quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Reunião técnica debate empregabilidade no Paraná


O prefeito Júnior da Femac aproveitou a oportunidade para fazer um relato sobre as principais iniciativas de Apucarana no setor 
(Foto: PMA)

Apucarana recebeu nesta quinta-feira (26/09) evento regional da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho (SEJUF) e do Conselho Estadual do Trabalho (CETER). A abertura dos trabalhos, que aconteceu no salão nobre da prefeitura e reuniu representantes de agências do trabalhador de várias cidades da região, contou com a presença do prefeito Júnior da Femac. “O governo Ratinho Júnior tem uma preocupação muito grande em levar o desenvolvimento para todo o Paraná e no tocante à empregabilidade, o conselho estadual tem feito um grande trabalho. É uma honra para nós receber esta reunião técnica. Podem contar com Apucarana sempre que precisarem”, disse o prefeito.
Criado em 1994, o conselho tem por finalidade estabelecer diretrizes e prioridades para as políticas de trabalho, emprego e renda no Estado do Paraná. Cabe ao CETER promover a democratização das relações de trabalho e o entendimento entre trabalhadores, empregadores e os governos federal e estadual.
O prefeito Júnior da Femac aproveitou a oportunidade para fazer um relato sobre as principais iniciativas de Apucarana no setor. “Levamos recentemente a pasta do emprego para a Secretaria da Indústria e Comércio e estamos realizando ações contínuas para fomentar a capacitação profissional e a empregabilidade, visando sempre o incremento da geração de renda e riquezas”, pontuou Júnior, enumerando iniciativas que estão desburocratizando e agilizando a abertura de empresas, oferta de cursos profissionalizantes gratuitos em áreas com grande necessidade de mão de obra qualificada e desenvolvimento de programas municipais como a economia solidária, que qualifica e assessora mulheres para o mercado de trabalho.
O diretor do Departamento de Estado do Trabalho (DET), Ederson Colaço enalteceu as ações desenvolvidas pela Agência do Trabalhador de Apucarana e pela administração municipal. “A cidade se tornou um modelo. A partir da gestão do gerente Rodrigo Liévore melhoraram muito os números da agência e por isto Apucarana está de parabéns”, assinalou Colaço. Segundo ele, as políticas públicas implementadas pela prefeitura são efetivas e de resultados. “Dignas de serem replicadas em todo o estado”, disse.
A reunião técnica foi aberta pelo presidente do Conselho Estadual do Trabalho, José Toaldo Filho. Na sequência, as chefes regionais Daise Vieira Tokano (Londrina) e Juliana Eliza da Silva (Apucarana) falaram sobre as ações de suas unidades. O diretor do DET, Ederson Colaço, também fez uma abordagem do trabalho do departamento, seguido de apresentação dos dados do mercado de trabalho do Paraná e da região de Londrina/Apucarana, e desempenho das agências do trabalhador das regionais. O encontro foi encerrado com apresentações dos gerentes da agência do Trabalhador de Apucarana, Rodrigo Liévore, e Élice de Silvo, de Rolândia, que falaram sobre “Resultados e Desafios” das agências.


“Pocket shows” divulgam festival de música em Apucarana


O Femudap é uma realização da Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur), com apoio do Setor da Juventude da Diocese de Apucarana 
(Foto: PMA)

A música mensagem está invadindo as ruas da cidade. Com a proximidade do 5º Festival de Música Mensagem de Apucarana (Femudap), que acontece de 25 a 27 de outubro, no Cine Teatro Fênix, a Secretaria Municipal da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur) está intensificando a divulgação do evento. E a novidade desta edição é a realização de “pocket shows”, apresentações musicais de curta duração com artistas já inscritos. A primeira apresentação foi da cantora de Santa Fé, Michele Mi.
Por cerca de duas horas, ela enfrentou a chuva e chamou a atenção de quem passou pela Praça Interventor Manoel Ribas (Redondo). “O principal diferencial deste formato de evento é a atmosfera mais aconchegante, fazendo com que o público possa interagir com os artistas de maneira próxima”, assinala Mário Felipe Rodrigues, coordenador do Femudap.
Ele conta que até o dia do festival serão realizados vários eventos semelhantes na área central e bairros de Apucarana. “Temos muitos inscritos de cidades da região e estamos convidando todos para apresentar sua arte através destes pocket shows”, revela Mário Felipe.
O prazo de inscrição para o 5º Femudap vai até o dia 12 de outubro através do site http://www.femudap.com.br. Até o momento, a organização registra mais de 60 inscritos de estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Acre, Amapá, Sergipe e Mato Grosso do Sul. “Na região, além de artistas de Apucarana estão confirmados inscritos de Apucarana, Londrina, Maringá, Sarandi, Marialva, Jandaia do Sul, Arapongas, Cambira, Mandaguari, Santa Fé, Marilândia do Sul e Faxinal. Temos ainda inscritos de cidades da região metropolitana de Curitiba”, detalha Mário Felipe, coordenador do Femudap.
O Femudap é uma realização da Prefeitura de Apucarana, por meio da Secretaria da Promoção Artística, Cultural e Turística (Promatur), com apoio do Setor da Juventude da Diocese de Apucarana. O tema das composições é livre, com a exigência de que sejam músicas inéditas nas categorias música popular e música religiosa. A premiação prevê troféus e dinheiro do primeiro ao quinto lugar de cada categoria.
Além de incentivar a criatividade musical e promover intercâmbio cultural, o Femudap busca descobrir e valorizar novos talentos incentivando o trabalho de músicos e grupos iniciantes, bem como compositores, arranjadores e intérpretes amadores. “A música mensagem vem do coração, da alma. Ela emana coisas boas para a vida da gente”, comenta o prefeito Junior da Femac, um dos principais incentivadores da iniciativa.
As músicas e intérpretes finalistas serão avaliadas e escolhidas pela Comissão Organizadora do festival. Mais informações sobre o 5º Femudap podem ser obtidas pelos telefones (43) 3423-2944 ou (43) 99986-4185, com Mário Felipe, ou no site http://www.femudap.com.br.


