sexta-feira, 13 de maio de 2022

Autarquia de Saúde celebra o ‘Dia Mundial da Enfermagem”

 


O Dia Mundial da Enfermagem foi marcado ontem por homenagem aos profissionais da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana. Enfermeiros e enfermeiras que atuam na atenção básica celebraram a data em evento na sede da ADEFIAP.

No encontro foram homenageadas com certificados de honra ao mérito as equipes das Unidades de Saúde Antonio Sachelli, do Jardim Colonial; Maria do Café, do Jardim Ponta Grossa; Raul Castilho do Núcleo João Paulo; e Romeu Milani, do Centro. “São equipes que assumiram cargas horárias estendidas no período mais crítico da pandemia de Covid-19 e que até o momento seguem dando suporte a Atenção Básica e também a UPA”, informa o superintendente da Atenção Básica da AMS, médico Odarlone Orente.

A coordenadora da Atenção Básica, enfermeira Giordana Maronezzi, manifestou o agradecimento da gestão para todos os profissionais enfermeiros que atendem a população que procura os postos de saúde no município. Odarlone Orente estendeu o agradecimento em nome do secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, e também levou uma mensagem de estímulo e perseverança do prefeito Junior da Femac.

O evento contou com a apresentação dos alunos Claudecir e Guilherme da Escola de Arte da Secretaria de Cultura de Apucarana e foi finalizado com um café solidário para os participantes.

Caminhada Ecorreligiosa acontece neste domingo em Apucarana

 



A Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, localizada no Núcleo Habitacional João Paulo I, em Apucarana, realiza neste final de semana a festa da padroeira. No domingo (15/05), haverá uma caminhada ecorreligiosa com percurso de oito quilômetros.

A programação envolve várias atividades – como missas, carreata, novena – e terá como um dos pontos altos a 7ª Caminhada Ecorreligiosa.

No dia de Nossa Senhora de Fátima, nesta sexta-feira (13/05), acontece a santa missa da padroeira, com a presença do Bispo Dom Carlos José de Oliveira, às 19h30.

No sábado (14), acontece a missa às 19h30 e no domingo (15), ocorre a 7ª Caminhada Ecorreligiosa, que estava suspensa por 2 anos, devido à pandemia da covid-19. A caminhada de 8 km seguirá até a Serrinha (ida e volta). Após a caminha será servida uma macarronada, que pode ser adquirida ou reservada antecipadamente, no Salão Paroquial.

As inscrições podem ser feitas na página do facebook da paróquia ou pelo telefone (43) 9.9986-0777. Os primeiros 200 inscritos vão ganhar um boné personalizado.

Fonte: Jornal Tribuna do Norte

Festa do Café é confirmada para 16,17 e 18 de setembro



A 16ª edição da Festa do Café de Apucarana, no distrito do Pirapó, será realizada nos dias 16,17 e 18 de setembro. A data foi definida durante reunião entre o prefeito Junior da Femac e as diretorias da Associação dos Cafeicultores de Apucarana e da Cooperativa dos Cafeicultores do Pirapó.

A programação prevê eventos técnicos, feira de máquinas agrícolas, feira de hortifrutigranjeiros, praça de alimentação, shows musicais, concurso da rainha e rainha do café, concurso de bolo, e o tradicional almoço no domingo, último dia do evento.

A última edição da Festa do Café aconteceu em outubro de 2019, recebendo um público de 25 mil pessoas. Devido à pandemia o evento não pode ser realizado nos últimos dois anos.

“Mais uma vez a prefeitura, ao lado da associação e da cooperativa dos cafeicultores, vai unir forças para preparar essa festa com muito carinho para atender tecnicamente nossos cafeicultores e também a população em geral, com muitas opções de lazer”, afirma Junior da Femac.

A presidente da Cooperativa dos Cafeicultores do Pirapó, Solange Aparecida de Araújo, destacou a participação da prefeitura na organização do evento. “Só temos a agradecer o prefeito Júnior da Femac e sua equipe pela ótima parceria que garante o sucesso da nossa festa, que valoriza a cafeicultura na região do Pirapó”, afirma Solange.

Em nova ameaça à democracia, Bolsonaro conclama 'cidadãos de bem' a enfrentar 'marginais em gabinetes'

 Insinuações contra o sistema eleitoral e judicial foram feitas nesta sexta-feira (13) durante cerimônia de formatura de cadetes na Academia da PM de São Paulo

Bolsonaro (Foto: Reprodução)


Lisandra Paraguassu, Reuters - Em um evento que não foi incluído em sua agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro conclamou um "exército de pessoas do bem, civis e militares", a se unir e "evitar que roubem nossa liberdade".

Em insinuações contra o sistema judiciário e eleitoral, Bolsonaro afirmou que "os marginais do passado, hoje usam de outras armas, também em gabinetes com ar condicionado, visando roubar a nossa liberdade".

