terça-feira, 31 de maio de 2022

Equipe de Lula denuncia fake news de Bolsonaro: "não se importa com a verdade"

 Bolsonaro afirmou que advogados de Lula procuraram o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, para “calar, censurar, deputados federais”

(Foto: Reprodução | Reuters)


247 - A equipe do ex-presidente Lula (PT) denunciou nesta terça-feira (31) mais uma mentira contada por Jair Bolsonaro (PL), desta vez em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

"Em nítida tentativa de tumultuar as eleições e confundir a opinião pública, Bolsonaro afirmou que o ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), teria recebido os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir formas de 'calar, censurar, deputados federais'", diz texto produzido pela equipe do petista.

O encontro, informa o desmentido, teve como objetivo tratar do "aperfeiçoamento de medidas para inibir a divulgação de fake news nas redes sociais". Participaram da conversa o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, e os representantes de Lula, Eugênio Aragão, Ângelo Ferraro e Cristiano Zanin.

Segundo a CNN, foram sugeridas "iniciativas para ampliar a forma de atuação do TSE nas plataformas que possuem regras mais flexíveis para publicações de parlamentares e autoridades eleitas". 

"Bolsonaro não se importa com a verdade. Seu único intuito é espalhar fake news na tentativa de esconder sua desastrosa gestão. Em live, Bolsonaro chegou a falar de um suposto vídeo de Zanin em que ele diz que quer censurar deputados. Mentira pura bolsonarista", afirma a equipe de Lula, que destaca o encontro do advogado de Bolsonaro, Tarcísio Vieira, com Fachin "para tratar, ironicamente, da 'paz e segurança nas eleições'".

"Reuniões entre representantes legais de candidatos e o TSE para tratar de questões relacionadas às eleições são não apenas normais como positivas", finaliza o texto.

Diretórios regionais do MDB descartam Tebet e se deslocam para Lula e Bolsonaro

 Avaliação é que o fraco desempenho de Simone Tebet nas pesquisas tem levado os pré-candidatos nos estados a se associarem a nomes mais competitivos no cenário nacional

Simone Tebet, Lula e Bolsonaro (Foto: MDB Nacional | Reuters)


247 - A senadora Simone Tebet (MDB-MS) enfrenta resistências à sua pré-candidatura à Presidência da República em pelo menos 13 estados. Nestes locais, a tendência é de apoio às candidaturas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou de Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o jornal O Globo, as lideranças avaliam que o fraco desempenho de Tebet nas pesquisas, que registra apenas 2% das intenções de voto, faz com que parte dos pré-candidatos a cargos majoritários e ao Legislativo busquem uma associação com nomes mais competitivos no cenário político nacional. 

Segundo a reportagem, apesar das resistências internas, 22 dos 27 diretórios do MDB se posicionaram favoráveis oficialmente à indicação do nome de Tebet para disputar o pleito presidencial. 

“Em Rondônia, o diretório é comandado por Lúcio Mosquini, vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, que avalia compor um palanque bolsonarista. Nos outros quatro — Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas —, o partido defende apoio a Lula”, ressalta o periódico.

Em outros estados da Região Nordeste, como Bahia e Piauí, o MDB formará chapas com candidatos do PT ao governo e deverá estar no palanque de Lula ao longo da campanha. Em Sergipe, o ex-governador Jackson Barreto tem afirmado que é “pessoalmente simpático a Lula” e está alinhado ao governador Belivaldo Chagas (PSD), que já manifestou apoio ao ex-presidente. 

A postulação de Simone Tebet também enfrenta dificuldades em Alagoas, onde o governador Paulo Dantas (MDB) é aliado do senador Renan Calheiros. Calheiros é um dos nomes que mais tem oferecido resistência ao nome da correligionária dentro do MDB. O governador do Pará, Helder Barbalho, que recebeu uma declaração de apoio de Lula, disse recentemente que o cenário é de “polarização consolidada”. 

No Distrito Federal, o governador Ibaneis Rocha (MDB) está apoiando a reeleição de Jair Bolsonaro, além de ter as ex-ministras Flávia Arruda (PL) e Damares Alves (Republicanos) como pré-candidatas ao Senado em sua chapa.