Undime-PR orienta municípios durante seminário estadual


Organizado pela secretária apucaranense Marli Fernandes, o evento reuniu representantes de mais de cem cidades do Paraná

Cerca de 400 gestores e técnicos de secretarias municipais de educação do Paraná estiveram reunidos, na última terça (24) e quarta-feira (25), em Curitiba, para debater as Políticas Educacionais no contexto atual. O seminário foi promovido pela União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-PR), cuja presidente é a secretária de ensino apucaranense Marli Fernandes.
As principais palestras abordaram a formação docente no âmbito da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o currículo, a avaliação, a organização do ensino, o direito digital, as compras públicas, a prestação de contas e o papel do Ministério Público.
“O objetivo do seminário foi promover a troca de experiências e o esclarecimento de dúvidas quanto às normativas e ao uso dos recursos da educação. Nós ficamos muito felizes em ver que mais de cem municípios atenderam ao nosso chamado. A prioridade é a defesa do ensino público com qualidade social,” disse Marli Fernandes.
O secretário estadual de educação, Renato Feder, fez questão de passar pelo local e conversar com os participantes. Ele destacou o forte compromisso do governador Ratinho Junior com a educação e elencou as ações pedagógicas que estão sendo implementadas pela SEED-PR para apoiar os professores em sala de aula, como a Avaliação de Fluência em Leitura, a Prova Paraná, o Projeto Tutoria e o Programa Presente na Escola.
O prefeito Junior da Femac destacou a representatividade de Apucarana. “Desde que a secretária Marli assumiu a presidência da Undime-PR, ela tem participado dos principais debates sobre educação e levado a experiência da nossa cidade para as diversas regiões do estado e do país. A aceitação das propostas e projetos apucaranenses é sempre ótima, demonstrando que estamos no caminho correto,” afirmou.
Participaram também do seminário da Undime-PR, a presidente estadual da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), Ana Lúcia Alves; a secretária municipal de educação de Curitiba, Maria Sílvia Bacila; o representante da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), Jair Bombonato; a representante da Secretaria de Estado da Educação (SEED-PR), Elaine Benato; o coordenador geral de tecnologia e inovação do Ministério da Educação, Alexandre Mathias Pedro; o promotor de justiça da Comarca de Almirante Tamandaré, Márcio Soares Berclaz; entre outras autoridades.


Apucarana conclui 1ª etapa da obra do Centro Cultural Fênix


Obra ficou parada por 10 anos e a atual gestão redimensionou o projeto, planejando a execução em etapas.
(Fotos: PMA)
O projeto que cria o Centro Cultural Fênix está avançando. Nesta semana, foram concluídas as obras da primeira etapa, compreendendo serviços no Edifício Fênix e também no prédio em anexo e que abriga o Cine Teatro Fênix.
De acordo com o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, são duas estruturas situadas em anexo e que formarão o complexo cultural. O Cine Teatro Fênix já é utilizado pelo público e recebeu diversas adequações, especialmente no tocante à prevenção de incêndio.
No térreo, no hall de entrada ao Cine Teatro, foi instalado novo piso, feita a pintura e a instalação de corrimãos. Internamente, a pintura também foi renovada, bem como o gesso da cobertura foi consertado. “O local já foi vistoriado pelo Corpo de Bombeiros, que solicitou alguns ajustes. Nos próximos dias, deve acontecer a vistoria final”, esclarece Junior da Femac.
Entre os dispositivos de segurança instalados estão hidrantes, acionadores de alarme de incêndio, detectores de fumaça, central de alarme, guarda corpo e corrimãos.
Quanto às obras nos três andares do Edifício Fênix, que ficam em anexo ao Cine Teatro Fênix, o prefeito esclarece que o serviço chegou a ser iniciado em 2007, mas a reforma acabou sendo paralisada naquela época quando a empreiteira vencedora da licitação apresentou incapacidades que levaram à rescisão contratual.
A atual gestão redimensionou o projeto, planejando a execução em etapas. “Nesta fase inicial, investimos R$ 292 mil de recursos próprios. Agora, buscaremos viabilizar mais recursos para a realização da segunda etapa para então, finalmente, podermos entregar o Centro Cultural Fênix para a população”, ressalta Junior da Femac.
De acordo com a engenheira civil, Caroline Moreira Souza, responsável pelo acompanhamento da primeira etapa da obra, foram feitas a limpeza de todos os andares do Edifício Fênix, instalação de esquadrias e vidros nas janelas e pintura das fachadas, além da instalação da fiação da rede elétrica. “Na parte superior, havia apenas uma laje e executamos a cobertura com telhas, calhas e rufos”, completa a engenheira.
SEGUNDA ETAPA – O prefeito de Apucarana afirma que a segunda etapa compreenderá a finalização dos três andares do Edifício Fênix, com a instalação de piso, pintura, divisórias, forro, equipamentos sanitários, luminárias, interruptores e tomadas. “Nesta etapa, também deveremos incluir a reforma da cobertura do Cine Teatro Fênix, que é bastante antiga. Já fizemos a cobertura do Edifício Fênix, mas ela não está ligada ao prédio que abriga o Cine Teatro Fênix, pois são estruturas construídas em níveis diferentes”, explica Junior da Femac.