A fala foi feita durante a formatura de cadetes na Academia da Polícia Militar do Barro Branco, em São Paulo. O evento, apesar de oficial e com previsão de discurso do presidente, não estava na agenda oficial, e foi transmitido apenas nas redes sociais pessoais de Bolsonaro.

Segundo Bolsonaro, os "marginais em gabinetes com ar condicionado" a que ele se referiu, "começam culpando a nossa liberdade de expressão, começa fustigando as pessoas de bem, fazendo com que elas desistam do seu propósito".

"Nós, Forças Armadas, nós, forças auxiliares, não deixaremos que isso aconteça. Nós defendemos a nossa Constituição, a nossa democracia e a nossa liberdade", continuou. "Cada vez mais esse exército de pessoas de bem, civis e militares, deve se unir para evitar que roubem nossa liberdade."

Bolsonaro voltou, nas últimas semanas, aos ataques às urnas eletrônicas, ao sistema de votação e à Justiça Eleitoral, levantando dúvidas infundadas sobre possíveis fraudes e insinuando que pode não aceitar o resultado das eleições presidenciais de outubro, quando tentará a reeleição.

Na quinta-feira, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, respondeu indiretamente ao presidente e afirmou que ninguém irá interferir na

Justiça Eleitoral e que quem cuida de eleições no país são as "forças desarmadas".

A fala incomodou Bolsonaro que, à noite, em sua live semanal, respondeu ao ministro e afirmou que as Forças Armadas não estão se metendo nas eleições e que ninguém quer atacar as urnas eletrônicas.

Bolsonaro vai ao STF contra política do ICMS do diesel pelos Estados, mas não fala em mudar política de preços da Petrobrás

 Ação assinada por Jair Bolsonaro e pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco, foi protocolada após novo aumento do diesel de 8,87% pela Petrobrás nesta semana

Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)


Reuters - O governo federal entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender os efeitos de uma norma dos Estados que passou a regular neste ano a tributação do ICMS que incide sobre o óleo diesel, em meio a críticas do presidente Jair Bolsonaro aos governadores quanto à política de arrecadação desse tributo estadual.

No processo, o Executivo pede que o Supremo conceda uma liminar para suspender os efeitos de cláusulas de um convênio do Comitê de Política Fazendária (Confaz), que definiu as alíquotas do ICMS que cada Estado e o Distrito Federal podem praticar.

O convênio do Confaz foi realizado após a aprovação da lei 192/22, em março, e na prática não implementou a monofasia completa com alíquota única e uniforme, conforme era prerrogativa da legislação, que poderia ter um efeito de amenizar os valores do diesel, segundo o governo.

O governo argumentou na ação - apresentada na noite de quinta-feira e que ainda não tem relator sorteado - que o convênio Confaz contemplou "uma maneira inovadora de diferenciação de alíquotas de um mesmo produto" entre os entes regionais, permitindo que na prática cada Estado pratique sua própria política para o imposto.

"A forte assimetria das alíquotas de ICMS enseja problemas que vão muito além da integridade do federalismo fiscal brasileiro, onerando sobretudo o consumidor final, que acaba penalizado com o alto custo gerado por alíquotas excessivas para combustíveis --que são insumos essenciais, e, por isso, deveriam ser tratados com modicidade-- e com a dificuldade no entendimento da composição do preço final desses produtos", disse ação, assinada por Bolsonaro e pelo advogado-geral da União, Bruno Bianco.

A ação foi protocolada após novo aumento do diesel de 8,87% pela Petrobrás nesta semana, que já impactou os valores nas bombas.

A empresa, que busca manter alinhadas as cotações à paridade internacional, tem afirmado que os preços praticados pela companhia são apenas uma parcela do total pago pelo consumidor, que também arca com custos e margens de distribuição e revenda, além de tributos como o ICMS - no caso dos federais PIS e Cofins, esse tiveram suas alíquotas zeradas a partir de 11 de março.

Em nota, o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), que representa empresas de distribuição de combustíveis e petroleiras, disse apoiar a ação movida pelo governo. Segundo ele, o convênio do ICMS, "ao estabelecer cargas tributárias distintas entre os Estados, não observou o preceito constitucional de alíquotas uniformes em nível nacional".

"Ao desfigurar a cobrança monofásica, o Convênio sinaliza a manutenção da atual complexidade tributária, que estimula o mercado ilegal, e do desequilíbrio concorrencial no segmento, que afugenta investimentos", afirmou a entidade.

"A ADI (ação) é uma medida legítima para arguir a inconstitucionalidade presente em alguns artigos do Convênio, que afrontam o disposto na Lei 192/22 e na Constituição Federal. Por esta razão, o IBP também ingressará como amicus curiae na ação", reforçou.

