247 – O jornalista Glenn Greenwald publicou uma sequência de
mensagens sobre a bomba da noite: a revelação de que Sergio Moro protegeu
Eduardo Cunha na Lava Jato. Confira abaixo:
terça-feira, 13 de agosto de 2019
Glenn ironiza o estranho interesse de Moro em proteger Eduardo Cunha
Dodge protegeu Bolsonaro de investigações enquanto disputava indicação para PGR
Reportagem
da Folha de S.Paulo aponta que Raquel Dodge segurou por mais de 120 dias
investigações sobre o ocupante do Palácio do Planalto, em meio às articulações
para ser reconduzida ao posto de Procuradora-Geral
247 - Segundo os jornalistas Camila Mattoso e Ranier Bragon, a Procuradora-Geral da República negou acesso a
inquérito sobre funcionária fantasma de Bolsonaro, que só desengavetou quando
se viu fora do páreo na disputa para permanecer no cargo.
Somente na última terça-feira (6), quando
ficou claro que não seria escolhida para se manter à frente do Ministério
Público Federal, Dodge desengavetou os papéis e os mandou de volta para a
primeira instância.
Um
dos casos em apuração é o de Wal do Açaí, que foi funcionária fantasma de
Bolsonaro quando ele era deputado federal.
O
outro caso envolve Nathalia Queiroz, filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor de
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que se tornou estopim de investigações contra o filho
do presidente.
Nathalia
era ligada ao gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara ao mesmo tempo em que atuava
como personal trainer.
Na
reta final da disputa pela PGR, quando ainda tinha expectativa de ser indicada,
Dodge também apresentou recurso contra decisão do ministro Dias Toffoli (STF)
que suspendeu todas as investigações que contenham dados detalhados do Coaf sem
autorização judicial, mas manteve uma brecha para que a apuração contra o
senador Flávio Bolsonaro seguisse paralisada.
Nesta
semana Bolsonaro fará a indicação do nome do novo Procurador-Geral da
República, cargo estratégico pois é ao titular da PGR que cabe conduzir
eventuais ações contra o presidente da República.
Moro instruiu Lava Jato a não apreender celulares de Eduardo Cunha, mostram diálogos
Novos
diálogos da Vaza Jato, divulgados pelo Buzzfeed Brasil, mostram que um dia
antes da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Deltan Dallagnol e
Sérgio Moro conversam e após instruções de Moro, a Lava Jato desiste de
apreender celulares de Cunha; "[Conversamos] aqui e entendemos que não é
caso de pedir os celulares, pelos riscos, com base em suas ponderações",
diz Deltan; e Moro respondeu: "Ok tb"
247 - O então juiz Sérgio Moro convenceu os
procuradores da Lava Jato a não pedir a apreensão de telefones celulares usados
pelo então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na véspera de sua prisão, em
2016.
É o que
mostram mensagens divulgadas nesta segunda-feira, 12, pelo site Buzzfeed
Brasil, em parceria com The Intercept Brasil.
Segundo a
reportagem do Buzzfeed, os diálogos entre o então juiz e o chefe dos
investigadores ocorreram no dia 18 de outubro de 2016.
No dia 18
de outubro de 2016, um dia antes da prisão de Cunha, o chefe da força-tarefa,
Deltan Dallagnol, mandou mensagens ao então juiz.
•
11:45:25 Deltan: Um assunto mais urgente é sobre a prisão
• 11:45:45 Deltan: Falaremos disso amanhã tarde
• 11:46:44 Deltan: Mas amanhã não é a prisão?
• 11:46:51 Deltan: Creio que PF está programando
• 11:46:59 Deltan: Queríamos falar sobre apreensão dos celulares
• 11:47:03 [Moro]: Parece que sim.
• 11:47:07 Deltan: Consideramos importante
• 11:47:13 Deltan: Teríamos que pedir hoje
• 11:45:45 Deltan: Falaremos disso amanhã tarde
• 11:46:44 Deltan: Mas amanhã não é a prisão?
• 11:46:51 Deltan: Creio que PF está programando
• 11:46:59 Deltan: Queríamos falar sobre apreensão dos celulares
• 11:47:03 [Moro]: Parece que sim.
• 11:47:07 Deltan: Consideramos importante
• 11:47:13 Deltan: Teríamos que pedir hoje
Após
ouvir as ponderações do procurador, Moro responde o seguinte:
•
11:47:15 [Moro:] Acho que não é uma boa
Apesar da
resposta, Deltan insiste e tenta agendar uma reunião com Moro para tratar do
assunto:
•
11:47:27 Deltan: Mas gostaríamos de explicar razões
• 11:47:56 Deltan: Há alguns outros assuntos, mas este é o mais urgente
• 11:48:02 [Moro]: bem eu fico aqui até 1230, depois volto às 1400.
