segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

“Nosso bloco não fortalece o Rodrigo Maia, ele fortalece a oposição”, diz Gleisi

 

Gleisi Hoffmann disse que o ingresso dos partidos de esquerda no bloco de Rodrigo Maia (DEM), "não é uma adesão ao que eles pensam". "É uma aliança pontual. Não temos ilusão ao Rodrigo Maia, mas ele demarca com o governo em questões relevantes, principalmente quando se trata de um fascista que está do lado de lá”. Assista sua participação no programa Bom Dia 247

(Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados | ABr)


247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, comentou a respeito da composição da sigla no bloco para eleição do novo presidente da Câmara que conta com a adesão de onze partidos de esquerda e também do chamado “centrão”. Em entrevista concedida ao programa Bom Dia 247 nesta segunda-feira (21), ela salientou que “participar do bloco não é uma adesão ao que eles pensam, é uma aliança pontual, não temos ilusão ao Rodrigo Maia, mas ele demarca com o governo em questões relevantes, principalmente quando se trata de um fascista que está do lado de lá”. 

A frente dos 11 partidos é hoje o principal bloco de oposição ao candidato de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL). 

Na entrevista, Gleisi relembrou que Maia já se opôs ao governo Jair Bolsonaro em pontos importantes como a "questão do meio ambiente, das defesas das instituições, defesa da ordem democrática, dos direitos e garantias individuais” e que “isso é relevante quando o cara de direita do lado de lá tem aspectos fascistas”. 

Gleisi também apontou prioridades que estão sendo debatidas na composição do bloco e cita o plano nacional de vacinação contra a Covid, a continuidade da renda emergencial e uma agenda contra as privatizações. 

“Precisamos ter o mínimo de condições de frear retrocessos e vamos explorar as contradições deles, dos conservadores que estão operando o sistema”, acrescentou. 

Questionada sobre o tema da queda de Bolsonaro, ela relatou que “é preciso abrir o debate com a sociedade sobre o impeachment, mas não conseguimos costurar esse tema dentro da aliança” dos 11 partidos que compõe o bloco. 

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Governo estuda implementar barreiras sanitárias nas estradas que cortam o Paraná


(Foto: Arquivo Franklin de Freitas)

Em entrevista ao telejornal Meio Dia Paraná, da RPC, afiliada da Rede Globo, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que o governo do Estado estuda a possibilidade de implementar barreiras sanitárias nas estradas paranaenses para medir a temperatura e orientar os viajantes sobre os riscos da pandemia.

"Ninguém vai ficar proibido de se deslocar, nada disso, mas nós queremos medir a temperatura das pessoas, informar os perigos que estão sendo colocados às pessoas que saem dos seu ambiente natural, do seu grupo familiar mais próximo, para outros ambientes", disse o secretário

Fonte: Bem Paraná com Ana Ehlert com Meio Dia Paraná

Morre o empresário e ex-jornalista Valmor Weiss

 

Morreu na manhã desta segunda-feira (21), em Curitiba, o empresário e ex-jornalista Valmor Weiss. Ex-piloto, vice-presidente da Federação Paranaense de Automobilismo(FPrA) e conselheiro do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O velório será na Capela Vaticano – Sala Jade, das 16 às 18h30. Ele tinha 83 anos e deixa esposa, três filhos e netos.Ele estava internado há alguns dias em um hospital da capital Paranaense, tratando-se de complicações da covid-19. Ele já tinha se livrado do coronavírus, conforme chegou a postar em suas redes sociais, mas não resistiu a uma pneumonia.


Catarinense de Rio do Sul, mas paranaense de coração, Valmor Weiss foi piloto, dirigente do automobilismo e entidades de classe ligadas ao transporte. Também foi fundador da Transweiss, com atuação no setor de transportes de cargas e taxi aéreo. Presidiu a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar).

Trabalhou na antiga Última Hora, no início dos anos 1960, sendo responsável por uma coluna sobre o meio militar. Weiss foi sargento do Exército.

Valmor Weiss teve sua história contada  no livro Prisioneiro da Cela 310, escrito pelo jornalista Milton Ivan Heller e lançado em 2011.

