segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Crise sobre fala pedófila foi a pior de toda a campanha e pode tirar votos, admite comitê de Bolsonaro

 Os aliados de Bolsonaro, no entanto, 'respiraram aliviados' após Moraes mandar retirar das redes o vídeo com a declaração pedófila, informa Valdo Cruz, do g1

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/YouTube/Paparazzo Rubro-Negro)

247 - A crise deste final de semana envolvendo uma fala de cunho pedófilo de Jair Bolsonaro (PL) foi o pior episódio de toda a campanha eleitoral, relataram bolsonaristas a Valdo Cruz, do g1.

"No comitê de Bolsonaro, a avaliação é que o episódio foi o pior da campanha e tem o poder de tirar votos do presidente da República nesta reta final", diz a reportagem.

Em entrevista a um podcast na sexta-feira (14), Bolsonaro contou uma história de quando visitou uma comunidade na periferia do Distrito Federal e encontrou meninas venezuelanas de 14 anos, "bonitas", "arrumadinhas". Na sequência, disse: "pintou um clima".

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou que o vídeo com a fala de Bolsonaro seja retirado das redes sociais. Segundo Cruz, a equipe de Bolsonaro "respirou aliviada" com a decisão.

Além do caso da fala pedófila, aliados de Bolsonaro também citaram "a confusão em Aparecida" e a "frase preconceituosa sobre nordestinos" como fatores que podem prejudicá-lo nesta reta final do segundo turno.

Ainda sobre a polêmico envolvendo a declaração de Bolsonaro ao podcast, "levantamentos internos feitos pelo PT mostram que a distância entre o ex-presidente Lula e Bolsonaro estava se encurtando até o final da semana passada, mas voltou a aumentar durante o fim de semana com a repercussão negativa do caso das venezuelanas. No domingo à noite, a diferença entre eles, segundo esses levantamentos, teria subido para mais de dez pontos, depois de ter chegado a ficar na casa dos cinco pontos percentuais".

Campanhas de Lula e Bolsonaro celebram desempenho nos debates

 Em ambos os casos, há dúvidas sobre o potencial de mudança de votos

Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reprodução)

BRASÍLIA (Reuters) - Os desempenhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro confronto direto deste segundo turno, o debate da noite deste domingo, foram comemorados por ambas as campanhas, cada lado avaliando que o seu candidato foi melhor, mas ambos admitindo que o encontro pode não ser suficiente para mudar votos.

Na campanha de Bolsonaro, fontes ouvidas pela Reuters avaliaram o resultado como o melhor desempenho de Bolsonaro em todos os debates que participou até agora, mas admitem que não há como dizer se o resultado é suficiente para tirar a diferença de votos de Lula, que venceu o primeiro turno com 6,2 milhões de votos a mais.

Para o PT, o formato do debate, mais solto, em que houve confronto direto e os candidatos puderam se movimentar no estúdio, favoreceu Lula, que pôde confrontar diretamente Bolsonaro e teve uma presença de palco melhor.

"Houve um debate ideológico, e ele ficou o tempo todo puxando Lula para esse debate. Eu penso que Lula se saiu muito bem na sua proposta, que foi, primeiro, não entrar na armadilha proposta pelo Bolsonaro. Segundo, debater a vida do povo brasileiro, debater a fome, a pobreza, a miséria. Dois projetos distintos de país. Eu penso que Lula foi muito bem, nesse sentido, ele deu conta da sua proposta", disse o coordenador de comunicação da campanha, Edinho Silva.

Uma fonte da campanha de Lula considerou ainda que ficou muito marcado que Bolsonaro não respondia quando perguntado de projetos e programas.

Segundo essa fonte, Lula admitiu que administrou mal o tempo, mas a avaliação foi de que ele não teve prejuízo porque o candidato à reeleição não soube aproveitar os minutos livres que teve para falar.

Já na campanha de Bolsonaro, viram como destaque o último bloco, quando justamente houve a má administração do tempo pelo petista e o presidente teve cinco minutos para falar sozinho.

