segunda-feira, 1 de março de 2021

Paraná tem o maior número de internados desde o início da pandemia. Saúde ativa mais leitos


(Foto: ger)


O Governo do Estado ativou mais 55 leitos de UTI e 93 de enfermaria desde a última sexta-feira (26). Destes, 31 UTI’s e 36 enfermarias foram disponibilizadas no Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, que entraram em operação nesta segunda-feira (1). O Paraná prevê ainda a ampliação de mais 54 UTI’s e 43 enfermarias nos próximos dias.

Dados da Regulação de Leitos Estadual mostram que na manhã desta segunda-feira (1º) o Paraná somou 3.650 pessoas internadas em leitos Covid e 616 aguardando transferência, sendo, 387 pela Regulação do Estado e 229 pela Central Metropolitana de Leitos de Curitiba. Os números são os maiores desde o início da pandemia.

A taxa de ocupação de leitos no Paraná é de 92% das UTI’s e 72% de enfermarias. A situação mais crítica é na macrorregião Oeste, com 97% de ocupação de leitos de UTI, seguida pela macro Norte, com 94%, macro Leste, com 92% e Noroeste, com 82%.

“Dia após dia temos registrado números cada vez maiores tanto de internamentos quanto de pessoas em fila de espera por leitos. Infelizmente sabemos que 25% destas pessoas, mesmo com atendimento hospitalar, não irão resistir às complicações causadas pela doença. Por isso reforçamos que é a melhor escolha é se prevenir. Quem puder, que fique em casa”, acrescentou Beto Preto.

Na última semana, o Estado ativou 336 leitos, sendo 134 UTI’s e 202 enfermarias para atendimento à Covid-19. Essas ativações fazem parte da ampliação emergencial de leitos em todo o Paraná devido ao aumento da demanda por atendimento hospitalar de casos confirmados e/ou suspeitos do vírus SARS-CoV-2.

“O Paraná não tem medido esforços para ampliar o atendimento e regionalizar a saúde trazendo o serviço médico para mais próximo das pessoas. Neste momento estamos utilizando toda a capacidade hospitalar do Estado para evitar filas e risco à vida de pacientes”, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, estas ampliações não podem ser usadas como desculpa para relaxamento de medidas de prevenção. “Ressaltamos que as ampliações de atendimento são finitas e não devem, de forma alguma, servir como argumento para deixar de se cuidar. As medidas de prevenção devem continuar sendo seguidas, Estamos chegando cada vez mais no limite”, afirmou.

LEITOS – Novas ampliações:

Fundação Hospitalar da Fronteira – Pranchita – 8 leitos de enfermaria

Hospital Pró-vida – Dois Vizinhos – 15 leitos de enfermaria;

Casa de Saúde Santa Isabel do Oeste – Santa Isabel do Oeste – 10 leitos de enfermaria;

Santa Casa – Curitiba – 15 leitos de UTI;

Hospital Doutor Aurélio – Nova Aurora – 4 leitos de UTI e 6 leitos de enfermaria;

Hospital Maternidade São Judas Tadeus – Dois Vizinhos – 5 leitos de enfermaria;

Hospital Angelina Caron – 31 leitos de UTI e 36 leitos de enfermaria;

Hospital Madalena Sofia – Curitiba – 13 leitos de enfermaria;

Hospital Santa Clara – Colorado – 5 leitos de UTI.

Total: 55 leitos de UTI e 93 leitos de enfermaria.