Nova lei passa a tributar valores de acordos trabalhistas


O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou lei que altera a cobrança de imposto sobre valores recebidos por trabalhadores em acordos trabalhistas, sejam judiciais ou não. A medida afeta benefícios como férias, 13º salário e horas extras.
Aprovada em agosto pelo Senado e em setembro pela Câmara, a lei 13.876 estabelece que os valores de acordos trabalhistas não poderão ser mais declarados apenas como indenizatórios se houver também questões de natureza remuneratória envolvidas, o que inclui férias, 13º salário e horas extras.
Portanto, a medida tem o objetivo de acabar com a prática de estabelecer todo o valor negociado como indenização – caso de danos morais, prêmios e bonificações -, prática comum para evitar ou diminuir a cobrança de impostos, como contribuição previdenciária e Imposto de Renda.
Agora, as verbas só podem ser classificadas como indenizatórias caso o pedido original se refira exclusivamente a verbas dessa natureza. Com relação às verbas de natureza remuneratória, a lei coloca que não poderão ter como base de cálculo valores mensais inferiores ao salário mínimo ou ao piso salarial da categoria, caso exista. Os tributos também não devem ser calculados sobre valores menores que a diferença entre o valor devido pelo empregador e o efetivamente já pago ao trabalhador.
 Fonte: Contraponto


CPI das Fake News convoca protagonistas da fraude das eleições de 2018


Os protagonistas da fraude nas eleições de 2018 e que atuaram na indústria de fake news na campanha de Bolsonaro serão convocados para prestar esclarecimentos na CPI da Fake News. Empresas, uma assessora de Bolsonaro e mais o WhatsApp, Facebook, Twitter e Google foram chamados
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga fake news avança e nesta quarta-feira (25) aprovou a convocação de empresas apontadas como responsáveis por disparar mensagens e pessoas que prestaram serviços para a campanha eleitoral de Jair Bolsonaro em 2018.
As empresas Quickmobile, Croc Services, SMS Market e Yacows, que foram citadas em reportagens que revelaram o envio em massa de mensagens por WhatsApp, além dos responsáveis pelas empresas CA Ponte e Enviawhatsapp, deverão comparecer a CPI para prestar esclarecimentos.
O representante do WhatsApp no Brasil também foi convocado pela CPMI, assim como os de Facebook, Twitter, Google e YouTube.
O avanço da CPI da Fake News tem preocupado o governo Bolsonaro, já que as convocações seguem na direção de marqueteiros e empresários suspeitos de financiar ataques virtuais que alteraram o resultado das urnas.  
E as convocações estão cada vez mais próximas do Planalto. Rebecca Félix da Silva Ribeiro Alves, que hoje é assessora do Palácio do Planalto, também foi convocada para depor. Ela trabalhou durante a campanha na casa do empresário Paulo Marinho, apoiador de Bolsonaro, que admitiu em entrevista que atuou para o disparo de informações falsas.
O esquema de disparo de mensagens falsas em massa por empresários que apoiavam Jair Bolsonaro foi revelado pela Folha em outubro do ano passado.


Encontro reunirá mais de 60 escritores em Apucarana


Evento é uma realização conjunto entre Sesc, Sistema Fecomércio PR e Secretaria da Promoção Artística, Cultural e Turística da Prefeitura de Apucarana (Promatur)

Finalizando a Semana Literária do Sesc, acontece nesta sexta-feira (27/09), a partir das 20 horas, no ginásio do Sesc Apucarana, o II Encontro de Escritores de Apucarana e Região. O evento vai contar com palestra de Oscar Nakasato. Vencedor dos prêmios Benvirá, Nikkei-Bunkyo e Jaboti com o romance “Nihonjin”, Nakasato é mestre em teoria literária e literatura comparada e doutor em literatura brasileira.
Uma realização conjunta entre Sesc, Sistema Fecomércio PR e Secretaria da Promoção Artística, Cultural e Turística da Prefeitura de Apucarana (Promatur). “No ano passado, no hall do Cine Teatro Fênix, realizamos o primeiro e como tivemos grande procura de escritores de fora, resolvemos fazer este segundo encontro, incluindo também autores da região”, relata professor Maria Agar Borba, secretária da Promatur.
Estão confirmados no evento mais de 60 escritores de Apucarana, Arapongas, Faxinal, Nova Santa Bárbara, Cambé, São José do Ivaí, Rio Bom, Jandaia do Sul, Ivaiporã e também de Maringá. “Além da palestra teremos roda de conversas e exposição de obras. Um espaço de interação e troca de conhecimentos. Um evento muito bonito, aberto e totalmente gratuito a toda população interessada”, conclui Maria Agar. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 3423-2944.



