Segundo o
MP, Sara Winter “teve acesso, de forma ilegal, a detalhes do caso de uma
criança vítima de violência sexual que corre em segredo de justiça”
Sara Winter (Foto: Reprodução) |
247 - O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio da
Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de São Mateus, ajuizou uma Ação
Civil Pública contra a ativista bolsonarista Sara Winter por ter obtido de
forma ilegal e divulgado nas redes sociais dados de uma
menina de 10 anos que estava grávida após ter sido estuprada pelo tio desde os
seis. A menina teve autorização da Justiça para interromper a gravidez e Sara
Winter a expôs nas redes.
O MPES afirma que
Sara “teve acesso, de forma ilegal, a detalhes do caso de uma criança vítima de
violência sexual que corre em segredo de justiça”. “Além do acesso ilegal, Sara
veiculou vídeo nas redes sociais, por meio do perfil do Instagram, bem como na
página do Twitter, divulgando expressamente o nome da criança e tornando
público o endereço do hospital onde ela passaria por um procedimento de
interrupção da gestação indesejada. No vídeo veiculado, que obteve
aproximadamente 66 mil visualizações, a requerida expõe a criança e a família
dela e conclama os seguidores a se manifestarem, em frontal ofensa à legislação
protetiva da criança e do adolescente”, argumenta o MP.
À Justiça, o MPES pede que Sara Winter
seja condenada e pague indenização a título de dano moral coletivo, no valor de
R$1,32 milhão. O valor será encaminhado o Fundo Municipal de Direitos da
Criança e do Adolescente.