sábado, 21 de agosto de 2021

Ministro bolsonarista ataca Lula e o compara a Felipão

 Tarcísio de Freitas falou mal de Lula em jantar com empresários

CBB. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

247 - O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, passou boa parte do tempo falando mal de Lula em um jantar com empresários em São Paulo na quinta-feira (19).

Segundo pessoas que estavam no encontro, o ministro bolsonarista afirmou que os empresários não devem ter ilusão com o ex-presidente.

Tarcísio de Freitas tenta cerrar as fileiras do empresariado em torno de Jair Bolsonaro, já que, segundo expressou durante o jantar, não haverá terceira via e a polarização será entre o atual ocupante do Palácio do Planalto e Lula. 

O ministro também tentou convencer os empresários de que Lula, festejado por muitos deles quando governou o Brasil, não repetiria a mesma performance. Seria o mesmo que pegar o Felipão de 2002, que ganhou a Copa naquele ano, e compará-lo com o Felipão de 2014, quando o Brasil perdeu da Alemanha por 7 a 1, informa a jornalista Mônica Bergamo em sua coluna na Folha de S.Paulo.

Carlos Bolsonaro disse ao pai que teme ser preso por Alexandre de Moraes

 Carlos Bolsonaro disse estar preocupado e pediu mais ações do pai, que apresentou um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF

Carlos Bolsonaro. (Foto: Carlos Bolsonaro)

247 - “Carlos Bolsonaro telefonou no fim de semana passado para Jair Bolsonaro, depois de um longo hiato sem falar com o pai”, informa o jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Segundo ele, “Carlos tem certeza de que é o próximo a ser preso por Alexandre de Moraes, embora não haja em Brasília nenhum indicativo de que isso vai ocorrer”.

Carlos Bolsonaro disse estar preocupado e pediu mais ações do pai. 

Nesta sexta-feira, 20, Bolsonaro apresentou o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e prometeu protocolar o impeachment do ministro Luis Roberto Barroso, do TSE.

Bolsonaro vai para a cadeia se tentar golpe, diz Alessandro Vieira

 A postura dele é muito baseada no seu desejo de permanecer no poder, seja através de uma reeleição ou seja através do golpe, diz o senador sergipano

Senador Alessandro Vieira (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)


247 - O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) diz acreditar que já existem fatos que podem configurar crime por parte direta de Jair Bolsonaro na condução do combate à pandemia do novo coronavírus.  

Em entrevista ao Congresso em Foco, o parlamentar, porém, diz não acreditar que o relatório da CPI resultará no  impeachment do titular do Executivo e afirma que Bolsonaro pode vir a tentar um golpe. Se isso ocorrer, ressalta o senador, o destino de Bolsonaro deverá ser a cadeia.

“Ele acredita que o caminho autoritário é melhor.  Bolsonaro realmente mostra um absoluto desapreço pela democracia, pelas instituições e não quer fazer um esforço pela democracia de negociar, dialogar, ouvir a sociedade. Isso aponta para uma postura golpista, então eu acredito que Jair Bolsonaro possivelmente tentaria um golpe”, declara o senador. "A postura dele é muito baseada no seu desejo de permanecer no poder, seja através de uma reeleição ou seja através do golpe. Então tudo que ele faz é focado nisso, não tem uma base mobilizada."

O senador, entretanto, diz ter certeza que Bolsonaro não teria condições de concluir um golpe de Estado no Brasil. 

Leia a íntegra 

Ativistas ligados a Sérgio Reis se encontraram com general Heleno, ministros e deputados

 Integrantes do grupo que prepara as manifestações bolsonaristas mantiveram contato com o general Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e outras autoridades sediadas no Palácio do Planalto

Juliano Martins, ativista alvo de operação da PF, com o general Augusto Heleno, ministro do GSI e ativistas Eduardo Araújo, Bruno Semczeszm com Sérgio Reis (Foto: Reprodução/Instagram)

247 - Ativistas ligados ao cantor Sérgio Reis registraram em suas redes sociais uma série de encontros com políticos bolsonaristas nas últimas semanas. Membros do grupo têm aparecido ao lado de deputados, funcionários do Executivo e até ministros de Jair Bolsonaro.

