terça-feira, 8 de setembro de 2020

SBT demite Rachel Sheherazade, que vinha condenando o bolsonarismo


A medida parece fazer parte da aproximação da emissora com o governo de Jair Bolsonaro
Rachel Sheherazade
Rachel Sheherazade (Foto: Reprodução)

247  - O SBT demitiu a apresentadora Rachel Sheherazade após nove anos ininterruptos no canal, informou Ricardo Feltrin no Uol. A jornalista que apoiou o golpe de 2016 vinha condenando o bolsonarismo recentemente. Ela disse que sofreu ameaças de mortes após passar a criticar o governo de Jair Bolsonaro.
Segundo Feltrin, a âncora do “SBT Brasil” foi avisada pela emissora que seu contrato, que vence no próximo dia 31 de outubro, não vai ser renovado.
A medida parece fazer parte da aproximação da emissora com o governo Bolsonaro. A emissora se beneficiou da medida provisória assinada pelo governo após reunião com diretoria do clube carioca Flamengo, que tirou da Globo a exclusividade da transmissão dos jogos de futebol no Brasil. 
Além disso, o genro de Silvio Santos, dono da SBT, Fábio Faria assumiu em junho o Ministério das Comunicações, algumas semanas depois da emissora cancelar a edição do SBT Brasil no dia 23 de maio após Faria, que é casado com Patrícia Abravanel, avisar que recebeu um telefonema do governo reclamando da abordagem negativa sobre o vídeo da reunião ministerial em reportagem edição do telejornal no dia anterior. 

Renan diz que punição do CNMP a Dallagnol é 'branda' e anuncia ação civil


Autor da representação que resultou na punição ao ex-chefe da Lava Jato no MPF, o senador Renan Calheiros disse que foi vítima de "perseguição odiosa" do procurador Deltan Dallagnol. "Entrarei com ação civil para reparação de danos morais", afirmou o senador
Renan Calheiros e Deltan Dallagnol
Renan Calheiros e Deltan Dallagnol (Foto: Agência Brasil)

247 - O senador Renan Calheiros classificou como "branda" a punição do Consleho Nacional do Ministério Público (CNMP) ao procurador Deltan Dallagnol nesta terça-feira, 8. 
O ex-coordeandor da força-tarefa da Lava Jato nem Curitiba foi punido com pena de censura pelo CNMP a partir de um procedimento aberto a pedido de Calheiros, que alegou que Dallagnol usou o cargo para tentar interferir na eleição para a presidência do Senado em 2019. 
Pelo Twitter, Renan Calheiros anunciou que entrará com ação civil contra o procurador. "A advertência do CNMP é branda para a odiosa perseguição de @DeltaNm contra mim: campanhas políticas opressivas, postagens fakes, investigação sem prova para tornar-me multi-investigado (mais de 2/3 arquivadas pelo STF). Entrarei com ação civil para reparação de danos morais", afirmou o senador. 
A punição de censura cria dificuldades para que Deltan Dallagnol suba no quadro de carreiras do Ministério Público, a partir de promoções caso havia sido suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, mas o ministro Gilmar Mendes derrubou a medida alegando que havia o riso de prescrição. 

Maior campeonato de futebol da América: SBT pode substituir Globo na transmissão da Libertadores


A Conmebol e a SBT estão próximos de fechar a negociação dos jogos da Libertadores em TV aberta para o Brasil até 2022
Jogo entre Flamengo e Fluminense
Jogo entre Flamengo e Fluminense (Foto: Mailson Santana/Fluminense FC | Reprodução)

247 - A Conmebol e a SBT estão próximos de fechar a negociação dos jogos da Libertadores em TV aberta para o Brasil até 2022. 
A emissora paulista, assim, poderá substituir a Globo, que rompeu o contrato e conseguiu renegociar a transmissão por valores inferiores ao acordo anterior. 
Se o acordo for firmado, o novo canal parceiro assumirá as transmissões às quartas, marcadas para o horário das 21h30 até o final da primeira fase.