Procurado, o Confaz --colegiado formado pelos secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal-- não comentou o assunto imediatamente.

Aloysio Nunes, do PSDB, declara apoio a Lula já no primeiro turno

 Tucano da velha guarda deixa claro que o Brasil está numa luta entre democratas e fascistas e que não há tempo para esperar

Lula e Aloysio Nunes (Foto: Ricardo Stuckert | Marcos Oliveira/Agência Senado)


247 – Um dos principais nomes do PSDB, o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira, declarou, nesta manhã apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já no primeiro turno. “O segundo turno já começou e eu não só voto no Lula como vou fazer campanha para ele no primeiro turno”, disse Aloysio Nunes à jornalista Vera Rosa. “Não existe essa terceira via; só existem duas: a da democracia e do fascismo. Se quisermos salvar o Brasil da tragédia de Bolsonaro, teremos de discutir o que vamos fazer juntos”, emendou o ex-ministro, que chama o presidente de “celerado".

Também nesta sexta-feira, o vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PSD-AM), declarou apoio a Lula no primeiro turno. “A visão de mundo do ex-presidente Lula e a minha são diferentes, sobretudo em relação à economia. Muitas de nossas posições são antagônicas nesse campo tão essencial. Mas concordamos em algo ainda maior: a democracia. E é por isso que estarei com Lula nesta eleição”, escreveu o deputado.


Vice-presidente da Câmara, do PSD, declara apoio a Lula

 "Muitas de nossas posições são antagônicas, mas concordamos em algo ainda maior: a democracia. E é por isso que estarei com Lula nesta eleição”, escreveu o deputado Marcelo Ramos

(Foto: Paulo Sérgio/Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert)


247 - O vice-presidente da Câmara, deputado Marcelo Ramos (PSD-AM), declarou, em artigo no jornal Folha de S. Paulo, seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022. Crítico do governo Bolsonaro, Ramos defendeu que apesar de posicionamentos divergentes aos de Lula, eles concordam no que é mais importante: a democracia. 

“A visão de mundo do ex-presidente Lula e a minha são diferentes, sobretudo em relação à economia. Muitas de nossas posições são antagônicas nesse campo tão essencial. Mas concordamos em algo ainda maior: a democracia. E é por isso que estarei com Lula nesta eleição”, escreveu o deputado.

Ramos descreveu momentos do governo Lula em que o ex-presidente não hesitou em defender a democracia. “Lula é um democrata. Nos seus oito anos no Palácio do Planalto, ele conviveu com uma das oposições mais aguerridas da história republicana. Enfrentou oposição no campo político, nos meios de comunicação e em poderosos setores econômicos. Mas não desistiu da democracia”.

O parlamentar também reconheceu que, conhecendo os principais dramas dos brasileiros (fome, desemprego e a inflação), Lula é o único capaz de reerguer o país.

“Sob essa ótica, a disputa se dará entre quem combateu a fome e quem promoveu a fome, quem combateu o desemprego e quem promoveu o desemprego, quem combateu a inflação e quem promoveu a inflação”, diz o texto.

Por fim, Ramos faz um alerta para que os brasileiros não caiam “nas ciladas do presidente Jair Bolsonaro, um mestre em criar polêmicas que pouco ou nada importam para quem está lutando por sua sobrevivência. O desafio é fazer uma cruzada por democracia, comida, emprego e renda".


Lula tem vantagem de 19 pontos sobre Bolsonaro no segundo turno, aponta Ipespe

 No segundo turno, o ex-presidente tem uma margem de 19 pontos, chegando a 54% dos votos, contra 35% de Bolsonaro

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Adriano Machado)


247 - Pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira, 13, mostra o ex-presidente Lula liderando com ampla margem a corrida pelo Palácio do Planalto. O petista tem 44% dos votos, e o segundo colocado, Jair Bolsonaro, aparece com 32%. 

Os números de Lula se mostraram estáveis, enquanto Bolsonaro oscilou positivamente 1 ponto, dentro da margem de erro. 

Primeiro turno: 

  • Lula – 44%
  • Jair Bolsonaro – 32%
  • Ciro Gomes – 8%
  • João Doria – 3%
  • André Janones – 2%
  • Simone Tebet – 1%
  • Felipe d’Avila – 0%
  • Luciano Bivar – 0%
  • Vera Lúcia – 0%
  • Eymael – 0%
  • Branco/Nulo/Nenhum – 7%
  • Indecisos – 3%

Segundo turno: 

  • Lula – 54%
  • Jair Bolsonaro – 35%
  • Branco/Nulo/Nenhum/Indecisos – 10%
A pesquisa ouviu 1 mil eleitores via telefone entre os dias 9 e 11 de maio. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais, o índice de confiança é de 95% e o registro no TSE é BR-02603/2022.