O livro narra a história do menino pobre e encapetado, que passa por dificuldades, entra para o exército, é preso pela ditadura militar e acaba se tornando um dos empresários mais bem sucedidos.

Foi ajudante de carroceiro, garçom e contínuo. Entrou para o Exército, tornou-se sargento e acabou assinando uma coluna no jornal Última Hora, que apoiava o governo João Goulart e foi alvo de repressões.

Por sua ligação com o Última Hora, aliado ao fato de ser vice-presidente da Associação dos Sargentos e Subtenentes, Weiss foi preso por um ano e meio após o Golpe de 1964. Ficou incomunicável a maior parte do tempo.

Fonte: Contraponto

 

Imposto sobre grandes fortunas deve arrecadar R$ 18,7 bilhões na Argentina

Primeiro país da América Latina a aprovar lei que taxa os mais ricos para enfrentar pandemia, Argentina pode, no futuro, tornar a taxação permanente

Alberto Fernandez e Cristina Kirchner tomam posse como presidente e vice na Argentina (Foto: Agustin Marcarian/Reuters)

Por Fernanda Paixão, no Brasil de Fato – A lei foi aprovada no Senado da Argentina em 5 de dezembro e acabou recebendo o nome de “contribuição solidária e extraordinária para amenizar os efeitos da pandemia”. Com expectativa de que seja fixada como permanente no futuro, a medida consiste em um pagamento único feito pelos cerca de 10 mil mais ricos do país e pretende arrecadar 300 bilhões de pesos argentinos, o equivalente a cerca de US$ 3 bilhões ou R$ 18,7 bilhões

A taxa será de 2% sobre os patrimônios que tenham declarado mais de 200 mil pesos argentinos (US$ 2,4 mil);  2,25% aos patrimônios entre 800 mil pesos (US$ 9,6 mil) e 1,5 milhão de pesos (US$ 18 mil); 3,25% para patrimônios de até 3 milhões pesos (US$ 36,2 mil) e, a partir dessa cifra, a taxa será de 3,5%.

A lei destinará 15% da arrecadação a moradores de bairros populares; 20% a equipamentos médicos para combater a covid-19; 20% ao programa Progressar, um incentivo econômico a estudantes; 20% de subsídio a pequenas e médias empresas; e 25%, a maior parcela, à produção de gás natural.

  

Extinção do auxílio emergencial leva 17 milhões de pessoas para abaixo da linha de pobreza

 

Quase 17 milhões de brasileiros passarão a viver em condições abaixo da linha de pobreza, após a extinção do auxílio emergencial decretada por Jair Bolsonaro, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas. O corte no valor de R$ 600 para R$ 300 já fez brasileiros gastarem menos com comida e remédios

(Foto: ABr)


247 - Pesquisa do Instituto Datafolha aponta que  75% dos beneficiários do auxílio emergencial reduziram a compra de alimentos, 65% cortaram despesas com remédios, 57% diminuíram o consumo de água, luz e gás e 55% deixaram de pagar as contas da casa por causa da redução do valor do benefício de R$ 600 para R$ 300. Mais da metade dos beneficiários também reduziu os gastos com transporte (52%) e/ou parou de pagar escola ou faculdade (51%). Cerca de 17 milhões de pessoas viverão abaixo da linha de pobreza a partir de janeiro com o fim do auxílio emergencial decretado por Bolsonaro.

Entre os que receberam o benefício emergencial, a parcela daqueles que sofreram uma redução de renda é de 51% em dezembro. Com o fim do auxílio emergencial a partir de janeiro, por decisão do governo Bolsonaro, a redução do auxílio emergencial pela metade já colocou a renda de cerca de 7 milhões de pessoas abaixo do nível de pobreza de até R$ 5,50 por dia em outubro deste ano, em relação ao verificado em setembro. Esse número deve subir para quase 17 milhões após a extinção do benefício, no início de 2021, de acordo com estudo do pesquisador do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) Vinícius Botelho

Por sua vez, Kristalina Georgieva, diretora do FMI (Fundo Monetário Internacional), afirmou que o fim prematuro do auxílio emergencial pode aumento da desigualdade, além de fazer com que o Brasil alcance a marca de 24 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza, aponta reportagem do jornalista Eduardo Cucolo na Folha de S.Paulo.