Bolsonaro volta a ser contra obrigatoriedade da vacina: ‘você não pode amarrar o cara e dar a vacina nele’


“A gente não pode injetar qualquer coisa nas pessoas e muito menos obrigar”, afirmou Jair Bolsonaro em reunião com Osmar Terra e outros defensores da hidroxicloroquina
Bolsonaro e vacina
Bolsonaro e vacina (Foto: Reuters)

247 - Jair Bolsonaro voltou a ser contra a obrigatoriedade da vacina para imunizar contra o coronavírus no Brasil, quando ela estiver disponível. Segundo o jornal O Globo, a declaração foi dada nesta terça-feira, 8, em reunião com médicos defensores da hidroxicloroquina, como o ex-ministro Osmar Terra, no tratamento da doença, apesar de não haver comprovação científica da eficácia do remédio contra a Covid-19.
“A gente não pode injetar qualquer coisa nas pessoas e muito menos obrigar. Eu falei, inclusive, que ninguém vai ser obrigado a tomar vacina, e o mundo caiu na minha cabeça. A vacina é uma coisa que, no meu entender, você faz a campanha e busca uma solução. Você não pode amarrar o cara e dar a vacina nele. Eu acho que não pode ser assim”, afirmou.

Chefe do Centro de Inteligência do Exército morre de Covid-19


General Carlos Augusto Sydrião faleceu na manhã desta terça-feira (8), em decorrência do novo coronavírus. Ele comandava o Centro de Inteligência do Exército e esteve com Michel Temer na missão brasileira ao Líbano
(Foto: Eduardo Maia/Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte)

Do Metrópoles - O general do Exército Carlos Augusto Fecury Sydrião Ferreira faleceu, na manhã desta terça-feira (8/9), em decorrência do novo coronavírus. Ele comandava o Centro de Inteligência do Exército (CIE). O militar estava internado no Hospital das Forças Armadas, em Brasília
Sydrião, nascido em 29 de abril de 1967, era considerado pelos colegas um profissional de alta capacidade. A morte do general causou comoção na corporação. (...)
Sydrião fez parte da comitiva brasileira chefiada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB-SP) que foi a Beirute em agosto. A equipe composta por 13 integrantes levou alimentos, medicamentos e insumos básicos de saúde ao país do Oriente Médio em decorrência da grande explosão ocorrida na capital libanesa e que deixou mais de 160 mortos e mais de 4 mil feridos.
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Guardian destaca discurso histórico de Lula, que a Globo escondeu


O jornal britânico The Guardian destacou o pronunciamento em que o ex-presidente Lula apontou os caminhos para livrar o Brasil do pesadelo atual causado pelo governo de Jair Bolsonaro
The Guardian e Lula
The Guardian e Lula (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

247 - O jornal britânico The Guardian destacou o discurso do ex-presidente Lula feito no 7 de setembro - dia em que se comemora a independência do Brasil - que a Globo, assim como outras empresas da mídia corporativa, escondeu.
"Em um amplo vídeo manifesto - que aliados, adversários e analistas tomaram como um sinal que Lula tentaria desafiar o líder da extrema direita do Brasil nas próximas eleições presidenciais - o esquerdista condenou a forma como Bolsonaro lidou com uma crise que matou mais de 127.000 brasileiros", diz o Guardian. 
O grupo de comunicação Globo foi decisivo na campanha para o golpe de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, e para a prisão política do ex-presidente. A empresa midiática ignorou por completo o discurso histórico de Lula, em que ele apontou os caminhos para livrar o Brasil do pesadelo atual causado pelo governo de Jair Bolsonaro. 
A presidenta do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann, denunciou a “censura” em suas redes sociais. “Globo e TVs ignoram pronunciamento de Lula. Inacreditável que o maior líder político da oposição seja censurado. Que democracia defendem essas redes?! Em qq outro país democrático a fala de um ex presidente, com a popularidade de Lula, seria notícia central”, disse.
Confira abaixo o pronunciamento de Lula em vídeo e texto:



Por ataques a Renan Calheiros, Conselho do MP pune Dallagnol com censura: 9 a 1


Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu aplicar a pena de censura ao procurador e ex- coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. Punição foi feita a partir de um procedimento aberto a pedido do senador Renan Calheiros
Deltan Dallagnol e Renan Calheiros
Deltan Dallagnol e Renan Calheiros (Foto: ABr | Pedro França/Agência Senado)

247 - O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) decidiu, por 9 votos a 1, aplicar a pena de censura ao procurador e ex- coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. A punição foi feita a partir de um procedimento aberto no CNMP a pedido do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que alegou que Dallagnol usou o cargo para tentar interferir na eleição para a presidência do Senado em 2019. 
A punição de censura cria dificuldades para que Deltan Dallagnol suba no quadro de carreiras do Ministério Público, a partir de promoções caso havia sido suspenso por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello, mas o ministro Gilmar Mendes derrubou a medida alegando que havia o riso de prescrição. 
Na queixa, Renan reclamou de mensagem compartilhada pelo procurador, na qual ele dizia que Renan, se eleito, dificultaria o combate à corrupção. O senador acabou perdendo a disputa pelo comando do Senado para Davi Alcolumbre (DEM-AP).


