O último mês de março foi um dos mais trágicos na história do Paraná. Com a vacinação contra a Covid-19 ainda engatinhando (menos de um milhão de paranaenses haviam sido vacinadas ao final daquele mês) e a circulação de cepas mais agressivas do SARS-CoV-2, o sistema de saúde chegou a colapsar por conta da explosão de casos da doença pandêmica, que naquele mês, o mais mortal da história paranaense, fez 6.303 vítimas, o equivalente a 203 mortes diárias em que o coronavírus aparecia como uma das causas associadas para o falecimento.
Sete meses depois, no entanto e felizmente, o cenário em que se encontra o estado é totalmente diferente. Até esta terça-feira (16), 8,77 milhões de pessoas já haviam sido vacinadas no Paraná, o equivalente a 75,6% de toda a população do estado, sendo que 7,25 milhões (62,5% do total) já completou o ciclo vacinal, ou seja, tomou as duas doses ou então a dose única do imunizante.
Com um contingente tão expressivo de imunizados, os óbitos provocados pela Covid-19 também despencaram nos últimos tempos. Em outubro, por exemplo, os Cartórios de Registro Civil do Paraná anotaram 870 óbitos por Covid-19 no estado, confirmando a quarta queda consecutiva nas mortes causadas pela doença pandêmica — desde o começo do segundo semestre, em julho, os registros têm caído gradativamente. Em relação a março, o mês mais trágico, a redução nas mortes chega a 86,1%.
Para se ter uma noção do que isso representa, desde junho do ano passado, quando o coronavírus abreviou 828 vidas no Paraná, o estado não registrava um número tão baixo de óbitos. E para completar, a tendência para novembro é de nova queda, uma vez que até ontem (dia 16) os cartórios do estado haviam registrado 193 mortes que tinham a Covid-19 como causa suspeita ou confirmada.
Terceira dose para toda a população adulta
A série de boas novas foi reforçada ontem pelo Ministério da Saúde, que anunciou que toda a população brasileira com mais de 18 anos receberá uma dose de reforço da vacina contra a Covid-19. Dessa forma, toda a população adulta que tomou a segunda dose do imunizante há cinco meses ou mais já pode procurar os postos de vacinação para receber a dose de reforço, não havendo público prioritário. “A sequência é: completou cinco meses, recebe a dose de reforço”, disse o ministro da Saúde Marcelo Queiroga durante o lançamento da campanha Mega Vacinação.
Na esteira do anúncio feito pelo governo federal, a Prefeitura de Curitiba também confirmou ontem que estaria ampliando a vacinação com dose de reforço, antes restrita para idosos, profissionais da saúde e imunossuprimidos. Na capital paranaense, contudo, a aplicação do imunizante para o novo público convocado acontecerá na medida em que o município receba mais imunizantes, ainda sem data prevista.
Fonte: Bem Paraná