quarta-feira, 15 de junho de 2022

Lula conclama o povo à luta por comida, trabalho e estudo

 “Vamos precisar trabalhar juntos para melhorar a vida da população, conclamou o ex-presidente

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - "Houve um empobrecimento da sociedade brasileira. Vamos precisar trabalhar juntos para melhorar a vida da população. O povo precisa comer, trabalhar, estudar, ter acesso a lazer e cultura, e conseguir criar sua família em paz, sem a quantidade de ódio que temos hoje", escreveu o ex-presidente Lula em sua conta no Twitter.

Na semana passada a Segunda Pesquisa Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil, apontou que 33, 1 milhão de brasileiros sofrem com a fome e mais da metade da população (58,7%) convive com algum grau de insegurança alimentar.

Le Monde, um dos principais jornais franceses, denuncia impunidade de crimes na era Bolsonaro

 Para Le Monde, a impunidade de crimes no governo Bolsonaro é um dos fatores que levaram ao desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips

Bolsonaro, Bruno Pereira e Dom Phillips (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução/TV Globo | Reprodução/Twitter)

RFI - O jornal francês Le Monde dedicou um editorial, publicado na segunda-feira (14), ao desaparecimento na Amazônia do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. O vespertino explica que esse episódio resume bem as diversas ameaças que enfrenta o “pulmão” do planeta e denuncia a visão “desenvolvimentista” de Jair Bolsonaro.

Le Monde explica que o desaparecimento acontece em um local que concentra “todos os males da Amazônia”: o Vale do Javari, uma região ameaçada por caçadores e pescadores ilegais, garimpeiros, agricultura agressiva e até por missionários evangélicos “decididos a converter a qualquer preço os últimos representantes dos povos isolados”. Sem esquecer o narcotráfico nessa parte do continente, que se tornou um centro por onde circula a cocaína vinda do Peru e da Colômbia com destino ao Brasil. Para o jornal, o Vale do Javari é “uma área de ilegalidade onde o crime prospera em todas as suas formas”. 

“Essa situação crítica explica por que Phillips e Bruno Pereira, ambos experientes, correram o risco de ir até a região”, diz o vespertino. Nas palavras do jornal francês, os dois homens foram testemunhar a ameaça que paira sobre “esse paraíso perdido”.

Mas o editorial também fala da posição de Jair Bolsonaro, lembrando que a reação do chefe do Executivo foi bastante lenta antes de, finalmente, mobilizar as forças armadas. Além disso, o texto ressalta que, para o líder brasileiro, a prioridade na região sempre foi a extração das riquezas.

“Ele nunca negou sua visão sobre uma região que deve ser explorada sem piedade, custe o que custar para seus nativos ou nosso futuro climático”, constata o jornal, que critica o estilo “desenvolvimentista” do chefe de Estado. “Desde que ele assumiu o cargo, o desmatamento e a extração de ouro explodiram, e a monocultura da soja, sinônimo de empobrecimento dramático da terra, está corroendo a floresta”, aponta o texto.

“Jair Bolsonaro também cortou o orçamento das instituições responsáveis ​​por garantir a proteção da natureza e das pessoas e permitiu que se instalasse um clima de total impunidade que pode explicar o desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira”, acusa o editorial, antes de pedir que o presidente, com o fim do mandato que se aproxima, assuma a sua parte de responsabilidade no desastre que toma conta da região.

Fonte: Brasil 247

Vídeos: Bruno Pereira era a principal conexão com indígenas no Javari e causava incômodo entre exploradores

 Um dos vídeos mostra o indigenista abordando o barco de Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", suspeito de envolvimento no desaparecimento de Bruno e do jornalista Dom Phillips

(Foto: Reprodução/Twitter @Headline_BR)


247 - Vídeos de uma equipe de reportagem da Al Jazeera mostram a intimidade que o indigenista Bruno Araújo Pereira, que desapareceu junto com o jornalista britânico Dom Phillips no Vale do Javari, na Amazônia, tinha com os povos indígenas e a relação tensa com invasores.

