sábado, 12 de março de 2022

Lula visita Curitiba, filia Requião no PT, e seguem para Londrina na próxima semana; confira a agenda

 


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva volta pela primeira vez a Curitiba desde que foi solto e sua prisão considerada inconstitucional pelo STF. O petista desembarcará na capital do Paraná na próxima sexta-feira, dia 18, para abonar a ficha de filiação do ex-senador Roberto Requião, que irá disputar pelo PT o governo do Paraná. O Blog do Esmael divulgou essa informação em primeira mão na quinta-feira, dia 10 de março.

Além de retornar a Curitiba pela primeira vez desde que foi solto, Lula ainda visitará o município de Londrina, o segundo maior do Paraná. Ele e Requião irão a um assentamento para fazer homenagem aos agricultores do Movimento Sem Terra (MST), que durante a pandemia, distribuiu mais de 800 toneladas de alimentos para paranaenses que estavam em situação de fome

França diz que Alckmin é do PSB e que já informou quais aliados se filiarão com ele

 "Nesta semana ele me enviou várias filiações de pessoas dele para cá", afirmou Márcio França diante de rumores de que Alckmin tivesse desistido do PSB em troca do PV


Márcio França (Foto: ABr)

247 - Diante de rumores de que o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) tivesse desistido de se filiar ao PSB para ir para o PV, já que o partido comandado por Carlos Siqueira parece estar cada vez mais longe da Federação com o PT, o também ex-governador Márcio França (PSB) garantiu que o ex-tucano será sim o novo filiado do PSB. A informação é de Guilherme Amado, do Metrópoles.

Alckmin se filiará a um partido nas próximas semanas para ser anunciado oficialmente como candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Lula (PT).

França afirmou que Alckmin, ao longo desta semana, até já avisou ao PSB quais aliados seus se filiarão também à sigla. "Claro que ele tem que falar com todos. Ele é um homem muito experiente, mas nesta semana ele me enviou várias filiações de pessoas dele para cá. Não teria sentido filiar aqui para ele ir para outro partido, porque a pessoa ficaria numa posição delicada".

De acordo com França, o evento de filiação de Alckmin acontecerá em Brasília, na mesma ocasião da filiação do senador Dário Berger, pré-candidato ao governo de Santa Catarina. 

Presidente em exercício do PSB-SP, Jonas Donizette também indicou que a filiação de Alckmin ao PSB deve ocorrer em breve. “Em alguns dias, devemos ter boas notícias de gente que está vindo para encorpar o nosso partido”.

Alessandro Vieira, pré-candidato à Presidência, anuncia desfiliação do Cidadania

 

"O Brasil exige renovação e o Cidadania responde garantindo a permanência de Roberto Freire por 34 anos na presidência", declarou Vieira, apontando "incompatibilidade" com a sigla



247 - O senador Alessandro Vieira (sem partido-SE) e pré-candidato a presidente da República anunciou neste sábado (12) sua desfiliação do Cidadania. 

"O Brasil exige renovação na política e o Cidadania responde mudando seu estatuto e garantindo a permanência de Roberto Freire por 34 anos na presidência. Por evidente incompatibilidade, manifesto minha desfiliação do partido. A democracia exige espírito público e desprendimento", escreveu o parlamentar no Twitter.

"Clubes de tiro bolsonaristas estão estampando a imagem de Lula como alvo", denuncia Gleisi

"Vamos denunciar e acionar as autoridades para que providências sejam tomadas", afirmou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann


Gleisi Hoffmann, Lula e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Facebook | Alan Santos/PR)

247 - Presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR) denunciou pelo Twitter neste sábado (12) que bolsonaristas estão estampando fotos do ex-presidente Lula (PT) como alvo em clubes de tiro.

Ela afirmou que o gesto mostra como agirão os apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022.

A parlamentar informou que acionará autoridades "para que providências sejam tomadas". "Clubes de tiro bolsonaristas estão estampando a imagem de Lula como alvo. É crime e mostra como essa gente vai agir nas eleições. Vamos denunciar e acionar as autoridades para que providências sejam tomadas. Bolsonaro é culpado por esse absurdo, estimula o ódio e violência".


 

Prefeitura realiza Super Sexta da Mulher, no Espaço das Feiras

 


A extensa programação do Mês da Mulher em Apucarana foi marcada ontem (11) pelo evento Super Sexta da Mulher, no Espaço das Feiras. A atividade, além da feira de gastronomia, levou orientação para o público feminino sobre como ingressar no Programa de Economia Solidária e Protagonismo Feminino, participar do projeto de hortas solidárias e acessar cursos profissionalizantes oferecidos gratuitamente pelo Centro de Oficinas da Mulher. Também foi realizada divulgação sobre os serviços Centro de Atendimento da Mulher Apucaranense (CAM), que presta atendimento gratuito nas áreas da assistência social, jurídica e psicológica.

A noite ainda deu a oportunidade para as mulheres cuidarem da beleza, já que tiverem a sua disposição serviços de esmaltação, design de sobrancelhas, maquiagem, massagem e cuidado com a pele. As homenageadas da noite também participaram de bingo recreativo.