"Lula começou melhor o primeiro bloco, depois foi melhor no primeiro bloco, Bolsonaro foi entrando, começou com as mãos para trás, depois foi tendo desenvoltura, se equilibrou bem no segundo bloco, não foi agressivo com jornalistas e 'jantou' o Lula no terceiro bloco", disse uma das fontes.

A campanha admitiu ainda que a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, de impedir Lula de usar o caso das meninas venezuelanas no debate foi a "salvação" do presidente.

Em entrevista a um podcast na última sexta-feira, após as costumeiras críticas ao regime venezuelano e às condições do povo lá que gerou um forte fluxo migratório no Brasil, Bolsonaro disse que "pintou um clima" em uma visita a meninas venezuelanas na periferia de Brasília e chegou a insinuar que menores de idade daquele país estariam se arrumando para se prostituir.

Antes do debate, Bolsonaro chegou a falar que foram as "piores 24 horas da sua vida".

Lula chegou a insinuar o caso, dizendo que Bolsonaro havia levantado de madrugada para fazer uma live por estar "com a consciência pesada", mas não o citou diretamente por causa da decisão do TSE.

"Não quisemos afrontar o TSE", disse Edinho, ao ser questionado sobre o porquê de Lula não ter tratado do assunto.

'Bolsonaro não tem do que se queixar: é presidente porque as instituições foram coniventes com seus abusos', diz o Estadão

 Jornal diz que Bolsonaro deveria ter sido cassado ainda enquanto deputado, "por seus frequentes atentados ao decoro e à ordem democrática"

STF, Bolsonaro e TSE (Foto: Agência Brasil | Isac Nóbrega/PR)


247 - Editorial do Estado de S. Paulo publicado nesta segunda-feira (17) repercute a decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, de proibir a veiculação do vídeo em que Jair Bolsonaro (PL) revela ter 'pintado um clima' com uma menina de 14 anos ao visitar uma comunidade na periferia do Distrito Federal.

O texto afirma que Bolsonaro, que sempre reclama de suposta parcialidade do TSE e do Supremo Tribunal Federal (STF), nunca teve motivos para tal. "Há poucos dias, o presidente Jair Bolsonaro disse que 'a maioria' dos ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) 'não tem isenção', pois 'os caras têm lado político' – contra ele, naturalmente. Bolsonaro se queixou ainda de que, em 'qualquer ação no Supremo e no TSE' contra ele e seu governo, essas Cortes superiores invariavelmente 'dão ganho de causa para o outro lado'".

"Mas Bolsonaro não tem do que se queixar: se ele ainda é presidente e pode até se reeleger, é porque as instituições, judiciais e políticas, não só foram coniventes com seus abusos, como muitas vezes os legitimaram. Tivesse o Congresso cumprido seus deveres constitucionais, por exemplo, Bolsonaro teria sido cassado quando ainda era deputado, por seus frequentes atentados ao decoro e à ordem democrática. Mais impressionante, porém, é o catálogo de crimes de responsabilidade acumulados durante a Presidência e deixados impunes pelo Congresso", destaca o jornal.

O editorial ainda diz que o TSE falha em não punir Bolsonaro por abuso de poder político e econômico. "O Tribunal Superior Eleitoral parece mais ocupado em patrulhar as redes sociais do que em julgar ações contra o evidente abuso de poder político e econômico por parte do presidente, como nos atos eleitorais extemporâneos, a utilização do Palácio da Alvorada como núcleo de campanha e a transformação de comemorações cívicas e atos oficiais da chefia de Estado em comícios. Motivos para cassar a candidatura do presidente não faltaram. Mais grave, contudo, é o sequestro das políticas públicas para fins eleitorais, escandaloso desvio que nem sequer está sendo abordado pela Justiça Eleitoral. Alimentada com cargos e verbas, a clientela parlamentar de Bolsonaro não só o blindou de um impeachment, como solapou a Constituição, o pacto federativo, a ordem jurídica, os marcos fiscais e a legislação eleitoral para fabricar incontáveis “pacotes de bondades” que se dissolverão ao fim do ano eleitoral. Em pleno segundo turno, o governo anuncia o perdão de dívidas, mais dinheiro para o Auxílio Brasil e benefícios extras para taxistas. À força de canetadas, o presidente transformou os contribuintes em financiadores compulsórios de sua campanha".