• 11:48:49 Deltan: Ok. Tentarei ir antes de 12.30, mas confirmo em seguida de consigo sair até 12h para chegar até 12.15
• 12:05:02 Deltan: Indo
• 11:47:56 Deltan: Há alguns outros assuntos, mas este é o mais urgente
• 11:48:02 [Moro]: bem eu fico aqui até 1230, depois volto às 1400.
• 11:48:49 Deltan: Ok. Tentarei ir antes de 12.30, mas confirmo em seguida de consigo sair até 12h para chegar até 12.15
• 12:05:02 Deltan: Indo
Não há,
nos diálogos, registros do que foi discutido na reunião presencial entre eles.
Porém, pouco depois, às 14h16, Deltan envia nova mensagem a Moro dizendo que,
após conversar com procuradores e ao levar em consideração o que foi dito pelo
então juiz, a força-tarefa desistiu de pedir a apreensão dos celulares.
•
14:16:39 Deltan: Cnversamos [Conversamos] aqui e entendemos que não é caso de
pedir os celulares, pelos riscos, com base em suas ponderações
E Moro
respondeu:
•
14:21:29 [Moro]: Ok tb
Lula aponta fracasso econômico de Guedes e indica caminho para o Brasil sair da crise
O
ex-presidente Lula, que hoje seria presidente pela terceira vez se não tivesse
sido sequestrado pelo estado brasileiro para não disputar as eleições de 2018,
passou a se concentrar na questão econômica. Além de indicar o fracasso das
políticas implantadas desde o golpe de 2016, ele destacou a primeira realização
da dupla Guedes e Bolsonaro: a volta do Brasil à recessão
247 – Preso para não ser presidente da República pela
terceira vez, o ex-presidente Lula, que conduziu o Brasil durante um período de
forte expansão econômica e inclusão social, começa a focar sua comunicação com
a sociedade na questão da economia. Foi o que ele fez no dia de ontem, ao
comentar os resultados da eleição na Argentina e também o retorno do Brasil à
recessão.
Lula destacou o programa emergencial lançado pelo PT para a
retomada do crescimento e criticou também as políticas econômicas implantadas
desde a derrubada, sem crime de responsabilidade, da ex-presidente Dilma
Rousseff.
segunda-feira, 12 de agosto de 2019
Ecovia e Ecocataratas fecham acordo de R$ 400 milhões com a Lava Jato
(Foto: Reprodução/Ecovia) |
A força-tarefa
Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná confirmou nesta
segunda-feira (12) que firmou acordo de leniência com a Ecorodovias S.A.
controladora das concessionárias de pedágio Ecovia e Ecocataratas, que operam
no Paraná dois trechos da BR-277: Curitiba-Paranaguá e Guarapuava-Foz do
Iguaçu.
A leniência envolve diversos atos de
corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a contrato de concessão firmado entre
o estado do Paraná, o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná, o
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (antigo Departamento
Nacional de Estradas e Rodagem), o Ministério dos Transportes e a Ecorodovias.
De acordo com o MPF, a empresa reconheceu
o pagamento de propinas para a obtenção de modificações contratuais benéficas à
concessionária desde o ano 2000. Pelo acordo, a Ecorodovias pagará, em
decorrência das infrações e ilícitos revelados, R$ 400 milhões até o fim das
concessões que se encerram em 2021. Como nos demais acordos de leniência feitos
pela força-tarefa, o valor constitui uma antecipação de valores devidos pela
empresa, não impedindo a atuação de outros órgãos públicos.
Do total, R$ 30 milhões serão pagos como
multa, prevista na Lei de Improbidade Administrativa. Os R$ 370 milhões
restantes serão pagos a título de reparação de danos, dos quais R$ 220 milhões
serão utilizados para reduzir em 30% a tarifa de todas as praças de pedágio
operadas pela Ecorodovias. Esta diminuição será implementada para o usuário no
prazo de 30 dias contados a partir da homologação do acordo e permanecerá
válida pelo tempo necessário para que o montante total da redução tarifária
alcance o valor previsto. Os outros R$ 150 milhões serão destinados à execução
de obras nas rodovias.
"A redução do valor da tarifa para o
usuário foi ajustado de modo a não implicar nenhum benefício tributário para a
concessionária. Para fins tributários, o valor da tarifa não é alterado, mas a
concessionária paga 30% do seu montante em favor dos usuários. Assim, nenhum
repasse do valor de pedágios a entidades públicas será impactado", diz o
MPF.