Alckmin recebe alta e está de volta à campanha de Lula

 Político já recebeu alta médica da Covid que o tirou fisicamente do evento de lançamento da candidatura de Lula à presidência no sábado passado

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (Foto: REUTERS/Andressa Anholete)


247 - Geraldo Alckmin já recebeu alta médica da Covid que o tirou fisicamente do evento de lançamento da candidatura de Lula à presidência no sábado passado. 

A informação é do jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.

Já está novamente incorporado à campanha. Alckmin alternará agendas ao lado de Lula com participação em reuniões com setores tradicionalmente mais afinados com ele, como o agronegócio.


Caminhoneiros criticam alta do diesel e ameaçam parar

 

                   (Foto: Franklin de Freitas)


Os caminhoneiros voltaram a discutir uma paralisação nacional por causa de mais um reajuste no preço do diesel anunciado pela Petrobras, além da decisão do governo Bolsonaro de agora afirmar que pretende privatizar a companhia.

Vídeos de caminhoneiros viralizam na rede social TikTok. Neles, os trabalhadores aparecem em postos, abastecendo seus tanques. Em um desses vídeos, o caminhoneiro registra que o valor total na bomba ultrapassa R$ 5.500, para armazenar pouco mais de 600 litros do combustível. O litro, na região de Barreiras, na Bahia, é vendido por R$ 8,24.

"Não tem condições, vou ter que fazer outro abastecimento ainda, para chegar a Mato Grosso. O frete foi R$ 11 mil. Não tem condições, os caminhões vão parar. É pane seca nas rodovias", diz o caminhoneiro.

Em países como Canadá e Estados Unidos, o TikTok se transformou na principal ferramenta de mobilização dos caminhoneiros, que organizaram paralisações em diversas cidades.

Na segunda-feira, a Petrobras anunciou um aumento de 8,87% no preço do diesel em suas refinarias. O preço do combustível nos postos já acumula alta de 96% no governo Bolsonaro, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, pretende reunir representantes da classe no próximo domingo, para discutir uma paralisação nacional da categoria. "A situação passou de todos os limites e o diesel ainda está com o preço 10% defasado com base no preço internacional, ou seja, tem mais aumento nas bombas em breve", afirmou a associação, em carta. "O cenário é de pré-caos."

A associação também diz ser contra a privatização da Petrobras. "O Brasil precisa de uma estratégia de curto prazo para frear essa voracidade da Petrobras em saquear o bolso dos brasileiros, e não vender a PPSA e a Petrobras", afirma a Abrava.

Fonte: Bem Paraná com informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Lula lidera com 44% dos votos em Minas Gerais, diz pesquisa

 Jair Bolsonaro tem 28% dos votos, segundo pesquisa Quaest/Modal

Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | REUTERS/Ueslei Marcelino)


247 - Pesquisa Quaest/Modal sobre o quadro eleitoral em Minas Gerais, divulgada nesta sexta-feira, 13, mostra o ex-presidente Lula liderando no estado, com 44% das intenções de voto. 

O petista é seguido por Jair Bolsonaro, com 28% dos votos. Ciro Gomes aparece em terceiro, com 5%. André Janones tem 3%; João Doria, 2% e Simone Tebet, 1%. Brancos e nulos somam 9% e 7% estão indecisos.

Na simulação de segundo turno, Lula tem 54%, e Bolsonaro, 32%. Em março, o petista tinha 56%, e o chefe de governo, 28%. 

Os dados foram coletados por meio de entrevistas face-a-face entre os dias 7 e 10 de maio. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais e o nível de confiança, 95%. A pesquisa foi protocolada na Justiça Eleitoral sob os números MG-00132 e BR06132/2022.


Lula é o melhor cabo eleitoral em Minas e pode eleger Kalil

 Pesquisa Quaest mostra que apoio de Lula a Kalil eleva para 43% a intenção de voto no ex-prefeito de Belo Horizonte

(Foto: Divulgação | Ricardo Stuckert)


247 - O apoio dos candidatos presidenciais pode ser o fator definitivo nas eleições para o governo de Minas Gerais. 

Segundo pesquisa Quaest/Modal divulgada nesta sexta-feira, 13,  Romeu Zema (Novo) lidera com 41% das intenções de voto. Ele é seguido por Alexandre Kalil (PSD), que aparece com 30%. Carlos Viana, do PL de Jair Bolsonaro, tem 9% dos votos. Brancos e nulos somam 11% e 10% estão indecisos. 

No entanto, Felipe Nunes, diretor da Quaest, ressaltou que apesar da estabilidade de Zema na liderança, o cenário pode mudar nos próximos meses, quando o apoio dos candidatos a presidente às candidaturas for consolidado. 

"O melhor cabo eleitoral em Minas neste momento é o ex-presidente Lula", escreveu Nunes, no Twitter.