Presente na “Super Sexta Mulher”, o prefeito Júnior da Femac, complementa que o evento também foi uma oportunidade para se adquirir produtos da Casa do Mel e contou com estandes do Banco da Mulher Paranaense, da Sala do Empreendedor, e da Agência do Trabalhador com feirão de emprego e estágios com vagas exclusivas para o público feminino. “As mulheres merecem todo nosso carinho, respeito e valorização”, afirma o prefeito que percorreu todos os serviços disponibilizados no evento ao lado do vice-prefeito Paulo Vital, e da secretaria da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, e da secretária da Educação, Marli Fernandes.

Junior da Femac reforça apelo para vacinação contra a Covid

 


O prefeito Junior da Femac reforça o chamamento para população de vacinar contra a Covid-19, seja recebendo a 1ª, 2ª dose ou a dose de reforço. “Fiquem atentos paras as datas em que estão aptos para garantir a proteção dessa doença. A dose de reforço é essencial no enfrentamento dessa pandemia e as crianças de 5 a 11 anos que receberam a vacina pediátrica também estão dentro do prazo para a 2ª dose”, conclama o prefeito.

O secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, enfatiza que a vacinação contra a Covid continua à disposição da população de domingo a domingo, no Complexo Esportivo Lagoão, de 8h30 às 17 horas.

A vacinação contra a Covid em Apucarana está aberta tanto para população adulta como para o público infantil a partir de 5 anos. A imunização da 1ª dose é liberada para a população de Apucarana a partir dos 5 anos. A 2ª dose é para todos a partir dos 12 anos que receberam a Coronavac, AstraZeneca e Pfizer; e a dose de reforço é para 18 anos ou mais para quem tomou a 2ª dose há 4 meses; e ainda a dose de reforço da Janssen para quem recebeu a 1ª dose há 2 meses.

678,3 mil vacinas pediátricas contra a Covid-19 já foram aplicadas no Paraná

 Segundo os dados repassados pelos municípios para as Regionais de Saúde, 612.389 primeiras doses (D1) já foram administradas, além de 65.959 segundas aplicações (D2), atingindo uma cobertura de quase 57% do público estimado com a D1.

Vacinação infantil
Foto: Gilson Abreu/AEN

Prestes a completar dois meses no Paraná, a vacinação contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos já registra 678,3 mil aplicações. Os dados são de um levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realizado nesta sexta-feira (11).

Segundo os dados repassados pelos municípios para as Regionais de Saúde, 612.389 primeiras doses (D1) já foram administradas, além de 65.959 segundas aplicações (D2), atingindo uma cobertura de quase 57% do público estimado com a D1. A estimativa do Ministério da Saúde é que o Paraná tenha 1.075.294 crianças nesta faixa etária.

“Completamos dois anos de pandemia no Paraná e pouco mais de um ano de vacinação que chega em uma de suas etapas finais que é a imunização infantil. Precisamos continuar vacinando nossas crianças, seja com a primeira ou segunda dose para vencermos esse inimigo invisível o mais rápido possível”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. 

Todos os municípios já vacinam por faixa etária, sem comorbidades. Pelo menos 344 municípios já vacinam crianças com 5 anos ou mais; 43 estão vacinando acima de 6 anos; seis acima de 7 anos; três acima de 8 anos; um acima de 9 anos e dois acima de 10 anos. 

A Sesa já recebeu 1,6 milhão de vacinas pediátricas e já descentralizou mais de 1,3 milhão de imunizantes.

“Se já enviamos mais de um milhão de vacinas para primeira dose, temos cerca de 400 mil doses que ainda não foram aplicadas. Contamos com a conscientização da população e o poder do convencimento, de que estes pais confiem nos imunizantes e vacinem seus filhos”, ressaltou Beto Preto. 

VACINÔMETRO – Os números preliminares são maiores do que os dados disponíveis no Vacinômetro do Ministério da Saúde. Na plataforma, o Paraná registra 492.062 aplicações, sendo 458.043 D1. A diferença nos dados pode estar relacionada com as instabilidades da base nacional do Programa Nacional de Imunizações (PNI), além de atrasos de notificação.

Confira o levantamento completo AQUI .


Fonte: AEN

Procon/PR orienta sobre uso obrigatório do código 0303 para ligações de telemarketing

 Determinação da Anatel entrou em vigor nesta quinta-feira (10) e vale para empresas que vendem serviços e produtos por meio de celulares. Para os telefones fixos entra em vigor em junho.

Procon da Secretaria de Justiça orienta consumidores sobre o uso obrigatório do código 0303 para ligações de telemarketing
Foto: Geraldo Bubniak

As ligações de telemarketing agora devem mostrar o código 0303 na frente do número das empresas que vendem serviços e produtos por meio de telefones celulares. A obrigatoriedade determinada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) entrou em vigor nesta quinta-feira (10). A medida valerá também para as ligações de telefones fixos, a partir de junho.