Flávio Dino diz que candidatura de Lula à presidência seria melhor caminho


O pronunciamento do ex-presidente Lula (PT) nesta segunda-feira injetou novo ânimo entre as forças de esquerda, ao ponto de um dos eventuais candidatos, o governador Flávio Dino, do PCdoB, ter destacado que a candidatura de Lula pode ser o melhor caminho para Brasil chegar a um novo contrato social

247 - Dirigentes do PDT elogiaram a fala de Lula. Apontado como um dos pré-candidatos à Presidência da República da esquerda, o governador Flávio Dino (PC do B-MA) elogiou publicamente o discurso do petista.
Ao Painel, Dino foi além: 
"Se Lula puder ser candidato, defendo a sua candidatura como o melhor caminho para chegarmos a um novo contrato social. Ele faria uma espécie de transição política entre o horror bolsonarista e um outro momento, inclusive com projeção de novas lideranças."
"Lula trouxe uma bandeira que acho central para nos diferenciarmos do bolsonarismo. Bolsonaro se alimenta de divisões e confrontações permanentes. Lula hoje apontou outro caminho: o do diálogo em busca de um novo contrato social. Desde 2013 o Brasil vive rupturas e sobressaltos em série. O resultado não é bom e, na minha avaliação, vai piorar. Bolsonaro não tem como oferecer estabilidade política e segurança jurídica, atributos essenciais para que a economia volte a crescer de modo sustentável".
Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, apesar de Lula hoje não poder se candidatar, já que foi condenado e está sem seus direitos políticos, a iniciativa está sendo interpretada como uma mensagem de que, caso a situação seja revertida na Justiça, ele concorrerá, sim, à Presidência da República em 2022.


Bolsonaro dá dinheiro a ruralistas e corta verbas para programas de reforma agrária


O governo de Jair Bolsonaro aumenta verbas para ruralistas e decreta na prática fim da reforma agrária, zerando as dotações para os programas com essa finalidade, que tiveram corte de mais de 90% no orçamento previsto para 2021
Governo Bolsonaro manda parar reforma agrária
Governo Bolsonaro manda parar reforma agrária

247 - A proposta enviada pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso de orçamento para o Incra em 2021 reduz a quase zero a verba de algumas das principais ações destinadas a sem-terra e a melhorias dos assentamentos. Por outro lado, eleva os valores para pagar a fazendeiros a título de indenizações. 
Essa tendência, que agora se acentua, começou a se manifestar desde o governo golpista de Michel Temer. Na prática o governo de extrema direita de Bolsonaro decreta o fim da reforma agrária. 
Reportagem do jornalista Ranier Bragon na Folha de S.Paulo informa que em números absolutos, o orçamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para 2021 reserva 66% (R$ 2,1 bilhões) da sua verba ao pagamento de precatórios, ou seja, dívidas com fazendeiros, um aumento de 22% em relação ao orçamento deste ano.
Em contraste com isto, programas da reforma agrária foram praticamente extintos. Assistência Técnica e Extensão Rural, Promoção de Educação no Campo e Reforma Agrária e Regularização Fundiária tiveram redução de mais de 99% de verba. 
Também houve drásticos cortes nas ações de reconhecimento e indenização de territórios quilombolas, concessão de crédito às famílias assentadas e aquisição de terras: mais de 90%. O monitoramento de conflitos agrários e a pacificação no campo sofreu corte de 82% e a consolidação de assentamentos rurais, 71%.