Em Brasília, Junior da Femac libera recursos para entrega de duas UBSs


Em companhia do deputado Sérgio Souza, prefeito manteve reunião com técnicos do Ministério da Saúde 
(Foto: Divulgação)

Em audiência mantida na terça-feira (24), em Brasília, com equipe técnica do Ministério da saúde, na companhia do deputado federal Sérgio Souza (MDB), o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, conseguiu resolver a questão de repasses em atraso, referentes às obras das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do Residencial Interlagos e do Residencial Fariz Gebrim.
Conforme relata o prefeito, no prazo de até 10 dias, as parcelas finais dos dois contratos devem ser repassadas pelo Ministério da Saúde. “As duas obras estão praticamente concluídas e até com as medições realizadas. A partir de agora, poderemos inaugurar a UBS do Interlagos. Já no caso da UBS do Fariz Gebrim, que também está pronta, será preciso aguardar a entrega das casas do novo residencial”, assinalou Junior da Femac.
O deputado federal Sérgio Souza disse que todos os documentos necessários, em relação às duas obras, foram entregues e o Ministério da Saúde irá agora providenciar o pagamento das parcelas finais das duas UBSs. “Já obtivermos o parecer favorável dos técnicos do Ministério da Saúde e nos próximos dias os recursos serão liberados”, assegurou Souza.
INVESTIMENTO – Na UBS Elaine Mazur o investimento total foi de R$ 586 mil, com R$ 408 mil de recursos oriundos de emenda parlamentar do ex-deputado federal Dr. Rosinha, e mais R$ 178 mil de contrapartida do Município, o prédio da nova UBS do Interlagos foi construído numa área de 2 mil metros quadrados, junto à Cristiano Krusmaull. A inauguração deve ser agendada para as próximas semanas,
A nova sede, com 302 m² de área edificada, conta com consultório odontológico com dois gabinetes; três consultórios médicos, salas de espera, inalação, estocagem de medicamentos, curativos, vacinas, coletas e de administração, além de uma sala maior para atividades do Programa Saúde da Família (PSF), sanitários, copa/cozinha e garagem externa para ambulância.
A prefeitura de Apucarana também concluiu a pavimentação das ruas Amélia Fonteque e Ermínio Fernandes que dão acesso aos prédios da futura escola e da UBS do Interlagos. Os serviços de drenagem, construção de meio-fio e a pavimentação de 4.5 mil m² envolveram um investimento de R$ 352 mil, com recursos próprios do município. Também já foi feita a instalação da energia elétrica nestas duas ruas, ao custo de R$ 137 mil.


Capela Mortuária do Pirapó será ampliada


Durante o ato, que aconteceu no gabinete municipal, o prefeito Júnior da Femac revelou projetos para a construção de mais capelas mortuárias 
(Foto: PMA)

O prefeito Júnior da Femac autorizou nesta quarta-feira (25/09), em ato no gabinete municipal, o início das obras de reforma da área de 105,41 metros quadrados e ampliação em 61,90 metros quadrados da Capela Mortuária do Distrito de Pirapó. Inaugurada no ano de 2004, juntamente com a Praça da Esperança, esta é a primeira grande intervenção feita no espaço ao longo destes 15 anos. “Além da ampla reforma, com melhorias na cozinha, troca de revestimento, revisão da cobertura, do abrigo de entrada e pintura, vamos realizar a remoção dos banheiros da parte interna e construí-los em anexo, resultando em mais espaço para a sala de velórios”, informou o prefeito.
A vencedora da licitação foi a empresa Pires Construções e Empreendimentos Ltda, de Apucarana. O valor do investimento é de R$109.879,61, com recursos do caixa municipal, sendo R$54.203,46 referente às intervenções de reforma e R$55.676,15 à ampliação. O prazo para execução dos serviços é de até 150 dias. “Quero aqui destacar a luta do vereador Poim por esta e outras obras para o distrito. Pode existir uma pessoa que ame o Pirapó, mas mais que o Poim não há”, enalteceu Júnior. “O Pirapó tem uma capela muito acanhada, mas com essas melhorias ganhará um novo espaço, que vai atender melhor às necessidades da comunidade”, frisou o prefeito.
Morador do Distrito de Pirapó, Carlos César Bovo, agradeceu o investimento liberado pela prefeitura. “Antes do prefeito Beto Preto e agora com o Júnior da Femac, Apucarana caminhava devagar, igual a um fusca. Hoje a gente anda por toda a cidade e vê que tudo está evoluindo rapidamente, na velocidade de uma Ferrari”, comparou. O vereador Poim parabenizou o planejamento e reafirmou o apoio dos nove vereadores da base ao trabalho que vem sendo desenvolvido. “As pessoas hoje enxergam na prefeitura pessoas de caráter, que não vendem sonhos, mas sim realidades. Uma gestão transparente com prefeito e secretários, que amam a cidade. Uma prefeitura de gabinete aberto. Não só o Pirapó, mas a cidade toda ganhou muito com esta gestão Beto Preto/Júnior da Femac, por isto podem contar sempre com os vereadores da base”, pontuou Poim.
Durante o ato, que contou com a presença do diretor-presidente da Autarquia dos Serviços Funerários de Apucarana (Aserfa), Marcos Bueno, dos vereadores Francisley “Poim” Godoi e Márcia Sousa, do secretário Municipal de Obras, Herilvelto Moreno e moradores do Distrito de Pirapó, o prefeito Júnior da Femac revelou projetos para a construção de mais capelas mortuárias.
“Minha missão é dar continuidade ao planejamento da Gestão Beto Preto. Temos aqui a presença da vereadora Márcia, que tem um carinho muito grande por esta região, então assumo hoje o compromisso de viabilizar uma capela mortuária em área entre o Jardim Colonial e o Residencial Sumatra. No Distrito de Correia de Freitas a igreja também quer nos disponibilizar uma área e estamos estudando a possibilidade, assim como para o Distrito de Caixa de São Pedro, cuja construção de uma capela mortuária também é uma vontade da administração municipal”, disse Júnior da Femac. Na sequência da edificação das capelas, o planejamento prevê a construção da sede própria da Aserfa. “Ainda não há uma definição do local. Pode ser junto à capela central, não sabemos ainda, mas certamente será um projeto arquitetônico moderno, com tudo de melhor que pode ser oferecido para este tipo de serviço”, conclui o prefeito.
Realizações – O prefeito Júnior da Femac aproveitou a solenidade para lembrar de todo o planejamento da gestão no setor dos serviços funerários. “Em 2013, no início do mandato o Beto Preto adotou uma postura corajosa e republicou toda a normativa que municipalizou, em 1989, os serviços funerários em Apucarana. Uma coisa incrível, que acabou com a disputa por caixão em nossa cidade, pois no momento mais difícil para uma família, que é a perda de um ente, não pode imperar o dinheiro mais sim a humanidade. Com a municipalização podemos oferecer um serviço de baixo custo”, destacou o prefeito.
Júnior salientou ainda que a partir de então a gestão Beto Preto deu andamento a uma série de outras realizações. “Adequamos nossos cemitérios de acordo com as normas do IAP, construímos as capelas mortuárias do Jardim Ponta Grossa e do Distrito de Vila Reis, adquirimos o terreno e fizemos projeto do novo cemitério municipal (Morada da Paz), que vamos licitar a construção em breve, e promovemos uma ampla reforma e ampliação da capela mortuária central, cujas obras estão na reta final”, concluiu.


