quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Merval Pereira chama viagem de Bolsonaro à Rússia de "trapalhada" e "gafe"

 O jornalista, que tem visão alinhada ao imperialismo, afirmou que Bolsonaro se atrapalhou na conversa com Putin e que escancarou suas “limitações cognitivas”

(Foto: Reprodução | Carolina Antunes/PR)

247 - O jornalista Merval Pereira, colunista do jornal O Globo, afirmou em coluna nesta quinta-feira (17) que a viagem de Jair Bolsonaro (PL) à Rússia, onde dialogou com o presidente Vladimir Putin, foi uma "trapalhada" e uma "gafe".

Na viagem, disse Pereira, Bolsonaro demonstrou suas “limitações cognitivas”. O jornalista chamou a atenção para a insinuação de Bolsonaro de que sua visita aos russos fez com que ocorresse o distensionamento entre Rússia e Ucrânia.

Para o jornalista, o brasileiro se atrapalhou ao dizer que era "solidário" à Rússia e deixou "arrepiado os cabelos" do Itamaraty. "Bolsonaro não sabe usar as palavras, e é possível que nem soubesse o que estava falando quando afirmou que o Brasil é solidário à Rússia. Ele provavelmente estava se referindo à economia e ao comércio, mas se solidarizar com a Rússia numa visita oficial é um erro absurdo neste momento de crise".

Alinhado aos interesses imperialistas, Pereira afirmou que "o Itamaraty deve estar de cabeça para baixo tentando explicar a confusão que Bolsonaro criou à toa com os Estados Unidos. Uma vantagem é que o Brasil está tão inexpressivo no cenário mundial, que tudo isso virou galhofa, sem maiores complicações diplomáticas".

O jornalista ainda lembrou dos governos Lula (PT), quando o Brasil tinha uma política externa "solidificada", "consistente e planejada".

Venezuela expandirá cooperação militar com a Rússia, diz Maduro

 A Rússia recebe apoio total da Venezuela diante das ameaças da Otan, disse Nicolás Maduro

Nicolás Maduro e Vladimir Putin (Foto: Aleksei Druzhinin/Sputnik)


HAVANA, 17 de fevereiro, TASS - A Venezuela expandirá a cooperação com a Rússia na esfera militar para defender a paz e sua soberania, disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, nesta quarta-feira (16).

"Revisamos os planos de cooperação militar e endossamos uma área de forte cooperação militar entre a Rússia e a Venezuela para defender a paz, a soberania e a integridade territorial", disse o chefe de Estado à Venezolana de Television. "O ministro da Defesa, Vladimir Padriño López, tem instruções claras sobre este assunto. Vamos expandir o programa [de cooperação] com uma potência militar como a Rússia."

"A Rússia é totalmente apoiada pela Venezuela diante das ameaças da Otan e do mundo ocidental", enfatizou.

Na quarta-feira, o vice-primeiro-ministro russo Yuri Borisov iniciou sua visita à Venezuela. Borisov co-preside a comissão intergovernamental de cooperação comercial e econômica e técnica com a Venezuela. A delegação russa inclui funcionários do Ministério das Finanças, Ministério da Energia, Ministérios do Desenvolvimento Econômico, da Indústria e Comércio, da Agricultura e outros.

Ativistas são presos em Brasília por protesto contra Pacote do Veneno

 Grupo foi atacado com spray de pimenta quando tentava erguer um inflável com a mensagem “Bancada do Câncer, não vamos engolir o seu veneno”

(Foto: Mídia Ninja/divulgação)


Rede Brasil Atual - Ativistas que protestavam contra a aprovação do “Pacote do Veneno” foram presos nesta quarta-feira (16) em Brasília. A manifestação estava ocorrendo durante a tarde, em frente ao Congresso Nacional. O grupo pretendia denunciar os 301 deputados que aprovaram o Projeto de Lei (PL) 6.299/2002 na semana passada e que facilita a liberação de agrotóxicos no país.

Eles vestiam macacões de segurança e máscaras de gás para denunciar o risco de contaminação por essas substâncias. Também portavam cartazes com os dizeres “Bancada do Câncer, não vamos engolir o seu veneno”. Entretanto, quando tentavam instalar um inflável com a mesma mensagem, foram reprimidos pela Polícia Legislativa.

Os policiais arrancaram os cartazes das mãos dos ativistas, que não reagiram. Ainda assim, um dos agentes os atacou com spray de pimenta. Os policiais também obrigaram os manifestantes a esvaziar e recolher o inflável.