Conselho do MP volta a julgar Dallagnol; será o primeiro julgamente pós-Lava Jato


Deltan Dallagnol volta a ser julgado pelo Conselho Nacional do Ministério Público nesta terça-feira. Será o primeiro, depois que ele abandonou a Lava Jato. O motivo é uma ação do senador Renan Calheiros que acusa Dallagnol de uma campanha no Twitter contra sua candidatura na eleição para a presidência do Senado em 2019
Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 - O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deve julgar nesta terça-feira (8) um processo disciplinar contra Deltan Dallagnol, agora ex-coordenador da força tarefa da Lava-Jato em Curitiba. Trata-se de uma ação do senador Renan Calheiros. Ele pode ser condenado no máximo à pena de censura, que, nas palavras de um integrante do órgão, equivale a um "puxão de orelha". Na prática, essa pena, se aplicada, pode atrasar sua progressão na carreira, ou servir como agravante em futuros julgamentos no CNMP, onde Deltan enfrenta outros processos, informa O Globo.
Renan Calheiros (MDB-AL) acusa Dallagnol de ter feito campanha no Twitter em 2019 para atacar sua imagem e influenciar na eleição da presidência do Senado. Na queixa, Renan reclamou de mensagem compartilhada pelo procurador, na qual ele dizia que Renan, se eleito, dificultaria o combate à corrupção. O senador acabou perdendo a disputa pelo comando do Senado para Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O processo não havia sido incluído na pauta porque até a semana passada estava valendo uma decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo a análise do caso. No fim de semana, porém, outra decisão, dessa vez de Gilmar Mendes, liberou a realização do julgamento. Ele levou em conta o argumento do conselheiro Otavio Luiz Rodrigues Júnior, do CNMP, segundo o qual o caso prescreveria na quinta-feira desta semana, se não julgado. O mais provável é que, com a decisão de Gilmar, o CNMP realize o julgamento na manhã desta terça-feira.


Arapongas: Saúde registra 18 novos casos se Covid-19, 87 curados e um óbito



Prefeitura de Arapongas, através da Secretaria Municipal de Saúde, informou nesta segunda-feira, (07/09) o registro de 18 novos casos por coronavírus (Covid-19) e 87 registros de pacientes curados pela doença na cidade. Agora o município chega a 3.598 casos dos quais 2.831 já estão curados (78,7%), 681 ainda estão com a doença e 86 infelizmente vieram a óbito. Ao todo, já foram realizados 18.947 testes. Sobre estes novos casos a Secretaria de Saúde informa que:
86º óbito ocorrido em 06/09: Paciente do sexo masculino, 30 anos, com comorbidades, coleta do exame realizado em 27/08 com resultado positivo divulgado dia 31/08, internado no dia 02/09 em leito de UTI, vindo a óbito ontem, dia 06/09.
A Secretaria de Saúde esclarece que os casos divulgados no dia de hoje são resultados de exames realizados nos últimos 07 dias.
Entre os 18 casos confirmados, estão 9 do sexo feminino com a respectivas idades: 16, 23, 27, 28, 29, 43, 43, 53 e 57 anos.
Do sexo masculino, foram diagnosticados 9 pacientes com as respectivas idades: 17, 25, 29, 38, 50, 54, 57, 65 e 66 anos.
Referente aos pacientes de Arapongas com COVID-19, 05 permanecem na UTI e 08 na enfermaria;
Referente aos leitos SUS hospitalares ocupados em Arapongas, existem 50% dos 30 leitos de UTI e 40% dos 40 leitos de enfermaria ocupados;
Estes dados hospitalares refletem as informações fornecidas pelo hospital de referência na sexta-feira, 04-09 uma vez que nos dias 05-09, 06-09 e 07-09 estes dados não foram atualizados pelo hospital.
A Secretaria de Saúde de Arapongas reforça a importância de que a população siga as orientações dos especialistas, mantendo os cuidados de higiene, usando máscaras e evitando aglomerações, inclusive em festas e confraternizações familiares.

Mais 13 casos de Covid-19 são confirmados nesta segunda-feira



Mais 13 casos de Covid-19 foram confirmados nesta segunda-feira (07) em Apucarana pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS). Agora, o município soma 1.109 registros da doença. Segundo boletim da AMS, Apucarana segue com 31 óbitos e tem 51 suspeitas em investigação. São 894 pessoas recuperadas da doença.
Os resultados positivos vieram do Laboratório Central do Estado (Lacen). São oito mulheres (29, 43, 46, 51, 53, 53, 56 e 79 anos) e cinco homens (22, 28, 37, 37 e 71 anos).
São seis pacientes de Apucarana internados no Hospital da Providência. São duas pessoas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e quatro em leitos de enfermaria.
O Pronto Atendimento do Coronavírus soma 8.641 atendimentos presenciais desde o início da pandemia; 875 pessoas são monitoradas atualmente.
O município chegou a 10.642 testes realizados, sendo 6.615 rápidos, 3.130 RT-PCR Lacen e 897 RT-PCR privado.


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Projeto de perdão de dívida das igrejas foi apresentado pelo filho de RR Soares


Emenda que perdoa dívidas no valor de cerca de R$ 1 bilhão das igrejas junto à Receita Federal foi apresentada pelo deputado federal Davi Soares, filho do missionário R. R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus. Pai do parlamentar tem R$ 37,8 milhões inscritos na Dívida Ativa da União
Deputado federal Davi Soares (DEM-SP)
Deputado federal Davi Soares (DEM-SP) (Foto: Agência Câmara)

247 - A emenda ao projeto de lei (PL) 1581/2020, que perdoa dívidas no valor de cerca de R$ 1 bilhão das igrejas junto à Receita Federal, foi apresentada pelo deputado federal Davi Soares (DEM-SP), filho do missionário R. R. Soares. A proposta já foi aprovada em agosto pelo Congresso Nacional e agora aguarda sanção de Jair Bolsonaro.
 Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada pelo pai do parlamentar, possui débitos da ordem de R$ 37,8 milhões inscritos na Dívida Ativa da União, além de outras pendências milionárias em fase de cobrança administrativa, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
O perdão das dívidas das igrejas teria sido discutido em abril, quando Bolsonaro promoveu um encontro entre David Soares e o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto. O assunto interessa diretamente a Bolsonaro, já que a bancada evangélica é um dos pilares de sua base política no Congresso. 


Congresso Nacional perdoa dívidas de R$ 1 bilhão de igrejas


As igrejas foram beneficiadas em cerca de um bilhão de reais pelo perdão das suas dívidas com o Tesouro. Uma dádiva do Congresso Nacional, que ainda aguarda a sanção presidencial
(Foto: Alan Santos/PR)

247 - Jair Bolsonaro decidirá se sanciona ou não o perdão das dívidas das igrejas concedido pelo Congresso Nacional. O valor é de cerca de R$ 1 bilhão. O presidente tem na bancada evangélica um importante pilar de sustentação política de seu governo. A decisão sairá até 11 de setembro. 
A dádiva do Congresso Nacional às igrejas veio na forma de um projeto de lei. 
De acordo com O Estado de S.Paulo, Bolsonaro promoveu em abril uma reunião entre o deputado federal David Soares (DEM-SP), filho do missionário R. R. Soares, e o secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, para discutir os débitos das igrejas. O presidente já ordenou à equipe econômica “resolver o assunto”. Bolsonaro também já defendeu publicamente a possibilidade de acabar com taxas ainda pagas pelas igrejas e “fazer justiça com os pastores, com os padres, nessa questão tributária”.
O deputado evangélico David Soares foi autor da emenda que introduziu, durante a votação na Câmara dos Deputados, o perdão que pode beneficiar inclusive a Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada por seu pai. Sua instituição religiosa deve ao Tesouro R$ 37,8 milhões, que estão inscritos na Dívida Ativa da União, além de outros débitos milionários ainda em fase de cobrança administrativa pela Receita Federal.
As igrejas driblam frequentemente a legislação e distribuem lucros e outras remunerações a seus principais dirigentes e lideranças sem efetuar o devido recolhimento de tributos, motivo pelo qual são alvos de autuações milionárias.
Agora as igrejas estão sendo beneficiadas pela anistia aprovada pelo Congresso Nacional por meio do projeto de lei 1581/2020, que trata de descontos em pagamento de precatórios, deixam de pagar e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, a CSLL, e a contribuição previdenciária.
Hoje as igrejas têm ao todo R$ 1,5 bilhão em débitos inscritos na Dívida Ativa. 


Bolsonaro celebra 7 de setembro sem máscara e em meio a aglomerações


Embora sem desfile por causa da pandemia, cerimônia atraiu centenas de apoiadores, inclusive crianças. Grupos aglomerados no evento promovido pelo Planalto não usaram máscaras nem respeitaram isolamento social
(Foto: Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro esteve cercado de centenas de pessoas, adultos e crianças, na cerimônia promovida pelo Palácio do Planalto para celebrar o 7 de setembro nesta segunda-feira. A aglomeração não respeitou qualquer regra de isolamento social, nem o uso de máscaras, em meio à pandemia do coronavírus.
Este ano não houve o tradicional Desfile da Independência na Esplanada dos Ministérios. Inicialmente, o evento seria restrito apenas a convidados, mas depois acabou sendo aberto para receber visitantes, que se aglomeraram na área reservada para os populares. Bolsonaro chegou cercado por pelo menos oito crianças - apenas uma delas usava máscara -, relata reportagem do UOL.
Bolsonaro então foi até a grade e cumprimentou os apoiadores. Ele anunciou que fará um pronunciamento oficial hoje às 20h em rede nacional de rádio e televisão.


Em discurso histórico, Lula se coloca à disposição do povo para voltar a ser presidente


Em seu pronunciamento de 7 de setembro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje seria presidente se não tivesse sido preso político por 580 dias, se colocou mais uma vez à disposição dos brasileiros para libertar o País do pesadelo Bolsonaro. Assista e leia a íntegra do pronunciamento
Lula
Lula (Foto: Eric Gomes)

247 - Após fazer uma crítica voraz ao governo Bolsonaro e denunciar a situação dramática do Brasil em diversos temas, em especial na agressão à soberania nacional, mas também em relação às mortes, principalmente dos mais pobres, na pandemia de coronavírus, o ex-presidente Lula se colocou à disposição do povo brasileiro para reconstruir o País em um pronunciamento histórico feito nesta segunda-feira, 7 de setembro.
“O essencial hoje é vencer a pandemia, defender a vida e a saúde do povo. É pôr fim a esse desgoverno e acabar com o teto de gastos que deixa o Estado brasileiro de joelhos diante do capital financeiro nacional e internacional. Nessa empreitada árdua, mas essencial, eu me coloco à disposição do povo brasileiro, especialmente dos trabalhadores e dos excluídos”, discursou Lula, que reafirmou a necessidade de fazer a reconstrução combatendo a desigualdade.
“Estamos falando de construir um Estado de bem-estar social que promova a igualdade de direitos, em que a riqueza produzida pelo trabalho coletivo seja devolvida à população segundo as necessidades de cada um”, disse. “Nenhuma solução, porém, terá sentido sem o povo trabalhador como protagonista. Assim como a maioria dos brasileiros, não acredito e não aceito os chamados pactos ‘pelo alto’, com as elites”, prosseguiu.

domingo, 6 de setembro de 2020

Lula revela a lição que aprendeu nos últimos anos: o papel dos Estados Unidos em todos os golpes


Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirma que governo estadunidense atuou nos golpes no Brasil, na Bolívia e no Equador
Lula
Lula (Foto: Eric Gomes)
247 – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou, em seu twitter, a mais importante lição que aprendeu nos últimos anos: a do papel dos Estados Unidos em todos os golpes recentes na América do Sul, como os que ocorreram no Brasil, na Bolívia e no Equador. Lula ficou preso 580 dias em Curitiba, por determinação da Lava Jato, operação que contou com apoio informal do FBI e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos – o que fere a lei brasileira.
Confira, abaixo, o tweet de Lula:


FHC faz autocrítica por emenda da reeleição que comprou no Congresso


Diante do caso bolsonarista, FHC, cujo governo comprou votos no Congresso para aprovar a emenda da reeleição, agora defende mandatos de cinco anos, sem repeteco
Foto: NACHO DOCE - REUTERS)

247 – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que foi e tem sido peça decisiva na destruição da democracia brasileira, faz uma autocrítica neste domingo, mas não em relação ao seu papel no golpe de 2016, que derrubou a ex-presidente Dilma Rousseff e abriu espaço para a ascensão do neofascismo no Brasil. Diante do caos bolsonarista, sua autocrítica diz respeito à emenda da reeleição, que passou em seu governo após compra de votos no Congresso Nacional.
"Cabe aqui um 'mea culpa'. Permiti, e por fim aceitei, o instituto da reeleição. Verdade que, ainda no primeiro mandato, fiz um discurso no Itamaraty anunciando que 'as trevas' se aproximavam: pediríamos socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Não é desculpa. Sabia, e continuo pensando assim, que um mandato de quatro anos é pouco para 'fazer algo'. Tinha em mente o que acontece nos Estados Unidos. Visto de hoje, entretanto, imaginar que os presidentes não farão o impossível para ganhar a reeleição é ingenuidade", escreve FHC, que manteve o real sobrevalorizado em 1998, quebrando a economia nacional, justamente para ganhar a reeleição. 
"Eu procurei me conter. Apesar disso, fui acusado de 'haver comprado' votos favoráveis à tese da reeleição no Congresso. De pouco vale desmentir e dizer que a maioria da população e do Congresso era favorável à minha reeleição: temiam a vitória... do Lula. Devo reconhecer que historicamente foi um erro: se quatro anos são insuficientes e seis parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no quarto ano o eleitorado dê um voto de tipo 'plebiscitário', seria preferível termos um mandato de cinco anos e ponto final", afirma ainda o ex-presidente, cujo governo objetivamente comprou votos no Congresso.


Folha manipula dados para defender o teto de gastos


Em editorial de página inteira, jornal da família Frias mostra alinhamento com a política econômica bolsonarista e diz que o teto de gastos estabilizou a dívida interna, quando os dados verdadeiros mostram outra realidade
(Foto: ABr | Divulgação)

247 – Alinhada à política econômica de Paulo Guedes, a Folha de S. Paulo manipula dados econômicos para defender a manutenção do teto de gastos, política aprovada após o golpe de 2016, que reduziu despesas do estado, congelou investimentos públicos e também o ritmo de crescimento da economia brasileira, afetando negativamente a arrecadação de impostos.
No texto Em defesa do teto, a Folha afirma que, "entre 2013 e 2016, a dívida pública saltaria quase 20 pontos, atingindo 70% como proporção do PIB (Produto Interno Bruto)", tentando jogar a crise do endividamento no colo da ex-presidente Dilma Rousseff, afastada em maio de 2016. Os dados verdadeiros, no entanto, mostraram que os governos Lula e Dilma reduziram o endividamento – e que ele cresce em 2015, quando ela foi sabotada e impedida de governar pela conspiração golpista e em 2016, já na gestão de Michel Temer, assim como nos anos seguintes.
O texto também afirma que "a dívida pública manteve-se estável nos últimos dois anos ao redor de 76% do PIB", o que não é verdade, pois o endividamento seguiu crescendo mesmo antes da pandemia, em razão do baixo dinamismo da economia brasileira no período posterior ao golpe. O editorial aponta os juros baixos, mas que são consequência da depressão econômica – e não necessariamente do teto de gastos. O que o editorial revela é que a Folha segue aferrada a dogmas neoliberais de eficácia extremamente duvidosa.


Ministro quer julgar chapa de Bolsonaro 'o quanto antes'

Ao lado da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, Luis Felipe Salomão assina o termo de posse como membro titular da corte eleitoral
Ao lado da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, Luis Felipe Salomão assina o termo de posse como membro titular da corte eleitoral (Foto: Divulgação/Emerson Leal/STJ)


Em sua primeira entrevista após assumir a Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral, o ministro Luís Felipe Salomão disse ao Estadão que é preciso prestar contas à sociedade e julgar "o quanto antes" as ações que investigam a campanha de Jair Bolsonaro à Presidência em 2018. O ministro acaba de assumir a relatoria dos processos que investigam, entre outros pontos, disparo de mensagens em massa pelo WhatsApp. "É preciso dar uma resposta da Justiça Eleitoral para aqueles que propuseram a ação, para aqueles que figuram no polo passivo da ação (os investigados) e para a sociedade."
Salomão também defendeu a decisão que garantiu que, a partir de 2022, os recursos do fundo eleitoral e o tempo de rádio e TV devem ser distribuídos proporcionalmente de acordo com o número de candidatos brancos e negros de cada partido.
Como o senhor acha que deve ser a atuação da Justiça Eleitoral no combate à disseminação de notícias falsas?
É utópico dizer que o juiz é o responsável por acabar com notícia falsa. Para enfrentar a notícia fraudulenta, contamos com meios de comunicação, agências de checagem, órgãos sérios que vão fazer com que essas notícias falsas sejam bem explicadas. Nossa intervenção é sempre em caráter muito restrito para fazer com que essa festa da democracia seja plena. Plena de debates e de realização da vontade da maioria. Se nossa ação for a de punir, ou a de dar o direito de resposta, ou a de tirar uma página do ar, tudo isso tem de ser bem pesado na hora em que formos decidir, para não impedir o fluxo normal de ideias. Não resvalar em censura.
O TSE já discutiu reservadamente dar poder de polícia a juízes eleitorais para que pudessem determinar a remoção de conteúdo da internet, mesmo sem ser provocados...
Acho que isso não funciona, porque uma das regras básicas para o funcionamento bom da jurisdição é só agir quando houver um pedido para o juiz agir. Não conseguiremos dizer o que é certo, e o que é errado. O que temos é a função de resguardar o equilíbrio do processo eleitoral, garantir o fluxo de ideias e debate para impedir censura e abuso dos meios de comunicação. O juiz é coadjuvante. O debate é o dos políticos, dos candidatos, da sociedade civil, do eleitor.
Dá para concluir este ano o julgamento das ações que miram a campanha de Bolsonaro?
Estou bastante tranquilo em relação a essas ações. Ali vamos tratar de fatos e provas. Acho que devemos apreciá-las o quanto antes, porque é preciso dar uma resposta da Justiça Eleitoral para aqueles que propuseram a ação, para aqueles que figuram no polo passivo da ação (os investigados) e para a sociedade. Já vamos aí para o segundo ano de mandato do presidente (Bolsonaro), é tempo razoável para a gente dar essa resposta. Não me assombro com essa responsabilidade porque, primeiro, será dividida entre o plenário, com homens bastante experientes e respeitados. Segundo, porque é um dado objetivo: tem prova, cassa. Não tem prova, não cassa.
São ações menos complexas do que aquelas que miraram a campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014?
Acredito que ali a questão política estava muito acesa. Agora, para essas ações, o que temos são fatos e provas, e a interpretação objetiva sobre fatos e provas. Tenho a expectativa de que pelo menos duas que já estão prontas a gente consegue julgar até o fim do ano, sobre aquele tema mais relevante que é o do WhatsApp.
Como vai ser a análise do TSE nesse julgamento?
A lei hoje fala em gravidade das ações. Você não precisa demonstrar que houve ação específica da chapa, basta que comprove que ela foi beneficiada. Basta que você avalie se a ação foi grave o suficiente, se ela teve eficiência suficiente para, com seu efeito de gravidade, ter algum reflexo na eleição. Não que ela mudasse o resultado da eleição, mas que pudesse ter algum reflexo de gravidade no resultado da eleição. Antes, exigia-se que se comprovasse que aquela ação teria o efeito de alterar o resultado da eleição, uma prova muito difícil. Mudou-se a legislação, o que vale agora é a conduta grave.
O TSE virou palco de uma espécie de terceiro turno?
Não vai ser palco de um terceiro turno. Essa é uma preocupação, não transferir para cá o ambiente político. O tribunal é um tribunal técnico, e vai julgar juridicamente, não politicamente. Isso posso te assegurar: não vejo nenhuma possibilidade de nenhum dos julgadores ter viés político, partidário. O julgamento será técnico e com base nas provas.
O TSE julgou abuso de poder religioso e reserva do fundo eleitoral e do horário de propaganda na TV e no rádio para candidatos negros. Teria sido melhor se esses temas tivessem sido resolvidos pelo Congresso?
Sim, muito melhor. Mas é compreensível que esses temas, que dividem a sociedade - aborto, drogas, religião -, também dividam o Parlamento. Então, nesses temas, quando entram direitos fundamentais, aí o Judiciário passa a ter um papel contramajoritário. Como assim? Pegando de empréstimo a expressão do presidente Barroso (Luís Roberto Barroso, presidente do TSE), temos o papel de "empurrar a história". Quando? Quando entram garantias de direitos fundamentais e o Parlamento não consegue atuar.
O TSE não criou a figura do abuso de poder religioso.
O ponto fundamental foi o de que não havia uma previsão legal sancionadora do abuso de poder religioso. Então, o Judiciário se autoconteve. O TSE falou: ‘Olha, até aqui eu vou. Passou daqui, não posso ir’.
O senhor também integra o Superior Tribunal de Justiça. Qual é sua opinião sobre a decisão individual do ministro Benedito Gonçalves de afastar do cargo Wilson Witzel, um governador eleito com 4,6 milhões de votos?
Era uma medida necessária, seja pela gravidade dos fatos, seja para resguardar as provas já produzidas. O fato de o governador ter uma quantidade expressiva de votos não interfere na apuração penal.
O senhor é cotado para uma vaga no STF. Teme que qualquer decisão seja interpretada como tentativa de agradar ao Planalto?
Não, porque sempre atuei com base nos critérios técnicos.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.