Em um dos vídeos é possível ver o momento em que Bruno e uma patrulha indígena abordam uma embarcação suspeita de atuar na pesca ilegal registrada na região. A bordo do barco estava Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", que foi preso por porte ilegal de arma e é suspeito de estar envolvido no desaparecimento da dupla. 

“O que ele estava fazendo agora? Estava ajudando os povos indígenas a criarem mecanismos de defesa. ‘Já que o Estado não está fazendo nada, vamos atuar sozinhos. Vamos nos ajudar a nos preparar, a nos defender’. As ONGs deram ou ajudaram a comprar  formas de se comunicar por satélite, também uma aplicação por satélite onde eles mapeavam cada lugarzinho onde tinham visto um invasor”, disse a jornalista Mônica Kiev ao site Headline.

Veja os vídeos.


No DF, Lula está numericamente à frente de Bolsonaro, com 37% contra 34%, mostra pesquisa

 A vantagem do petista sobre Bolsonaro entre eleitores do Distrito Federal está dentro da margem de erro

Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: REUTERS)


247 - Pesquisa presencial da Opinião Consultoria, contratada pelo Correio  Braziliense, divulgada nesta quarta-feira (15) mostra o ex-presidente Lula (PT) numericamente à frente de Jair Bolsonaro (PL) na disputa pela Presidência da República. O levantamento foi realizado somente com eleitores do Distrito Federal.

Lula tem 37,3% contra 34,6% de Bolsonaro. Eles estão empatados na margem de erro. 

  • Lula - 37,3%
  • Bolsonaro - 34,6%
  • Ciro Gomes (PDT) - 7,4%
  • Simone Tebet (MDB) - 2,1%
  • André Janones (Avante) - 1,3%
  • Vera Lúcia (PSTU) - 0,6%
  • Pablo Marçal (Pros) - 0,6%
  • Felipe D'Ávila (Novo) - 0,5%
  • Leonardo Péricles (UP) - 0,5%
  • Luciano Bivar (União Brasil) - 0,4%
  • José Maria Eymael (DC) - 0,3%
  • Sofia Manzano (PCB) - 0,2%
  • Nenhum - 11,3%
  • NS - 2,9%

A pesquisa ouviu presencialmente 1.100 pessoas entre os dias 9 e 12 de junho. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo DF-05367/2022.

Internautas resgatam vídeo de Joice Hasselmann dizendo que encontrou Bolsonaro várias vezes "chorando feito uma menininha"

 Tucana falou sobre "graves problemas psicológicos de Bolsonaro” em participação em podcast

Joyce Hasselmann (Foto: Reprodução/Youtube)

247 - Joice Hasselmann participou do podcast inteligência ltda e o trecho em que ela fala sobre o estado mental de Jair Bolsonaro viralizou nas redes.

De acordo com a tucana, Bolsonaro “tem graves problemas psiquiátricos”. “Eu chegava lá no Palácio do Planalto cedo e ele estava às gargalhadas. Voltava no período da tarde e lá estava ele chorando feito uma menininha de 5 anos”, disse. 

 

Bolsonaro inaugura temporada de caça ao Judiciário, diz Vera Magalhães

 Ofensiva contra o STF é a antessala do golpe

Estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal em Brasília e Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes | REUTERS/Adriano Machado)

247 - "Jair Bolsonaro inaugurou uma temporada de caça ao Judiciário que, se não for estancada agora e rechaçada sem espaço para tergiversação pelos democratas, é a antessala da agitação que ele prepara para logo após o primeiro turno das eleições, visando a melá-las", escreve a jornalista Vera Magalhães em sua coluna no Globo.

A jornalista destaca que Bolsonaro já está na segunda fase de seu projeto na ofensiva contra o Judiciário. "Depois de semear, com relativo sucesso, a desconfiança quanto à confiabilidade das urnas eletrônicas e da apuração dos votos, ele partiu para a fulanização, na tentativa de pregar um alvo na testa dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF)".

O ocupante do Palácio do Planalto ataca pessoalmente os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, "de forma sistemática e cada vez mais mentirosa", diz a jornalista, que interpreta a atitude como "a deixa para que tresloucados como o ex-senador Magno Malta também passem a fustigá-los com mentiras em eventos públicos". 