No Rio de Janeiro, o apoio do MDB ainda está indefinido. O presidente do diretório estadual, o ex-deputado Leonardo Picciani, defende que a legenda firme uma aliança com o PT. Já o ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis, que tenta ser o vice na chapa do governador Cláudio Castro (PL), deverá ficar ao lado de Bolsonaro.

Ainda segundo a reportagem, “Tebet pode ter de dividir o apoio do MDB até mesmo em seu estado, Mato Grosso do Sul. O pré-candidato emedebista ao governo, André Puccinelli, é cortejado pela direção nacional do PT para abrir palanque a Lula. A relação entre Puccinelli e Tebet sofreu um abalo em 2018, quando a senadora recusou seu convite para concorrer ao governo”.

Luciano Hang ataca Igreja católica e padre Julio Lancellotti

 "Não podemos dar moleza para essa turma só porque são padres", diz o empresário bolsonarista

Luciano Hang (Foto: Eduardo Matysiak)

Por Guilherme Amado e Eduardo Barretto, Metrópoles - O empresário bolsonarista Luciano Hang atacou neste domingo (29/5) a Igreja Católica e o padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua de São Paulo, que ajuda pessoas em situação de rua. Em um grupo de WhatsApp com outros empresários, Hang disse que padres que auxiliam pessoas pobres estão errados e que a Igreja é “cúmplice das mazelas do PT“.

As mensagens foram enviadas no grupo Empresários & Política. A conversa começou quando outro integrante compartilhou uma reportagem do site Brazil Journal, publicada no sábado (28/5), intitulada “Na São Paulo gélida, um padre e a (verdadeira) mão de Deus”. Uma foto de Lancellotti ilustra o texto.

Hang respondeu: “É da turma do Lula. Hipocrisia pura. Temos que ensinar a pescar, e não dar o peixe. Cada dia que passa é mais malandro vivendo nas costas de quem trabalha”, acrescentando: “Quem defende bandido, bandido é”.

Leia a íntegra no Metrópoles.

No Ceará, dono de bar "surta" e expulsa clientes de bar após gritarem "Fora Bolsonaro"

 Um dos proprietários do bar "surtou" e encerrou o show em andamento após o público ter puxado coro contra Jair Bolsonaro

(Foto: Reprodução/Instagram)


Metrópoles - Nas redes, moradores de Fortaleza (CE) relatam que foram  expulsos de um estabelecimento após gritos em oposição ao governo Bolsonaro. O ocorrido teria acontecido no Hey Joe Food ‘n’ Bar, bar famoso na região, na noite deste domingo (29).

Segundo clientes, um dos proprietários do bar "surtou" e encerrou o show em andamento após o público ter puxado coro contra Jair Bolsonaro. Ainda conforme presentes, o dono chegou a bater em mesas, balcão de atendimento e porta do bar.

Em resposta aos clientes inconformados, os proprietários do estabelecimento lamentaram o episódio, chamado de “grande mal entendido gerado por bobagem e potencializado pela bebedeira”. O bar não assumiu a “atitude bolsonarista” apontada pelo público, e afirmou seguir “o caminho do meio”.

Gusttavo Lima chora ao tentar justificar cachês com dinheiro público e Zé Neto manda indireta: “cuidado com as palavras”

 Durante live, cantor bolsonarista diz que é alvo de cancelamento e que está num ponto de "jogar a toalha"

Gusttavo Lima e Zé Neto (Foto: Reprodução)


247 - Gusttavo Lima fez uma live chorando na noite desta segunda-feira (30) para se defender das acusações que vem recebendo de cobrar valores exorbitantes das prefeituras de cidades pequenas para realizar seus shows e recebeu um comentário de Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, sobre a sua postura. 

"Cara não tem que dar satisfação, sou eu, irmão tô atravessando uma fase ruim, sou seu irmão, não precisa se explicar, joga pra mim irmão, não tem nada haver com você”, disse ele.

O cantor ainda pediu “cuidado” a Gusttavo Lima. “Não precisa explicar nada. Nego silencia, faça isso irmão. E cuidado com as palavras”, escreveu em outros comentários.