 

TCU diz que governo Bolsonaro não tem plano para combater a covid

 

Técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) afirmam, após auditoria, que o governo Bolsonaro não tem planos de combate à covid-19. Além do comportamento negacionista de Jair Bolsonaro e de seu ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o governo não tem plano estratégico de ação e não entrega os equipamentos necessários ao enfrentamento da pandemia

Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) chegou à conclusão de que o governo Bolsonaro não tem um plano estratégico para enfrentar a pandemia de cobid-19.

Reportagem da jornalista Constança Rezende aponta que entre os problemas constatados estão a falta de entrega de equipamentos de proteção individual, respiradores, kits de testes e irregularidades em contratos. 

Os auditores do TCU também manifestaram preocupação com o descompasso entre o cronograma de fornecimento das vacinas contra a covid e o de entrega das seringas e agulhas.

Questionado sobre o relatório, o Ministério da Saúde respondeu, em nota, que viabiliza ações para o combate à covid-19. Mas o tribunal afirma que não há um planejamento minimamente detalhado. 

O Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, não compreende como função do ministério a articulação de ações com os estados e municípios, o que dificulta ações integradas de compras de materiais e representa risco para o adequado uso de recursos.

De acordo como o TCU, o não cumprimento pelo governo das ações necessárias ao combate à pandemia pode gerar a responsabilização dos gestores do ministério".

Hacker afirma que Barroso auxiliou Deltan sobre "o que colocar" em processos da Lava Jato

 

Hacker Walter Delgatti Neto, responsável pela divulgação das conversas entre procuradores da Lava Jato, afirmou que o ministro do STF Luís Roberto Barroso auxiliou e orientou o procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da operação, sobre “o que colocar” nos processos

Barroso, Walter Delgatti Neto e Deltan Dallagnol (Foto: STF | Reprodução | ABr)

247 -  O hacker Walter Delgatti Neto, responsável pela divulgação das conversas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, afirmou que os procuradores da força-tarefa desejavam prender os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Ainda segundo ele, o ministro do STF Luís Roberto Barroso auxiliou o procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da Lava Jato, sobre “o que colocar” nos processos. 

"Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentavam de tudo pra conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queria que a OAS delatasse o Toffoli, eles quebraram o sigilo do Gilmar Mendes na Suíça, do cartão de crédito, da conta bancária dele, eles odiavam o Gilmar Mendes, falavam mal do Gilmar Mendes o tempo todo”, disse Delgatti em entrevista exibida neste domingo (20) pelo programa CNN Série Originais

Ainda de acordo com o hacker, “o [ministro do STF Luís Roberto] Barroso, eles tinham um laço bem próximo. O Barroso e o Deltan [Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato] conversavam bastante, (sobre) vida pessoal. Inclusive o Barroso, em conversas, auxiliava o que colocar na peça, o que falar. Um juiz auxiliando, também, o que deveria fazer um procurador”, 

Na entrevista, Delgatti contou que conseguiu acessar celulares de quatro ministros do STF, além dos aparelhos de Jair Bolsonaro, do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do vereador pelo Rio Carlos Bolsonaro. Ainda segundo ele, o telefone do ministro Alexandre de Moraes não continha troca de mensagens.  

Delgatti relata que acessou o celular de quatro ministros do STF. No de Alexandre de Moraes não havia  mensagens. “Ele apagava tudo. Tive acesso também ao e-mail dele, tinha, inclusive, o livro novo dele. Eu apenas baixei o livro para ler, mas.... Tinha conversas em e-mail, mas era entre eles [ministros do STF], era conversa de processo, que não tinha interesse. Era conversa formal. Acredito que era, inclusive, o assessor dele que mandava o e-mail, não ele. Já quanto ao Telegram, não tinha conversa nenhuma, ele apagava todas”. 