O Procon/PR, vinculado à Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, é o órgão responsável por fiscalizar o cumprimento da medida no Estado.

“Essa nova regra protege as pessoas, conforme prevê o direito do consumidor, principalmente o direito de optar por atender ou não as ligações das empresas de telemarketing”, destaca o secretário de Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost.

A chefe do Procon-PR, Claudia Silvano, lembra, ainda, que caso os consumidores não queiram mais receber ligações de telemarketing no celular ou telefone fixo, poderão bloqueá-las através da Plataforma do Procon-PR, neste LINK. Basta apenas um bloqueio válido para o código 0303.

“Após o bloqueio, passados 30 dias, se o consumidor continuar recebendo as ligações ele poderá fazer sua reclamação AQUI, informando a empresa que ligou, o horário do atendimento e o nome do atendente, para que sejam aplicadas as multas previstas no código do consumidor”, afirma.

O mesmo endereço eletrônico pode ser utilizado para denunciar as empresas do setor que fizerem as ligações sem o código 0303.

O QUE DIZ A REGRA – O uso do código 0303 nas ligações passa a ser obrigatório somente para as empresas de telemarketing ativo, isto é, aquelas que fazem ligações para o cliente com objetivo de vender produtos ou serviços. Ligações de instituições de caridade pedindo doações ou de empresas de cobrança não precisarão do código.

Fonte: AEN

Paraná completa dois anos da confirmação dos primeiros casos de Covid-19 neste sábado

 Desde então foram R$ 1,6 bilhão em investimentos e a formação de uma rede de atendimento nunca vista na história do Estado. O planejamento e o cuidado com o tema contribuíram para que o Estado pudesse ser reconhecido nacionalmente por decisões assertivas e eficazes.

Paraná completa dois anos de pandemia da Covid-19
Foto: Rodrigo Felix Leal/AEN

No dia 12 de março de 2020, o Paraná confirmava os seis primeiros casos do "novo coronavírus”. A doença, nominada posteriormente como Covid-19, já circulava em algumas regiões do Brasil e foi diagnosticada no Estado um dia depois da declaração de situação de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde então foram R$ 1,6 bilhão em investimentos e a formação de uma rede de atendimento nunca vista na história do Estado.

As duas primeiras mortes em decorrência da Covid-19 foram confirmadas após duas semanas, no dia 27 de março. Desde então, mais de 2,3 milhões de casos foram confirmados no Estado e 42,4 mil paranaenses foram a óbito por complicações da doença. “Passamos por algo inimaginável e agimos sempre com muita cautela e transparência para que hoje pudéssemos olhar para trás com segurança de que fizemos tudo aquilo que poderia ser feito pelos paranaenses”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

O combate à doença começou antes mesmo da confirmação da circulação no Paraná. Prevendo a chegada do vírus e a gravidade da contaminação, o Estado já vinha se preparando há, pelo menos, um mês. Além disso, o Governo criou um Comitê Gestor de Enfrentamento da Covid-19, abrangendo diversas áreas para discussão e tomada de decisão e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) instituiu um Centro de Operações de Emergências (COE) para monitoramento da doença no Paraná, no Brasil e no mundo.

O planejamento e o cuidado com o tema contribuíram para que o Estado pudesse ser reconhecido nacionalmente por decisões assertivas e eficazes durante o enfrentamento contra a doença. O Paraná adquiriu respiradores pelo menor preço no Brasil, se mantém como líder em testagem proporcional pela sua população desde o início da pandemia, investiu na própria Rede Hospitalar em vez de estruturas provisórias e comprovou a isonomia na distribuição das vacinas para os 399 municípios.

“As ações da Saúde do Paraná não foram para este ou aquele município, foram para todos os municípios do Estado, desde a Capital, que tem a maior população, até as menores cidades. Essa é a regionalização proposta pelo governador Ratinho Junior”, disse Beto Preto.

LEITOS – Para isolar os infectados pela doença dos demais pacientes nos serviços de saúde de todo o Estado, o Governo traçou a estratégia de criação de leitos exclusivos para atendimento a suspeitos ou confirmados com Covid-19, dentro da Rede Hospitalar já existente. Em poucos meses, o Paraná dobrou o número de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), somando aos 1,2 mil leitos gerais mais 2 mil leitos só para atendimento à Covid.

Nesse período o Estado também investiu em respiradores e monitores, palavra até então desconhecida do dicionário popular. E, em meio a escândalos nos outros estados, conseguiu adquirir os equipamentos com transparência e agilidade.

Com o aumento expressivo no número de casos na chamada “segunda onda”, registrada por volta de março de 2021, com a chegada da variante Delta, os serviços de saúde ficaram sobrecarregados e foi necessário investimento expressivo para abertura de mais leitos. O Paraná somou, em junho, 4.987 leitos exclusivos para a Covid, com pelo menos 90% de ocupação. Naquele período, pelo menos seis mil pessoas estavam internadas entre as unidades exclusivas, pronto atendimentos e serviços privados.

