quarta-feira, 2 de junho de 2021

Defender tratamento precoce 'é como escolher de qual borda da terra plana vamos pular', diz Luana Araújo

 Médica infectologista Luana Araújo afirmou à CPI da Covid que o Brasil está na "vanguarda da estupidez mundial" ao defender o tratamento precoce

Luana Araújo (Foto: Reprodução/TV Senado)

247 - A médica infectologista Luana Araújo afirmou à CPI da Covid que a defesa do tratamento precoce coloca “o Brasil na vanguarda da estupidez mundial”. “Estamos escolhendo de que borda da terra plana vamos pular”, completou. 

"Todos nós somos a favor de uma terapia precoce que exista. Mas se ela não existe, não pode ser tornada saúde pública. Essa é uma decisão delirante e contraproducente”, ressaltou. 

A médica também afirmou que não discutiu a implementação do tratamento precoce contra a Covid-19 com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Marcelo Queiroga é um homem da ciência”, disse. "Nunca existiu esse assunto entre nós”, emendou. 

Ainda segundo ela, a discussão sobre o assunto vai de encontro à posição adotada pelos principais organismos mundiais de saúde. “Estamos aqui discutindo algo que é ponto pacificado em todo o mundo”, ressaltou Luana.

Luana Araújo decepciona senador bolsonarista Marcos Rogério: "não existe tratamento precoce"

 Pressionada pelo senador Marcos Rogério sobre o tratamento precoce, Luana respondeu: "Não existe, senhor. Não temos nenhuma intervenção farmacológica que impeça a evolução da doença"

Luana Araújo e Marcos Rogério (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - Na CPI da Covid, a médica infectologista Luana Araújo rebateu o senador Marcos Rogério (DEM-RO), que a pressionou sobre o "tratamento precoce" contra a Covid-19.

O senador perguntou qual o impacto de corticoides na carga viral.  "Não é na carga viral, deixa eu explicar para todo mundo entender", respondeu a médica, que alertou para o risco da automedicação com corticoides. 

"Então qual seria o tratamento precoce?", insistiu Marcos Rogério. 

"Não existe, senhor", disse Luana. "Não temos nenhuma intervenção farmacológica que impeça a evolução da doença", completou.

A médica ainda contestou os estudos utilizados pelos senadores que defendem a cloroquina: 

“Não é porque funcionou em um teste em laboratório que isso significa que é eficaz um remédio contra um vírus num estudo in vitro, assim como se colocar o vírus em um microondas”. 

“Não é pelo fato de que o vírus pode morrer, caso seja colocado em um forno de microondas, que eu vá recomendar que as pessoas entrem no forno duas vezes por dia”.

Bolsonaro diz que Nise Yamaguchi foi vítima de tribunal de exceção e internautas ironizam: "falou o fã do Ustra"

 Ao reclamar do tratamento de membros da CPI com a médica defensora da cloroquina Nise Yamaguchi, internautas relembram que Bolsonaro é fã de Carlos Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores da ditadura, reconhecido pelo tom sádico e violento

(Foto: ABr | Orlando Britto)


247 - Ao reclamar do tratamento de membros da CPI com a médica defensora da cloroquina  Nise Yamaguchi em suas redes sociais, internautas relembram que Jair Bolsonaro é fã assumido do falecido coordenador do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI CODI) Carlos Brilhante Ustra, um dos maiores torturadores da ditadura militar, reconhecido pelo tom  sádico e violento.

Em 2016, ao declarar o seu voto no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o então deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) fez uma homenagem à memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra chamando-o de “o pavor de Dilma Rousseff”, por ter comandado as sessões de tortura contra a ex-presidenta, que foi presa durante a ditadura militar.

Ustra morreu em 2015, aos 83 anos, sem pagar criminalmente por suas ações.

