quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Escolhido por Bolsonaro para PGR é primo de Vladimir Aras, que tratou Gleisi e Requião como "inimigos"


Augusto Aras é primo do procurador Vladimir Aras, que também disputava a indicação de Jair Bolsonaro para comandar a PGR. Diálogo revelado pelo Intercept, Vladimir aparece tratando a então senadora Gleisi Hoffmann e o senador Roberto Requião como inimigos. "Vc se elege fácil e impede um dos nossos inimigos no Senado: Requiao ou Gleise caem", escreveu Aras a Dallagnol

247 - Jair Bolsonaro escolheu nesta quinta-feira, 5, o subprocurador-geral Augusto Aras para substituir Raquel Dodge no comando da Procuradoria Geral da República (PGR). 
Augusto Aras é primo do procurador Vladimir Aras, que também disputava a indicação de Jair Bolsonaro para comandar a PGR. Integrante da força-tarefa da Lava Jato, Vladimir Aras apareceu em diálogos revelados pelo Intercept Brasil. 
Inicialmente pedindo ao procurador Deltan Dallagnol que fizesse lobby junto ao ex-juiz Sérgio Moro para que este atuasse em seu favorjunto a Jair Bolsonaro (leia mais). Nessa terça-feira, 3, o Intercept divulgou mensagens trocadas entre entre Vladimir Aras e Deltan Dallagnol em que eles tratam Gleisi e Requião como inimigos. 
"Vc se elege fácil e impede um dos nossos inimigos no Senado: Requiao ou Gleise caem", escreveu o procurador Vladimir Aras a Deltan Dallagnol, que queria concorrer ao Senado pelo Paraná. Aras sugeriu ainda o nome de Sergio Moro (leia mais no Brasil 247).
Pela primeira vez em 16 anos, o novo PGR não está na lista tríplice escolhida em eleição interna da associação nacional de procuradores. Neste ano, os três nomes mais votados foram: Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul. Augusto Aras precisa agora ser aprovado em sabatina do Senado. O mandato é de dois anos.


Governador autoriza R$ 4,4 para obras em Apucarana


As ordens para licitações e homologações foram assinadas hoje à tarde durante concorrido evento realizado na frente da Prefeitura. Além de Apucarana, outros 23 municípios foram beneficiados com recursos, sendo 8 deles do Vale do Ivaí. O volume de investimentos autorizados pelo governador somou R$ 12,5 milhões.
Foto: Gilson Abreu/AEN

O governador Ratinho Junior confirmou investimentos de R$ 4,4 milhões para obras de ligação da Avenida Cristiano Kussmaul e Rua Nova Ucrânia ao Contorno Sul, que está em fase de duplicação.
As ordens para licitações e homologações foram assinadas durante solenidade realizada hoje à tarde na frente da Prefeitura. Além de Apucarana outros 23 municípios foram beneficiados com recursos que somam juntos R$ 12,5 milhões, sendo 8 deles do Vale do Ivaí. Os outros 15 municípios pertencem às regiões Norte e Norte Pioneiro do Estado.
O pacote de ações inclui pavimentação asfáltica de vias urbanas, construção de barracões industriais e usina de asfalto, reforma de escolas, além de compra de veículos e equipamentos.
“São investimentos em obras de mobilidade, aquisição de equipamentos e reforma em escolas. Há grande necessidade de melhorar a infraestrutura dos municípios e sozinhos eles não têm condições de fazer. Por isso Governo do Estado apoia e é parceiro das prefeituras”, afirmou o governador.
Ratinho Junior lembrou que Apucarana é uma das cidades contempladas no programa Voe Paraná, que busca fortalecer a aviação regional do Estado. “As principais empresas aéreas se somaram neste projeto e colocaram em sua rota cidades importantes do Paraná, que muitas vezes não conseguiam atrair investimentos de grandes empresas por não contar com uma linha aérea”, ressaltou.
Em Apucarana, os investimentos do Governo do Estado chegam a R$ 4,4 milhões. O dinheiro, explicou o prefeito Sebastião Martins Junior, será usado integralmente na pavimentação de vias urbanas. “Percebemos o planejamento do governo, que investe em obras estruturantes para os municípios”, disse. “Aqui em Apucarana, o governador dá a ordem de serviço de duas obras fundamentais, as das avenidas Cristiano Kussmaul e Nova Ucrânia, fazendo uma intersecção com o Contorno Sul, que está sendo duplicado. São dois grandes vetores de desenvolvimento da cidade”, explicou.
(Foto: Gilson Abreu/AEN)

