack Verde e Amarelo" -, estudantes prometeram agir com violência contra alunos que participarão de ato nesta sexta (28) na universidade em prol da eleição do ex-presidente Lula (PT).

"Em nome de Bob Jeff [Roberto Jefferson], levarei meu fuzil", diz um deles. "Quem derrubar mais petista, eu pago uma dose", promete outro. Um terceiro pergunta: "pode ir armado?".

Prints das mensagens passaram a circular nesta quinta (27) entre alunos e funcionários do Mackenzie, segundo Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo

Já na noite de quinta, a instituição emitiu um comunicado dizendo que as aulas no campus Higienópolis estão suspensas em razão da cessão do espaço para a eleição. No primeiro turno, entretanto, a medida não foi adotada.

Judiciário se vê pronto para enfrentar eventual contestação do resultado por Bolsonaro

 Pesquisas mostram o ex-presidente Lula consolidado na liderança

Jair Bolsonaro (círculo) (Foto: ABR | REUTERS/Suamy Beydoun)


BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A cúpula do Judiciário acompanha com atenção a escalada retórica de Jair Bolsonaro (PL) contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, e se diz preparada para reagir se o candidato à reeleição contestar os resultados em caso de derrota nas urnas no domingo, segundo fontes ouvidas pela Reuters.

A avaliação das fontes, que vêm analisando diferentes cenários ao longo dos últimos meses e dizem que nada está fora do esperado, é que um quadro crítico está se desenhando, com uma eventual vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma margem apertada de votos e uma esperada contestação de Bolsonaro e aliados.

"O que se vê é uma série de coisas plantadas para desestabilizar e tumultuar o processo eleitoral", disse uma alta fonte do Judiciário à Reuters que, descarta, no entanto, uma situação de caos pós-eleitoral.

"Temos que acompanhar o que vai ocorrer no domingo. Manter contato com as forças de segurança para não ter tumulto nas ruas, mas a manifestação é livre", frisou.

Outra alta fonte do Judiciário que conversou com a Reuters sob anonimato por causa da sensibilidade do tema diz que é "imprevisível" o que pode acontecer após a votação, uma vez que Bolsonaro está jogando seus apoiadores contra o TSE ao acusar o tribunal e Moraes de agirem para favorecer Lula.

Sem respaldo oficial da campanha, apoiadores têm sido convocado pelas redes sociais para irem à Esplanada dos Ministérios no final da tarde de domingo para acompanhar a contagem dos votos, em uma chamada "Festa da Vitória".

Outras possíveis situações de tensão também estão no radar, depois que Bolsonaro pediu para apoiadores acompanharem a votação ao redor das zonas eleitorais até o fechamento das urnas.

Ambas as autoridades ouvidas pela Reuters corroboram fontes internas do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF) ao afirmar que a cúpula do Judiciário têm um plano de contingência pronto para domingo. Um esquema de segurança especial dos magistrados do STF e do TSE --além dos prédios das duas instituições-- foi montado e a leitura é que deve haver tensões até a diplomação do presidente eleito --em caso de vitória de Lula-- prevista para 19 de dezembro.

RESPALDO A MORAES E MILITARES

Há meses Bolsonaro vem atacando, sem provas, as urnas eletrônicas, que diz serem passíveis de fraude, e durante a campanha o presidente e aliados têm insistido na mensagem de que as autoridades eleitorais trabalham contra sua reeleição.

Nesta semana, a campanha do presidente foi ao TSE para contestar uma suposta irregularidade na exibição de inserções em rádios da Bahia e de Pernambuco, uma tentativa, segundo Bolsonaro, de privilegiar Lula.

O presidente do TSE rapidamente mandou arquivar o caso, considerando a denúncia inconsistente, enquanto o mandatário anunciou que vai recorrer da decisão e prometeu ir "às últimas consequências".

Moraes, que recentemente ampliou seus poderes para combater desinformação nas redes, tem a chancela de seus pares nas altas cortes para agir. "Alexandre não carregou nas tintas e está na linha certa. Se não fosse ele, com ações e medidas preventivas, esse processo poderia ter descarrilado", disse uma das altas fontes do Judiciário. "Ele tem se antecipado às situações e agido preventivamente", seguiu a mesma fonte.

Uma das incógnitas que permanecem para o domingo é que papel terão as Forças Armadas, porque integrantes do alto comando chegaram a acompanhar Bolsonaro no questionamento das urnas eletrônicas no passado. Os militares realizam de maneira inédita nesta eleição uma checagem dos resultados que saem das urnas, mas deixaram para divulgar o resultado da fiscalização do sistema eleitoral somente após o segundo turno, adicionando mais um grau de incerteza.

No TSE e no STF, e também no Ministério da Defesa, não há qualquer expectativa de haja uma tentativa de golpe de Bolsonaro, com apoio dos militares, segundo fontes dessas instituições.

No lado petista, tampouco é uma possibilidade aventada a de um apoio dos militares a qualquer iniciativa de Bolsonaro de não reconhecer os resultados. "Tumulto você tem, já teve", diz o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa dos governos petistas Celso Amorim, citando os episódios de violência, como a morte de apoiadores de Lula, durante a campanha.

Ele descarta, no entanto, qualquer papel institucional na caserna em eventuais turbulências. "As Forças Armadas não vão apoiar. Não apoiarão jamais. Pode ser que alguns militares façam isso, mas eu confio totalmente no espírito legalista das Forças Armadas."