Pré-candidato, que vinha atacando o ex-presidente Lula, agora sentiu na pele o que chama de "estado policial"
247 - O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes divulgou nota no meio da manhã desta quarta-feira (15) depois que a Polícia Federal deflagrou mais cedo uma operação contra um suposto esquema de fraudes e pagamentos de propinas a políticos e servidores públicos envolvendo a licitação para a construção do Estádio Castelão, em Fortaleza (CE), entre os anos de 2010 e 2013. Entre os alvos da operação, está o próprio e seu irmão, o senador Cid Gomes, governador do Estado à época. Ciro, que nos últimos anos atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agora sentiu na pele o que chama de "estado policial"
Leia a íntegra da nota de Ciro Gomes:
Até esta manhã, eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático.
Mas depois de a Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo à minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade.
O pretexto era de recolher supostas provas de um suposto esquema de favorecimento a uma empresa na licitação das obras do Estádio do Castelão para a Copa do Mundo de 2014.
Chega a ser pitoresco. O Brasil todo sabe que o Castelão foi o estádio da Copa com maior concorrência, o primeiro a ser entregue e o mais barato construído para Copas do Mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo.
Mas não é isso. E sejamos claros. Não tenho nenhuma ligação com os supostos fatos apurados. Não exerci nenhum cargo público relacionados com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que NUNCA me encontrou.
Tenho 40 anos de vida pública e nunca fui acusado nem processado por corrupção.
Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar criar danos à minha pré-candidatura à Presidência da República. Da mesma forma tentaram 15 dias antes do primeiro turno da eleição de 2018.
O braço do estado policialesco de Bolsonaro, que trata opositores como inimigos a serem destruídos fisicamente, levanta-se novamente contra mim.
Não tenho dúvida de que esta ação tão tardia e despropositada tem o objetivo claro de tentar me intimidar e deter as denúncias que faço todo dia contra esse governo que está dilapidando nosso patrimônio público com esquemas de corrupção de escala inédita.
Sou um homem do embate, do combate e do Direito. Essa história não ficará assim. Vou até as últimas consequências legais para processar aqueles que tentam me atacar.
Meus inimigos nunca me intimidaram e nunca me intimidarão.Nuca me senti um cidadão acima da lei, mas não posso aceitar passivamente ser tratado como um subcidadão abaixo da lei.