DESENVOLVIMENTO URBANO – Os recursos da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas são divididos em transferências voluntárias, que são a fundo perdido, ou pelo Sistema de Financiamento aos Municípios (SFM), linha de crédito operacionalizada junto com a Fomento Paraná e o Paranacidade, que pertence à Secretaria.
“É uma parceria importante do governo com os municípios, com recursos para aquisição de equipamentos para atender as áreas urbanas e rurais, construção de barracões industriais para a geração de renda, além de obras de pavimentação e reestruturação das cidades”, disse João Carlos Ortega, secretário do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas.
Cornélio Procópio terá R$ 1,155 milhão, o que inclui R$ 590 mil destinados à implantação de uma usina de asfalto, que permitirá ao município ampliar o serviço de recape, barateando os custos. O restante será investido na compra de uma pá carregadeira e uma retroescavadeira.
Também foram beneficiados os municípios de Alvorada do Sul, Barbosa Ferraz, Califórnia, Centenário do Sul, Cruzmaltina, Grandes Rios, Itambaracá, Ivaiporã, Jaboti, Jandaia do Sul, Jundiaí do Sul, Leópolis, Lidianópolis, Lupionópolis, Nova Fátima, Novo Itacolomi, Ribeirão Claro, Santo Antônio do Paraíso, São José da Boa Vista, São Sebastião da Amoreira e Sapopema.
FUNDEPAR – Por meio do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), o Governo do Estado confirmou o repasse de mais R$ 478 mil para melhoria de escolas em três municípios que, juntas, atendem 1.100 alunos. Serão reformados o Colégio João Paulo I, em Bom Sucesso; o Colégio Estadual Flórida do Ivaí, em Grandes Rios; e o Colégio Estadual Bento Mossurunga, em Ivaiporã.
O João Paulo I é o único colégio de Bom Sucesso, e será reformado pelo Estado. “São R$ 278 mil para ampliação e construção de anfiteatro, um espaço muito funcional para atividades culturais. O município não tinha um local assim e com esse recurso conseguimos trazer mais educação e cultura para a cidade”, afirmou o prefeito de Bom Sucesso, Raimundo de Almeida Junior.
PRESENÇAS – Participaram da solenidade os secretários Beto Preto (Saúde) e Márcio Nunes (Desenvolvimento Sustentável e Turismo); o diretor-presidente da Paraná Desenvolvimento, Eduardo Bekin; o diretor-geral do Detran, César Kogut; a deputada federal Luísa Canziani; os deputados estaduais Tiago Amaral, Adriano José, Cobra Repórter, Arilson Chiorato, Alexandre Curi e Delegado Jacovós; o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) e prefeito de Faxinal, Wilson Álvaro (Galo); o presidente da Câmara Municipal de Apucarana, Luciano Molina; além de prefeitos e vereadores da região.



FNDE libera recursos para escola e creche


Prefeito Junior da Femac também reivindicou mais verbas para duas novas creches no Solo Sagrado e Parque Bela Vista
FNDE libera recursos para escola e creche
O Governo Federal, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), acaba de retomar os repasses de parcelas destinadas à construção da Escola Municipal Prefeito José Domingos Scarpelini, no Residencial Interlagos. Uma parcela no valor de R$ 250 mil foi liberada ainda ontem, após audiência mantida em Brasília pelo prefeito Junior da Femac, acompanhado do deputado federal Sérgio Souza (MDB), com o novo presidente do FNDE, Rodrigo Sérgio Dias, que assumiu o cargo nesta semana.
“Felizmente, com a intermediação do deputado Sérgio Souza, o FNDE repassou ao município de Apucarana uma parcela de R$ 250 mil, referente à medição aprovada da escola do Interlagos”, comentou o prefeito, acrescentando que a escola é de grande porte e terá capacidade para atender mais de quinhentas crianças da região.
Segundo o prefeito, ao mesmo tempo, o FNDE autorizou um repasse de R$ 25 mil, referente à medição aprovada do novo Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) do Jardim Catuaí III.
“Na audiência mantida com o presidente do FNDE, Rodrigo Sérgio Dias, verificamos os pagamentos que estão pendentes e, de imediato, já foram liberadas parcelas de duas obras”, revelou Junior da Femac. Ele informou ainda que solicitou a liberação de outras medições já enviadas ao FNDE, referentes aos CMEIs do Afonso Camargo, Catuaí e Sanches dos Santos.
O deputado federal Sérgio Souza disse que Rodrigo Sérgio Dias assumiu o cargo de presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. “Conseguimos agendar uma audiência com o presidente no seu terceiro dia de trabalho e reivindicamos uma atenção especial para Apucarana, no sentido de que sejam colocadas em dia as parcelas pendentes de obras na área de educação”, afirmou Sérgio Souza, emendando que também foram reivindicados recursos para a construção de mais dois CMEIs do Parque Bela Vista e do Solo Sagrado.