Prefeitura recupera estradas na região do Barreiro


Atualmente, os trabalhos estão concentrados na região do Barreiro, onde serão recuperados cerca de 20 quilômetros de estradas.
(Foto: PMA)

A equipe da patrulha mecanizada rural da Prefeitura de Apucarana está atuando na recuperação de estradas rurais na região do Patrimônio do Barreiro.  A frente permanecerá neste local pelos próximos 30 dias, onde promoverá melhorias em cinco estradas rurais.
De acordo com o prefeito de Apucarana, Junior da Femac, somente neste ano foram recuperados mais de 200 quilômetros de estradas. “Os trabalhos seguem um cronograma elaborado pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos e já beneficiaram diversas comunidades rurais, localizadas nas regiões do Xaxim, Rio do Cerne, Correia de Freitas, Vila Reis, São Domingos, Pirapó e Caixa de São Pedro”, cita Junior da Femac.
Nos próximos dias, conforme o prefeito, os trabalhos serão concentrados na região do Barreiro, onde serão recuperados cerca de 20 quilômetros de estradas. “Esses serviços vem atendendo diversas regiões do Município, garantindo o transporte de insumos e o escoamento da produção”, reitera o prefeito.
Segundo Mauro Toshio Kitano, diretor do Departamento Municipal de Estradas Rurais, atualmente a equipe da Prefeitura está trabalhando simultaneamente em dois locais no Patrimônio do Barreiro. “Estamos fazendo o cascalhamento da Estrada Pé de Galinha e, ao mesmo tempo, já iniciamos os trabalhos de limpeza, execução de bigodes e caixas de retenção de água na Estrada dos Setenta”, cita.
Na sequência, a equipe atuará na recuperação da estrada localizada no assentamento do Banco da Terra, na Estrada da Fazenda Valéria e na Estrada do Cunha. “Deveremos permanecer nesta região por cerca de 30 dias e depois a equipe será deslocada para outra região, seguindo o cronograma de obras”, frisa Toshio.
De acordo com o diretor municipal, a patrulha mecanizada rural é composta por 15 funcionários e diversos maquinários, como caminhões, pá carregadeira, rolo compressor, motoniveladora, retroescavadeira hidráulica e trator esteira.


quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Congresso derruba vetos e restaura 15 crimes de abuso de autoridade

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à apreciação de vetos e do PLN 5/2019, que trata da LDO de 2020, além de projetos de créditos especiais.   À mesa, presidente do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), conduz sessão.  Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado


O Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira (24) 18 vetos presidenciais à nova Lei do Abuso de Autoridade (Lei 13.869, de 2019). Quase todos são referentes a 15 condutas tipificadas pela lei. Com isso, elas voltam à legislação e podem ser punidas com perda do cargo público e prisão.
Além desses crimes, os parlamentares restauraram uma mudança que a lei promove no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906, de 1994). O texto ganha artigo estipulando pena de três meses a um ano de prisão para a violação das seguintes prerrogativas dos advogados:
  • Inviolabilidade do local de trabalho;
  • Inviolabilidade de comunicações relativas à profissão;
  • Comunicação pessoal e reservada com clientes;
  • Presença de representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em caso de prisão em flagrante por motivo ligado à profissão; e
  • Prisão em sala de Estado-Maior ou em domicílio antes de sentença transitada em julgado.
A lei ressalta que só ficará caracterizado o abuso quando o ato tiver, comprovadamente, a intenção de beneficiar a si próprio ou prejudicar outro. A mera divergência interpretativa de fatos e normas legais (a chamada hermenêutica) não configura, por si só, conduta criminosa.