Em Goiás, bolsonaristas atacam apoiadores de Lula em lanchonete com socos e cadeiradas (vídeo)

 Pelas redes, os homens foram identificados como Matheus e Eduardo, mas já apagaram seus perfis

(Foto: Reprodução/Twitter)

247 - Bolsonaristas agrediram um grupo de eleitores do PT em uma lanchonete no setor Bueno, em Goiânia (GO). Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram agressões dos bolsonaristas com cadeiras, chutes e socos.


Segundo depoimentos dados ao portal Mais Goiânia, um grupo com adesivos do Lula e do PT chegou ao local. Nesse momento, os extremistas começaram a gritar “Bolsonaro”. “Nós gritamos ‘Lula’ de volta e as ofensas começaram”, conta uma das vítimas.

De acordo com o portal Metrópolespelas redes, os homens foram identificados como Matheus e Eduardo, mas já apagaram seus perfis. Um deles seria, inclusive, advogado.

A Polícia Civil realizou a ocorrência na Central de Flagrantes e encaminhou as vítimas ao Instituto Médico Legal (IML).

Alexandre de Moraes proíbe críticas do PT às falas de cunho pedófilo de Jair Bolsonaro

 Embora o próprio Bolsonaro tenha dito que 'pintou um clima' entre ele e uma menina de 14 anos, o ministro entendeu que ele não deve ser associado à pedofilia

Jair Bolsonaro cumprimenta Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução/TV Brasil)


247 - O ministro Alexandre de Moraes tomou uma decisão polêmica neste domingo (16) e determinou que o PT remova de suas redes sociais as críticas que fez às falas de cunho pedófilo de Jair Bolsonaro. A decisão também se estende às redes sociais TikTok, Instagram, LinkedIn, Facebook, Youtube, Telegram e Kway.

Na decisão, Moraes cita, inclusive, publicação da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Segundo o ministro, o post de Gleisi se “descola da realidade, por meio de inverdades, fazendo uso de recortes e encadeamentos inexistentes de falas gravemente descontextualizadas do Representante, com o intuito de induzir o eleitorado negativamente, diante da autoria de fato grave (pedofilia)”.

No entendimento de Moraes, mesmo Bolsonaro tendo admitido que "pintou um clima" entre ele e meninas que 14 anos, as postagens traziam “fato sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual”.

As plataformas têm até as 20h deste domingo para excluir o vídeo. Caso descumpram, deverão pagar multa diária de R$ 100 mil.

domingo, 16 de outubro de 2022

Randolfe anuncia notícia-crime contra Bolsonaro por apologia à pedofilia

 Senador disse que acionará o STF contra Bolsonaro. Anúncio foi feito na manhã deste domingo, durante o programa Bom Dia 247

Randolfe Rodrigues (Foto: Reprodução)

247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Lula (PT), disse à TV 247 neste domingo (16), durante entrevista ao Bom Dia 247, que ingressará no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma notícia-crime contra Jair Bolsonaro (PL) por apologia à pedofilia.

"Nós estamos ofertando notícia-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra este senhor - mais uma notícia-crime - para que seja aberto inquérito para investigar apologia à pedofilia,tal qual foi apregoado por ele no dia de ontem", informou.

O senador participou nesta manhã de uma caminhada ao lado da também senadora e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB-MS), em apoio a Lula. O ato, segundo Randolfe, "demonstra que o Brasil quer se ver livre do fascismo, desta tragédia que nós estamos vivendo nos últimos quatro anos. Nós chegamos nos últimos quatro anos ao pior do pior que tem. O que nós temos visto de Jair Bolsonaro é um país que lamentavelmente nós descobrimos que estava nas entranhas da formação nacional, do escravismo, do colonialismo, do machismo. Mas é este país que está a 13 dias de ser resgatado".

Ele ainda reforçou que a eleição presidencial deste ano não se trata apenas de uma disputa política. "Pedófilo, autoritário, miliciano, preconceituoso. É contra isso que nós estamos enfrentando. A eleição dos próximos dias não se trata de uma disputa entre direita e esquerda, não se trata de uma disputa de liberais e socialistas, entre social-democratas e socialistas. Não se trata de uma disputa dentro dos marcos do pacto civilizatório. É uma disputa contra o fascismo. Qualquer democrata, qualquer liberal, qualquer democrata, qualquer pessoa com o mínimo de humanidade, de senso humanitário, tem que cerrar fileiras na luta para salvar o país".