Essa sobrecarga na rede hospitalar trouxe um novo desafio para o enfrentamento à doença: a escassez de medicamentos elencados no chamado “kit de intubação”, para sedação e manutenção da sedação de pacientes intubados em leitos de UTI. “Vivemos momentos dramáticos, nos quais chegamos perto de zerar nossos estoques de medicamentos, mas sempre conseguimos manter as aquisições em dia”, disse Beto Preto.

VACINAS – Após um 2020 turbulento, o ano de 2021 também trouxe um alento. As vacinas contra a Covid-19 chegaram ao Paraná em janeiro do ano passado, inicialmente em pequenas quantidades e destinadas para grupos prioritários formados por profissionais de saúde e idosos. 

Após a segunda onda da doença, em conjunto com o avanço da imunização - mesmo que ainda restrita -, os números de casos e óbitos começaram a apresentar queda no mês de julho, sendo que os diagnósticos positivos naquele mês foram pelo menos 58% menores e as mortes reduziram 51% em relação a junho.

Nos quatro meses seguintes, o Estado apresentou queda nos índices mês após mês, chegando a 9,3 mil casos e 128 mortes registradas em dezembro, em uma redução de mais de 90%. Porém, com a chegada da variante Ômicron, os números voltaram a subir em todo o Paraná, sugerindo uma “terceira onda” da doença. 

Janeiro de 2022 foi marcado por mais de 448 mil diagnósticos positivos para a Covid, além de 561 óbitos. Mesmo com o aumento expressivo na contaminação pelo vírus, os índices de internações e mortalidade da doença se mantiveram estáveis, comprovando a efetividade dos imunizantes utilizados.

MÁSCARAS – Passado o período considerado mais crítico da contaminação pela Ômicron, os dados epidemiológicos apresentam queda e agora o Governo do Estado se prepara para mais um importante passo nesta história: a possível flexibilização do uso de máscaras. Item indispensável durante este combate a Covid-19, o uso da máscara é obrigatório por lei no Paraná, mas poderá ser dispensado em ambientes externos nos próximos dias, dependendo do cenário epidemiológico da doença. 

“A revogação dessa lei deve ser votada nos próximos dias, mas isso não vai substituir a consciência coletiva que se formou ao longo do tempo. A população precisa continuar se conscientizando que a pandemia ainda não acabou e que os cuidados são necessários, especialmente a vacinação, seja na segunda dose ou dose de reforço que centenas de pessoas deixam de tomar por acharem que estão completamente protegidas”, ressaltou o secretário. 


Fonte: AEN

EUA avaliam 'reconsiderar' sanções contra Venezuela mediante condições específicas

 Esta é a primeira reaproximação entre Caracas e Washington desde o rompimento das relações diplomáticas em janeiro de 2019

Ned Price (Foto: TOM BRENNER/REUTERS)


Sputnik - EUA estariam dispostos a flexibilizar as sanções contra a Venezuela se forem alcançados progressos nas negociações do governo com a oposição do país, afirmou Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.

"Reconsideraremos algumas políticas de sanções se, e apenas se as partes fizerem progressos significativos nas negociações lideradas pela Venezuela no México, para conseguir o cumprimento das aspirações do povo venezuelano a uma verdadeira, a uma autêntica democracia", disse o porta-voz em seu informe oficial nesta sexta-feira (11).

De acordo com Price, há poucos dias, uma delegação dos EUA esteve em Caracas e realizou conversações com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, embora não tenha abordado a questão das sanções enquanto tal, que, segundo o porta-voz "continuam plenamente vigentes".

No entanto, ele disse que Washington "revisaria" algumas políticas de sanções.

Nas conversações, segundo afirmaram vários funcionários da administração Biden, o principal objetivo era conseguir a libertação de cidadãos norte-americanos presos na Venezuela.

"A segunda prioridade, [da delegação dos EUA] foi a defesa das aspirações democráticas do povo venezuelano, deixando muito claro, de forma franca e aberta, ao regime de Maduro que continuamos apoiando o povo venezuelano e suas aspirações de ter um governo que responda às suas necessidades", enfatizou Price.

Em 5 de março, Maduro se reuniu com uma delegação norte-americana no Palácio Miraflores, em Caracas. Após o encontro, o presidente disse que os dois países concordaram em trabalhar em uma agenda de interesse comum.

Esta é a primeira reaproximação entre Caracas e Washington desde o rompimento das relações diplomáticas em janeiro de 2019.

"O Brasil acertou ao ser neutro na guerra da Ucrânia", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

 "O Brasil deve ser um país não alinhado", diz ainda o economista

Paulo Nogueira Batista Júnior, Putin e Zelensky (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters | Andriy Dubchak/Donbas Frontliner)

247 – O economista Paulo Nogueira Batista Júnior concedeu entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, em que afirmou que o Brasil deve se manter neutro na guerra entre Rússia e Ucrânia, apoiando a decisão tomada pelo Itamaraty. "O Brasil acertou ao ser neutro na guerra da Ucrânia", diz ele. "O Brasil deve ser um país não alinhado", acrescentou.