O governo Bolsonaro tem batido recordes de liberação de veneno para utilização pelo agronegócio. Somente no ano passado, por exemplo, houve autorização para 585 produtos, segundo dados do Ministério da Agricultura. Em 2020, foram 493, enquanto em 2019 os ruralistas obtiveram aval para 475 destes produtos químicos.

A aprovação do PL ocorrida na última quarta-feira (9) flexibiliza ainda mais as normas para a liberação de agrotóxicos no país. Isso porque facilita a abertura do mercado para novos pesticidas antes proibidos. Além disso, centraliza no Ministério da Agricultura as tarefas de fiscalização e análise desses produtos. Apesar da gravidade da decisão, os deputados decidiram pela aprovação do “Pacote do Veneno” em menos de quatro horas de discussão.

“Significa incluir na comida substâncias que causam câncer, mutações genéticas, distúrbios hormonais e todos tipo de dano pra saúde”, protestou o líder da Oposição, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ). Nesse sentido, 71 parlamentares votaram contra, além de uma abstenção.

Outros 69 representantes do PT, PSB, PDT, Psol, PV e Rede permaneceram em obstrução, na tentativa de barrar o “trator” comandado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Mas ele já havia firmado um acordo pela aprovação com a bancada ruralista. Assim, aprovaram a proposta em “regime de urgência”, sem debate mais amplo.

O relator da proposta, deputado federal Luiz Nishimori (PL-PR), recebeu R$ 380 mil de empresários e executivos do agronegócio na campanha que o levou à Câmara dos Deputados, em 2018.

'Melhor que meus ajudantes', diz Bolsonaro para justificar ida de Carlos à Rússia

 Carlos Bolsonaro é vereador do Rio de Janeiro. Mesmo assim, acompanha o pai, presidente da República, em viagens internacionais

Carlos e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro (PL) defendeu a presença de seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos) na viagem do governo federal pela Europa. Nesta quarta-feira (16), o chefe do governo federal brasileiro se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin.

Mesmo sendo vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro acompanha o pai em muitas - senão todas - viagens internacionais. Na Rússia não foi diferente.

À Jovem Pan News, Bolsonaro defendeu o filho, que "não ganha nada do governo federal" para estar nas viagens e "votou em praticamente tudo o que acontecia na Câmara Municipal do Rio de Janeiro".

Bolsonaro ainda afirmou que Carlos é melhor que seus próprios ajudantes oficiais. "Ele se comporta, com todo respeito aos meus ajudantes de ordem, melhor que meus ajudantes de ordem. Ele dorme no meu quarto, não tem qualquer despesa e que trabalhou ontem comigo até de noite com nossas redes sociais prestando informações a todos do Brasil. O conteúdo que nós postamos no Facebook, Telegram, Twitter, em grande parte passa pelo crivo dele. É uma pessoa que não ganha nada do governo federal, é um vereador do Rio de Janeiro e essa noite, inclusive, ele votou em praticamente tudo o que acontecia na Câmara Municipal".

Foto publicada pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) no Twitter é emblemática. "No Governo Bolsonaro é assim: o filho senta e o ministro general fica em pé". Na imagem, enquanto Carlos se senta ao lado de Bolsonaro na mesa de negociações com a Rússia, o ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência, está em pé e o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, está sentado mais atrás. 


Barroso rechaça ataques de Bolsonaro, mas diz que não há ameaça à democracia e que militares não se envolverão com política

 Em entrevista, o presidente do TSE e ministro do STF fala sobre as ameaças de golpe de Bolsonaro e refuta críticas à segurança da urna eletrônica

Ministro Luís Roberto Barroso (Foto: STF | Alan Santos/PR)

247 - Questionado sobre as ameaças autoritárias apontadas pelo ministro do TSE Edson Fachin, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que deixa o cargo no próximo dia 22, considera em entrevista à Folha de S.Paulo que não há uma ameaça real ao processo eleitoral de 2022. 

Ele ressalta, contudo, que "houve momentos de preocupação, como o comício na porta do quartel-general do Exército, como tanques de guerra na Praça dos Três Poderes, como ataques infundados ao sistema eleitoral, o pronunciamento do 7 de Setembro com ofensas ao ministro do Supremo e a declaração de que não cumpriria mais decisões judiciais".

De acordo com Barroso, "são sinais preocupantes", mas as instituições reagiram, "demonstrando a vitalidade da democracia".

Barroso rechaçou os ataques de Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral: "Eu acho que a percepção crítica do sistema eleitoral é de uma parcela muito pequena da população. O próprio Datafolha fez a pesquisa e deu pouco mais de 20%".

Sobre as fake news na campanha eleitoral deste ano, o ministro disse que "a desinformação em si é um problema. E destaca que o TSE tem uma comissão permanente de enfrentamento à desinformação.