Na TV, programa do PT destaca fala pedófila de Bolsonaro: "é esse homem que diz defender a família?" (vídeo)

 A um podcast, Bolsonaro relatou ter 'pintado um clima' entre ele e uma menina de 14 anos

(Foto: Reprodução/Twitter/@JotaBittencourt)

247 - O programa eleitoral do PT exibido na televisão neste domingo (16) deu destaque à fala pedófila de Jair Bolsonaro (PL), que relatou a um podcast ter 'pintado um clima' entre ele e uma menina de 14 anos.

"É esse homem que diz defender a família?", indaga o material.


Em outro podcast, Bolsonaro disse que 'meninas de 14 ou 15 anos, bonitinhas' chamaram sua 'atenção' (vídeo)

 "Olhei para trás e vi umas duas, três, menininhas bonitinhas de uns 14, 15 anos de idade. Me chamou a atenção. Bonitinhas", disse Bolsonaro em entrevista a um podcast evangélico

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A declaração de cunho pedófilo feita por Jair Bolsonaro (PL) de que havia pintado um clima" com jovens de '14 e 15 anos', relatada por ele durante uma entrevista concedida a um um podcast na sexta-feira (14), já havia sido proferida por anteriormente, em setembro, durante uma transmissão ao vivo com influenciadores evangélicos. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que as menores venezuelanas que se encontram no abrigo visitado por ele estavam ali “para fazer programa”. 

Na entrevista, o atual ocupante do Palácio do Planalto afirmou que chegou a esta conclusão porque as jovens "todas muito bem arrumadas, estavam fazendo o cabelo". “Estavam se arrumando para quê? Alguém tem ideia? Quer que eu fale? Não vou falar", disse em seguida. Após um dos influenciadores dizer que elas estariam fazendo programas, Bolsonaro assentiu: “para fazer programa. Vocês acham que elas queriam fazer isso? Qual era a fonte de sobrevivência delas? Essa". 

Uma das mulheres venezuelanas que estava presente no dia em que Bolsonaro visitou o local, porém, desmentiu a versão montada por ele. Segundo a mulher, sua filha e sobrinha estavam no local, onde acontecia uma ação social para refugiados venezuelanos no Distrito Federal .

"Não tem nada a ver com o que ele está falando agora", disse a mulher, que pediu para ter seu nome preservado por temer represálias. 

A repercussão das declarações levaram Jair Bolsonaro a abrir uma live de emergência, na madrugada deste domingo (16), em uma tentativa de explicar as declarações. Na transmissão, gravada pouco após a meia noite, Bolsonaro acusou o PT e a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de deturpar a situação e de “ultrapassar todos os limites'', além de afirmar que não foi ao local escondido. 

Lula ganha direito de resposta nas redes de Flávio Bolsonaro e Carla Zambelli e na Jovem Pan

 Parlamentares publicaram conteúdo que relaciona falsamente o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel a Lula

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Flávio Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert I Wilson Dias/Agência Brasil)

247 - A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu neste domingo (16) direito de resposta ao ex-presidente Lula (PT) nas redes sociais do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Ambos compartilharam uma entrevista em que a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) relaciona falsamente o assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel a Lula. 

A decisão da ministra também se estende à senadora tucana e à Jovem Pan News, segundo o Antagonista.

De acordo com a decisão da ministra, Lula terá 30 segundos para dar sua reposta, que deve ser apresentada em até dois dias.

Bolsonaro terá que responder na Justiça pela frase "pintou um clima", diz Simone Tebet (vídeo)

 Senadora e ex-presidenciável realiza neste domingo caminhada no Rio em apoio a Lula e concedeu entrevista ao Brasil 247

Simone Tebet (Foto: Reprodução/Twitter/@brasil247)

247 - A senadora e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB-MS) realiza neste domingo (16) no Leblon, bairro nobre do Rio de Janeiro, uma caminhada em apoio à candidatura do ex-presidente Lula (PT), que disputa o segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista ao jornalista Marcelo Auler, do Brasil 247, Tebet mandou um recado aos eleitores indecisos: "não há escolha a fazer a não ser o caminho da democracia. Sem democracia, essa caminhada não poderia existir. Podemos ter as nossas diferenças, mas elas são infinitamente menores do que tudo aquilo que nos une".