Segundo o economista, que foi vice-presidente do banco dos BRICS, a Ucrânia não é vítima inocente da situação atual. "Os Estados Unidos provocaram esta crise, com a expansão da OTAN", diz Paulo Nogueira Batista Júnior. "Mas a Ucrânia também adotou posições temerárias."

Em relação ao Brasil, ele afirma que "nem todos os efeitos da guerra são negativos". Ele avalia que as relações de troca da balança comercial brasileira podem melhorar, com aumentos dos preços de commodities como petróleo e minério de ferro. Na entrevista, ele também se posicionou contra as sanções econômicas. "A China não vai deixar a Rússia isolada", diz ele. "A Rússia é grande demais para ser isolada".

Zelensky fala em vitória enquanto tropas russas se aproximam de Kiev

 Enquanto isso, países ocidentais tomaram mais medidas para tentar forçar o presidente russo, Vladimir Putin, a encerrar seu ataque

Presidentes Vladimir Putin (Rússia) e Volodymyr Zelensky (Ucrânia) mais tropas russas em solo ucraniano ao fundo (Foto: Reuters)

LVIV, Ucrânia (Reuters) - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse nesta sexta-feira que a Ucrânia atingiu um "ponto de virada estratégico" no conflito com a Rússia, mas as forças russas bombardearam cidades em todo o país vizinho e pareciam estar se reagrupando para um possível ataque à capital Kiev.

O governador da região de Kharkiv, na fronteira com a Rússia, afirmou que um hospital psiquiátrico foi atingido, e o prefeito da cidade de Kharkiv disse que cerca de 50 escolas foram destruídas.

Na cidade sitiada de Mariupol, no sul, a Câmara Municipal disse que pelo menos 1.582 civis foram mortos como resultado de bombardeios russos e de um bloqueio de 12 dias que deixou centenas de milhares sem comida, água, aquecimento ou energia.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que a cidade portuária no Mar Negro está agora completamente cercada, e autoridades ucranianas acusaram a Rússia de impedir deliberadamente a saída de civis e a entrada de comboios humanitários.

Um novo esforço para retirar civis ao longo de um corredor humanitário de Mariupol parece ter fracassado. A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse que os bombardeios russos impediram civis de sair.

"A situação é crítica", disse o assessor do Ministério do Interior ucraniano Vadym Denysenko.

Enquanto isso, países ocidentais tomaram mais medidas para tentar forçar o presidente russo, Vladimir Putin, a encerrar seu ataque.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os países industrializados do G7 revogarão o status comercial de "nação mais favorecida" da Rússia. Ele também anunciou uma proibição dos EUA às importações de frutos do mar, álcool e diamantes russos.

Líderes da União Europeia reunidos na França disseram que estão prontos para impor sanções econômicas mais duras à Rússia e podem dar à Ucrânia mais recursos para armas. Mas eles rejeitaram o pedido da Ucrânia para se juntar ao bloco.

Em uma reunião com o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, Putin disse que houve "certas mudanças positivas" nas negociações com Kiev, mas não deu mais detalhes.

PREPARAÇÃO

Com o ataque russo agora em sua terceira semana, Zelenskiy, que tem unido seu povo com uma série de discursos, disse que a Ucrânia "já atingiu um ponto de virada estratégico".

"É impossível dizer quantos dias ainda temos (pela frente) para libertar a terra ucraniana. Mas podemos dizer que o faremos", declarou ele. "Já estamos caminhando em direção ao nosso objetivo, nossa vitória."

A principal força de ataque da Rússia está parada nas estradas ao norte de Kiev, tendo falhado no que analistas ocidentais dizem que era um plano inicial para um ataque relâmpago.

Mas imagens divulgadas pela empresa privada de satélites norte-americana Maxar mostraram unidades blindadas manobrando dentro e perto de cidades próximas a um aeroporto na periferia noroeste de Kiev, local de combates desde que a Rússia desembarcou paraquedistas lá nas primeiras horas da guerra.

Outros elementos foram reposicionados perto de Lubyanka, ao norte, com morteiros em posições de disparo, segundo a Maxar.

O Ministério da Defesa britânico disse que a Rússia parece estar se preparando para novas atividades ofensivas nos próximos dias, que provavelmente incluirão operações contra Kiev.

No entanto, as forças terrestres russas ainda estavam fazendo apenas progressos limitados, prejudicados por problemas logísticos e resistência ucraniana, disse o ministério em sua atualização de inteligência.

"Política de preços da Petrobrás é absurda", diz Eduardo Moreira

 Economista defende que a empresa seja 100% estatal, para servir ao povo brasileiro

(Foto: Eduardo Moreira)


247 – O economista Eduardo Moreira, sócio-fundador do ICL, traçou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, o cenário de investimentos para a economia brasileira, no novo contexto criado após a guerra entre Rússia e Ucrânia, que inclui os Estados Unidos e os países da OTAN. Na sua visão, o Brasil terá mais inflação, juros maiores e crescimento menor. "Infelizmente, a renda fixa está muito atrativa no Brasil", diz Eduardo Moreira. "O Brasil tem uma taxa de juros real que não se encontra em nenhum lugar do mundo", acrescentou.

