sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

TSE rebate Bolsonaro e diz que declarações sobre vulnerabilidade nas urnas ‘não fazem o menor sentido’

 Em nota, a Corte eleitoral informou que “não há levantamento sobre possíveis vulnerabilidades” no processo eleitoral, como disse ele em live

Jair Bolsonaro em live | fachada do TSE (Foto: Reprodução | Antonio Augusto/Secom/TSE)

247 - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu as declarações de Jair Bolsonaro em live transmitida nas redes sociais nesta quinta-feira (10), quando afirmou que o Exército questionou a corte sobre supostas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas.

Durante a live, Bolsonaro disse que o Exército identificou "dezenas de vulnerabilidades", sem especificar quais seriam e cobrou retorno do TSE sobre a afirmação. “Passou o prazo e ficou um silêncio. Foi reiterado. O prazo se esgotou no dia de hoje”, cobrou na ocasião.

Em nota, a Corte eleitoral informou que o pedido de informações das Forças Armadas "apresentam dúvidas sobre funcionamento do sistema eleitoral" e que "não há levantamento sobre possíveis vulnerabilidades". O TSE ainda considerou que as declarações veiculadas "não correspondem aos fatos nem fazem qualquer sentido", informa reportagem do UOL.

Bolsonaro chama Braga Netto

"O pessoal do Exército, nosso pessoal da guerra cibernética, buscou, a convite, o TSE e começou a levantar possíveis vulnerabilidades para ajudar o TSE. Foram levantadas várias, dezenas de vulnerabilidades. Foi oficiado o TSE para que pudesse responder às Forças Armadas, porque afinal de contas, pode ser que o TSE esteja com a razão. Pode ser, por que não?", disse Jair Bolsonaro durante a live.

"Passou o prazo e ficou um silêncio. Foi reiterado. O prazo se esgotou no dia de hoje. Isso está nas mãos do ministro Braga Netto [Defesa] para tratar desse assunto. E ele está tratando desse assunto e vai com toda certeza entrar em contato com o presidente do TSE para ver se o atraso foi em função do recesso, se a documentação vai chegar. E as Forças Armadas vão analisar e vão dar uma resposta", acrescentou.

Veja a íntegra da nota do TSE:

O pedido do representante das Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral foi protocolado próximo do recesso, quando os profissionais das áreas técnicas fazem uma pausa. Após este período, o conteúdo começou a ser elaborado e será encaminhado nos próximos dias.

São dezenas de perguntas de natureza técnica, com certo grau de complexidade. Tudo está sendo respondido, como foi devidamente comunicado ao referido representante.

Cabe destacar que são apenas pedidos de informações, para compreender o funcionamento do sistema eletrônico de votação, sem qualquer comentário ou juízo de valor sobre segurança ou vulnerabilidades. As declarações que têm sido veiculadas não correspondem aos fatos nem fazem qualquer sentido.

Sergio Moro faz gesto em entrevista que lembra o de Adrilles e é ironizado por jornalista

 "Essa questão de levantar a mãozinha tá complicada”, ironiza a jornalista

(Foto: Reprodução/Youtube)

247 - O ex-juiz parcial Sergio Moro, em entrevista à TV Rede Meio Norte, no Piauí, nesta quinta-feira (10), fez um gesto, parecido ao de Adrilles Jorge, ao cumprimentar um grupo de jornalistas. Uma delas chegou a ironizar o ex-juiz.  Adrilles Jorge foi demitido nesta quarta-feira (9) pela Jovem Pan por conta do gesto associado ao nazismo ao falar sobre a polêmica envolvendo Monark, do Flow Podcast. 

"Essa questão de levantar a mãozinha tá complicada esses dias aqui no Brasil", disse a jornalista. "Mas eu não tenho nada disso, não", respondeu Moro. A repórter riu e disse que era uma brincadeira para descontrair.

No vídeo, após o apresentador do quadro ‘Jogo do Poder’ anunciar a participação de Moro, o ex-juiz parcial saudou os cinco jornalistas e o público levantando a mão esquerda e deixando-a parada no ar.

Na entrevista, Moro diz que defesa do partido nazista por Kim Kataguiri foi "gafe verbal” e não crime.  O ex-juiz foi, inclusive, ironizado pelo pelo grupo Judeus pela Democracia. O coletivo rebateu que “gafe verbal é falar conge”.