Barroso anunciou que nesta terça-feira (15), o TSE assinou "parcerias com todas as principais redes sociais que operam no Brasil para o enfrentamento da desinformação, sobretudo dos chamados comportamentos inautênticos, que é a utilização de robôs, perfis falsos e trolls —pessoas contratadas para difundir notícias falsas—, e para minimizar o risco dos disparos em massa ilegais. Estamos tomando as providências possíveis, sobretudo para a proteção do sistema eleitoral".

Leia a íntegra da entrevista.

Governo Bolsonaro coloca à venda mais blocos do pré-sal

 Tanto o pré-edital como as minutas de contrato serão enviados ao Ministério de Minas e Energia para aprovação

(Foto: Petrobras/Divulgação)

Agência Brasil – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou ontem (16) o pré-edital e as minutas de contrato que estabelecem regras da licitação de 11 blocos localizados na área do pré-sal, dentro da Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP). Tanto o pré-edital como as minutas de contrato serão enviados ao Ministério de Minas e Energia para aprovação.

A ANP lembrou que os blocos Ágata, Água Marinha, Esmeralda, Jade, Turmalina e Tupinambá estavam previstos para serem ofertados na 7ª e 8ª rodadas de partilha de produção, na Bacia de Santos. Os cinco blocos restantes não foram arrematados em rodadas de licitação de partilha da produção realizadas pela ANP. São eles: Itaimbezinho (4ª Rodada de Partilha, Bacia de Campos), Norte de Brava (6ª Rodada de Partilha, Bacia de Campos), Bumerangue, Cruzeiro do Sul e Sudoeste de Sagitário (6ª Rodada de Partilha, Bacia de Santos).

Oferta permanente

Segundo a ANP, oferta permanente é um formato de licitação de outorga de contratos de exploração e produção de blocos exploratórios e de áreas com acumulações marginais, localizados em quaisquer bacias terrestres ou marítimas, para exploração ou reabilitação e produção de petróleo e gás natural. Nesse formato, a oferta de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais é contínua.

Até dezembro do ano passado, a oferta permanente era realizada exclusivamente em regime de contratação por concessão, sem possibilidade de inclusão de áreas do pré-sal e, também, de áreas consideradas estratégicas, nos moldes da Lei nº 12.351/2010, cujo regime legal de contratação é o de partilha de produção.

A Resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nº 27/2021, do dia 24 de dezembro de 2021, suspendeu essa limitação ao estabelecer que os campos ou blocos situados no polígono do pré-sal ou em áreas estratégicas poderão ser licitados no sistema de Oferta Permanente mediante determinação específica do CNPE, com definição dos parâmetros a serem adotados para cada campo ou bloco.

No dia 5 de janeiro de 2022, a Resolução CNPE nº 26/2021 autorizou a licitação de 11 blocos no sistema de Oferta Permanente, sob o regime de partilha de produção, e aprovou os parâmetros técnicos e econômicos do leilão.

A ANP informou ainda que os blocos exploratórios a serem oferecidos na Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP) não têm relação com os blocos oferecidos no 3º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC), que se encontra em andamento e tem sessão pública de apresentação de ofertas marcada para o dia 13 de abril. 

Em 2022, Telegram será ferramenta do bolsonarismo para articular ondas de fake news

 Ferramenta não tem representante no Brasil e pode ignorar ordens judiciais. Telegram não assinou acordo com TSE para conter fake news de campanhas eleitorais

(Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)

Rede Brasil Atual “Inscreva-se em nosso canal no Telegram e tenha acesso à ações que querem a todo custo esconder de você.” A exortação, com todos os erros de linguagem originais, é do perfil oficial de Jair Bolsonaro e foi postada nesta quarta-feira (16), em sua conta no Twitter. Foi publicada por volta das15 h, no horário de Brasília, ou 21 h na Rússia, onde o mandatário se encontrou hoje com o presidente Vladimir Putin. Em ano de eleições, o Telegram se transforma em uma ferramenta importante para o bolsonarismo no Brasil. Entre as plataformas digitais, é o próximo cavalo-de-batalha da família que governa o Brasil.

“O Telegram é usado para articulação e distribuição de conteúdos para os apoiadores mais aguerridos, mais ideológicos e articulados do bolsonarismo”, diz Sergio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC. A ferramenta não tem tanto alcance quantitativo. Muito dificilmente – explica o professor – a ferramenta vai atingir “a tia e o primo do interior”, o “tiozão ou a tiazona do WhatsApp”. Ou seja, Bolsonaro vai para o Telegram para criar uma rede de perfis cuja função é “replicar conteúdo”.