O dólar, no entanto, não é um grande investimento. "A guerra pode ser um tiro no pé dos Estados Unidos", diz Eduardo Moreira. "O fortalecimento de um polo alternativo pode reduzir a demanda por dólar". Na entrevista, ele também falou sobre a Petrobrás, que aumentou dramaticamente seus preços nesta semana. "A política de preços da Petrobrás é absurda", pontua. "A empresa deveria ser 100% estatal".

“A culpa não é da guerra, é da política de preços atrelada ao dólar”, diz Deyvid Bacelar sobre aumento de gasolina e diesel

 Coordenador-geral da FUP defendeu uma política de preços nacionalizada, que reflita em grande parte os custos internos. Assista na TV 247

Deyvid Bacelar (Foto: Reprodução/Twitter)

247 - O Coordenador-Geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, afirmou, em entrevista à TV 247, que o tarifaço da Petrobrás sobre os combustíveis se deve principalmente à integração dos preços praticados pela estatal com o mercado internacional, e não ao conflito armado na Ucrânia. A alta dramática nos preços não ocorreria caso a política de preços fosse nacionalizada e refletisse em grande parte os custos internos.

“Se há restrição da oferta de petróleo no mercado mundial, temos como tabela o aumento do preço do petróleo no mercado internacional. Mas não faz sentido o Brasil, que é autossuficiente em petróleo, atrelar o preço dos seus combustíveis a esse vetor, o barril de petróleo no mercado internacional. Alcançamos a autossuficiência ainda nos governos do PT, com o pré-sal, que foi descoberto nos governos do PT”, explicou.  

“Ao invés de levar em consideração o barril de petróleo no mercado internacional, do dólar e dos custos de importação, (a política de preços deveria se basear) nos nossos custos reais internos. Segundo os próprios economistas que nos assessoram, isso gira em torno de dois terços de custos que são nacionalizados, em real. Eu sou trabalhador da Petrobrás, eu recebo em real”, prosseguiu

Portanto, o determinante principal da alta nos preços não é a guerra, que gera a escassez nos mercados globais, e sim a política de preços que se submete a esse mercado, afirmou Bacelar. 

“O problema, na verdade, não é a guerra. O problema é a atual política de preços, porque se ela fosse diferente, não teríamos essa influência desse vetor que é o preço do barril de petróleo no mercado internacional”, completou. 

Com Guedes e Bolsonaro, Brasil completa seis meses com inflação acima de dois dígitos

 A última vez em que isso foi registrado foi entre 2002 e 2003, logo após o final do governo de Fernando Henrique Cardoso e o início do governo Lula

(Foto: ABr | Reuters)


Revista Fórum - O Brasil do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ministro da Economia Paulo Guedes está há um semestre com inflação ao consumidor acumulada acima de 10%, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

A última vez que o fenômeno ocorreu foi entre 2002 e 2003, logo após o final do governo de Fernando Henrique Cardoso e início do governo Lula.

 Na época, a inflação acumulada em 12 meses ficou em dois dígitos durante 13 divulgações, de novembro de 2002 a novembro de 2003, sob efeito da pressão do câmbio em meio a turbulências da área política.

Leia a íntegra na Fórum.

PSOL poderá apoiar Lula já no primeiro turno, afirma Juliano Medeiros

 Presidente do partido avaliou positivamente primeira rodada de negociações com PT e apresentou demandas programáticas; veja vídeo na íntegra

Juliano Medeiros (Foto: Brasil 247)

Opera Mundi No programa 20 MINUTOS ENTREVISTA desta quarta-feira (09/03), o jornalista Breno Altman entrevistou Juliano Medeiros, presidente nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), sobre as estratégias da legenda para as próximas eleições.

“O PSOL poderá apoiar Lula já no primeiro turno, mas temos nossas condições, não vamos dar um cheque em branco para ninguém”, afirmou.

Ele se mostrou bastante otimista sobre a possibilidade de construir uma unidade desde o princípio e revelou exclusivamente a Opera Mundi o conteúdo da primeira reunião entre as delegações de sua legenda e do PT. 


“Nossa primeira condição é construir uma unidade em torno de um programa que ofereça uma saída para a crise, com medidas concretas que se expressem no discurso do candidato e em seu programa. O segundo aspecto é a nossa participação na campanha, que papel o PSOL pode desempenhar para que ela represente um programa e propostas de esquerda. E o terceiro tema é a chapa, queremos uma chapa que expresse um programa de mudanças. Lula pode fazê-lo, Alckmin acho complicado porque ele apoiou a reforma trabalhista, privatizações, o teto de gastos e até agora não vi nenhuma autocrítica”, argumentou Medeiros.

Bolsonaro sanciona projeto que muda cobrança de ICMS nos combustíveis após tarifaço da Petrobrás

 Gasolina no Brasil é a mais cara de todos os tempos, porque o governo se rendeu aos acionistas privados da estatal depois do golpe de estado de 2016

Bolsonaro e bomba de gasolina (Foto: Reuters)

Agência Brasil – Na noite desta sexta-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro sancionou, na íntegra, o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 11, de 2020, que prevê a cobrança em uma só vez do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, inclusive importados. O ICMS único também valerá para o gás natural e para a querosene de aviação. A sanção foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União.