De acordo com o levantamento, o apoio de Lula a Kalil levaria 30% dos eleitores a mudarem de voto. O apoio de Bolsonaro a Viana pode ocasionar uma mudança de 18%. Zema é apoiado por Felipe D'Ávila, que tem 1% dos votos. 

Considerando os apoios, mostra a pesquisa, Kalil ultrapassa Zema, chegando a 43%. O candidato do Novo tem 22% e Viana, 16%. Brancos e nulos somam 12% e 7% estão indecisos. 

Os dados foram coletados por meio de entrevistas face-a-face entre os dias 7 e 10 de março. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais e o nível de confiança, 95%. A pesquisa foi protocolada na Justiça Eleitoral sob os números MG-00132 e BR06132/2022.


Dirceu diz que golpe bolsonarista não vai acontecer por falta de apoio interno e externo

 Ex-ministro diz que ameaças são parte da campanha eleitoral para tentar ampliar base de eleitores pelo medo

(Foto: Divulgação)

247 – O ex-ministro José Dirceu aposta que Jair Bolsonaro será derrotado nas urnas e diz que ele não tem força para um golpe militar. "Nada indica que Jair Bolsonaro (PL) vença a eleição em outubro. Ao contrário, as pesquisas nos informam que inclusive ela pode ser decidida no 1º turno", escreve, em artigo no Poder 360. "O povo é contra o governo Bolsonaro pelo conjunto de sua obra e não só pelo desastre econômico que vivemos. Também pela alienação total da realidade da equipe econômica e do Banco Central, que na contramão do mundo persistem numa política de juros altos para conter a inflação, levando o país a uma estagflação. O agravamento da situação social pelo desemprego, queda de renda e custo de vida altíssimo tiram qualquer possibilidade de uma reação eleitoral do governo e seu candidato", acrescenta.

Sobre o golpe, Dirceu explica por que a possibilidade é remota. "Não haverá intervenção militar pelo simples fato de que a maioria da sociedade, inclusive das elites, sabe das consequências de um golpe e já tem a experiência da ditadura militar. E, agora, a experiência, também nada edificante, da participação de muitos militares no núcleo do governo. Ao contrário de serem exemplo de eficiência, acabaram, vários deles, por comprometer a imagem das Forças Armadas. Outro motivo pelo qual não haverá golpe é a falta de apoio internacional a um evento deste tipo, o que não quer dizer que não haja apoio a um candidato da direita ou mesmo a Bolsonaro em nível internacional", afirma.

"Além disso, um golpe pode ser derrotado mais cedo ou mais tarde, como a história recente comprova aqui na nossa vizinha Bolívia. As consequências podem ser fatais para aqueles que violam a Constituição e podem significar uma nova fase de mudanças estruturais no Brasil. Basta lembrar que a Constituição de 1988 é filha da derrota da ditadura militar. Na prática, Bolsonaro e sua camarilha querem, pelo medo, convencer uma parcela do eleitorado popular de que, se ele não ganhar, haverá golpe na vã ilusão de que assim votarão nele", diz po ex-ministro.

Bolsonarista insulta e tenta atropelar jornalista da Globo em São Paulo

 O motorista colocou a marcha à ré e jogou o veículo contra a equipe

Paula Araújo (Foto: Reprodução)


247 - Um bolsonarista insultou e tentou atropelar a jornalista Paula Araújo, da GloboNews, na terça-feira (10). O caso ocorreu no Jardim Miriam, na zona sul de São Paulo, onde a profissional realizava uma entrada ao vivo para o canal de notícias junto com a repórter cinematográfica Patrícia Santos. A reportagem é do portal Notícias da TV.

Segundo as informações divulgadas pelo Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, após a participação de Paula na programação da GloboNews, um homem parou no semáforo, ofendeu a equipe e fez críticas à Globo.

As jornalistas não responderam aos ataques. Em seguida, o motorista colocou a marcha à ré e jogou o veículo contra Paula, que estava na calçada. A profissional conseguiu desviar do carro, e o funcionário de um comércio próximo avisou que chamaria a polícia. Em entrevista ao Splash, a repórter destacou que a dupla encontra-se bem após o susto.

Procurada pela reportagem, a Globo informou que repudia o ataque. "A TV Globo repudia com veemência a violência, se solidariza com a repórter Paula Araújo e com a repórter cinematográfica Patrícia Santos e adverte, mais uma vez, que todos os que agridem o trabalho da imprensa estimulam esse tipo de ato", destacou a emissora.

