quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Dupla Bruno & Marrone está confirmada no aniversário dos 76 anos de Apucarana


Anúncio foi feito hoje pelo prefeito Junior da Femac; a programação completa será divulgada na próxima semana 
A programação comemorativa ao aniversário de 76 anos de Apucarana terá como uma das principais atrações um show da dupla Bruno e Marrone em praça pública. “A apresentação da renomada dupla acontece no dia 27 de janeiro, segunda-feira, véspera do aniversário do município”, confirmou hoje o prefeito Junior da Femac.
Na retomada do trabalho da gestão municipal nesta quinta-feira, o prefeito anunciou que está sendo preparada uma programação de quatro dias, de 24 a 27 de janeiro, para marcar os 76 anos de Apucarana. E, a exemplo dos anos anteriores, uma atração de âmbito nacional está sendo confirmada.
O calendário de eventos comemorativos ao aniversário deve ser finalizado até o início da próxima semana. “A programação começa no dia 24 de janeiro (sexta-feira), com shows musicais e abertura das barracas da praça de alimentação. No sábado, dia 25, acontece a 58ª edição da Prova Pedestre 28 de Janeiro, cm a previsão de cerca de 4 mil atletas, incluindo atletas de elite do Brasil, e competidores de ponta do Quênia, Etiópia e Uganda, no masculino e feminino”, adianta Junior da Femac.
Segundo ele, algumas atrações já estão garantidas e outras ainda dependem de acertos finais. “Teremos dois palcos, sendo um para o show de Bruno e Marrone, e outras atrações, na Praça Rui Barbosa, ao lado das Casas Pernambucanas; e outro no interior da praça, junto das barracas, para apresentação de músicos e bandas de Apucarana”, informa Junior.
Nesta sexta-feira, dia 3, está sendo convocada uma reunião com as forças de segurança de Apucarana. O objetivo é planejar estratégias para garantir um forte esquema de segurança. “A exemplo de anos anteriores, desejamos manter um ambiente sadio e tranqüilo para as famílias participarem dos festejos”, afirma Junior da Femac.
Inaugurações – Durante os quatro dias da programação comemorativa do 76º aniversário de Apucarana serão entregues à população várias obras incluindo o prolongamento da Avenida Nova Ucrânia, ligando a cidade ao Contorno Sul; e as Unidades Básicas de Saúde do Residencial Interlagos e do Jardim Marissol.
Também está prevista a inauguração do novo complexo esportivo da Rua Denhei Kanashiro (próximo da Apae), que receberá o nome de Áureo Francisco Silva, o “Áureo Caixote”. Ele foi técnico do time profissional do Apucarana e também dirigiu seleções de basquete de Apucarana. Áureo faleceu aos 81 anos, em agosto de 2015.
Estão inclusas ainda no pacote de inaugurações, a revitalização total do Parque Biguaçu e a primeira etapa do asfalto no Parque Industrial Galan, entre outras obras.
35 anos na estrada
A dupla sertaneja Bruno & Marrone é formada pelos cantores Vinícius Félix de Miranda, conhecido artisticamente como “Bruno”, e José Roberto Ferreira, conhecido artisticamente como “Marrone”. Com sua formação em novembro de 1984, em Goiânia, a dupla tem 35 anos de estrada e já emplacou dezenas de músicas de sucesso no País.


Apucarana anuncia nova obra do Programa Interbairros


O anuncio da obra foi feito nesta quinta-feira (02/01) pelo prefeito Júnior da Femac, em vistoria ao local
(Foto: PMA)

Um trecho de 250 metros ainda não pavimentado entre as ruas Dr. Osvaldo Cruz e Osório Ribas de Paula, nas imediações da Vila Apucaraninha, vai integrar a próxima etapa do Programa Interbairros da Prefeitura de Apucarana. Idealizada pelo ex-prefeito Beto Preto, a iniciativa municipal promove o asfaltamento de ruas, em especial as responsáveis pela integração de comunidades.
O anuncio da obra foi feito nesta quinta-feira (02/01) pelo prefeito Júnior da Femac, em vistoria ao local. “O asfaltamento deste trecho, paralelo à linha férrea, vai criar uma nova opção de tráfego, facilitando a vida dos moradores”, pontua o prefeito.
Além de estar dentro do planejamento da gestão Beto Preto, Júnior salienta que esta etapa do programa é uma indicação do vereador Lucas Leugi. “O “Interbairros” tem cumprido muito bem o seu papel, melhorando a mobilidade em todas as regiões de Apucarana”, assinala.
O secretário Municipal de Obras, Herivelto Moreno, informa que a nova ligação asfaltada terá 9 metros de largura e contará com galeria para escoamento das águas da chuva, meio-fio e calçada. “Atendendo ao prefeito, vamos agora dar início à elaboração dos orçamentos visando a abertura da licitação para contratação de empresa especializada”, informa o secretário. A expectativa é de que dentro de 90 dias a obra possa ser autorizada.


Facada em Bolsonaro é o fato político da década, diz Luis Nassif


O jornalista Luis Nassif afirma que a facada em Bolsonaro é o tema mais importante da década, pois mudou toda a lógica do cenário político-eleitoral de 2018. Ele pergunta: "Seria possível simular um atentado tão arriscado, a ponto da vítima correr um risco de vida calculado para viabilizar um projeto político?"
(Foto: Reprodução)

247 - O jornalista Luis Nassif afirma que a facada em Bolsonaro é o tema mais importante da década, pois mudou toda a lógica do cenario político-eleitoral de 2018. Ele pergunta: "Seria possível simular um atentado tão arriscado, a ponto da vítima correr um risco de vida calculado para viabilizar um projeto político?"
Em artigo publicado no jornal GGN, o jornalista destaca: 
"Há duas versões para o atentado.
  • A versão oficial é que um sujeito, desequilibrado óbvio, decidiu matar Bolsonaro e foi mal sucedido.
  • A versão conspiratória é que foi um ato planejado visando garantir a vitória eleitoral de Bolsonaro."
Nassif, então, pondera: "Bolsonaro comparecia a todos os eventos com um colete à prova de balas e de facadas e  tinha uma cirurgia marcada, para remover um câncer. Portanto, bastaria simular a facada, conduzir Bolsonaro com segurança a um hospital local e depois transferi-lo para um hospital em São Paulo, para efetuar a cirurgia contra o câncer."
O artigo ainda perpassa os vídeos que circularam nas redes sociais sobre os bastidores suspeitos do atentado e das internações subsequentes. Nassif afirma: "há uma explicação para o ferimento: a de que a faca resvalou por uma brecha no colete, ferindo efetivamente Bolsonaro. O que seria, nessa versão, um acidente de percurso."
O jornalista então, explora as possibilidades da fraude: "da noite para o dia aparecem advogados de Belo Horizonte, indo de jatinho a Juiz de Fora, para defender Adélio. Fazem mais do que isso: isolam-no completamente de qualquer contato com a imprensa. E demonstram tal influência, que conseguem manter o isolamento total até hoje.
Ele complementa: "ou foram bancados por grupos bolsonarista, visando manter Adélio a salvo da óbvia falta de vontade de cobertura da mídia; ou por grupos ligados à Igreja de Adélio, que jamais foram identificados."


Zé de Abreu: ‘Sérgio Moro é um clone do Alvaro Dias’



O ator global Zé de Abreu, ativista digital, comparou os trejeitos do ministro Sérgio Moro aos do senador Alvaro Dias (PODE-PR).
Ao retuitar mensagem do ex-juiz da Lava Jato, desejando feliz 2020 para seus ‘eleitores’, o ator da Globo não perdoou:
“Maquiagem estilo Alvaro Dias”, escreveu Zé de Abreu, comparando Moro ao parlamentar paranaense que disputou a eleição presidencial de 2018.
A “homenagem” do ator é justa porque Alvaro é um dos principais lavajatistas no Congresso Nacional.
Sua fervorosidade quase religiosa acerca do combate à corrupção gera desconfianças até mesmo entre procuradores do Ministério Público Federal.
Afinal, tudo que é demais até o santo desconfia e Freud explica. Mas isto é assunto para outro momento. (blog do Esmael)



Hélio Duque diz que 2019 foi de extremos, ressalta papel do Congresso e vê despreparo político para 2020


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Ao fazer um rápido balanço sobre 2019 com exclusividade para o blog Contraponto, o economista, escritor, professor e ex-deputado federal paranaense Hélio Duque lembrou que, no campo político, o período se caracterizou como “um ano binário”, durante o qual prevaleceu a radicalização dos extremos. E a oposição se comportou ao longo do ano, segundo Duque, como uma “verdadeira Casa de mãe Joana”.
Em meio à radicalização dos extremos e da oposição confusa e dividida, Hélio Duque, que foi Constituinte, destaca o papel do Congresso Nacional, “que vem cumprindo um papel importante, apesar das suas limitações intelectuais”.  Para ele, “o poder republicano e o Estado de Direito têm hoje âncora no poder legislativo, ante as ameaças do autoritarismo primário”.
Por fim, projeta o ex-parlamentar, “o aventureirismo e o despreparo político” vão comandar 2020, ano de um “cenário desolador”. Na entrevista a seguir, Hélio Duque faz um ligeiro balanço político, fala da oposição e do Congresso Nacional, e prenuncia o que será 2020 na política partidária, ano de eleições municipais.
Contraponto –  Em resumo: qual o balanço político que se pode fazer de 2019?
Hélio Duque – Um ano binário, o qual a radicalização dos extremos prevaleceu. De um lado um governo tosco e alienado da realidade brasileira, em que a questão social é marginalizada. De outro, uma extrema esquerda, igualmente, divorciada pelo engajamento ideológico deformado e inculto. O saldo político é desesperador ao alimentar o dualismo de dois extremos à direita e à esquerda.
Contraponto –  A oposição ainda não se refez da derrota eleitoral em 2018?
Hélio Duque – A oposição brasileira é formada por um vasto segmento, igualmente alienado da realidade brasileira. Cultiva “slogans’ e, por falta da formação histórica e informação da realidade deformada, vive um romantismo alienado.  Mas que garante vantagens eleitorais momentâneas aos seus integrantes. É uma verdadeira “Casa de mãe Joana”.
Contraponto – Dá para considerar que o Congresso Nacional assumiu o protagonismo político no País diante de um certo amadorismo e de algumas trapalhadas do Palácio do Planalto?
Hélio Duque – Em tempos passados as figuras proeminentes do atual Congresso Nacional seriam integrantes do “médio clero”. Já hoje, pela queda de qualidade parlamentar na representação política, elas assumem um papel importante ante um governo que ignora valores consagrados e agride cotidianamente a própria liturgia do poder. Nesse cenário, o atual Congresso Nacional vem cumprindo um papel importante, apesar das suas limitações intelectuais. Na verdade, é quem vem executando o desafio de encaminhar reformas inadiáveis, à exemplo da previdência. O poder republicano e o Estado de Direito têm hoje âncora no poder legislativo, ante as ameaças do autoritarismo primário.
Contraponto – O que se pode esperar, em termos políticos, para 2020, já que será um ano eleitoral?
Hélio Duque – A farsa partidária é uma realidade. Partidos políticos com identidade política doutrinária será o grande ausente em 2020. Com 28 aglomerados partidários, que se intitulam grêmios políticos, prevalecerá nas eleições municipais o cenário desolador de avalanche de novos atores políticos ignorantes despojados do verdadeiro e aristotélico valor da representação popular: servir à sociedade.  Com isso o aventureirismo e o despreparo político serão partícipes ativos nesse 2020.
Fonte: Contraponto

Cinco superalimentos que reduzem os níveis de colesterol alto


O colesterol alto pode causar ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais. Saiba como pode reduzir os níveis de colesterol através daquilo que come

Cinco superalimentos que reduzem os níveis de colesterol alto

O colesterol é uma substância presente no corpo humano que é essencial para o seu bom funcionamento. Contudo, quando existe colesterol em excesso no organismo e na corrente sanguínea tal pode representar riscos sérios para a saúde, sobretudo no que se refere ao aparecimento de doenças cardíacas.
São vários os fatores de risco que contribuem para o aumento de gordura no sangue, desde o tabagismo ao consumo de uma dieta pouco saudável. Como tal o Sistema Nacional de Saúde Britânico (NHS) recomenda a ingestão regular de determinados alimentos.
Veja os cinco superalimentos, segundo a NHS, que reduzem ativamente o colesterol:
1. Alimentos à base de soja
Alimentos à base de soja reduzem naturalmente o colesterol por que são pobres em gorduras saturadas.
De acordo com vários estudos as proteínas presentes na soja também diminuem o colesterol, sendo que é possível reduzir os níveis em cerca de 6% ingerindo apenas 15 gramas de proteína de soja por dia.
2. Frutos secos
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Além de serem uma ótima fonte de proteína vegan, os frutos secos também previnem o aumento do colesterol.
Pode reduzir os níveis em 5% ao consumir diariamente uma mão cheia destes alimentos.
3. Aveia
Este cereal é imensamente rico em fibra, constituindo assim uma ótima opção para quem pretende ingerir uma dieta equilibrada. O popular alimento também impede a absorção do colesterol.
4. Fruta
A fruta apresenta níveis baixos de gordura saturada e um elevado teor de vitaminas e minerais. Sendo igualmente uma fonte valiosa de fibras solúveis que combatem o colesterol.
5. Vegetais e leguminosas
Todos os vegetais fazem bem à saúde, mas as ervilhas, batata doce, beringela, quiabo e brócolis são especialmente benéficos na diminuição do colesterol alto.
Adicionalmente, os brócolis em particular também ajudam a reduzir os níveis de açúcar no sangue, combatendo a diabetes tipo 2.
Fonte: Notícias ao Minuto


Calendário de 2020 terá seis feriados nacionais prolongados


Dos nove feriados nacionais, seis cairão em sextas ou segundas-feiras

Calendário de 2020 terá seis feriados nacionais prolongados
O ano de 2020 contará com nove feriados nacionais, além de feriados municipais, estaduais e datas que são consideradas pontos facultativos no serviço público e que são feriados em diversos locais, como Carnaval e Corpus Christi.
Dos nove feriados nacionais, seis cairão em sextas ou segundas-feiras e, portanto, deverão ser emendados com os finais de semana, resultando nos chamados feriados prolongados.
Os feriados nacionais são:
  • 1º de janeiro: Ano Novo (quarta-feira)
  • 10 de abril: Paixão de Cristo (sexta)
  • 21 de abril: Tiradentes (terça)
  • 1º de maio: Dia do Trabalho (sexta)
  • 7 de setembro: Independência do Brasil (segunda)
  • 12 de outubro: Nossa Senhora Aparecida (segunda)
  • 2 de novembro: Finados (segunda)
  • 15 de novembro: Proclamação da República (domingo)
  • 25 de dezembro: Natal (sexta)
O Carnaval (25 de fevereiro) e o Corpus Christi (11 de junho) são datas tidas como pontos facultativos para o funcionalismo público. No entanto, seus dias são feriados municipais e estaduais em diversos locais do Brasil, nos quais os trabalhadores terão, portanto, mais alguns dias de descanso para além dos feriados nacionais.
Em nota, a FecomercioSP (federação do comércio) estima que o varejo nacional deve deixar de faturar R$ 11,8 bilhões em 2020 por causa de feriados.
Segundo a entidade, trata-se de uma perda 53% maior do que os R$ 7,6 bilhões estimados em 2019. A redução será maior devido aos feriados em dias de semana e às emendas de feriado. Em 2019, segundo conta da FecomercioSP, que incluiu Carnaval e Corpus Christi, houve sete dias de feriados nacionais; em 2020, serão 11 em dias de semana.
O setor classificado no estudo da FecomercioSP como "outras atividades" -no qual predomina o comércio de combustíveis, joias, relógios e artigos de papelaria- é o que deve contabilizar a maior perda, em torno de R$ 4,48 bilhões, alta de 47% em relação a 2019.
Já as atividades de supermercados e farmácias devem perder R$ 3,2 bilhões e R$ 1,87 bilhão, respectivamente, aumentos de 58% e 59% na comparação ao ano passado.
Em contrapartida, representantes das empresas ligadas ao setor turístico comemoram a configuração do calendário de 2020.
"Ao longo deste ano [2019], tivemos uma diminuição desses feriados, o que impactou o percentual de viagens realizadas no país, visto que não houve a possibilidade de aproveitamento das datas prolongadas. Agora, estamos entrando em 2020 com a possibilidade de crescimento voltado ao setor", escreve Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação.
"Além dos períodos tradicionais de alta temporada, os feriados exercem um grande impacto para o mercado de turismo por injetar dinheiro na economia brasileira, além de contribuir para a geração de empregos", completa.
Fonte: Notícias ao Minuto


WhatsApp deixa de funcionar no Windows Phone e versões de Android


A empresa avisa que as funcionalidades do Whatsapp deixarão de funcionar a partir destas datas relacionadas abaixo:

 WhatsApp deixa de funcionar no Windows Phone e versões de Android

A plataforma de mensagens WhatsApp vai deixar de funcionar no Windows Phone e em versões mais antigas dos sistemas operacionais Android e iOS, revelou o Engadget.
A informação foi confirmada através do site oficial da plataforma, indicando que o suporte técnico e atualizações serão disponibilizadas apenas para telefones como sistema operacional superior ao iOS 9, no iPhone, superior ao OS 4.0.3, no Android, e em alguns aparelhos com sistema superior ao KaiOS 2.5.1, o que inclui o JioPhone e o JioPhone2.
No caso do Windows Phone, o aplicativo deixou de funcionar nesta quarta-feira (1).
A empresa avisa que as funcionalidades poderão deixar de funcionar a qualquer momento depois destas datas. A criação de novas contas já foi bloqueada em sistemas operacionais mais antigos.
Vale destacar que o WhatsaApp continuará a funcionar em aparelhos com Android 2.3.7 e no iOS 8 (ou mais antigos) até fevereiro de 2020.
Fonte: Noticias ao Minuto

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Junior da Femac faz avaliação positiva de conquistas em 2019



Prefeito cita R$ 170 milhões em empreendimentos industriais e no agronegócio, nova maternidade do Hospital da Providência, Centro de Radioterapia e avanços na educação e na área de infraestrutura urbana como importantes avanços. Para 2020, segundo ele, as perspectivas são bastante otimistas, considerando as boas relações com o Governo do Estado e o Governo Federal. Confira entrevista concedida à Tribuna do Norte:     
TRIBUNA DO NORTE - O sr. recebeu do ex-prefeito Beto Preto uma prefeitura equilibrada. Qual a estratégia para obter bons resultados, com tantos precatórios e dívidas?  
JUNIOR DA FEMAC - Manter a receita da gestão Beto Preto, com austeridade, gastando o dinheiro com obras e atividades que gerem resultados econômicos para o Município e o bem estar da população. Também nos preocupamos em manter a folha de pagamento do funcionalismo bem abaixo do índice limite recomendado pelo Tribunal de Contas do Estado. Infelizmente, Apucarana tem de pagar pouco mais de R$ 2 milhões ao mês em dívidas herdadas de gestões anteriores e vale lembrar que, com esse dinheiro, seria possível viabilizar muito mais obras e programas. Enfim, fazemos as coisas de forma planejada, respeitando cronogramas e metas, dando continuidade ao excelente trabalho que o Beto Preto começou.
TN - Esse foi um ano de transição, ou seja, de novos governos no Estado e na União. O sr. conseguiu obter êxito nas relações com o Governo Ratinho Junior e em nível federal com o Governo Bolsonaro?  
JUNIOR DA FEMAC - Hoje Apucarana tem força política e uma equipe muito bem preparada na Prefeitura. Temos muitos projetos prontos e um planejamento continuo. Portanto, não foi difícil conversar com o governo Ratinho Junior. Temos lá o secretário Beto Preto, que é o porta-voz de Apucarana. Contamos ainda com os deputados Jacovós e Arilson. Já em âmbito federal, tivemos uma excelente interlocução com o Governo Bolsonaro, por meio do deputado Sérgio Souza. Temos o deputado Filipe Barros, entre outros que nos ajudam bastante.
TN - De forma clara o sr. tem dito que seu mandato é a continuidade da gestão Beto Preto, por que?
JUNIOR DA FEMAC - Aprendi com meu pai e minha mãe o valor da lealdade. O Beto foi um excelente gestor e vivenciamos esse momento bom de Apucarana graças à sua visão e sua disponibilidade de colocar seu nome a serviço da cidade. Para mim é uma honra dizer gestão Beto Preto. É uma administração focada nas pessoas que mais precisam, que prima pela austeridade, pelo planejamento constante, pela realização das obras que mudam a vida das pessoas, do asfalto para todos, educação de qualidade em todas as escolas e a luta pela saúde no dia a dia. Esse conceito da gestão Beto Preto está presente no nosso trabalho diário.
TN - Entre as principais conquistas deste ano de 2019, podemos considerar que os cerca de R$ 170 milhões em novos empreendimentos industriais e do agronegócio em Apucarana foi o mais importante?
JUNIOR DA FEMAC - O momento econômico que o Brasil atravessa é delicado. Em 2019 a crise foi aguda e, só a partir de agosto, o País deu sinais de uma retomada. Em Apucarana estamos lutando diariamente pela geração de empregos, seja formal ou auto-empregos (MEI). Enfim, estamos buscando todos os meios para que as pessoas tenham renda. A prefeitura mantém várias iniciativas como a atração de novos empreendimentos. E, nos últimos meses, conseguimos atrair vários investimentos de fora, que somaram pouco mais de R$ 170 milhões, e que vão gerar cerca de 600 empregos diretos. Além disso, investimos na educação profissionalizante. As pessoas precisam de empregabilidade e nós oferecemos cursos gratuitos em diversas áreas.
TN - E os parques Industriais em que pé estão atualmente?
JUNIOR DA FEMAC - Nós estamos concluindo a estrutura do novo Parque Industrial da Juruba, que nasce com o conceito de cidade industrial. Concluímos a rede de energia elétrica, com investimento de R$ 900 mil, e agora está sendo instalada toda a rede de abastecimento de água. Em breve, todas as empresas já habilitadas para o novo parque poderão iniciar a construção de suas plantas de produção. No Parque Industrial Norte concluímos os últimos trechos de asfalto que faltavam. No Parque Galan, fizemos a primeira etapa. E a partir de agora vem o Parque Berté. 
TN - A educação de Apucarana se consolidou como modelo no Paraná, sendo reconhecida com seguidos prêmios. A que o sr. atribui estes significativos resultados?
JUNIOR DA FEMAC - Atribuímos esse resultado ao trabalho de uma equipe multidisciplinar de alta competência, liderado pela professora Marli Fernandes. Nós priorizamos a educação, pois esse é o maior investimento que uma cidade pode fazer, ou seja, garantir educação de qualidade para suas crianças e jovens. Estamos formando uma geração vencedora. Acabamos de agregar a Língua Espanhola em toda a nossa rede, somando com o Português e o Inglês. Acabamos de receber a liberação da escola Madalena Côco, cujas obras de reforma e ampliação serão licitadas neste início de 2020. Trata-se do último, dos mais de 60 prédios que reformamos e ampliamos, com investimentos que superam a casa de R$ 50 milhões.
Tribuna - A saúde tem sido a área de maior dificuldade para os gestores em todos os níveis, ou seja, municipal, estadual e federal. Em Apucarana, quais os avanços obtidos e as perspectivas para 2020?   
JUNIOR DA FEMAC - A área de saúde é uma luta diária. Agradeço a toda a equipe que faz um trabalho de fôlego. Começamos o ano com a falta de 15 médicos, por conta de problemas com o Programa Mais médicos. Hoje ainda faltam 5 médicos. O Centro de Especialidades ampliou o atendimento em Apucarana; o nosso Centro de Dermatologia foi reconhecido e premiado a nível de Estado. Abrimos a farmácia 24 horas, em frente a UPA, e agora ninguém sai sem os remédios receitados. O nosso Centro Infantil será ampliado. Estamos lutando para contratar mais pediatras e até estender para a noite o horário de atendimento. A Casa da Gestante mantém um trabalho de acolhimento e acompanhamento do pré-natal. Tivemos também grandes conquistas com a nova maternidade do Providência, com a liberação de R$ 16 milhões pelo Governo do Estado, pelas mãos do governador Ratinho Junior e do secretário de Saúde, Beto Preto. Outro avanço foi a conquista do Centro de Radioterapia, que passa a ser o mais moderno do Paraná. Para 2020, temos muitas coisas programadas para a saúde, entre elas a construção do ambulatório de quimioterapia do Providência, a construção da 2º bloco do Cisvir e a entrega de novas Unidades Básicas de Saúde.TN - E no campo, quais as ações que têm sido colocadas em prática para favorecer o setor?  
JUNIOR DA FEMAC- Quero ressaltar aqui o Programa Terra Forte, criado pela gestão Beto Preto, e que continua  sendo premiado, contribuindo para estimular a fruticultura e diversificar a produção no campo. Ao mesmo tempo, a Autarquia de Educação compra 76% da merenda escolar junto à agricultura familiar. Estamos estimulando a cafeicultura, formamos mudas e viabilizamos máquinas para plantar e colher café. Já a nossa avicultura vem crescendo e estamos trabalhando com parceiros fortes. Com relação às estradas rurais, estamos avançando em todas as regiões, utilizando toda a nossa patrulha mecanizada, além de terceirizados. Queremos garantir mobilidade para os produtores.
TN - Como está o trabalho de recuperação de praças e parques da cidade?
JUNIOR DA FEMAC - Vamos continuar avançando para atender todas praças com calçadas, bancos, mesas, iluminação e equipamentos.  Também vamos revitalizar a Praça do 28, que era de propriedade do Estado e agora passou a ser do Município. No Jaboti, depois das melhorias que o Beto Preto executou, dei sequência com o atrativo turístico “Eu Amo Apucarana”, com a volta dos pedalinhos e a instalação de um novo parquinho infantil. Agora estamos em fase de conclusão das obras de recuperação do Parque Biguaçu, com pista de caminhada, novos parquinhos, gramados e iluminação. Outro que vem recebendo melhorias é o Parque da Raposa.
TN - Quais são as obras de maior porte que estão acontecendo neste momento?
JUNIOR DA FEMAC - Temos obras estruturantes em andamento, como a futura avenida Cristiano Kussmaul; a obra da Rua Nova Ucrânia. Liberamos as obras do último grande bairro sem asfalto, que é o Jardim Santiago. Agora vamos fazer os trechos pequenos que restaram. Outra obra importante é a da Avenida Pinho Araucária e da Koey Tatessuji, que vão se tornar uma nova opção de acesso à cidade. Vale ressaltar que Apucarana teve uma forte atuação política na duplicação do Contorno Sul. Temos em tramitação junto ao Governo do Estado a duplicação da BR-376, do viaduto do Contorno Sul até o Estádio Olímpio Barreto. Acabamos de liberar a ordem de serviço para o início da construção do Espaço das Feiras. São grandes obras acontecendo, propiciando desenvolvimento econômico e social.   
TN - Avaliando indicadores de desenvolvimento de Apucarana, o Conselho Federal de Administração outorgou ao sr. o prêmio de melhor gestor público do Paraná, entre os municípios com até 200 mil habitantes. Como o sr. recebeu essa honraria?
JUNIOR DA FEMAC - Ter a nossa gestão reconhecida pelo Conselho Federal de Administração como a melhor do seu Estado e a sétima melhor do País é algo que nos deixa orgulhosos. O nosso gerenciamento, a qualidade, os resultados, planejamento, transparência nas licitações e austeridade serem avaliadas positivamente pelo CFA é muito significativo. Esse prêmio é extensivo ao ex-prefeito Beto Preto e toda a nossa equipe administrativa. Saímos do atoleiro das dívidas e vamos acumulando resultados positivos.
Fonte: TN Online 


Um ano de Bolsonaro: PSL desidratado e família presidencial na mira da Justiça


Com apenas um ano, governo acumula muitas derrotas, algumas vitórias e um conjunto de escândalos, aponta reportagem de Caroline Oliveira, no Brasil de Fato
(Foto: Reuters | Reprodução)

Por Caroline Oliveira, no Brasil de Fato – O primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) foi marcado por demissões no Executivo, derrotas no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF) e suspeitas de ilegalidades envolvendo familiares e pessoas próximas ao presidente. Isso sem esquecer das intrigas germinadas pelo Twitter – novo Diário Oficial da União – e das polêmicas ditas durante as coletivas de imprensa. 
Crise no PSL
A página mais recente desse governo envolveu uma das crises de maior amplitude no Partido Social Liberal (PSL), que rachou a sigla entre as alas bolsonarista e bivarista. Nos bastidores, o capitão reformado, que está sem partido há pouco mais de um mês, e Luciano Bivar, o presidente nacional do PSL, vivem uma queda de braço que pode proporcionar ao partido uma queda tão avassaladora quanto foi sua ascensão.
A crise levará a 2020 um PSL desidratado, enquanto a Aliança pelo Brasil – partido criado por Bolsonaro, para onde deve migrar a ala bolsonarista – luta para garantir a sua autenticação antes das eleições municipais. 
Do outro lado, a ala bivarista defende que o “novo PSL” deve deixar de lado o aspecto beligerante e autoritário associado à ala bolsonarista. A própria deputada pesselista Joice Hasselmann (SP), que foi líder do governo na Câmara dos Deputados e depois rechaçada pelos bolsonaristas, afirmou que estes são “xiitas que desrespeitam a democracia e atacam as instituições".
O ex-líder do partido na Câmara, Delegado Waldir (GO), em entrevista ao Brasil de Fato, afirmou que a ala do Bolsonaro teria como horizonte tomar o Supremo Tribunal Federal (STF), derrubar os presidentes Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP) e acabar com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Esse é o grupo deles, ok?” Ele também afirmou que, “na verdade”, Bolsonaro queria ter o controle do partido e de todos os diretórios estaduais para a designar aos cargos pessoas de sua alçada – “radicais em cada estado controlando a chave do cofre”.
Sobre o comportamento “autoritário” e “beligerante” do presidente, ou seja, a falta de decoro, repercutido pelos seus seguidores, o cientista político Humberto Dantas afirma que “Bolsonaro é um presidente de conflito em conflito, para quem a lógica beligerante é confortável”. 
“É uma característica dele, que leva o governo, a todo instante, ao conflito, seja na família, contra os militares, olavistas e a base governista. E nós? Nós vamos assistindo a esse negócio que parece ser uma centrifugação de uma máquina de lavar que não tem fim”, analisa Dantas.
Zero Um e as rachadinhas
Mais uma página do governo Bolsonaro: quando o assunto é Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, o presidente afirma que nada tem a ver com o assunto. Mas, para 68% da população, o envolvimento do "Zero Um" no esquema de rachadinhas, detona a imagem do  governo do presidente, segundo pesquisa da consultoria Quaest. 
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) acredita que o atual senador – assim como o seu pai, sem partido – tenha lavado mais de R$ 2 milhões em sua loja de chocolates e na compra de dois imóveis, no Rio de Janeiro. O objetivo teria sido camuflar as verbas obtidas com o esquema de "rachadinha" em seu antigo gabinete, enquanto era deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), argumenta o MP. 
O esquema funcionava da seguinte maneira: os funcionários do gabinete do então deputado devolviam parte de seus salários, que era recebida pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, entre 2007 e 2018. O valor das transferências teria totalizado cerca de R$ 2 milhões. Do salário, esse valor teria se integrado ao patrimônio pessoal de Flávio, incluindo compra e revenda de imóveis e o investimento na loja de chocolates.
Questionado sobre o ocorrido, em coletiva à imprensa, o capitão afirmou que o “Brasil é muito maior do que pequenos problemas. Eu falo por mim. Problemas meus podem perguntar que eu respondo. Dos outros, não tenho nada a ver com isso". Fabrício Queiroz se aproximou de Flávio por meio do presidente, que conhece - ex-assessor desde 1984 e pescavam juntos em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. 
Laranjal
No segundo semestre de 2019, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e mais 10 pessoas pelo esquema de candidaturas laranjas do PSL mineiro. De acordo com as informações da Polícia Federal, o partido lançou mulheres nas eleições de 2018 para cumprir a cota exigida pela legislação eleitoral. 
As verbas das candidaturas, no entanto, teriam sido desviadas para um esquema criminoso. O atual ministro, até então presidente estadual do partido, foi acusado pelo MPF de possuir “total domínio do fato, controle pleno da situação, com poder de decidir a continuidade ou interrupção do repasse de recursos do fundo partidário”.
Segundo o promotor de Justiça Eleitoral, Fernando Abreu, “o que se percebeu, de acordo com a prova dos autos, foi a formação de uma associação criminosa com o objetivo de direcionar recursos recebidos pelas candidatas mulheres para candidatos homens”. Diante de tais constatações, chegou-se a Marcelo como uma das lideranças do esquema
Ainda que sobre o ministro pesem expressivas acusações, o presidente Jair Bolsonaro decidiu manter Álvaro Antônio no cargo. “Ele não chegou ao final da linha. Se for algo de grave, substancioso, a gente toma uma decisão. Ele está fazendo um brilhante trabalho, afirmou em entrevista ao Estadão.
Jair Bolsonaro e o ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio na cerimônia de posse dos ministros. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Ministros demitidos
Diferente do crédito dado a Marcelo Álvaro Antônio, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno foi despachado no segundo mês do governo, dando o tom dos próximos.
O caso ganhou força quando, em 10 de fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo apontou um repasse de R$ 400 mil do fundo partidário do PSL para uma suposta candidata laranja nas eleições. Bebianno, na época, era responsável formal pelos repasses a candidatos.
Ao jornal O Globo, o ex-ministro afirmou que a divulgação da reportagem não causou “crise nenhuma” e que só naquele dia havia falado três vezes com o presidente, por telefone. A narrativa, no entanto, foi negada por Carlos Bolsonaro e pelo próprio capitão. O destino do ex-ministro foi a demissão. Em seu lugar, entrou Floriano Peixoto Vieira Neto, também demitido, sucedido por Jorge Oliveira.
Depois de Gustavo Bebianno, foi a vez de Ricardo Vélez Rodríguez, destituído do cargo de ministro da Educação. Em abril, o presidente afirmou que faltava gestão na pasta, palco de polêmicas e recuos. Em seu lugar, foi nomeado o economista Abraham Weintraub, que já atuava no governo como secretário-executivo da Casa Civil. 
Durante seus 96 dias de gestão, 19 pessoas foram exoneradas da pasta, o que colocou em risco o andamento de projetos expressivos como a Base Nacional Comum Curricular e até mesmo o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Entre as propostas que sofreram um recuo forçado, estavam a implementação de livros escolares sem referências bibliográficas, do hino nacional em todas as instituições de ensino e de uma portaria que pretendia revogar por dois anos a avaliação de alfabetização de crianças.
O terceiro ministro a ser demitido foi o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que estava a frente da Secretaria de Governo – em seu lugar, foi colocado o general Luiz Eduardo Ramos. Santos Cruz representava a ala militar do governo que sempre esteve em conflito com a ala ideológica, encabeçada pelo escritor Olavo de Carvalho. 
No primeiro semestre do governo, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Santos Cruz defendeu a regulamentação das redes sociais. "Isso tem de ser feito. As pessoas de bom senso têm de atuar mais para chamar as pessoas à consciência de que a gente precisa dialogar mais, e não brigar.” Em suas redes sociais, Olavo de Carvalho reagiu: "Controlar a internet, Santos Cruz? Controlar a sua boca, seu merda". 
Entre vitórias e derrotas
Eleito com um discurso de “nova política” e preterindo as articulações entre os poderes, Bolsonaro, que esteve no Congresso Nacional como deputado por 27 anos, viu seu discurso se desmanchar no ar quando ocupou a cadeira da Presidência da República. Sua tentativa de forçar a aprovação de projetos sem nenhum diálogo com o poder Legislativo foi por água abaixo, e as aprovações só foram possível depois de mudanças no script presidencial.
“Em relação ao legislativo, ele não conseguiu impor uma pauta sua significativa e viu o seu partido se esfacelar ao ponto de ele mesmo deixar a legenda”, afirma o cientista político Humberto Dantas. “Em nenhum momento ele foi um presidente com um discurso agregador”.
Para Dantas, é pouco provável que esse comportamento mude: “ao contrário do que dizem, não acho que seja uma estratégia, mas uma característica de Bolsonaro. Ele nunca serviria como agregador. Isso pode durar alguns dias, mas não se sustenta. Bolsonaro gosta do conflito, da polêmica, de visualizar inimigos até mesmo onde não existe”.
Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (à esquerda), e do Senado, Davi Alcolumbre. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Congresso Nacional e STF
Algumas Medidas Provisórias (MP) editadas pelo governo caducaram no Congresso Nacional ou foram barradas no STF. Uma das medidas que caducou foi 867, que ampliava o prazo para a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA). Com o término do tempo para a votação, Bolsonaro editou outra MP extinguindo o prazo para os proprietários de terra realizarem o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Com isso, o limite de tempo para cadastramento no PRA também foi extinto. 
A MP 870/2019, que promovia a reforma administrativa, também previa a transferência do antigo Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) – hoje Unidade de Inteligência Financeira (UIF) – do Ministério da Economia para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. O maior interessado, Sergio Moro, no entanto, foi derrotado na Câmara e depois no Senado, que devolveram o Coaf para Paulo Guedes. Junto com a MP, também estava prevista a mudança da Fundação Nacional do Índio (Funai) do Ministério da Justiça para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, comandado por Damares Alves. O Congresso, entretanto, manteve a pasta com Sergio Moro. 
No Pacote Anticrime, do ministro Sergio Moro, três pontos foram rejeitados pelo Congresso Nacional. O mais significativo foi o excludente de ilicitude, que permitiria reduzir a pena ou deixar de aplicá-la em casos de excesso em ações de agentes de segurança públicos que decorressem “de escusável medo, surpresa ou violenta emoção”. A prisão em segunda instância e plea bargain – um acordo entre defesa e acusação a fim de concluir o processo em troca de redução de pena – também caíram. 
Dois decretos também foram rejeitados no Congresso Nacional. O mais importante deles, que configurou uma derrota significativa para Bolsonaro, foi a rejeição ao decreto que flexibilizava a posse e o porte de armas, por 47 a 28 votos, no Senado. Na Câmara, logo no início do ano, o decreto que ampliava o rol de autoridades com o poder de classificar documentos como secretos (15 anos de sigilo) e ultrassecretos (25 anos de sigilo) foi rejeitado. Na prática, esse decreto diminuiria a abrangência da Lei de Acesso à Informação. 
Em junho, pela primeira vez, o Supremo Tribunal Federal (STF) analisou uma ação que contesta o ato presidencial que extinguia os conselhos de administração pública federal amparados por lei. Pouco antes, o ministro do STF Luís Roberto Barroso suspendeu a MP 886, que transferia a atividade de demarcação de terras da Funai para o Ministério da Agricultura. Mais derrotas para Bolsonaro.
Até o dia 18 de dezembro, foram contabilizadas 41 medidas provisórias: 10 foram convertidas em lei, 11 tiveram a vigência encerrada e outras 20 ainda estão em tramitação. Quanto aos decretos, o governo Bolsonaro termina 2019 com 2.019 decretos revogados e 517 editados. 
“A gente ainda precisa refletir sobre quem de fato venceu”, afirma o cientista político Humberto Dantas sobre a Reforma da Previdência. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Principais vitórias
Para o cientista político Humberto Dantas, o principal projeto a ser analisado é a Reforma da Previdência. “A gente ainda precisa refletir sobre quem de fato venceu”, já que o projeto enviado ao Congresso Nacional pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e por Jair Bolsonaro ou se o que viu foi uma vitória dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente – ambos do DEM. No projeto da Reforma da Previdência, alguns pontos foram retirados pelo Congresso Nacional, configurando uma derrota para o governo, como o sistema de capitalização e as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural.
Uma das vitórias mais significativas foi o aval dado ao presidente pelo Congresso Nacional para que o Executivo pudesse contrair uma dívida de quase R$ 249 bilhões. O valor foi necessário para cobrir despesas da administração pública, como aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Bolsa Família e subsídios para fazendeiros. 
A autorização era inevitável, porque a Regra de Ouro não permite que a União se endivide para sanar gastos da administração pública. Caso o Congresso não aceitasse o pedido do presidente, este poderia sofrer um impeachment caso viesse a descumprir a regra. 
Outra significativa vitória foi a aprovação do STF para a privatização de subsidiárias estatais – empresas controladas por companhias públicas – sem passar pela avaliação do Congresso. A Corte, no entanto, determinou que a venda de estatais matrizes, como Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil, devem passar necessariamente pela aprovação dos parlamentares. 
Por fim, no âmbito das relações exteriores, no primeiro semestre do ano foi anunciado um futuro acordo comercial entre União Europeia e o Mercosul. Um acordo que vinha se arrastando para ser concretizado já há 20 anos. De acordo com dados do Ministério da Economia, a resolução deve elevar o Produto Interno Bruto (PIB) do país a R$ 336 bilhões em 15 anos. Esse valor pode aumentar se for levado em consideração a redução de barreiras não tarifárias.
Elefante numa casa de porcelana
Mesmo diante de algumas vitórias expressivas para o seu governo, o capitão reformado tem em sua estante mais derrotas do que prêmios como consequência de seu comportamento. Para o professor de ciências humanas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Michel Zaidan Filho, Bolsonaro “corre o risco de perder o mandato ou ficar sem aprovar parte de sua agenda ultraliberal”.
“Ele é como Fernando Collor, quer empurrar de goela abaixo uma agenda. Mas com esse Congresso cheio de partidos é muito difícil bater de frente. Se bate, acaba se isolando”. 
Para Zaidan Filho, “a mentalidade castrense militar não deixar ele entender que mesmo diante da mercadoria mais vendável é preciso ter jeito para poder comprá-la. (…) Ele é um elefante numa casa de porcelana: muitas vezes, quebra tudo”.