Atualmente, a alíquota do imposto é um percentual cobrado em cima do preço final do litro na bomba, que sofre variações do dólar e do preço internacional, onerando ainda mais o valor final cobrado dos consumidores. O PL sancionado determina que a cobrança do ICMS ocorra sobre o preço na refinaria ou no balcão de importação, quando o combustível vier do exterior. Os novos valores, pela proposta, serão definidos por meio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne representantes da área econômica de todos estados e do Distrito Federal.

O diesel é o único combustível que adotaria uma regra de transição emergencial. Segundo essa sistemática, enquanto não for adotada a cobrança única – e correspondente unificação de alíquota – do diesel, o valor de referência para estipulação do tributo será a média móvel dos preços médios praticados ao consumidor final nos 60 meses anteriores a sua fixação.

Na definição das novas alíquotas, deverá ser previsto um intervalo mínimo de 12 meses entre a primeira fixação e o primeiro reajuste dessas alíquotas e de seis meses para os reajustes subsequentes, devendo-se observar o prazo de 90 dias no caso de um novo aumento.

A medida também reduz a zero as alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação, garantindo a manutenção dos créditos vinculados às pessoas jurídicas da cadeia produtiva.

Desse modo, a proposição não apenas preserva a autonomia dos estados e do Distrito Federal, mas também simplifica a incidência do ICMS sobre os combustíveis e lubrificantes, confere maior uniformidade e dilui o peso da carga tributária incidente sobre estes produtos para enfrentar o súbito aumento do petróleo decorrente da guerra na Ucrânia. 

'Lula será candidato de um grande movimento para derrotar Bolsonaro', afirma Gleisi Hoffmann

 Presidente do PT disse que a eleição de 2022 será dura, já que a disputa se dá com a extrema-direita e um candidato 'extremamente resiliente, apesar do governo desastroso que faz'


Gleisi Hoffmann (Foto: Reprodução)


Opera Mundi Nesta terça-feira (08/03), em edição excepcional do programa 20 MINUTOS ENTREVISTAS, o jornalista Breno Altman entrevistou a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, sobre as eleições nacionais que se aproximam. 

Segundo ela, o partido já escolheu seu candidato à Presidência: Lula. “A não ser que ele rejeite, só falta formalizar. O PT não tem dúvidas de que Lula é, não só nosso candidato, mas o candidato do povo brasileiro, de um grande movimento para derrotar Bolsonaro”, afirmou. 

Hoffmann destacou que será uma eleição dura, já que a disputa se dá com a extrema-direita e um candidato “extremamente resiliente, apesar do governo desastroso que faz”. Por isso, não haveria ninguém melhor para disputar e ganhar o pleito que o ex-presidente, na opinião dela.

No entanto, em linha ao que vem defendendo o PT, Hoffmann ressaltou a importância de realizar alianças que fortaleçam, primeiro, a candidatura do ex-presidente, e, depois, seu governo — daí a discussão sobre o vice da chapa. Ela, porém, desmentiu que a candidatura do ex-governador paulista Geraldo Alckmin a vice estaria praticamente confirmada. 

“Não iniciamos ainda essa discussão no partido. Temos discutido com partidos do nosso campo alianças a nível nacional e de estado, e a prioridade são as conversas com os partidos que caminharam conosco depois do golpe. A decisão será feita pelo conjunto das legendas que vão dar sustentação à candidatura de Lula, não cabe só ao PT. Lula tem que ser o candidato da coligação mais ampla possível e de um movimento para salvar o Brasil de Bolsonaro. Também temos que lembrar que Alckmin, primeiro, tem que definir sua filiação”, discorreu.

Ela reiterou que a atual prioridade do PT não é determinar uma chapa, mas seu arco de alianças para as eleições, inclusive com o objetivo de formar uma federação. De acordo com a presidente do partido, as conversas atualmente estão sendo feitas com o PV, PSB e PCdoB. “O PSOL tem preferido conversar com a Rede, mas estará conosco numa discussão sobre o apoio à candidatura de Lula”, diz.

sexta-feira, 11 de março de 2022

Conass: Brasil registra 470 óbitos e 55.211 novos casos de covid-19 em 24h

 

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

O Brasil registrou, entre ontem e hoje, 470 mortes causadas pela covid-19, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados nesta sexta-feira, 11. Com os registros, o País atingiu 654.556 vidas perdidas para a doença.

A média móvel de óbitos em sete dias foi de 472, ante 501 ontem e 442 de média em 4 de março, há uma semana.

levantamento do Conass, que compila dados de secretarias de Saúde dos 26 Estados e do Distrito Federal apontou, ainda 55.211 casos de covid-19 em 24 horas, com um total de 29.305.114 registros desde o início da pandemia.

A média móvel de casos ficou em 47.331, ante 43.365 casos de média há uma semana.