Ampliações já anunciadas (22/02 – 01/03):

Hospital Metropolitano – Sarandi – 20 leitos de UTI e 5 leitos de enfermaria;

Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns – Curitiba – 10 leitos de UTI;

Hospital Santa Rita – Maringá – 1 leito de UTI;

Hospital Municipal Padre Germano Lauck – Foz do Iguaçu – 10 leitos de UTI e 15 leitos de enfermaria;

Hospital Santa Pelizzari – Palmas – 3 leitos de UTI;

Hospital Regional do Sudoeste – Francisco Beltrão – 6 leitos de UTI;

Hospital Santa Rita – Maringá – 4 leitos de UTI;

Hospital Municipal – Cascavel – 6 leitos de UTI;

Hospital Bom Jesus – Ivaiporã – 4 leitos de UTI e 4 leitos de enfermaria;

Hospital Cruz Vermelha – Castro – 10 leitos de UTI e 25 de enfermaria;

Hospital Zona Norte – Londrina – 20 leitos de enfermaria;

Hospital Zona Sul – Londrina – 30 leitos de enfermaria;

Hospital Regional – Ivaiporã – 10 leitos de enfermaria;

Hospital Municipal – Maringá – 5 leitos de UTI;

Total: 79 leitos de UTI e 109 leitos de enfermaria.

 Fonte: Bem Paraná com informações do Sesa

Rotatória do São José ganha sistema de iluminação

 

Além da utilização de postes de concreto já existentes, foram fixados outros 14 postes de aço que, juntos, sustentarão 45 luminárias de LED com a potência de 190 watts.

(Foto/PMA)

Após liberar o trânsito na rotatória do São José, a Prefeitura de Apucarana está trabalhando na implantação de um moderno sistema de iluminação no local. Além da utilização de postes de concreto já existentes, foram fixados outros 14 postes de aço que, juntos, sustentarão 45 luminárias de LED com a potência de 190 watts.

O prefeito Junior da Femac afirma que a medida vai garantir mais segurança para veículos e pedestres também no período noturno. “A iluminação está sendo providenciada tanto na pista da rotatória quanto nas ilhas que direcionam o fluxo e também nas imediações dos quatro pontos de chegada”, ressalta Junior da Femac.

O projeto de iluminação foi elaborado pela Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). De acordo com o diretor-presidente do Idepplan, engenheiro eletricista Lafayete Luz, nos corredores de acesso foram utilizados os postes de concreto já existentes. “Cerca de 30 metros antes de cada ponto de chegada, estamos fazendo a substituição das luminárias antigas”, informa Lafayete.

Já nas ilhas e na rotatória está sendo instalado um novo sistema de iluminação, com a fixação de 14 postes de aço e lançamento de cabos de energia. “Somente neste sistema novo, que vai garantir um fluxo de veículos no período noturno com segurança, serão 31 luminárias de LED e ainda outras 14 vão substituir as luminárias antigas nos pontos de chegada à rotatória”, detalha Lafayete.

A rotatória foi implantada na Rua Padre Severino Cerutti, junto à Praça Duque de Caxias, nas proximidades do Colégio São José. O dispositivo de trânsito tem objetivo de disciplinar o trânsito naquele ponto específico, principalmente em horários de pico, aonde na altura da praça veículos se cruzavam em seis sentidos.

 

Prefeito lamenta morte de comerciante apucaranense

 

Proprietário há 43 anos da Eletrogasgel Peças e Assistência Técnica, José Ramires deixa familiares, amigos e colaboradores consternados 


O prefeito Júnior da Femac manifestou grande pesar com o falecimento do comerciante José Domingo Ramires Lovato, de 66 anos, em decorrência de complicações geradas pelo novo coronavírus (Covid-19).

Proprietário há 43 anos da Eletrogasgel Peças e Assistência Técnica, José Ramires deixa familiares, amigos e colaboradores consternados. “Minhas sinceras condolências a todos familiares e amigos. José Ramires foi um empresário que por décadas acreditou e investiu na cidade, uma pessoa muito querida, cuja partida entristece a todos. Neste momento de dor e despedida, Deus certamente vai confortar o coração de cada parente e amigo”, disse o prefeito Júnior da Femac.

Com a impossibilidade de realização de velório, um cortejo partindo defronte à empresa (Rua Lapa, 510), será promovido pela família e amigos em homenagem ao comerciante. O sepultamento está previsto para ocorrer às 17 horas desta segunda-feira (01/03), no Cemitério Municipal de Arapongas.