 Fonte: Agência Senado


FNDE garante a regularização de verbas para construção de CMEIs em Apucarana


Junior da Femac e Sérgio Souza asseguraram retomada de pagamentos de obras orçadas em R$ 4,5 milhões 
(Foto: Divulgação)
O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Rodrigo Sérgio Dias, assegurou nesta terça-feira (24/09) que num prazo de trinta dias o Governo Federal irá regularizar o repasse de pagamentos para obras contratadas via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O anúncio foi feito ao prefeito de Apucarana Junior da Femac e o deputado federal Sérgio Souza, em audiência mantida no FNDE.
Conforme explica o prefeito, são importantes obras executadas pelo município com recursos do Governo Federal. “Apesar de os repasses estarem atrasados desde janeiro, as obras não foram paralisadas. As construtoras mantiveram o trabalho nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) do Afonso Camargo, Jardim Catuaí e Sanches dos Santos”, explicou Junior da Femac, agradecendo aos empreiteiros por não paralisarem as obras, que representam investimentos de R$ 4,5 milhões.
O prefeito acrescentou que as três unidades estão com cerca de 60% do cronograma cumprido e, depois de prontas, irão abrir mais 360 vagas para as mães trabalhadoras destes bairros. “Argumentamos junto ao presidente do FNDE que Apucarana prioriza a oferta de mais vagas em novas creches pela grande demanda de mães que trabalham no nosso pólo de produção de roupas, que é o maior do Paraná”, informou Junior.
A boa notícia obtida em Brasília, segundo o prefeito, é fruto do trabalho do deputado Sérgio Souza. “Na condição de presidente da Comissão de Finanças da Câmara Federal, Sérgio Souza negociou junto ao Governo Federal o descontigenciamento de recursos da educação, para pagamento das parcelas em atraso”, revelou Junior.
De acordo com o prefeito, também avançou o projeto de construção de um novo CMEI no Parque Bela Vista, via PAR. “A homologação da obra deve ser anunciada em mais algumas semanas”, adiantou.


terça-feira, 24 de setembro de 2019

Sim, o Brasil já foi respeitado e admirado. Relembre o primeiro discurso de Lula na ONU


"No Brasil, estamos instaurando um novo modelo capaz de conjugar estabilidade econômica e inclusão social. As negociações comerciais não são um fim em si mesmo. Devem servir à promoção do desenvolvimento e à superação da pobreza. O comércio internacional deve ser um instrumento não só de criação, mas de distribuição de riqueza", disse Lula em 2003, arrancando aplausos de líderes internacionais
Foto: Ricardo Stuckert)

247 – Diante de uma platéia de chefes de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou por cerca de 20 minutos na abertura da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas no dia 23 de setembro de 2003.
Leia abaixo a íntegra do discurso:
Discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 58a Assembléia Geral da ONU:
“Que minhas primeiras palavras diante deste Parlamento Mundial sejam de confiança na capacidade humana de vencer desafios e evoluir para formas superiores de convivência no interior das nações e no plano internacional.
Em nome do povo brasileiro, reafirmo nossa crença nas Nações Unidas. Seu papel na promoção da paz e da justiça permanece insubstituível.

Rendo homenagem ao Secretário-Geral, Kofi Annan, por sua liderança na defesa de um mundo irmanado pelo respeito ao direito internacional e a solidariedade entre as nações.