A parlamentar tem dado declarações sobre o orçamento secreto do governo Bolsonaro, afirmando que este poderá ser o maior escândalo de corrupção da história brasileira. Ela foi questionada sobre o assunto e reiterou: "sei exatamente como ele [orçamento secreto] foi criado, por quem ele foi criado e para quem ele foi criado. O governo federal está envolvido, é o artífice de todo esse esquema e, lamentavelmente, nós podemos estar diante sim do maior esquema de corrupção da história do Brasil. Só em um único ano são R$ 19 bilhões que foram tirados da Saúde, da Educação, de obras públicas, de serviços públicos que fazem tanta falta para o povo brasileiro".

Tebet também comentou a fala pedófila de Bolsonaro, que disse ter 'pintado um clima' com uma menina de 14 anos. Ela afirmou que quando deixar a Presidência da República, Bolsonaro terá que respondeu por seus atos na Justiça. "O presidente Bolsonaro, quando sair da cadeira, e ele vai descer e perder o foro privilegiado, ele vai ter que responder na Justiça. Por quê? Vendo um crime, não deu voz de prisão ou não chamou as autoridades para que não pudesse intervir. Se ele estava diante ali de uma situação que é considerada crime e não denunciou, ele foi omisso e tem que responder por isso".


TSE determina remoção de vídeo de Eduardo Bolsonaro com fake news sobre "kit gay"

 Ministra do TSE diz que a “afirmação falsa" de Eduardo Bolsonaro já foi "multiplamente" desmentida

Eduardo Bolsonaro (Foto: Amanda Perobelli/Reuters | Pixabay)

247 -  A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Cláudia Bucchianeri determinou a remoção de um vídeo do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em que ele associa falsamente a candidatura do ex-presidente Lula (PT) à distribuição de um suposto "kit gay" nas escolas.

O conteúdo, entendeu a magistrada, contém “afirmação falsa de que o material teria sido efetivamente distribuído, com a erotização de crianças, o que, como já dito, já foi multiplamente atestado como falso”.

A publicação de Eduardo Bolsonaro foi feita na última quinta-feira (13). 

Bolsonaro pede ao TSE que Janones seja censurado e suspenso das redes sociais

 Ação é incompatível com seu discurso de defesa da liberdade de expressão absoluta

André Janones, Jair Bolsonaro e Lula (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | ABR | Ricardo Stuckert)

247 – Jair Bolsonaro, que se diz um defensor incondicional da liberdade de expressão irrestrita, entrou com pedido no Tribunal Superior Eleitoral para que todos os perfis do deputado federal André Janones (Avante) nas redes sociais sejam suspensos. Ele alega ser vítima de "fake news", quando é público e notório que o bolsonarismo estimula, dentro do Palácio do Planalto, um "gabinete do ódio" para criar e espalhar fake news e difamar adversários.

“Por meio de intolerável estratégia de desinformação intencional e deliberada do eleitorado, denominada pela mídia de‘janonismo cultural’, que se vale, inclusive, da repercussão gerada pela proposição de ações judiciais voltadas ao combate de informações falsas, o Deputado André Janones tem gerado benefícios não só à campanha do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, da qual faz parte, como também auferiu dividendos à sua própria candidatura”, dizem os advogados que assinam a petição.

"Basta", diz Marina Silva, após fala de cunho pedófilo de Bolsonaro

 Deputada eleita se revoltou com a fala em que ele diz que 'pintou um clima' com uma menina de 14 anos

Marina Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Leo Cabral | REUTERS/Adriano Machado)


247 – A deputada eleita Marina Silva, da Rede, se revoltou com a fala pedófila de Jair Bolsonaro, em que ele disse que 'pintou um clima' com uma menina de 14 anos. "A linguagem e a visão expressa por Bolsonaro diante de meninas venezuelanas refugiadas, expõem a impostura de uma pessoa despreparada política, ética e socialmente para exercer a função de Presidente da República", afirmou, em suas redes sociais. "Deveria haver medidas de proteção ordenando providências da Comissão de Refugiados para averiguar a situação daquelas meninas, já que conclui que estavam em situação de exploração sexual. Ao invés disso, falou: 'pintou um clima', e que as garotas são 'bonitinhas e arrumadinhas'", prosseguiu.

"Tirando daí conclusões machistas e misóginas de que se eram meninas e estavam se arrumando para sair a noite, logo, era para se prostituir. Essas meninas, Bolsonaro, vieram parar em um país cujo governo, o seu governo, corta recursos para combater a exploração sexual de crianças e também do programa de combate ao tráfico de seres humanos. A Educação Infantil está com orçamento de R$ 5 milhões para o Brasil inteiro e isso é um valor menor do que o preço da casa de um dos seus filhos. Não há mais recurso para combater o trabalho infantil! A merenda escolar só serve bolacha seca para as crianças porque não tem orçamento em seu governo para enriquecer essa merenda", acrescentou Marina.

"Diante do abandono das responsabilidades com a infância, a campanha eleitoral do Presidente-candidato 'resolve' as coisas espalhando mentiras sobre tráfico e exploração sexual de crianças. É preciso dar um basta em tudo isso", finalizou.

Em entrevista ao podcast 'Paparazzo rubro-negro' nesta sexta-feira (14), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, quando visitava uma comunidade, já como presidente da República, encontrou meninas de "14 ou 15 anos", "bonitas", "arrumadinhas". Na sequência, ele afirmou que "pintou um clima" e entrou na casa que, ao que tudo indica, explorava a prostituição infantil.

Igreja é vandalizada no Paraná e bispo faz alerta sobre aumento da violência em meio às eleições (vídeo)

 "Temos que nos alertar para o fato de que possam existir motivações cujo objetivo é espalhar o medo e os conflitos no meio da sociedade", disse o bispo Dom Walter Jorge

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

247 - A Paróquia São Mateus, em São Mateus do Sul, a 150 km de Curitiba, teve 28 imagens sacras destruídas - incluindo uma peça centenária -  após um homem invadir o local na manhã do sábado (15). Em nota, o bispo de São Mateus, Dom Walter Jorge, condenou o ato e alertou para o risco “especialmente neste período eleitoral” do “aumento de todo tipo de conflito por meio do ódio”. De acordo com o UOL, o suspeito de ter cometido o ataque já teria sido identificado e deverá responder pelo crime de vandalismo. 

“Estamos presenciando alastrar-se pelo mundo, e também no Brasil, especialmente neste período eleitoral, todo tipo de conflito por meio do ódio que vai dividindo as pessoas, sobretudo usando as redes sociais, levando-os àquela divisão que só faz crescer o mal, que separa as pessoas, que não permite o diálogo, ensinando a ver em quem pensa diferente de nós um inimigo a ser combatido a qualquer preço. Certamente podem ser muitas as causas que levaram a pessoa que profanou nosso templo em São Mateus a ter feito o que fez, até mesmo um ato de pura insanidade. Mas, no contexto atual, temos que nos alertar para o fato de que possam existir motivações cujo objetivo é espalhar o medo e os conflitos no meio da sociedade”, disse um trecho da nota divulgada pelo bispo Dom Walter Jorge. 

O ataque às imagens sacras da Paróquia São Mateus - primeira e principal igreja católica da cidade, fundada em 1926 - aconteceu poucos dias após após apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) transformarem uma missa celebrada no santuário de Aparecida, padroeira do Brasil, (12) em um campo de guerra no último dia 12.

Na ocasião, os bolsonaristas perseguiram jornalistas e transeuntes, tumultuaram o evento religioso e chegaram a ameaçar de invasão a torre dos sinos do santuário. 


Golpe de 2016 destruiu o futuro e 76% dos jovens querem deixar o Brasil

 'Ponte para o futuro', implantada após o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, tirou a esperança dos jovens brasileiros

(Foto: Marcello Casar Jr/Ag.Brasil)

247 - A maioria dos jovens brasileiros (76%) com idades entre 15 e 19 anos afirmam ter muita ou alguma vontade de deixar o Brasil de forma definitiva, aponta pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (16) pelo jornal Folha de S. Paulo

Ainda conforme o estudo, apesar de 67% dos jovens nesta faixa etária entre 15 e 29 anos acreditarem que sua situação pessoal será muito melhor daqui a dez anos, e outros 65% acharem o mesmo sobre sua situação financeira, apenas 25% acreditam que o Brasil terá o mesmo desempenho econômico nesse período.

O descrédito vem na esteira do golpe parlamentar que começou a ser gestado em 2014  e culminou com a deposição da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), em 2016.  “A partir da recessão de 2014-2016, os jovens trabalhadores foram os que mais perderam renda (-26,5% entre 2014 e 2019) e sofreram com o desemprego. A taxa de desocupação daqueles entre 18 e 24 anos era de 19,3% ao fim do segundo trimestre, mais que o dobro da média geral (9,3%)”, ressalta a reportagem.

O levantamento destaca, ainda, que apenas 19% dos jovens brasileiros avaliam que o estudo é a única forma de conseguirem uma renda mais alta no futuro, enquanto 50% dizem que só irão conquistar o que desejam por meio do trabalho, e outros 67% avaliam que estudar é uma das possibilidades ampliar a renda, mas não a única.

Segundo dados do Banco Mundial, cada ano adicional de estudo no Brasil representa até 15% a mais na renda futura, acima dos 8% na média global. 

Venezuelana refuta Bolsonaro e diz que não havia prostituição de menores na casa que ele visitou

 Jair Bolsonaro disse que 'pintou um clima' entre ele e uma jovem de 14 anos

Bolsonaro e venezuelana (Foto: Reprodução Youtube)

247 – A fala de cunho pedófilo de Jair Bolsonaro, em que ele disse que 'pintou um clima' entre ele e uma menina de 14 anos, foi refutada por uma venezuelana que estava presente no dia. "Uma das venezuelanas visitadas pelo candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) em São Sebastião, região administrativa do Distrito Federal, em 2021, rechaçou a fala do presidente sobre ter encontrado adolescentes vindas da Venezuela 'arrumadas para ganhar a vida', insinuando prostituição infantil", aponta reportagem do Uol.

Segundo a mulher, no dia em que Bolsonaro fez a visita, estava acontecendo uma ação social para refugiados no local. "Não tem nada a ver com o que ele está falando agora", diz a venezuelana, que pediu para ter seu nome preservado.

Em entrevista ao podcast 'Paparazzo rubro-negro' nesta sexta-feira (14), Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, quando visitava uma comunidade, já como presidente da República, encontrou meninas de "14 ou 15 anos", "bonitas", "arrumadinhas". Na sequência, ele afirmou que "pintou um clima" e entrou na casa que, ao que tudo indica, explorava a prostituição infantil.

Parecerista do golpe de 2016, Janaína Paschoal não quer mais votar

 Deputada estadual não foi eleita e ficará sem mandato

Janaina Paschoal (Foto: Alesp)

247 – A deputada estadual Janaina Paschoal, que vendeu ao PSDB por R$ 45 mil o parecer da farsa das 'pedaladas fiscais' que embasou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff, disse, em suas redes sociais, que não pretende votar. "Os esquerdistas me chamam de fascista, extrema direita; os bolsonaristas me chamam de petista, comunista. Não existe discussão de temas e propostas. Nesse contexto, confesso a vocês que não tenho nem vontade de sair para votar. Nunca vivi uma eleição como esta", afirmou.

"Há quem diga que, seja qual for o resultado, 50% estarão insatisfeitos. Eu penso que este número será bem maior. Qualquer que seja o eleito, seguiremos com a pancadaria. É muito triste para uma nação!", acrescentou. Nas eleições deste ano, ela não conseguiu se eleger para o Senado.