Sobre o acesso aos telefones celulares do clã Bolsonaro, ele disse que as trocas de mensagens eram efetuadas por meio de um chat privado. “As conversas deles eram apagadas. Eles apenas diziam que era para ir para o chat secreto, pois o chat secreto. Uma pessoa que acessa a sua conta não consegue acessar a conversa do chat secreto”, afirmou. 

Ainda conforme Delgatti, o jornalista Glenn Greenwald - que divulgou o conteúdo das mensagens no site The Intercept, no que ficou conhecido como “Vaza Jato”  - não pagou pelo material que ele havia hackeado. 

Delgatti também revelou que os integrantes da Lava Jato tinham o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos eixos centrais da força-tarefa. “O foco era o Lula, mas os empresários, também, e outros políticos, ou diretores da Petrobras que eles mantinham presos até a pessoa falar. Exemplo: o Léo Pinheiro. Eles falavam: ‘Se ele enviar, fizer a delação e não falar do Lula, não será aceita’. Tinha conversa assim”, disse, 

 

Sob governo Lula, Brasil foi o país que mais vacinou contra H1N1 pelo sistema público

 

Ex-ministro Alexandre Padilha lembra que 80 milhões de brasileiros foram vacinados em apenas três meses

Vacinação contra H1N1 em São Paulo, em 2010 - Agência Brasil


O legado da campanha de vacinação implementada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em meio à pandemia do vírus H1N1, entre 2009 e 2010, deveria ser usado como exemplo pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) contra a covid-19. Essa é a visão do deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP), então ministro da Saúde do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2010, o país foi o que mais vacinou cidadãos contra H1N1 pelo sistema público no mundo. A gripe A foi considerada uma pandemia global até agosto daquele ano, e matou 2,1 mil brasileiros.

A imunização contra o vírus H1N1 começou em março de 2010 e pretendia conter uma "segunda onda" de casos da doença no outono e no inverno.

O Ministério da Saúde definiu então cinco grupos prioritários para a vacinação: indígena, gestantes, portadores de doenças crônicas, crianças entre seis meses e dois anos de idade e jovens com idade entre 20 e 39 anos. Diferentemente da covid-19, os idosos não eram considerados grupo de risco.


Em 2008, Lula (PT) e o então governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se uniram para divulgar campanha de vacinação em massa contra gripe. Hoje, Bolsonaro (sem partido) e João Doria (PSDB) colocam disputa política acima da preocupação sanitária / Foto: Ricardo Stuckert


"O Brasil tem todas as condições financeiras, institucionais e técnicas de fazer um grande plano de vacinação para todos e todas. Na pandemia de H1N1, eu era ministro [da Saúde] do presidente Lula, e em 2010 foram mais de 100 milhões de pessoas vacinadas. Destas, 80 milhões em apenas três meses", ressalta Padilha.

"Temos instituições públicas, temos tradição, temos o SUS, temos pesquisadores que conhecem de vacina e temos todos os recursos necessários. O problema é que o governo Bolsonaro é contra o programa nacional de imunização", critica o ex-ministro.

O ano de 2019, o primeiro sob governo Bolsonaro, foi também o primeiro do século em que o Brasil não atingiu a meta de vacinação em crianças.

Embora tenha autorizado R$ 20 bilhões para compra de vacinas, Bolsonaro segue em um esforço de contrapropaganda da imunização. Ele próprio afirma que não pretende se vacinar e, em outubro prometeu que não liberaria a entrada da "vacina da China" – modo pejorativo como se refere à CoronaVac, modelo que está na fase 3 de testes.

Edição: Marina Duarte de Souza

Fonte: Brasil de Fato

Paraná confirma mais 41 mortes e 728 novos casos da Covid-19 neste domingo


(Foto: Geraldo Bubniak/AEN)

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou neste domingo (20) mais 728 casos confirmados e 41 mortes em decorrência da infecção causada pelo novo coronavírus.

A Sesa registra também 927 casos confirmados retroativos do período entre 27 de março a 18 de dezembro. Os dados acumulados do monitoramento da Covid-19 mostram que o Paraná soma 373.062 casos e 7.252 mortos em decorrência da doença.

