segunda-feira, 29 de junho de 2020

Mais uma de Decotelli: universidade alemã diz que ele não tem pós-doutorado que consta em seu currículo


Novo ministro da Educação foi desmentido pela própria Universidade de Wüppertal depois de divulgar que teria feito estudos de dois anos de pós-doutorado na instituição alemã. As falsificações são a marca do currículo do agora ministro da Educação
Carlos Alberto Decotelli
Carlos Alberto Decotelli (Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - O novo ministro da Educação do governo Bolsonaro, Carlos Alberto Decotelli, não estudou por dois anos na  Universidade de Wüppertal, na Alemanha, como divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e segundo consta no Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A reportagem é do jornal O Globo.
A instituição alemã esclareceu ao Globo que o ministro conduziu pesquisas na universidade por um período de três meses em 2016, mas sem concluir qualquer programa de pós-doutoramento.
"Carlos Decotelli não obteve nenhum título na nossa universidade", afirmou a responsável pela comunicação da Bergische Universität Wüppertal (BUW), Jasmine Ait-Djoudi.

Decotelli descreve em seu currículo, disponível na plataforma Lattes do CNPq, que frequentou a universidade alemã entre 2015 e 2017.


Mulher de Queiroz negocia delação premiada antes de se entregar


Foragida desde o dia 18 de junho, quando teve sua prisão preventiva decretada, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, teria procurado dois escritórios de advocacia na semana passada para discutir uma possível delação premiada
Márcia Oliveira de Aguiar e Fabrício Queiroz
Márcia Oliveira de Aguiar e Fabrício Queiroz (Foto: Reprodução)

247 - Foragida desde o dia 18 de junho, quando teve sua prisão preventiva decretada, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, teria procurado dois escritórios de advocacia na semana passada para avaliar uma possível delação premiada. A informação é do portal Valor Econômico. 
A esposa do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) usou terceiros para consultar os advogados sobre a possibilidade de delação. Ela, portanto, estaria disposta a contar o que sabe sobre o esquema de rachadinha que acontecia no antigo gabinete do filho do presidente.

Alexandre Frota é condenado por publicar ‘fake news’ contra ex-líder do PT


Frota deve pagar uma indenização de R$ 50 mil ao ex-presidente do diretório do PT em Ubatuba, Gerson Florindo
Deputado Alexandre Frota (PSDB) confirmou o desconto no salário
Deputado Alexandre Frota (PSDB) confirmou o desconto no salário (Foto: Michel Jesus - Câmara dos Deputados)

247 - O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) foi condenado pela juíza Jane Franco Martins, da 40ª Vara Cível Central de São Paulo, a pagar uma indenização de R$ 50 mil ao ex-presidente do diretório do PT em Ubatuba, Gerson Florindo, por propagar ‘fake news’ no Facebook, no Twitter e no YouTube. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
Frota gravou e publicou um vídeo acusando Florindo de se passar por eleitor de Jair Bolsonaro (sem partido) e atacar instituição religiosa onde estava o até então candidato Fernando Haddad (PT), de acordo com os autos.
Intitulado ‘A maracutaia do PT e do Haddad não funcionou’, o vídeo citado mostra um homem vestido com uma camiseta de campanha de Bolsonaro, destilando ódio contra Hadadd e proferindo ameaças à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O conteúdo foi removido das plataformas do Facebook, Twitter e YouTube, mas a juíza ainda determinou que Frota disponibilize uma nota de retratação em suas redes sociais por 15 dias, sob pena de multa de R$ 150 mil, uma vez que o vídeo publicado pelo deputado federal gerou grande visibilidade e repercussão, acrescenta a reportagem.

Maioria da população condena manifestações antidemocráticas e fake news contra STF e Congresso, aponta Datafolha


Segundo pesquisa do Datafolha, 68% da população consideram uma ameaça à democracia as manifestações de rua que pedem o fechamento do Supremo e do Congresso
(Foto: REUTERS/Bruno Kelly)

247 - A maioria dos brasileiros considera uma ameaça à democracia as manifestações que pedem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal e as fake news com ataques a membros desses poderes da República, revela pesquisa do Datafolha feita em 23 e 24 de junho, com 2.016 pessoas por telefone. 
A pesquisa registra que 81% dos entrevistados consideram uma ameaça à democracia espalhar fake news contra essas autoridades. As manifestações de rua contra os Poderes Judiciário e Legislativo são condenadas como antidemocráticas por 68%. 
É também 68% o índice de pessoas contrárias aos pedidos de intervenção feitos em redes sociais.
Apresentados em reportagem de Igor Gielow na Folha de S.Paulo, esses dados realçam que as atitudes dos bolsonaristas, apoiadas por Jair Bolsonaro, de atacar as instituições democráticas são aspectos destacados da crise política do país. 
Defensor da ditadura militar, da tortura e da intervenção das forças armadas para impor um regime autoritário, Jair Bolsonaro agudiza a crise política e institucional. 


Prefeitos tentam convencer o TSE que é impossível fazer eleição neste ano


Prefeitos tentam convencer o TSE que é impossível fazer eleição neste ano

Em vídeoconferência marcada para esta segunda-feira (29), dirigentes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e prefeitos das cinco regiões do País tentarão convencer o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, que é impossível realizar a eleição municipal deste ano.
Os debatedores vão elencar uma série de argumentos, a começar pelo de que, sem vacina, é impossível garantir que o pleito aconteça com zero risco de contágios. Os gestores vão defender ainda que as campanhas municipais dependem muito mais do corpo a corpo do que da internet. Levarão dados: mais de mil dos 5.570 municípios brasileiros não possuem sinal ou banda larga; entre candidatos a prefeito, a vice e a vereador, serão mais de 500 mil no país; as estruturas para as campanhas devem incluir, por baixo, cinco milhões de cabos eleitorais, o que significa muita gente em circulação. E vão se mostrar preocupados com a questão econômica. O presidente da CNM, Glademir Aroldi, defende que o pleito em 2020 pode, inclusive, “desencadear uma segunda onda da covid-19 no Brasil.”
Na semana passada o Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que transfere as eleições de 2020 para os dias 15 (primeiro turno) e 29 (segundo turno) de novembro. As datas originais são 4 e 25 de outubro. Agora, a mudança precisa passar pela Câmara dos Deputados, onde parte do chamado Centrão (220 deputados) ameaça inviabilizá-la. O grupo está rachado: parte acompanha o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que endossa a alteração aprovada no Senado; e parte cerra fileiras junto ao líder do PP e coordenador do bloco, deputado Arthur Lira (AL), defendendo a manutenção do pleito em 4 de outubro. A Câmara quer resolver o assunto até sexta-feira (3), em função de novos prazos de desincompatibilização, no sábado. (CP).
Fonte: Contraponto

TCU mostra que 620 mil pessoas receberam auxílio emergencial sem ter direito


TCU mostra que 620 mil pessoas receberam auxílio emergencial sem ter direito

Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) obtido pela TV Globo mostra que 620 mil pessoas, inclusive mortos, receberam o auxílio emergencial do governo federal sem ter direito. Segundo o relatório, caso esses pagamentos indevidos não sejam interrompidos, podem gerar um prejuízo de mais R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
Embora o benefício seja destinado apenas a quem está enfrentando dificuldades financeiras durante a pandemia, o documento do TCU mostra que até milionários receberam.
Segundo o relatório, foram pagos R$ 35,8 bilhões para 50.228.253 milhões de beneficiários. Dentre eles, 235.572 empresários, que não são microempreendedores individuais, receberam o benefício irregularmente. Também foram pagos 15.850 auxílios para pessoas com renda acima do limite estabelecido pelo programa.
Fonte: Contraponto

Bolsonaro faz agrado à cúpula das Forças Armadas aumentando salários de oficiais em até R$ 1.600