Esta Assembléia se instala sob o impacto do brutal atentado à Missão da ONU em Bagdá que vitimou o Alto Comissário para Direitos Humanos, nosso compatriota Sérgio Vieira de Mello. A reconhecida competência de Sérgio nutria-se das únicas armas em que sempre acreditou: o diálogo, a persuasão, a atenção prioritária aos mais vulneráveis. Exerceu, em nome das Nações Unidas, o humanismo tolerante, pacífico e corajoso que espelha a alma libertária do Brasil. Que o sacrifício de Sérgio e de seus colegas não seja em vão. A melhor forma de honrar sua memória é redobrar a defesa da dignidade humana onde quer que ela esteja ameaçada.
Saúdo fraternalmente o senhor Julian Hunte, que assume a Presidência desta Assembléia em momento especialmente grave na história da ONU. A comunidade internacional está diante de enormes desafios políticos, econômicos e sociais, que exigem esforço acelerado de reforma da Organização, para que nossas decisões e ações coletivas passem a ser de fato respeitadas e eficazes.
Senhoras e Senhores,
Nesses nove meses como presidente do Brasil, tenho dialogado com líderes de todos os continentes. Percebo nos meus interlocutores forte preocupação com a defesa e o fortalecimento do multilateralismo. O aperfeiçoamento do sistema multilateral é a contraparte necessária do convívio democrático no interior das Nações. Toda nação comprometida com a democracia, no plano interno, deve zelar para que, também no plano externo, os processos decisórios sejam transparentes, legítimos, representativos.
As tragédias do Iraque e do Oriente Médio só encontrarão solução num quadro multilateral, em que a ONU tenha um papel central. No Iraque, o clima de insegurança e as tensões crescentes tornam ainda mais complexo o processo de reconstrução nacional. A superação desse impasse somente poderá ser assegurada a partir da liderança da ONU. Não apenas no restabelecimento de condições aceitáveis de segurança, mas também na condução do processo político, com vistas à restauração plena da soberania iraquiana no mais breve prazo.
Não podemos fugir a nossas responsabilidades coletivas. Pode-se talvez vencer uma guerra isoladamente. Mas não se pode construir a paz duradoura sem o concurso de todos.
Senhor presidente,
Dois anos depois, ainda estão vivas em nossa memória as imagens do bárbaro atentado de 11 de setembro. Existe, hoje, louvável disposição de adotar formas mais efetivas de combate ao terrorismo, às armas de destruição em massa, ao crime organizado. Constata-se, no entanto, preocupante tendência de desacreditar a nossa Organização e até mesmo de desinvestir a ONU de sua autoridade política.
Sobre esse ponto não deve haver qualquer ambigüidade. A ONU não foi concebida para remover os escombros dos conflitos que ela não pôde evitar por mais valioso que seja o seu trabalho humanitário. Nossa tarefa central é preservar os povos do flagelo da guerra. Buscar soluções negociadas com base nos princípios da Carta de São Francisco.
Não podemos confiar mais na ação militar do que nas instituições que criamos com a visão da História e a luz da Razão.
A reforma da ONU tornou-se um imperativo, diante do risco de retrocesso no ordenamento político internacional. É preciso que o Conselho de Segurança esteja plenamente equipado para enfrentar crises e lidar com as ameaças à paz. Isso exige que seja dotado de instrumentos eficazes de ação.
É indispensável que as decisões deste Conselho gozem de legitimidade junto à Comunidade de Nações como um todo. Para isso, sua composição em especial no que se refere aos membros permanentes não pode ser a mesma de quando a ONU foi criada há quase 60 anos.
Não podemos ignorar as mudanças que se processaram no mundo, sobretudo a emergência de países em desenvolvimento como atores importantes no cenário internacional muitas vezes exercendo papel crucial na busca de soluções pacíficas e equilibradas para os conflitos.
O Brasil está pronto a dar a sua contribuição. Não para defender uma concepção exclusivista da segurança internacional. Mas para refletir as percepções e os anseios de um continente que hoje se distingue pela convivência harmoniosa e constitui um fator de estabilidade mundial. O apoio que temos recebido, na América do Sul e fora dela, nos estimula a persistir na defesa de um Conselho de Segurança adequado à realidade contemporânea.
É fundamental, igualmente, devolver ao Conselho Econômico e Social o papel que lhe foi atribuído pelos fundadores da Organização. Queremos um ECOSOC capaz de participar ativamente da construção de uma ordem econômica mundial mais justa. Um ECOSOC que, além disso, colabore com o Conselho de Segurança na prevenção de conflitos e nos processos de reconstrução nacional.
A Assembléia Geral, por sua vez, precisa ser politicamente fortalecida para, sem dissipação de esforços, dedicar-se aos temas prioritários. A Assembléia Geral tem cumprido papel relevante ao convocar as grandes Conferências e outras reuniões sobre direitos humanos, meio ambiente, população, direitos da mulher, discriminação racial, AIDS, desenvolvimento social.
Mas ela não deve hesitar em assumir suas responsabilidades na administração da paz e segurança internacionais. A ONU já deu mostras de que há alternativas jurídicas e políticas para a paralisia do veto e as ações sem endosso multilateral. A paz, a segurança, o desenvolvimento e a justiça social são indissociáveis.
Senhor presidente,
O Brasil tem se esforçado para praticar com coerência os princípios que defende.O novo relacionamento que estamos estabelecendo com os vizinhos do continente Sul-americano baseia-se no respeito mútuo, na amizade e na cooperação. Estamos indo além das circunstâncias históricas e geográficas que compartilhamos, para criar um inédito sentimento de parentesco e de parceria. Neste contexto, nossa relação com a Argentina é fundamental.
A América do Sul afirma-se, cada vez mais, como região de paz, democracia e desenvolvimento, que pode, inclusive, ser uma nova fronteira de crescimento para a economia mundial há anos estagnada. Além de aprofundar as relações já muito relevantes com nossos tradicionais parceiros da América do Norte e da Europa, buscamos ampliar e diversificar nossa presença internacional.
Nas parcerias com a China e com a Rússia, estamos descobrindo novas complementariedades. Somos, com muito orgulho, o país com a segunda maior população negra do mundo. Em novembro, deverei visitar cinco países da África Austral, para dinamizar nossa cooperação econômica, política, social e cultural. Vamos também realizar um encontro de cúpula entre os países sul-americanos e os Estados que compõem a Liga Árabe. Com a Índia e a África do Sul estabelecemos um foro trilateral, orientado para a concertação política e projetos de interesse comum.
O protecionismo dos países ricos penaliza injustamente os produtores eficientes das nações em desenvolvimento. Além disso, é hoje o maior obstáculo para que o mundo possa ter uma nova época de progresso econômico e social.
O Brasil e seus parceiros do G-22 sustentaram na reunião da OMC em Cancun que esta grave questão pode ser resolvida por meio da negociação pragmática e mutuamente respeitosa, que leve à efetiva abertura dos mercados. Reafirmo nossa disposição de buscar caminhos convergentes, que beneficiem a todos, levando em conta as necessidades dos países em desenvolvimento.
Somos favoráveis ao livre comércio, desde que tenhamos oportunidades iguais de competir. A liberalização deve ocorrer sem que os países sejam privados de sua capacidade de definir políticas nos campos industrial, tecnológico, social e ambiental.
No Brasil, estamos instaurando um novo modelo capaz de conjugar estabilidade econômica e inclusão social. As negociações comerciais não são um fim em si mesmo. Devem servir à promoção do desenvolvimento e à superação da pobreza. O comércio internacional deve ser um instrumento não só de criação, mas de distribuição de riqueza.
Senhor presidente,
Reitero perante esta Assembléia verdadeiramente universal o apelo que dirigi aos Fóruns de Davos e Porto Alegre e à Cúpula Ampliada do G-8, em Evian. Precisamos engajar-nos política e materialmente na única guerra da qual sairemos todos vencedores: a guerra contra a fome e a miséria.
Erradicar a fome no mundo é um imperativo moral e político. E todos sabemos que é factível. Se houver de fato vontade política de realizá-lo. Não me agrada repisar as evidências da barbárie. Prefiro sempre louvar progressos, por modestos que sejam. Mas não há como omitir os números que expõem a chaga terrível da miséria e da fome no mundo.
A fome, hoje, atinge cerca de 1/4 da população mundial incluindo 300 milhões de crianças. Diariamente, 24 mil pessoas são vitimadas por doenças decorrentes da desnutrição. Nada é tão absurdo e inaceitável quanto à persistência da fome em pleno século 21, a idade de ouro da ciência e da tecnologia.
A cada dia a inteligência humana amplia o horizonte do possível, realizando prodigiosas invenções. E, no entanto, a fome continua e, o que é mais grave, se alastra em várias regiões do planeta. Quanto mais a humanidade parece aproximar-se de Deus pela capacidade de criar, mais o renega pela incapacidade de respeitar e proteger suas criaturas. Quanto mais o celebramos ao gerar riquezas, mais o ferimos por não saber, minimamente, reparti-las.
De que vale toda essa genialidade científica e tecnológica, toda a abundância e o luxo que ela é capaz de produzir, se não a utilizamos para garantir o mais sagrado dos direitos: o direito à vida?
Recordo a lúcida advertência de Paulo VI, feita 36 anos atrás, mas de desconcertante atualidade: ‘os povos da fome dirigem-se hoje, de modo dramático, aos povos da opulência’. A fome é uma emergência e como tal deve ser tratada. Sua erradicação é uma tarefa civilizatória, que exige um atalho para o futuro. Vamos agir para acabar com a fome ou imolar nossa credibilidade na omissão?
Não temos mais o direito de dizer que não estávamos em casa quando bateram à nossa porta e pediram solidariedade.
Não temos o direito de dizer aos famintos que já esperaram tanto: passem no próximo século.
O verdadeiro caminho da paz é o combate sem tréguas à fome e à miséria, numa formidável campanha de solidariedade capaz de unir o planeta ao invés de aprofundar as divisões e o ódio que conflagram os povos e semeiam o terror.
Apesar do fracasso dos modelos que privilegiam a geração de riqueza sem reduzir a miséria, a miopia e o egoísmo de muitos ainda persistem. Desde 1º de janeiro, logramos no Brasil avanços significativos em nossa economia. Recuperamos a estabilidade e criamos as condições para um novo ciclo de crescimento sustentado. Continuaremos a trabalhar com vigor para manter o equilíbrio das contas públicas e reduzir a vulnerabilidade externa.
Não mediremos esforços para aumentar as exportações, ampliar a capacidade de poupança, atrair investimentos e voltar a crescer. Mas devemos ser capazes, ao mesmo tempo, de atender as necessidades de alimentação, emprego, educação e saúde de dezenas de milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza. Temos o compromisso de realizar um grande reforma social no país.
A fome é o aspecto mais dramático e urgente de uma situação de desequilíbrio estrutural, cuja correção requer políticas integradas para a promoção da cidadania plena.
Por isso, lancei no Brasil o projeto “Fome Zero”, que visa por meio de um grande movimento de solidariedade e de um programa abrangente envolvendo o governo, a sociedade civil e o setor privado eliminar a fome e suas causas.
O Programa conjuga medidas estruturais e emergenciais e já atende quatro milhões de pessoas que não tinham sequer o direito de comer todos os dias. Nossa meta é que até o final de meu governo nenhum brasileiro passe fome.
Senhor presidente,
As Nações Unidas aprovaram as Metas do Milênio. A FAO possui notável experiência técnica e social. Mas precisamos dar um salto de qualidade no esforço mundial de luta contra a fome. Propus, nesse sentido, a criação de um Fundo Mundial de Combate à Fome e sugeri formas de viabilizá-lo.
Existem outras propostas, algumas já incorporadas a programas das Nações Unidas.O que faltou até agora foi a imprescindível vontade política de todos nós, especialmente daqueles países que mais poderiam contribuir. De nada servem os fundos se ninguém aporta recursos. As Metas do Milênio são louváveis mas, se continuarmos omissos, se o nosso comportamento coletivo não mudar, permanecerão no papel e a frustração será imensa.
É preciso, mais do que nunca, transformar intenção em gesto. É preciso praticar o que pregamos. Com audácia e bom senso. Com ousadia e pés no chão. Inovando no conteúdo e na forma. Adotando métodos e soluções novas, com intensa participação social.
Por isso, submeto à consideração dessa Assembléia a hipótese de criar, no âmbito da própria ONU, um Comitê Mundial de Combate à Fome, integrado por chefes de Estado ou de governo, de todos os continentes, com o fim de unificar propostas e torná-las operativas.
Esperamos motivar contribuições financeiras de países desenvolvidos e em desenvolvimento, de acordo com as possibilidades de cada um, bem como de grandes empresas privadas e organizações não governamentais.
Senhor presidente,
Minha experiência de vida e minha trajetória política ensinaram-me a acreditar acima de tudo na força do diálogo. Nunca me esquecerei da lição insuperável de Ghandi: ‘A violência, quando parece produzir o bem, é um bem temporário; enquanto o mal que faz é permanente’.
O diálogo democrático é o mais eficaz de todos os instrumentos de mudança. A mesma determinação que meus companheiros e eu estamos empregando para tornar a sociedade brasileira mais justa e humana, empregarei na busca de parcerias internacionais com vistas a um desenvolvimento equânime e a um mundo pacífico, tolerante e solidário.
Este século, tão promissor do ponto de vista tecnológico e material, não pode cair em um processo de regressão política e espiritual. Temos a obrigação de construir, sob a liderança fortalecida das Nações Unidas, um ambiente internacional de paz e concórdia.
A verdadeira paz brotará da democracia, do respeito ao direito internacional, do desmantelamento dos arsenais mortíferos e, sobretudo, da erradicação definitiva da fome.
Senhor presidente,
Chefes de Estado e de governo,
Não podemos frustrar tanta esperança. O maior desafio da humanidade e, ao mesmo tempo, o mais belo é justamente este: humanizar-se.
É hora de chamar a paz pelo seu nome próprio: justiça social.
Tenho certeza de que, juntos, saberemos colher a oportunidade histórica da justiça.
Muito obrigado.”