Além de reconhecer os ilícitos praticados,
apresentar informações e provas relevantes sobre a participação de terceiros
nos crimes e de efetuar o pagamento de multa e ressarcimento de danos, a
empresa, segundo o MPF, se comprometeu a implementar medidas especiais a fim de
evitar a repetição de condutas similares no futuro.
A concessionária terá a obrigação de
estruturar programa de integridade (compliance), ética e transparência,
apresentando relatórios anuais ao MPF, com o objetivo de assegurar a adequação
e a efetividade dos mecanismos de controle e integridade. No mesmo sentido, a
Ecorodovias concordou em se sujeitar a monitoramento independente pelo prazo de
32 meses, que será realizado por profissionais especializados, às custas da
empresa e sob supervisão do MPF.
Redução da tarifa
O acordo prevê que a empresa colaboradora
pagará, a título de reparação de danos, valores destinados a reduzir a tarifa
de pedágio e a realizar obras rodoviárias no interesse direto dos usuários da
via. O valor da redução ainda não foi definido.
O termo de leniência será submetido à
homologação do juízo da 1ª Vara Federal de Curitiba e à Câmara de Combate à
Corrupção do (MPF).
Leia a nota da
Ecorodovias:
"A atuação do
Grupo EcoRodovias é pautada em princípios éticos de prestação de contas,
transparência, justiça e equidade, compromissos que fazem parte do Programa de
Ética e Integridade Empresarial da companhia.
O documento visa
orientar as ações e decisões dos colaboradores e dos demais públicos com os
quais o Grupo se relaciona, de forma a reforçar práticas éticas e conduta
condizente com os valores da Ecorodovias.
Confira abaixo as
principais ações realizadas pelo Grupo em alinhamento à ética e à integridade
empresarial. O conteúdo contribui para a disseminação do tema e para o
entendimento dos princípios e diretrizes éticas da companhia."
Fonte:
Bem Paraná com informações do MPF
Vitorioso nas primárias argentinas diz que Lula é inocente e que Bolsonaro é uma mácula para o Brasil
O
candidato progressista à presidência da Argentina, Alberto Fernández, visitou
Lula já durante a campanha e declarou: "Acredito na inocência dele e ele
tem todo o direito de estar em liberdade e de se defender". Segundo ele, a
condenação de Lula "é uma mácula ao estado de direito. Fico preocupado com
o fato de que isso ocorra neste continente"
247 - O candidato progressista à presidência da Argentina,
Alberto Fernández, que tem a ex-presidente Cristina Kirchner como vice, é um
dos principais defensores da liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva na América do Sul.
Fernández visitou Lula já durante a campanha, em julho, e
declarou ao sair:
"Esse governo
está criando uma mácula muito forte para o Brasil. Acredito na inocência dele e
ele tem todo o direito de estar em liberdade e de se defender. [a condenação de
Lula]", afirmou.
"É uma mácula ao estado de direito.
Fico preocupado com o fato de que isso ocorra neste continente. Como sou um
homem comprometido com o estado de direito, vou estar ao lado de Lula o tempo
necessário, até que a Justiça entenda que há de se respeitar as garantias de
todos cidadãos e também a de Lula", acrescentou.
De acordo com as estatísticas, a chapa
estava com cerca de 47% da votação (cerca de 90% das urnas apuradas) e o grupo
conservador de direita liderado pelo presidente argentino, Mauricio Macri tinha
32%. O primeiro turno das eleições gerais está marcado para 27 de outubro.
Bolsonaro volta a quebrar decoro e insulta o povo argentino
Jair
Bolsonaro deu mais um motivo para sofrer impeachment, ao desrespeitar o
resultado das primárias argentinas. Nesta segunda feira, durante evento em
Pelotas (RS), ele disparou: "Se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina,
nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima"
247 - Jair Bolsonaro deu
mais um motivo para sofrer impeachment, ao desrespeitar o resultado das
primárias argentinas. Nesta segunda feira, durante evento em Pelotas (RS), ele
disparou: "Se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos
ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de Roraima".
Segundo informou o site O
Globo, ele disse: "Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na
Argentina, nós poderemos ter, sim, no Rio Grande do Sul, um novo estado de
Roraima. E não queremos isso: irmão argentinos fugindo pra cá, tendo em vista o
que de ruim parece que deve se concretizar por lá caso essas eleições
realizadas ontem se confirmem agora no mês de outubro" .
"Não se esqueçam que aqui mais
ao Sul, na Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem, o que aconteceu
nas eleições de ontem.... A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma da Dilma
Rousseff, que é a mesma de [Nicolás] Maduro e [Hugo] Chávez, e Fidel Castro,
deram sinal de vida aqui", acrescentou.
Entenda:
As eleições primárias na Argentina,
ocorridas neste domingo (11), mostram que o jogo político na América Latina,
que viu a ascensão de governos de extrema direita nos últimos tempos, começa a
mudar.
A chapa progressista encabeçada por
Alberto Fernandez, com Cristina Kirchner na vice-presidência, derrotou o grupo
conservador de direita liderado pelo atual mandatário, Mauricio Macri – apoiado
por Jair Bolsonaro. Na primeira parcial, com 58,7% das urnas apuradas,
Fernandez/Kirchner obtiverem 47,01% dos votos, contra 32,66% do presidente, que
tenta a reeleição. Leia mais aqui.
Gleisi: Moro e Dallagnol são aventureiros que tentaram "piratear o poder"
A
presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que as revelações da Vaza
Jato desta segunda-feira demonstram que Sérgio Moro e Deltan Dallagnol são
"aventureiros" que "queriam piratear o poder".
247 - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR)
afirmou que as revelações da Vaza Jato desta segunda-feira (12) demonstram que
Sérgio Moro e Deltan Dallangnol são "aventureiros" que "queriam
piratear o poder".
Segundo Gleisi, "a República de Curitiba se considerava
o centro de poder no Brasil. Deltan era o Procurador Geral e Moro era o
Supremo".
Nesta segunda-feira, o Intercept revelou uma série de
mensagens indicando como Dallagnol e a Lava Jato atuaram para interferir na
substituição do ministro Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato no STF depois
de sus morte em janeiro de 2017. As articulações envolveram até movimentos de
extrema-direita com ações nas redes sociais e nas ruas.
Dallagnol sabia que Onyx estava envolvido em corrupção mas afirmou "fingir que não sabia"
Deltan
Dallagnol confessou que já sabia que Onyx Lorenzoni, ministro da Casa Civil de
Bolsonaro, estava envolvido em corrupção. Mesmo assim, fez vista grossa e
manteve o trabalho conjunto com o então deputado gaúcho, principalmente no
documento “10 Medidas Contra a Corrupção”.Ele chegou a escrever num tweet que
"tinha que fingir que não sabia" do envolvimento de Lorenzoni com
corrupção. As novas revelações fazem parte da Vaza Jato e foram divulgadas no
começo da tarde desta segunda pelo Intercept
247 - Novos trechos de mensagens da Vaza Jato, divulgados pelo The
Intercept no começo da tarde desta segunda-feira, revelam que o procurador
chefe da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, já sabia que o então
deputado Onyx Lorenzoni, atual chefe da Casa Civil de Bolsonaro, estava
envolvido em esquemas de corrupção, mas fechou os olhos para levar a cabo a sua
cruzada no suposto "combate à corrupção".
Em conversa num
grupo de procuradores, Deltan é indagado por Fábio Oliveira: "Vc viu que
saiu o nome do Onyx na lista do Fachin hj?". Ele se refere à decisão do
ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, que em 4 de dezembro,
atendeu pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou a
abertura de uma petição autônoma específica para analisar as acusações de caixa
dois feitas por delatores da JBS ao na época futuro ministro da Casa Civil.
"Vi... (já sabia, mas tinha que
fingir que não sabia, o que foi, na verdade, bom...rsrsrs)", respondeu
Dallagnol. "Não que não quisesse falar, mas se falasse seira até crime
rs", completou.
O procurador admite que seguia trabalhando
com Onyx, que era o lobista das 10 Medidas Contra a Corrupção, projeto que
criado pela Lava Jatos, mesmo após descobrir denúncias de corrupção.
Onyx é foi “perdoado” por Sergio Moro
apenas porque admitiu que errou e pediu desculpas, segundo o próprio ex-juiz e
hoje ministro da Justiça.
"Eu já me manifestei anteriormente. É
uma questão de Onyx. O que vejo é um grande esforço [do ministro Onyx] para a
aprovação das 10 medidas do Ministério Público, razão pela qual foi abandonado
por grande parte de seus pares. Ele tem minha confiança pessoal", disse
Moro em dezembro de 2018.
Apucarana vai sediar Jogos do Judiciário do Paraná
A competição será
realizada em 2020 com cerca de mil participantes
(Foto: Edson Denobi) |
Apucarana vai
sediar os Jogos do Judiciário do Paraná em 2020 (Tijup). A realização da
competição na cidade foi definida durante reunião de dirigentes do Sindicato
dos Servidores do Poder Judiciário (Sindijus-PR) com o prefeito Junior da
Femac, na sexta-feira (9), no gabinete municipal.
Na reunião, promovida pelo deputado
estadual Arilson Chiorato, o diretor do Sindijus, Lucinei Guimarães,
acompanhado dos assessores do sindicato Edson Fernando e Bruno Brux, veio
buscar a parceira administração municipal para realizar o Tijup 2020 na cidade,
que ainda não tem data definida.
“Podem contar com nossa parceria para
trazer esses jogos para Apucarana. Nossa cidade é acolhedora e tem toda
estrutura para sediar eventos esportivos como já ficou comprovado em várias competições
de nível estadual que recebemos nos últimos anos. Para nós é uma honra realizar
os jogos do judiciário em nossa casa”, disse Junior da Femac.
Reunindo cerca de mil competidores, o
Tijup tem a participação de servidores do Tribunal de Justiça do Paraná, do
Ministério Público, do Tribunal de Contas, da Justiça Eleitoral, Justiça
Federal, Justiça do Trabalho, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do
Ministério Público Federal.
“Agradeço a receptividade e o apoio do
prefeito Junior da Femac à nossa solicitação. A decisão de realizar o Tijup
2020 em Apucarana deve-se principalmente a dois fatores. Um deles é de que a
cidade ainda não tinha sediado essa competição e o outro é o histórico de
Apucarana no incentivo ao esporte no Paraná e no Brasil”, afirmou diretor do
Sindijus, Lucinei Guimarães.
Supremo se prepara julgar falta de imparcialidade de Moro e soltura de Lula
O
Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para julgar pedido de ‘falta de
imparcialidade’ do ex-juiz Sérgio Moro no caso do tríplex. A suspeição foi
arguida pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mantido preso
político da Lava Jato há quase 500 dias em Curitiba.
Entretanto,
o STF leva a sério aquela velha máxima corporativa: corvo não come covo. De
acordo com levantamento da Fundação Getúlio Vargas, desde a promulgação da
Constituição em 1988, o Supremo arquivou todos os pedidos de suspeição e violou
regimento interno da própria corte sobre julgamentos de imparcialidade.
A Folha publicou
nesta segunda-feira (12), vésperas do julgamento da falta de imparcialidade de
Moro no caso tríplex, que de 111 ações tratadas pelo STF apenas uma ainda não
foi analisada pelos ministros.
Resumo da ópera: Lula parte de uma
desvantagem escrita pela história do STF, mas o caso tríplex é batom na cueca
deixado pelo juiz Moro ao condenar o petista sem provas; as conversas vazadas
pelo site The Intercept Brasil estão aí corroborar a nulidade da prisão
inconstitucional do ex-presidente.
Fonte:
Blog do Esmael
PT vai à Justiça contra Moro por armação que tenta associar o partido ao PCC
“O que
estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa exatamente assim, com o
uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática e fazer este embate em
todas as frentes, judicial, midiática,política, até a verdade prevalecer”,
aponta a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR)
247 – O Partido dos Trabalhadores decidiu ingressar com ações
na Justiça contra a tentativa do atual ministro Sergio Moro de associar, sem
provas, o partido ao PCC, o Primeiro Comando da Capital. A armação foi
denunciada até por jornalistas associados à direita liberal, como Reinaldo
Azevedo (saiba mais aqui). Abaixo,
reportagem da Agência PT de Notícias sobre as iniciativas judiciais:
O Partido
dos Trabalhadores promoverá, nesta segunda-feira (12), várias ações com o
objetivo de denunciar e buscar a reparação dos danos causados pela falsa acusação coordenada pela polícia de
Sérgio Moro e disseminada por Jair
Bolsonaro (PSL) em suas redes e mídias de repercussão,
de que estaria relacionado ao PCC.
“O que
vimos essa semana foi mais uma armação grotesca das forças reacionárias para
tentar criminalizar o PT. A notícia falsa, vazada pela Polícia
Federal de Moro, foi cabalmente desmentida pelo promotor Lincoln Gakiya,
que há mais de uma década investiga a facção criminosa: ‘Não há indício de ligação entre PT e PCC’,
afirmou o promotor ao UOL. Vamos enfrentar e denunciar essa farsa armada por
Moro e Bolsonaro. Criminosos são os que nos acusam, e devem responder por suas
ações”, disse a presidenta nacional do Partido, Gleisi
Hoffmann
A
primeira medida é a apresentação de Notícia de Crime no Supremo
Tribunal Federal contra Sérgio
Moro e a linha de responsáveis pela investigação na Polícia
Federal que divulgou a fala de um criminoso, sem nenhum indício, relacionando o
partido ao PCC.
“O que
estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa exatamente assim, com o
uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática e fazer este embate em
todas as frentes, judicial, midiática, política,
até a verdade prevalecer”, aponta Gleisi
Hoffmann.
Moro tem
de ser urgentemente afastado das funções de Ministro da Justiça,
pois vem usando, sistematicamente a Polícia Federal com objetivos políticos e
mentindo sobre condução dos trabalhos da força policial, sendo seu papel coibir
e solicitar investigações sobre tais tipos de vazamentos e não fomentá-los. Na
ação são imputados a Moro os crimes de prevaricação e abuso de autoridade.
A segunda
medida será encaminhar Pedidos de Direito de Resposta ao jornal o Estado
de São
Paulo, Record TV e Jovem Pan para que divulguem a manifestação
técnica e embasada em fatos do promotor Lincoln Gakiya do Ministério
Público de São Paulo, que desmonta a fake
news e confirma que o Partido jamais negociou com a facção
criminosa. O papel da imprensa é apurar os fatos antes de publica-lo. Sempre se
deve lembrar da máxima dos manuais de bom jornalismo.
“Quando alguém diz
que lá fora chove e outro diz que faz sol, o papel do jornalista não se resume
a publicar as duas informações conflitantes. O verdadeiro jornalista vai até a
janela e verifica se faz sol ou chuva para publicar a verdade. Estes meios de comunicação devem, não só ao PT mas a
seus milhões de telespectadores, leitores e ouvintes a divulgação do depoimento
esclarecedor do promotor, em nome da verdade”, explica Gleisi.
O Partido também entrará com uma
representação eleitoral contra Bolsonaro por propaganda negativa extemporânea.
Ao divulgar, reiteradamente, notícias falsas e acusações infundadas contra o
Partido dos Trabalhadores, o presidente incorre em crimes e comete uma série de
irregularidades eleitorais, atentando contra as regras democráticas da disputa
política.
Por fim, será apresentada Ação Criminal
junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina contra a Deputada Estadual Ana
Campanolo (PSL) por difamação ao Partido dos Trabalhadores.
“O que estamos vendo é uma escalada autoritária, que começa
exatamente assim, com o uso político das polícias. Vamos enfrentar essa prática
e fazer este embate em todas as frentes, judicial, midiática, política, até a
verdade prevalecer”, disse a presidenta.
Vingativo, Moro manda deputado aliado pedir explicações a Manuela D'ávila sobre hacker
O
deputado Capitão Augusto apresentou na Comissão de Segurança Pública da Câmara
dos Deputados um convite para Manuela D‘ávila (PCdoB) explicar ao parlamento
sua relação com o hacker que alega ter invadido telefones de autoridades
247 - O deputado Capitão Augusto (PL-SP) apresentou na Comissão de
Segurança Pública da Câmara dos Deputados um convite para Manuela D‘ávila (PC
do B) explicar ao parlamento sua relação com o hacker que alega ter invadido
telefones de autoridades.
O gesto visto é
visto como o cumprimento de uma missão delegada por Sergio Moro (Justiça),
informa a coluna Painel da Folha de S.Paulo.
Trata-se de uma vingança de Moro depois
que o PCdoB pediu que a Comissão de Ética Pública investigasse suspeitas de que
Moro teve acesso ao inquérito da PF, que é sigiloso.
Procurador também tentou intimidar Alexandre de Moraes a votar pela prisão em segunda instância
O novo
capítulo da Vaza Jato também revela a ação de Deltan Dallagnol na articulação
de movimentos de rua para pressionar o ministro Alexandre de Moraes, indicado à
vaga de Teori Zavascki, a votar pela prisão em segunda instância – o que, de
fato, aconteceu
247 – Após a morte de Teori Zavascki, Michel Temer indicou
Alexandre de Moraes, então ministro da Justiça, para a vaga de Zavascki no
Supremo. "Um ano depois, o ministro tornou-se alvo de uma investida dos
movimentos coordenada por Dallagnol após o Tribunal Regional Federal da 4ª
Região confirmar, em janeiro, a condenação do ex-presidente Lula no processo do
triplex do Guarujá", revelam as novas mensagens da Vaza Jato, na reportagem de Rafael Neves e Rafael Mora Martins.
"Em meio às
especulações sobre a provável prisão do petista, circulou a informação de que o
Supremo estudava permitir o cumprimento da pena só após a condenação ser ratificada
Superior Tribunal de Justiça, a terceira instância. As atenções então
voltaram-se para Moraes, o único no STF que ainda não havia emitido voto sobre
o assunto", aponta o texto. Confira abaixo um dos diálogos:
Três
dias após a confirmação da sentença de Lula, Dallagnol expôs sua preocupação à
procuradora Thaméa Danelon:
27 de
Janeiro de 2018 – Chat privado
Deltan
Dallagnol – 20:41:03 – Tamis, qto à execução provisória, temos que deixar
mais caro pro Alexandre de Moraes mudar de posição
Thaméa
Danelon – 20:41:26 – Claro
Danelon
– 20:41:31 – O q vc sugere?
Danelon
– 20:41:49 – Eu vi q vc replicou um tt de uma cidadã.
Danelon
– 20:41:54 – Vou replicar
Dallagnol
– 20:43:56 – Temos que reunir infos de que no passado apoiava a execução
após julgamento de SEGUNDO grau e passar pros movimentos baterem nisso muito
Dallagnol
– 20:44:09 – Deixar cara a mudança
Danelon
– 20:44:16 – Ok. Eu posso passar para os movimento.
Danelon
– 20:44:31 – Para o Vem pra Rua e Nas Ruas
Dallagnol
– 20:44:33 – Mostrar que a mudança beneficia Aécio e PSDbistas do partido
a que vinculado
Danelon
– 20:44:43 – Ótimo
Danelon
– 20:44:58 – Eu lembro q ele se manifestou favorável a segunda inst
Dallagnol
– 20:45:00 – Que vão perder foro neste ano provavelmente
Danelon
– 20:45:06 – Mas não lembro como ele declarou isso
"Se por causa da pressão ou não,
certo é que poucos dias depois, em 6 de fevereiro, Alexandre de Moraes fez o
que Dallagnol, Danelon e o Vem Pra Rua desejavam: votou a favor da execução da
pena do deputado federal João Rodrigues, do PSD de Santa Catarina, que havia
tido uma condenação pela Justiça Federal confirmada em segunda instância",
informam os repórteres.
Coletivos suprapartidários lançam manifesto por impeachment e novas eleições
Trinta e dois coletivos independentes e suprapartidários da sociedade
civil lançaram um manifesto nesta segunda-feira (12) pelo impeachment de Jair
Bolsonaro e exigem anulação das eleições de 2018
247 -
Trinta e dois coletivos independentes e suprapartidários da sociedade civil
lançaram um manifesto nesta segunda-feira (12) pelo impeachment de Jair
Bolsonaro e exigem anulação das eleições de 2018.
Segundo informa o comunicado
divulgado pelos coletivos, "Grupos pró democracia atuando no Brasil e no
exterior se unem para dizer à sociedade que está na hora de dar um basta e
impedir a continuidade do governo. O objetivo é mobilizar cidadãos que exigem
um basta nos crimes de responsabilidade de Bolsonaro"
O manifesto aponta como motivo:
Falta de decoro para com o
cargo que ocupa, o que configura crime de responsabilidade de acordo com a lei
1.079, de 1950, que tipifica os crimes de responsabilidade passíveis de
impeachment do presidente da República. Diz o artigo 9º, VII: “Proceder de modo
incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”
"As eleições foram
fraudadas com "fakenews", com um sistema milionário de disparo
de mensagens e com prisão e silenciamento do principal adversário, Luiz Inácio
Lula da Silva ,sem provas materiais e o possível conluio de juízes e promotores
evidenciado com vazamentos de conversas eletrônicas pela mídia", denunciam
os coletivos.
Os grupos que totalizam
centenas de ativistas e mobilizam milhares de pessoas em seu trabalho irão, a
partir de hoje, lançar campanhas midiáticas, articular- se com lideranças
políticas brasileiras e internacionais, criar materiais, realizar protestos e
atos públicos. O objetivo é conscientizar a sociedade brasileira que é
intolerável e inaceitável seguir aceitando as barbaridades comunicadas pelo
presidente e os atos nefastos de seu governo contra a democracia e o estado de
bem estar social conquistado com o esforço e luta desde a retomada da
democracia no Brasil.
Os ativistas entendem que
diante dos enormes indícios de fraude eleitoral denunciados logo depois das
eleições de 2018 e agora com a chamada " Vazajato" o Brasil só poderá
retomar o caminho democrático com a anulação do pleito de 2018 e a convocação
de novas eleições.
“Se Vc topar, vou te pedir pra ser laranja em outra coisa que estou articulando kkkk”, disse Deltan a procuradora
Num dos
trechos mais impactantes da Vaza Jato, o procurador Deltan Dallagnol pede a sua
colega Thamea Danelon que ela seja "laranja" numa articulação da
força-tarefa para pressionar o Supremo Tribunal Federal a prender o
ex-presidente Lula – e ela concorda
247 – Confira,
abaixo, um dos trechos mais importantes da reportagem de
Rafael Neves e Rafael Mora Martins, publicada no Intercept:
Em
22 de março de 2018, o STF
concedeu ao ex-presidente Lula um salvo-conduto para que ele, já condenado em
segunda instância no caso do triplex do Guarujá, não fosse preso até o
julgamento de seu habeas corpus preventivo, marcado para 4 de abril. Grupos
contrários e favoráveis ao petista mobilizaram-se para pressionar o Supremo.
Oito dias depois,
Dallagnol anunciou no grupo de Telegram Parceiros MPF — 10 medidas que ele e a
equipe da Lava Jato no Paraná haviam aderido a um abaixo-assinado restrito a juízes e procuradores a favor da prisão em segunda instância.
Horas mais tarde, o procurador discutiu com Thaméa Danelon a possibilidade de
que também houvesse abaixo-assinados apresentados pela sociedade, e não apenas
por autoridades.
No dia seguinte,
Dallagnol fez uma proposta à procuradora. “Se Vc topar, vou te pedir pra ser
laranja em outra coisa que estou articulando kkkk”. Danelon assentiu, animada,
e o chefe da Lava Jato continuou. “Um abaixo assinado da população, mas isso tb
nao pode sair de nós… o Observatório vai fazer. Mas não comenta com ng, mesmo
depois. Tenho que ficar na sombra e aderir lá pelo segundo dia. No primeiro, ia
pedir pra Vc divulgar nos grupos. Daí o pessoal automaticamente vai postar
etc”.
O Observatório
Social é uma organização de atuação nacional sediada em Curitiba que atua,
segundo o site,
“em favor da transparência e da qualidade na aplicação dos recursos públicos”.
Mantendo sigilo sobre a articulação, a colega de Dallagnol em São Paulo
divulgou o abaixo-assinado e
disse a ele que o Vem Pra Rua fez o mesmo. Em seguida, o coordenador da Lava
Jato compartilhou a petição em seu perfil do Facebook sem
mencionar que estava por trás da iniciativa.
Satisfeito com a
repercussão, Dallagnol escreveu a Danelon: “Temos que cuidar pra não parecer
pressão. Se não estivéssemos na LJ, o tom seria outro kkkkk. Ia chutar o pau da
barraca rs. Depois chutava a barraca e eles todos tb kkk”. A procuradora subiu
vários tons. “Eu colocava todos na barraca e metralhava kkkk”.
Dallagnol articulou movimentos de rua contra o STF um dia após a morte de Teori Zavascki
Enquanto
o Brasil entrava em choque com a morte do ex-ministro Teori Zavascki num
acidente aéreo até hoje não explicado, o procurador Deltan Dallagnol já se
articulava com movimentos como Mude e Vem pra Rua para tentar pressionar o
Supremo Tribunal Federal a não colocar Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e
Dias Toffoli como seus substitutos. Esta é uma das novas revelações da Vaza
Jato
247 – "O procurador Deltan Dallagnol usou dois grupos
políticos surgidos após a operação Lava Jato como porta-vozes de causas
políticas pessoais dele e da operação, revelam mensagens trocadas pelo
aplicativo Telegram e que fazem parte do arquivo da Vaza Jato. Nelas, Dallagnol
pauta atos públicos, publicações em redes sociais e manifestações dos
movimentos de forma oculta, tomando cuidados para não ser vinculado
publicamente a eles", aponta a nova reportagem do Intercept, assinada por Rafael Neves e Rafael Moro Martins.
"Os chats
mostram que Dallagnol começou a se movimentar para influenciar a escolha do
novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal apenas um dia após a
morte do ministro Teori Zavascki, antigo responsável pelos processos da
operação no STF", aponta o texto da Dupla.
Os grupos usados por Dallagnol para
mobilizar "manifestoches" foram o Vem pra Rua, ligado a bilionários,
como Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev, e o Mude - Chega de Corrupção.
"Passada a derrota na votação das dez medidas na Câmara, Dallagnol passou
a usar o Mude — e também o Vem Pra Rua — para outras tarefas – entre elas
influenciar a escolha do relator da Lava Jato no Supremo após a morte de
Zavascki", aponta a reportagem.
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