Luana Araújo diz que imunidade de rebanho é “impossível ser atingida”

 A médica infectologista Luana Araújo também disse, na CPI da Covid, que a imunidade de rebanho, defendida por Jair Bolsonaro, “não é uma estratégia inteligente”

Infectologista Luana Araújo (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Em depoimento à CPI da Covid, nesta quarta-feira (2), a médica Luana Araújo afirmou que não existe possibilidade de se alcançar a “imunidade de rebanho natural”, defendida por Jair Bolsonaro.

“Imunidade de rebanho é impossível de ser atingida. Não é uma estratégia inteligente”, disse. “Esse tipo de estratégia causa sofrimento e mortes. A vacinação, não”, complementou.

“Para mim é muito estranho discutir esse tipo de coisa”, acrescentou.

Luana Araújo defende responsabilização de quem divulga informações sem comprovação científica

 "É direito do cidadão ser informado para tomar as melhores decisões. Mas todos temos responsabilidade sobre as informações que são colocadas", disse a médica Luana Araújo à CPI da Covid

Médica infectologista Luana Araújo (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

247 - A médica infectologista Luana Araújo criticou o negacionismo em torno da pandemia e defendeu a responsabilização de pessoas que espalham informações que vão na direção contrária da ciência, como a defesa do tratamento precoce contra a Covid-19.

"Na hora que qualquer pessoa, independente do seu cargo e de sua posição social, defende algo que não tem comprovação científica, você expõe a população de seu grupo a uma situação de extrema vulnerabilidade. Todo mundo que diz isso tem responsabilidade sobre o que acontece depois”, afirmou sem citar o nome de Jair Bolsonaro. 

“Vivemos em democracia. Pessoas escolhem seus líderes e provavelmente não vamos conseguir que todos eles se alinhem a um conhecimento correto. É preciso que haja o contraditório, mas é preciso exigir que as pessoas tenham acesso à informação correta”, destacou. “É direito do cidadão ser informado para tomar as melhores decisões. Mas todos temos responsabilidade sobre as informações que são colocadas”, pontuou Luana. 

Médica Luana Araújo fala em "politização esdrúxula" do governo na pandemia

 "Por essa polarização esdrúxula, politização incabível maiores talentos não estavam à disposição, não queriam trabalhar na secretaria. Temos cérebros incríveis nesse país", disse a médica infectologista Luana Araújo na CPI da Covid


Médica Luana Araújo (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)


247 - A médica infectologista Luana Araújo criticou, nesta quarta-feira (2), na CPI da Covid, o que ela chamou de “politização esdrúxula” sobre as ações do governo Jair Bolsonaro na pandemia do coronavírus. 

"Por essa polarização esdrúxula, politização incabível maiores talentos não estavam à disposição, não queriam trabalhar na secretaria. Temos cérebros incríveis nesse país", disse ela. 

A médica chegou a ser anunciada como secretária de Enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde, mas foi afastada dez dias depois pelo ministro Marcelo Queiroga. “O que sei é que houve essa confusão toda de imprensa e minha nomeação não saiu", complementou.

A médica também afirmou que nunca discutiu tratamento precoce com Queiroga. "Nunca existiu esse assunto entre nós. É como se estivéssemos ainda discutindo de que borda da terra plana vamos pular. Estamos aqui discutindo algo que é ponto pacificado em todo o mundo”, disse.

A infectologista negou ter conhecimento sobre a atuação do chamado “gabinete paralelo” no governo. “Não tive informações sobre aconselhamento paralelo. Não encontrei ninguém sobre aconselhamento paralelo. Não encontrei com o presidente”.

Senadores condenam ataques de Bolsonaro a Daniela Lima, da CNN: “não tem a mínima educação doméstica”

 “Diga lá aquele cidadão que não tem a mínima educação doméstica" afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE). Senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Renan Calheiros (MDB-AL) também se manifestaram

(Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado | Reprodução)

247 - Senadores prestaram solidariedade à jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, ofendida por Jair Bolsonaro, que a chamou de “quadrúpede”.

“A mim já chamou de cavalo. Isso é uma pessoa que não tem nenhuma noção da liturgia do cargo”, afirmou o senador Humberto Costa (PT-PE). “Diga lá aquele cidadão que não tem a mínima educação doméstica. Quero, inclusive, me solidarizar com a jornalista Daniela Lima”, acrescentou.