A partir do próximo mês, militares terão aumento de até R$ 1.600 nos rendimentos, adicionando valores a salários brutos que já são altos. A medida vai favorecer oficiais das Forças Armadas
(Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - Em completa contradição com o quadro de dificuldades econômicas do país e de crescimento da pobreza, o governo Bolsonaro vai aumentar os rendimentos de um grupo restrito de oficiais superiores das Forças Armadas. 
Milhões de trabalhadores perdem empregos ou são atingidos por suspensão e corte de salários. A ajuda emergencial não chega a todos os que precisam, mas Bolsonaro vai beneficiar militares com um aumento de até R$ 1.600  em salários que já são muito altos. 
O benefício que será aumentado, chamado de “adicional de habilitação”, criado durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, é concedido a quem fez cursos ao longo da carreira. O valor era o mesmo desde 2001. No ano passado, Bolsonaro autorizou o reajuste para até 73% sobre o soldo, em quatro etapas. Na primeira delas, o privilégio para quem fez “curso de altos estudos”, por exemplo, subirá a partir de julho de 30% para até 42% sobre o valor do soldo. O aumento vale para militares da ativa e da reserva, informa reportagem do Estadão.
Com isso, um general de quatro estrelas, topo hierárquico das três Forças, passará a somar R$ 5.600 por mês ao soldo de R$ 13.400. Até então, o adicional era de cerca de R$ 4.000 mensais. Eles ainda acumulam outros adicionais que elevam o salário para, pelo menos, R$ 29.700 – a remuneração pode subir, a depender da formação, permanência em serviço, atividades e local de trabalho.
Atualmente, recebem o adicional basicamente oficiais e, no caso do Exército, alguns praças. Militares de baixa patente da Aeronáutica e da Marinha também pressionam para receber. Questionado pelo Estadão, o Ministério da Defesa não informou quantos militares recebem o benefício e qual será o impacto total na folha de pagamento da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
Desde que assumiu, em janeiro de 2019, Bolsonaro já fez outros agrados aos militares. Empregou 2.900 no seu governo e promoveu uma reforma previdenciária mais amena.
Hoje, os maiores salários brutos entre os 381 mil militares em geral são do general Luiz Eduardo Ramos (ministro-chefe da Secretaria de Governo) e de Bento Albuquerque. Em março, pagamento mais recente publicado pelo governo, eles receberam, respectivamente, R$ 51.026,06 e R$ 50.756,51, conforme o Portal da Transparência. Os valores, contudo, caíram para R$ 24.861,18 e R$ 28.140,46, pela regra do abate-teto. O redutor é aplicado porque servidores não podem acumular vencimentos além de R$ 39,2 mil, valor do salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Oficiais das Forças Armadas comandam dez ministérios. Há cerca de 3 mil militares em diferentes postos do governo Bolsonaro.  
 

domingo, 28 de junho de 2020

Após 'debandada' de procuradores, PGR diz que Lava Jato 'não é órgão autônomo'

Aras: três procuradores Lava Jato pediram demissão na sexta-feira por divergências com procurador-geral
Aras: três procuradores Lava Jato pediram demissão na sexta-feira por divergências com procurador-geral (Foto: Arquivo/Antonio Cruz/Agência Brasil)


Após a demissão de procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Brasília, a Procuradoria-Geral da República divulgou hoje nota afirmando que a operação não é um órgão autônomo e distinto do Ministério Público Federal, mas sim uma frente de investigação que deve obedecer a todos os princípios e normas internas da instituição. Na nota, o órgão afirma que não haverá nenhum prejuízo para investigações conduzidas em Brasília, junto ao Supremo Tribunal Federal, em razão da demissão de três procuradores do grupo na sexta-feira (26), por divergências com a gestão Augusto Aras e sua aliada, uma subprocuradora-geral Lindora de Araújo.
"A Lava Jato, com êxitos obtidos e reconhecidos pela sociedade, não é um órgão autônomo e distinto do Ministério Público Federal (MPF), mas sim uma frente de investigação que deve obedecer a todos os princípios e normas internos da instituição. Para ser órgão legalmente atuante, seria preciso integrar a estrutura e organização institucional estabelecidas na Lei Complementar 75 de 1993. Fora disso, a atuação passa para a ilegalidade, porque clandestina, torna-se perigoso instrumento de aparelhamento, com riscos ao dever de impessoalidade, e, assim, alheia aos controles e fiscalizações inerentes ao Estado de Direito e à República, com seus sistemas de freios e contrapesos", afirma a PGR no texto.
"Com a redução natural dos trabalhos no grupo da Lava Jato, decorrente de fatores como a restrição do foro por prerrogativa de função determinada pelo STF, a demanda existente continuará a ser atendida por assessores e membros auxiliares remanescentes, sem qualquer prejuízo para as investigações", alega o órgão. 
Diligência - Na sexta-feira (26), procuradores que integram o núcleo da Operação Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) pediram demissão por divergências com a gestão Augusto Aras e sua aliada, a subprocuradora-geral Lindora de Araújo. O fato que precipitou a saída foi uma suposta ‘diligência’ feita por Lindora na sede do Ministério Público Federal em Curitiba, nesta semana, segundo acusou a força-tarefa da Lava Jato.
Pediram demissão os procuradores Hebert Reis Mesquita, Luana Vargas de Macedo e Victor Riccely. O grupo era responsável pela condução de inquéritos envolvendo políticos com foro privilegiado no Supremo, além de atuar em habeas corpus movidos na Corte em favor dos investigados e a negociação de delações premiadas. Um deles, Hebert, atuava no inquérito que apura interferência do presidente Jair Bolsonaro na PF.
Mais cedo, a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba enviou ofício a Aras e à corregedoria da PGR acusando a subprocuradora Lindora, braço-direito de Aras, de ir à sede do Ministério Público Federal do Paraná para consultar arquivos que originaram a Lava Jato, em 2014. No documento, os procuradores alegam ‘estranhamento’ gerado pela ‘busca informal’ de dados e o uso do nome da corregedoria do MPF.
O ofício presta ‘informações sobre reuniões e atos realizados pela excelentíssima subprocuradora-geral da República Lindora Maria Araújo’, nos dias 24 e 25 deste mês, ‘em que se buscou acesso a informações, procedimentos e bases de dados desta força-tarefa em diligência efetuada sem prestar informações sobre a existência de um procedimento instaurado, formalização ou escopo definido’.
Apesar de Lindora negar que tenha pedido compartilhamento informal de dados, houve grande mal-estar após o relato da Força Tarefa da Lava Jato em Curitiba. Mesmo procuradores que não atuam na área criminal, ouvidos pela reportagem reservadamente, falaram em quebra de confiança.
Um dos eventos que causaram desconforto dentro da PGR foi a retomada das negociações para um acordo de colaboração premiada com Tacla Duran, advogado alvo da Lava Jato foragido da justiça. Duran acusa o advogado Carlos Zucolotto, que foi padrinho de casamento de Sergio Moro e sócio da esposa do ex-ministro, de pagar propina para obter vantagens em um acordo de delação premiada que terminou não se concretizando.
Hebert e Luana já haviam feito parte do grupo de trabalho da Lava Jato na gestão Raquel Dodge e também entregaram os cargos por discordâncias com a então procuradora-geral. Interlocutores de Aras dizem que a saída dos três procuradores do grupo coordenado por Lindora já estava prevista independentemente do episódio do Paraná.
Permanecerá atuando com Lindora o procurador da República Galtienio da Cruz Paulino, que era do grupo de atuação no Superior Tribunal de Justiça.
Lava Jato - Além de Curitiba, o ofício para consulta de informações da Lava Jato também foi enviado para as forças-tarefas do Rio e de São Paulo. Assim como em Curitiba, a solicitação de dados inclui materiais de interesse para a PGR, como relatórios de inteligência financeira do Coaf (atual Unidade Inteligência Financeira), dados de cooperações internacionais, entre outros.
A ação de Lindora foi considerada inusitada pela Lava Jato Curitiba e um risco para os dados das investigações. No documento enviado a Aras, os procuradores afirmaram que embora a subprocuradora-geral ‘tenha afirmado que não buscava a transferência de dados sigilosos’, na reunião defendeu-se que o entendimento da equipe da PGR era de ‘que materiais, mesmo obtidos mediante decisão judicial, podem ser compartilhados para acesso para fins de inteligência no âmbito do Ministério Público’.
Em nota, Lindora negou irregularidades na visita e disse que se tratava de uma reunião previamente agendada. "Não houve inspeção, mas uma visita de trabalho que visava à obtenção de informações globais sobre o atual estágio das investigações e o acervo da força-tarefa, para solucionar eventuais passivos" Segundo ela, não se "buscou compartilhamento informal de dados, como aventado em ofício dos procuradores". A solicitação de compartilhamento foi feita por meio de ofício no dia 13 de maio.
Fonte: Bem Paraná com informações do Estadão Conteúdo

Ministro da Educação pode ter seu mestrado cassado pela FGV


“Aparentemente o novo ministro da Educação incorreu no tipo de plágio parcial”, afirmou o professor e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Marcos Pedlowski
Carlos Alberto Decotelli da Silva
Carlos Alberto Decotelli da Silva (Foto: Reprodução)
Por Cida de Oliveira, da Rede Brasil Atual – Pelo que tudo indica, o episódio do doutorado fake do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, terá novos capítulos. Seu mestrado pela Fundação Getulio Vargas, conforme seu currículo, está sob suspeita de plágio. A suspeita foi levantada hoje (27) pelo professor Thomas Conti e a instituição já avisou que vai investigar o caso
Dependendo do que for apurado, e for mesmo constatado o plágio, o ministro Decotelli perderá seu título. E sem o título de mestre, seu suposto doutorado também ficaria em xeque.
“Aparentemente o novo ministro da Educação incorreu no tipo de plágio parcial, que apesar de sua parcialidade, poderia ser motivo de anulação do seu título de mestre pela FGV, caso alguém de dentro ou de fora da instituição decida solicitar uma apuração formal do caso”, afirmou o professor e pesquisador da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), Marcos Pedlowski.
De acordo com ele, que lecionou durante muitos anos uma disciplina chamada Fundamentos da Metodologia da Pesquisa, um dos itens abordados em sala de aula se referia aos problemas legais e acadêmicos decorrentes da prática de plágio.
Existem várias modalidades deste tipo de prática que transgride os princípios básicos da boa prática científica, explicou Pedlowski. Há o plágio integral, que consiste nacópia de trabalho inteiro, sem citar a fonte; o plágio parcial, que resulta da seleção de parágrafos ou frases de um ou diversos autores, sem menção às obras; e o conceitual, que é a utilização da essência da obra do autor expressa de forma distinta da original.
“Independente do montante retirado diretamente do documento da CVM para o interior da dissertação de Carlos Alberto Decotelli, o fato se reveste em mais um mico acadêmico, que terá impactos diretos na legitimidade dos futuros atos do novo ministro da Educação. Isto se o orientador da dissertação na FGV,  o Dr. Luís Cesar Gonçalves, não decidir tomar alguma providência para se afastar academicamente do seu ex-orientando”.
Fonte: Brasil 247


Mesmo ausentes de ato do "Direitos Já", Lula e PT são alvo de intolerância nos bastidores


Apesar de não estarem presentes no ato virtual do movimento "Direitos Já", em que participaram lideranças políticas de diferentes setores, da esquerda à direita, entre eles notórios golpistas e neoliberais, Lula e o PT estão sendo criticados pelo discurso feito no ato pelo ex-prefeito de São Paulo e candidato nas eleições presidenciais de 2018, Fernando Haddad
O ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos braços do povo
O ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos braços do povo (Foto: Ricardo Stuckert)

247 - Haddad foi criticado por políticos da centro-esquerda por ter defendido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O dirigente petista Haddad perguntou se não chegou o momento de resgatar os direitos políticos de Lula, que não cometeu crime algum.
Mas políticos da centro-esquerda acharam equivocada a fala de Fernando Haddad (PT), avaliando que é "antipática" a tentativa de marcar posição na defesa do ex-presidente Lula.
O discurso de Guilherme Boulos (PSOL) foi considerado mais convergente. Ele cobrou unidade em torno do “fora, Bolsonaro”, informa a coluna Painel da Folha de S.Paulo.

Folha pede que você use roupas amarelas em nome do que o jornal entende por democracia


Jornal Folha de S. Paulo, que apoiou o golpe de estado contra Dilma Rousseff e a eleição de 2018 sem Lula, faz campanha pelo amarelo, que se tornou uniforme de fascistas nos últimos anos

247 – O jornal Folha de S. Paulo, que fez campanha pelo impeachment sem crime de responsabilidade da ex-presidente Dilma Rousseff e pela retirada dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fenômenos que permitiram a ascensão do bolsonarismo, lançou neste domingo uma "campanha pela democracia", em que pede que os brasileiros resgatem a cor amarela – que foi apropriada pelo neofascismo brasileiro.
A Folha busca inspiração no seu papel histórico nas Diretas Já para resgatar a cor amarela como símbolo da democracia", diz o jornal, em editorial publicado neste domingo.
"Assim, as vitrines das edições dominicais trarão uma faixa dessa cor com os dizeres #UseAmarelo pela Democracia, e o slogan da Folha desde 1961, UM JORNAL A SERVIÇO DO BRASIL, passa temporariamente para UM JORNAL A SERVIÇO DA DEMOCRACIA até as próximas eleições presidenciais", finaliza o editorialista, sinalizando que o jornal também será tolerante com o governo de Jair Bolsonaro, assim como defende o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.


Movimento "Stop Bolsonaro" promove atos neste domingo em pelo menos 70 cidades do mundo


Os organizadores pretendem denunciar a falta de política do governo brasileiro em relação ao novo coronavírus e o discurso fascista endossado pelos apoiadores de Bolsonaro
(Foto: Reprodução | Mídia Ninja)
Da Rede Brasil Atual – Entidades internacionais promovem o ato Stop Bolsonaro pelo mundo, neste domingo (28). De acordo com as organizadoras, com a fragilização do presidente Jair Bolsonaro, é o momento de criar uma pressão internacional.
Até o momento, as manifestações estão confirmadas em 24 países e 70 cidades. Segundo a jornalista Selma Vital, residente na Dinamarca e responsável pela grupo Aurora, o governo Bolsonaro atinge todos os brasileiros, inclusive quem mora no exterior.
“É uma situação que afeta todos os brasileiros e é triste ver isso de longe. Esse ato dá a possibilidade de quem está fora do país também ecoar a indignação. Enquanto vimos países pararem, por conta da pandemia, Bolsonaro não fez nada“, criticou ela, à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
Os organizadores pretendem denunciar a falta de política do governo brasileiro em relação ao novo coronavírus e o discurso fascista endossado pelos apoiadores de Bolsonaro.
Erica Caminha, ativista dos Direitos Humanos na Alemanha e artista plástica, é uma das organizadoras do ato na Alemanha. Ela relata que o presidente brasileiro é criticado diariamente pela mídia alemã.
“Todos os dias, nas rádios, revistas e emissoras de televisão, Bolsonaro é criticado. Nós somos vistos como coitados que estão à mercê de irresponsáveis. Aqui na Alemanha, nem a extrema-direita alemã quer ter vínculo com ele, de tão terrível que é”, afirmou.
As manifestações ocorrerão de maneira presencial e virtual. Já que alguns países ainda não controlaram os casos de covid-19, a indicação é que as pessoas participem de casa. “Sobre a segurança sanitária, a gente indica que, no Brasil, os atos sejam online. Mas vamos aplicar um protocolo de segurança para que as pessoas, que vão à rua, se protejam do vírus”, acrescentou Erica.
O Stop Bolsonaro está marcado em alguns países como: Alemanha, Áustria, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal, Inglaterra, Suíça e Uruguai.
Saiba como será o protesto em Brasília:
Esplanada dos Ministérios será palco de nova manifestação política neste domingo (28/06). Segundo a Secretária de Segurança Pública do Distrito Federal, houve solicitação para um ato pela manhã, por um grupo que identificou o protesto como “Stop Bolsonaro”. Atos a favor ou contra o presidente Jair Bolsonaro têm movimentado a área todos os fins de semana há quase três meses. Neste domingo, porém, não há previsão de ato pró-governo.
A manifestação será o ramo brasiliense de um protesto que se pretende mundial contra o presidente brasileiro, a ser realizado simultaneamente em várias cidades de diversos países.


Requião diz que FHC propõe que o Brasil seja transformado numa "casa de tolerância"


Ex-senador Roberto Requião criticou duramente a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que, depois de articular o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, agora prega "tolerância" com os crimes de responsabilidade cometidos por Jair Bolsonaro
Requião: demita Paulo Guedes, Bolsonaro
Requião: demita Paulo Guedes, Bolsonaro

247 – "No momento em que o Fernando Henrique, um dos inspiradores da frente ampla, declara que devemos ter tolerância com Bolsonaro e com os ferimentos duros à soberania do Brasil, por ele causados,temos uma conclusão: a frente proposta não é uma frente, é uma casa de TOLERÂNCIA", postou o ex-senador Roberto Requião, em seu twitter. 
"No português mais claro, Casa de TOLERÂNCIA é prostíbulo; frente de TOLERÂNCIA é PUTARIA! Com meu pedido de perdão aos mais sensíveis! Mas é o que penso e acredito", escreveu ainda Requião. Saiba mais sobre a posição de FHC:
Dirigente do PSDB e articulador do golpe de Estado contra Dilma, Fernando Henrique Cardoso disse em entrevista à Rádio Jornal, na sexta-feira, 26, que é preciso ter mais tolerância com Jair Bolsonaro, colocando-se novamente contra um processo de impeachment dele, que já cometeu diversos crimes de responsabilidades.
“Nós nos acostumamos a tirar do poder [com] impeachment. Como agora. Eu não sei nem se tem razão. Se inventa a razão, se cria a razão. Eu acho que tem que ter um… Se o presidente errar muito, aí não há o que fazer (…) Nós criamos uma democracia que é relativamente jovem e já tiramos dois presidentes. É muita coisa. Eu acho que tem que ter um pouco mais de tolerância”, disse.
Ele foi, entretanto, um dos principais organizadores e defensores do impeachment de Dilma Rousseff, que foi afastada em um processo fajuto sem ter cometido nenhum crime. O impeachment de 2016 foi um golpe que colocou a coalizão MDB-PSDB no poder e abriu o caminho, através da campanha contra o PT, para a chegada de Bolsonaro no poder.
Todavia, ele procurou justificar o golpe contra a ex-presidente. “A presidente Dilma, eu fui muito reticente até que não havia mais jeito. E quando não há mais jeito? Quando o governo para de governar, quando a rua começa a gritar e quando o governo incorre em alguma coisa da Constituição e da lei. Tem que ter esses fatores juntos, mas não é bom”.
Enquanto defende a permanência de Bolsonaro, que está destruindo o País e desrespeitando diversos artigos da Constituição - além de estar ameaçando de impor uma ditadura - o golpista defende que, no caso da Dilma, “não havia mais jeito”, porque a rua começou a “gritar”. Ele esquece de mencionar o fato de que Bolsonaro é alvo de críticas em todos os lugares por onde passa; que até em eventos de entretenimento, como o carnaval, bailes funk do Rio e shows de música, o “Fora Bolsonaro” é predominante.


Famílias do Paraná recebem 5 toneladas de alimentos do MST e de pequenos agricultores


Cerca de 250 famílias em Maringá e Sarandi receberam as doações que vieram de comunidades de 14 municípios
A maioria dos alimentos doados foi produzida sem o uso de agrotóxicos e de forma agroecológica - Dandara Sturmer

Para 250 famílias em situação de vulnerabilidade das cidades de Maringá e Sarandi, no Paraná, os próximos dias serão de comida garantida na mesa. Elas receberam uma cesta com cerca de 20 quilos de alimentos doados por camponeses integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e por agricultores familiares. As entregas ocorreram ao longo deste sábado (27), em 17 bairros da periferia dos municípios.
Ao todo, foram distribuídas cinco toneladas de uma grande diversidade de produtos, a maioria produzida sem o uso de agrotóxicos e de forma agroecológica. Estavam entre os itens doados arroz, feijão, fubá, açúcar mascavo, melado, mandioca, coco, batata doce, milho, hortaliças, limão, abacate, abacaxi, laranja, mamão, leite, chuchu, maracujá, pães e ovos. 
Cada cesta doada continha cerca de 20kg de alimentos / Dandara Sturmer

O fubá está entre os produtos agroecológicos e foi produzido pelas famílias que vivem e trabalham na Escola Milton Santos de Agroecologia, do MST, em Maringá. Também fizeram parte da cesta mil pacotes de açúcar orgânico e 500 frascos de melado orgânico que foram doados pelos produtores e produtoras integrante da Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória (Copavi), localizada no assentamento Santa Maria, em Paranacity. A comunidade tem produção 100% agroecológica e industrializa diversos tipos de produtos.
Entre as pessoas que receberam a cesta em Maringá estava Yara, acompanhada do filho. “Pra nós está sendo muito importante, principalmente por causa dessa situação da pandemia, onde o trabalho está bem escasso, só com o meu esposo trabalhando um pouco”, conta.
Jackson Silva, integrante da direção do MST no Paraná e produtor agroecológico, frisou a solidariedade como um valor para o movimento, praticado em todo o Brasil como forma de espalhar resistência e esperança a quem mais sofre com a pandemia. “Pra gente é muito gratificante poder colocar os nossos produtos na mesa das pessoas que estão necessitando neste momento. A nossa luta é emancipadora. A gente tem que massificar, unir o campo e a cidade”. 
Ao todo, foram distribuídas 5 toneladas de alimentos / Dandara Sturmer

Mensagem de apoio a famílias sem terra
A ação deste sábado (27) integra uma campanha nacional do MST em solidariedade a quem mais precisa neste período de pandemia. No Paraná, as famílias sem terra chegaram a 237 toneladas de alimentos doados, 5,7 mil marmitas produzidas por militantes do MST e apoiadores e mais de 600 máscaras de tecido produzidas e distribuídas pelo movimento.
As iniciativas têm recebido manifestações de apoio de religiosos, artistas e integrantes do próprio Poder Público. Um exemplo chegou nesta sexta-feira (26), com um vídeo gravado por Fábio Alcure, procurador do Ministério Público do Trabalho de Maringá (PR).
“Venho, através deste vídeo, declarar apoio a essas ações e, mais do que isso, respeito e admiração por essas iniciativas e por esse trabalho que está sendo tão bem feito e que leva não só benefício material direto às famílias atendidas, mas também uma mensagem de solidariedade, de engajamento social, que merece ser conhecida por toda a sociedade brasileira e servir de inspiração para a sociedade civil e também para o Poder Público em nosso país”, disse o procurador, referindo-se aos agricultores e às agricultoras.
União
A ação deste sábado é resultado da união de centenas de famílias camponesas, moradoras de 13 municípios. Participaram das doações os assentamentos Novo Horizonte, localizado entre as cidades de Santo Inácio e Cafeara;  Norte Sul, município de Santo Inácio; Salete Strozake, Mascote, União Santa Adélia, município de Itaguajé; Mãe de Deus, município Jardim Olinda; Taperivá, município de São João do Caiuá; Santa Maria, de Paranacity; Padre Josimo, Cruzeiro do Sul; Escola Milton Santos de Agroecologia, de Maringá. Agricultores familiares agroecológicos dos municípios de Kaloré, Marumbi, Jandaia do Sul, Mandaguari e Marialva também participaram da ação.
Contribuíram ainda com a iniciativa o Núcleo Sindical de Maringá do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP- Sindicato) e o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Água, Esgoto e Saneamento de Maringá e Região Noroeste do Paraná (Sindaen). 
Ação deste sábado é resultado da união de centenas de famílias camponesas, moradoras de 13 municípios / Dandara Sturmer

Em Maringá, as doações ocorreram no Núcleo Social Papa João XXIII e atenderam moradores do Jardim São Jorge, da Vila Vardelina. Já em Sarandi, as entregam foram no pátio da Escola Irmã Maria Antônia, onde fica a sede da Proteção ao Menor Carente (Promec) de Sarandi, entidade que contribuiu com o cadastro das famílias mais necessitadas de 16 bairros do município.
No domingo (28), famílias do MST também farão doações de alimentos em bairros de Loanda e Santa Isabel do Ivaí. Os produtos estão sendo reunidos por famílias assentadas dos municípios de Querência do Norte, Santa Cruz de Monte Castelo, Santa Mônica, Planaltina do Paraná e Amaporã, localizados no noroeste do estado.
Fonte: BdF Paraná
Edição: Camila Maciel e Lia Bianchini


sábado, 27 de junho de 2020

Crise na PGR implode relação de Aras com a Lava-Jato


Relação entre a Procuradoria Geral da República (PGR) com as forças-tarefas que integram a operação Lava Jato atingiu o seu pior patamar
(Foto: José Cruz/Agência Brasil)

247 - A relação entre a Procuradoria Geral da República (PGR) com as forças-tarefas que integram a operação Lava Jato atingiu o seu pior patamar, depois do embate entre o braço direito de Augusto Aras, a subprocuradora Lindora Araújo, com a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba. 
Lindora é acusada pelos procuradores de Curitiba, em documento encaminhado à corregedoria do MPF, de ter realizado uma manobra ilegal para copiar dados sigilosos da operação, sem formalizar um pedido de acesso. Este episódio resultou na demissão coletiva dos procuradores da Lava Jato na PGR nesta sexta-feira (27). 
Segundo o jornalista Aguirre Talento, do Globo, a avaliação interna das forças-tarefas é que se instalou uma crise de confiança envolvendo a subprocuradora-geral da República Lindora Araújo, e que a tendência é que o diálogo existente com ela, que já era pouco, seja reduzido a zero.
"Essa desconfiança já vinha desde que veio a público a negociação, pela PGR, de um acordo de colaboração premiada com o advogado foragido Rodrigo Tacla Duran, que lançava suspeitas sobre um amigo do ex-ministro da Justiça Sergio Moro e sobre a atuação da Lava-Jato de Curitiba. Essas suspeitas já haviam sido investigadas e arquivadas pela própria PGR. Responsável por essa negociação, Lindora tocou o acordo sem a participação da força-tarefa da Lava-Jato de Curitiba, que tomou conhecimento da negociação pela imprensa", diz o jornalista. 

Lula é doutor da mesma universidade que Decotelli diz ter doutorado e foi desmentido


Lula recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Nacional de Rosário, pelo reconhecimento do fato de que o ex-presidente tirou milhões de pessoas do analfabetismo
(Foto: Ricardo Stuckert)

247 - O ex-presidente Lula recebeu título de Doutor Honoris Causa na Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, em 21 de maio deste ano. 
O título foi concedido pelo reconhecimento do fato de que o ex-presidente brasileiro tirou milhões de pessoas do analfabetismo
A Universidade Nacional de Rosário é a mesma que o novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, afirmou ter um doutorado e foi desmentido pelo reitor da faculdade.
O Ministério da Educação (MEC) procurou rebater o reitor argentino apresentando documentação que, entretanto, não comprova se ele defendeu a tese e se ela foi aprovada.