Fonte: Bem Paraná com Estadão Conteúdo 

Alckmin volta a negociar com PV após PSB desistir de formar federação com PT

 

CartaCapital - Após o PSB desistir da federação com o PT, o ex-governador Geraldo Alckmin teve uma nova reunião com o presidente do PV, José Luiz Penna, na tarde desta sexta-feira 11, em São Paulo, na sede do partido.

Ao Estadão, Penna afirmou que cresceu a possibilidade de o ex-tucano se juntar à legenda: “Nessa quarta-feira, o PSB revelou que não vai para a federação. Acho que diante do quadro aumenta nossa chance de ter o governador nas nossas hostes”.

Leia a íntegra na CartaCapital.

Petroleiro defende ‘corrida para tirar Bolsonaro’ em vez de corrida aos postos de combustíveis

 

Rede Brasil Atual - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e os sindicatos da categoria estão alinhados com a CUT para a formação de comitês de reconstrução da democracia brasileira em todas as regiões do país. De acordo com o diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros do estado de São Paulo (Sindipetro-SP) João Antônio de Moraes, as entidades estão preparando mobilizações para canalizar a revolta da população diante de mais um aumento nos preços dos combustíveis, que ontem (10) provocou corrida aos postos.

A partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda do litro da gasolina nas refinarias passará de R$ 3,25 para R$ 3,86, alta de 18,8%. O do diesel irá de R$ 3,61 para R$ 4,51, reajuste de 24,9%. O gás de cozinha (GLP) foi reajustado às distribuidoras em 16,1%, de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo. Um “mega-aumento”, que fez disparar a expectativa de inflação para 2022. E que compromete ainda mais o orçamento do brasileiro. As mobilizações foram confirmadas por Moraes em entrevista a Marilu Cabañas, do Jornal Brasil Atual. Ao comentar sobre a notícia da “corrida aos postos de gasolina”, às vésperas do aumento nesta sexta, o petroleiro destacou que “na verdade os brasileiros precisam correr para as ruas para botar esse governo para correr, tirar ele de lá”. 

Coordenador da Plataforma Operária e Camponesa de Água e Energia e ex-coordenador geral da FUP, ele destaca que “o povo está sofrendo por opções de políticas econômicas equivocadas de seguidos governos que não têm compromisso com a nossa gente. Não é verdade que o gás de cozinha tem que custar o que está custando, é mentira. Só está custando isso para colocar R$ 100 milhões de dividendos no bolsa de meia dúzia, quando 200 milhões de pessoas passam necessidades”, contestou. 

Fim da PPI

Moraes faz referência à Polícia de Preço de Paridade de Importação (PPI) adotada desde o governo de Michel Temer (MDB), em 2016, após o golpe contra Dilma Rousseff (PT). E seguida também pelo governo Bolsonaro. Essa política repassa quase integralmente para o mercado interno as variações do preço internacional do petróleo. De acordo com o diretor do Sindipetro, sem a PPI, o Brasil teria condições de administrar os preços dos combustíveis, com a Petrobras, e sem repassar ao consumidor, como fez nos anos 1970, observa ele, com o “choque do petróleo”. 

Para isso, o dirigente cobrou o fim da atual política de preços, atrelada ao dólar. Assim como alertou para o desmonte da estatal, que vem sendo fatiada de Temer a Bolsonaro. Segundo ele, o País “abriu mão de sua soberania para facilitar a vida dos especuladores”, como chama os acionistas da Petrobras, que deverão receber mais de R$ 100 bilhões em lucros e dividendos relativos a 2021.

Em paralelo, a subseção do Dieese na FUP calcula que, de outubro de 2016 a março de 2022, a inflação geral do Brasil esteve em torno de 30%. Enquanto que a gasolina e o óleo diesel subiram perto de 160%. Já o gás de cozinha registrou alta ainda maior, de 350% nos últimos seis anos. O que está diretamente relacionado à PPI.

 

Mobilização nas ruas

“Temos feito campanhas grandes de venda de gás de cozinha a preços mais acessíveis para a população e até da gasolina. Geralmente a alta desse derivado afetava mais a população de renda mais alta. Mas hoje ela atinge uma população já muito sacrificada, que são os trabalhadores de aplicativo. Uma gente que se sacrifica muito nas ruas para entregar a comida de outras pessoas mas que, no final do dia, não tem a comida para levar para casa. Estamos fazendo esse trabalho para mostrar que é possível uma política diferente. E a saída é essa mesmo, pelas ruas”, ressalta Moraes. 

“Nos próximos dias e meses estamos empenhados na construção desses comitês e na mobilização da população brasileira. São as únicas saídas para de fato encostar Bolsonaro e Paulo Guedes na parede e obrigar eles a mudarem. Porque não temos dúvida de que, por opção, eles não farão. Eles têm muito mais compromisso com os especuladores e outras nações. O Brasil reduz a produção de refinarias nacionais para comprar combustível dos Estados Unidos. Estamos desempregado o nosso povo, paralisando refinarias”, adverte o diretor do Sindipetro.