O presidente não está pedindo para os seguidores usarem a ferramenta por acaso. Na terça-feira (15), o Tribunal Superior Eleitoral assinou acordos com oito plataformas digitais para combater a disseminação de notícias falsas no período eleitoral.

Twitter, LinkedIn, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube, TikTok e Kwai fizeram acordo com o TSE. O Telegram – que não tem representação no Brasil – não negociou. Mais do que isso, ignorou o pedido do TSE para debater o tema.

“O Telegram não aceita ordem judicial, não tem representante no Brasil, e com ele o bolsonarismo vai poder distribuir conteúdos desinformativos, mentiras, comandos de perseguição de pessoas pela plataforma. Não vai fazer isso pelo WhatsApp, por exemplo, sem ser reprimido pela Justiça”, destaca o professor da UFABC.

Por isso, no post de Bolsonaro do Twitter, ele fala de “ações que querem a todo custo esconder de você”. O Telegram não respeita legislação, a Constituição, o Judiciário no Brasil. A plataforma é importante porque o bolsonarismo age ilegalmente.”

Pontas de lança

A plataforma terá na eleição o papel de articulador dos divulgadores do bolsonarismo. Em uma de suas contas, Bolsonaro já tem mais de 1 milhão de inscritos. Alguns desses – não todos, mas os mais influentes, os chamados pontas de lança – vão replicar conteúdos, levando-os para as redes “tradicionais”, como Instagram, WhatsApp etc. As pessoas que não usam internet como ferramenta normalmente não têm ou não usam o Telegram, que em um aspecto é semelhante ao Twitter.

Nesse sentido, os usuários do Twitter – ressalta Amadeu –, que é pequeno em comparação com WhatsApp, Facebook, Instagram, podem ser bons articuladores. Se o Twitter não alcança o “tiozão” do interior, é muito usado por formadores de opinião, artistas, jornalistas, profissionais de conteúdo e militantes.

Usuários

Segundo uma pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, realizada pela Infobit e divulgada em setembro de 2021, o Telegram está em 53% dos smartphones no Brasil.  Enquanto o WhatsApp está instalado em 99% dos celulares brasileiros e é usado por 86% desse total, o Telegram é utilizado por 25% das pessoas que baixaram o aplicativo.

O Brasil teria hoje cerca de 109 milhões de usuários de smartphones, segundo estudo da consultoria Newzoo citado pela revista Exame em agosto do mesmo ano.

Após respostas do TSE, Bolsonaro diz que Forças Armadas darão os 'próximos passos' e serão 'fiadoras' do processo eleitoral

 "Estou aguardando — todo o Brasil está aguardando — o que as Forças Armadas dirão sobre a resposta do TSE", acrescentou Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro, urnas eletrônicas e Forças Armadas 
(Foto: Alan Santos/PR | ABr)


247 - Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (16) que as Forças Armadas serão "fiadoras" do processo eleitoral. A declaração foi concedida à Jovem Pan após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgar o documento com as perguntas das Forças Armadas sobre o processo eleitoral e as respostas da corte.

"Estou aguardando — todo o Brasil está aguardando — o que as Forças Armadas dirão sobre a resposta do TSE. Se procede, se o TSE tem razão ou se não tem razão e o porquê. E os próximos passos serão dados pelas nossas Forças Armadas”, disse.

As Forças Armadas fizeram 74 perguntas à Justiça Eleitoral. As respostas foram dadas pela Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), do TSE.

A entrevista teve ataques aos ministros do STF Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, que também ocupam cargos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro afirmou que os magistrados querem deixá-lo inelegível e escolher o candidato deles. 

Quem comprar a Eletrobrás cometerá crime de receptação, afirma Requião

 De acordo com o pré-candidato ao governo do Paraná, a estatal está sendo roubada do povo brasileiro, e sua compra configura crime

Roberto Requião (Foto: Reprodução/Facebook | Reuters)


247 - O ex-senador e pré-candidato ao governo do Paraná Roberto Requião afirmou pelo Twitter na noite desta quarta-feira (16) que quem comprar a Eletrobrás, que está sendo vendida pelo governo Jair Bolsonaro (PL) abaixo de seu preço real, estará cometendo crime de interceptação.

O crime de receptação, segundo a legislação brasileira, se trata de "adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte".

Segundo Requião, a estatal está sendo "roubada" do povo brasileiro, e por isso a compra configura crime. "Quem comprar a Eletrobrás estará comprando empresa sabidamente roubada do povo brasileiro, portanto cometendo crime de receptação".