 

Julgamento de Moro no STF e Lula candidato em 2022 deixam velha mídia no cio



A velha mídia corporativa está no cio com o julgamento do ex-juiz Sergio Moro, que se avizinha, na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). O Brasil deve um julgamento justo ao ex-presidente Lula, tem repetido o ministro Gilmar Mendes.

“Lula é digno de um julgamento justo”, reafirmou recentemente o magistrado em uma entrevista.

Sim, Gilmar tem razão. Há mais de dois anos o STF deve um julgamento justo ao ex-presidente. A corte vem ensebando o exame do habeas corpus que pede a suspeição de Moro, que pode recolar Lula no cenário de 2022 com a anulação da sentença do caso tríplex.

As mensagens reveladas pela Operação Spoofing, da Polícia Federal, mostram que Moro e procuradores da Lava Jato agiram de forma delituosa para incriminar o ex-presidente Lula. O objetivo da força-tarefa era político e ideológico. A falecida “República de Curitiba” nunca almejou combater a corrupção, como diziam seus integrantes. Pelo contrário.

Esse julgamento que inexoravelmente se aproxima deixa a velha mídia no cio, excitada, porque além desmontar a farsa da Lava Jato, comprovar que os pés de Moro e do procurador Deltan Dallagnol eram de barro, ainda desnuda o envolvimento criminoso da mídia corporativa, principalmente da Globo.

A promessa de Gilmar Mendes era colocar o julgamento da suspeição de Sergio Moro na pauta da 2ª Turma após o Carnaval, ou seja, em março. Então…

Fonte: Blog do Esmael

 

"Brasil está como uma nau sem rumo", diz Mandetta

 

Ex-ministro da Saúde critica ritmo de vacinação no Brasil e diz que o vírus anda de Ferrari e a vacinação vai de carroça na era Bolsonaro

Luiz Henrique Mandetta e Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/PR | Isac Nóbrega/PR)

247 – O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que foi demitido por Jair Bolsonaro, critica duramente a gestão atual da pasta e o governo ao qual pertenceu. "A Cepa mais transmissível anda de Ferrari. Já a campanha de vacinação vai de carroça", disse ele, em entrevista ao jornalista Mateus Vargas, no jornal Estado de S. Paulo.

Mandetta diz que alertou Bolsonaro logo no início da pandemia. "Quando tivemos o primeiro caso no Brasil e o sistema de saúde da Itália caiu. Mas ele começou a entrar na mesma vibe do Trump, não dimensionou. Ele tinha uma viagem aos EUA. Eu já estava dando o alerta, tinha de fazer um plano de biossegurança. Eles não queriam usar nem álcool em gel para não transparecer preocupação", aponta. "Eles não queriam fazer nenhuma campanha de esclarecimento ao público."

"O Brasil está como uma nau sem rumo. O que poderia ser feito: começar por colocar gente que entende de saúde e epidemia para conduzir, gerar políticas, recuperar o SUS. Tem de começar a refazer o sistema, que está totalmente fragmentado. Estamos num caos. Não tem liderança que fala pela saúde brasileira. O papel do ministério se perdeu", ressalta ainda Mandetta.

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Rui Costa chora em entrevista à Globo ao anunciar extensão do lockdown na Bahia (VÍDEO)

Ao conceder entrevista à Rede Globo, o governador da Bahia, Rui Costa (PT-BA), não conseguiu conter as lágrimas ao vivo, quando explicava como será a extensão por mais 48 horas das medidas restritivas para conter a propagação da Covid-19 no estado. “Desculpem, eu não consigo falar”, desabafou


247 - Ao conceder entrevista à Rede Globo na manhã desta segunda-feira (1), o governador da Bahia, Rui Costa (PT-BA), não conseguiu conter uma crise de choro ao vivo, quando explicava a respeito da extensão por mais 48 horas das medidas restritivas para conter a propagação da Covid-19 no estado. “Desculpem, eu não consigo falar”, desabafou o governador (veja o video abaixo).  