Audiência Pública, hoje, na Câmara Municipal, debaterá Acordo de Leniência entre MPF e CCR Rodonorte


Presença confirmada de deputados estaduais e comunidade de Apucarana e região
Audiência Pública, hoje, na Câmara Municipal, debaterá Acordo de Leniência entre MPF e CCR Rodonorte
(Foto: Divulgação)
Com a presença dos vereadores e vereadora que compõe a atual legislatura, comunidade e dos deputados Arilson Chioratto, Tercílio Turini e Dr. Jacovós, a Câmara Municipal de Apucarana, realiza na noite de hoje (quinta-feira 05/09), às 19h30, Audiência Pública para debater o acordo de Leniência assinado entre o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Lava Jato e a Concessionária CCR/Rodonorte.
Em pauta a duplicação total da BR 376 – Rodovia do Café – entre Apucarana e Ponta Grossa e a Construção do Contorno Leste de Apucarana. Contrário aos interesses públicos, o Contrato de Leniência, homologado em abril, não garantiu o retorno das obras retiradas do contrato inicial, prejudicando moradores de todo o Estado.
Pelo termo assinado pelo MPF e a Rodonorte, a empresa vai pagar uma indenização de R$ 350 milhões aos usuários que serão abatidos com a redução de 30 % das tarifas, e investir outros R$ 365 milhões em obras, mas ficará desobrigada de fazer a duplicação da BR-376 entre Ponta Grossa e Apucarana, conforme previsto no contrato de concessão, que termina em 2021. Com o acordo de Leniência a concessionária consegue participar, daqui a 2 anos e meio, de outros processos licitatórios.
Segundo o presidente da Câmara, professor Luciano Molina, a Audiência está marcada para às 19h30, para a realização do credenciamento e, pontualmente, às 20 horas, terão início os pronunciamentos e debates com a comunidade. “Esperamos a participação da comunidade neste momento importante e decisivo para a nossa cidade. São mais de 80 quilômetros que ficarão fora da duplicação. Precisamos nos unir e tentar reverter essa situação. É um prejuízo permanente que estamos tendo e não sabemos quando vamos ter outra oportunidade para duplicação seja realizada. Portanto, conclamo a todos, para que participem desta Audiência”, disse o presidente Molina.


Auditoria verifica qualidade do ensino municipal de Apucarana e Telêmaco Borba

Alunos de escolas municipais de Apucarana, em sole ...
Alunos de escolas municipais de Apucarana, em solenidade de entrega de uniformes novos. Foto: Prefeitura de Apucarana/Divulgação


Analistas do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) estão realizando, até esta sexta-feira, 6, auditorias para verificar a qualidade do ensino oferecido pelos municípios de Apucarana (Norte) e Telêmaco Borba (Região dos Campos Gerais). O trabalho começou nesta última segunda-feira, 2, e integra o Plano Anual de Fiscalização de 2019 do TCE-PR.
Dois servidores da Coordenadoria de Auditorias (Caud) do Tribunal estão visitando secretarias e escolas municipais das duas cidades a fim de identificar as principais estratégias e ações adotadas para obter resultados adequados de aprendizagem.  Para tanto, serão analisados atos de gestão e de acompanhamento pedagógico e administrativo.
Caso sejam identificadas boas práticas nessas redes municipais de ensino, elas podem ser premiadas pelo projeto Educação Que Faz a Diferença. A iniciativa, criada neste ano, é uma parceria dos órgãos de controle externo brasileiros com o Instituto Rui Barbosa (IRB) e o Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede).
PAF 2019
Ao longo deste ano, o TCE-PR está realizando auditorias in loco em aproximadamente 100 municípios paranaenses – distintos dos 303 visitados por servidores do órgão de controle entre 2016 e 2018. Assim, em quatro anos, todos os 399 municípios do Estado terão sido auditados presencialmente ao menos uma vez pelo Tribunal, aproximando a corte de contas do cidadão, financiador e usuário dos serviços públicos fiscalizados.
Além da educação básica, estão sendo auditadas no PAF 2019 as áreas da saúde, gestão de resíduos sólidos, transporte coletivo urbano, habitação, obras paralisadas, serviços de pavimentação urbana, controles internos municipais e receita pública. Também estão sendo validadas as informações prestadas nos questionários do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEGM).
Está prevista, ainda, a realização de inspeções determinadas em acórdãos proferidos pelos órgãos colegiados da corte; de auditorias em contratos de financiamento externo firmados entre entes públicos paranaenses e instituições internacionais; e de outras fiscalizações determinadas pela Presidência do TCE-PR.
As auditorias do PAF são executadas por equipes profissionais multidisciplinares e seguem, a partir deste ano, uma nova metodologia de planejamento dos trabalhos, que busca identificar, por meio de critérios técnicos, as áreas da administração pública prioritárias para a fiscalização. Esse planejamento tático está alinhado ao Plano Estratégico do TCE-PR.
Edições anteriores
Todos os achados e as recomendações feitas pelo Tribunal a partir das auditorias presenciais realizadas nas edições de 2016 a 2018 do PAF estão disponíveis para consulta em um mapa interativo, publicado no portal do Tribunal na internet. O objetivo do material é facilitar a consulta e a compreensão de informações técnicas e estimular o cidadão a exercer o controle social do gasto e das políticas públicas executadas no seu município.
Fonte: Bem Paraná com informações do TCE-PR