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

TSE revela perguntas de militares sobre segurança das urnas, publica respostas e espera calar Bolsonaro

 Após vazamentos, tribunal decidiu divulgar as cerca de 700 páginas com respostas às dúvidas enviadas pelas Forças Armadas. Confira o documento

(Foto: ABr)

247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu divulgar o documento com as perguntas das Forças Armadas sobre o processo eleitoral e as respostas da corte, que deram cerca de 700 páginas. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, havia comunicado na segunda-feira (14) à Comissão de Transparência das Eleições (CTE) ter enviado as respostas. De acordo com o Tribunal, foram 48 perguntas específicas com pedidos de informações para compreender o funcionamento das urnas eletrônicas, sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades.

O conteúdo das informações estava em sigilo, por convenção da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), instalada pelo TSE, em setembro de 2021. Diante de vazamentos, além de pressão de Jair Bolsonaro (PL) sobre o tema durante lives, o TSE resolveu liberar o teor dos documentos. As perguntas formuladas são do general Heber Portela e as respostas foram entregues pela área técnica da Corte Eleitoral.

A decisão de divulgar o material foi tomada em conjunto pelo atual presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, e pelos futuros presidentes, Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes, levando em conta que as informações prestadas às Forças Armadas a respeito do processo eletrônico de votação são de interesse público e não impactam a segurança cibernética da Justiça Eleitoral. O documento tem 69 páginas e três anexos - estes com outras 635 folhas.

Confira aqui a íntegra das respostas enviadas às Forças Armadas.

Aqui o anexo das respostas enviadas às Forças Armadas.

Secretaria de Esportes de Apucarana abre as inscrições da ginástica

 


Serão abertas na próxima segunda-feira (21/02), a partir das 8 horas, no Ginásio Municipal de Esportes José Antônio Basso (Lagoão), em Apucarana, as inscrições para as aulas da escolinha de ginástica artística e ginástica rítmica (GR).

A professora Neusa Maria da Silva, coordenadora geral das duas modalidades, disse nesta quarta-feira que as aulas são abertas para crianças e adolescentes na faixa etária de 6 a 14 anos de idade. “Depois de quase dois anos de pandemia, enfim estamos retomando as atividades da ginástica com as aulas iniciando no dia 7 de março. Para realizar as inscrições os pais precisam levar a carteira de vacinação dos filhos”, destaca a professora Neusa.

Antes da pandemia a escolinha reunia 208 alunos. “Nesse retorno das aulas o nosso objetivo é aumentar o número de inscritos e disputar ainda nesse ano competições regionais, os Jogos Oficiais do Estado e promover festivais no Ginásio do Lagoão”, frisa a professora Neusa.

O secretário municipal de Esportes da Prefeitura de Apucarana, professor José Marcelino da Silva, o Grillo, disse que as aulas ocorrerão as segundas, terças, quartas, quintas e aos sábados, com treinamentos e trabalhos de iniciação. “A ginástica é aberta para toda a comunidade, num esporte que tem muita tradição no município. A meta é revelar novos talentos, disputar as principais competições no Estado, tendo o apoio do prefeito Junior da Femac”, cita o professor Grillo.

A relação de aulas durante a semana no Lagoão é a seguinte: segunda e quarta-feira, 8h30 às 11 horas e das 13h30 às 16 horas (treinamento); terça e quinta-feira, 8h40 às 9h30, 9h40 às 10h30, 14 horas às 14h50, 15 horas às 15h50, 16 horas às 16h50 e das 17 horas às 17h50 (iniciação); sábado, 8h20 às 9 horas (iniciação), 9h10 às 9h50 e das 10 horas às 10h40 (iniciação avançada).

Mais informações podem ser obtidas na Secretaria Municipal de Esportes, anexa ao Centro da Juventude Alex Mazaron, na rua Piratininga, 464, no Jardim Diamantina, pelo telefone 3422-5184, e no Ginásio de Esportes Lagoão pelo telefone 3122-0425.

Apucarana repassa 150 mil mudas de café a produtores


 Com a distribuição de mudas certificadas, a Prefeitura de Apucarana está apostando na melhoria da qualidade do café produzido no Município, além de contribuir com o aumento da produtividade e da rentabilidade nas pequenas propriedades. Nesta quarta-feira (16/02), a Secretaria Municipal de Agricultura iniciou a entrega de 150 mil mudas, que atenderão 75 produtores.

Solange Aparecida Araújo, que no ano passado venceu o concurso Café Qualidade Paraná na categoria café natural, foi uma das produtoras que buscou as mudas com valor subsidiado. “O Programa de Incentivo à Cafeicultura contribui com o aumento da produtividade e da rentabilidade, além de promover a diversificação nas pequenas propriedades”, avalia Solange, que levou 3 mil mudas de café IPR 100 para fazer o replantio de uma área na propriedade da família, localizada na região da Serrinha.

O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, salienta que Apucarana tem condições diferenciadas para o cultivo de uma bebida de qualidade, aliando altitude, clima e solo. “Além disso, a história de Apucarana está ligada à cultura do café. Muitos de nós têm familiares que vieram para Apucarana para produzir café e, de alguma forma, quem vive em Apucarana é fruto desta bela história”,

Junior da Femac afirma que o Município incentiva toda a cadeia produtiva. “Na safra de 2021, uma cafeicultora de Apucarana ficou em primeiro lugar no 19o Concurso Café Qualidade Paraná. Atualmente, temos cerca de 20 cafeterias de alta qualidade na cidade, e por todo esse contexto, tomar um café em Apucarana tem um sabor único”, destaca Junior da Femac.

O engenheiro agrônomo André Maller, da Secretaria Municipal de Agricultura, afirma que Apucarana tem vocação para produzir cafés de qualidade. “A nossa região tem uma condição de solo de origem vulcânica, o que resulta na presença de alguns nutrientes em grandes quantidades, como potássio, cálcio e magnésio. O solo com essas características permite a produção de cafés com notas de sabor diferenciados, quase que exclusivos da nossa região”, observa o engenheiro agrônomo.

O secretário municipal de Agricultura, Gerson Canuto, lembra que neste ano a Prefeitura triplicou a produção de mudas, passando de 40 mil para 150 mil. “Para o ano que vem, a meta é produzir 200 mil mudas, lembrando que as mudas são repassadas a um custo de R$ 250 o milheiro, enquanto no mercado esse custo gira em torno de R$ 1 mil”, compara Canuto.

O Horto Municipal, onde as mudas de café são produzidas, é uma área credenciada e que atende a todas as exigências técnicas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Localizado no Jardim Eldorado, o viveiro municipal produz mudas de café da variedade IPR 100 que possuem tolerância a doenças, como nematóide e ferrugem. Para os próximos anos, a intenção da Prefeitura é disponibilizar aos produtores também novas variedades.

Apucarana registra dois óbitos e 247 casos de Covid-19 nesta quarta-feira


 A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou dois óbitos e 247 casos de Covid-19 nesta quarta-feira (16) em Apucarana. O município soma agora 530 mortes e 31.780 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

O primeiro óbito é de um homem de 57 anos, com registro do esquema de duas doses da vacina contra a Covid-19.  O segundo óbito é de um homem de 70 anos, com histórico de cardiopatia, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Mellitus (DM) e retinopatia. Ele também tinha registro de duas doses da vacina. Os óbitos ocorreram em 11 e 12 de fevereiro, respectivamente.

Os novos casos confirmados são de 132 mulheres e 115 homens. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 35 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 89.955 pessoas, sendo 59.970 em testes rápidos, 26.348 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São nove pacientes do município internados no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

Boletim confirma mais 16.402 casos de Covid-19 e 52 óbitos no Paraná

 Informe da Secretaria da Saúde desta quarta-feira (16) atualizado os dados acumulados do monitoramento: o Estado soma 2.221.677 casos confirmados e 41.650 mortes.

Foto: SESA


A secretaria estadual da Saúde divulgou nesta quarta-feira (16) mais 16.402 casos confirmados e 52 mortes em decorrência da Covid-19. Os números incluem meses anteriores e não representam a notificação das últimas 24 horas. Os dados acumulados do monitoramento da doença mostram que o Paraná soma 2.221.677 casos e 41.650 óbitos.

Os casos confirmados divulgados nesta quarta-feira são de fevereiro (14.651) e janeiro (1.684) de 2022; dezembro (4), novembro (7), outubro (1), setembro (2), agosto (4), julho (9), junho (6), maio (14), abril (5), março (1), fevereiro (2) e janeiro (2) de 2021; dezembro (1), novembro (1), outubro (2), setembro (2), agosto (1), julho (2) e maio (1) de 2020.

Os óbitos são de fevereiro (45) e janeiro (4) de 2022; outubro (1), junho (1) e fevereiro (1) de 2021.

INTERNADOS – 170 pacientes com diagnóstico confirmado estão internados, todos em leitos SUS (78 em UTI e 92 em enfermaria). Há outros 1.212 pacientes internados, 459 em leitos UTI e 753 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles nas redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – O boletim relata a morte de mais 52 pacientes. São 23 mulheres e 29 homens, com idades que variam entre 42 e 97 anos. Os óbitos ocorreram entre 5 de fevereiro de 2021 e 15 de fevereiro de 2022.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Maringá (6), São José dos Pinhais (5), Mamborê (5), Paranaguá (4), Foz do Iguaçu (3), Ponta Grossa (2), Pitanga (2), Pato Branco (2), Paranavaí (2), Londrina (2), Cascavel (2) e Campo Largo (2).