Judeus pela Democracia ironizam Moro: gafe verbal é falar conge

 Coletivo criticou o ex-juiz suspeito que destruiu 4,4 milhões de empregos e agora sai em defesa de Kim Kataguiri, que pode ser cassado por apologia ao nazismo

Sergio Moro e Kim Kataguiri (Foto: Reuters | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

247 - O coletivo Judeus pela Democracia criticou o ex-juiz suspeito Sergio Moro, que destruiu 4,4 milhões de empregos e agora sai em defesa de Kim Kataguiri, que pode ser cassado por apologia ao nazismo quando concordou com Monark pela criação de um partido nazista, em participação no Flow Podcast. 

"Gafe verbal" é falar conge", ironizou o coletivo no Twitter,  relembrando de quando Moro cometeu o crasso erro com a palavra “cônjuge”. 

Veja a defesa de Moro:

Saiba mais

Moro entou passar panos quentes nas declarações de Kim Kataguiri, que concordou com Monark quando o youtuber defendeu a criação de um partido nazista brasileiro.

Gaguejando e com dificuldades de formular a resposta, Moro disse que Kim não cometeu crime, mas sim uma “gafe verbal” ao estimular as manifestações nazistas. 

“Foi um erro, uma gafe verbal”, disse o político. 

Moro diz que defesa do partido nazista por Kim Kataguiri foi "gafe" e não crime (vídeo)

 Ex-juiz, considerado suspeito pelo STF, gaguejou e se enrolou para dar a resposta aos jornalistas

Sergio Moro, Kim Kataguiri e Monark (Foto: REUTERS/Adriano Machado | Reprodução)

247 - O Ex-juiz Sergio Moro, considerado suspeito pelo STF, tentou passar panos quentes nas declarações de Kim Kataguiri, que concordou com Monark quando o youtuber defendeu a criação de um partido nazista brasileiro.

Gaguejando e com dificuldades de formular a resposta, Moro disse que Kim não cometeu crime, mas sim uma “gafe verbal” ao estimular as manifestações nazistas. 

“Foi um erro, uma gafe verbal”, disse o político. 

Veja:

A declaração de Kim sobre o nazismo pode barrar sua filiação ao Podemos, partido do pré-candidato Moro. Atualmente filiado ao DEM, ele anunciou na semana passada que migraria para o Podemos na janela partidária de março, mas integrantes da legenda adiantam que medida pode ser revista diante da gravidade das declarações.

“Golpe fascista”, diz Fernando Horta sobre PL 1595, que cria grupo antiterror e pode criminalizar manifestações

 Projeto de Lei vem tramitando com celeridade na Câmara e conta com o apoio de Jair Bolsonaro. Pode ser votado ainda neste semestre

Fernando Horta e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação | REUTERS/Adriano Machado)


247 - O historiador Fernando Horta chamou de “golpe fascista” o Projeto de Lei 1595, que tramita na Câmara dos Deputados e pode ser votado ainda neste semestre. O texto, de autoria do deputado Major Hugo (PSL-GO), dispõe sobre as ações contraterroristas e conta com o apoio de Jair Bolsonaro.

“Golpe fascista. Isso aqui é clássico. Semelhante passo da chamada Lei Acerbo”, comentou Horta, citando a lei eleitoral italiana proposta pelo Barão Giacomo Acerbo e aprovada pelo Parlamento Italiano em novembro de 1923. O objetivo era dar à maioria dos deputados o partido fascista de Mussolini.

Algumas informações sobre o PL 1595 circularam no Twitter nesta sexta-feira (11), resgatando os perigos que o projeto traz à democracia e principalmente aos movimentos sociais. O texto “pode contar com apoio das Forças Armadas”, “deve obedecer estritamente o presidente” e “abre novas possibilidades de decretação de Estado de Defesa e de Sítio”, destacou o jornalista Renato Souza.

A professora e pesquisadora de Ciência Política Camila Botelho ressaltou outros pontos, trazidos de uma reportagem bastante completa de Ana Penido e Héctor Saint-Pierre, da revista Piauí, que trata especificamente sobre o projeto de lei.

O principal problema destacado pela professora, que extrai trechos das reportagem, “é a ampliação do conceito de ato terrorista, criminalizando a ‘intenção’ e tornando mais difícil diferenciar um ato terrorista de um crime comum. Também prevê o excludente de ilicitude, que reduz as sanções para agentes das Forças Armadas e das polícias que ferirem ou matarem em legítima defesa”.

Outro ponto grave, classificado por ela como “mais absurdo” do PL, é o que classifica manifestantes como terroristas. “Se o PL for aprovado, organizações da sociedade civil, movimentos populares, sindicais, estudantis e outros poderiam ser enquadrados nessa lei? Sim, por vários motivos”, diz trecho.

Casa Branca pede que americanos deixem a Ucrânia em, no máximo, "24 ou 48 horas"

 Assessor de Segurança Nacional da Casa Branca afirma que “os russos estão em posição de lançar uma grande ação militar contra a Ucrânia a qualquer momento”

Presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca18/08/2021 (Foto: REUTERS/Elizabeth Frantz)

247, com Sputnik - A Casa Branca pediu que os os americanos deixem a Ucrânia imediatamente, em no máximo, “24 ou 48 horas”. O alerta foi feito pelo assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, em coletiva à imprensa.

“O presidente não colocará em risco a vida de nossos militares para enviá-los para uma zona de guerra para resgatar pessoas que poderiam ter saído agora”, disse (confira o vídeo abaixo).

A Casa Branca afirma que “os russos estão em posição de lançar uma grande ação militar contra a Ucrânia a qualquer momento”.

Nesta quinta (10), em entrevista à NBC News, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, avisou que não enviará tropas norte-americanas para resgatar cidadãos dos EUA que permaneçam na Ucrânia. “As coisas podem ficar loucas rapidamente”, disse.

"Os cidadãos americanos devem sair, devem sair agora. Não é como se estivéssemos lidando com uma organização terrorista. Estamos lidando com um dos maiores exércitos do mundo. Esta é uma situação muito diferente e as coisas podem enlouquecer rapidamente", afirmou ainda.

Contexto

As tensões entre Washington e Moscou estão em seu ponto mais alto desde a Guerra Fria.

Os EUA e seus aliados do Ocidente interpretam a movimentação de tropas russas perto da fronteira ucraniana como preparativos para uma eventual invasão.

A Rússia já rejeitou reiteradamente as suspeitas, defendendo o direito de mover forças dentro de seu próprio território.

Moscou acusa a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) de buscar pretextos para enviar mais equipamentos militares às proximidades das fronteiras russas.

As tensões na Ucrânia começaram em 2014, após um golpe de Estado apoiado pelo Ocidente.

Na sequência, as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, no leste do país, proclamaram independência da Ucrânia com apoio da população em referendos. Respectivamente, 89,7% e 96% dos eleitores votaram a favor da causa.

Porém, na sequência, Kiev lançou uma operação militar para frear as forças independentistas.

A guerra em Donbass já levou à morte cerca de 13.000 pessoas e deixou dezenas de milhares de feridos e mais de 2,5 milhões de deslocados dentro ou fora da Ucrânia.

Toffoli dá 2º voto favorável para anular caso trabalhista contra Petrobras

 Se houver mais um voto nesse sentido, uma maioria para confirmar a anulação da condenação da Petrobras estará formada

(Foto: Foto: Agência Brasil)

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu o segundo voto para confirmar decisão anterior que havia anulado a maior condenação trabalhista já imposta à Petrobras, em julgamento virtual do caso na Primeira Turma da corte iniciado nesta sexta-feira.

Toffoli seguiu o voto apresentado mais cedo pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação. Moraes votou para manter sua decisão de julho que atendeu a pedido da companhia.

Se houver mais um voto nesse sentido, uma maioria para confirmar a anulação da condenação da Petrobras estará formada.

Moraes já tinha acatado um pedido para reverter condenação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de 2018 em que se discutia a forma de pagamento aos empregados de uma verba salarial, a RMNR (Remuneração Mínima por Nível e Regime).

Ipespe: Lula tem até 44% de intenções de voto no 1º turno e Bolsonaro é rejeitado por 62%

 Pesquisa divulgada nesta 6ª feira segue mostrando ex-presidente com chances reais de vencer em 1º turno e com larga vantagem sobre todos no 2º turno

247 – A mais recente pesquisa pré-eleitoral divulgada pela empresa Ipespe mostra o seguinte quadro de intenções de voto:

Cenário 1, estimulado:

  • Lula – 43
  • Bolsonaro – 25
  • Moro – 8
  • Ciro – 8
  • Doria – 3
  • Tebet – 1
  • Janones – 1
  • Pacheco – 0
  • Vieira – 0
  • DÁvila – 0
  • Brancos/Nulos – 9
  • Não sabe/Não respondeu – 3

Cenário 2, estimulado (sem Ciro Gomes):

  • Lula – 44
  • Bolsonaro – 26
  • Moro – 8
  • Doria – 4
  • Tebet – 2
  • Janones – 1
  • Pacheco – 1
  • Vieira – 1
  • DÁvila – 0
  • Brancos/Nulos – 10
  • Não sabe/Não respondeu – 3

Em ensaios de 2º turno o ex-presidente Lula (PT) é o único que vence todos os adversários, impondo 23 pontos sobre Bolsonaro – 54% x 31% – e 20 pontos sobre Sérgio Moro – 51% x 31%. Lula teria 24 pontos percentuais de vantagem sobre Ciro ou Doria, em eventual 2º turno.

Na pesquisa, Jair Bolsonaro é o campeoníssimo de rejeição. 62% dos eleitores pesquisados pelo Ipespe disseram que não votariam nele de jeito nenhum. João Doria é o vice-campeão de rejeição, com 59%. Sérgio Moro, o ex-juiz parcial e investigado, tem 55% de rejeição e Ciro Gomes, 45%. O ex-presidente Lula tem 43% de rejeição.

Confira o boletim sobre o tema:

Paraná registra mais 16.871 casos e 67 óbitos pela Covid-19

 Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.159.773 casos confirmados e 41.460 mortos pela doença.

Foto: SESA

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta sexta-feira (11) mais 16.871 casos confirmados e 67 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus.

Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 2.159.773 casos confirmados e 41.460 mortos pela doença.

Os casos são de fevereiro (14.606) e janeiro (2.210) de 2022; dezembro (3), novembro (4), outubro (1), setembro (2), agosto (4), julho (4), junho (4), maio (4), abril (5), março (4), fevereiro (4) e janeiro (4) de 2021; e dezembro (3), novembro (1), setembro (2), agosto (1) e julho (5) de 2020.

Os óbitos são de fevereiro (47) e janeiro (13) de 2022; dezembro (1), novembro (2), julho (1) e abril (2) de 2021; e novembro (1) de 2020.

INTERNADOS – 171 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados em leitos SUS (79 em UTIs e 92 em leitos clínicos/enfermaria) e nenhum em leitos da rede particular (UTI ou leitos clínicos/enfermaria).

Há outros 1.370 pacientes internados, 505 em leitos de UTI e 865 em enfermarias, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A Sesa informa a morte de mais 67 pacientes. São 29 mulheres e 38 homens, com idades que variam entre 2 e 98 anos. Os óbitos ocorreram entre 28 de novembro de 2020 e 11 de fevereiro de 2022.

Os pacientes que foram a óbito residiam em Curitiba (9), Sarandi (6), Maringá (5), Apucarana (4), Pato Branco (3), Cascavel (3), Arapongas (3), Tomazina (2), São José dos Pinhais (2), Ponta Grossa (2), Nova Prata do Iguaçu (2), Marechal Cândido Rondon (2) e Londrina (2).

A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Toledo, Tamarana, São José da Boa Vista, Rolândia, Ribeirão Claro, Pinhão, Paranaguá, Palmas, Moreira Sales, Mariópolis, Joaquim Távora, Japira, Ibiporã, Ibaiti, Foz do Iguaçu, Dois Vizinhos, Cruzmaltina, Castro, Carambeí, Cafelândia, Araucária e Anahy.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 10.100 casos de residentes de fora do Estado, 225 pessoas foram a óbito.

Confira o informe completo clicando AQUI.

Confira o relatório de ajustes da Secretaria de Saúde AQUI.


Fonte: AEN

Paraná chega a 253 mil crianças vacinadas e secretário reforça importância da imunização

 Em média, cerca de 9 mil doses foram aplicadas por dia nesse grupo desde o início da imunização infantil, que começou no dia 15 de janeiro. Estão sendo utilizadas, para esse grupo, os imunizantes da Pfizer/Biontech e do Burtatan/Sinovac.

Foto: Gilson abreu/AEN


Menos de um mês após iniciar a aplicação no público com idade entre 5 e 11 anos, 253.140 crianças paranaenses já foram vacinadas contra a Covid-19. O Estado é o terceiro no País que mais atendeu o público infantil, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais, que são bem mais populosos. Ao todo, já foram aplicadas 253.600 doses dos imunizantes nas crianças. O número pode ser maior porque o Vacinômetro nacional ainda apresenta algumas inconsistências.

Em média, cerca de 9 mil doses foram aplicadas por dia nesse grupo desde o início da imunização infantil, que começou no dia 15 de janeiro. De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é que 1,07 milhão de crianças entre 5 e 11 anos sejam vacinadas no Paraná. Isso significa que, com as doses administradas até agora, quase um quarto do público já começou a ser imunizado.

Estão sendo utilizadas, para esse grupo, os imunizantes da Pfizer/Biontech e do Burtatan/Sinovac.

“É fundamental que os pais ou responsáveis levem seus filhos para vacinar. Temos uma vacina segura, que se tornou nossa principal arma contra a Covid-19. As crianças também estão vulneráveis à doença, e quanto mais públicos imunizados, há menos circulação de vírus nos ambientes”, afirmou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Com o início das aulas é ainda mais importante manter o esquema vacinal em dia, para não colocar outras crianças ou os professores em risco”.

Cidade mais populosa do Paraná, Curitiba foi a que mais vacinou crianças no Estado em números absolutos, com 69.691 atendidas na faixa dos 5 aos 11 anos. É seguida por Maringá (12.548), Colombo (10.498), São José dos Pinhais (9.580), Londrina (8.258), Araucária (6.117), Paranaguá (5.688), Cascavel (5.113), Pinhais (4.975) e Guarapuava (3.937).

PÚBLICO GERAL – O Paraná já tem 20.908.418 doses de imunizantes aplicadas em todos os públicos a partir dos 5 anos de idade. São 9.416.979 primeiras doses, 8.547.889 segundas ou do imunizante de dose única, 2.733.930 doses de reforço e 209.620 doses adicionais. Os dados são compilados pelo Sistema Único de Saúde, conforme a atualização dos municípios.


Fonte: AEN

Apucarana confirma dois óbitos e 116 casos de Covid-19 nesta sexta-feira



A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou dois óbitos e 116 casos de Covid-19 nesta sexta-feira (11) em Apucarana. O município soma agora 526 mortes e 30.827 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

O primeiro óbito é de um homem de 65 anos, sem comorbidades, e o segundo de um homem de 71 anos, com histórico de câncer. Os dois não tinham esquema completo de vacinação contra a Covid-19.

Os novos casos confirmados são de 66 mulheres e 50 homens. Segundo boletim da AMS, o município tem mais 26 suspeitas em investigação.

Já foram testadas 88.105 pessoas, sendo 58.155 em testes rápidos, 26.313 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 12 pacientes do município internados no Hospital da Providência com o diagnóstico de Covid-19.

Alberto Fernández pede união contra a desigualdade na América Latina e destaca liderança de Lula

 Em mensagem ao PT pelo 42º aniversário, presidente argentino se referiu a Lula como grande amigo

Lula e Alberto Fernández (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)

247 - O presidente da Argentina, Alberto Fernández, participou virtualmente da cerimônia de comemoração pelos 42 anos do PT, nesta quinta-feira (10) Ele disse ter “um grande carinho” pelo ex-presidente Lula, a quem se referiu como “um grande amigo” e “um líder da região que admiramos muito”.

“Enquanto Lula foi presidente, vimos como nascia uma classe média muito forte no Brasil. Também vimos como isso foi se perdendo. Também vimos nos anos de Nestor e Cristina [Kirchner] como a classe média [na Argentina] recuperava protagonismo, crescia e, depois, como em só quatro anos tudo isso foi se deteriorando”, afirmou Fernández.

O presidente do país vizinho destacou ainda que “o que temos em comum é trabalhar mais unidos que nunca”.

“A América Latina segue sendo o continente mais desigual do mundo. E isso não pode nos deixar com a consciência em paz”, finalizou.

Lula: ‘Mesmo com as tentativas de destruição do PT e da criminalização da política, estamos vivos’

 Ex-presidente dedicou os 42 anos do PT a “pessoas extraordinárias que nos ajudaram a chegar até aqui”, como Paulo Freire e Florestan Fernandes. Leia o discurso

Haddad, Janja, Lula e Gleisi (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quinta-feira (10) da cerimônia de aniversário de 42 anos do PT. A cerimônia foi híbrida, com participação de convidados e dirigentes por vídeo. 

Lula iniciou sua fala agradecendo e se emocionando ao citar petistas históricos, como o educador Paulo Freire e o sociólogo Florestan Fernandes. Em seguida, leu seu discurso. 

“Apesar de todos os retrocessos que o país atravessa, temos o que comemorar no dia de hoje…Nossa força mostra o quanto sonhar e lutar vale qualquer esforço…Porque, antes de tudo, o PT é o partido do amor.  Do amor ao Brasil e ao povo brasileiro”.

Leia a íntegra do discurso:

“Companheiras e companheiros.

É com muito orgulho e muita alegria que comemoramos mais um aniversário deste partido que nós fundamos para dar voz ao povo brasileiro.

Infelizmente, o Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras chega aos 42 anos num momento especialmente triste da história do Brasil, que nega todas as conquistas que realizamos ao longo dessas quatro décadas de luta.

Fundamos o PT para combater as desigualdades, a concentração de renda, a fome, a inflação, o desemprego, o atraso econômico, a subserviência do Brasil aos interesses estrangeiros. Combatemos, e vencemos, tanto na oposição quando no governo.

Levamos 22 anos para chegar ao governo. E em apenas 13 anos de governo, conseguimos o que nenhum outro partido, em qualquer momento da história, jamais foi capaz de realizar.

Foram tantos acertos, que os atrasados desse país se viram obrigados a dar um golpe e derrubar a primeira mulher eleita presidenta do Brasil.

E depois, no golpe dentro do golpe, impediram que o primeiro operário a chegar à Presidência disputasse novamente – e vencesse – a eleição de 2018.

Fizeram o Brasil recuar no tempo, e trouxeram de volta todos os flagelos que havíamos conseguido derrotar.

Tudo isso em meio a uma pandemia que matou mais de 630 mil brasileiros, devido à atitude criminosa e a negação da ciência por parte do atual governo.

Apesar de todos os retrocessos que o país atravessa, temos o que comemorar no dia de hoje.

Mesmo com todas as tentativas de destruição do PT, e da acirrada campanha de criminalização da política, estamos vivos e mais fortes do que nunca. E continuamos a ser o partido político mais querido pelo povo brasileiro.

Nossa força mostra o quanto sonhar e lutar vale qualquer esforço.

Mostra também o poder da solidariedade contra o egoísmo, do amor sobre o ódio. E eu peço licença para dedicar minha fala a esse que é o sentimento mais nobre do ser humano, tão caro a cada um e a cada uma de nós.

Porque, antes de tudo, o PT é o partido do amor.  Do amor ao Brasil e ao povo brasileiro.

Companheiros e companheiras.

Acredito em todas as formas de amar. Creio no amor romântico, o amor fraterno, o amor de uma mãe e de um pai pelos filhos, o amor aos nossos amigos, o amor da gente por um animal de estimação – e dele pela gente.

Ao longo de 76 anos, 50 dos quais dedicados à militância política, vivenciei tantas vezes o amor, e também o seu oposto.

Fui vítima do ódio, que me custou 580 dias de prisão injusta e ilegal, condenado à saudade incurável dos meus entes queridos e do povo brasileiro, a quem amo de paixão.

Mas sempre fui – e serei – acima de todos os ódios, abençoado pelo amor. Aprendi na Bíblia que “se eu não tiver amor, eu nada serei”.

Vi de perto tudo o que de mais belo a humanidade é capaz de construir, se ela tiver amor.

Acredito no ser humano. Minha fé na humanidade é resultante da crença inabalável nesse sentimento cantado em verso e prosa.

Mas, acima de tudo, acredito na igualdade entre os seres humanos. Ninguém é melhor do que ninguém.

Ninguém pode ser dono de ninguém,  muito menos do mundo inteiro. Nem a mais temida superpotência, com suas armas de destruição em massa, nem o mais poderoso bilionário, com seus iates, jatos e foguetes.

A superpotência, com seu arsenal atômico capaz de destruir várias vezes o planeta, sabe que só existe um planeta, e que depende dele para viver.

O bilionário, com dinheiro de sobra para apreciar a Terra do espaço, sabe que sua fortuna depende da sobrevivência da espécie humana, e que se esta desaparecer, de nada valerão todos os bens que ele acumulou em vida.

Companheiros e companheiras.

O amor e o ódio caminharam lado a lado na história da humanidade. Precisamos, mais do que nunca, fazer com o que a amor prevaleça.

O ser humano é o resultado de milhões de anos de evolução. Não nos tornamos a espécie mais poderosa do planeta apenas pelo cérebro mais desenvolvido, a sofisticação da nossa linguagem ou a capacidade de fabricar ferramentas.

Mas também pela capacidade de cooperarmos em larga escala, com um grande número de desconhecidos. Essa cooperação também pode ser chamada de amor ao próximo.

Há milhões de anos, quando nossos antepassados se uniram e passaram a cooperar nas caçadas, eles foram capazes de derrotar as feras mais perigosas.

Se nos unirmos agora, seremos capazes de construir um mundo com mais amor. Um mundo melhor para todos. Mas se permanecermos desunidos, nos tornaremos cada vez mais uma ameaça à nossa própria sobrevivência.

Somos a espécie mais evoluída. No entanto, nossa ganância e nosso individualismo estão destruindo o planeta, sem a necessidade de dispararmos uma bomba atômica sequer.

Somos, também, o predador mais letal que já pisou sobre a face da Terra. Levamos à extinção incontáveis espécies de animais, ao mesmo tempo em que domesticamos e condenamos outros ao sofrimento mais atroz.

Nossa arrogância nos fez acreditar que em algum momento do passado fomos capazes de eliminar os grandes males que dizimavam nossos antepassados: a fome, as guerras e as pestes.

No entanto, nos dias de hoje, a fome castiga 900 milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo.

Guerras sem fim expõem populações inteiras a mortes, doenças, extrema pobreza e migrações forçadas.

O novo coronavírus, a peste dos nossos tempos, já matou mais de 5 milhões e 700 mil pessoas ao redor do planeta.

Num espaço de tempo relativamente pequeno em termos de história natural, evoluímos da pedra lascada à inteligência artificial.

Criamos a internet, uma das mais extraordinárias invenções da humanidade. Com ela, os seres humanos conquistaram a capacidade de acumular mais e mais conhecimento e cooperar ainda mais entre si, numa escala antes inimaginável.

No entanto, essa mesma internet tem servido também para o seu contrário: propagar a ignorância e o negacionismo, e disseminar o ódio, o racismo, o machismo, a homofobia e todas as formas de preconceito.

E também para espalhar mentiras e desinformação, inclusive contra as vacinas, que a inteligência humana foi capaz de criar para salvar milhões de vidas.

Numa das tristes ironias do nosso tempo,  a internet – esse grande  avanço da ciência –, tem sido usada para desacreditar a própria ciência.

Companheiros e companheiras.

Jesus Cristo, o ser humano mais extraordinário que passou por esse planeta, nos ensinou a maior de todas as lições: Amai-vos uns aos outros.

O amor está na base de todas as religiões e na maioria das culturas. Por que então insistimos tanto em não nos amarmos uns aos outros?

Caminharemos para a autodestruição se deixarmos de lado a cooperação, que guiou a humanidade ao longo de milhões de anos, se não enxergarmos mais o próximo como  nosso irmão.

Se permitirmos que a desigualdade continue cavando um fosso cada vez mais profundo e intransponível entre ricos e pobres.

Nunca fomos tão prósperos, com acesso a bens materiais que nossos antepassados não podiam sonhar. Mas, ao mesmo tempo, nunca fomos tão solitários e desiguais.

A desigualdade mata um ser humano a cada quatro segundos, de acordo com relatório divulgado pela Oxfam no início deste ano.

O mesmo relatório revela que, em plena pandemia, os dez homens mais ricos do mundo dobraram suas fortunas, enquanto  a renda de 99% da humanidade entrou em queda livre, e mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza.

A ganância envenenou o espírito humano. 12 mil anos após o início da revolução agrícola, produzimos alimentos em quantidade suficiente para alimentar todos os habitantes deste planeta.

No entanto, 2,1 milhões de seres humanos morrem de fome todos os anos.

A medicina deu saltos extraordinários, erradicou doenças que antes dizimavam milhões de pessoas.

No entanto, nos países pobres, 5,6 milhões de seres humanos morrem todos os anos por falta de acesso à saúde.  

As empresas fabricam computadores cada vez mais sofisticados, conectados a uma internet cada vez mais veloz.

No entanto, milhões de crianças no mundo inteiro não possuem sequer um lápis e um caderno.

A tecnologia criou máquinas e algoritmos para aumentar a produtividade do trabalho.

No entanto, o desemprego e a destruição dos direitos trabalhistas nos tornam cada vez mais pobres.

A ciência decifrou nosso código genético, e está bem próxima de deter o processo de envelhecimento, para que o ser humano possa viver com perfeita saúde até os 150 anos.

No entanto, aqui no Brasil, a mortalidade infantil voltou a subir, impedindo crianças de completar sequer o primeiro ano de vida. E jovens negros da periferia continuam morrendo todos os dias, fuzilados pelo racismo estrutural.

Companheiras e companheiros.

Sabemos o quanto o ser humano é capaz do bem e do mal. Dos gestos mais nobres e dos atos mais cruéis.

Recentemente, vimos com horror um imigrante congolês espancado até a morte no Rio de Janeiro, ao tentar receber de seus patrões o que lhe era devido pelo seu trabalho.

Na mesma semana, vimos uma professora de uma escola pública do interior do Pará dançando e chorando de alegria ao saber que seus alunos conquistaram vagas no ensino superior.

Essa professora não receberá sequer um centavo de aumento pela sua dedicação e o sucesso de seus alunos. A felicidade dela é unicamente pela felicidade do próximo – porque o ser humano é assim, vocacionado para amar seus semelhantes.

Precisamos lutar com todas as forças para que o ódio que matou um trabalhador imigrante, e que todos os dias mata mulheres, negros, índios, gays, lésbicas e transexuais seja banido para sempre.

Ao mesmo tempo, precisamos nos inspirar no amor dessa professora pelo seu trabalho e pelos seus jovens alunos.

Porque o amor será sempre maior que o ódio. A verdade será sempre maior que a mentira. E a esperança mais uma vez haverá de vencer o medo.

O pesadelo está perto de fim. É hora de devolvermos ao povo brasileiro a capacidade de sonhar. E mostrar que esses sonhos podem transformar a realidade outra vez.

O PT precisa governar de novo, para provar que a classe trabalhadora sabe cuidar desse país melhor do que ninguém.

Para que nosso povo volte a fazer pelo menos três refeições por dia, ter educação e saúde de qualidade, emprego com salário digno e carteira assinada.

Para que o salário mínimo volte a ser reajustado acima da inflação. A gasolina, o diesel, o gás de cozinha, a energia elétrica, a cerveja gelada e o churrasco do fim de semana caibam de novo no bolso dos brasileiros. E o filho do trabalhador volte a ter a oportunidade de se tornar doutor.

Precisamos voltar a investir na agricultura familiar, na cultura, na ciência e na tecnologia. A Petrobrás, a Eletrobrás e todas as nossas estatais voltem a ser um patrimônio do povo brasileiro.

O meio ambiente precisa ser cuidado com todo o carinho. Boiada nenhuma vai passar por cima do que pertence a todos nós, e não à elite irresponsável desse país.

O Brasil irá voltar a ser respeitado internacionalmente, e o povo brasileiro voltará a ser feliz e a ter orgulho do seu país.

Nós fomos capazes de fazer tudo isso em apenas 13 anos, e vamos fazer de novo, agora com ainda mais experiência e mais desejo de mudança.

Com mais espírito de luta, e muito amor no coração.

Parabéns a todas e todos. E viva o PT.”

Assista à cerimônia de aniversário do PT e ao discurso de Lula: