segunda-feira, 5 de julho de 2021

Delfim: Lula vai vencer a eleição e Bolsonaro vai dizer 'Deus me tirou do lugar'

 Ex-ministro Delfim Netto afirma que o ex-presidente Lula será o próximo presidente da república e reafirma que ele fez "excelente" gestão enquanto esteve no cargo e fará melhor quando voltar

Lula e Delfim Netto (Foto: Ricardo Stuckert | Reprodução)

247 – O ex-ministro Delfim Netto, um dos nomes mais experientes da política nacional, concedeu entrevista ao jornalista César Felício, do Valor, em que previu a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, e descartou qualquer risco de ruptura institucional no Brasil.

"Eu acho que o Bolsonaro vai respeitar as instituições. Não há nenhuma razão, até agora, para se imaginar que ele vai violar a Constituição. Ele não fez isso nenhuma vez. Não vejo que ele seja um risco para a democracia. O respeito à Constituição é dos dois lados. Eu não vejo o Bolsonaro violando a Constituição. Como Lula nunca fez isso também. O que há é crenças que não tem fundamento no comportamento dos dois. Vai haver eleição, o Lula vai ganhar a eleição, e o Bolsonaro vai dizer o seguinte: Deus me tirou do lugar. Ponto final", disse ele.

Sakamoto: gravações provam que Bolsonaro é o pai da corrupção das rachadinhas

 O jornalista Leonardo Sakamoto comenta a respeito das gravações inéditas divulgadas pela jornalista Juliana Dal Piva que reforçam: apesar de Flávio Bolsonaro estar no centro do escândalo das "rachadinhas", seu pai adotava a mesma prática entre seus funcionários na Câmara dos Deputados

(Foto: sakamoto/juliafleck, Bolsonaro/Reuters)

247 - O jornalista Leonardo Sakamoto  comenta a respeito das gravações inéditas divulgadas pela jornalista Juliana Dal Piva, no portal UOL, que  reforçam: apesar de Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) estar no centro do escândalo das "rachadinhas" (como ficou conhecida a apropriação indevida de salários de servidores de seu gabinete), Jair adotava a mesma prática entre seus funcionários na Câmara dos Deputados.

O jornalista explica que a a "extensa e detalhada reportagem, divulgada nesta segunda (5), mostra o presidente sendo tratado como o "01" de esquema em troca de mensagens entre a esposa de Fabrício Queiroz, Márcia Aguiar, e sua filha, Nathalia Queiroz. Márcia, que esteve foragida enquanto seu marido estava preso em meio às investigações, disse que Jair não o deixará atuar como antes na política". 

"O Ministério Público do Rio de Janeiro acusa Fabrício Queiroz de ser operador do esquema enquanto Flávio era deputado estadual na Assembleia Legislativa. Ele, que é amigo de longa data de Jair e foi colocado por ele no gabinete do filho, seria o responsável por organizar o recebimento do dinheiro desviado de servidores reais e fantasmas e ajudar em sua lavagem", acresenta. 

Gleisi: 'caiu a última bandeira de Bolsonaro, que é o discurso de combate à corrupção'

 A presidente nacional do PT fez referência ao envolvimento direto de Jair Bolsonaro em esquemas de rachadinha. "O genocida que se criou com discurso de combate à corrupção não tem moral pra continuar nele. Cai seu último apoio", disse

Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (Foto: Wilson Dias/ABr)

247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que Jair Bolsonaro não tem mais como sustentar o discurso de combate à corrupção. A parlamentar fez referências às novas revelações que apontaram envolvimento direto dele em esquemas de rachadinhas. 

"Depois do esquema na compra de vacinas, ex-cunhada de Bolsonaro diz que ele também fazia rachadinhas qdo era deputado e mandou demitir quem não devolvia o salário. O genocida que se criou com discurso de combate à corrupção não tem moral pra continuar nele. Cai seu último apoio", escreveu a parlamentar no Twitter. 