Também é registrada a morte de uma pessoa em cada um dos seguintes municípios: Sapopema, Sabáudia, Realeza, Porto Barreiro, Nova Esperança do Sudoeste, Medianeira, Marechal Cândido Rondon, Mandaguari, Guaíra, Curitiba, Cidade Gaúcha, Cianorte, Cambé, Assis Chateaubriand e Arapongas.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento registra 10.272 casos de não residentes no Estado – 229 pessoas foram a óbito.

Confira relatórios de exclusões e de correções de municípios no site da Sesa.


Fonte: AEN

Pagamento da segunda parcela do IPVA 2022 começa nesta quinta-feira


Calendário de acordo com o número final da placa do veículo vai até a semana que vem. Quem ficar inadimplente pode ter impedimentos no acesso a financiamento e outros prejuízos.

Foto: Geraldo Bubniak/AEN


O contribuinte deve ficar atento às datas para pagamento da segunda parcela do IPVA 2022 (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores). O calendário começa nesta quinta-feira (17), com o vencimento para veículos de placas com finais 1 e 2. A ordem, de acordo com o dígito final da placa do veículo, segue até a próxima quarta-feira (23). 

A quitação do IPVA é requisito obrigatório para emissão certificado de licenciamento de veículo pelo Detran/PR. Para emitir a guia de pagamento, basta acessar o portal do IPVA. É preciso ter em mãos o número do Renavam, que consta no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos (CRLV). 

Só em janeiro, de acordo com relatório da Inspetoria Geral de Arrecadação da Receita Estadual, cerca de 2,3 milhões de contribuintes pagaram o imposto à vista ou a primeira parcela. O número representa 50% da frota, estimada em 4,6 milhões de veículos. 

O IPVA é uma das principais fontes de arrecadação tributária do Paraná. Está atrás apenas do apenas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação). 

ATRASOU - Quem ainda não pagou o IPVA deve regularizar a situação para não ficar com pendência fiscal. Para pagar a parcela em atraso, o contribuinte pode emitir a guia no Portal do IPVA ou quitar diretamente nos bancos credenciados, com o número do Renavam do veículo. Também está disponível no portal a opção para quitação total em parcela única, agora sem desconto.  

O contribuinte que deixa de recolher o imposto no dia fica sujeito à multa de 0,33% por dia de atraso e a juros de mora com base na taxa Selic. Passados 30 dias, o percentual da multa é fixado em 10% do valor do imposto. O quanto antes for feita a regularização, menor a multa. 

RESTRIÇÕES – Permanecendo a inadimplência, o débito poderá ser inscrito na Dívida Ativa e o contribuinte incluído no Cadin Estadual. O inadimplente não poderá aproveitar eventual crédito no programa Nota Paraná e terá o nome incluído nos órgãos de proteção ao crédito, causando dificuldade de acesso a empréstimos e outras modalidades de crédito, além do impedimento de assumir cargo público. 

A inadimplência do IPVA também impossibilita obter o CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo. Após o vencimento do licenciamento, que é definido pelo Detran/PR, o veículo estará em situação irregular perante a legislação de trânsito, e o proprietário poderá sofrer as sanções previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), inclusive com a apreensão do veículo. 

Calendário de vencimento de acordo com o número final da placa do veículo: 

1 e 2 - 17/02, 17/03, 18/04, 17/05 

3 e 4 - 18/02, 18/03, 19/04, 18/05 

5 e 6 - 21/02, 21/03, 20/04, 19/05 

7 e 8 - 22/02, 22/03, 22/04, 20/05 

9 e 0 - 23/02, 23/03, 25/04, 23/05


Fonte: AEN

“Não fazem e não deixam ninguém fazer”, diz Gleisi sobre descumprimento de promessa de distribuição de absorventes

 Ministra Damares Alves prometeu lançar programa federal em outubro do ano passado, mas até agora o projeto criado pelo PT, em 2019, não saiu do papel

Gleisi Hoffmann e Damares Alves (Foto: ABr)


247 - A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann, questionou nesta quarta-feira (16) através das redes sociais, o descumprimento da promessa da ministra dos Direitos Humanos, Damares Alves, de distribuição de absorventes para meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social, que está há quatro meses atrasado (Damares anunciou, após veto de Bolsonaro, que o programa seria criado em outubro de 2021).

