Alvo da Polícia Federal a mando de Bolsonaro, por fazer críticas ao governo no Twitter, candidato do PSOL à Prefeitura de SP diz que “a trama vai ficando pior” ao comentar a notícia de que o inquérito foi aberto a pedido de um deputado bolsonarista, José Medeiros
247 - O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme
Boulos, afirmou que, apesar de tentarem, não vão conseguir lhe calar. Ele
rebatia mais uma vez a ameaça da Polícia Federal que, a mando de Jair
Bolsonaro, quer intimá-lo por críticas feitas por ele ao governo nas redes
sociais.
“Querem me calar,
mas não vão conseguir”, postou Boulos, ao pedir recursos para sua campanha. Ele
também disse que “a trama vai ficando pior” ao comentar a notícia de que o
inquérito da PF foi aberto a pedido de um deputado bolsonarista, José Medeiros,
ao ainda ministro da Justiça Sérgio Moro.
A PF usou um tuíte que comparava
Bolsonaro a Luís XIV para intimar Boulos. Na postagem, o candidato lembrou o
fim da dinastia de Luís XIV. “Terminou na guilhotina”, afirmou. Segundo Guilherme Boulos, a tentativa de
intimidação tem a ver com o apoio de Bolsonaro na capital a Celso Russomanno,
que lidera as pesquisas.
O candidato do PSOL recebeu a solidariedade de Jilmar Tatto,
que disputa a Prefeitura pelo PT: “vamos juntos na luta contra Bolsonaro”. E do
PT, que soltou uma nota afirmando que a “ação
da PF é mais um crime de Bolsonaro”.
O deputado federal Ivan Valente, líder do PSOL
na Câmara, reagiu enfaticamente à ameaça contra o candidato: “A Polícia Federal
não pode ser corrompida por milicianos com ares de ditador. Intimar o Boulos
por críticas à familícia é puro desespero dos Bolsonaros, na mira do MP com a
denúncia da rachadinha. #NãoIrãoNosCalar”.