Governador Ratinho Junior cumpre agenda logo mais em Apucarana e Arapongas


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O governador Carlos Massa Ratinho Junior libera recursos nesta quinta-feira (5) para 23 municípios da região de Apucarana, no Vale do Ivaí. O evento será às 13h30, em frente a prefeitura. Às 15h30, Ratinho Junior participará do 10º Congresso Nacional Moveleiro, em Arapongas, no Norte do Paraná.
Em Apucarana, o governador assina ordens de serviço para remodelação da Avenida Cristiano Kussmaul e adequação da Rua Nova Ucrânia. As duas obras fazem parte do projeto de interligação do Contorno Sul que está sendo duplicado. O volume de recursos a serem liberados pelo governo é na ordem de R$ 4,5 milhões. Além de Apucarana, outros 22 municípios serão contemplados com liberação de recursos. A solenidade acontece na frente da prefeitura e além do governador e do prefeito Junior da Femac, deve contar com a presença do secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, de deputados e de lideranças políticas da região. O evento está marcado para às 13h30.
Em Arapongas, Ratinho Junior visita a 2ª MostraMóveis e participa do 10º Congresso Nacional Moveleiro que está acontecendo no Centro de Eventos Expoara. A recepção ao governador nos eventos ocorre às 15h30 e promete ser bastante concorrida. Segundo o prefeito Sergio Onofre, prefeitos do médio Paranapanema, secretários de estado, empresários da indústria e do varejo além de representantes do setor moveleiro deverão registrar presença.



Eleição do Conselho Tutelar tem 37 candidatos


Campanha eleitoral começa amanhã (5), a 30 dias do pleito, previsto para 6 de outubro

A Comissão Eleitoral de Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) divulgou ontem (4) a lista dos 37 candidatos habilitados para concorrer na eleição do Conselho Tutelar de Apucarana, para gestão 2020/2014. Cumprindo as etapas do processo de preparação do pleito, 47 inscritos participaram de uma prova de conhecimentos gerais no dia 18 de agosto e 37 foram habilitados para concorrer a uma das 5 vagas de titulares do conselho.
Em reunião realizada hoje, no salão nobre da Prefeitura, os 37 candidatos habilitados foram apresentados oficialmente à comunidade e receberam orientações sobre as regras do pleito eleitoral que inicia hoje (5). Os participantes podem, por exemplo, utilizar as redes sociais para divulgação da sua campanha e distribuir panfletos com nome, número e foto.
A eleição do conselho tutelar está programada para o dia 6 de outubro (domingo) e as urnas estarão à disposição dos eleitores de Apucarana no Colégio Braga Cortes. Poderão votar todos os eleitores do município, munidos do título de eleitor e um documento de identificação oficial com foto. O voto é facultativo.
A reunião com os candidatos foi conduzida pela secretária municipal da Assistência Social e também membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Ana Paula Nazarko. “Até hoje, essa eleição do Conselho Tutelar é que registrou maior número de candidatos. A partir de amanhã eles estão liberados para fazer a campanha junto à população. Desejo sorte a todos”, disse Ana Paula.
O processo eleitoral poderá ser acompanhado também pelo site da prefeitura de Apucarana, www.apucarana.pr.gov.br, no banner “Eleições Unificadas do Conselho Tutelar”.
Candidatos habilitados, em ordem alfabética, no processo de seleção de membros para o Conselheiro Tutelar:
ADRIANA DOS SANTOS EDUARDO
ALEXANDRE MACHADO DA SILVA
AMÁLIA COSTA BITTENCOURT ZIELONKA DE MELLO
ANDRÉ DOS REIS
ANIELE FERRAGINI DE LIMA
CAMILA MAIARA CAMPIDELI
CAROLINE BARICHELLO
CLEVERSON MACHADO DA SILVA
DIEGO JOÃO DA SILVA BILATTI
EDSON LOPES CAMARGO
EIDIANA CRISTINA BERNARDES DA SILVA
ELIANE LEMES DOS SANTOS CORRÊA
ELISABETE APARECIDA CATENACE PEREIRA
ELOIZA PEREIRA DA SILVA
ÉRICA CRISTINA BETIN
EZEQUIEL CUBINES
FATIMA KATI GHADBANE PAIANO
FERNANDO DE AZEVEDO VIEIRA
HELOÁ RAISA BERNARDES
IRENE PRINCIPATO SCHMEREGA
IRIS CRISTINA GONZAGA DOS SANTOS
IVAN MARCOS DARODDA
JOSÉ APARECIDO DE JESUS
JULIANE DE LIMA
LUCI APARECIDA FERNANDES DA SILVA
MARCIO ADRIANO DA SILVA
MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA DA SILVA
MARIA LUZINETE CARVALHO DO NASCIMENTO PEREIRA
MARIZA GENY SCAFF
MARLENE SALAS RODELO
MATHEUS ROSA VIETRO
NILTON BARBOSA VIEIRA
PAULO AUGUSTO LOURIN
STEFAN HENRIQUE KONHEVALIKI
TATIANE CAROLINA DA SILVA
THIAGO EDUARDO DOS SANTOS GIMENES
VANESSA MADALENA DA SILVA


quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Intercept Brasil: ONU diz que corremos risco de vida


Segundo Leandro Demori, editor executivo do Intercept Brasil, "a ONU está preocupada com os ataques que o Intercept Brasil vem sofrendo e escreveu ao governo brasileiro sobre a urgência de garantir nossa proteção, punir os responsáveis pelas ameaças e prevenir uma possível tragédia"
Jornalistas Leandro Demori e Glenn Greenwald, do Intercept Brasil.
Jornalistas Leandro Demori e Glenn Greenwald, do Intercept Brasil.

247 - Segundo Leandro Demori, editor executivo do Intercept Brasil, "a ONU está preocupada com os ataques que o Intercept Brasil vem sofrendo e escreveu ao governo brasileiro sobre a urgência de garantir nossa proteção, punir os responsáveis pelas ameaças e prevenir uma possível tragédia", escreveu nesta quarta-feira (4).
Demori conta que na terça-feira (3), o jornalista Jamil Chade divulgou uma carta enviada ao Itamaraty pelo relator das Nações Unidas para a proteção do direito à liberdade de opinião, David Kaye, mas que "o governo Bolsonaro não deu a menor bola".
"Recebemos essa notícia na redação com muita preocupação, mas ao mesmo tempo agradecidos por saber que as autoridades internacionais estão de olho no que acontece por aqui (...). Kaye escreveu ao governo brasileiro para comunicar que tomou conhecimento de uma série de ameaças contra o Intercept Brasil após as primeiras publicações da #VazaJato. Por esta razão, o relator se disse profundamente preocupado com a minha segurança e a de Glenn Greenwald, cofundador e colunista do Intercept, de sua família e dos demais membros da nossa redação", relatou Demori.
Kaye escreveu que "se os fatos alegados estiverem corretos, constituem uma clara violação dos artigos 19 e 2 do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, do qual o Brasil é signatário desde de 24 de janeiro de 1992. Manifesto, sobretudo, minha preocupação com a hostilidade de membros do Senado e do governos contra as pessoas mencionadas em reação às revelações feitas por elas".
Demori conta que desde o início da série de reportagens da #VazaJato, em junho de 2019, ele e equipe do Intercept foram "obrigados a tomar novas medidas de cautela e investir pesado em nossa segurança física e digital. É uma tristeza que isso seja necessário, mas sabemos que Brasil é um dos países mais perigosos no mundo para jornalistas. Aqui, a verdade mata. E desde que o governo atual decidiu enquadrar a imprensa — e a Constituição Federal — entre seus principais inimigos, este cenário apenas piorou".


No Chile, direita, centro e esquerda se unem em repúdio ao ataque de Bolsonaro contra Bachelet


O ataque de Jair Bolsonaro à ex-presidente chilena e Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e à memória de seu pai, o brigadeiro Alberto Bachelet, morto após ter sido torturado por agentes da ditadura de Augusto Pinochet, uniu parlamentares de direita, do centro e da esquerda chilena no repúdio as declarações feitas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto

247 - ataque feito por Jair Bolsonaro à ex-presidente chilena e Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e à memória de seu pai, o brigadeiro Alberto Bachelet, morto após ter sido torturado por agentes da ditadura de Augusto Pinochet, uniu parlamentares de direita, do centro e da esquerda na condenação as declarações feitas pelo atual ocupante do Palácio do Planalto. 
“São lamentáveis as declarações de Bolsonaro. Ele usa a figura de Bachelet para assuntos de política interna do Brasil. As batalhas se ganham com ideias, não com acusações desse tipo. Uma liderança política séria e responsável deve ter argumentos e não fazer ataques” afirmou deputado Issa Kort, da União Democrática Independente (UDI), extrema direita ao jornal O Globo
"Conhecemos a História de nosso país e devemos aprender dela, mas não permitir que outros países usem nossa História para seus fins políticos. Nunca usamos a História do Brasil para fins de política interna e não podemos aceitar que Bolsonaro o faça. O que aconteceu no Chile fica no Chile e se resolve no Chile", completou.
O senador e ex-secretário geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, do Partido Socialista, que faz oposição ao presidente Sebastian Piñera pediu que o governo chileno se pronuncie sobreo caso. "O senhor Bolsonaro demonstrou uma capacidade de insultar as pessoas absolutamente impressionante", postou no Twitter.
O ex-embaixador do chileno na Argentina e em Washington, Juan Gabriel Valdés, afirmou que  "a menção ao pai de Michelle Bachelet é miserável. Espero que o governo do Chile proteste diante de insultos que afetam nosso país”. 


Futuro do Brasil está ameaçado sob Bolsonaro, alerta manifesto da oposição em defesa da soberania


Em ato que contou com líderes de seis partidos (PT, PCdoB, PDT, PSOL, PSB e Rede), entre eles Dilma Rousseff, Fernando Haddad, Roberto Requião e Guilherme Boulos, a oposição lançou nesta terça-feira, 4, manifesto em defesa da soberania do Brasil. "Vivemos um momento de entrega de nosso patrimônio, com a venda de nossas riquezas: petróleo, minério, água, energia, Amazônia, empresas públicas e estatais, tudo está em risco”, diz o manifesto
Brasília- DF. 04-09-2019- Seminário pela Soberania Nacional e Popular, com a presença de Dilma Roussef, Fernando Haddad e Guilherme Boullos. Foto Lula Marques
Brasília- DF. 04-09-2019- Seminário pela Soberania Nacional e Popular, com a presença de Dilma Roussef, Fernando Haddad e Guilherme Boullos. Foto Lula Marques (Foto: Lula Marques)

Do PT na Câmara - Em manifesto divulgado hoje (4) em Brasília em defesa da soberania nacional e dos direitos do povo, seis partidos de oposição (PT, PCdoB, PDT, PSOL, PSB e Rede), a Liderança da Minoria na Câmara e diferentes entidades da sociedade civil alertaram a população brasileira para os graves riscos ao futuro do Brasil em consequência da política de submissão do governo de extrema direita Jair Bolsonaro aos interesses estrangeiros, em especial dos Estados Unidos.
“As nações também podem morrer, quando desconstroem sua democracia, quando se submetem, quando se curvam aos desígnios de outras potências e renunciam a construir de forma autônoma seu próprio futuro. Vivemos um momento de entrega de nosso patrimônio, com a venda de nossas riquezas: petróleo, minério, água, energia, Amazônia, empresas públicas e estatais, tudo está em risco”, diz um trecho do manifesto lido pelo ex-senador Roberto Requião, depois de ato em Defesa da Soberania Nacional e Popular e contra as privatizações, realizado na Câmara dos Deputados.
Do evento participaram, entre outros, a ex-presidenta Dilma Rousseff e os ex-candidatos à Presidência da República Fernando Haddad e Guilherme Boulos. O manifesto tem o objetivo de sensibilizar as forças democráticas do País e levantar a sociedade em defesa da soberania nacional. Depois do ato foi lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, presidida pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN) e coordenada pelo deputado Patrus Ananias (PT-MG).
Brasil de joelhos para os gringos
No documento, alerta-se para o fato de “a nação brasileira estar de joelhos perante o capital estrangeiro” ao mesmo tempo em que ocorre a destruição de direitos históricos do povo, como a aposentadoria, saúde pública e a educação pública e gratuita.
Conforme o manifesto, o conceito de soberania nacional, gravado no artigo 1º da Constituição, significa afirmar que um país “decide sobre seu próprio destino, protege seu território e utiliza suas riquezas em benefício de seus cidadãos e cidadãs”.
Submissão de Bolsonaro aos EUA
É também criticada a subordinação do governo Bolsonaro aos interesses dos EUA, o que é explicitado no acordo firmado com Washington para a utilização da Base de Alcântara, no Maranhão, e no acordo Mercosul-União Europeia.
O manifesto também defende a presença de forças de defesa na Amazônia para combater o desmatamento e a biopirataria, ao mesmo tempo em que preconiza a atuação do Estado para a melhoria das condições de vida da população que vive na floresta e a defende.
O documento critica as privatizações de empresas públicas e estatais e cita o Banco do Brasil, CEF, BNDES, BNB e Basa como bancos estratégicos para o desenvolvimento nacional, para financiar com juros subsidiados a moradia, agricultura familiar, a infraestrutura e os investimentos de longo prazo.
“O Brasil que desejamos é muito maior do que este que está sendo destruído pelo governo ultraliberal e autoritário, submisso ao sistema financeiro nacional e internacional”, afirma o manifesto. “Neste momento da vida nacional é necessária a unidade de todas as forças democráticas, movimentos populares e organizações da sociedade civil para enfrentar os vendilhões da Pátria, os destruidores de direitos e os inimigos da democracia”, frisa o documento.
eia, abaixo, a íntegra do manifesto:
“Art. 1º – A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: I – a soberania(…)” (Constituição da República Federativa do Brasil)

POR UM BRASIL SOBERANO!

Em defesa do emprego e de nosso futuro
A nação brasileira está de joelhos perante o capital estrangeiro. Em nenhum momento da história foi tão necessária a unidade das forças democráticas e progressistas para fazer frente à tentativa de destruir um país que, nas últimas décadas, registrou vários avanços, a exemplo da inclusão social, preservação do meio ambiente, respeito à democracia, convivência pacífica com outras nações e a defesa da soberania nacional e do princípio da autodeterminação dos povos.
As nações também podem morrer, quando desconstroem sua democracia, quando se submetem, quando se curvam aos desígnios de outras potências e renunciam a construir de forma autônoma seu próprio futuro. Vivemos um momento de entrega de nosso patrimônio, com a venda de nossas riquezas: petróleo, minério, água, energia, Amazônia, empresas públicas e estatais, tudo está em risco. Está em curso também a destruição de políticas públicas conquistadas pelo povo brasileiro com muita luta: previdência (aposentadoria), saúde (SUS), educação (pública e gratuita). Este manifesto cria um movimento que tem como objetivo sensibilizar as forças democráticas e levantar a sociedade em defesa da soberania nacional.
Não é por acaso que a palavra soberania está gravada no artigo 1º da nossa Constituição, encabeçando os princípios fundamentais. Está ali para afirmar que o Brasil é um país que decide sobre seu próprio destino, protege seu território e utiliza suas riquezas em benefício de todos seus cidadãos e cidadãs. O Estado e o governo devem utilizar todos os recursos possíveis para cuidar bem da população e do seu futuro. E cuidar bem significa garantir saúde, educação, segurança, cultura e proteção social; direito ao trabalho e à aposentadoria; salário digno e crédito para produção e consumo; acesso à terra e à assistência no campo; acesso à alimentação; acesso à justiça; liberdade e democracia.
O atual governo, ultraliberal e autoritário, transformou nossa política externa em instrumento de total subordinação a outros interesses estrangeiros, como ficou patente no acordo firmado com os Estados Unidos para utilização da Base de Alcântara e no acordo Mercosul-União Europeia.
A proteção da Amazônia exige a presença do Estado brasileiro com forças de defesa nas fronteiras, no combate ao desmatamento e à biopirataria, na promoção das condições de vida digna para a população da região, mas também com cientistas e pesquisadores para estudar a fauna e a flora e empregar esse conhecimento na medicina, na farmacologia, na segurança alimentar e nos mais diversos campos da ciência em sintonia com os povos que vivem na floresta e a defendem.
O governo atual se propõe a acabar com o crédito e os bancos públicos. O Banco do Brasil, a Caixa Econômica, o BNDES, BNB e o BASA estão ameaçados. Ao longo da história do Brasil, os bancos públicos têm sido indispensáveis ao desenvolvimento sustentável e ao progresso do país. Fazem o que nenhum banco privado quer fazer: financiar com juros acessíveis a moradia, a agricultura familiar, a infraestrutura e os investimentos de longo prazo.
A “PEC da Morte”, que há três anos estabeleceu o teto dos gastos públicos, sequestrou parte da nossa soberania, dada pela capacidade do Estado de alocar recursos públicos conforme as necessidades da nação. O resultado é o desmonte da saúde pública, a volta de doenças que estavam controladas, a falta de medicamentos para os pobres, a volta da fome e a grave crise na educação que, neste momento, ameaça de fechamento de institutos federais, universidades públicas e centros de pesquisa, entre outros prejuízos para a população que mais precisa.
Um Brasil soberano exige a garantia de proteção social à população. É o contrário do que assistimos hoje com a revogação dos direitos trabalhistas, a redução sistemática do salário real e a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que vai destruir o regime público de aposentadoria. Seremos verdadeiramente soberanos com a implementação de políticas públicas que gerem renda e emprego, combatam as desigualdades sociais e regionais e permitam um futuro melhor para toda a nação.
O Brasil que desejamos é muito maior do que este que está sendo destruído pelo governo ultraliberal e autoritário, submisso ao sistema financeiro nacional e internacional. Convocamos todos os brasileiros e brasileiras, quaisquer que sejam suas preferências políticas e partidárias, a se unir em defesa da soberania nacional ameaçada. Neste momento dramático da vida nacional é necessária a unidade de todas as forças democráticas, movimentos populares e organizações da sociedade civil para enfrentar os vendilhões da Pátria, os destruidores de direitos e os inimigos da democracia.
Mais uma vez, serão as forças sociais comprometidas com a democracia que mobilizarão a energia cívica necessária para retirar nossa pátria da humilhação e da vergonha e por novamente o Brasil de pé para construirmos nosso destino como nação!
Brasília, 4 de setembro de 2019.


A 'falsa' luta contra a corrupção que levou Bolsonaro à presidência, segundo The Intercept


Andrew Fishman, editor do The Intercept, revelou possível ligação entre as mensagens vazadas do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador e coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, com a suposta imparcialidade de ambos no decorrer da Lava Jato.
Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília 23/08/2019
Jair Bolsonaro durante cerimônia em Brasília 23/08/2019 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Sputnik - Em entrevista à Sputnik Mundo, Andrew Fishman, editor do The Intercept, revelou possível ligação entre as mensagens vazadas de Moro e Dallagnol com a imparcialidade de ambos no decorrer da Lava Jato.
Em junho passado, o site The Intercept tornou públicas milhares de mensagens online do atual Ministro da Justiça, Sérgio Moro, e do procurador Deltan Dallagnol, ambos figuras chave da operação Lava Jato. A divulgação do conteúdo das conversas levantou suspeitas sobre o trabalho de Moro e Dallagnol.

Mensagens e irregularidades

As mensagens apontariam irregularidades na operação que tinha como objetivo julgar casos de suborno de empresas brasileiras e o uso indevido de recursos da Petrobrás. As investigações resultaram na prisão de políticos brasileiros, dentre os quais o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva.
Uma das primeiras irregularidades apresentadas pelo The Intercept seria a forma secreta como Sérgio Moro teria colaborado com os investigadores na formulação das acusações contra Lula. Por lei, as autoridades investigativas trabalham separadas do juiz, o qual não deve se envolver nos trabalhos de acusação.

Popularidade no Brasil

O vazamento das mensagens feito pelo The Intercept foi um verdadeiro desafio a uma pequena equipe de profissionais. Com apenas dez jornalistas, a equipe sofreu ameaças e muita pressão. Encabeçado por Andrew Fishman, editor do The Intercept, o grupo começou uma grande aventura ainda em 2016.
"Em 2016, quando estava em curso o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Congresso, publicamos um artigo que foi visto por mais de 400 mil vezes. Em pouco tempo, 15% de nossa audiência se tornou brasileira e recebemos centenas de e-mails pedindo para abrirmos um site no Brasil", disse Fishman à Sputnik Mundo.
Com a Vaza Jato, nome dado ao vazamento das mensagens, o site bombou. O número de inscritos cresceu consideravelmente, enquanto gigantes da mídia, como a Folha de São Paulo, Veja, El País e o Buzzfeed, começaram a cooperar com o The Intercept.
Esta teria sido a segunda maior investigação do site depois da divulgação das revelações feitas por Edward Snowden, ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, sobre as operações de vigilância dos EUA no mundo. A investigação rendeu a Glenn Greenwald, um dos fundadores do The Intercept, o prêmio Pulitzer, considerado o Óscar do jornalismo.

Desafios

Embora o The Intercept ganhasse notoriedade, muitos desafios vieram pela frente. Temendo o governo e ações de intimação, os jornalistas continuaram seu trabalho acreditando que a verdade seria a sua melhor defesa. Para tanto, Fishman ressaltou à Sputnik a integridade do conteúdo vazado. Segundo ele, sua equipe teria verificado cuidadosamente as mensagens, evitando assim qualquer manipulação.
"Uma pessoa teria que levar anos para criar toda essa informação. Não há evidência de nenhum tipo de manipulação e há áudios com as vozes de todos eles, de maneira que os fabricar é impensável", acrescentou Fishman.
A reação do governo foi mais no campo das palavras do que com violência. No entanto, a guerra informacional pode ser muito daninha. Fishman lembrou durante a entrevista que sua equipe foi chamada de "criminosa", "cúmplice de hackers", assim como teriam sofrido ameaças de prisão. Além disso, uma de suas conversas em um bar teria sido gravada e editada para desacreditar o grupo.

Redes, eleições e jornalismo

Durante a corrida presidencial de 2018, a difusão de fake news no WhatsApp sobre diferentes candidatos teria dado vantagem ao candidato Bolsonaro, segundo Fishman. Para ele, tal estratégia foi financiada por milhões de dólares.
No entanto, o jornalista diz que notícias falsas não é uma coisa nova. A manipulação da propaganda está presente na história da política há muito tempo. O fator diferenciador seriam as tecnologias de comunicação presentes no atual século.
Fishman diz que o mais importante não é desvendar as mentiras difundidas, mas descobrir a fonte do dinheiro que financia as mentiras.

A falsa luta contra a corrupção

Uma das últimas revelações do The Intercept seria a parcialidade de agentes públicos na Lava Jato.
"Dallagnol tinha sete casos contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas usou a única que já havia prescrito, sabendo que não chegaria a lugar nenhum, para que a imprensa não dissesse que ele não era imparcial", conta Fishman.
Ao mesmo tempo, Dallagnol teria dito em uma de suas mensagens que lamenta ter que investigar bancos. Ao mesmo tempo, ele teria recebido grandes quantias de dinheiro de palestras feitas para certos bancos.
"Eles tinham favoritos e decidiram não ir atrás de certos casos e de certas pessoas, assim como os bancos [...] esta é mais uma das muitas peças de evidência que temos de que estavam abusando de seu poder", realçou o jornalista.