Nelson Barbosa: golpe de 2016 não pode durar tanto quanto o de 1964

 "Neste ano, para garantir eleições livres e mudar de governo, sugiro votar em quem sempre defendeu a democracia, não só agora mas sobretudo nos anos pesados de 2016 e 2018", avalia

Nelson Barbosa e Dilma Rousseff (Foto: Agência Brasil | PCE)


247 - "O golpe de 1964 durou 21 anos. O golpe de 2016 completou seis anos nesta quinta-feira (12). Sei que alguns analistas ainda acham que o afastamento de Dilma foi "jogo duro constitucional", mas o mesmo contorcionismo ideológico aconteceu imediatamente após 1964, por vários veículos de imprensa, que depois (muito depois) reconheceram o erro", escreve o economista Nelson Barbosa, ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, em artigo publicado nesta sexta-feira na Folha de S. Paulo.

"Relembrando 2016, Dilma foi derrubada por um suposto 'crime fiscal': realocar verbas do Orçamento de 2015, via decreto, sem aumento de gasto, como permitido pela legislação daquela época. Apesar da legalidade da ação de Dilma, em uma pirueta legislativa, o Congresso decidiu que alguns decretos orçamentários de 2015 foram irregulares, mudando a lei (OK) com efeito retroativo (não OK). Por esse motivo, eu e várias pessoas achamos que 2016 foi golpe, mas essa opinião só será majoritária dentro de algumas décadas, como aconteceu após o "movimento" de 1964", acrescenta.

Ele relembra que "também há quem diga que o golpe de 2016 foi pelo 'conjunto da obra', a crise econômica de 2014-16, como se a crise tivesse sido totalmente causada pelo governo Dilma. Já escrevi exaustivamente neste espaço que erros de política econômica foram parte do problema, não sua única causa. A recessão de 2014-16 também decorreu de choques internacionais e climáticos adversos, bem como da sabotagem institucional contra os governos do PT, que ganhou força em 2014, via Lava Jato, hoje desmascarada como movimento eminentemente político."

"Passados seis anos, sabemos que o golpe de 2016 aprofundou e prolongou a recessão de 2014-16. Para piorar, a política econômica que veio depois e continua até hoje (Temer já sinalizou apoio à Bolsonaro) não recuperou rapidamente a economia", destaca.

Barbosa defende que, "além de reformas, o governo também precisa ter programa de investimento público, para melhorar a infraestrutura econômica e social, mesmo que seja temporariamente financiado por emissão de dívida, mas estou saindo do tema de hoje".

"Espero que o golpe de 2016 não dure tanto quanto o de 1964. O fracasso econômico e social de Temer e Bolsonaro pode encurtar o processo. A confirmação, pelo STF e pela ONU, de que a Operação Lava Jato cometeu ilegalidades contra Lula também ajuda a encurtar a distopia, mas há muitas ameaças no ar", avalia.

"Em 2018, com a prisão irregular de Lula, tivemos eleições censuradas. Neste ano, para garantir eleições livres e mudar de governo, sugiro votar em quem sempre defendeu a democracia, não só agora mas sobretudo nos anos pesados de 2016 e 2018.", conclui.


Petroleiros prometem maior greve da história se Bolsonaro tentar privatizar a Petrobrás

 Alerta foi feito por Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros

Deyvid Bacelar (Foto: Reuters | Reprodução/Facebook)


Da Rede Brasil Atual  O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP-CUT), Deyvid Bacelar, afirmou nesta quinta-feira (12) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) verá “a maior greve da história da categoria”, caso avance na intenção de privatizar a Petrobras. Trata-se de mais uma tentativa do governo de desviar a atenção da atual política de preços da estatal, que vem provocando a explosão dos preços dos combustíveis no Brasil. Bacelar ressalta que a privatização da maior empresa brasileira também não é solução para reduzir os preços aos consumidores.

“Ao invés de buscar um ‘bode expiatório’ para enganar a população, fingindo preocupação, Bolsonaro deveria assumir o papel de mandatário e acabar com essa política de preços covarde, que vem levando o povo cada vez mais à miséria”, afirmou pelo Twitter.


O coordenador-geral da FUP lembrou que os petroleiros já aprovaram estado de greve, no final do ano passado, contra as ameaças de privatização da Petrobras. “Bolsonaro, repito: você vai ver a maior greve da história da categoria petroleira caso ouse pautar a privatização da Petrobras”.

Os petroleiros afirmam que Bolsonaro “finge” não ter responsabilidade sobre o aumento dos combustíveis. No entanto, o governo federal é o acionista majoritário da Petrobras. Bolsonaro indica não apenas o presidente da estatal, como a maior parte dos integrantes do Conselho Administrativo. Nesse sentido, se houvesse vontade política, Bolsonaro poderia ordenar mudanças na política de Preço de Paridade de Importação (PPI), que a Petrobras adota desde 2016, após o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff


A resposta de Deyvid Bacelar ao pedido de Sachsida foi imediata: “Vale lembrar ao Bolsonaro, ao novo ministro e ao novo presidente da Petrobras que a categoria petroleira aprovou estado de greve no final de 2021, caso o governo ouse pautar no Congresso Nacional a privatização”.

