sexta-feira, 13 de agosto de 2021

"Nossa conta agora é pessoal, Xandão", diz Roberto Jefferson a Alexandre de Moraes, após ser preso

 Ex-deputado ameaçou o ministro do Supremo Tribunal Federal e o acusou de receber um "mensalão chinês"

Roberto Jefferson e Alexandre de Moraes (Foto: Reprodução/Instagram | Rosinei Coutinho/SCO/STF)

247 – O ex-deputado Roberto Jefferson, que foi preso nesta sexta-feira, divulgou um áudio logo depois de receber o mandado de prisão, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. "Nossa conta agora é pessoal, Xandão", disse ele, afirmando que a vida ainda os colocará frente a frente. Numa mensagem agressiva, ele também afirmou que há ministros gays no Supremo Tribunal Federal e que sua prisão seria consequência de um suposto mensalão chinês. Confira o áudio e saiba mais:


BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente do PTB, Roberto Jefferson, foi preso na manhã desta sexta-feira por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, dentro do inquérito que apura a existência de uma organização criminosa digital que espalha notícias falsas e faz ataques à democracia.

De acordo com nota da Polícia Federal, o ex-deputado foi preso em Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. Depois de passar pelo Instituto Médico Legal (IML) e pela sede da PF no Rio, seria levado para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio. A partir de lá, Jefferson deverá ficar preso no complexo de Bangu.

Moraes determinou a prisão preventiva do ex-deputado a partir de um pedido da Polícia Federal, que o investiga no inquérito aberto em julho para apurar a existência de milícias digitais que fomentam ataques à democracia e a distribuição de notícias falsas.

Na decisão, obtida pela Reuters, Moraes determinou a prisão preventiva do ex-deputado, a busca e apreensão de dispositivos eletrônicos como celulares, tablets e computadores, além de armas e munições que possam estar em sua posse, já que ele tem posado em fotos e vídeos com armas pesadas. Além disso, foi solicitado o bloqueio da mais nova conta no Twitter de Jefferson --a terceira desde que começou a ser investigado.

Moraes ainda encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao corregedor daquela corte ofícios para que tomem medidas para suspensão de exercício de função pública como presidente de partido. Segundo o ministro, são necessárias medidas em função da possível utilização da condição de presidente de partido político --com a consequente utilização de recursos do fundo partidário-- para incorrer nas condutas ora em análise.

Jefferson foi preso depois da Polícia Federal fazer operações de busca e apreensão em diversos endereços ligados a ele e ao PTB. Logo cedo, o presidente do PTB escreveu em suas contas nas redes sociais que a PF o estava buscando.

"A Polícia Federal foi a casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice", escreveu.

No pedido de medidas contra o ex-deputado, a Polícia Federal afirma que em "reiteradas manifestações", Jefferson demonstra o mesmo modo de agir das milícias digitais que estão sendo investigadas, e com os mesmos objetivos: "Atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização e de ódio; e gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos Poderes da República".

Entre a reprodução de diversas entrevistas e postagens, a decisão de Moraes cita o último vídeo de Jefferson, divulgado nas redes do PTB, em que ele repete o presidente Jair Bolsonaro e diz que sem voto impresso não haverá eleições em 2022.

"Ouçam o rufar dos tambores. Garantidores da lei e da ordem. O começo da democracia. A garantia. O braço forte. Tá dizendo o que? Se não houver voto impresso e contagem pública de votos, não haverá eleição ano que vem. Barroso pode até zangar, bater o pezinho... Né, Barroso? Mas se não tiver voto impresso e contagem pública, não terá eleição ano que vem", diz o ex-deputado, citando o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

Em seu despacho, Moraes afirma que há fortes indícios de crimes de calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime, apologia ao crime, associação criminosa, denunciação caluniosa, e em artigos da Lei de Segurança Nacional que incluem fazer propaganda de processos violentos e ilegais para alteração da ordem política e incitar a subversão da ordem política ou social, entre outros.

"A reiteração dessas condutas, por parte de Roberto Jefferson Monteiro Francisco, revela-se gravíssima, pois atentatória ao Estado Democrático de Direito e às suas Instituições republicanas. A Constituição Federal não permite a propagação de ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado Democrático, nem tampouco a realização de manifestações nas redes sociais visando ao rompimento do Estado de Direito, com a extinção das cláusulas pétreas constitucionais – Separação de Poderes, com a consequente instalação do arbítrio", escreveu o ministro em sua decisão.

A Reuters procurou a assessoria do PTB e do próprio Jefferson, mas ainda não houve uma manifestação sobre a prisão.

A Decisão de Alexandre de Moraes trouxe à tona, mais uma vez, uma rusga entre o ministro e a Procuradoria-Geral da República. Em sua decisão, não consta a posição da PGR sobre o caso.

Em nota, o gabinete do ministro explica que o pedido de manifestação foi encaminhado à PGR no dia 5 de agosto, mesmo dia em que o pedido da PF foi apresentado ao STF, e foi dado prazo de 24 horas para resposta.

"No entanto, até a decisão que decretou a prisão preventiva de Roberto Jefferson e determinou a realização da busca e apreensão, na data de ontem, 12 de agosto de 2021, não havia qualquer manifestação da Procuradoria-Geral da República a esse respeito, embora vencido o prazo", diz a nota.

Em outra nota, o procurador-geral, Augusto Aras, afirmou que houve manifestação da PGR no "tempo oportuno" e que a PGR foi contrária à prisão do ex-deputado.

"O entendimento da PGR é que a prisão representaria uma censura prévia à liberdade de expressão, o que é vedado pela Constituição Federal", diz a nota.

"A PGR não contribuirá para ampliar o clima de polarização que, atualmente, atinge o país, independentemente de onde partam e de quem gere os fatos ou narrativas que alimentam os conflitos", seguiu o texto.

Antes de ser preso, Roberto Jefferson chamou Moraes de “cachorro”

 "Cachorro do STF", disparou o bolsonarista em seu último tuíte antes de ser preso na manhã desta sexta-feira (13) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF

                                      (Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF | Reprodução)

247 - O ex-deputado bolsonarista e presidente do PTB, Roberto Jefferson, atacou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o chamou de "cachorro do STF" em seu último tuíte antes de ser preso na manhã desta sexta-feira (13).

"Xandão, maridão de dona Vivi, Cachorro do STF, decretou minha prisão por crime de milícia digital", começou o ex-deputado em seu Twitter, como informou reportagem do portal UOL. 

E continuou: "Ele [Moraes] está repetindo os mesmos atos do Supremo da Venezuela, prendendo os Conservadores para entronizar os comunistas. Deus. Pátria. Família. Vida. Liberdade".

O bolsonarista teve suas contas nas redes sociais bloqueadas por determinação do STF. 

Antes da prisão ele também publicou um vídeo em que aparecem os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffolli, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Alexandre de Moraes, que decidiu pela ordem de prisão. Além das imagens dos magistrados, há fotos de um protesto e do próprio Jefferson, junto à data da próxima manifestação bolsonarista a favor do voto impresso, 7 de setembro.

Ao fundo, toca a música "Urubu com chicória", do cantor paraense Pinduca, conhecido pelas canções no ritmo do carimbó.

Saiba mais 

 A Polícia Federal foi às ruas na manhã desta sexta-feira (13) e prendeu o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. A autorização da prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O mandado é de prisão preventiva (que não tem prazo estipulado para acabar).

A ordem ocorre dentro do chamado inquérito da milícia digital, que investiga a organização e o funcionamento de um grupo voltado a ataques à democracia aberto em julho por decisão do ministro.

Paes declara apoio a Lula em 2022

 Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que vai apoiar a candidatura de Lula na disputa ao Planalto em 2022

(Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), declarou o seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida presidencial em  2022. Segundo Paes, em um cenário de politização, o candidato do PT terá um forte aliado no Rio.

Em entrevista Paes disse que entre Lula e Bolsonaro “não tenho dúvida: estarei a favor de Lula”.  

De acordo com reportagem do Agenda do Poder, Paes ainda comentou que pode antecipar a declaração de apoio a Lula - ainda está preso ao compromisso institucional de apoio ao nome do PSD - se tiver o apoio do PT na candidatura do presidente da OAB,  Felipe Santa Cruz, ao governo do Rio.

Em ordem de prisão, Moraes diz que Jefferson integra organização criminosa que atua para derrubar a democracia

 Inquérito da PF aponta os seguintes crimes contra o presidente do PTB: “crimes contra a honra, racismo, homofobia e incitação à prática de crimes, bem como o tipo penal decorrente de integrar organização criminosa”

                     Alexandre de Moraes e Roberto Jefferson (Foto: Divulgação)

247 - Preso nesta sexta-feira (13) no inquérito que investiga as milícias digitais, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, acusado de espalhar notícias falsas e com ataques à democracia, pode responder pelos crimes contra a honra, racismo, homofobia e incitação à prática de crimes e por integrar organização criminosa.

De acordo com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o ex-deputado utiliza uma rede de apoiadores para “desestabilizar instituições republicanas”. “Atuam de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil“, diz o magistrado.  

O ministro Alexandre de Moraes disse que Jefferson “incitou e induziu a discriminação a pessoas de procedência chinesa, referindo-se ao embaixador chinês no Brasil como macaco" . O embaixador Yang Wanming comemorou a prisão de Roberto Jefferson por meio das redes sociais.

O ex-deputado ainda pode perder o posto à frente do PTB. O ministro encaminhou ofícios  ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao corregedor da Corte para que sejam tomadas medidas para a suspensão de exercício da função de presidente do partido, pois Jefferson poderia fazer uso do cargo para utilizar recursos do fundo partidário para promover os ataques à democracia aos quais é investigado.

Além da prisão preventiva do ex-parlamentar, a PF cumpriu mandado de busca e apreensão de dispositivos eletrônicos como celulares, tablets e computadores, além de armas e munições que possam estar em sua posse. A conta de Jefferson no Twitter também foi bloqueada.

Roberto Jefferson  é acusado de participar e ajudar a financiar uma rede de milícias digitais na disseminação de notícias falsas e ataques à democracia.

Em passagem pelo interior do Ceará, Bolsonaro acena para ruas esvaziadas (vídeo)

 Mandatário está no Nordeste para entrega de residências do programa Casa Verde e Amarela, mas foi recebido por poucos populares que saíram às ruas para prestigiá-lo

(Foto: Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro está nesta sexta-feira (13) na região do Nordeste para entrega de residências do programa Casa Verde e Amarela, mas foi recebido por poucos populares que saíram às ruas para prestigiá-lo, como mostra as imagens no vídeo abaixo.

A solenidade ocorreu na cidade de Juazeiro do Norte. 


O Estado do Ceará também será destino do ex-presidente Lula no mês de agosto. Ele fará um tour pelo Nordeste e a primeira parada será no estado do cearense, para fazer costuras políticas visando as eleições de 2022.

Terceiro maior colégio eleitoral do Nordeste, com 6,5 milhões de eleitores, a unidade federativa é governada por Camilo Santana, que é do PT, mas mantém laços com a família Ferreira Gomes, dos irmãos Ciro e Cid. 

Após mandado de prisão contra o pai, filha de Roberto Jefferson xinga e ameaça o STF

 Filha do ex-deputado Roberto Jefferson, Cristhiane Brasil, disse que o STF vai “pagar caro” por ter prendido o pai

(Foto: Câmara dos Deputados | Reprodução)

247 - Cristhiane Brasilfilha do ex-deputado Roberto Jefferson, que teve mandado de prisão e busca e apreensão expedido em seu nome na manhã desta sexta-feira (13) pela Polícia Federal, ameaçou o Supremo Tribunal Federal (STF) e chamou de “bando de escroto” quem mandou prendê-lo.

Cristhiane usou a sua conta no Twitter para fazer ameaças à Corte.

O mandado expedido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes tem como foco os ataques à democracia feitos pelo ex-deputado. Mas, segundo a filha do Jefferson, tudo não passa de uma “perseguição política”.

Cristhiane ainda ameaçou Jair Bolsonaro, dizendo que  ele será o próximo a ser preso caso não se posicione a respeito da prisão de Jefferson. 


 

Roberto Jefferson é preso pela Polícia Federal

Operação foi executada nesta manhã pela PF e o motivo são os ataques à democracia feitos pelo ex-deputado. Ordem partiu do ministro do STF Alexandre de Moraes

(Foto: Reprodução | Rosinei Coutinho/SCO/STF)


247 - A Polícia Federal foi às ruas na manhã desta sexta-feira (13) e prendeu o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. A autorização da prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O mandado é de prisão preventiva (que não tem prazo estipulado para acabar).

A ordem ocorre dentro do chamado inquérito da milícia digital, que investiga a organização e o funcionamento de um grupo voltado a ataques à democracia aberto em julho por decisão do ministro.

Moraes também determinou o bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em redes sociais e a apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento, informou o portal G1.

De acordo com a Polícia Federal, o bolsonarista foi enquadrado em “crimes contra a honra, racismo, homofobia e incitação à prática de crimes, bem como o tipo penal decorrente de integrar organização criminosa, convergente com o contexto da apuração já em curso neste inquérito”.  

Embaixador chinês bate palmas e deseja "lindo dia para todos" após a prisão de Jefferson

 O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, havia sido atacado por Roberto Jefferson, que publicou um vídeo com armas na mão fazendo ofensas ao diplomata. O petebista foi preso por participação em uma rede de milícias digitais

Embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, e o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (Foto: Romulo Serpa/Agência CNJ | Reprodução)


247 - O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, comemorou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que expediu uma ordem de prisão contra o ex-deputado federal e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, no âmbito do inquérito da milícia digital, que é uma continuidade do inquérito dos atos antidemocráticos. O petebista foi preso.

Em postagem no Twitter, o embaixador desejou um "lindo dia para todos".

Com armas na mão, Jefferson chamou o diplomata de "vagabundo que a China mandou para o Brasil" e de "pilantra que já articula contra o governo [brasileiro] faz um bom tempo".

 


Governo liberou R$ 1 bilhão de emendas para comprar adesão ao voto impresso

 Verbas foram liberadas para deputados antes de análise da PEC do voto impresso

Análise da PEC do voto impresso pelo plenário da Câmara (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

247 - Às vésperas da votação da PEC proposta por Jair Bolsonaro para instituir o voto impresso, o governo pagou R$ 1,03 bilhão de emendas individuais de parlamentares.

Reportagem do Estado de S.Paulo informa que a operação de transferência foi feita pelo mecanismo do “cheque em branco”, um esquema pelo qual deputados e senadores transferem recursos a prefeitos e governadores sem fiscalização.

Dos 229 deputados que disseram sim ao voto impresso, 131, isto é 57%, obtiveram pagamento desse tipo de emenda no dia 2 de agosto, três dias antes da matéria ser analisada em comissão especial. 

Relatório de juristas da CPI apontará crimes de Bolsonaro, Pazuello e Elcio Franco

 O documento será usado no relatório final da investigação parlamentar elaborado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL)

(Foto: Pedro França - Agência Senado)

247 - O grupo de juristas que assessora a CPI da Covid vai focar seu parecer técnico nos crimes cometidos por Jair Bolsonaro, pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e pelo ex-secretário executivo da pasta Elcio Franco.

O senador Renan Calheiros, relator da CPI, deve usar o documento no relatório final da investigação. 

O jurista Miguel Reale Jr., coordenador da comissão jurídica que apoia os senadores , já sinalizou que o documento apontará a qualificação jurídica dos fatos apurados pela CPI e informou que a equipe de juristas está concentrada nas figuras de Jair Bolsonaro, do ex-ministro Pazuello e no ex-secretario executivo Élcio Franco, que são os principais responsáveis pelas decisões envolvendo a pandemia. 

O documento vai apontar que Bolsonaro e integrantes do seu governo cometeram pelo menos três crimes: o de responsabilidade, contra a saúde pública e curandeirismo, informa a jornalista Bela Megale no Globo.

Flávia Oliveira: “horror a pobre, pré-requisito do governo Bolsonaro”

 “O pastor presbiteriano, autodeclarado professor, Milton Ribeiro, disparou um trio de declarações de ruborizar Justo Veríssimo, o personagem de Chico Anysio que melhor encarnou o desprezo dos homens públicos pelos brasileiros de baixa renda”, escreve a jornalista Flávia Oliveira

Flávia Oliveira e Milton Ribeiro (Foto: Reprodução/Instagram | Isac Nóbrega/PR)

247 - "No governo Jair Bolsonaro, aporofobia não é surpresa, mas pré-requisito. Ministro da Economia, Paulo Guedes já depreciou empregadas domésticas, filhos de porteiro, brasileiros em situação de fome. A mais recente demonstração de horror a pobres partiu do titular da Educação, Milton Ribeiro, há um ano no cargo. Numa entrevista à TV Brasil, o pastor presbiteriano, autodeclarado professor, disparou um trio de declarações de ruborizar Justo Veríssimo, o personagem de Chico Anysio que melhor encarnou o desprezo dos homens públicos pelos brasileiros de baixa renda. Combinou indiferença, preconceito e desinformação, a santíssima trindade do constrangimento. Merece resposta”, escreve a jornalista Flávia Oliveira em sua coluna no jornal Globo. 

A jornalista cita recente episódio preconceituoso envolvendo o pastor, que defendeu que uma minoria ingresse nas universidades. “O ministro parece desconhecer que, no Brasil, universidade já é para poucos. Em 2019, segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, apenas um em cada quatro jovens de 18 a 24 anos, idade desejável, frequentava o ensino superior. Comparado aos membros da OCDE, clube que o governo de Milton Ribeiro sonha adentrar, o Brasil tem menos habitantes que concluíram a universidade. Em Portugal, Turquia e Colômbia, a proporção de adultos de 25 a 34 anos com carreira universitária supera a do Brasil”, destaca. 

Em sua visão, “em vez de advogar pelo acesso a quem já é privilegiado, Milton Ribeiro poderia se ocupar do desânimo que, no pós-pandemia, tem levado milhares de jovens a desistir do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O total de inscritos para a prova deste ano foi o menor desde 2009, quando foi inaugurado o atual modelo de avaliação. Pesquisa do Conselho Nacional da Juventude, entre março e abril passados, com 68 mil brasileiros de 15 a 29 anos, revelou que oito em dez não fizeram o Enem 2020; 43% pensaram em abandonar os estudos durante a pandemia, principalmente por falta de dinheiro e dificuldades com o ensino remoto; 6% já largaram a escola. A indiferença oficial certamente atrapalha”. 

Índice de miséria no Brasil bate recorde no governo Bolsonaro

 O índice de miséria no Brasil durante o governo Bolsonaro atingiu 23,47 pontos, o maior valor desde o início da série histórica, em março de 2012

(Foto: Tomaz Silva/Ag.Brasil)

247 - Sob o governo Bolsonaro, o índice de miséria no Brasil bate recorde. A situação social é agravada pela alta da inflação, o aumento do desemprego e do custo de vida e a queda da renda.

O índice, calculado pela LCA Consultores a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), leva em consideração a taxa de desemprego registrada pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), indicador que capta as variações de preços para a população de baixa renda, que recebe entre um e cinco salários mínimos.

Pelas projeções da LCA, o índice de miséria deve continuar subindo até atingir 24,27% em agosto

De acordo com o Pnad, o desemprego é de 14,6%, ao passo que a subutilização da mão de obra é de 29,3%, enquanto que a inflação disparou, atingindo a marca de 9% nos últimos 12 meses, informa o UOL.

Gleisi: caso Santander mostra que o mercado está de mãos dadas com o golpe

 Presidente nacional do PT condenou a declaração de Victor Candido, um dos economistas da instituição financeira, que escreveu um relatório no qual defende um golpe de estado para evitar o retorno de Lula ao poder. “É a junção do capitalismo selvagem com o fascismo, a pior combinação possível”, alertou a petista

(Foto: Pilar Olivares/Reuters | Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Ricardo Stuckert)

247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, usou suas redes sociais nesta quinta-feira (12), para condenar a declaração de Victor Candido, um dos economistas da instituição financeira do banco espanhol Santander, que escreveu um relatório, no qual defende um golpe de estado para evitar o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, que lidera com folga todas as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República em 2022.

“Declaração de economista do Santander sobre barrar Lula mostra como o mercado está de mãos dadas com o golpe pretendido por Bolsonaro e cia. É a junção do capitalismo selvagem com o fascismo, a pior combinação possível e a sociedade que se dane. Deplorável!”, disse Gleisi. 


Após a nota ganhar notoriedade, a #SantanderGolpista tornou-se um dos assuntos mais comentados da rede social Twitter na manhã desta sexta-feira (13). 


Leia a íntegra da nota do economista do Santander:

“Brasília, 11 de agosto de 2021 – nº 10464 

Sobre vários tipos de golpe 

Um escritor alemão advertiu que a História, quando se repete, é como farsa e, ontem, o experimento do presidente Bolsonaro para repetir 1964 terminou como farsa, com seus blindados da Guerra do Vietnã e seus generais funcionários. Não há apoio social, nem apoio do establishment, nem radicalismo de esquerda para justificar uma aventura, que terminaria de forma melancólica com algumas prisões. Por fim, não há interesse do sistema político em um regime bolsonarista. 

Dito isso, é preciso reconhecer um problema na eleição de 2022: a perspectiva de retorno ao poder da máquina de corrupção do governo Lula. Basta comparar os esquemas de corrupção do Mensalão e do Petrolão com as aventuras cômicas de reverendos e militares da reserva tentando uma comissão na compra de vacinas pelo governo Bolsonaro. Os recursos desviados pelas máquinas políticas dos governos passados ainda não apareceram. Ou seja, se o sistema político e judicial, se o establishment político brasileiro acha cômico o governo Bolsonaro, o retorno de Lula e seus aliados representa uma ameaça bem mais séria. Hoje, Lira é o presidente da Câmara, mas sob um governo do PT, seria um modesto aliado abrigado em um cargo menor. 

Em suma, ninguém apoiará um golpe em favor de Bolsonaro, mas é possível especular sobre um golpe para evitar o retorno de Lula. Ele era inelegível até outro dia, por exemplo, pode voltar a sê-lo”.

Empresários de Natura, Ultra-Ipiranga e Fiesp propõem mobilização contra volta de Lula

 Pedro Passos, dono da Natura, Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra e Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Fiesp, publicaram artigo conjunto contra o ex-presidente Lula

Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

247 – Um artigo publicado hoje no jornal Estado de S. Paulo sinaliza que grandes empresários estão dispostos a se mobilizar mais uma vez contra a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e contra a soberania popular, depois de uma sucessão de golpes que empurrou o Brasil ao fascismo: o golpe contra Dilma Rousseff, em 2016, a prisão política de Lula em 2018 e agora as ameaças a um processo eleitoral limpo. Trata-se do texto "Nem Lula, nem Bolsonaro", assinado por Pedro Passos, dono da Natura, Pedro Wongtschowski, do grupo Ultra e Horácio Lafer Piva, ex-presidente da Fiesp.

"A História registra momentos substantivos, quando decisões são tomadas para o bem ou para o mal. Por vezes eles chegam sem se anunciar, mas na maioria dos casos uma análise mais cuidadosa mostrará com relativa clareza a existência de antecedentes", diz o trio.

"O Brasil anda mal, muito mal. Não adianta se esconder atrás do sucesso do agronegócio, das startups, da rica, embora maltratada, cultura e até da ampla aceitação das vacinas contra a covid-19. O fato é que avançamos mal em quase tudo para onde se olhe o País, revelando um desperdício gritante de oportunidades e um desalinho criminoso diante de tantas necessidades", prosseguem.

"Depois de tantos reveses, não se concebe o Brasil jogado noutra aventura. Já passou por dois modelos de gestão e conseguiu se dar mal em ambos. É hora de buscarmos um novo caminho – uma alternativa de equilíbrio, moderação e responsabilidade, com sentido de missão e foco em resultados", avançam.

"A solução não está nem em Lula nem em Bolsonaro. O voto é livre e soberano, mas, de tão sério, precisa ser exercido com alto grau de discernimento. Ambos os aspirantes à corrida presidencial já são personagens da História, que saberá julgá-los. Quanto a nós, é daqui para a frente, e, por consequência, a partir de 1.º de janeiro de 2023, que o Brasil se mostrará tanto a quem dele precisa quanto a quem dele se quer orgulhar.

Qualquer coisa que fuja de um verdadeiro e comprometido polo inovador e democrático, como almejado pelos muitos grupos de discussão mais ou menos indignados, mas majoritariamente sinceros nos propósitos e fartos de soluções mal pensadas, será atitude homicida, quiçá, suicida", escrevem. "Persistir no que já se mostrou errado não será apenas burrice, será covardia. E, se há que voltar à História, covardia é palavra vã no vocabulário do brasileiro."

Livro revela que Bolsonaro usou cota parlamentar para pagar lua de mel

 Livro “Nas asas da mamata: A história secreta da farra das passagens aéreas no Congresso Nacional" também aponta que os filhos de Jair Bolsonaro também fizeram viagens com recursos da Câmara

Bolsonaro e Michelle (Foto: Clauber Cleber Caetano/PR)


247 - A lua de mel do casal Jair Bolsonaro e Michelle de Paula Firmo Ferreira, em 2007, foi custeada com dinheiro público, por meio da cota parlamentar do então deputado na época. De acordo com a jornalista Juliana Dal Piva, no UOL, a revelação consta do livro “Nas asas da mamata: A história secreta da farra das passagens aéreas no Congresso Nacional", que será lançado pela editora Matrix na próxima semana. 

A obra, de autoria dos jornalistas Eduardo Militão, Eumano Silva, Lúcio Lambranho e Edson Sardinha, também aponta que entre 2007 e 2008 os três filhos mais velhos de Bolsonaro realizaram cinco viagens entre Rio, São Paulo e Brasília com passagens pagas com verbas da cota Câmara. “Nessa época, Carlos já era vereador no Rio de Janeiro e Flávio, deputado estadual na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio)”, destaca a reportagem..

A viagem de Bolsonaro e Michelle que teve Foz do Iguaçu como destino final custou R$ 1.729,24. Na ocasião, ele informou à Câmara que se ausentaria por sete dias e - para evitar o corte no salário - justificou a ausência como “núpcias”. O recurso foi liberado após autorização do então presidente da Casa, Arlindo Chinaglia  (PT-SP). Os dados utilizados no livro são das próprias companhias aéreas e constam de processos na Justiça Federal. Além do chefe do Executivo, outros parlamentares também são citados. 

Os autores também destacam que Michelle realizou ao menos 17 viagens com passagens compradas por meio da cota parlamentar de Jair Bolsonaro entre agosto de 2007 e fevereiro de 2009, acompanhada por um ou mais parentes. Os voos teriam custado R$ 18 mil, em valores da época.

Bolsonaro ataca governadores e prefeitos como culpados pela alta da inflação

 A inflação disparou no Brasil em julho. O acumulado é de quase 9% em 12 meses, nível mais alto para o mês em quase 20 anos

(Foto: ABr)

247 - Em mais uma demonstração da deterioração da situação econômica do país, a inflação disparou, fruto do fracasso da gestão econômica de seu governo a cargo do ministro Paulo Guedes. O acumulado é de quase 9% em 12 meses, nível mais alto para o mês em quase 20 anos. 

Mas Jair Bolsonaro se eximiu nesta quinta-feira (12) da responsabilidade e culpou os governadores e prefeitos.

Bolsonaro voltou a atacar gestores locais por terem adotado a política do isolamento social como instrumento de prevenção à disseminação da Covid-19. Segundo ele, isso prejudicou a economia e consequentemente teve reflexos na inflação. 

A inflação oficial brasileira acelerou com força em julho e atingiu o nível mais alto para o mês em quase 20 anos, ainda sob intensa pressão dos preços da energia elétrica e levando a taxa acumulada em 12 meses a encostar em 9%, enquanto o Banco Central intensifica o aperto monetário, informa a Folha de S.Paulo.

Caso Joice Hasselmann caminha para arquivamento pela polícia

 Deputada disse em algumas entrevistas suspeitar de um "atentado" mas, de acordo com informações obtidas na 2ª Delegacia de Polícia, que investiga o episódio, a tendência é o arquivamento do caso

Joice Hasselmann (Foto: Reprodução)

247- Caminha para o arquivamento pela Polícia Civil de Brasília o inquérito do caso, ocorrido em 18 de julho, quando a deputada Joice Hasselmann caiu em seu apartamento, sofreu cinco fraturas no rosto e uma na costela, além de cortes e hematomas pelo corpo. A informação é do jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo.

Joice disse em algumas entrevistas suspeitar de um "atentado" mas, de acordo com informações obtidas na 2ª Delegacia de Polícia, que investiga o episódio, a tendência é o arquivamento do caso.

Está prevista para breve a divulgação do laudo do exame toxicológico a que Joice se submeteu no IML do Distrito Federal há pouco mais de duas semanas. O exame identificou duas substâncias a partir da análise da amostra sanguínea colhida: zolpidem (usado para tratamento de insônia) e ansiolíticos.

A própria Joice admitiu ter tomado naquela noite um Stilnox (à base de zolpidem) — aliás, ela disse fazer uso regular do medicamento, que pode pode causar amnésia.

Ainda falta, porém, uma outra perícia ser concluída: a do maço de cigarros que Joice encontrou em seu apartamento. Segundo ela, o maço não seria de ninguém que mora ou trabalha lá.