Hoffmann questiona que após quatro meses nada aconteceu e novo projeto não saiu do papel.  “Damares prometeu lançar em outubro um programa federal de distribuição de absorventes, estamos em fevereiro e nada saiu do papel. O PT apresentou projeto para garantir o item às mulheres carentes, aprovamos no Congresso e Bolsonaro vetou. Eles não fazem e não deixam ninguém fazer”, tuitou a presidente do PT. 

O projeto de lei aprovado pelo Congresso foi apresentado em 2019 pela deputada Marília Arraes (PT-PE), e por 34 colegas, em uma aliança suprapartidária. 

Um estudo do Fundo de Populações das Nações Unidas (UNFPA) apontou que cerca de quatro milhões de meninas brasileiras não têm acesso a itens básicos de cuidados menstruais nas escolas

Diretora de projeto social que atende 500 crianças em Petrópolis morre soterrada após chuva

 Maria das Graças de Paiva Destro, de 73 anos, morava próximo à sede do projeto

(Foto: Reprodução)


247 - Uma das diretoras de um projeto social que atende 500 crianças em Petrópolis, no Rio de Janeiro, está entre os mortos na região serrana  após a destruição causada pela chuva que atingiu a cidade nesta terça-feira (15).

Maria das Graças de Paiva Destro, de 73 anos, a “Dona Fia” como era chamada na comunidade, morava ao lado da sede do projeto e morreu soterrada. Segundo relatos de familiares ao G1, o corpo da idosa só foi encontrado na manhã desta quarta-feira (16) e logo depois levado ao IML.

O prédio do Projeto Morro ficava no bairro Alto da Serra, na região do Morro da Oficina. A estrutura de quatro andares desapareceu completamente.

Dona Maria foi uma das primeiras pessoas a abraçar o projeto desde que foi instalado na região, há 15 anos. 

“Sempre esteve muito presente no projeto, sempre quando a gente precisou, não só a Dona Fia, mas toda a família dela. Então, assim, é uma perda muito muito forte pra gente. É uma pessoa que vai fazer muita falta. Uma pessoa idosa, mas não era o momento dela ir", relembra o idealizador do projeto, Bruno Gonçalves. 

Além da perda das vidas, o projeto estima uma prejuízo financeiro de R$ 700 mil.

'Além de estar prevaricando, Aras vai à televisão mentir para os brasileiros', acusa Randolfe Rodrigues

 O PGR Augusto Aras afirmou que o relatório da CPI da Covid é desconexo e apresenta falta de provas. Esta seria a razão pela demora para a tomada de providências

Randolfe Rodrigues e Augusto Aras (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado | Antonio Augusto/PGR

247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em entrevista à CNN Brasil nesta quarta-feira (16), fez duras críticas ao procurador-geral da República, Augusto Aras, por sua "inércia" em relação à tomada de providências contra autoridades, incluindo Jair Bolsonaro (PL), com base nas acusações feitas pela CPI da Covid em seu relatório final.

Reportagem do Estado de S. Paulo dá conta de que senadores da CPI da Covid avaliam apresentar um pedido de impeachment de Aras.

Também na CNN Brasil, Aras afirmou que o relatório da comissão é 'desconexo' e apresenta falta de provas. Segundo o PGR, esta seria a justificativa para a demora da apresentação de denúncia por parte da instituição ao Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a autoridades com foro privilegiado. "Doutor Aras, não faça isso não. Um homem da sua idade, fica feio para o senhor vir à televisão faltar com a verdade. Desde que o senhor começou a andar com Jair Bolsonaro o senhor deu para esse mau costume. Além de estar atrasando, prevaricando no seu ofício, o senhor vem na televisão faltar com a verdade para com os brasileiros", atacou Randolfe.

O parlamentar destacou que, com base no mesmo relatório, instâncias inferiores do Ministério Público já apresentaram denúncias e instauraram diligências contra acusados pela CPI que não têm foro privilegiado. "Nós fizemos a entrega e um dia depois a Procuradoria da República no Distrito Federal protocolou uma ação civil pública pedindo uma indenização às vítimas da pandemia em R$ 60 bilhões por parte da União, e já instaurou inquéritos, como o da Conitec. Distribuiu os inquéritos e as responsabilidades entre os procuradores. Os procuradores da primeira instância não foram atrás da CPI pedir novas provas, novo material. Já fizeram diligências".

"O que queremos do doutor Aras é que ele faça o serviço dele. Nós já fizemos e os colegas dele da primeira instância estão fazendo. Então gostaríamos que ele começasse a cumprir. Se coubesse a nós, à CPI, oferecer denúncia, nós já teríamos feito", completou.