INTERNADOS – 1.606 pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 estão internados. São 1.260 pacientes em leitos SUS (635 em UTI e 625 em leitos clínicos/enfermaria) e 346 em leitos da rede particular (137 em UTI e 209 em leitos clínicos/enfermaria).

Há outros 1.239 pacientes internados, 485 em leitos UTI e 754 em enfermaria, que aguardam resultados de exames. Eles estão em leitos das redes pública e particular e são considerados casos suspeitos de infecção pelo Sars-CoV-2.

ÓBITOS – A secretaria estadual informa a morte de mais 41 pacientes. São 20 mulheres e 21 homens, com idades que variam de 22 a 96 anos. Os óbitos ocorreram entre 27 de novembro a 20 de de 20 de dezembro.

Os pacientes que foram a óbito residiam em: Curitiba (26) e Pato Branco (2). A Sesa registra ainda a morte de uma pessoa que residia em cada um dos seguintes municípios: Arapongas, Boa Esperança, Cascavel, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Guaratuba, Marechal Cândico Randon, Marialva, Pinhais, Ponta Grossa, Sarandi e Verê.

FORA DO PARANÁ – O monitoramento da Sesa registra 2.947 casos de residentes de fora, 60 pessoas foram a óbito.

Fonte: Bem Paraná

 

Arapongas registra 44 novos casos de Covid-19 e um óbito



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou neste domingo (20/12), o registro de 44 novos casos, nenhum curado e 01 óbito por COVID-19 no município. Agora o município chega a 6.314 casos dos quais 5.426 já estão curados (85,9%), 759 ainda estão com a doença e 129 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 31.758 testes. 
Sobre os casos, a Secretaria de Saúde informa que:
129º óbito, ocorrido em 19/12: Paciente do sexo masculino, 35 anos, sem comorbidades, realizou coleta do exame no dia 03/12 com resultado positivo divulgado no dia 03/12, internado em leito de enfermaria no dia 03/12 sendo transferido para leito de UTI após piora do quadro vindo a óbito em 19/12.
A Secretaria de Saúde se solidariza com os familiares.
O município possui 456 casos que aguardam resultados. Entre os resultados dos testes públicos e privados realizados no município foram divulgados 55 resultados negativos nesta data.
Os resultados abaixo divulgados são provenientes de exames realizados a partir do dia 15/12.
Entre os 44 casos confirmados, 23 são do sexo feminino com as respectivas idades: 11, 14, 20, 21, 21, 21, 24, 25, 29, 33, 34, 39, 41, 50, 52, 56, 56, 59, 59, 63, 72, 77 e 80 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 21 pacientes com as respectivas idades: 05, 05, 15, 18, 19, 20, 21, 24, 24, 25, 27, 27, 29, 32, 40, 43, 46, 45, 56, 64 e 66 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, o município possui 07 pacientes internados em leitos de UTI e 10 pacientes internados em leito de enfermaria.
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, a ocupação informada pelo hospital hoje é de 86,6% de dos 30 leitos de UTI e de 72,5% dos 40 leitos de enfermaria. 
Referente aos leitos hospitalares em Arapongas, houve aumento dos leitos exclusivos para COVID-19 do Hospital de referência pela SESA-PR a partir de 05/12. O Hospital conta atualmente com 30 leitos de UTI e 40 leitos de enfermaria.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Apucarana confirma mais dois óbitos e 42 novos casos de Covid-19 neste domingo



Apucarana confirmou mais dois óbitos e 42 novos casos de Covid-19 neste domingo (20). Agora, o município soma 3.564 registros da doença e 85 mortes.

Segundo boletim da Autarquia Municipal de Saúde (AMS), Apucarana tem 218 suspeitas em investigação e 2.677 recuperados.

Um dos óbitos registrados neste domingo é de um homem de 36 anos, que não tinha comorbidades. O outro é de uma idosa de 89 anos, que sofria de hipertensão arterial e diabetes.

Os 42 novos casos são de 15 homens e 27 mulheres.

 

domingo, 20 de dezembro de 2020

Em dissertação de mestrado, juíza federal conclui: Lava Jato manipulou processos contra Lula

 

A juíza Fabiana Alves Rodrigues concluiu que o Judiciário agiu com parcialidade e violou os direitos individuais em processos contra Lula na Lava Jato. Além disso, segundo a magistrada, o ex-presidente era o alvo central da força-tarefa desde o início de seus trabalhos

(Foto: Brasil247 | Abr)

247 - Em tese de mestrado em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP), a juíza federal Fabiana Alves Rodrigues, substituta na 10.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, concluiu que a Operação Lava Jato e a Justiça Federal operaram em uma zona cinzenta que dá margem a questionamentos quanto ao cumprimento de preceitos básicos da democracia em processos contra o ex-presidente Lula.

Foram violados, por exemplo, segundo a especialista, princípios basilares como a imparcialidade do Judiciário e a garantia de direitos individuais.

A tese de Fabiana Rodrigues tornou-se livro: Lava Jato – Aprendizado Institucional e Ação Estratégica na Justiça

Comparando ações contra Lula e outros processos tanto na 13.ª Vara Criminal de Curitiba quanto no TRF-4, a juíza verificou que magistrados aceleraram a condenação no caso do triplex do Guarujá para impedir que o ex-presidente concorresse nas eleições de 2018.

O estudo ainda confirmou que Lula era o alvo desde o início da operação. "Dizendo claramente: se a condenação de Lula em segunda instância não tivesse ocorrido a tempo de impedir sua candidatura, a pena imposta ao alvo central da operação não seria aplicada se ele vencesse em 2018. É interessante destacar que a escolha política dos atores do Judiciário Federal, que, tendo em mãos a opção de deixar sob as rédeas do eleitor o controle político da responsabilidade de Lula sobre os desvios na Petrobras, optaram por excluir essa possibilidade para fazer prevalecer a caneta dos togados”.

 

Morre Nicette Bruno, aos 87 anos, vítima da Covid-19

Nicette estava internada no CTI em uma clínica no Rio de Janeiro. Ela deixa três filhos

Nicette Bruno (Foto: Divulgação)

247 - Morreu neste domingo (20), aos 87 anos, a atriz Nicette Bruno, vítima de complicações da Covid-19, segundo o jornal O Globo. Ela estava internada no CTI da Clínica São José, na Zona Sul do Rio.

Pelo Instagram, a filha da artista, Beth Goulart, contou que a mãe chegou com quadro estável na unida de saúde, mas piorou com o passar dos dias e precisou ser intubada.

Boletim médico divulgado neste domingo dava conta de que o quadro da atriz havia piorado.

Nicette deixa três filhos.

Sua última aparição na TV foi em ''Éramos seis''.

  

Bolsonaro volta a atacar a imprensa e nega atuação do "gabinete do ódio"

 O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não há provas da atuação do chamado "gabinete do ódio", uma referência à ala ideológica do Palácio do Planalto, que adota um estilo beligerante nas redes sociais. A afirmação foi feita durante entrevista ao próprio filho e deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), publicada em um canal do YouTube neste sábado, 19.

O chamado "gabinete do ódio" existe, sendo composto pelos assessores Tércio Arnaud Tomaz, José Matheus Sales Gomes e Mateus Matos Diniz, além do vereador Carlos Bolsonaro, filho 02 do presidente. A existência do grupo, que tem inserção nas redes sociais de Bolsonaro, foi revelada pelo Estadão em setembro de 2019.

"Inventam essas coisas, atacam covardemente o garoto lá, o Tércio, o Mateus, o Carlos. Agora me aponte uma materialidade, uma matéria feita pelo gabinete do ódio, não apontam nada. O tempo todo é dizendo que o gabinete do ódio faz isso ou aquilo, mas não apontam o que fez", disse Jair Bolsonaro, em defesa dos assessores e do filho Carlos.

A afirmação do presidente vem dias após o Estadão revelar que o gabinete do ódio ajudou canais do YouTube que estão na mira da Polícia Federal por suspeita de disseminação de conteúdo contra as instituições da República, no chamado inquérito dos atos antidemocráticos. Alguns donos de canais tinham acesso privilegiado, imagens exclusivas enviadas via WhatsApp e intermediários na interlocução com o presidente e chegaram a faturar R$ 100 mil por mês. Após a publicação da reportagem, o governo afirmou, em nota, que está prestando esclarecimentos à Justiça e chamou de 'ilação' ligação com a rede do ódio sob investigação.

No inquérito que tramita no Supremo sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal perguntou aos assessores e ao filho Carlos Bolsonaro se eles produziram ou encaminharam mensagens que buscam causar instabilidade entre as Forças Armadas e o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, ou se apoiaram algum tipo de ruptura na ordem democrática. Todos negaram.

Os investigadores também rastreiam o destino do dinheiro obtido com a monetização dos canais do YouTube. Parlamentares da base bolsonaristas também são investigados. O caso ainda não foi concluído pela PF. Após, a Procuradoria-Geral da República, que pediu a abertura da apuração, deverá decidir se apresenta denúncia criminal.

Segundo Bolsonaro, as referências ao gabinete do ódio são formas de atacar o Palácio. "São pessoas que, como não têm o que atacar no governo, são dois anos sem corrupção, então têm que falar essas besteiras que falam o tempo todo", disse o presidente.

O presidente disse que a imprensa anuncia demissões que não se confirmam entre seus ministérios. "Toda semana estou trocando ministro, essa semana começou com outro ministro que seria trocado, o Ernesto", comentou.

"O pessoal fala que eu devo reagir. Se eu falo que não vou demitir o ministro Ernesto, eles dizem que recuou", disse, gargalhando, para depois partir para o ataque a veículos de comunicação. "É uma imprensa canalha, que não vale nada. E um detalhe. Por que são bravos comigo? Mais de R$ 1 bilhão por ano que faturavam de propaganda oficial de governo previsto para orçamento ou de dinheiro de estatais ou de bancos, e o dinheiro não é para gastar com essa imprensa que é mestre de fake news. Nesse ano, cancelei todos os contratos de compra de jornais e periódicos. Não assina mais. E ai se eu pegar um ministério com (jornais), o ministro vai ter problema", disse.

O presidente afirmou, ainda, que o brasileiro é desinformado e que não deve ler a imprensa. "Se você não lê jornal, você não tem informação. Se você lê, você está desinformado. Não leia esse lixo, não leia jornais. Vá na internet, tem muitos blogs que prestam boas informações, e assim você tem que se preparar para vencer primeiro a guerra de informação e depois vencer outras guerras também", disse.

Bolsonaro agradeceu a mobilização da militância digital de apoiadores que tem nas redes sociais. "Essas pessoas que me elegeram. Essas pessoas anônimas são quem mudou o país. Continuem trabalhando para mostrar a verdade", disse.

Fonte: Bem Paraná com Amanda Pupo, Breno Pires e André Borges - Estadão Conteúdo

Aumento da fome deve reforçar luta por reforma agrária em 2021, diz dirigente do MST

 

Kelli Mafort analisa o agravamento da crise no país, faz balanço de 2020 e enfatiza: “Prioridade é salvar vidas”

MST é o maior produtor de arroz orgânico da América Latina - Divulgação/MST

A perda de renda das famílias brasileiras e o agravamento da fome devem fortalecer a luta por reforma agrária no ano que vem. Essa é a avaliação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que lançou em dezembro seu Caderno de Formação nº 53, intitulado “A luta de classes no campo e a luta por reforma agrária popular”.

“Não é uma questão de escolha. É uma questão de necessidade”, ressalta Kelli Mafort, que integra a direção nacional do movimento. “Com o fim do auxílio emergencial, os índices ligados à extrema pobreza devem aumentar, com a falta de perspectiva de trabalho e renda, e a reforma agrária virá com muita força no ano de 2021”, prevê a liderança.

O MST reconhece que a pandemia continua sendo um limitador para a organização popular, uma vez que impede as aglomerações e impõe a necessidade de distanciamento social. Em 2020, as ocupações de terras pelo movimento foram interrompidas para não expor os camponeses ao coronavírus.

“Para nós, a prioridade é salvar vidas, aquelas que estão sendo desprezadas pelo governo brasileiro em uma campanha negacionista, antivacina”, reforça Mafort. “Estaremos junto com os movimentos na rua assim que a vacina [da covid-19] nos assegurar essa possibilidade”, completa.

Balanço de 2020

O MST participou de duas disputas frontais com o agronegócio que tiveram repercussão nacional em 2020.

A primeira foi em meados de agosto, quando ocorreu o despejo violento de duas áreas do acampamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio (MG), onde viviam sete famílias. A região é ocupada há mais de 20 anos por 450 famílias camponesas, que se notabilizaram pela produção do Café Guaií, um dos carros-chefes da produção agroecológica do MST.

principal beneficiário do despejo foi João Faria da Silva, dono da marca Terra Forte e um dos maiores exportadores de café do mundo.

“Essa disputa tem uma simbologia interessante, porque são duas produções de café com relações sociais completamente distintas”, analisa Mafort. “Por um lado, trabalho análogo à escravidão, expropriação de terras, de direitos. Por outro, o Café Guaií, que representa a agroecologia, que brota de uma luta pela divisão de terras, contra o machismo”.

O MST considera que o governador Romeu Zema (Novo), que autorizou o uso da força contra o acampamento, representa os mesmos interesses de Bolsonaro, e que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais foi subserviente ao projeto do agronegócio ao autorizar o despejo em plena pandemia.

O segundo episódio de grande repercussão foi protagonizado pelo secretário de Assuntos Fundiários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Nabhan Garcia, ex-presidente da UDR. A Força Nacional foi enviada a assentamentos do MST no Sul da Bahia sem a autorização do governador Rui Costa (PT), e voltou sem cumprir seu objetivo após questionamento do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Na prática, o que eles tentam é dividir e cooptar as famílias”, avalia Mafort. “Dessas duas ações, ficou a lição de muita resistência e organização da nossa base e de muita mobilização da sociedade brasileira, com forte apoio internacional nos dois episódios”.

Solidariedade ativa

Mais que qualquer embate, o ano de 2020 ficará marcado pela solidariedade. O MST doou quase 4 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar para famílias em situação de vulnerabilidade social. Só no Paraná, por exemplo, foram 442 toneladas de alimentos doados, oriundos da produção de 52 acampamentos e 121 assentamentos da reforma agrária.

“A solidariedade se impôs como uma necessidade, e os movimentos populares foram os primeiros a perceber isso, antes do Estado ou de qualquer empresa”, lembra a dirigente do MST. “Nosso alimento encontrou panelas vazias, em uma situação desesperadora.”

“Com a campanha Periferia Viva, fizemos uma solidariedade ativa, orgânica, ‘provocando’ as pessoas que recebem o alimento a também se organizar e se mobilizar”, completa Mafort.

Para ontem

O Plano Emergencial da Reforma Agrária Popular, lançado pelo MST em junho, estabelece como medida urgente, por exemplo, a expropriação de terras de sonegadores fiscais para assentamento de famílias camponesas. O documento também propõe o uso de terras próximas a centros urbanos, em parceria com municípios, para produção de alimentos, garantindo terra, trabalho, teto e alimentos saudáveis para famílias empobrecidas e criando um “cinturão verde” em torno das cidades.

Em 9 de dezembro, o MST protocolou uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) no STF questionando a paralisação dos 413 processos de desapropriação e aquisição de terras para reforma agrária ao início do governo Bolsonaro e pedindo a destinação de terras públicas para a reforma agrária, como previsto na Constituição.

“O ano de 2021 vai ser muito difícil, do ponto de vista dos embates que teremos. E, com certeza, a sociedade brasileira poderá contar com o MST, seja nas ações de solidariedade – que não pararam por nenhum dia e vão continuar –, seja nos trabalhos de base, organizando o povo para lutar e derrotar esse projeto de morte”, finaliza Mafort.

Edição: Mauro Ramos

Fonte: Brasil de Fato