O estado está em lockdown desde a sexta-feira (26) e a previsão era encerrá-lo nesta segunda.  No entando, a situação é grave. A taxa de ocupação dos leitos de UTI em Salvador chegou a 80%, neste domingo (28). A taxa de ocupação geral nos leitos da capital baiana também é de 80%. Ao todo, em toda rede de saúde, dois hospitais possuem ocupação de 100% nos leitos de tratamento intensivo. São 1059 leitos ativos com 851 pacientes internados.

Neste domingo (28), Rui Costa usou suas redes sociais para explicar a grave situação que a Bahia enfrenta no combate ao vírus: 

“Infelizmente, a situação continua muito grave. Só para vocês terem uma ideia, ao longo desses três dias foram 320 óbitos na Bahia. Os hospitais privados continuam operando a quase 100%. A rede estadual a mais de 90%, a grande maioria dos nossos hospitais. As UPAs e emergências lotadas”, explicou o governador. Além disso, o toque de recolher das 20h às 5h será mantido em todas as regiões da Bahia até o próximo domingo (7). 



New York Times diz que Moro corrompeu o sistema judicial e é responsável direto pelo caos que o Brasil vive hoje

 

"Em vez de erradicar a corrupção, a agora notória Operação Lava Jato abriu o caminho para Jair Bolsonaro chegar ao poder após eliminar seu principal rival, Lula, da corrida presidencial. Isso contribuiu para o caos que o Brasil vive hoje", aponta o maior jornal do mundo

Sergio Moro, Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Ricardo Stuckert)


247 – O jornal The New York Times, o mais influente do mundo, diz que o ex-juiz Sérgio Moro é responsável direto pelo caos no Brasil, por ter corrompido o sistema de justiça no País. "O Brasil vive várias crises ao mesmo tempo – a situação catastrófica da saúde, a economia frágil e a polarização política extrema. Agora podemos adicionar a corrupção do sistema judicial à lista. Não precisava ser assim. Os brasileiros tinham grandes esperanças há sete anos, quando um jovem magistrado chamado Sérgio Moro lançou uma operação anticorrupção chamada Lava Jato, ou Operação Lava Jato", diz o artigo assinado pelo cientista político e diretor-executivo do Observatório Político da América Latina e do Caribe (Opalc) da universidade Sciences Po de Paris, Gaspard Estrada.

"A Operação Lava Jato provou que a justiça poderia acabar com a corrupção endêmica no Brasil ou foi apenas um conto de fadas que velou outros interesses políticos? Nas últimas semanas, o lado negro do Lava Jato foi desnudado, e um sentimento de profundo desencanto com a chamada justiça curitibana, que leva o nome da capital do estado do Paraná, onde a força-tarefa estava sediada, se espalhou por todo o país. A Operação Lava Jato foi considerada a maior investigação anticorrupção do mundo, mas se tornou o maior escândalo judicial da história do Brasil. Quando a força-tarefa foi dissolvida em 1º de fevereiro, quase ninguém saiu às ruas ou às redes sociais para lamentar seu fim", apontou ainda Estrada.

O jornalista também responsabiliza Moro diretamente pela destruição do Brasil. "Em vez de erradicar a corrupção, obter maior transparência na política e fortalecer a democracia, a agora notória Operação Lava Jato abriu o caminho para Jair Bolsonaro chegar ao poder após eliminar seu principal rival, Lula, da corrida presidencial. Isso contribuiu para o caos que o Brasil vive hoje", escreveu.

 

Criador das fake news no Brasil, MBL agora faz curso contra elas

 

Movimento de direita, que ganhou notoriedade nacional promovendo fake news durante o golpe de 2016, agora quer ensinar como combater mentiras nas redes

Fernando Holiday, Renan Santos e Kim Kataguiri (Foto: Reprodução/Internet)

247 - O Movimento Brasil Livre, organização de direita que ganhou notoriedade nacional promovendo fake news durante o golpe de 2016 agora quer ensinar como combater mentiras nas redes. 