Bolsonaro já disse em pelo menos três ocasiões recentes que não se vê mais na obrigação de cumprir decisões da Suprema Corte 

"É o tipo de pregação que ecoa no submundo das redes bolsonaristas e poderá virar combustível para novos protestos antidemocráticos contra o Judiciário, às vésperas da eleição".

Câmara aprova texto-base de projeto que limita ICMS dos combustíveis

 Deputados votarão nesta quarta destaques a trechos incluídos no Senado

(Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados)

Agência Brasil - A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (14) o texto-base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 18/2022, que limita a aplicação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis. O texto, de origem na Câmara, passou pelo Senado e sofreu alterações, por isso, voltou à Câmara.

Os deputados devem analisar nesta quarta-feira (15), pela manhã, destaques a trechos de algumas emendas incluídas pelos senadores. A análise desses destaques começou a ser discutida na sessão de hoje, mas um problema técnico impediu a abertura do resultado das votações no painel do plenário. Por isso, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu encerrar a sessão e retomar a votação no dia seguinte. Após a conclusão dessa etapa, o texto seguirá para sanção presidencial.

O projeto afeta a alíquota do ICMS para gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Segundo a proposta, esses produtos seriam classificados como essenciais e indispensáveis, levando à fixação da alíquota do ICMS em um patamar máximo de 17%, inferior à praticada pelos estados atualmente. O PLP também prevê a compensação da União às perdas de receita dos estados quando a perda de arrecadação ultrapassar 5%.

O texto também reduz a zero, até 31 de dezembro de 2022, as alíquotas de Cide-Combustíveis e a tributação de Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a gasolina. O diesel e o gás de cozinha já têm esses tributos zerados.

Compensação

Todos os deputados aprovaram as emendas vindas do Senado, ressalvados os destaques. Os deputados da oposição apoiaram o novo texto, principalmente por causa de uma emenda que garante recursos para o Fundo de Manutenção da Educação Básica (Fundeb). Essa emenda prevê que, se os estados e municípios perderem recursos em função da lei, a União vai compensá-los para que os atuais níveis do Fundeb sejam mantidos. A aprovação dessa emenda impede que o Fundeb perca recursos com a redução da arrecadação do ICMS. O fundo tem receitas vinculadas à arrecadação desse imposto. 

Assim como o Fundeb, a área da saúde, outro recurso carimbado, terá os repasses garantidos mesmo que haja perda de arrecadação dos estados. Recursos carimbados são aqueles com destinação definida, sem possibilidade de redirecionamento para outras áreas.

Os deputados da base do governo preferiram atacar a arrecadação dos estados. Segundo eles, os estados têm tido arrecadação recorde com o ICMS, dentre outros impostos, e precisam dar sua cota de sacrifício para ajudar na redução do preço dos combustíveis e do gás de cozinha.

Mesmo defendendo e aprovando o texto aprovado pelos senadores, os oposicionistas criticaram o argumento de que o PLP é a melhor saída para reduzir o preço dos combustíveis. Eles citaram que a atual política de preços da Petrobras, vinculada ao preço internacional do barril de petróleo e o valor do dólar, é a verdadeira responsável pelos brasileiros pagarem mais de R$ 7 o litro da gasolina. Essa política de preços é praticada desde 2017.

Impacto nos preços

Na semana passada, quando o texto era discutido no Senado, o senador Fernando Bezerra (MDB-PE), relator da matéria na Casa, afirmou que, se aprovado, o PLP poderia derrubar em R$ 1,65 o preço da gasolina e em R$ 0,76 o preço do diesel. No entanto, destacou que os preços poderiam apenas “não subir muito mais”, a depender do cenário internacional, que influencia no preço do barril de petróleo e na valorização do dólar frente ao real.

“Não estamos tabelando preço. Tem uma guerra na Ucrânia, a Rússia é responsável por 25% da produção de diesel no mundo, os preços estão tensionados. É evidente que pode haver elevação de preços. Mas, mesmo que haja, isso vai ajudar a não subir muito mais do que subiria”, disse, na ocasião.


