Novos
vazamentos do site The Intercept indicam que o operador financeiro Adir Assad
afirma que lavou milhões de reais para o Grupo Silvio Santos por meio de
contratos fraudados de patrocínio esportivo. As afirmações estão em anexos de
seu acordo de colaboração premiada firmado com integrantes da Operação Lava
Jato
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Luciano Hang e Sylvia Design no Programa Silvio Santos (Foto: Lourival Ribeiro/ SBT) |
247 - Novos vazamentos do site The Intercept indicam que o
operador financeiro Adir Assad afirma que lavou milhões de reais para o Grupo
Silvio Santos por meio de contratos fraudados de patrocínio esportivo.
As afirmações
estão em anexos de seu acordo de colaboração premiada firmado com integrantes
da Operação Lava Jat, informa a Folha de S.Paulo
Os depoimentos de Assad foram
compartilhados entre procuradores do Ministério Público Federal no aplicativo
Telegram.
Assad não menciona especificamente o
apresentador e empresário Silvio Santos, mas aponta como um dos contatos no
grupo o sobrinho dele Daniel Abravanel e o uso da empresa que comercializa a
Tele Sena.
No fim dos anos 1990, o operador diz ter
firmado contratos superfaturados de patrocínio entre suas empresas e pilotos da
Fórmula Indy e da categoria Indy Lights. Assad contou que o SBT
tinha necessidade à época de fazer um caixa paralelo, mas não sabe dizer com
qual finalidade —se para remunerar bônus a executivos ou se para pagar propina
no setor público.
Essa operação movimentou R$ 10 milhões
naquele período. Os pilotos patrocinados, contou, "apenas viabilizavam
espaços de publicidade" e não sabiam das irregularidades nas transações.
Entre os pilotos mencionados no relato do delator estão Helio Castroneves e
Tony Kanaan.
A partir de meados dos anos 2000, Assad
diz ter feito contratos de imagem e de patrocínio na Fórmula Truck. Afirma que
transferia aos esportistas uma pequena parte dos valores contratados e devolvia
ao SBT o restante do dinheiro.
A Liderança Capitalização, empresa responsável
pela Tele Sena, pagou ao menos R$ 19 milhões para uma das firmas do operador, a
Rock Star, de 2006 a 2011, diz documento elaborado na delação.
Leia a íntegra da reportagem da Folha de S.Paulo