Segundo reportagem no jornal Folha de S.Paulo, a Academia MBL, plataforma lançada pelo movimento para formar novas lideranças, terá um curso chamado “Fundamentos da Memística e Redes Sociais”, ministrado por Pedro D’Eyrot, ex-vocalista do grupo Bonde do Rolê e um dos fundadores do MBL.

Uma das aulas tratará do processo de criação de fake news.“Quanto mais a gente entender como é feita uma fake news, mais nos tornamos capazes de reconhece-las e a nos protegermos delas”, diz D’Eyrot no curso.

 

Estadão diz agora que eleitores de Bolsonaro foram enganados

 

Jornal da "escolha muito difícil" aponta, em editorial, que Jair Bolsonaro traiu seus próprios eleitores

Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)


247 – O jornal Estado de S. Paulo, que em 2018 disse ser "muito difícil" optar entre o social-democrata Fernando Haddad e o protofascista Jair Bolsonaro, hoje diz que os eleitores do atual governante foram traídos. "O desapontamento com o governo Bolsonaro não é um fato novo", diz o editorial desta segunda-feira. "O fato, no entanto, é que muita gente confiou em Jair Bolsonaro: em sua disposição e capacidade de promover uma profunda mudança liberal no Estado brasileiro. A ideia era a de que, sob a batuta de Paulo Guedes, haveria um choque de gestão. O déficit fiscal acabaria, muitas privatizações seriam feitas, o poder público seria mais eficiente e o ambiente de negócios sofreria uma revolução", aponta o texto.

"O abandono de qualquer imagem de governo reformista se dá num momento em que a aprovação de Jair Bolsonaro caiu para 44%, uma queda de oito pontos em quatro meses, de acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA. No período, também diminuiu a avaliação positiva do governo (ótimo e bom) de 41% para 33%. Por diferentes motivos – a irresponsável atuação do governo federal na pandemia é apenas um deles –, mesmo os crédulos que confiaram nas promessas liberais e modernizantes de Bolsonaro começam a suspeitar, ora vejam, que foram enganados", finaliza o editorial.

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Perfil da pandemia muda e pacientes mais jovens começam a ocupar UTIs

 

Doentes são pessoas cada vez mais jovens, com idades entre 30 e 50 anos, e que necessitam entre dois e cinco dias a mais de internação em comparação aos internados no início da pandemia

Paciente com Covid-19 na UTI de um hospital (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)


247 - O crescimento da pandemia provocada pelo novo coronavírus está levando a uma mudança drástica no perfil dos pacientes internados com Covid-19 nas UTIs públicas e particulares de todo o país. Os doentes são pessoas mais jovens, com idades entre 30 e 50 anos, e que necessitam entre dois e cinco dias a mais de internação em comparação com os pacientes internados no início da crise sanitária. 

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, em muitas unidades os casos registrados nas UTIs superam os das enfermarias. Até pouco tempo atrás, a média era de dois internados por enfermaria para um na UTI. 

“Agora isso está invertendo em muitos locais. Sugere internações mais tardias, com pacientes mais graves. Talvez por confiança nesses ditos tratamentos precoces, que a gente sabe que não funcionam”, disse a presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), Suzana Lobo. 

Ente as hipóteses para a mudança no perfil dos pacientes estão a circulação de novas variantes do coronavírus, maior exposição ao vírus e a demora em buscar ajuda médica. 

 

Gilmar Mendes faz seu mais duro ataque à Lava Jato e compara força-tarefa ao PCC

 

"Veja essa delegada que teria falsificado depoimento. O que isso significa? Conversa de procuradores ou é conversa de gente do PCC? Tudo isso é muito chocante”, disse o ministro do STF, referindo-se à revelação de que a delegada Érika Marena falsificou um depoimento e de que foi protegida por Deltan Dallagnol

Gilmar Mendes e Deltan Dallganol (Foto: STF | ABr)

247 – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, fez seu mais duro ataque à força-tarefa da Operação Lava Jato, ao compará-la ao Primeiro Comando da Capital, uma das maiores organizações criminosas do Brasil, conhecida como PCC.  “O conteúdo das mensagens às vezes dão asco. A ideia, por exemplo, de transferir alguém para um presídio, para que fale ou delate; de alongar a prisão. Veja essa delegada que teria falsificado depoimento. O que isso significa? Conversa de procuradores ou é conversa de gente do PCC? Tudo isso é muito chocante”, disse ele, referindo-se à revelação de que a delegada Érika Marena falsificou um depoimento e de que foi protegida por Deltan Dallagnol.

A declaração foi dada em entrevista aos jornalistas Everton Dantas e Aldemar Freire, da Tribuna do Norte. Gilmar também destacou o papel da mídia brasileira nesse processo. "A mídia de alguma forma foi aliada desse modelo, que se imaginava estar renovando o Brasil. Hoje estamos aprendendo que no fundo eram uns tiranetes, sujeitos que tinham pouca visão da democracia, pouco compromisso com o Direito e, certamente, muito interesse no seu próprio empoderamento. O conteúdo das mensagens às vezes dão asco."

O ministro do STF também sugeriu que os integrantes da Lava Jato batam em retirada. "Deviam pedir desculpas às pessoas e irem para casa, porque não são mais dignos de estarem nos locais onde estão. Como é que vão continuar denunciando pessoas?", questiona. O ministro também foi questionado sobre o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vou entrar no caso Lula agora, porque estamos para julgar essa questão e, certamente, vamos ter que fazer análises em torno desse assunto. O conjunto geral das investigações é esse que todos estão vendo." 

Inscreva-se no canal de cortes da TV 247 e confira fala de Reinaldo Azevedo, em entrevista a Breno Altman, em que ele fala sobre o caso Lula:

Drauzio Varella diz que próximas semanas da pandemia serão muito duras no Brasil

 

O doutor Drauzio Varella faz um alerta sobre o atual momento da pandemia. ‘Em várias cidades, morreu mais gente em dois meses, janeiro e fevereiro, do que no ano passado inteiro’, destaca. Ele prevê que as próximas semanas serão muito duras

Drauzio Varela (Foto: REPRODUÇÃO/YOUTUBE)


247 - O doutor Drauzio Varella constata que o Brasil está à beira do colapso total. No programa Fantástico da Rede Globo, ele fez um alerta sobre o atual momento da pandemia. "No Brasil, que começa a vacinação sem ter doses em número suficiente, a epidemia nunca esteve tão agressiva. Nós estamos vivendo os piores momentos", afirmou.

"Olha o que deu fazer aglomerações nos bares, nas festas clandestinas do fim de ano e no carnaval. Em várias cidades, morreu mais gente em dois meses, janeiro e fevereiro, do que no ano passado inteiro", destaca Drauzio. "Está certo levar o vírus para casa: infectar seus pais, seus avós e as pessoas mais frágeis da família, só porque você se recusa a usar máscara e a guardar distância dos outros?", diz.

O médico também faz alerta sobre a situação das próximas semanas, informa o G1. "As próximas semanas serão muito duras. Não se iluda: se sua mãe ficar doente, não encontrará vaga nas UTIs dos hospitais, públicos ou particulares. Como você vai se sentir se ela morrer de falta de ar numa cadeira da sala de espera?", desabafa o médico.

 

COVID-19: Arapongas registra 74 novos casos e 53 curados neste domingo



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo, (28/02), o registro de 74 novos casos, 53 curados de COVID-19 registrados no município. Agora o município chega a 10.807 casos dos quais 9.798 já estão curados (90,7%), 811 ainda estão com a doença e 198 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 43.499 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município, foram divulgados 98 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados, em sua maioria, são provenientes de exames realizados a partir do dia 24/02.
Entre os 74 casos confirmados, 44 são do sexo feminino com as respectivas idades: 03, 04, 07, 09, 20, 22, 23, 24, 25, 25, 28, 29, 33, 35, 36, 36, 36, 39, 40, 40, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 46, 46, 46, 47, 47, 48, 49, 50, 51, 54, 55, 55, 57, 57, 58, 61 e 64 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 30 pacientes com as respectivas idades: 15, 16, 18, 19, 20, 21, 23, 24, 25, 25, 25, 27, 27, 29, 30, 34, 38, 39, 39, 44, 45, 46, 49, 50, 50, 55, 56, 60, 62 e 64 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, dados do dia 26/02 demonstraram que o município possui 14 pacientes internados em leitos de UTI e 16 pacientes internados em leitos de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 90% dos 50 leitos de UTI e de 82,5% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 08/02/2021. O Hospital conta atualmente com 50 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

 

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Juristas dizem que mensagens acessadas por Delgatti são "provas incontestes" de abusos da Lava Jato

 

Para Batochio, conversas entre procuradores constituem encontro fortuito de provas e podem ser usadas: "tropeçou-se em um cadáver"


Conjur - A cada conjunto de conversas entre procuradores do consórcio de Curitiba enviado ao Supremo Tribunal Federal, parte da comunidade jurídica é tomada por espanto e indignação com os métodos lavajatistas.

O acervo de diálogos apreendido no bojo de uma operação da Polícia Federal ainda quando estava sob o comando do então ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública), que mirava hackers responsáveis por invadir celulares de autoridades, suscita dúvidas sobre o seu uso como prova, validade jurídica e até sobre investigação dos envolvidos.

O criminalista José Roberto Batochio diz acreditar que as conversas entre procuradores constituem caso de encontro fortuito de provas. "A discussão sobre ilicitude do conteúdo dessa prova perde a relevância que apresentaria se se tratasse de prova buscada e produzida em investigação instaurada especificamente com o escopo de apurar os crimes dos agentes da autoridade revelados, por acaso, fora de seu trilho investigatório", explica.

O advogado lembra que esses diálogos foram apreendidos pela PF, tiveram cadeia de custódia preservada e que foram oficialmente periciados e objeto de decisões judiciais. "O encontro empírico das provas foi acidental. Tropeçou- se em um cadáver cuja existência se ignorava", resume.

Parte relevante do material colhido pela operação spoofing já havia sido divulgada pelo site The Intercept Brasil e outros veículos na série que ficou conhecida como "vaza jato". Os novos diálogos selecionados pela defesa do ex-presidente Lula, contudo, apresentam novo peso jurídico, uma vez que mostram que não só o petista, mas outras autoridades foram perseguidas pelos integrantes do Ministério Público no Paraná e pelo então juiz Sergio Moro.

Publicada no último dia 15 de janeiro nos três maiores jornais do país, uma carta assinada por mais de uma centena de advogados critica de forma dura e incisiva a maneira como estão sendo conduzidos os processos na operação "lava jato". O texto afirma que o Brasil passa por um período de "neoinquisição" e que, no "plano do desrespeito a direitos e garantias fundamentais dos acusados, a 'lava jato' já ocupa um lugar de destaque na história do país".

Assinaram a carta, entre tantos outros, os advogados Eduardo SanzAugusto de Arruda BotelhoFlavia RahalJacinto Nelson de Miranda CoutinhoMaira Salomi (ex-sócia de Márcio Thomaz Bastos), Nélio MachadoPedro Estevam SerranoRoberto Podval e Técio Lins e Silva.

A atuação dos procuradores e de Sergio Moro visava desde influenciar no processo eleitoral, emparedar ministros do STF e STJ que eles consideravam críticos aos seus métodos e até influir no processo de escolha do presidente do Tribunal de Contas da União.

Uso legitimo
O jurista Lenio Streck, colunista da ConJur, entende que a prova já está validada no sentido de que possui verossimilhança e foi alvo de decisão do STF. "Pode ser usada para beneficiar qualquer réu que tenha sido prejudicado pelos atos que configuram suspeição e parcialidade. Isso é líquido e certo. No caso, não somente Lula. Transcende aos seus processos. Proibições de uso de prova só se aplicam ao Estado. Ao réu, não. É o Leviatã contra o cidadão", afirma.

Lenio explica que a ilicitude não é "ilicitude" quando se trata de direito de defesa. "E, no caso, foi um terceiro quem 'descobriu' o "veneno das raízes da árvore". Os potes (aparelhos telefônicos) que continham o veneno eram, inclusive, de propriedade do Estado. Os frutos (provas e sentença, nessa ordem) estão viciados", diz.

Streck sustenta que se esses diálogos tivessem sido descobertos nos Estados Unidos ou no Reino Unido, conforme decisões recentes (Panamá Papers e Wikileaks), juiz e procuradores seriam processados. "Por aqui, a questão é nova." Ele também lembra que caso tivessem sido aprovadas as 10 Medidas, Moro e os procuradores poderiam ser processados.

O advogado Fabrício de Oliveira Campos, por sua vez, afirma que, apesar de não ter simpatia por medidas de legitimação de provas ilícitas, é preciso reconhecer que o conteúdo do material hackeado interessa à defesa dos acusados já que revelam "desvios de poder e corrupção da parcialidade judicial e para essa finalidade".

Ele acredita que a validade das "provas da operação spoofing recai primeiramente contra o autor da interceptação daqueles dados, mas pode ser empregada em favor da defesa por ser direito fundamental do acusado o acesso ao devido processo legal, princípio que o conteúdo das mensagens aponta que foi agredido pela inexistência de parcialidade do julgador".

A possibilidade de inversão do ônus da prova, isto é, que os participantes das conversas sejam obrigados a invalidar a veracidade do material não convence o professor, desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul e advogado Ingo Sarlet. "A matéria é delicadíssima. Estou confesso não totalmente convencido da tese do ônus da prova, mas sim da possibilidade de uso para investigação e processo", diz,

Fraude de segundo nível
O criminalista Alberto Zacharias Toron diz acreditar que o uso do material apreendido só pode ser usado pela defesa. "Que as conversas são reais, não há dúvida nenhuma. Malgrado autênticos elas não podem ser usadas para incriminar os agentes públicos. Tanto para fins penais como no administrativo", explica.

Toron faz uma ressalva em caso de descoberta de casos como o depoimento supostamente forjado para ajudar os procuradores da "lava jato" pela delegada Erika, provavelmente a delegada da Polícia Federal Erika Marena. "Fabricar um depoimento é algo muito grave e deve ser alvo de uma apuração", sustenta.

Toron cita diálogo mantido entre os procuradores Deltan Dallagnol e Orlando Martello Júnior em janeiro de 2016. Nele, eles relatam o que contou uma delegada da Polícia Federal chamada Erika — possivelmente a delegada Erika Marena, que era a responsável pelos casos da "lava jato".

"Como expõe a Erika: ela entendeu que era pedido nosso e lavrou termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não ouviu nada... Dá no mínimo uma falsidade... DPFs são facilmente expostos a problemas administrativos", disse Deltan.

Streck acredita que o caso do depoimento supostamente forjado irá dar muito pano para manga. "Há relatos de fraude para encobrir fraude processual — exemplo, diálogos sobre a delegada Erika. Os diálogos mostram uma fraude de segundo nível, em que o Estado busca, ilicitamente, encobrir uma ilicitude que deveria ter sido objeto de um agir de ofício, no caso, os procuradores deveriam ter aberto investigação quando souberam da fraude. A ver", resume.

Para o criminalista Pierpaolo Cruz Bottini, "o material pode ser usado para beneficiar réus, reconhecer a suspeição de juízes, anular atos ilegais, pois revela atos abusivos de parte de agentes estatais". "Mas não se presta a atribuir responsabilidade a quem quer que seja. Ainda que haja cadeia de custódia, ainda que o material seja verdadeiro e íntegro, sua origem ilícita mácula qualquer validade como prova ou indício de acusação. O Estado de Direito vale para todos, mesmo para aqueles que criticamos ou discordamos. Abrir o precedente de validar provas ilícitas, ainda que parcialmente, é mexer com uma caixa de Pandora, com efeitos preocupantes para o devido processo legal."