CNN tenta "despejar" William Waack, jornalista tira satisfação com chefia e gera climão nos bastidores

 Clima está tenso na emissora CNN Brasil

William Waack (Foto: Reprodução)

247 - William Waack quase foi “despejado” de sua sala na CNN Brasil. O episódio ocorreu há duas semanas, quando o jornalista estava no local trabalhando e foi informado que deveria deixar o espaço, por ordem da direção, e passar a ocupar a redação compartilhada, como os demais colegas. O veterano foi tirar satisfações com a chefia e a reunião teve ânimos alterados, com direito até a ameaça de quebra de contrato. A reportagem é do portal Na Telinha.

O NaTelinha apurou que William Waack reagiu irritado à ordem da direção da CNN Brasil. A sala que ele ocupa na redação é exclusiva, uma regalia destinada a pouquíssimos profissionais. O privilégio decorre do fato de que o jornalista sempre foi um dos principais nomes desde a fundação do canal de notícias no Brasil, em 2020.  

Waack se recusou a obedecer a ordem e questionou diretamente a direção da CNN. Após uma intensa discussão, ele venceu a briga e continuará ocupando sua sala, pelo menos por ora. O local é usado por ele para apurações especiais, conversas com fontes exclusivas e importantes nomes da cena política brasileira, com quem o veterano tem ligação direta. 

 Procurado pela reportagem, William Waack não se manifestou. Já a assessoria da CNN Brasil afirmou que o jornalista, hoje aos 69 anos, passou a ocupar uma sala de terceiro no início da pandemia da Covid-19 por pertencer ao grupo de risco e evitar aglomerações com outros colegas de trabalho.

Mortes por covid voltam a crescer no país

 Mesmo sem os dados de São Paulo, Rondônia e Tocantins, informações mostram que a média móvel de mortes por covid está em alta há cinco dias

(Foto: Agência Brasil)


247 - O Brasil registrou nesta terça-feira (14) 174 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 668.404 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 143. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de 36%, indicando tendência de alta nos óbitos pela doença pelo quinto dia seguido.

São Paulo, Rondônia e Tocantins não divulgaram seus boletins até 20h desta terça. 

No total, o país registrou 47.966 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 31.543.000 casos conhecidos desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de casos nos últimos 7 dias foi de 39.965, variação de 28% em relação a duas semanas atrás.

Os números estão no novo levantamento do consórcio de veículos de imprensa sobre a situação da pandemia de coronavírus no Brasil, consolidados às 20h da terça-feira. 

Governo Bolsonaro destaca efetivo de apenas seis agentes para patrulhar toda a região do Vale do Javari

 Número do efetivo dos agentes da Força Nacional de Segurança Pública destacado para patrulhar 85 mil quilômetros quadrados de área é o mesmo desde 2019

Operação de busca por jornalista e indigenista desaparecidos na Amazônia (Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - A Terra Indígena do Vale do Javari, região onde desapareceram o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, possui apenas seis agentes da Força Nacional de Segurança Pública para patrulhar uma área de 85 mil quilômetros quadrados. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, ao menos seis pedidos de reforço do efetivo feitos pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) foram rejeitados somente este ano. 

A região é dominada por cartéis de drogas e uma das linhas de investigação acerca do desaparecimento de Pereira e Dom está ligada a grupos criminosos que atuam com pesca ilegal. Ainda conforme a reportagem, o efetivo atual dos agentes da Força de Segurança Nacional foi autorizado em dezembro de 2019. Desde então, o prazo de seis meses vem sendo renovado semestralmente.

Segundo servidores da Funai, os agentes estão situados em uma das quatro bases na região do Vale do Javari. “A região é uma das que receberam o menor efetivo entre as operações da Força Nacional em andamento, relacionadas a conflitos em reservas indígenas. São dez ao todo”, destaca o periódico.  

A violência da região e a ausência do poder público na região levaram o senador e ex-governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD), a defender que os ministros do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, e da Defesa, Paulo Sérgio, sejam convocados para prestar explicações ao Congresso sobre a inação do governo federal em coibir o avanço da criminalidade. 