O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou ser necessária "uma manifestação de solidariedade a quem exerce a imprensa livre, a quem exerce os pilares da democracia, a uma mulher, jornalista, que exerce uma das funções centrais em um Estado Democrático de Direito". "Há uma espécie de memória seletiva a quem se solidarizar”, ironizou.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) também se pronunciou. “Vivemos tempos difíceis e não há como permitirmos que alguém faça uma acusação dessa ordem à jornalista”, disse.

Quem é Luana Araújo?

 Conheça a médica infectologista que deixou o Ministério da Saúde após 10 dias de trabalho. Ela depõe nesta quarta-feira na CPI da Covid

Luana Araújo (Foto: Agência Brasil)

247 - Anunciada em maio como chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, a médica Luana Araújo não chegou nem a ser nomeada. Ela pediu para deixar o cargo 10 dias depois de ter começado. Um dos principais motivos da sua saída do ministério teria sido a discordância do uso de remédio sem eficácia comprovada para tratamento precoce da Covid- 19.

Luana Araújo já apontou diversas vezes os problemas no combate à pandemia da Covid no Brasil e que a  hidroxicloroquina não funciona contra a doença. Em sua conta no Twitter, a infectologista já se referiu ao uso da substância como “neocurandeirismo” e afirmou que o “Brasil está na vanguarda da estupidez mundial“.

Em entrevista publicada em fevereiro de 2021, no site da Universidade Johns Hopkins, Luana afirmou que já chegou a ser ameaçada de morte ao alertar sobre o fato de o medicamento amplamente sugerido pelo presidente não ter eficácia científica comprovada.

Carreira

Luana Araújo se formou em Medicina pela UFRJ em 2006. No ano seguinte, iniciou sua residência médica em infectologia e tem mestrado em Saúde Pública pela Universidade Johns Hopkins (EUA), uma das mais renomadas do mundo nesta área.

Ela passou a atuar como médica infectologista no Instituto Nacional Evandro Chagas, da Fiocruz, em 2009. Em 2020 prestou consultoria em saúde para o Banco Mundial.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou no dia 12 de maio a nomeação de Luana Araújo para a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid. 

A infectologista trabalhou na função por 10 dias, até 22 de maio. 


Henrique Meirelles não descarta aliança com Lula visando o Senado por Goiás

 Secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, não descarta uma aliança com o ex-presidente Lula visando sua candidatura ao Senado pelo estado de Goiás

Henrique Meirelles (Foto: Governo do Estado de São Paulo)

247 - O secretário da Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, não descarta a possibilidade de uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visando sua candidatura ao Senado pelo estado de Goiás. Segundo a coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, não existem garantias de que Meirelles integre a chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM). 

Ainda de acordo com a reportagem, o ex-ministro avalia como “prematura” a informação de que poderia ser o vice em uma chapa encabeçada pelo ex-presidente. "Acho que tudo isso é muito prematuro, vai depender, inclusive, da terceira via, do resultado das prévias do PSDB", disse. 

"Eu trabalhei com o então presidente Lula por oito anos, no período em que o Brasil cresceu de forma extraordinária. Por outro lado, estou trabalhando muito bem com o governador Doria", justificou. O governador de São Paulo, João Doria, é do PSDB. 

Ainda segundo ele, caso Doria vença as prévias da legenda tucana, a terceira via poderá alterar a polarização entre Lula e Jair Bolsonaro. "Se for um candidato forte, por exemplo João Doria, o quadro pode se alterar", afirmou. 

Gleisi: Pazuello nomeado para a SAE é o maior acinte de todos os tempos

 “Depois de deixar milhares de mortos por covid na gestão da Saúde, ganha proteção”, resume a presidente do PT, sobre a situação do ex-ministro da Saúde de Bolsonaro

Gleisi Hoffmann e Eduardo Pazuello (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou enfaticamente a nomeação do general Eduardo Pazuello como novo secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.

O ato foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União, pouco mais de dois meses após sua demissão do Ministério da Saúde, onde comandou o pior e mais longo momento da pandemia do coronavírus no País. 

“Pazuello nomeado para a Secretaria de Assuntos Estratégicos do Planalto é o maior acinte de todos os tempos. Depois de deixar milhares de mortos por covid na gestão da Saúde, ganha proteção. Aliás, mamata para os seus é só o que Bolsonaro sabe proporcionar”, comentou Gleisi.

No novo cargo, Pazuello, que é general da ativa, terá um salário de R$ 16.944,90. A portaria que nomeou Pazuello foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Comitê do Consórcio Nordeste vê Covid-19 se espalhando pelo interior e tendência de crescimento

 O documento também expõe a preocupação do comitê com o ritmo da vacinação e mostra que, em 22 de maio, em 7 dos 9 estados da região, o cenário era de tendência de crescimento da pandemia

(Foto: ABr)

247 - O comitê científico do Consórcio Nordeste afirma no seu último boletim, de 31 de maio, que a Covid-19 se espalhou pelo interior de todos os estados da região, mas que, no momento, não é possível confirmar nem descartar a chegada de uma terceira onda. A informação é da coluna Painel, no jornal Folha de S.Paulo. 

"Tudo vai depender do comportamento da sociedade, mas os governos e as prefeituras não devem afrouxar as restrições e devem manter as campanhas públicas de distanciamento social e higienização", diz o boletim.

A reportagem também indica que o documento expõe a preocupação do comitê com o ritmo da vacinação e mostra que, em 22 de maio, em 7 dos 9 estados da região, o cenário era de tendência de crescimento da pandemia. Apenas Alagoas apontava para queda nos casos, e Ceará permanecia estável.

Daniela Lima, da CNN, rebate Bolsonaro: não sei se é ameaça de morte ou de ditadura, mas não passará (vídeos)

 Agredida por Jair Bolsonaro, a jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, afirmou que não vai compactuar com “ameaça de morte ou de ditadura”

Jornalista Daniela Lima e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/CNN | REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - A jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, rebateu Jair Bolsonaro, que a chamou de “quadrúpede” nesta terça-feira (1), no Dia da Imprensa. “Não sei se é ameaça de morte ou de ditadura. De toda forma, não passará”, disse ela em sua conta no Twitter. “E ambos são crimes, vale lembrar ao cidadão”, complementou.

Bolsonaro também fez um ataque misógino contra a jornalista. "Afinal de contas, acho que não precisa dizer de quem ela foi eleitora no passado. De outra do mesmo gênero", afirmou. O relato foi publicado por Daniel Carvalho, no jornal Folha de S. Paulo.

No dia 26 de maio, Daniela disse que "não saia daí porque agora, infelizmente, a gente vai falar de notícia boa, mas com valores não tão expressivos".

Naquele dia, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou que o mercado de trabalho formal havia registrado saldo positivo em abril, com 120.935 empregos com carteira assinada. O número, no entanto, foi o menor de 2021.

Apoiadores de Bolsonaro compartilharam nas redes sociais apenas o trecho do vídeo em que a jornalista dizia que "infelizmente, a gente vai falar de notícia boa", sem a conclusão do raciocínio.

 

 



CPI: grupo conhecido como 'G7' ganha integrante da bancada feminina

 Depois de uma reunião com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) selou a participação nas reuniões do time do “G7” que dá as cartas na CPI

Eliziane Gama (Foto: LUCIO BERNARDO JR/Agencia Camara)

247 - Conhecido como "G7", o grupo majoritário de integrantes da CPI da Covid, formado por senadores de oposição de independentes, ganhou uma integrante da bancada feminina. A informação é da jornalista Ana Flor, em sua coluna no portal G1. 

Nesta quinta, depois de uma reunião com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) selou a participação nas reuniões do time que dá as cartas na CPI, com o maior número de votos entre os 11 titulares da comissão. O blog presenciou o final da reunião.

"Eu tenho experiência em participação de CPIs como deputada estadual e como deputada federal", disse Eliziane ao blog ao final do encontro com Aziz. Ela tem sido elogiada por colegas pela qualidade dos questionamentos que faz aos depoentes da CPI.

Renan requisita auditores da Receita para auxiliar CPI

 Membros da CPI acharam importante a presença de auditores, para ajudar na fase de quebras de sigilos bancários e fiscais

Senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

247 - O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), requisitou dois auditores da Receita Federal para auxiliar nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito. O pedido não foi especificado, de acordo com informações publicadas pela Coluna do Estadão.

Membros da CPI acharam importante a presença de auditores, para ajudar na fase de quebras de sigilos bancários e fiscais. 

O relator conta com a auxílio de três auditores do Tribunal de Contas da União (TCU). Não há previsão sobre um eventual pedido de ajuda para a Polícia Federal.

Bolsonaro desdenha de quase 500 mil mortos e diz que "apesar de tudo, o Brasil vai bem"

 Em mais uma demonstração de comportamento genocida, Bolsonaro ignora as centenas de milhares de mortos no país e comemora o PIB

Em pronunciamento, Bolsonaro ignora tragédia em que o Brasil está mergulhado (Foto: Isac Nóbrega/PR | Bruno Kelly/Reuters / Reuters)

247 - Jair Bolsonaro ignora que o Brasil caminha para 500 mil mortos na pandemia da Covid-19 e comemora o crescimento da economia brasileira no primeiro trimestre

O PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre teve crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

"Lógico que ninguém está falando que vai crescer 6%, mas a previsão aí é no mínimo 4%, que já é um número bastante grande levando-se em conta o uso político por causa da pandemia por parte de alguns", afirmou Bolsonaro em interação com apoiadores no jardim do Palácio da Alvorada transmitida por um simpatizante.

"Lamentamos as mortes, mas, apesar de tudo, o Brasil está indo bem", disse o ocupante do Palácio do Planalto.  

Reportagem da Folha de S.Paulo assinala que Bolsonaro tentou justificar por aparecer sorridente, afirmando que a pandemia vai demorar e pondo em dúvida se haverá eleições no próximo ano. "Alguns acham, tem gente filmando aqui, vai sair eu rindo. 'Não pode, não sei o quê, o problema, isso acontece'. Se a gente não tentar ser feliz, vai esperar o quê? Eu pergunto: essa pandemia vai acabar quando? Alguém sabe? Vai até as eleições do ano que vem?"

CPI marca para esta quarta depoimento de médica que Queiroga desistiu de nomear

 Luana Araújo foi anunciada para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois

Luana Araújo (Foto: Agência Brasil)

Agência Senado - Foi marcado para esta quarta-feira (2), às 9h30, o depoimento da médica infectologista Luana Araújo na CPI da Pandemia. No início de maio, seu nome chegou a ser anunciado pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois.

A CPI pretende ouvir Luana Araújo antes de uma nova oitiva com o ministro Queiroga, para conhecer a versão da infectologista sobre os motivos da mudança.

A princípio, estava prevista para esta quarta uma audiência pública para ouvir médicos e pesquisadores contra e a favor do uso de drogas como a cloroquina no chamado tratamento precoce contra a covid-19.

A convocação de Luana Araújo havia sido requerida pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE) logo após o anúncio do cancelamento da nomeação.

“Isso aconteceu muito recentemente e ainda há dúvidas sobre o que fez o governo, o Ministério da Saúde, ao não nomear efetivamente essa pessoa. Há rumores de que seria pelo fato de que ela questiona vários pontos da condução política que o governo tem dado ao enfrentamento da pandemia”, disse Humberto.

No evento de 12 de maio em que sua nomeação foi anunciada, Luana Araújo disse que iria "coordenar a resposta nacional à covid-19, em diálogo permanente com todos os atores". Dez dias depois, em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a pasta buscava "outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas".

"Quantas barbaridades esse homem precisa cometer para Arthur Lira aceitar o impeachment?", questiona Gleisi Hoffmann

 Deputada defende que Jair Bolsonaro seja afastado, uma vez que já cometeu dezenas de crimes de responsabilidade

(Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados | ABr)

247 – "Não há limites para a desumanidade de Bolsonaro! O genocida foi capaz de mandar quem passa fome buscar banco para fazer empréstimos. Ainda disse que não mandou ninguém ficar em casa. Quantas barbaridades esse homem precisa cometer para Arthur Lira aceitar o impeachment?", questionou a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), que preside o Partido dos Trabalhadores. Em sua fala, Bolsonaro deixou claro que não pretende estender ou ampliar o auxílio-emergencial, bandeira dos partidos de oposição.

Nise Yamaguchi entregou à CPI da Covid documento que comprova existência do gabinete paralelo

 Apesar das mentiras e contradições em seu depoimento, a médica Nise Yamaguchi entregou documento à CPI comprovando que Bolsonaro fazia a gestão da pandemia por fora das estruturas institucionais

Nise Yamaguchi (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - Nise Yamaguchi entregou à CPI da Covid um documento que comprova a existência do gabinete paralelo de assessoramento a Jair Bolsonaro no combate à pandemia da Covid-19.

O documento é a minuta de um decreto a ser assinado pelo presidente Jair Bolsonaro que determinava a distribuição de medicamentos contraindicados para o combate à Covid a toda a rede pública de Saúde.  

Apesar das contradições em seu depoimento, Nise Yamaguchi acabou comprovando as declarações feitas anteriormente na CPI pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta de que havia um decreto sobre a mesa de Bolsonaro e que nessa ocasião Nise dizia que era preciso mudar a bula da cloroquina. 

A minuta está na troca de mensagens por WhatsApp com Luciano Dias de Azevedo, outro dos médicos apontados como participante do gabinete paralelo, que Nise registrou em uma ata notarial no último dia 13 de maio – dois dias depois do depoimento do presidente da Anvisa, o almirante Antônio Barra Torres, aponta a jornalista Malu Gaspar em sua coluna no Globo.

Aos risos, Bolsonaro comete novo crime, agride apresentadora da CNN e a chama de "quadrúpede" (vídeos)

 Em mais uma quebra de decoro, Jair Bolsonaro cometeu novo crime de responsabilidade e insultou a jornalista da CNN, Daniela Lima. Assista aos vídeos

Daniela Lima e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/CNN | REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - Jair Bolsonaro cometeu mais um crime de responsabilidade no fim da tarde de ontem, ao quebrar o decoro da presidência da República e insultar, aos risos, uma jornalista: a apresentadora Daniela Lima, da CNN, a quem chamou de "quadrúpede". Assista aos vídeos no fim desta reportagem.

Na edição do dia 26 de maio do CNN360º, jornal que apresenta, Daniela disse "não saia daí porque agora, infelizmente, a gente vai falar de notícia boa, mas com valores não tão expressivos".

"'Infelizmente, somos obrigados a dar uma boa notícia, mas não é tão boa assim não'. É uma quadrúpede", disse o Bolsonaro, aos risos. Logo depois, ele fez um ataque misógino. "Afinal de contas, acho que não precisa dizer de quem ela foi eleitora no passado. De outra do mesmo gênero", afirmou, segundo informa Daniel Carvalho, na Folha de S. Paulo.

Em nota, a CNN Brasil afirmou que “repudia com veemência as ofensas e insinuações do presidente”.

“Apesar de não citar nomes, o presidente da República, Jair Bolsonaro, usou uma palavra muito ofensiva para criticar a âncora da CNN Daniela Lima durante conversa com seus apoiadores na tarde desta terça-feira. A empresa repudia com veemência as ofensas e insinuações do presidente. A liberdade de imprensa é um pilar fundamental em qualquer democracia e precisa ser protegida por toda a sociedade”, escreveu a direção da rede na nota.

A apresentadora respondeu ao ataque pelo Twitter:

Veja o trecho da reportagem apresentada pela jornalista que levou ao ataque de Bolsonaro:

Veja o ataque de Bolsonaro a Daniela Lima:



Arapongas registra 129 novos casos, 147 curados e um óbito por Covid-19



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta terça (01/06), o registro de 129 novos casos, 147 curados COVID-19 e 01 óbito registrado no município. Neste momento, o município totaliza 17.856 casos, dos quais 16.448 já estão curados (92,1%), 971 ainda estão com a doença e, infelizmente, 437 vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 63.078 testes.

 

terça-feira, 1 de junho de 2021

Fachin dá cinco dias para Bolsonaro explicar por que não usa máscara e causa aglomerações

 Determinação do ministro é consequência de ação movida pelo PSDB, que argumenta que Bolsonaro viola o direito fundamental à vida e a moralidade na administração pública

Edson Fachin e Jair Bolsonaro (Foto: Nelson Jr./SCO/STF | Alan Santos/PR)


247 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin deu cinco dias para que Bolsonaro explique por que não utiliza máscara e segue provocando aglomerações por onde passa. São vários os exemplos de ocasiões em que Bolsonaro provocou aglomerações e desrespeitou as medidas sanitárias de prevenção ao coronavírus.

A determinação de Fachin desta terça-feira (1) vem como consequência de uma ação movida pelo PSDB apresentada em 24 de maio, que pede que, caso Bolsonaro descumpra as medidas sanitárias, seja multado.

"É fundamental, então, que os danos gerados à credibilidade das políticas do Ministério da Saúde pela conduta do requerido sejam imediatamente cessados para que se restaure a proteção da saúde e a coesão nacional no combate ao SARS-CoV-2", diz a peça.

O partido sustenta que a conduta de Bolsonaro fere os artigos 5º e 6º da Constituição no tópico sobre o direito fundamental à vida. Além disso, o chefe do governo federal também viola a moralidade na administração pública, de acordo com a sigla.

Mandetta reafirma que Nise Yamaguchi sugeriu mudança na bula da cloroquina: 'agia como urubu na carniça'

 Segundo o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, ele encontrou a médica Nise Yamaguchi no dia 6 de abril de 2020 no Palácio do Planalto, quando ela sugeriu a mudança da bula para incluir a Covid-19 na lista de doenças para as quais servem o medicamento

Luiz Henrique Mandetta e Nise Yamaguchi (Foto: Adriano Machado/Reuters | Leopoldo Silva/Agência Senado)

247 - ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) reafirmou, nesta terça-feira, 1, à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo, que a médica Nise Yamaguchi sugeriu a mudança da bula da cloroquina por meio de decreto presidencial, com o objetivo de usar o medicamento ineficaz no tratamento da Covid-19.

Segundo Mandetta, ele encontrou a médica bolsonarista no dia 6 de abril de 2020 no Palácio do Planalto, quando ela sugeriu a mudança da bula para incluir a Covid-19 na lista de doenças para as quais servem o medicamento.

"Eu fui ao Palácio do Planalto, era o dia em que eu seria demitido [conforme anunciavam os jornais]. A Nise estava lá com outro médico, um cardiologista. Estavam como urubu na carniça", afirma ele.

Em depoimento à CPI da Covid, nesta terça, Nise negou que tenha feito a proposta.

Mandetta, no entanto, relembrou que "cheguei no Planalto e o Braga Netto me disse 'temos que subir para o quarto andar, tem uns médicos lá'". 

"Entrei na sala e estava ela. Perguntei: 'Qual é o seu nome?'. E ela: 'Nise Yamaguchi'. Falei: 'Ah, você é a Nise'", relembra o ex-ministro, que destacou também a presença do presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, e do então chefe da Casa Civil, general Braga Netto, e do então secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira, na reunião.

"O Barra Torres ficou indignado e disse que a Anvisa não permitiria aquilo", afirmou Mandetta à Folha. O médico foi demitido do Ministério da Saúde no dia 16 de abril por se negar a defender a cloroquina como medicamento contra a Covid-19.