Vale lembrar ao Bolsonaro, ao novo ministro e ao novo presidente da Petrobrás que a categoria petroleira aprovou estado de greve no final de 2021, caso o governo ouse pautar no Congresso Nacional a privatização da Petrobrás.

Às vésperas das eleições, são remotas as chances do processo de privatização da Petrobras prosperar nesse momento. Nesse sentido, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que o tema “não está no radar ou na mesa de discussão”. “O momento é muito ruim para isso”, acrescentou.

“Estudos podem ser feitos, conforme anunciou o novo ministro das Minas e Energia. Que sejam os mais bem feitos. Mas entre o estudo e a concretização há uma distância longa” afirmou. Após encontro com secretários estaduais de Fazenda para discutir a alíquota do ICMS sobre a gasolina, Pacheco também afirmou que a Petrobras e a União precisam fazer mais para conter os preços dos combustíveis.

Com a finalidade de controlar os preços dos combustíveis, defendeu a criação de um fundo de estabilização. A proposta para criação desse fundo já foi aprovada no Senado há dois meses. Mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), considera que a proposta não é prioridade.

Isso porque Guedes é contra utilizar os dividendos que a União recebe da Petrobras para custear esse fundo. Especialistas também criticam a retirada de um imposto sobre exportação de petróleo bruto que também serviria para custear esses esforços de estabilização.

Medo do mercado

Bolsonaro não mexe no PPI para não perder o apoio político do mercado financeiro. Em função da alta do petróleo no mercado internacional, o PPI rendeu mais de R$ 100 bilhões em dividendos aos investidores no ano passado. Só em relação ao primeiro trimestre desse ano, a Petrobras vai pagar mais R$ 48,5 bilhões aos acionistas. Os resultados obtidos pela estatal superam os de gigantes do setor, como das norte-americanas Exxon Mobil e Chevron.

Por outro lado, somente de janeiro de 2019 para cá, a gasolina acumula alta 155,8% nas refinarias. O diesel subiu 165,6%, e o GLP aumentou 119,1%, com o preço médio do botijão de gás de cozinha acima de R$ 120,00. Além disso, como a maior parte dos produtos no Brasil são transportados em caminhões, os seguidos reajustes do diesel acabam impactando em todos os setores da economia, servindo, assim, como um dos principais combustíveis para o aumento da inflação.

Elon Musk diz que acordo com Twitter está temporariamente suspenso

 Em post, bilionário apontou pendências sobre a quantidade de contas falsas na plataforma de mídia social

(Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

247 - O bilionário Elon Musk afirmou nesta sexta-feira (13) que o acordo para a compra do Twitter está "temporariamente suspenso". Segundo Musk, detalhes sobre contas falsas ainda estão em discussão.

"O acordo (para a compra) do Twitter temporariamente suspenso por pendências em detalhes que sustentam que contas falsas de fato representam menos de 5% dos usuários", afirmou, em um post na rede social.

No final de abril, o homem mais rico do mundo anunciou um acordo para comprar a rede social por US$ 44 bilhões (cerca de R$ 215 bilhões).

O negócio tem sido alvo também de contestação de acionistas. No último dia 6, Musk e a rede social foram processados ​​pelo Orlando Police Pension Fund, um fundo de pensão da Flórida, que busca impedir o magnata de concluir a compra da empresa de mídia social antes de 2025.


Medidas que trouxeram fome e pobreza ao Brasil foram implantadas há seis anos por Temer, após o golpe de estado contra Dilma

 Agenda neoliberal desastrosa vem sendo mantida por Jair Bolsonaro

Dilma Rousseff, Bolsonaro e Temer (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian | Alan Santos/PR)

247 – A destruição econômica do Brasil foi iniciada há seis anos, em 13 de maio de 2016, quando Michel Temer assumiu a presidência da República, após o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Suas medidas econômicas, que trouxeram fome, destruição e miséria ao Brasil, vêm sendo mantidas por Jair Bolsonaro, com resultados desastrosos. Saiba mais:

Brasil de Fato – Há exatos seis anos, em 12 de maio de 2016, o Senado aprovou a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). A sessão, que começou no dia anterior, durou mais de 20 horas. No início da manhã do dia 12 o golpe recebeu o aval dos senadores e a então presidenta foi afastada do cargo – naquele momento, de maneira provisória.  

Com a promessa de destravar a economia e criar empregos, Michel Temer (PMDB) assumiu a presidência da República. Inaugurou-se então uma era de destruição de direitos trabalhistas, que deixou a população pobre ainda mais vulnerável à crise que estava por vir.

Durante a votação no Senado, em maio de 2016, parlamentares favoráveis ao impeachment demonstravam entusiasmo. “Hoje cumprimos nosso papel de pensar um país melhor”, anunciava Zezé Perrella (PMDB). Magno Malta (PL) foi mais longe: “Estamos diante de um corpo febril que vai ter restituída sua saúde”.