Filho de Lula apresentará queixa-crime contra Amado Batista

 De acordo com a ação, Fábio Luís Lula da Silva "sempre se manteve alheio aos holofotes da política, construindo carreira como empresário no segmento de games". O cantor Amado Batista acusou Lulinha e o seu pai, o ex-presidente Lula, de envolvimento com corrupção. A defesa não descarta ingressar com ações de indenização por danos morais

Fábio Luís Lula da Silva e o cantor Amado Batista (Foto: Reprodução)

247 - O empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente Lula, apresentará, nesta segunda-feira (5), ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) uma queixa-crime por injúria contra o cantor Amado Batista. Em entrevista ao programa "Frente a Frente", transmitido pela Rede Nordeste de Rádio, o artista afirmou que tanto Lula quanto seus filhos praticaram roubo durante os governos do PT. As informações foram publicadas pela coluna de Mônica Bergamo

De acordo com a ação, "[Fábio Luís] Sempre se manteve alheio aos holofotes da política, construindo carreira como empresário no segmento de games, mesmo que, vez ou outra, se visse diante dos desafios que a exposição política de seu pai lhe trazia".

Kennedy: novas revelações deixam Bolsonaro numa espécie de "liquidificador político"

 O jornalista Kennedy Alencar fez referência às informações que apontaram envolvimento direto de Jair Bolsonaro em esquemas de rachadinha

Jornalista Kennedy Alencar (Foto: Editora 247)

247 - Em sua coluna publicada no portal Uol, o jornalista Kennedy Alencar destaca que a situação política de Jair Bolsonaro "agrava-se ainda mais", após novas informações apontarem envolvimento direto de Bolsonaro no esquema de rachadinha, tanto no gabinete dele quando era deputado federal quanto no gabinete de Flávio Bolsonaro quanto o atual senador ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio.

"O governo entrou numa espécie de liquidificador político, com fatos negativos que se sucedem e aumentam o desgaste", diz o colunista.

Rodrigo Pacheco defende voto eletrônico: 'não identifico indício de fraude nos resultados eleitorais'

 O presidente do Senado disse não identificar sinais de fraudes no atual sistema eletrônico de votações. O parlamentar também afirmou que a PEC do Voto Impresso deve ser rejeitada pelo Congresso

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Foto: Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados)

247 - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu a manutenção do atual sistema eletrônico de votações. O parlamentar disse não identificar indícios de fraudes em eleições, como tem apontado Jair Bolsonaro, que flerta com possível golpe caso não seja reeleito. A entrevista foi concedida à CNN Brasil.

Omar Aziz diz que são verdadeiras as afirmações de Luis Miranda sobre Bolsonaro

 O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz, diz que até agora Bolsonaro não desmentiu as informações do deputado de que Bolsonaro sabia das irregularidades no contrato para a compra da Covaxin

(Foto: Reprodução)

247 - O senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, afirmou que acredita nas declarações feitas pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF). Em depoimento, ele revelou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sabia das irregularidades na compra da vacina Covaxin.

“Nenhum servidor federal foi acionado pelo presidente após a denúncia do deputado Luis Miranda para fazer qualquer tipo de investigação. Se tivesse sido [mentira], pode ter certeza que o presidente já teria chamado Miranda de mentiroso, cafajeste, vagabundo e picareta. Essa é a forma como ele trata as pessoas que se opõem a ele ou tentam imputar alguma coisa”, disse Aziz em entrevista à TV Cultura.

CPI vota nesta semana quebra de sigilo de Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro

 Citado por Bolsonaro em audiência com Luis Miranda, Barros é um dos focos de investigação da CPI da Covid

Ricardo Barros (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

247 - A CPI da Covid vai votar nesta terça-feira (6) a quebra de sigilo do líder do governo Ricardo Barros (PP-PR). Segundo o deputado Luis Miranda, Barros foi citado por Jair Bolsonaro como responsável por um suposto esquema de corrupção na aquisição da vacina indiana Covaxin.

De acordo com Luis Miranda, Bolsonaro disse que Ricardo Barros estaria por trás dos  ilícitos.

Os senadores também vão decidir na terça-feira se Miranda terá seu sigilo quebrado, informa O Globo.

Pedido do PT para obrigar Lira a analisar impeachment será decidido por Cármen Lúcia

 O mandado de segurança impetrado pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o deputado Rui Falcão foi distribuído no STF para a ministra Cármen Lúcia

Manifestação em Brasília no dia 3 de julho pelo impeachment de Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O mandado de segurança impetrado pelos petistas Fernando Haddad e Rui Falcão (SP) para obrigar Arthur Lira (PP-AL) a pelo menos analisar um dos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro foi distribuído para a ministra Carmen Lúcia.

Ela decidirá sobre o tema, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Bolsonaro apela para nova baixaria e insinua que autoridades são chantageadas por questões sexuais para atacá-lo

 Num post sem pé nem cabeça, Jair Bolsonaro disse que técnicas de espionagem cubanas estariam sendo usadas para pressionar autoridades públicas a partir de supostos escândalos sexuais

(Foto: Mídia Ninja)

247 – Acossado pelo ronco das ruas e pelos mais de 120 pedidos de impeachment, Jair Bolsonaro, que é acusado pelos maiores juristas do Brasil de ter cometido dezenas de crimes de responsabilidade no exercício do cargo, apelou mais uma vez e insinuou que seus adversários só o criticam em razão de supostos escândalos sexuais. Confira sua sequência de tweets:



Uol implode Bolsonaro e mostra seu envolvimento direto com a corrupção das rachadinhas (aúdio)

 Acusação reforça que, além de genocida, Bolsonaro também é corrupto há vários anos, como foi apontado pela população nos protestos de 3 de julho. Sequência de reportagens da jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, atinge em cheio Jair Bolsonaro

Jair Bolsonaro (Foto: Mídia NINJA)

247 - Ex-cunhada de Jair Bolsonaro, a fisiculturista Andrea Siqueira Valle afirmou que ele demitiu um irmão dela, André Siqueira Valle, por ter se recusado a entregar a maior parte do salário de assessor do então deputado federal. Foi o que apontou uma sequência de reportagens da jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, que obteve vários áudios: na primeira, aparece a gravação da ex-cunhada; na segunda, mostra-se que um coronel do Exército, Guilherme dos Santos Hudson, ao lado do ex-PM Fabrício Queiroz, recolhia os salários dos servidores; na terceira, a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, chama Jair Bolsonaro de "01", indicando-o como chefe do esquema de roubo do dinheiros dos funcionários dos gabinetes do clã.

É o primeiro indício de envolvimento direto de Bolsonaro no esquema de rachadinha que acontecia dentro do gabinete dele quando era deputado federal. Ele ocupou o mandato de parlamentar na Câmara entre os anos de 1991 e 2018. 

De acordo com Andrea, Bolsonaro retirou de um familiar dela do esquema por não entregar o valor combinado - quase 90% do salário. Ela foi a primeira dos 18 parentes da segunda mulher dele que foram nomeados em um dos três gabinetes do clã presidencial (Jair, Carlos e Flávio) no período de 1998 a 2018. 

Arapongas registra 28 novos casos de Coronavírus, 19 curados e dois óbitos

 


Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo (04/07), o registro de 28 novos casos, 19 curados COVID-19 e 02 óbitos registrado no município. Neste momento, o município totaliza 20.218 casos, dos quais 524 infelizmente vieram a óbito, 139 ainda estão com a doença e 19.694 já estão curados (97,4%). Ao todo, já foram realizados 70.070 testes. 

domingo, 4 de julho de 2021

Padilha: Ricardo Barros teve participação direta na MP, foi o mentor, o organizador do manual do esquema da vacina

 Segundo Padilha, a medida provisória da vacina, classificada por ele como o “manual da corrupção”, abriu caminho para esquemas ilícitos na compra de imunizantes pelo Ministério da Saúde. Assista na TV 247

Alexandre Padilha e Ricardo Barros (Foto: Agência Câmara)

247 - O deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou à TV 247 não ter dúvidas acerca da participação do também deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) nos esquemas de corrupção na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde revelados pela CPI da Covid.No processo de votação da medida provisória da vacina no Congresso Nacional, que Padilha classifica como um “manual da corrupção”, Barros teria sido, segundo o petista, o “mentor” de todo o processo.

Senadores pedem investigação contra Aras e causam impasse no Conselho do MPF

 Embate entre o vice-presidente do conselho, o subprocurador-geral da República, José Bonifácio Borges de Andrada, e o subprocurador-geral Humberto Jacques de Medeiros está sendo travado dentro do órgão. O primeiro defende o prosseguimento da investigação enquanto o segundo trava o processo

(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

247 - Após os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Fabiano Contarato (Rede-ES) pedirem que a Procuradoria-Geral da República (PGR) investigue o procurador-geral, Augusto Aras, um conflito, segundo o jornal O Globo, foi gerado dentro do Conselho Superior do Ministério Público Federal (MPF), órgão máximo que teria a competência legal para investigar Aras. 

Apucarana registra um óbito e 31 novos casos de Covid-19 neste domingo

 


Apucarana confirmou mais um óbito e 31 novos casos de Covid-19 neste domingo (4). O município soma agora 428 óbitos provocados pela doença e 15.683 diagnósticos positivos do novo coronavírus.

O óbito é de uma mulher de 42 anos, com quadro de obesidade. Ela foi internada no Hospital da Providência em 30 de junho e morreu no sábado (3).

Segundo boletim divulgado pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS), os 31 novos resultados positivos para Covid-19 vieram do Laboratório Central do Paraná (Lacen). São 15 homens (entre 2 e 67 anos) e 16 mulheres (entre 22 e 53 anos). Todos estão em isolamento domiciliar.

Apucarana tem mais 154 suspeitas em investigação, enquanto o quantitativo de recuperados chega a 14.759. Já o Pronto Atendimento do Coronavírus soma 40.144 pessoas atendidas presencialmente desde o início da pandemia. O número de monitorados atualmente é de 903.

Já foram testadas 51.264 pessoas, sendo 28.078 em testes rápidos, 19.772 pelo Lacen (RT-PCR) e 3.414 por laboratórios particulares (RT-PCR).

São 24 pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência, sendo 13 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 11 em leitos de enfermaria. O município tem 496 casos ativos da doença.

“O lulismo voltou e está se consolidando”, diz André Singer

 O cientista político também afirmou que o lulismo "nunca desapareceu e agora está com bastante força". "É um momento de consolidação do lulismo", disse o ao programa Forças do Brasil, conduzido pelo jornalista Mário Vitor Santos, na TV 247

André Singer (Foto: Reprodução)

247 - O cientista político André Singer destacou a liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas eleitorais e afirmou que há uma migração de votos de bolsonaristas para o lulismo, termo cunhado pelo analista, que também foi porta-voz de Lula de 2002 a 2007. 

"A julgar pela situação atual, em 2021, o lulismo voltou. Ele nunca desapareceu e agora está com bastante força. É um momento de consolidação do lulismo", disse ao programa Forças do Brasil, conduzido pelo jornalista Mário Vitor Santos, na TV 247.

O analista reforçou que o lulismo é um "programa prático de combate à pobreza, distribuição da renda". 

"Nenhum governo do campo popular tinha conseguido governar o Brasil durante tanto tempo de maneira estável e conseguindo fazer mudanças", afirmou.

"O recall do lulismo está permitindo ele ser o líder mais expressivo, o candidato mais forte das forças que se opõem a este governo", acrescentou o analista.

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Fotojornalistas denunciam agressão policial no ato pelo "Fora Bolsonaro" em São Paulo

 "Estou indignado. Meu equipamento, minha fonte de renda, é meu ganha pão", diz o fotojornalista Amauri Nehm

(Foto: Reprodução)

Grasielle Castro, Metrópoles - Ao menos três fotojornalistas denunciaram que sofreram agressão policial na manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em São Paulo, nesse sábado (3/7).

No Instagram, o fotojornalista Amauri Nehm, que cobria o evento, afirmou que no fim do protesto, quando houve confronto entre a polícia e os manifestantes, um PM bateu com cassetete no equipamento dele.

A lente, a câmera e o anel conector da lente quebraram. “Fiquei nesse prejuízo. Um ato sem necessidade. (…) estou indignado. Meu equipamento, minha fonte de renda, é meu ganha pão”, lamentou.

Leia a íntegra no Metrópoles.

Lula: a América Latina tem que ser um bloco e Biden tem que entender que temos o direito de crescer

 "Sempre que há um governo que começa a melhorar as coisas, aparece um golpe e o governo cai. O continente latino-americano tem que se desenvolver. Queremos nossa soberania", afirmou o ex-presidente em entrevista à imprensa argentina

Lula (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Lula, em entrevista neste domingo (4) ao jornal Página 12, da Argentina, falou sobre a necessidade da América Latina se integrar de maneira mais sólida, formando "um bloco". O petista ainda mencionou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao dizer que a região "tem o direito de crescer".

"Não vai demorar muito para o Chile se recuperar, para o Brasil voltar a crescer, para voltar a ser respeitado internacionalmente e para discutir algo que é sagrado para mim: a América Latina tem que entender que temos que ser um bloco. Um bloco que pensa econômica e socialmente, que pensa de forma solidária. O mundo está dividido em blocos e não podemos continuar a negociar separadamente", expressou o ex-presidente. 

"Temos que ficar juntos. Temos que criar um bloco forte, como estávamos fazendo com a Unasul, para que possamos negociar com a União Europeia, para negociar com a China, para negociar com os Estados Unidos. Não sei se vocês perceberam o discurso do Joe Biden ao povo americano na tentativa de destruir o que Trump havia criado. Em outras palavras, Trump foi eleito com o voto de trabalhadores que não acreditavam mais na democracia, que estavam desempregados. O discurso de Biden foi muito importante para recuperar a situação de credibilidade do povo americano, reivindicando os trabalhadores. Mas na política externa, Biden continua conservador, ele continua pensando que os Estados Unidos têm que ser como os chefes do mundo, que eles têm que lutar contra a corrupção global, que vão promover a paz mundial. Biden tem que entender que a América Latina tem que ter o direito de crescer. Não é possível que em 500 anos não tenhamos nenhum país da América Latina altamente desenvolvido. Sempre que há um governo que começa a melhorar as coisas, aparece um golpe e o governo cai. O continente latino-americano tem que se desenvolver. Queremos nossa soberania. Queremos que nossos povos tenham autodeterminação. E não vejo flexibilidade no discurso americano para a América Latina. É quase como se fosse um discurso de dominação: 'você não pode crescer. Eles não podem ter soberania. Eles não podem se desenvolver ou quando começarem a se desenvolver, enviamos um embaixador para organizar um golpe'", completou.

Brasil

Lula afirmou que pretende iniciar uma viagem pelo Brasil a partir de julho, mas garantiu não ser ainda candidato à presidência.

Sobre Jair Bolsonaro, o ex-presidente comentou sua péssima atuação na pandemia. "No Brasil, vivemos uma situação muito desagradável. Temos um presidente que não estimula o amor, nem a fraternidade, nem a solidariedade. Seu foco é o ódio. Relatos de corrupção aparecem todos os dias. Estamos formando uma comissão parlamentar para descobrir o que aconteceu. Estamos promovendo no Congresso Nacional com enorme peso o impeachment do presidente Bolsonaro. Vamos ver se a Câmara votará, porque são 120 petições de impeachment contra ele que não foram votadas. A sociedade começa a se mexer, a se manifestar, também passa a participar de atos públicos contra o governo. Estamos agindo rapidamente para consolidar o processo democrático no Brasil e fazer com que a democracia seja recuperada. A esperança é o que nos move".

Lula lembrou da campanha promovida por Bolsonaro a favor do suposto "tratamento precoce" contra a Covid-19, que tem sua ineficácia cientificamente comprovada. "O governo recomendou medicamentos sem validade científica para combater a Covid. O presidente Bolsonaro se tornou o representante daqueles medicamentos anti-malária que não funcionavam contra a Covid, mandou comprá-los. O Exército também produziu milhões de caixas desses remédios. Tudo isso está sendo investigado. Bolsonaro está sendo acusado de genocídio porque tem grande responsabilidade por muitas das mortes que poderiam ter sido evitadas. Não me sinto confortável em dizer isso porque realmente não tenho as evidências aqui comigo. A única coisa que tenho, na verdade, são os números e os gestos de total incompetência, de má vontade, de má-fé deste presidente em cuidar do povo brasileiro. Até hoje ele não usa máscara e continua mentindo. Para se ter uma ideia, foi criado um observatório de todas as mentiras contadas pelo Bolsonaro e concluíram que o Bolsonaro mentiu 3.151 vezes desde que assumiu a presidência. Ou seja, uma média de 4 mentiras por dia". 

Lula falou da importância da alternância de poder, mas destacou que, com Bolsonaro no Palácio do Planalto, a democracia corre perigo. "Eu sou um democrata. Eu entendo que temos que ter alternância de poder, isso é saudável para a democracia. Não há problema que às vezes a direita vença, depois a esquerda. Isso é bom. Mas a democracia tem que ser tratada com respeito pelas instituições, com respeito pelas diferenças. Nunca imaginei que o Brasil elegeria um homem genocida para presidente, que não gosta de negros ou LGBTI. Aliás, que não gosta de sindicatos, não gosta de trabalhadores, não gosta de índios, não quer preservar nossa floresta amazônica. Em outras palavras, ele não tem limite para o mal. Ele é um presidente que promove a venda de armas. Libera com decreto-lei para que os brasileiros tenham 4 ou 5 pistolas, fuzis".

O ex-presidente disse planejar uma viagem à Argentina para agradecer ao povo do país e ao presidente Alberto Fernández pelo apoio enquanto esteve preso injustamente em Curitiba, no Paraná.

Diretor do Ministério da Saúde deu aval para reverendo negociar compra bilionária da AstraZeneca

 O custo era de US$ 17,50 por dose, três vezes mais do que a pasta da Saúde pagou em janeiro a um laboratório indiano

(Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

247 - O diretor de Imunização do Ministério da Saúde, Lauricio Monteiro Cruz, deu aval para que um reverendo e a entidade negociassem 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca em nome do governo Jair Bolsonaro com a empresa americana Davati. O custo era de US$ 17,50 por dose, três vezes mais do que a pasta pagou em janeiro a um laboratório indiano. A informação foi publicada pelo portal G1.

No dia 23 de fevereiro, Lauricio Cruz, que é diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, enviou um e-mail para o reverendo Amilton Gomes de Paula. O assunto do e-mail era: "lista de presença e carta de proposta para fornecimento".

A mensagem do e-mail começa dizendo o seguinte: "inicialmente agradecemos a disponibilidade da Senah, representada por sua pessoa (...) Na apresentação da proposta comercial para fornecimento de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca".

Em 9 de março, Cruz enviou outro e-mail, endereçado a Herman Cardenas, presidente da Davati nos Estados Unidos: "Informo que o Instituto Nacional de Assuntos Humanitários, representado pelo seu presidente Amilton Gomes, esteve no Ministério da Saúde em agenda oficial da Secretaria de Vigilância em Saúde e no Departamento de Logística com a discussão sobre as tratativas sobre a vacina da 'AstraZenica' e que o mesmo foi encaminhado para a Secretaria Executiva do Ministério da Saúde".

O reverendo fez um pedido: "nós solicitamos com urgência o FCO atualizado, com o valor de US$ 17,50 como acordado em 5 de março e com a data de entrega". FCO é uma sigla em inglês que quer dizer oferta completa de venda.

Propina da vacina no governo Bolsonaro humilha os brasileiros, diz Elio Gaspari

 Colunista vê um governo corrupto em que o butim é disputado pelo centrão e por militares

Elio Gaspari e Jair Bolsonaro (Foto: Alice Vergueiro/Abraji | Alan Santos/PR)

247 – "A vacina com pixuleco de US$ 1 humilha um país onde já morreram mais de 500 mil pessoas e, entre os vivos, há 14,8 milhões de desempregados. Passados dois anos da promessa de uma 'nova política' com Jair Bolsonaro, chegou-se a algo muito pior. Tudo acabou nas mãos do centrão, reforçado pelo primarismo das milícias", escreve o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna deste domingo.

"Num governo normal, o cabo Dominguetti seria desqualificado como um simples Napoleão de hospício, mas o de Bolsonaro não é um governo normal. Nele, os Napoleões internam o diretor do manicômio", lembra ainda o jornalista, ao citar o caso Davati.

Frota diz que governo de São Paulo sabe que black blocs foram bolsonaristas infiltrados

 "Já, já vamos descobrir que os Black Blocks de ontem são os Bolsonaristas disfarçados. Já temos pistas sobre isso", afirmou o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) ao comentar os protestos pelo impeachment de Jair Bolsonaro

Deputado Alexandre Frota (PSDB) (Foto: Michel Jesus - Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) afirmou no Twitter que o governo de São Paulo, comandado por João Doria, tem pistas da infiltração de bolsonaristas em protestos e que atuaram como black blocs.

"Jajá vamos descobrir que os Black Blocks de ontem são os Bolsonaristas disfarçados. Já temos pistas sobre isso", escreveu o parlamentar no Twitter.

O parlamentar rebateu uma postagem na rede social feita por Jair Bolsonaro, que resolveu criticar os protestos deste sábado (3). "Nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder!", disse ele.

Várias cidades brasileiras registraram manifestações pelo impeachment de Bolsonaro. Também defenderam pautas como aceleração da vacinação, retomada dos direitos sociais e do crescimento econômico.


Folha aponta vários crimes de Bolsonaro e cobra decisão de Arthur Lira sobre impeachment

 Em mais um movimento das elites, jornal diz que deputado não pode sentar sobre os pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, que já cometeu dezenas de crimes e ameaça golpear de vez a democracia

Arthur Lira (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

247 – Assim como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso passou a falar em impeachment, um outro instrumento das elites, o jornal Folha de S. Paulo, passou a cobrar o presidente da Câmara, Arthur Lira, a decidir sobre os pedidos de impeachment contra Jair Bolsonaro, que já cometeu dezenas de crimes de responsabilidade e cuja presença na presidência da República representa um insulto para o Brasil e os brasileiros.

"No curto prazo, o que resta é instar Arthur Lira (PP-AL) a deixar de lado o cinismo e dar satisfação à sociedade sobre gravíssimas acusações contra o presidente Jair Bolsonaro dormentes em seu gabinete. Essa pilha com mais de uma centena de petições não respondidas cresceu nesta quarta-feira (30) com a apresentação de uma extensa peça condensando diversas acusações de crime de responsabilidade. A iniciativa, que reuniu políticos de esquerda, centro e direita, lista uma impressionante quantidade de ofensas, por parte de Bolsonaro, à Constituição e à Lei 1.079, de 1950, que regula o impeachment", escreve o editorialista.

Renan Calheiros: “cada dia chegamos mais perto dos crimes de Bolsonaro”

 O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), também disse que a "PF não tem competência para indiciar senador, só o STF"

Renan Calheiros (Foto: Pedro França/Agência Senado)


247 - O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, criticou Jair Bolsonaro depois que a Polícia Federal indiciou o parlamentar pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro sob acusação do recebimento de R$ 1 milhão da Odebrecht em propina em troca de apoio a um projeto do interesse da empreiteira no Senado.

"PF não tem competência para indiciar senador, só o STF. Bolsonaro pensa que a Constituição e a PF são dele, que delegado é jagunço. Quis tumultuar a CPI: plantou áudio, mandou investigar o dono da Precisa para ele obter HC e calar-se. Mas, a cada dia chegamos mais perto dos seus crimes", escreveu o parlamentar no Twitter.


CPI muda calendário e ouvirá ex-coordenadora do PNI na quinta-feira

 Alteração é estratégia para seguir no caso da vacina Covaxin, cuja negociação é alvo de suspeitas de irregularidade


Francieli Fantinato (Foto: Cleia Viana/Agência Câmara)

Marcelo Montanini, Metrópoles - A direção da CPI da Covid alterou o calendário de depoimentos desta semana e ouvirá, na próxima quinta-feira (8/7), a ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunização (PNI) Francieli Fontana Fantinato, que pediu exoneração em 30 de junho.

Ao deixar o cargo, Francieli negou qualquer pressão do governo, mas criticou os atrasos de doses de vacinas e as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a imunização.

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a troca é estratégia para seguir no caso da vacina Covaxin, visto que Francieli Fantinato era a pessoa à frente do PNI.

Leia a íntegra no Metrópoles.