Antes de ser afastado da Funai por Moro, Bruno Pereira enfureceu o garimpo com megaoperação no Amazonas

 O indigenista comandou operação que causou grande prejuízo a garimpeiros ilegais. Ele foi demitido 15 dias depois, em decisão assinada por um homem de confiança de Moro

Bruno Pereira (Foto: Funai | Agência Brasil | Reuters)


247 - Antes de ser forçado a pedir licença da Funai (Fundação Nacional do Índio), o indigenista Bruno Pereira, atualmente desaparecido na Amazônia com o jornalista britânico Dom Phillips, enfureceu o garimpo com uma megaoperação no sudoeste do Amazonas, conta Carlos Madeiro, do UOL.

"A operação Korubo reuniu cerca de 60 agentes da Funai, Polícia Federal e Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), e enfraqueceu o garimpo na área com a destruição de 60 balsas que atuavam ilegalmente no rio Jandiatuba. A área fica dentro da Terra Indígena Vale do Javari, onde vivem 19 povos indígenas isolados —o nome Korubo faz referência a um destes povos. Depois da operação, os garimpeiros aumentaram a pressão sobre a Funai, articulando um lobby pela demissão de servidores que estavam comandando ações desse porte na Amazônia — o que incluía Bruno e servidores de outro órgãos, como Ibama e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)", diz o colunista.

Bruno foi demitido do cargo de coordenador geral em setembro de 2019, 15 dias após a ação. Quem assinou sua demissão foi Luiz Pontel de Souza, homem de confiança do ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil), à época ministro da Justiça e Segurança Pública.

Em evento nesta terça-feira (14), Moro negou ter responsabilidade sobre a demissão de Bruno. Na prática, ele assumiu que não tinha controle do próprio ministério. "Essa decisão não passou por mim", declarou.

Desde a megaoperação comandada por Bruno, a Funai não realizou mais nenhuma grande ação na região.

terça-feira, 14 de junho de 2022

Moraes é eleito presidente do TSE e promete combater milícias que atentem contra democracia

 “Posso garantir que a justiça eleitoral irá concretizar eleições limpas, seguras e transparentes”, disse Moraes em discurso após a votação

TSE / Alexandre de Moraes (Foto: ABr | STF)

BRASÍLIA (Reuters) – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elegeu nesta terça-feira como presidente o ministro Alexandre de Moraes para comandar a corte e conduzir as eleições gerais de outubro, em meio a uma crise institucional alimentada por ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral e a cortes superiores.

Moraes, que assumirá o comando do tribunal em agosto no lugar de Edson Fachin, tem sido um dos alvos principais do presidente da República e aliados. Ele é relator de uma série de inquéritos em que Bolsonaro figura como investigado e não tem se intimidado com os ataques, muitas vezes pessoais.

“Posso garantir que a justiça eleitoral irá concretizar eleições limpas, seguras e transparentes”, disse Moraes em discurso após a votação. “A Justiça Eleitoral não tolerará que milícias pessoais ou digitais desrespeitem a vontade soberana do povo e atentem contra a democracia no Brasil”.

O ministro Ricardo Lewandowski foi eleito para a vice-presidência da instância máxima da justiça eleitoral. A escolha dos nomes é definida por uma regra pré-definida de rotatividade do tribunal.

Os ministros terão a tarefa de tocar o pleito eleitoral de outubro em meio a questionamentos sobre o sistema de votação por meio das urnas eletrônicas.

Bolsonaro e partidários lançam dúvidas, sem provas, sobre a segurança do sistema, sugerem que ele não permite a auditagem e levantam suspeitas sobre a possibilidade de fraudes. O presidente já afirmou em algumas ocasiões que não aceitará o resultado de eleições que não considerar “limpas”.

O TSE tem reiterado, seja por meio de ministros, seja por meio de testes e divulgação de dados, que o sistema de votação é seguro, confiável e que as urnas são invioláveis.

Em uma recente tentativa de rebater acusações falsas sobre a confiabilidade do sistema, o TSE afirmou em nota na segunda-feira que “todas as medidas voltadas para garantir ainda mais transparência e segurança nas Eleições 2022 vêm sendo amplamente divulgadas pelo Portal do TSE e pela imprensa, o que leva a crer que questionamentos sobre o assunto acontecem apenas por desconhecimento técnico ou por motivações políticas”.

O TSE é composto por sete ministros: três do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois representantes da classe dos juristas, advogados com notável saber jurídico e idoneidade. Para a presidência e a vice do tribunal, os nomes são definidos por rodízio entre os membros que vieram do STF.

Apucarana terá mais de 2.000 atletas nos Jogos Universitários do Paraná


 Em congresso técnico nesta terça-feira à tarde (14/06), via online, foi definida que a 61ª edição dos Jogos Universitários do Paraná (JUP´s), que acontecerá em Apucarana, terá a presença de 2.500 pessoas, entre atletas, técnicos, dirigentes e arbitragem. A competição, que será disputada de 15 a 21 de julho em várias praças esportivas do município, ocorrerá em 18 modalidades, reunindo atletas de 17 universidades do Estado.

O prefeito Junior da Femac disse que Apucarana está preparada para sediar mais um grande evento. “A nossa cidade mais uma vez realizará os Jogos Universitários do Paraná, competição que sediamos no ano passado com absoluto sucesso. Toda a equipe da Secretaria Municipal de Esportes já está pronta para receber os competidores de todo o Estado em mais uma grande festa esportiva. Também no mês de novembro realizaremos os Jogos Abertos do Paraná, com Apucarana mostrando toda a sua força no esporte”, destaca o prefeito Junior da Femac.

O professor José Marcelino da Silva, o Grillo, Secretário Municipal de Esportes, participou do congresso técnico e destacou que será uma honra poder sediar os JUP´s pelo segundo ano seguido. “Em 2021 a competição foi realizada com menos competidores devido a pandemia da covid-19, mas nesse ano teremos mais de 2.200 atletas inscritos mostrando todo o potencial em nossa cidade, que terá os acadêmicos da Facnopar nos representando”, frisa o professor Grillo.

De acordo com Grillo, a Faculdade Norte Novo de Apucarana (Facnopar) disputa os JUP´s nas modalidades de atletismo (masculino e feminino), basquetebol (m), futsal (m), voleibol (f), karatê (m e f), judô (m), natação (m) e xadrez (m).

A competição será disputada nas modalidades de acadêmico, atletismo, atletismo paradesportivo, badminton, badminton paradesportivo, basquetebol, futsal, handebol, judô, karatê, natação, natação paradesportiva, tênis, tênis de mesa, tênis de mesa paradesportivo, taekwondo, voleibol e xadrez, todas pelos naipes masculino e feminino.

Além da Facnopar, também vão competir FAG (Cascavel), Integrado (Campo Mourão), PUC (Curitiba), UEL (Londrina), UEM (Maringá), UEPG (Ponta Grossa), UFFS (Laranjeiras do Sul/Realeza), UFPR (Curitiba), UFPR-Litoral (Matinhos), Unicentro (Irati), Unicesumar (Maringá), Unifateb (Telêmaco Borba), Uniguairacá (Guarapuava), Uningá (Maringá), Unioste (Cascavel) e UTFPR (Curitiba).

Os JUP´s são uma realização do Governo do Estado do Paraná, por meio da Superintendência Geral do Esporte em parceria com a Federação Paranaense de Desportos Universitários e com o apoio da Prefeitura de Apucarana.

Agregador de pesquisas da CNN mostra Lula com 44% contra 43% dos demais candidatos

 Ex-presidente Lula aparece no limite da vitória em primeiro turno com 44%. Jair Bolsonaro tem 32%, Ciro tem 7% e Simone Tebet, 2%

(Foto: Reprodução | REUTERS/Washington Alves)


247 - A CNN Brasil lançou nesta terça-feira (14) seu agregador de pesquisas. Segundo a plataforma, o ex-presidente Lula lidera com 44% de intenções de voto, contra 43% dos demais candidatos somados, na modalidade estimulada.

Jair Bolsonaro aparece em segundo, com 32%. Ciro Gomes vem em terceiro, com 7%; Simone Tebet tem 2%; e demais candidatos têm 2%. Brancos, nulos e indecisos somam 11%. 

O agregador da CNN é feito em parceria com o Locomotiva e concede mais peso às pesquisas que tiveram maior taxa de acerto nas eleições de 2018. 

Confira o gráfico:



Bolsonaro vira alvo de notícia-crime no STF por "motociata" com Allan dos Santos, foragido da Justiça

 Segundo o deputado autor da queixa-crime, Bolsonaro e o ministro Anderson Torres tinham obrigação de informar às autoridades a presença do blogueiro


247 - Líder da minoria na Câmara, o deputado federal Alencar Braga (PT), apresentou notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres por terem participado, no último final de semana em Orlando, nos EUA, de uma motociata com o blogueiro foragido Allan dos Santos. As informações são da coluna de Ancelmo Gois, do jornal O Globo.

Segundo o deputado, Bolsonaro e o ministro Anderson Torres tinham obrigação de informar às autoridades a presença do blogueiro.  Santos é foragido da Justiça brasileira.

“A inércia dessas autoridades contraria a Constituição Federal e o ordenamento jurídico brasileiro, mostrando o descaso com a lei e com as instituições do país", diz a petição.

Lula desmente fake news de bolsonaristas de que ele alteraria trechos da Bíblia

 "Quem distorce os ensinamentos da Bíblia são aqueles que defendem o ódio ao invés do amor", disse o ex-presidente

(Foto: Reprodução | REUTERS/Diego Vara)


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desmentiu nesta terça-feira (14) uma mentira espalhada por bolsonaristas de que, se eleito, ele iria modificar trechos da Bíblia. 

Pelo Twitter, Lula negou a desinformação evidente e disse que bolsonaristas distorcem os ensinamentos da Bíblia ao defender o ódio. "Tem gente compartilhando por aí a fake news dizendo que Lula quer modificar a Bíblia. Quem distorce os ensinamentos da Bíblia são aqueles que defendem o ódio ao invés do amor", disse o ex-presidente.


Embaixada do Brasil admite erro sobre corpos terem sido encontrados e pede desculpas à família de Dom Phillips

 "Estamos profundamente sentidos que a Embaixada tenha passado uma informação à família ontem que não se provou correta", diz trecho da mensagem

Jornalista Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira (chapéu) (Foto: Ministério da Defesa/Divulgação via REUTERS)


247 - A Embaixada do Brasil no Reino Unido admitiu ter errado ao informar à esposa do jornalista britânico Dom Phillips que seu corpo e do indigenista Bruno Pereira teriam sido encontrados na Amazônia. A informação foi divulgada à imprensa, mas acabou não sendo confirmada pela Polícia Federal e pela Associação Indígena Univaja.

Nesta terça-feira (14), o embaixador Fred Arruda enviou uma mensagem de retratação à família. "Estamos profundamente sentidos que a Embaixada tenha passado uma informação à família ontem que não se provou correta", diz trecho da mensagem, segundo o jornal britânico The Guardian.

O texto diz ainda que “houve precipitação por parte da equipa multi-agências, pelo que peço desculpa de todo o coração”. Arruda reforça que “a operação de busca vai continuar, sem poupar esforços”. “Nossos pensamentos permanecem com Dom, Bruno, vocês e os outros membros de ambas as famílias”, acrescentou o embaixador.

O jornalista André Trigueiro, da Globo, que recebeu a notícia da esposa de Phillips, publicou nesta segunda a sequência de fatos sobre o episódio. Segundo ele, “a família de Dom Phillips recebeu às 8:42 (horário de Londres) mensagem de Roberto Doring, da Embaixada brasileira no Reino Unido, pedindo que ligassem. Paulo Sherwood, cunhado de Dom Phillips, ligou e recebeu de Roberto a informação de que os corpos foram encontrados”.


Caminhoneiros prometem greve contra preço do diesel e veem governo 'desesperado'

 A Abrava, presidida por Wallace Landim, o Chorão Caminhoneiro, afirma que o ministro Paulo Guedes é o principal “responsável” pela situação no preço dos combustíveis

Wallace Landim, o Chorão (à esq) (Foto: Reprodução | ABr)

247 - A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) criticou nesta terça-feira (14) o governo de Jair Bolsonaro pela escalada no preço dos combustíveis e afirmou que a proposta federal que fixa em 17% o ICMS cobrado pelos Estados é uma "medida temporária" e que pode não ter qualquer efeito sobre o preço praticado na bomba.

“O governo se acomodou e por ironia do destino o ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema, é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos neste ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de combustível”, afirmou a Abrava, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. “Muitas especialistas afirmam que esse problema tem soluções viáveis, mas está claro que essa não é a prioridade, o que vemos é um governo desesperado.”

A entidade presidida por Wallace Landim, conhecido como Chorão Caminhoneiro, afirma ainda que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é o principal “responsável” pela situação no preço dos combustíveis e criticou a política de reajuste de preços da Petrobrás. 

“De uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, sem a garantia que o caminhoneiro autônomo tenha suas despesas de viagem integralmente ressarcidas, a categoria vai parar. Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável e não demora muito”, afirmou a entidade.

Bolsonaro admite fracasso e diz que não leva jeito para ser presidente (vídeo)

 Bolsonaro reconheceu para um público de empresários que chegou ao poder por acaso: "nasci para ser militar, fiquei por 15 anos no Exército, entrei na política meio por acaso"

Presidente Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - Durante participação da abertura de um fórum de investimentos, nesta terça-feira (14), Bolsonaro admitiu o seu fracasso e reconheceu para um público de empresários que não leva jeito para ser presidente, e que chegou ao poder “por acaso”. "[Eu] não tinha nada para estar aqui [na Presidência]. Nem levo jeito.”

Bolsonaro também reconheceu a sua inoperância enquanto deputado e assumiu que o seu lugar é no Exército. “Nasci para ser militar, fiquei por 15 anos no Exército Brasileiro, entrei na política meio por acaso. Passei 28 anos dentro da Câmara [dos Deputados]."

Bolsonaro mais uma vez voltou a atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçar a eleição, que segundo ele “é uma questão de segurança nacional”, ao fazer menção a carta do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, informa o jornal Folha de S. Paulo. 


Alunos aprendem sobre diversidade étnico-racial na rede municipal de Apucarana

 


A Autarquia de Educação (AME) e o Movimento da Consciência Negra (MACONE) firmaram parceria para o desenvolvimento de um projeto de conscientização sobre diversidade étnico-racial, convivência e respeito nas escolas municipais de Apucarana. Desde o início do ano letivo, aproximadamente nove mil alunos, das turmas da Educação Infantil, dos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e da Educação de Jovens e Adultos, estão refletindo sobre o tema por meio de palestras, teatros, apresentações musicais, mostras de capoeira e livros de literatura africana.

“O intuito do projeto Valorização à Cultura Afro-Brasileira é promover nas escolas debates sobre o importante papel do povo africano na formação histórica do Brasil, reconhecendo a luta dos negros e suas contribuições nas diversas áreas da nossa sociedade,” explicou a secretária de educação Marli Fernandes.

O projeto aborda temas contemporâneos e transversais previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como a Educação em Direitos Humanos, a Diversidade Cultural e a Educação para Valorização do Multiculturalismo nas Matrizes Históricas e Culturais do Brasil.

Ele também está de acordo com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), na medida em que ajuda a promover a paz, a justiça e a redução das desigualdades.

O prefeito Junior da Femac enalteceu o desenvolvimento das atividades de conscientização na rede municipal de ensino de Apucarana. “O preconceito geralmente vem da desinformação e da falta de conhecimento. Então, se quisermos construir uma sociedade mais igualitária e melhor para todos, precisamos discutir essas questões com os meninos e meninas desde a primeira infância. Parabéns aos autores do projeto”, disse.

O presidente do MACONE, Carlos Figueiredo, também avaliou como positiva a parceria com a Autarquia Municipal de Educação. “Nós vivemos em uma sociedade muito excludente, onde nos deparamos a todo o momento com situações de preconceito e discriminação. Então, ficamos muito felizes com essa oportunidade de poder orientar os alunos sobre a prevenção ao racismo. Eu gosto muito da frase do ícone Nelson Mandela que diz que ‘ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor da sua pele, por sua origem ou religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E, se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar’. Neste sentido, estamos semeando um pouquinho da nossa cultura negra, que é tão rica e diversa, no coração das crianças apucaranenses,” afirmou.

As atividades do projeto Valorização à Cultura Afro-Brasileira devem prosseguir até 20 de novembro, quando se celebra o Dia Nacional da Consciência Negra.