Mas houve quem avisasse. Entre senadores contrários, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que as “medidas que estão sendo anunciadas para o futuro” eram na verdade “um salto para o passado”. Ouvidas ou lidas hoje, as palavras do senador Telmário Mota (PROS) parecem até proféticas: “O prejuízo maior será da população”.

Em 2022, a inflação, a queda na renda do trabalho e o desemprego fazem com que o Brasil seja um país habitável apenas para os ricos. Esse cenário é possível graças a muitas medidas que só puderam ser tomadas sem Dilma na presidência.

A origem dos aumentos sequenciais nos combustíveis 

impeachment de 2016 foi resultado de insatisfações de parte da elite política – descontente com o diálogo de Dilma com o Congresso – e econômica, que exigia cortes mais drásticos nos gastos públicos e redução nos custos com mão de obra. A avaliação é de especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato

O documento “Ponte para o Futuro”, do PMDB (hoje MDB), materializava, já em outubro de 2015, o pacto de Temer com esses interesses. A primeira medida, em dezembro de 2016, foi a aprovação da Emenda Constitucional (EC) 95, que congelou os investimentos em áreas como saúde e educação por 20 anos.

Sob Temer, em outubro de 2016, a Petrobras passou a calcular o preço dos combustíveis com base no mercado internacional e a repassar aumentos com maior frequência aos consumidores. Era a implementação do chamado Preço de Paridade de Importação (PPI).

O PPI é um dos grandes responsáveis pelo descontrole no preço dos itens básicos que corrói o salário dos trabalhadores, como o gás de cozinha e os alimentos. Segundo especialistas, o combustível caro tem influência direta nas altas de preços de outros segmentos da economia e produz uma alta generalizada. 

O resultado está nos dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 11,3%. É o maior índice dos últimos 27 anos e uma das maiores altas desde a criação do Plano Real.

Trabalhadores sem trabalho e sem direitos

Em março de 2017 o Congresso aprovou a “terceirização irrestrita”, mesmo quando se trata da atividade-fim das empresas em questão. Era o prenúncio da reforma trabalhista, que tramitou no Congresso em tempo recorde e foi aprovada em julho do mesmo ano.

Mais de 200 modificações na legislação foram introduzidas, segundo o Fórum Permanente em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização. Só na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) foram 130 alterações. Nenhuma delas ampliou direitos dos empregados frente aos empregadores.

Com menos direitos, os trabalhadores sem carteira assinada e “por conta própria”, que se tornaram maioria em 2017, foram os mais atingidos, e hoje dependem de um auxílio emergencial que não banca nem metade da cesta básica. 

O chamado “trabalho intermitente”, previsto na reforma, radicalizou essa situação. Nessa modalidade, o trabalhador fica à disposição da empresa para trabalhar quando ela precisar.

Os contratos intermitentes, que estavam entre as principais apostas da equipe econômica de Temer para geração de empregos, representaram 19% das novas contratações com carteira assinada no Brasil em 2019, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

Em 2019, 25% dos contratos intermitentes não tiveram uma hora de trabalho, nem rendimento. 

O fim do Ministério do Trabalho, o desinvestimento nos órgãos de fiscalização e a extinção da contribuição sindical obrigatória desestruturaram a organização dos trabalhadores, dificultando uma reação organizada contra as medidas.

O “negociado sobre o legislado” também passou a vigorar, como queria parte do setor empresarial desde os anos 1990. Ou seja, o resultado da negociação entre patrão e empregado, em condições evidentemente desiguais, pode se sobrepor ao texto da lei.

A cereja desse bolo, com gosto amargo para os trabalhadores, era a reforma da Previdência. Em 2018, ano eleitoral, Temer não conseguiu aprová-la. A tarefa coube ao atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que sancionou em 2019 a lei aprovada pelo Congresso – com regras mais favoráveis para militares, que formam sua base de apoio.

Consequências 

Entre fevereiro de 2019 e fevereiro deste ano, a cesta básica aumentou 48,3%. O preço passou, em média, de R$ 482,40, para R$ 715,65 no período. A alta é o dobro da inflação acumulada, de 21,5%, aferida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE.

Transporte e alimentação contribuíram com cerca de 72% do IPCA de março, confirmando que a inflação é muito mais alta para os pobres, que usam transporte público e gastam praticamente todo o salário com alimentação. Com preços nas alturas, o gás de cozinha teve alta de 6,6% só no mês de março.

Mais da metade da população brasileira vive com algum grau de insegurança alimentar — 116 milhões de pessoas no total. Ao menos 19 milhões estão passando fome, situação agravada pela pandemia e pela crise econômica do país nesses seis anos a partir do afastamento de Dilma.

Os dados são do final de 2021, de acordo com um levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan).