O procurador Diogo Castor de Mattos, da força-tarefa Lava
Jato, levou “bomba” no processo seletivo para o doutorado na tradicional
Universidade Federal do Paraná (UFPR).
O orientando da
doutora Ângela Cassia Costaldello não conseguiu nota suficiente para a área de
“Direito de Estado”, segundo o edital 45/2019 do Processo Seletivo para o
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu — Doutorado em Direito (turma 2020).
O
pupilo do ex-juiz Sérgio Moro e do procurador Deltan Dallagnol, coordenador da
força-tarefa, além de conseguir nota baixa, também é prodígio na colocação
ilegal de outdoors.
Em
agosto passado, o site The Intercept Brasil mostrou
que Diogo Castor de Mattos confessou ter bancado outdoors espalhados em
Curitiba com autoelogios aos membros da força-tarefa Lava Jato.
Em um
dos cartazes expostos no caminho do Aeroporto Afonso Pena, na capital
paranaense, se lia de forma pretensiosa:
“Bem-vindo à República de Curitiba
Terra da Operação Lava Jato: investigação que mudou o País
Aqui a lei se cumpre”
Terra da Operação Lava Jato: investigação que mudou o País
Aqui a lei se cumpre”
Pois
bem, ao longo dos últimos meses a casa caiu para a farsa da Lava Jato.
A partir das reportagens do site do jornalista
norte-americano Glenn Greenwald ficou claro que aqui a lei ‘não’ se cumpre e
que alguns dos próprios procuradores estão muito enrolados no crime.
Além do “café pequeno” dos outdoors do procurador
que reprovou na UFPR tem outras questões cabeludas que ainda precisam ser
esclarecidas:
· As
milionárias palestras de Deltan Dallagnol;
· Por que
algumas figuras não foram investigadas pela Lava Jato, a exemplo do “doleiro
dos doleiros” Dario Messer;
· O
procurador Januário Paludo recebeu ou não recebeu propina para não
investigar, conforme divulgou a Polícia Federal?
· A Lava
Jato resistiria uma investigação séria e “independente” acerca das delações
premiadas?
· Os compliances sugeridos pela força-tarefa
sucumbiriam diante de um pente-fino?
Enfim, a reprovação de Diogo Castro de Mattos no
doutorado da UFPR parece não ser a questão mais grave. Basta ele estudar um
pouco mais que no próximo processo seletivo que passa.
Agora a UFPR faz bem em elevar o filtro, pois não
pode a universidade mais antiga do País (ela foi fundada em 1912) abrigar
personas que violam sistematicamente a Constituição Federal.
No ano passado, o então juiz Sérgio Moro pediu para sair da cadeira de Processo Penal da
instituição. Ele preferiu lecionar numa universidade particular de Curitiba,
enquanto preparava o ingresso no governo de Jair Bolsonaro.
Fonte: Blog do Esmael