Bolsonaro sente o golpe e abre live de emergência para tentar explicar fala pedófila

 Jair Bolsonaro gravou uma live na madrugada deste domingo (15) para tentar explicar a declaração de cunho pedófilo de que teria 'pintado um clima' com jovens de '14 e 15 anos'

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/YouTube/Paparazzo Rubro-Negro)


247 - Jair Bolsonaro (PL) usou as redes sociais na madrugada deste domingo (16) para tentar explicar a declaração, feita na sexta-feira (14) durante um entrevista ao podcast  Paparazzo Rubro-Negro, de que "pintou um clima" com meninas venezuelanas de "14 ou 15 anos", "bonitas", "arrumadinhas”, e que teria entrado em uma casa que, supostamente, explorava a prostituição infantil.

Na live, gravada pouco após a meia noite, Bolsonaro acusou o PT de deturpar a situaçao e de “ultrapassar  todos os limites” e que não foi ao local escondido. “O PT recorta pedaços como se eu estivesse atrás de programas. Fiz uma live, foi demonstrado o que estava acontecendo. [O PT] Pega pedaço e fala 'pintou um clima'? Que vergonha é essa? Sempre combati a pedofilia”, disse. 

O atual mandatário afirmou, ainda que "sempre combateu a pedofilia” e  “sempre foi contra o regime venezuelano". "O PT está tentando me desqualificar, distorceu, como se eu fosse uma pessoa que entrasse naquela casa com outros interesses", ressaltou. Ainda segundo ele, a live feita sobre as menores venezuelanas foi feita há dois anos e foi transmitida pela CNN. "Se fosse outros interesses, por que eu teria feito uma live ao vivo?", questionou. 

Na entrevista ao podcast na sexta-feira, ele usou usou a história para atacar o PT ao afirmar que o Brasil poderia "se tornar uma Venezuela” caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera a disputa eleitoral, vença o segundo turno da eleição, marcado para o dia 30 de outubro. 

“Eu parei a moto numa esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, três, quatro, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas num sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’ Entrei. Tinham umas 15, 20 meninas sábado de manhã se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para que? Ganhar a vida. Você quer isso para a sua filha que está nos ouvindo agora?”, disse Bolsonaro na entrevista. 

A declaração de cunho pedófilo ganhou as redes sociais e foi o assunto mais comentado do Twitter na noite de sábado. Além da repercussão nas redes sociais,políticos, artistas e membros da sociedade civil repudiaram as falas de Bolsonaro e cobraram providências.

A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o presidente é "depravado e criminoso". "É triste ver esse traste na presidência do Brasil", publicou a parlamentar no Twitter. O senador Randolfe Rodrigues (Rede) relatou sentir "nojo" da fala. O senador eleito e ex-governador Flávio Dino (PSB), do Maranhão, afirmou que o Brasil não pode aceitar um pedófilo na Presidência da República. 

deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) disse que acionará o Ministério Público nesta segunda-feira (17) para que seja aberta uma investigação contra Jair Bolsonaro. O deputado distrital Leandro Grass (PT-DF)também afirmou ter enviado um ofício ao Ministério Público para o encontro relatado por Bolsonaro seja investigado. "Quero saber onde foi, o que ele fez lá e o que encontrou nesse local após ter rolado 'um clima', como ele mesmo disse", postou Grass no Twitter.  

"Só um pervertido sente um clima diante de uma menina de 14 anos", diz Reinaldo Azevedo

 "Logo aparecem passadores de pano para chamar de 'baixaria' a exposição do que Bolsonaro falou", observa o jornalista Reinaldo Azevedo

Reinaldo Azevedo e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução | Reuters)

247 - O jornalista Reinaldo Azevedo usou as redes sociais para os “passadores de pano e “isentos”que saíram em defesa de  Jair Bolsonaro (PL) por conta das declarações feitas por ele de que não comeu carne humana porque não teve companhia e por ter dito que “pintou um clima” com meninas venezuelanas de "14 ou 15 anos", "bonitas", "arrumadinhas”.

“Logo aparecem passadores de pano p/ chamar de ‘baixaria’ a exposição do q Bolsonaro falou. Ele disse q queria comer carne de índio. Vem a público. E os ‘isentos’ atacam o PT, como se fosse invenção. Agora o ‘clima’: só  um pervertido sente um clima diante de uma menina de 14 anos”, postou Azevedo no Twitter.