As reuniões estão sob investigação da PGR (Procuradoria-geral da República). Desde julho, os investigados têm mobilizado apoiadores de Bolsonaro para atos no dia 7 de setembro, em apoio a pautas do governo e contra ministros do STF e as instituições. A PGR apura, entre outros pontos, se aliados do presidente atuaram de alguma forma nessa organização.

No último dia 15, um domingo, dois investigados publicaram fotos no Instagram com o general Augusto Heleno, ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), em um corredor do Palácio do Planalto. 

Dias antes, três membros do grupo estiveram com Gabriele Araújo, secretária especial de articulação social, órgão vinculado à Segov (Secretaria de Governo), que também funciona no Planalto. Juliano Martins, um dos alvos da PF, publicou em seu Instagram que o grupo teve uma "agenda" com a secretária, mas não deu detalhes.

Os eventos não foram registrados nas agendas oficiais de Heleno e de Gabriele Araújo. O UOL pediu esclarecimentos ao GSI e à Segov, mas não teve respostas até a publicação da reportagem. Sérgio Reis e os demais investigados começaram a mobilizar seguidores no início de julho, por meio do WhatsApp e das redes sociais. No dia 26 daquele mês, segundo a PGR, a organização "começou a tomar forma" com uma reunião no hotel Blue Tree Premium, em São Paulo, com cerca de 20 pessoas.

Ex-ministros da Justiça e da Defesa dizem que Bolsonaro age como autocrata ao pedir impeachment de Moraes

 Em carta endereçada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ex-ministros da Justiça e da Defesa condenam pedido de impeachment que Bolsonaro apresentou contra Alexandre de Moraes como aventura política e ação de autocrata

(Foto: STF | Isac Nóbrega/PR)

247 - Dez ex-ministros da Defesa e da Justiça assinaram uma carta nesta sexta-feira (20) em que pedem a rejeição do pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e na qual classificam a iniciativa de Jair Bolsonaro de "aventura política".

Os signatários dizem que Bolsonaro segue o roteiro de outros autocratas ao redor do mundo, informa a Folha de S.Paulo.

A carta é endereçada ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Assinaram ex-ministros que integraram os governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB). 

Os autores da carta dizem que Bolsonaro "perenizar uma crise institucional artificialmente criada".

Folha de S.Paulo denuncia em editorial que Brasil vive sob desgoverno e Bolsonaro não trabalha

 Para o jornal, povo brasileiro pega elevado preço pelo desgoverno de Bolsonaro

(Foto: REUTERS/Amanda Perobelli | Reprodução)

247 - "Deterioraram-se rapidamente, nos últimos dias, as expectativas para a evolução da economia no que resta do atual governo. Se neste ano está em curso uma recuperação precária e desigual de perdas provocadas pela pandemia, para 2022 surgem mais projeções de um desempenho abaixo do medíocre", aponta a Folha de S.Paulo em editorial neste sábado (21).

jornal mostra com pessimismo os indicadores do mercado financeiro. "A cotação do dólar, que chegou a cair abaixo dos R$ 5 em junho, acumula alta de 8,5% desde então, segundo as médias diárias apuradas pelo Banco Central" e "o índice da Bolsa de Valores, que passava dos 130 mil pontos há menos de dois meses, fechou em 118 mil nesta sexta-feira (20)". De original na sinistrose econômica, só o presidente que tumultua e não trabalha

O jornal critica severamente a gestão da política econômica, a cargo do ministro Paulo Guedes, que "já dera fartas mostras de inoperância gerencial e desarticulação política".  A Folha opina que esta desastrosa gestão "agora coloca em risco a credibilidade de seu compromisso mais básico com o reequilíbrio fiscal".

No ambiente de "sinistrose", a Folha observa que Jair Bolsonaro tumultua o ambiente político e institucional, "misturando seus pendores golpistas a sua aversão pelo trabalho de governar o país".

E conclui: "As mentiras, as bravatas, os conflitos estéreis e, sobretudo, a desídia de Bolsonaro já deixaram um trágico legado de mortes desnecessárias na pandemia, mas suas consequências nas políticas públicas —notadamente em educação e ambiente— ainda se farão sentir por muitos anos".

Em editorial, Estadão destaca repúdio da população a Bolsonaro

 População não quer mais Bolsonaro na Presidência da República, diz o jornal em editorial

24J: Ato Fora Bolsonaro em Porto Alegre (Foto: Oliven Rai / Mídia Ninja)


247 - "Jair Bolsonaro tem feito um governo desastroso. Não apenas não governa – não enfrenta os problemas que lhe cabe enfrentar, especialmente os muitos desafios decorrentes da pandemia –, como cria continuamente confusões e problemas adicionais", afirma o jornal O Estado de S.Paulo em editorial publicado neste sábado (21).  

O jornal destaca que Bolsonaro não tem limites em seu afã de se perpetuar no poder, ameaçando até mesmo a realização das eleições do próximo ano.

O texto ressalta a "escalada de ignorância, incivilidade e desrespeito às regras mais básicas do regime democrático".

Mas considera que no atual cenário tenebroso da vida nacional há uma boa notícia. "A população deu-se conta de quem é Jair Bolsonaro, não apoia o seu governo e não quer vê-lo por mais quatro anos na Presidência da República". 

"De forma recorrente, os institutos de pesquisa constatam o crescimento da rejeição a Jair Bolsonaro. Por exemplo, na pesquisa XP/Ipespe mais recente, 54% dos entrevistados disseram considerar o governo ruim ou péssimo. Em relação ao mês anterior, houve aumento de dois pontos porcentuais. O crescimento da rejeição ao governo de Jair Bolsonaro tem sido constante desde outubro de 2020, quando 31% disseram considerar a gestão ruim ou péssima; Agora, apenas 23% dos entrevistados avaliaram o governo como bom ou ótimo. No mês anterior, 25% fizeram uma avaliação positiva da gestão Bolsonaro. São as piores avaliações desde o início de 2019. A pesquisa também relatou que 63% dos entrevistados desaprovam a maneira como o presidente Jair Bolsonaro administra o País."

Ayres Britto diz que pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes tem falhas processuais e não irá adiante

 A denúncia não será recebida por falta de legitimidade processual de Bolsonaro, diz o ex-presidente do STF

Ayres Britto

247 - O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto disse que o pedido de impeachment apresentado por Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (20) contra o ministro Alexandre de Moraes não terá encaminhamento no Senado por questões processuais.

"A denúncia não será recebida por falta de legitimidade processual do presidente, que não tem, entre suas atribuições sejam constitucionais, sejam legais, essa possibilidade de denunciar ministro do Supremo por crime de responsabilidade", declarou Ayres Britto  ao Globo.

De acordo com o ex-presidente do Supremo, esse tipo de denúncia nem faz parte das atribuições que o artigo 84 da Constituição insere nas atribuições do presidente da República. 

Na avaliação de Ayres Britto, também não há a chance de o pedido feito por Bolsonaro ser deferido quanto ao mérito dos crimes de responsabilidade supostamente cometidos por Moraes.

Organizador de ato contra o STF em 7 de setembro se reuniu com neonazista alemã

 Bruno Semczeszm está entre os que foram alvo de mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes

Bruno Henrique Semczeszm e Beatrix von Storch | Reprodução/Facebook (Foto: Bruno Henrique Semczeszm e Beatrix von Storch | Reprodução/Facebook)

Da revista Fórum  Bruno Henrique Semczeszm, apontado como um dos organizadores do ato golpista previsto para o dia 7 de Setembro, se encontrou com a deputada neonazista alemã Beatrix von Storch, líder do partido de extrema-direita AfD, três dias depois do presidente Jair Bolsonaro.

Semczeszm está entre os que foram alvo de mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (20).

No dia 29 de julho, Semczeszm publicou foto ao lado da deputado e do esposo, Sven von Storch. Segundo o bolsonarista, que comanda o blog Portal Brasil Livre, Sven possui um site semelhante na Alemanha, o Die Freie Welt (O Mundo Livre). O encontro rendeu uma entrevista que foi publicada no YouTube do Brasil Livre. Leia a íntegra na Fórum 

Advogados afirmam que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao pedir impeachment de Moraes

 Ao protocolar o pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes, Jair Bolsonaro cometeu mais um crime de responsabilidade, segundo opinião de advogados. Presidente do Senado já sinalizou que vai rejeitar o pedido

(Foto: ABr | Pedro Gontijo/Senado Federal)


247 - Jair Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao encaminhar ao Senado o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A avaliação é dos advogados e professores Lenio Streck e Georges Abboud que, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (20), também questionaram a pouca fundamentação do documento.

“Ele [Bolsonaro] não descreve nenhum indício, materialidade ou conduta que poderia ser enquadrada como crime político por parte de Alexandre de Moraes”, disse Abboud. “O que ele faz é tão somente uma pressão política.”

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já afirmou na noite desta sexta-feira (20) que não antevê fundamentos que justifiquem o andamento do processo na Casa. Pacheco antecipou que terá "muito critério" ao examinar a questão. 

O presidente do Senado reafirmou que impeachment é algo "grave e excepcional", que pode, inclusive, ser "mal usado" e, portanto, não pode ser banalizado. Além disso, ele garantiu que não se renderá a "nenhum tipo de investida que seja para desunir o Brasil".

Pacheco afirmou que encaminhará o pedido de Bolsonaro à área técnica do Senado para depois decidir se dará, ou não, seguimento ao caso. 

Segundo o advogado Georges Abboud, “o único caminho para esse pedido é o arquivamento”.

Bolsonaro afirmou também nesta sexta-feira que pedirá o impeachment do ministro do STF Luís Roberto Barroso nos próximos dias

Celso de Mello diz que Bolsonaro ofende convívio harmonioso entre os Poderes da República

 Para o ex-decano do Supremo, a decisão de Bolsonaro de apresentar pedido de impeachment contra ministro do STF é "ofensa manifesta ao convívio harmonioso entre os Poderes da República"

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)


247 - A decisão de Jair Bolsonaro de apresentar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (20), é um gesto de "absurda provocação" que "traduz ofensa manifesta ao convívio harmonioso entre os Poderes da República", na avaliação do ministro aposentado do Supremo e ex-presidente da Corte Celso de Mello. 

"O gesto de Bolsonaro traduz ofensa manifesta ao convívio harmonioso entre os Poderes da República , pois a denúncia contra o Ministro Alexandre de Moraes, além de não ter fundamento legítimo, revela a intenção subalterna de pretender intimidar um magistrado que , além de independente , responsável e intimorato, cumpre, com exatidão e estrita observância das leis, o seu dever funcional ! Bolsonaro precisa ter consciência de que não está acima da autoridade da Constituição e das leis da República!", afirmou Celso de Mello ao Globo.

"Não há fundamentos para o impedimento dos ministros", diz Rodrigo Pacheco

 "Eu terei muito critério nisso e sinceramente não antevejo fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment de ministro do Supremo", disse o presidente do Congresso

Rodrigo Pacheco (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Do Conjur  Após o presidente Jair Bolsonaro protocolar um pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG) disse não vislumbrar fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para a destituição de um integrante da Suprema Corte.

"Eu terei muito critério nisso e sinceramente não antevejo fundamentos técnicos, jurídicos e políticos para impeachment de ministro do Supremo, como também não antevejo em relação ao impeachment de presidente da República", afirmou Pacheco.

O presidente do Senado reafirmou que impeachment é algo "grave e excepcional", que pode, inclusive, ser "mal usado" e, portanto, não pode ser banalizado. Além disso, ele garantiu que não se renderá a "nenhum tipo de investida que seja para desunir o Brasil".

Por fim, Pacheco afirmou que encaminhará o pedido de Bolsonaro à área técnica do Senado para depois decidir se dará, ou não, seguimento ao caso: "Cumprirei o meu dever de, no momento certo, fazer as decisões que cabem ao presidente do Senado".

O pedido de impeachment
Em um documento de 102 páginas dirigido ao presidente do Senado, Bolsonaro lista o que considera uma série de irregularidades cometidas pelo ministro do STF e pede sua destituição do cargo por crime de responsabilidade. Além disso, quer que lhe seja aplicada a pena de oito anos de inabilitação a cargo público.

A peça de Bolsonaro se baseia em dois argumentos principais. Um é o de que o ministro decidiu em processos nos quais deveria ter se declarado suspeito. O artigo 39.2 da lei do impeachment (Lei 1.079/1950) prevê que é crime de responsabilidade de ministro do STF "proferir julgamento, quando, por lei, seja suspeito na causa".

O outro argumento diz que Alexandre "procede de modo incompatível com a honra, dignidade e decoro de suas funções", conduta prevista no artigo 39.5 da mesma lei. Isso porque o ministro estaria descumprindo o compromisso assumido quando sabatinado no Senado, ocasião em que manifestou-se pela defesa intransigente de direitos e garantias individuais.

STF repudia impeachment de Moraes e diz que contestação deve se dar no processo legal

 Segundo o STF, "o Estado Democrático de Direito não tolera que um magistrado seja acusado por suas decisões, uma vez que devem ser questionados nas vias recursais próprias, obedecido o devido processo legal"

(Foto: Isac Nóbrega/PR | Nelson Jr./SCO/STF)

247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) repudiou o ato de Jair Bolsonaro, que, nesta sexta-feira, 20, pediu o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, integrante do tribunal.

Segundo a corte, "o Estado Democrático de Direito não tolera que um magistrado seja acusado por suas decisões, uma vez que devem ser questionados nas vias recursais próprias, obedecido o devido processo legal".

"O STF, ao mesmo tempo em que manifesta total confiança na independência e imparcialidade do ministro Alexandre de Moraes, aguardará de forma republicana a deliberação do Senado Federal", destaca o Supremo.

Ao pedir o impeachment de Moraes, Bolsonaro diz, em documento, que "não se pode tolerar medidas e decisões excepcionais de um ministro do Supremo Tribunal Federal que, a pretexto de proteger o direito, vem ruindo com os pilares do Estado Democrático de Direito”.

“Ele prometeu a essa Casa e ao povo brasileiro proteger as liberdades individuais, mas vem, na prática, censurando jornalistas e cometendo abusos contra o presidente da República e contra cidadãos que vêm tendo seus bens apreendidos e suas liberdades de expressão e de pensamento tolhidas", disse.

O ministro aposentado Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como "péssima" a apresentação do pedido de impeachment.

"Estão esticando muito a corda, e isso é muito ruim. Isso não é bom em termos de bem estar para a sociedade. É péssimo em termos de fortalecimento das instituições, o momento, principalmente considerada a crise de saúde, é de temperança, de compreensão, de todos estarem unidos visando o melhor para o povo", afirmou.

Leia a íntegra do documento protocolado por Bolsonaro:


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

O impeachment que o Brasil quer é o de Bolsonaro, diz Rogério Correia

 Para o deputado, pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes é motivado, "acima de tudo", por medo. "Medo de investigação contra a família, sobretudo contra o filho Carluxo, o chefinho da indústria de fake news", afirmou

(Foto: Divulgação - Reprodução)

247 - O deputado Rogério Correia cobrou nesta sexta-feira (20) o presidente da Câmara, Arthur Lira, pelo andamento do impeachment de Jair Bolsonaro. 

"E por falar em impeachment, o que o Brasil quer de verdade é o dele, o de Jair Bolsonaro. Bora, @ArthurLira! O povo não aguenta mais Bolsonaro!", disse Correia pelo Twitter. 

No início da noite, o Palácio do Planalto protocolou no Senado um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Na peça encaminhada ao Senado, Bolsonaro afirma que integrantes da Suprema Corte teria cometido crime de responsabilidade ao tomar "medidas e decisões excepcionais", cometer "abusos" contra o presidente da República e coibir a liberdade de expressão.

Para o deputado Rogério Correia, o pedido de impedimento do ministro Alexandre de Moraes é motivado por medo. "Medo de investigação contra a família, sobretudo contra o filho Carluxo, o chefinho da indústria de fake news", afirmou.

Renan: impeachment de Moraes é "desvario" de Bolsonaro e não irá prosperar

 "Nunca se viu nas democracias um desvario igual ao de Bolsonaro ao propor o impeachment do ministro Alexandre de Moraes", afirmou o relator da CPI da Covid

Senador Renan Calheiros (MDB-AL) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, afirmou que o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), feito ao Senado nesta sexta-feira (20) por Jair Bolsonaro é a "gota d'água" para os democratas. 

Pelo Twitter, Renan adiantou seu voto contrário ao pedido. "Nunca se viu nas democracias um desvario igual ao de Bolsonaro ao propor o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. O ataque é a gota d’água para os democratas. Não há diálogo com quem só ambiciona o confronto.Obviamente o pedido não prosperará e tem meu voto antecipado: não", afirmou o senador. 

Na peça encaminhada ao Senado, Bolsonaro afirma que o integrantes da Suprema Corte teria cometido crime de responsabilidade ao tomar "medidas e decisões excepcionais", cometer "abusos" contra o presidente da República e coibir a liberdade de expressão. Moraes acolheu notícia-crime contra Bolsonaro por vazamento de informações sigilosas de investigação da Polícia Federal.

Lula chega ao Ceará e é recebido pelo governador Camilo Santana e deputados petistas

 O ex-presidente Lula chegou em Fortaleza, dando continuidade à sua agenda política pelo Nordeste para costurar alianças e discutir a situação política do Brasil, como a fome e o aumento da miséria

(Foto: Reprodução)


247 - O ex-presidente Lula (PT) chegou a Fortaleza (CE) nesta sexta-feira, 20, após visitar Pernambuco, Piauí e Maranhão em sua jornada pelo Nordeste para discutir a situação política do Brasil.

Ele foi recebido por lideranças petistas no estado, como deputados e o governador, Camilo Santana (PT), que usou as redes sociais para divulgar as boas-vindas. 

Segundo o jornal O Povo, entre os nomes do PT no Ceará estavam os deputados federais José Guimarães e José Airon, além dos deputados estaduais Moisés Brás e Guilherme Sampaio. Já em segundo momento, estiveram na Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) a deputada federal Luizianne Lins e o deputado Elmano de Freitas. 

Diário do Nordeste informou que “a agenda tem como um dos pontos altos o encontro com governador Camilo Santana (PT), que joga luz mais uma vez sobre o dilema enfrentado pelo chefe do Executivo estadual no contexto eleitoral: conciliar as relações com Lula e o ex-governador Ciro Gomes (PDT)”.

“O deputado José Airton Cirilo (PT) diz que um dos esforços da agenda é a construção do palanque petista no ano que vem. Nesse contexto, Lula terá encontros com líderes partidários, entre eles, o ex-senador Eunício Oliveira, do MDB. A expectativa é que Eunício esteja junto à comitiva no Porto do Pecém, no sábado (21)”, continua a reportagem.

Bolsonaro sanciona LDO e veta fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões para 2022

 O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional há pouco mais de um mês. Ponto mais polêmico da proposta, o aumento do Fundo Eleitoral, de R$ R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões, foi vetado por Bolsonaro

Jair Bolsonaro e Congresso Nacional (Foto: Reuters)

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta sexta-feira (20), com vetos parciais, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022. O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional há pouco mais de um mês e o prazo para sanção terminava justamente nesta sexta. Ponto mais polêmico da proposta, o aumento do Fundo Eleitoral, de R$ R$ 2 bilhões para mais de R$ 5,7 bilhões, foi vetado pelo presidente. A LDO sancionada será publicada na edição do Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira (23).

Pelo texto aprovado no Congresso, a verba do Fundo Especial de Campanha seria vinculada ao orçamento do Tribunal Superior Eleitoral, prevendo 25% da soma dos orçamentos de 2021 e 2022. Por esses cálculos, o valor do Fundo praticamente triplicaria em relação ao orçamentos das eleições de 2018 e 2020. Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República informou que o novo valor do fundo será definido pelo TSE e incluído no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) do ano que vem.

"Em relação ao Fundo Eleitoral, a Lei Orçamentária contará com o valor que será definido pelo Tribunal Superior Eleitoral para o ano de 2022, com base nos parâmetros previstos em lei, a ser divulgado com o envio do Ploa-2022". A pasta também confirmou que houve veto das despesas previstas para o ressarcimento das emissoras de rádio e de televisão pela inserção de propaganda partidária.

Alegando questões fiscais, o presidente também vetou dois dispositivos das chamadas emendas de relator-geral do orçamento (RP-8 e RP-9). "Trata-se de dispositivos inseridos pelo Poder Legislativo e que já foram vetados em anos anteriores", a Presidência da República. 

Metas

Para 2022, a LDO fixou uma meta de déficit primário de R$ 170,47 bilhões para o Orçamento Fiscal e da Seguridade Social e de déficit de R$ 4,42 bilhões para as empresas estatais.

Quanto aos aspectos macroeconômicos, a LDO de 2022 foi elaborada considerando o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) de 2,5% para o ano que vem. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação, foi fixado em 3,5%. Já a taxa básica de juros, a Selic, foi projetada em 4,74%, e a taxa de câmbio média do dólar em R$ 5,15. 

Em relação ao salário mínimo, o projeto prevê que, para o ano que vem, o valor passará para R$ 1.147, com correção monetária do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Para ser confirmado, o aumento do salário mínimo precisa ser aprovado Projeto de Lei Orçamentária de 2022.

O que é a LDO

A Lei de Diretrizes Orçamentárias indica as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte, no caso 2022. Ela define as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas para o exercício subsequente, orientando a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA) do ano seguinte. O Poder Executivo envia ao Congresso Nacional, que deve discuti-la e votá-la.

Entre as definições estão a meta fiscal, os programas prioritários e o salário mínimo. Além disso, o texto pode autorizar o aumento das despesas com pessoal, regulamentar as transferências a entes públicos e privados, disciplinar o equilíbrio entre as receitas e as despesas e indicar prioridades para os financiamentos pelos bancos públicos, entre outras. É com base nessas diretrizes da LDO que o Poder Executivo apresenta o orçamento de 2022 para a União, que deve ser enviado até o próximo dia 31 de agosto.

'Estão esticando a corda', diz ex-ministro Marco Aurélio sobre impeachment de Moraes

 "Eu acho que é péssimo, eu não vejo com bons olhos o que está ocorrendo. Temos que respeitar a cadeira de presidente, a cadeira de ministro do Supremo", afirmou o exdecano do STF

Ministro Marco Aurélio faz homenagem ao ministro Luiz Fux empossado na Presidência do STF. (10/09/2020) (Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

247 - O ministro aposentado Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como "péssima" a apresentação do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes do STF, feita ao Senado por Jair Bolsonaro. 

"Estão esticando muito a corda, e isso é muito ruim. Isso não é bom em termos de bem estar para a sociedade. É péssimo em termos de fortalecimento das instituições, o momento, principalmente considerada a crise de saúde, é de temperança, de compreensão, de todos estarem unidos visando o melhor para o povo", afirmou Marco Aurélio ao Globo

O ex-decano do STF avaliou que o gesto de Bolsonaro não ajuda no estabelecimento das relações entre os Poderes e não tem chances de prosperar no Senado. 

"Decisão judicial se observa ou se impugna. Eu acho que é péssimo, eu não vejo com bons olhos o que está ocorrendo. Temos que respeitar a cadeira de presidente, a cadeira de ministro do Supremo, isso é o que convém. São os tempos estranhos. Onde vamos parar em 2022?", questionou. 

Leia o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes feito por Bolsonaro ao Senado

 No documento, Jair Bolsonaro diz que "não se pode tolerar medidas e decisões excepcionais de um ministro do Supremo Tribunal Federal que, a pretexto de proteger o direito, vem ruindo com os pilares do Estado Democrático de Direito”

(Foto: ABr)

247 - Nesta sexta-feira, 20, o Palácio do Planalto protocolou o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. No documento, Bolsonaro diz que "não se pode tolerar medidas e decisões excepcionais de um ministro do Supremo Tribunal Federal que, a pretexto de proteger o direito, vem ruindo com os pilares do Estado Democrático de Direito”.

“Ele prometeu a essa Casa e ao povo brasileiro proteger as liberdades individuais, mas vem, na prática, censurando jornalistas e cometendo abusos contra o presidente da República e contra cidadãos que vêm tendo seus bens apreendidos e suas liberdades de expressão e de pensamento tolhidas", disse.

Leia a íntegra do documento: