sábado, 16 de outubro de 2021

Folha tenta atacar, mas falha e reconhece inocência de Lula

 Jornal produz texto para rechaçar Memorial da Verdade, lançado pelo Partido dos Trabalhadores, mas reconhece que Lula "retomou sua elegibilidade e a condição de inocente, aplicável a todo cidadão sem condenação penal definitiva"

Ex-presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 – O jornal Folha de S. Paulo, da família Frias, produziu um longo artigo para contestar o Memorial da Verdade, lançado pelo Partido dos Trabalhadores para demonstrar a inocência do ex-presidente Lula, mas falhou em seu intento. No texto, assinado por Ranier Bragon, o jornal termina por reconhecer a inocência de Lula. O repórter diz que o Memorial "afirma, por exemplo, que decisões favoráveis a Lula se deram porque a sua defesa, coordenada pelo casal de advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, provou que eram falsas as denúncias feitas pela Lava Jato e que resultaram em duas condenações, nos casos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia."

Em seguida, Bragon contesta o Memorial. "Na verdade, as duas condenações e outras ações foram anuladas devido a decisões do STF (Supremo Tribunal Federal) relativas a questões processuais. A primeira, de que a Vara Federal de Curitiba não tinha competência para julgar os casos. A segunda, de que o então juiz Sergio Moro agiu de forma parcial nas ações relativas a Lula."

O jornalista, no entanto, não menciona que um juiz parcial torna nula qualquer acusação e não menciona que Moro se tornou ministro de Jair Bolsonaro, beneficiado por suas decisões parciais. Por fim, o próprio repórter da Folha reconhece a inocência de Lula. "Com isso, o petista retomou sua elegibilidade e a condição de inocente, aplicável a todo cidadão sem condenação penal definitiva."

Relatório da CPI detalha os núcleos da rede de fake news comandada por Jair Bolsonaro e seus filhos

 Jair Bolsonaro e seus filhos comandam o esquema de produção e disseminação de mentiras que causou a morte de centenas de milhares de brasileiros por covid-19, segundo o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL)

Renan Calheiros e Bolsonaro discursando na ONU (Foto: Pedro França/Agência Senado | REUTERS/Eduardo Munoz/Pool)

247 – A rede de desinformação que causou a morte de centenas de milhares de brasileiros durante a pandemia da covid-19 é comandada por Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo. Os quatro formam o "núcleo de comando" da máquina de fake news, que promoveu tratamentos ineficazes durante a pandemia. Este primeiro "núcleo de comando" interage com o "núcleo formulador", do qual fazem parte assessores como Filipe Martins e Tércio Arnaud Ferraz, ambos assessores do Palácio do Planalto. Em seguida, vem o "núcleo político", integrado por parlamentares bolsonaristas como Carla Zambelli e Bia Kicis, que também se notabilizaram pela propagação de posts negacionistas durante a pandemia. O mesmo foi feito pelo "núcleo  de produção e disseminação das fake news", do qual fazem parte nomes como o jornalista Alexandre Garcia e os comentaristas Rodrigo Constantino e Ana Paula do vôlei, entre vários outros comentaristas bolsonaristas, conforme antecipou Joaquim de Carvalho. Por último, aparece o "núcleo de financiamento", liderado pelos empresários Luciano Hang, da Havan, e Otávio Fakhoury, que impulsionaram as mentiras.

Todas essas informações fazem parte do relatório que será apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) na terça-feira 19 aos parlamentares da CPI da CPI, num dos de seus capítulos mais relevantes, dedicado às fake news. Com essa rede de mentiras, o governo contribuiu para mais de 400 mil mortes, que seriam evitáveis, caso tivessem sido adotadas as medidas de prevenção preconizadas pela Organização Mundial da Saúde. Renan diz estar seguro de que Jair Bolsonaro e seus filhos são a cabeça da organização criminosa. Segundo ele, "esse núcleo tem a função de dirigir a organização e orientar estrategicamente as ações realizadas nos níveis inferiores da hierarquia, dando-lhes diretrizes e informando-lhes de prioridades de ação". Leia, abaixo, reportagem da Reuters sobre os 11 crimes que serão atribuídos a Jair Bolsonaro:

Comissão Arns compara presidente do CFM a Pilatos por defesa do Kit Covid

 Presidente do Conselho Federal de Medicina, Mauro Ribeiro, foi comparado ao antigo governador romano da Judéia, Pôncio Pilatos

Mauro Ribeiro (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

247 - O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, foi comparado ao antigo governador romano da Judéia, Pôncio Pilatos, em uma nota divulgada pela Comissão Arns. No texto, o grupo expressa “espanto e indignação” com a postura de Ribeiro em defesa de medicamentos sem eficácia científica comprovada contra a Covid-19, como a cloroquina e hidroxicloroquina.  

De acordo com reportagem de Lauro Jardim, de O Globo, o presidente do CFM tenta se eximir de responsabilidade ao afirmar que o órgão “nada recomenda” e que somente “liberou o uso das drogas”. O grupo também destaca que o CFM não assegurou a autonomia dos médicos e que induziu os  profissionais ao erro, por razões políticas, sem levar em consideração os critérios científicos.  Além disso, os signatários da nota consideram que, em vez de garantir a autonomia médica, a autarquia incentivou a classe ao erro, por motivações políticas e sem critérios científicos. A comissão pede, ainda, que o CFM seja responsabilizado judicialmente.

O texto tem como signatários intelectuais como os filósofos Sueli Carneiro e Vladimir Safatle, além dos ex-ministros José Carlos Dias e José Gregori (Justiça), Luiz Carlos Bresser-Pereira (Fazenda), Paulo Vanucchi e Paulo Sérgio Pinheiro (Direitos Humanos). 

Guedes tenta justificar R$ 51 milhões no exterior com ataque a Dilma

 Ministro diz que usou esconderijo fiscal usado por criminosos e sonegadores para se proteger do governo Dilma, mas não explica por que não trouxe os recursos de volta no governo Bolsonaro

O ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, justificou o fato de ter conta em paraíso fiscal nas Ilhas Virgens Britânicas para “se proteger” das políticas econômicas do governo Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, antes de assumir cargo no governo, seu patrimônio era maior. Ele afirmou que teria um patrimônio maior se estivesse fora do governo, segundo a Veja.

Guedes diz que perdeu dinheiro ao se desfazer de investimentos de mais de dez anos, para entrar no governo, pois poderia ter aberto um “blind trust” para administrar seus investimentos e negócios, mantendo-se distante das operações. Mas preferiu “vender tudo lá embaixo”, referindo-se aos preços dos ativos.

Contas em paraísos fiscais, no entanto, são esconderijos, geralmente usados por criminosos e sonegadores. Apesar de culpar o governo Dilma, Guedes não explicou por que não trouxe os recursos de volta para o país após a ascensão de Bolsonaro com o golpe no Brasil.

TSE libera para julgamento ações por cassação da chapa Bolsonaro-Mourão

 O relator, ministro Luís Felipe Salomão, liberou relatório sobre o caso e deu prazo de 48h para a PGE se manifestar

Bolsonaro e Mourão (Foto: ABr)


Metrópoles - O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, liberou nesta sexta-feira (15/10) o relatório a respeito de duas ações que investigam a contratação de serviço de disparos em massa durante a campanha eleitoral de 2018 pela chapa Bolsonaro-Mourão. Com isso, se aproxima o julgamento que definirá o desfecho do caso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Salomão deu prazo de 48h para que a Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) se manifestar sobre o documento. Na sequência, será necessário que o presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, marque o julgamento.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Acuados, senadores governistas articulam reação ao relatório final da CPI da Covid

 Parlamentares governistas deverão insistir na atuação de Estados e municípios no enfrentamento à pandemia, levando o assunto para as Assembleias Legislativas estaduais

(Foto: Jefferson Rudy)

247 - A proximidade da data de apresentação do relatório final da CPI da Covid, marcada para a próxima a semana, provocou a reação dos senadores que integram a base governista no colegiado. De acordo com a Coluna do Estadão, de O Estado de S. Paulo, os parlamentares deverão insistir na atuação de Estados e municípios no enfrentamento à pandemia, levando o assunto para as Assembleias Legislativas estaduais. 

Nesta linha, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) viajou até Natal (RN) para acompanhar uma sessão da CPI potiguar que ouviria o secretário-geral do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas.Gabas, que é tratado como investigado, conseguiu o direito de permanecer em silêncio e a viagem do parlamentar acabou se mostrando infrutífera. 

“Estreitamos laços e vamos buscar a verdade sobre os respiradores negociados pelo Consórcio Nordeste”, disse Giro. “Vamos pedir o compartilhamento do que puder ser compartilhado sobre o caso”, completou.

Coalizão Negra solicita à CPI que inclua o genocídio negro em seu relatório final

 Coalizão Negra destaca que a gestão negligente e criminosa do governo Jair Bolsonaro foi um dos instrumentos mais eficazes para o avanço do genocídio negro no último século

(Foto: Coalização Negra)

247 - A Coalizão Negra por Direitos, articulação que reúne 250 organizações, entidades e coletivos do movimento negro brasileiro, entregou nesta semana, ao relator da CPI, Senador Renan Calheiros um dossiê que relata os impactos sanitários, sociais e econômicos da pandemia à população negra brasileira.

Para a Coalizão Negra, a gestão negligente e criminosa do Governo Bolsonaro foi um dos instrumentos mais eficaz para o avanço do genocídio negro no último século. Os dados trazidos pelo dossiê apontam a maior letalidade da Covid-19 na população negra brasileira, e como se agravou nesse período o acesso dessa população à direitos humanos como alimentação, saúde, emprego, educação e saneamento básico. 

Para as organizações negras que compõe a Coalizão, é fundamental que conste no relatório da CPI da Pandemia a responsabilidade do Bolsonaro no genocídio negro e os impactos sociais e econômicos negativos que essa gestão pandêmica gerou à população negra e povos tradicionais (indígenas e quilombolas).


Saiba quando começa o pagamento do 14° salário do INSS para aposentados

 Os beneficiários são aposentados; pensionistas; beneficiários do auxílio-doença; beneficiários do auxílio-reclusão; beneficiários do auxílio-creche


247 - O 14º salário do INSS, aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, será proporcional ao tempo de benefício recebido. A intenção é para que o abono extra seja pago no mês de dezembro deste ano.

Os beneficiários são aposentados; pensionistas; beneficiários do auxílio-doença; beneficiários do auxílio-reclusão; beneficiários do auxílio-creche.

Não terão direito ao abono quem recebe Benefício de Prestação Continuada (BPC); Pensão mensal vitalícia; Auxílio-suplementar por acidente de trabalho; Amparo previdenciário por invalidez do trabalhador rural.

Paralisação de caminhoneiros no 7 de setembro foi insuflada por empresários, diz ministro da Infraestrutura

 “Não foi um movimento de caminhoneiros, mas político. Tinha outros agentes usando caminhão, como empresários de transporte e do agronegócio", afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas

(Foto: Marcelo Camargo - ABR)

247 - O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que a ameaça de uma paralisação por parte dos caminhoneiros no dia 7 de setembro em protesto contra o Supremo Tribunal Federal (STF) foi um movimento “político”, insuflado por empresários ligados ao agronegócio e ao setor de transportes. 

“Não foi um movimento de caminhoneiros, mas político. Tinha outros agentes usando caminhão, como empresários de transporte e do agronegócio”, afirmou o ministro em entrevista à jornalista Malu Gaspar, de O Globo.Na ocasião, Jair Bolsonaro e Tarcísio gravaram vídeos pedindo que os caminhoneiros suspendessem o movimento. 

Ainda segundo a reportagem, o ministro disse “que não identificou preocupação com as ofensivas de Bolsonaro contra as instituições ou a democracia, mas sim com a continuidade dos programas de concessão”. 

Paraná prorroga até 31 de outubro as medidas de enfrentamento à Covid-19

 

Cenário mais positivo em relação à doença está atrelada ao avanço da vacinação no Paraná. Regras são as mesmas já vigentes. Segue proibida a realização presencial de alguns eventos.

© Geraldo Bubniak/AEN


O cenário de desaceleração dos casos e avanço da vacinação contra a Covid-19 levou o Governo do Estado a renovar até 31 de outubro as orientações atuais sobre a pandemia. A normativa (9.095/2021) foi assinada pelo governador em exercício Darci Piana nesta sexta-feira (15).

Segundo o documento, a realização de eventos segue permitida, desde que em acordo com as regras estabelecidas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Em espaços abertos, para público exclusivamente sentado ou delimitado, a capacidade máxima de lotação é de 60% do previsto para o local, desde que não exceda 5 mil pessoas.

Em ambientes fechados, também com público exclusivamente sentado ou delimitado, a regra delimita capacidade máxima de lotação de 50% do previsto para o local, desde que não ultrapasse 2 mil pessoas.

Organizadores desses eventos precisam exigir o comprovante de vacinação ou um teste negativo para Covid-19 dos participantes, com no máximo 48 horas de antecedência.

As restrições também seguem as mesmas, permanecendo proibida a realização presencial dos eventos, de qualquer tipo, que possuam uma ou mais das seguintes características: em local fechado que não tenha sistema de climatização com renovação do ar e Plano de Manutenção, Operação e Controle atualizados; que demandem a permanência do público em pé durante sua realização; com duração superior a 6 horas; que não consigam garantir o controle de público no local ou que possam atrair presença de público superior àquele determinado nesta norma, como exposições e festivais; de caráter internacional; realizados em locais não autorizados para esse fim; e que não atendam os critérios previstos nesta legislação e demais normativas vigentes.

VACINAÇÃO – O cenário para a manutenção das regras está atrelado ao avanço da vacinação no Paraná. Até o momento, de acordo com informações do Vacinômetro do Sistema Único de Saúde (SUS), o Estado aplicou 14.299.123 doses de vacinas contra a Covid-19, um incremento de cerca de 950 mil doses em relação a 15 dias atrás.

Dessas, 8.272.993 são relativas à primeira dose (D1), 5.870.595 são segundas doses (D2) ou doses únicas (DU), 133.891 doses de reforço (DR) e 22.282 doses adicionais (DA) em imunossuprimidos.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria da Saúde nesta sexta-feira (15), o Paraná soma 1.527.680 casos confirmados da doença e 39.531 óbitos. Há 462 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 internados. São 363 em leitos SUS (226 em UTIs e 137 em clínicos/enfermarias) e 99 em leitos da rede particular (55 em UTIs e 44 em clínicos/enfermarias).

Fonte: AEN

Arapongas registra 20 novos casos e nenhum óbito por covid-19 nesta sexta-feira

 

Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou, nesta sexta-feira, (15/10), o registro de 20 novos casos e 16 curados de COVID-19, e nenhum óbito registrado no município.
Neste momento, o município totaliza 23.049 casos, dos quais 568, infelizmente, vieram a óbito, 462 ainda estão com a doença e 22.019 já estão curados (95,5%). Ao todo, já foram realizados 81.653 testes.
Entre os resultados dos testes públicos e privados, realizados no município, foram divulgados 37 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir de 11/10.
Entre os 20 casos confirmados, 10 são do sexo feminino, com as respectivas idades: 7, 15, 17, 37, 50, 53, 55, 56, 65 e 65 anos.
Do sexo masculino, 10 foram diagnosticados com as respectivas idades: 11, 15, 28, 28, 34, 39, 40, 42, 46 e 48 anos.
Referente aos leitos hospitalares SUS em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital é de 28,6% dos 56 leitos de UTI e de 26% dos 30 leitos de enfermaria.
Referente aos leitos privados, o Hospital possui 01 paciente internado em leito de enfermaria e nenhum paciente internado em leito de UTI.
Referente aos pacientes residentes em Arapongas com COVID-19, o município possui 06 pacientes internados em leitos de UTI e 07 pacientes internados em leitos de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve redução dos leitos, exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR, em 02/08/2021. O Hospital conta, atualmente, com 56 leitos de UTI e 30 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de a população seguir as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais um óbito e 25 novos casos de Covid-19 nesta sexta-feira

 


A Autarquia Municipal de Saúde (AMS) confirmou nesta sexta-feira (15) mais um óbito e 25 novos casos de Covid-19 em Apucarana. O município soma agora 492 mortes provocadas pela doença e 18.195 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

O óbito é de um homem de 55 anos, que era hipertenso e renal crônico. Ele foi internado em 2 de outubro e morreu na quinta-feira (14) no Hospital do Coração, em Londrina.

Os novos casos foram confirmados em testes feitos pelo Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 12 homens (entre 14 e 84 anos) e 13 mulheres (entre 12 e 88 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Apucarana tem mais 116 suspeitas em investigação, enquanto o quantitativo de recuperados chega a 16.908.

Já o Pronto Atendimento do Coronavírus soma 47.758 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 1.217.

Já foram testadas 61.311 pessoas, sendo 33.893 em testes rápidos, 23.781 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.637 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 15 pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, três na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 12 em leitos de enfermaria. O município tem 795 casos ativos da doença.

 

Feirantes comemoram conquista do “Espaço das Feiras”

 Pavilhão de 4 mil m² que sedia várias feiras completa neste domingo (17) seis meses de atividades

(Foto: PMA/Arquivo)

O Espaço das Feiras implantado na Rua Talita Bresolin, próximo ao centro da cidade, está completando seis meses de atividades e contribuindo para a geração de renda para muitas famílias. O pavilhão sedia a Feira do Produtor na quarta-feira e sábado; Feira da Lua na quinta-feira; Feira da economia Solidária, na sextas-feira; e ainda a feira livre no domingo.

O novo espaço vem agradando os consumidores e também os feirantes pela sua funcionalidade, conforto e segurança a todos, que dispõem de uma ampla área coberta, ficando protegidos do sol, chuva e do frio. O local também agrada a todos pela facilidade de estacionamento e sanitários limpos, além de diversos equipamentos disponibilizados pela prefeitura.

Toda a estrutura projetada, efetivamente, agradou diversos segmentos de hortifrutigranjeiros, artesanato, defumados e da agricultura familiar em geral. Também se somam na ocupação deste espaço os comerciantes da Feira da Lua, com uma grande variedade gastronômica; e as mulheres agregadas à rede da Economia Solidária de Apucarana.

A estrutura e o conceito do Espaço das Feiras chamou a atenção de diversos municípios da região, que vieram a Apucarana para conhecer e buscar mais informações do projeto. Até mesmo o governador do Estado, Ratinho Junior, se interessou e pediu cópias da estrutura arquitetônica, que poderá ser usada cpomo modelo para implantação em outras cidades.

O prefeito Junior da Femac lembra que o Espaço das Feiras foi concebido pelo Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan), com um custo aproximado de R$ 1,5 milhão. “O local foi projetado e totalmente equipado para garantir mais funcionalidade e conforto aos feirantes e aos consumidores apucaranenses”, assinala.

O pavilhão com dezenas de estandes tem 100 metros de comprimento por 40 metros de largura e já dispõe de todos os equipamentos necessários, incluindo pias com torneiras, balcões, sanitários, playground, iluminação, câmeras de segurança, estacionamento e demais melhorias adaptadas no entorno do local.

O secretário de Indústria e Comércio, Edison Peres Estrope, informa que a cada feira realizada, uma empresa terceirizada – contratada pela prefeitura – faz a limpeza geral do pavilhão, estandes e sanitários, sem custos para os feirantes. Ele lembra ainda que o pavilhão também dispõe de toldos impermeáveis para fechamento lateral, para dias chuvosos ou frios.

O presidente da Associação dos Feirantes, Zacharias Baganha, em nome das setenta e seis famílias que integram a Feira dos Produtores, que ocupam o espaço nas manhãs de quarta-feira e sábado, reitera os agradecimentos ao prefeito Junior da Femac, que lançou o concluiu o Espaço das Feiras. “Esse lugar ficou perfeito. Aqui os feirantes podem trabalhar com conforto e segurança, atendendo todos os consumidores em amplo espaço e com funcionalidade. Acabou o nosso sofrimento com os dias com chuva e de frio. Agradecemos ao prefeito Junior da Femac e aos vereadores que aprovaram recursos para essa obra que serve de exemplo para o Paraná”, avalia Zacharias Baganha.

Conforme explica Junior da Femac, a princípio a prioridade de uso do Espaço das Feiras é da agricultura familiar, que se sustenta na produção e venda de hortifrutis e que passa a dispor de mais conforto e tranquilidade para trabalhar. Ele também cita os comerciantes da Feira da Lua e as mulheres da Economia Solidária.

De acordo com Junior, a proposta é ceder o local também para abrigar outros eventos como feiras de artesanato, feira das noivas, e feira de roupas – com venda direta dos fabricantes. “Quem quiser utilizar o Espaço das Feiras estará à disposição gratuitamente, para gerar emprego e renda em Apucarana”, frisou.

Feirantes e expositores aprovam

A superintendente da Secretaria de Assistência Social Eliana Rocha disse que a cidade ganhou muito com o Espaço das Feiras e destacou a reação positiva dos expositores. “Esse espaço é maravilhoso. Nossos feirantes têm um local adequado para expor seus produtos, um local com toda estrutura para receber clientes e consumidores, um ambiente agradável e seguro, faça sol ou chuva, com todas as condições que os feirantes e os consumidores merecem. Nossos feirantes estão se sentindo respeitados e muito mais valorizados”, ressaltou. “Quem ainda não foi ao Espaço das Feiras tem que conhecer.”

Para a empreendedora solidária Franciele Ferreira Mendes, que comercializa esfihas na “Supersexta Solidária”, o Espaço das Feiras trouxe novas oportunidades. “Foi uma porta que se abriu para nós. Podemos divulgar nosso negócio, gerar renda e crescer por meio do empreendedorismo. O espaço é muito familiar, os visitantes levam as crianças porque tem até parquinho para elas. É muito bem estruturado e organizado, conseguimos trabalhar em um lugar limpo e com energia elétrica, só tenho a agradecer”, disse.

Jocean César Ravazzi Santos, que comercializa pratos da cozinha italiana na Feira da Lua, destaca que o Espaço das Feiras garante uma regularidade melhor na realização dos eventos. “Quando a Feira da Lua era realizada na Praça Rui Barbosa, por várias vezes teve que ser cancelada por causa das condições climáticas, o que não acontece mais no Espaço das Feiras. Agora as pessoas sabem que, com ou sem chuva, a Feira da Lua acontece regularmente todas as quintas-feiras”, ressalta Jocean César, acrescentando que houve uma melhora significativa de ambiente, com mais conforto e aceitação pública.

Adriano Alves Ferreira, que vende hortaliças na Feira do Produtor, acredita que com a mudança de local o movimento aumentou em até 40%. “Por ser um espaço protegido, as pessoas acabam indo mais, principalmente em dias de chuva. Para nós, também ficou excelente para trabalhar. Na rua, a gente enfrentava o mau tempo e era muito sofrido. Agora, estamos num espaço bom e confortável”, frisa Ferreira.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Exclusivo: CPI da Covid deve citar Alexandre Garcia e Rodrigo Constantino por espalharem fake news

 Comunicadores da extrema direita constarão no documento que está sendo concluído pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), e no qual Jair Bolsonaro será indiciado por 11 crimes, informa o jornalista Joaquim de Carvalho, de Brasília (vídeo)

CPI da Covid, Rodrigo Constantino e Alexandre Garcia (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

247 - O relatório final da CPI da Covid deve citar os nomes dos jornalistas bolsonaristas Alexandre Garcia e Rodrigo Constantino por espalharem fake news sobre a pandemia do coronavírus. Os dois produziam discurso antivacina em veículos de comunicação e defenderam as teses negacionistas de Jair Bolsonaro durante a crise sanitária.

A informação é do jornalista Joaquim de Carvalho, da TV 247, que apura em Brasília o mecanismo de disseminação de notícias falsas pelo núcleo bolsonarista para a produção de um documentário.

Segundo Joaquim de Carvalho, o relatório também será levado ao Tribunal Penal Internacional, em Haia, para a responsabilização de Bolsonaro por crime contra a humanidade.

“Estamos trabalhando profundamente, duro nessa reta final, especialmente, caracterizando condutas, individualizando punições pela utilização de tipos penais. A sociedade pode continuar esperando que esse trabalho se desdobrará em punições exemplares para essas pessoas que agravaram esse morticínio no Brasil”, afirmou o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), à TV 247, enquanto trabalha com assessores na conclusão do documento.

O relatório começará a ser lido na próxima terça-feira (19) e tem data marcada também para ser entregue à Procuradoria Geral da República: dia 26. Renan afirma que irá pedir indiciamento de Bolsonaro por 11 crimes, entre eles homicídio do tipo comissivo, em que será acusado de provocar mortes por descumprir seus deveres. O relatório também deve indiciar o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello por sete crimes.

Apucarana abre vacinação para adolescentes de 15 anos neste sábado

 Nos próximos três dias serão aplicadas a 2ª dose da astraZeneca, Pfizer e Coronavac e ainda dose de reforço para 60 anos ou mais


O prefeito Junior da Femac anunciou novas etapas de vacinação para os próximos três dias no município. A partir de amanhã (16) será aberta a imunização para adolescentes de 15 anos e a dose de reforço passa a ser disponibilizada para as pessoas com 60 anos ou mais que tomaram a segunda dose há mais de 6 meses.

No domingo e segunda-feira, esses dois grupos continuam prioritários na vacinação contra a Covid-19 que é realizada no Complexo Exportivo Lagoão, entre 8h30 e 17 horas.

Ainda neste sábado, domingo e segunda-feira haverá imunização dos apucaranenses que estão com a segunda dose da astraZeneca, Pfizer e Coronavac agendada para os dias 16, 17 e 18 de outubro, respectivamente.

No momento da vacinação os adolescentes precisam apresentar documentos de identificação (RG, CPF ou cartão do SUS) e comprovante de residência com no máximo 90 dias. Também devem estar acompanhados dos pais ou responsável.

O apucaranense que vai receber a 2ª dose terá que mostrar o cartão do SUS ou CPF, um documento com foto e a carteirinha onde está registrado o recebimento da 1ª dose. Esses mesmos documentos devem ser apresentados para dose de reforço, bem como a carteirinha em que está registrada a aplicação da 1ª e 2ª doses.


Apucarana vai retomar programa de aprendizagem profissional

 Devido à pandemia, programa municipal estava suspenso desde o ano passado e a intenção da prefeitura é promover convocação e capacitação de parte dos aprovados ainda neste ano

(Foto: Divulgação)

O Programa de Aprendizagem Profissional na Administração Pública Municipal (Aprende) terá continuidade ainda neste ano com a convocação dos 25 primeiros colocados de processo seletivo realizado em fevereiro do ano passado. A retomada do processo de contratação, que ofertou 50 vagas e precisou ser suspenso devido à pandemia, atende deliberação do prefeito Júnior da Femac e foi definida nesta semana durante reunião entre técnicos da Secretaria Municipal da Indústria, Comércio e Emprego e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Apucarana (Senac Apucarana).

A intenção da administração municipal é promover a convocação inicial e capacitação dos aprovados já em novembro, visando início dos trabalhos em fevereiro do próximo ano. “Ficou definido que iremos promover o ingresso de 25 aprendizes no início do ano e, a outra metade, em julho”, esclarece Edison Peres Estrope, secretário Municipal da Indústria, Comércio e Emprego, lembrando que a lei prevê formação técnico-profissional em serviços administrativos. “Com isso os jovens aprovados, que têm entre 14 e 24 anos, poderão atuar em todos os setores tanto da administração direta, como indiretas da prefeitura”, frisa o secretário.

O prefeito Júnior da Femac lembra que a oferta de vagas de aprendizagem profissional na administração pública municipal foi idealizada pelo diretor do Fórum da Justiça do Trabalho, juiz Maurício Mazur, e encampada pela Prefeitura. “A partir da ideia passada pelo juiz Mazur, elaboramos duas leis que foram aprovadas pela Câmara de Vereadores. Uma delas estabelece a exigência de cumprimento do dever legal de contratação de aprendizes, entre 5% e 15% do total do quadro de funcionários, por todas as empresas vencedoras de licitações no município. A outra foi a que criou o Programa Municipal de Aprendizagem Profissional (Aprende), que permite a contratação de jovens aprendizes na administração pública municipal”, cita Júnior da Femac.

O prefeito de Apucarana destaca que o programa contribuirá com o desenvolvimento escolar, familiar, social e de inserção dos jovens no mercado de trabalho. “O maior desafio dos jovens hoje é conseguir o primeiro emprego. Essa legislação foi criada para dar maior oportunidade aos nossos jovens, respeitando seus direitos e formando os futuros profissionais do Município”, reitera Júnior da Femac.
A aprendizagem terá uma carga horária distribuída entre o trabalho e o curso de formação técnico-profissional, sendo desenvolvidas no contraturno escolar. O contrato, regido pelas normas legais de tutela do trabalho, da educação e profissionalização do jovem, terá duração de um ano e a remuneração será de um salário mínimo, em valor proporcional à carga horária trabalhada.

Presenças – Além do secretário Edison Peres Estrope, a reunião que definiu a retomada do Programa Apreende contou com participação do diretor do Centro Municipal de Qualificação Total, Miguel Luiz Vilas Boas, do coordenador do centro profissionalizante, Dorival Miguel da Silva e da secretária Municipal de Educação, professora Marli Fernandes. Já pelo Senac Apucarana, atuaram o gerente Executivo Lucas Salvalaggio, a coordenadora Educacional Daniele Branco Simião e o técnico de Relações com o Mercado, Rodrigo Hirata. “Na ocasião também foi discutida a seleção de alunos para o curso técnico em Redes de Computadores, contratado pela prefeitura visando atender a demanda das empresas de tecnologia da cidade, e que será realizado no Senac gratuitamente à população interessada”, conclui Edison Peres Estrope, secretário Municipal da Indústria, Comércio e Emprego.

Autarquia de Educação alerta candidatos para a publicação de dois novos editais referentes a concurso público

 Os editais 028/2021 e 029/2021 dispõem sobre a revisão das notas preliminares de títulos, a possibilidade de complementação de informações e a convocação de candidatos específicos que deverão reenviar seus documentos


A Autarquia Municipal de Educação comunica aos candidatos inscritos em seu concurso público sobre a publicação do edital nº 028/2021, nesta sexta-feira (15/10), no diário oficial. O edital em questão dispõe sobre a revisão das notas preliminares da prova de títulos e a possibilidade de complementação de documentos referentes à comprovação da experiência profissional.

A secretária de educação, Marli Fernandes, explica que a medida é necessária para corrigir um erro da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual de Londrina, empresa contratada para a realização do certame. “A banca do concurso recebeu alguns recursos de candidatos, relatando inconsistências na avaliação dos títulos. Os casos foram examinados e verificou-se a ocorrência de um erro material cometido pela própria FAUEL, que foi admitido por meio de nota publicada no dia 8 de outubro. Sendo assim, para garantir a lisura do processo, a Comissão Especial do Concurso Público decidiu invalidar o edital anterior, nº 025/2021, que divulgou as notas preliminares da prova de títulos, e determinar a realização do procedimento de reanálise dos documentos entregues por todos os concorrentes,” disse.

De acordo com o edital de abertura nº 001/2020, o concurso público visa à contratação de professores e assistentes infantis para a rede municipal de ensino de Apucarana. “Embora nós tenhamos pressa na contratação desses profissionais, tendo em vista que as aulas presenciais já foram retomadas e precisamos recompor o quadro de funcionários dos CMEIs e Escolas, nós mantemos o compromisso de assegurar a transparência e a retidão do processo seletivo,” acrescentou o prefeito Junior da Femac.

O edital nº 028/2021 prevê também que os candidatos possam complementar os documentos que entregaram anteriormente. “Destacamos que não se trata da junção de novos títulos ao processo, mas sim do esclarecimento de informações já contidas no processo, pois muitos concorrentes encaminharam à banca declarações e atestados sem a referência expressa da atuação nas áreas da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental,” afirmou a secretária Marli Fernandes.

Nesta sexta-feira (15/10), foi publicado ainda o edital nº 029/2001, que dispõe sobre a convocação de sete candidatos, os quais deverão reenviar seus títulos à banca do concurso público. “Os documentos enviados anteriormente por eles não puderam ser analisados porque estavam corrompidos. Como não foi possível determinar se arquivos foram corrompidos em sua origem ou no processo de transmissão, estamos abrindo novo prazo para que eles reenviem os títulos,” explicou a presidente da Comissão Especial de Concurso, Elida Lusia Fenato.

O novo prazo para a divulgação das notas preliminares da prova de títulos é 12 de novembro. Já a publicação da classificação final dos candidatos está prevista para 3 de dezembro. Todos os editais do concurso público da Autarquia Municipal de Educação podem ser conferidos por meio dos seguintes endereços eletrônicos:

FAUEL
https://www.fauel.org.br/paginaconcurso.php?concurso=b2eb7349035754953b57a32e2841bda5)

PREFEITURA DE APUCARANA
http://sys.apucarana.pr.gov.br/apucarana-pr/FWLocal/editais_concursos/

Professores resistem a sucessivos golpes há mais de 5 anos no Brasil

 A agenda neoliberal, após o golpe contra Dilma Rousseff, precarizou o trabalho de professores no Brasil devido ao congelamento de investimentos públicos. A categoria também sofre com cortes orçamentários do MEC no governo Jair Bolsonaro

(Foto: Agência Brasil)

Por Cida de Oliveira, da RBA - O Brasil viveu um período de conquistas importantes para os professores entre os anos de 2005 e 2014. Com a criação do Fundeb, em 2007, passaram a ser garantidos recursos para os salários dos professores desde a creche até o ensino médio. E o fundo trouxe todas as condições para a elaboração da Lei do Piso, em 2008. Seis anos depois, com a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), os professores obtiveram quatro conquistas, por meio das metas aprovadas.

A de número 15, voltada à formação inicial dos professores, estabeleceu a necessidade de todos terem a licenciatura para atuar na educação básica. Na meta 16, a indicação da necessidade da educação continuada. Ou seja, o professor desse nível de ensino deveria cursar pós-graduação. A meta de número 17, equiparou o salário dos professores ao de outros profissionais com a mesma formação e mesma carga horária. E a 18 exige plano de cargos e carreira para os docentes, tendo o piso como referência.

Entretanto, o golpe de 2016, que destituiu a presidenta Dilma Rousseff mesmo sem ter praticado crime de responsabilidade, trouxe consigo a Emenda Constitucional (EC) 95, que proíbe até 2036 novos investimentos em políticas públicas, entre elas, a educação.

Professores sem reajuste

“Com isso nós tivemos uma queda no orçamento da educação, que vai sendo reduzido a cada ano. E a meta 20 do PNE, que apontava a ampliação desses recursos até 2024, chegando 10% do PIB, foi inviabilizada. Com a EC 95 houve a redução no orçamento da educação, e essa redução trouxe a estagnação para as políticas do setor. E fora isso, nós tivemos uma redução agora em 2021, a primeira desde 2008 para cá, já que não foi aplicado o reajuste ao piso salarial”, disse à RBA o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo.

Conforme o dirigente, foi um golpe, via Portaria Interministerial número 3, de 26 de novembro de 2020, dos ministérios da Economia e da Educação. Segundo as pastas, estados e municípios tiveram redução de 8,7% da arrecadação – “o que não é verdade”.

“Isso foi desmascarado recentemente, em 24 de setembro, por meio de portaria determinando reajuste de 31,3% do custo aluno/ano para o Fundeb neste ano, lembrando que esse percentual é o mesmo que reajusta o piso salarial. Há uma previsão de reajuste do piso do magistério para o ano que vem de 31,3%, já que acumulou 2021, que não teve reajuste, e 2022 que terá esse reajuste conforme a legislação se for aplicada de forma adequada. Então, os golpes foram quebrando a possibilidade de aplicação do que conquistamos nas leis nos anos anteriores”, disse.

“É destruidor da escola pública, destruidor da escola privada, destruidor da universidade, quando ele diz que a universidade tem de ser para poucos e que tem muita universidade no país – são as declarações de um ministro”.

“Em um país decente, um ministro que falasse isso jamais deveria assumir o cargo de ministro da educação. Uma negação completa a atuação do ministro.”

Impacto da covid-19 sobre os professores

Araújo contou que é muito grande o impacto da pandemia sobre os professores. E que há muita tristeza na categoria. Para se ter uma ideia, no último dia 5, a Internacional da Educação comemorou o Dia Mundial do Docente. E para isso pediu às confederações pelo mundo vídeos em homenagem aos que faleceram por conta da covid-19. A CNTE fez um vídeo muito triste, já que muita gente próxima dela partiu, infelizmente, por conta da covid-19. “Dos que ficaram, adoeceram muitos e 74% da nossa categoria – professores e professoras – tiveram doenças profissionais devido à falta de condições adequadas para atividade remota. Perdemos muitos estudantes e isso traz também um impacto muito grande na vida profissional e pessoal desses professores, muitos se esforçaram para manter a atividade remota, alguns foram atrás até de equipamentos para emprestar para os estudantes para manter o processo de interação e houve uma intensificação do nosso trabalho”, relatou.

No entanto, essa intensificação, sem uma formação e equipamentos adequados, sem conexão, desencadeou muitas doenças, como depressão, por não conseguir atender as atividades remotas previstas para esse período. Os governos não investiram na infraestrutura das escolas para garantir o retorno seguro, nem a conexão. “O próprio governo federal negou repasse de recursos de R$ 3,5 bilhões aprovados pelo Congresso. E foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela inconstitucionalidade dessa lei”.

Para o dirigente, uma falta de investimento completo no profissional de educação e nos estudantes quanto a equipamentos e conexão. “Isso trouxe prejuízos a nossos alunos e impactos profundos na saúde dos profissionais de educação.”

Prejuízos à educação

As políticas do governo Bolsonaro que trouxeram prejuízos ao meio ambiente e aumentaram a desigualdade social e a fome não teriam razão de poupar o setor. O processo de ensino e aprendizagem, que exige do Ministério da Educação a continuidade das ações, foi atingido logo no início, com a chegada de ministros sem a menor competência. O primeiro deles, Ricardo Vélez Rodrigues, deu lugar a Abraham Weinbraub. Depois foram indicados outros, que nem chegaram a assumir por terem sido pegos mentindo em seu currículo.

“A cada ministro que se muda, muda toda a equipe que acompanha esse ministro. E nenhum tem tempo suficiente para organizar um programa de governo que dê conta das políticas de atendimento determinadas por leis. O governo Bolsonaro é negacionista, que negou também o Plano Nacional de Educação e o Fundeb, que foi conquistado à revelia do governo. Nenhum ministro da Educação discutia conosco o Fundeb no Congresso Nacional. E quando foram lá em audiências públicas, não respondiam. Diziam que era assunto do Ministério da Economia”, lembrou.

É esse governo, como destaca Heleno, que criou escolas cívico-militares, tirando a gestão pública da escola pública e a entregando a militares aposentados; e que defende a educação domiciliar – ou seja, que os pais não matriculem os filhos nem na escola particular nem na escola pública.

Pastor no MEC

A avaliação do dirigente sobre o atual ministro, Milton Ribeiro, não poderia ser pior. Primeiro porque, segundo ele, o pastor presbiteriano contrário à educação inclusiva e ao acesso dos mais pobres às universidades faz questão de ser um pastor à frente do Ministério, e não um educador. Sua ênfase é trazer suas ideias de dentro da igreja para as estruturas do estado que é laico.

Em segundo lugar, o titular do MEC abandonou a coordenação de políticas para o ensino básico, profissional e as creches, sobre os quais a pasta tem responsabilidade técnica e financeira, por meio de órgãos como a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação.

“Ele defende a educação domiciliar e que as crianças devam se socializar na igreja. Isso não tem nenhum sentido, nenhum respeito da nossa parte uma pessoa com esse tipo de pensamento, que ocupa esse espaço e não coordena nada dentro do Ministério. Além disso, ele não coordena nada, não presta nenhum serviço à educação pública superior e profissional de nosso país. É uma negação. Uma negação à atuação de Milton Ribeiro à frente do MEC. É uma pessoa que ocupa o Ministério da Educação só para receber salário, que é o dinheiro público do nosso povo.”

Inclusão social

Para o presidente da CNTE, não há nenhuma política educacional que se salve no governo de Jair Bolsonaro. Nenhuma foi apresentada no sentido de integrar a educação dos estados ao país. E sim ao contrário, de arrasar tudo aquilo que foi conseguido de 2005 a 2014. “A visão desse governo é a destruição dessa política. Isso estava na boca do presidente quando falou isso e nas ações dos ministros que passaram à frente do Ministério da Educação.”

Primeiro, as que foram anunciadas não foram colocadas em prática. O que ele anunciou foi mais destruição das políticas existentes. É ataque a Capes, ao Inep, CNPq, em tudo que tem relação com a pesquisa, com a universidade pública e a ausência completa de um processo de coordenação da educação básica.

“É um governo tão perdido e negacionista que o Ministério da Educação tem atribuições com todas as etapas da educação básica, da creche ao ensino médio e modalidades, tem responsabilidade de indicar programas e políticas integradas, tem a responsabilidade de garantir financiamento para aplicação dessas políticas e de coordenar o processo nacional através do auxílio técnico e financeiro do Ministério da Educação para com estados e municípios”.

Aberração completa

Para Heleno Araújo, trata-se de um processo de aberração completa, em que o governo não permite nada que traga bons resultados para a educação e a ciência. “Ele corta 92% de bolsas. Um processo de aberração completa nesse país. Não há perspectiva nenhuma de continuidade do processo da educação com esse governo e essas medidas que estão anunciando. Isso tudo mostra o tamanho da negação e da aberração que é esse governo Bolsonaro. Por isso o vendaval, o que vai ficar após a saída dele, com impeachment ou eleições, é uma terra arrasada também na educação pública do país.”

Assim, a saída não pode ser outra que não o fim do governo Bolsonaro, seja por meio de impeachment ou na eleição em 2022, para que então seja possível retomar os avanços. Os caminhos para isso já estão sendo debatidos na construção da Conferência Nacional Popular da Educação – Conape 2022.

“Até o final deste ano, em que comemoramos o centenário do nascimento do educador Paulo Freire, serão concluídas as etapas municipais e estaduais. E no ano que vem, a etapa nacional. Nosso lema é reconstruir o país, fazer a retomada do estado democrático de direito e a defesa da educação pública e popular, com gestão pública, gratuita, democrática, laica, inclusiva e de qualidade para todas as pessoas. Isso é uma recomposição. Porque isso que está aí não fica nada”, disse Heleno Araújo.