Assim como Lima, Zé Neto também criticou a Lei Rouanet e na sequência foi pego recebendo verbas milionárias de prefeituras para realizar seus shows. 

Lima virou alvo de investigações do Ministério Público e já tem algumas apresentações canceladas em três estados do Brasil. Na cidade de Conceição do Mato Dentro, em Minas, a prefeitura deixou claro que não irá pagar multa de 600 mil pelo cancelamento do show. 

O cantor disse na live que está sofrendo. “Aqui existe um ser humano, existe um pai de família, um cara responsável com todos seus funcionários, com todos os seus colaboradores. Aqui ninguém é bandido não, a gente tem coração, a gente faz o certo”.

Governo Bolsonaro dá mais um passo para a privatização da Petrobras

 Ministério das Minas e Energia formalizou pedido de inclusão da estatal em programa de privatizações

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Sergio Moraes)

247 - O Ministério de Minas e Energia anunciou na noite desta segunda-feira (30) que formalizou ao Ministério da Economia o pedido de inclusão da Petrobras na carteira do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), visando a privatização da empresa, informa a Folha de S.Paulo.

A qualificação da Petrobras ao PPI depende de aval do conselho do programa e seria o primeiro passo de um processo que enfrenta resistências no Congresso e na sociedade.

O ocupante do Palácio do Planalto já declarou sua vontade de privatizar a empresa. A privatização da Petrobras tornou-se uma bandeira do governo Bolsonaro, principalmente após a última troca de comando no Ministério das Minas e Energia. O novo chefe da pasta, o bolsonarista Adolfo Sachsida, anunciou a intenção de privatizar a Petrobras em seu primeiro discurso como novo ministro.


Mulheres podem garantir vitória de Lula em primeiro turno e têm aversão a Bolsonaro

 Eleitorado feminino será determinante nas eleições presidenciais de 2022

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva posa para foto durante encontro com mulheres, em São Paulo (Foto: REUTERS/Carla Carniel)


247 – O eleitorado feminino, onde se concentra a maior vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, poderá ser responsável pela vitória em primeiro turno contra Jair Bolsonaro, que tem uma atuação marcada por declarações misóginas e posturas típicas de um ogro. "A aversão a Jair Bolsonaro (PL), pelo critério de intenção de voto, diminui entre homens e mulheres à medida que é maior à renda, mas o presidente sofre maior resistência entre o eleitorado feminino de todas as classes sociais, segundo a última pesquisa Datafolha. Homens são o grosso de sua base", aponta reportagem de Joelmir Tavares, na Folha de S. Paulo.

 "Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal rival dele na corrida presidencial, possui vantagem entre as mulheres independentemente de faixa social. Além disso, tem preferência mais robusta entre os mais pobres de ambos os gêneros", prossegue.

O repórter fez a sua análise a partir dos dados do Datafolha. "Lula registrou 48% das intenções de voto no primeiro turno, ante 27% de Bolsonaro. "O resultado geral já apontava a vantagem do ex-presidente no eleitorado feminino. Entre elas, o petista chega a marcar 49%, ante 23% do atual mandatário", aponta o jornalista. "A intenção de voto em Bolsonaro entre as mulheres, em todas as rendas, é sempre numericamente inferior à registrada entre os homens, tanto na pesquisa espontânea (quando não são apresentados nomes de candidatos aos entrevistados) quanto nas estimuladas de primeiro e segundo turno", acrescenta.


Média móvel de casos de Covid-19 tem aumento de 70% em uma semana

 A taxa de transmissão da Covid-19 no país está em 1,42. Significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem a doença para 142

(Foto: Agência Brasil)


Rede Brasil Atual - O Brasil registrou nesta segunda-feira (30) 63 mortes e 24.082 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A média móvel calculada em sete dias ficou em 24.809 novos casos, aumento de 70% em uma semana. Além disso, é a maior marca desde 31 de março, quando estava em 25.745. A média móvel de óbitos, que ficou em 121, registrou alta de 24,7% em uma semana.

Além disso, a taxa de transmissão da Covid-19 no país está em 1,42. Significa que cada 100 pessoas infectadas transmitem a doença para 142. Conforme estimativa da plataforma Info Tracker (USP/Unesp), essa taxa deve chegar a 1,57 na próxima segunda-feira (6), o que indica que a transmissão está acelerando.

São diversos os fatores que explicam esse novo aumento de casos de covid. Em primeiro lugar, especialistas destacam que foi precipitada a decisão de flexibilizar as medidas de segurança sanitária, principalmente a liberação do uso de máscaras em locais fechados. Além disso, com a chegada das baixas temperaturas, o risco de transmissão aumenta, na medida em que as pessoas tendem a reduzir a circulação de ar nos ambientes.

Estagnação da vacinação

Outro fator é a estagnação da cobertura vacinal no Brasil. Recentemente, o Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alertou que, desde o final de fevereiro, o avanço da vacinação passa pelo seu “pior desempenho”. O principal desafio atualmente é ampliar a imunização das crianças de 5 a 11 anos. 

Por outro lado, a curva de cobertura da terceira dose vem desacelerando. Até o momento, pouco mais da metade da população (56,39%) com 18 ou mais tomou a dose de reforço. O que significa que a outra metade está especialmente vulnerável ao contágio pela variante ômicron, capaz de escapar da proteção conferida por apenas duas doses dos imunizantes. Além disso, as vacinas também perdem eficácia ao longo do tempo.

Alerta

“Outra onda de covid e é bom lembrar que máscara funciona”, alertou o biólogo e divulgador científico Átila Iamarino. Pelas redes sociais, ele destacou um estudo do Centro de Controle de

Doenças (CDC) dos Estados Unidos indicando que as máscaras de alta proteção – N95/PFF2 – reduzem em até 83% as chances de contaminação pela covid-19. Máscaras cirúrgicas e de pano tiveram 66% e 56%, respectivamente, de efetividade na prevenção do contágio. 

“Lembrando que a máscara não só diminui a chance de pegar, como (reduz) a quantidade de vírus com a qual entramos em contato. Ou seja, você tem menos chances de pegar e, se pegar, pode ser uma covid mais leve, graças à mascara”, tuitou o especialista.

PT faz adaptações em agenda devido a provocações de bolsonaristas que afetam a segurança de Lula

 Lula adapta agenda no Rio Grande do Sul e cancela ato em Santa Catarina, entre outros motivos, por razões de segurança

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante ato de pré-campanha em Belo Horizonte 09/05/2022 REUTERS/Washington Alves (Foto: REUTERS/Washington Alves)

247 - Reportagem publicada nesta terça-feira (31) na Folha de S.Paulo aponta que a preocupação do PT com a segurança do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva intensificou-se neste último mês e ficará evidenciada nos próximos eventos.

O ex-presidente cancelou a viagem que faria a Santa Catarina na quinta-feira (2). Uma das razões foi a ausência de local adequado para realizar os eventos que gostaria, segundo a equipe de segurança do petista.

Nesta quarta-feira (1º), Lula vai ao Rio Grande do Sul e também teve de adaptar a agenda para evitar lugares em que ficasse muito exposto.

Desde que aumentou o número de viagens, no início de maio, o pré-candidato petista convive com provocações de bolsonaristas.

O principal ato político da agenda do Sul ocorrerá em local fechado, num estádio, com capacidade para 7.000 pessoas. A recomendação do comando da campanha é que 3.000 fiquem do lado de fora, fazendo um cordão de isolamento na área. O mesmo ocorreu em Juiz de Fora, onde uma reunião com prefeitos foi transferida às pressas de endereço.

Apesar dos cuidados, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nega que haja alguma diretriz na pré-campanha no sentido de evitar a ida de Lula a ambientes não controlados. Gleisi diz que Lula gosta de ficar com o povo. 


segunda-feira, 30 de maio de 2022

MPT convoca Volkswagen para audiência sobre trabalho escravo nos anos 70 e 80

 A montadora é investigada no Brasil por supostas violações de direitos humanos em uma fazenda durante o período da ditadura militar

Logotipos da Volkswagen (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker/File Photo)

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério Público do Trabalho (MPT) confirmou, nesta segunda-feira que investiga a responsabilidade da Volkswagen em caso de trabalho escravo em uma fazenda da montadora nas décadas de 1974 e 1986 uma fazenda no Pará.

O MPT convocou a unidade brasileira da Volkswagen para uma audiência administrativa em 14 de junho, 14h, em Brasília.

A convocação acontece após publicações na imprensa alemã, no domingo, com o jornal Sueddeutsche Zeitung e durante uma transmissão na emissora pública NDR revelando que a montadora é investigada no Brasil por supostas violações  de direitos humanos em uma fazenda durante o período da ditadura militar.

A Volkswagen disse também no domingo que leva a sério a investigação e que não daria mais detalhes por causa de procedimentos legais. A empresa não respondeu nesta segunda-feira ao pedido de comentário enviado pela Reuters.

Alojamentos, falta de abastecimento de água potável, além de impedimento de tratamento médico, inclusive com saída de armada foram algumas das denúncias. 

"O procurador do trabalho Rafael Garcia Rodrigues, que coordena a investigação sobre o caso, explica que o grupo de trabalho concluiu pela responsabilidade da Volkswagen graves violações aos direitos humanos", disse o MPT em comunicado em seus direitos humanos local.

O caso ocorreu no local conhecido como Fazenda Volkswagen, em Santana do Araguaia (PA). O terreno de 139 mil hectares seriado da Companhia Vale do Rio Cristalino Agropecuária Indústria (CVRC), subsidiária da Volkswagen, disse o órgão, acrescentando que a fazenda teria sido sido feita por entidade associada ao governo militar.

O MPT afirmou que tem 30 funcionários que tinham funções de manutenção, mas os serviços de manutenção da floresta eram executados sem vínculo.

"As denúncias de tráfico de pessoas e trabalho escravo se referem, em particular, a esses lavradores aliciados por empreiteiros a serviço da CVRC para roçar e derrubar a mata" na fazenda, disse o MPT.

Isso porque a floresta queimada da fazenda, de acordo com comunicado, teria sido transformada em área de pasto através de desmatamentos por meio de empreiteiros que recrutavam lavradores em pequenos povoados, recrutados em especial no interior de Mato Grosso, Mara e Goiás.

O MPT não disse quantas pessoas foram vítimas dos atos. O órgão começou a investigar o caso em 2019, após a recepção da ocorrência de um padre integrante da Comissão Pastoral da Terra da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil para a região de Araguaia e Tocantins. Hoje, ele coordena um grupo de pesquisa sobre trabalho escravo na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Lula participa de ato em defesa da soberania em Porto Alegre

 Na próxima quarta-feira (1º), o evento será aberto à imprensa e transmitido ao vivo pelas redes sociais do ex-presidente

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert)


247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (1), onde participa de ato em defesa da soberania nacional, em Porto Alegre.

O evento será aberto à imprensa e transmitido ao vivo pelas redes sociais do ex-presidente e pré-candidato ao Planalto. O evento acontece a partir das 18h.

Parlamentares petistas do estado postaram nas redes sociais estarem no aguardo de Lula na quarta e quinta-feira, como o deputado Paulo Pimenta e o vereador Leonel Radde, além do pré-candidato do partido a governador Edegar Pretto.

Gusttavo Lima faz show pago por emenda de André Janones, presidenciável suspeito de rachadinha

 O cantor participará de um evento milionário, pago com emenda parlamentar de André Janones (Avante-MG), pré-candidato ao Planalto. Shows do artista são investigados em três estados

Gusttavo Lima, deputado André Janones, Câmara dos Deputados e dinheiro (Foto: Reprodução/Redes sociais | Câmara dos Deputados)

247 - O cantor Gusttavo Lima e outros nomes da música sertanejo, como Zezé di Camargo e Luciano, têm uma apresentação marcada para um evento que acontecerá entre os dias 15 e 25 de setembro em Ituiutaba (MG). O deputado federal André Janones (Avante-MG), pré-candidato à Presidência, destinou R$ 1,9 milhão uma emenda parlamentar para bancar a festa. A cidade é governada pela prefeita Leandra Guedes (Avante), ex-assessora de Janones na Câmara e investigada junto com o parlamentar por uma suspeita de rachadinha no gabinete dele. 

De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira (30), o repasse para a cidade natal de Janones será feito por meio de uma transferência especial, apelidada de "cheque em branco" ou "PIX orçamentário". Parlamentares usam essa modalidade de emenda com o objetivo de transferir dinheiro federal diretamente a estados e a municípios para uso livre pelos prefeitos e governadores, sem fiscalização federal.

O governo federal empenhou a verba no último dia 17. O montante deverá cair nos cofres do município até julho. O evento também terá shows de João Neto e Frederico, João Bosco e Vinícius e da cantora gospel Fernanda Brum, além de outros artistas. 

O deputado Janones defendeu o uso da emenda parlamentar para bancar o show com Gusttavo Lima em Minas Gerais. "Sempre destinei e continuarei destinando emendas para promover festas pro povão, seja de Ituiutaba, do Triângulo mineiro, de toda Minas Gerais e, se eleito presidente, de todo Brasil", afirmou. 

"Apesar de ser de portões abertos, a festa não será ‘de graça’, pois o dinheiro que banca tudo sai do bolso do povo e não do meu nem de prefeito nenhum", acrescentou o parlamentar, que também se pronunciou pelo Twitter (veja no final da matéria).

Presidenciável, o congressista aparece nas pesquisas com cerca de 2% dos votos - o percentual constou, por exemplo, na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (26) passada.

Esquema de rachadinha

O Ministério Público Federal (MPF) investiga André Janones pela prática de rachadinha em seu gabinete. De acordo com reportagem do site Metrópoles, publicada em janeiro deste ano, ex-assessor Fabrício Ferreira do parlamentar afirmou em dezembro que Leandra Guedes recolhia parte do salário do ex-assessor Alisson Camargos, atual secretário de Meio Ambiente da cidade.

Fabrício Ferreira enviou dois áudios à Procuradoria-Geral da República, no qual conversaria com outro ex-assessor, Alisson Camargos, em julho de 2020. 

"Você tem que passar esse mês ainda para ele (André Janones)?", pergunta Fabrício. Alisson respondeu: "Tem que passar ainda. Faz as contas aí". “"Mês passado você passou quanto?", questionou Fabrício. "Quase cinco conto (sic) que eu passo para ele. Nem nove mil eu estou tirando. Nove mil assim, no papel, entendeu? Não é fácil não, rapaz", afirmou Alisson. 

Na época, o deputado Janones, a ex-assessora Leandra Guedes, e o ex-assessor Alisson Camargos, afirmaram que desconheciam o caso e estaria à disposição para esclarecer os fatos. Camargos disse que como assessor parlamentar "jamais devolveu ou cogitou devolver qualquer valor de sua remuneração".

Shows investigados em três estados

O cantor Gusttavo Lima tem shows investigados em outras três cidades. O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu um inquérito para investigar se houve irregularidades na contratação dele para um show em Magé, a 100 quilômetros da capital fluminense, por R$ 1 milhão

Em Roraima, o show do cantor foi marcado para a cidade de São Luiz, que tem o segundo PIB mais baixo do estado. O valor do contrato para a apresentação do artista é de R$ 800 mil. O município tem apenas dois hotéis

Em Minas Gerais, além de Ituiutaba, foi marcado um show em Conceição do Mato, no valor de R$ 1,2 milhão, mas o evento foi cancelado por conta das denúncias de irregularidades. A prefeitura da cidade desviou dinheiro para o gasto com a apresentação do artista. 

 

 


Sem coragem para mudar a política da Petrobrás, Bolsonaro admite que pode quebrar o Brasil com aumentos no diesel

 Principal responsável pela inflação sobre os combustíveis, Bolsonaro tenta se esquivar e jogar a culpa sobre a Petrobrás e governadores

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

247 - Mesmo sendo o principal responsável pela inflação sobre os combustíveis, Jair Bolsonaro (PL) voltou a jogar a culpa na Petrobrás nesta segunda-feira (30), ao afirmar que a empresa “pode quebrar o Brasil” com os aumentos nos preços. "Como alertei no mês passado, a Petrobrás pode quebrar o Brasil com isso", disse Bolsonaro durante uma visita à Pernambuco, onde esteve “para se inteirar” da tragédia provocada pelas chuvas que já deixaram ao menos 87 mortos no Grande Recife.

Se por um lado Bolsonaro tenta condenar a Petrobrás, por outro se omite e não menciona nenhuma iniciativa para mudar a política de preços praticada pela companhia, que atrela o preço dos combustíveis no Brasil ao mercado internacional. Segundo ele, o governo federal vem tentando encontrar formas legais para evitar os seguidos aumentos de preços "sem interferir" na política de preços. 

Ele também criticou a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos estados sobre os combustíveis. Este é outro subterfúgio ao qual Bolsonaro sempre recorre para se eximir da culpa sobre a carestia relacionada ao preço dos combustíveis. 

Ainda que ele tente esconder, cabe a Bolsonaro, na Presidência da República, dar o primeiro passo para o processo de mudança da política de preços da Petrobrás, o que teria impacto positivo direto nas bombas dos postos de combustíveis pelo país.

Saiba mais na reportagem da agência Reuters:

Reuters - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que a Petrobrás pode "quebrar o Brasil" se houver novos aumentos do diesel e atacou governadores por questionarem a redução do ICMS aprovada pela Câmara.

"É um crime se cobrar um real de ICMS por litro de óleo diesel", disse Bolsonaro durante entrevista coletiva marcada para tratar das ações do governo federal em auxílio às vítimas das enchentes que mataram dezenas de pessoas em Pernambuco.

O presidente, no entanto, acabou tratando de diversos outros assuntos não relacionados à tragédia, e disse que os governadores querem fazer caixa com ICMS mesmo já tendo recursos.

"Como alertei no mês passado, a Petrobrás pode quebrar o Brasil com isso", seguiu o presidente.

Segundo Bolsonaro, o governo federal tenta encontrar formas legais, "sem interferir", de baixar o preço dos combustíveis.

Na semana passada, o governo anunciou mais uma troca na presidência da Petrobrás, a terceira em três anos, em mais uma tentativa de controlar os reajustes nos preços dos combustíveis.

Morre no Rio o ator Milton Gonçaves, aos 88 anos

 Nascido na pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, Gonçalves fez mais de 40 novelas e atuou em programas humorísticos e minisséries de sucesso

Milton Gonçalves (Foto: Divulgação/Globo)


247 - Morreu no Rio nesta segunda-feira, 20, o ator Milton Gonçalves, aos 88 anos. Segundo a família, ele morreu em casa por volta de 12h30, em decorrência de problemas de saúde que vinha enfrentando desde que teve um AVC, em 2020.

Nascido em 9 de dezembro de 1933, na pequena cidade de Monte Santo, em Minas Gerais, Gonçalves fez mais de 40 novelas e atuou em programas humorísticos e minisséries de sucesso, como as primeiras versões de Irmãos Coragem, A Grande Família, e Escrava Isaura. Outros trabalhos notáveis foram as séries Carga Pesada e Caso Verdade. A última novela que o ator participou na TV Globo foi O Tempo Não Para, de 2018. (Com informações do g1). 

Mortes por chuvas em Pernambuco chegam a 91 e Recife cancela festa de São João

 Além dos óbitos, ainda há 26 pessoas desaparecidas. O local das principais ocorrências foi a região metropolitana de Recife

Equipes de resgate trabalham em áreas atingidas por deslizamentos causados por chuvas em Recife (Foto: REUTERS/Diego Nigro)

Reuters - As mortes causadas pelas intensas chuvas desde a última quarta-feira (25), em Pernambuco, chegaram a 91 de acordo com balanço do governo do Estado divulgado na manhã desta segunda-feira (30). 

Além dos óbitos, ainda há 26 pessoas desaparecidas. O local das principais ocorrências foi a região metropolitana de Recife.

Nesta segunda, Bolsonaro sobrevoou as áreas atingidas, mas afirmou depois à imprensa que não podia chegar ao solo.

Em sua fala, Bolsonaro criticou o governador estadual, Paulo Câmara (PSB), por não ter tido "iniciativa".

Acho que faltou iniciativa da parte dele. Se o governador estava fazendo outra coisa, eu não sei, não vamos politizar essa questão. No momento de crise você vai atrás para ajudar , não fica esperando ser chamado dentro de casa", disse.

Para o presidente, o governador, no momento de crise, tem que "cercer questões políticas, arregaçar as mangas e fazer política em cima da desgraça de alguns, como aconteceu, como aconteceu, que respeitosamente parentes".

"Caso o governador só está presente, ele pode exportar com mais propriedade a situação e fazer algumas solicitações para nós. Resolveu ficar em, a pandemia já acabou. Mas mesmo assim, se o governador ligar, eu atendo, assim como todos que me ligaram ", reforçou.

O governador rebateu as declarações do presidente. "Não vou comentar ato político. Nosso foco não está no atendimento à população e no apoio aos municípios. Estamos no meio de uma emergência, com 26 pessoas ainda desaparecidas. Toda ajuda para o povo de Pernambuco será sempre bem-vinda", disse.

Em postagens nas redes sociais, Paulo Câmara acompanha o trabalho de resgate de vítimas e destacou os 100 milhões de reais liberados para as áreas atingidas.

Bolsonaro disse também que, desde o início, as Forças Armadas foram as primeiras a serem mobilizadas a despeito de qualquer solicitação, e depois os demais ministérios envolvidos.

De concreto, autoridades citaram que há 1 bilhão de reais em créditos para respostas emergenciais e outros 500 milhões de reais para construção. O anúncio da entrega desses recursos ocorreu meses atrás, quando das tragédias anteriores na Bahia e em Minas Gerais.

O governo federal também permitirá aos atingidos o saque imediato do FGTS e, sob determinadas circunstâncias, o recebimento imediato do benefício de prestação continuada.

Recife anuncia suspensão das festas do São João

A festa de São João foi suspensa no Recife, anunciou o prefeito João Campos (PSB) na manhã desta segunda-feira (30). Assim, o município pode redirecionar R$ 15 milhões em recursos para as ações de amparo às vítimas. 

"Nesse momento, temos 3,5 mil recifenses que estão nos nossos abrigos. A Prefeitura do Recife está suspendendo o São João, o São Pedro e os festejos juninos. Com isso, nós vamos incrementar em R$ 15 milhões as ações direcionadas para as famílias atingidas e ao longo da semana a gente vai compartilhar com vocês várias outras medidas de priorização para as famílias, para as vítimas, para as pessoas que foram fortemente atingidas nesse momento”, disse o prefeito durante visita à Creche Escola Miguel Arraes, um dos 41 abrigos provisórios que a Prefeitura disponibilizou.

Levantamento comprova que Bolsonaro não trabalha e enforca dias úteis para fazer farra

 Imagem de Jair Bolsonaro está cada vez mais associada à vagabundagem e a eventos de lazer como suas motociatas inúteis

Bolsonaro em motociata em Chapecó (Foto: Isac Nóbrega/PR)

247 – Jair Bolsonaro não trabalha e enforca dias úteis para fazer farra. É o que comprova levantamento de sua agenda feito por repórteres da Folha de S. Paulo. "Em três anos e cinco meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou uma série de feriadões, folgas autoconcedidas e dias de expediente normal para converter em lazer ou praticar atividades sem relação exata com o cargo que ocupa. Temporadas nos litorais paulista, catarinense e baiano, idas a jogos de futebol, 'motociatas', cavalgadas, 'jeguiatas', 'lanchaciata' e afins produziram uma profusão de imagens do presidente conduzindo jet skis, motos, cavalos, se divertindo em camarotes de estádios de futebol, parques de diversão, restaurantes ou aproveitando um dia de sol nas praias do litoral brasileiro", aponta o texto.

"De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, 48% da população reprovam a sua gestão. Em várias dessas escapadas, e apesar de se tratar de um dia útil, ou seja, de trabalho normal, Bolsonaro não participou publicamente de quase nenhum compromisso relacionado claramente ao exercício da Presidência", acrescentam ainda os jornalistas.