segunda-feira, 15 de abril de 2019

Eduardo Bolsonaro desafia a esquerda a dizer quem é Paulo Freire. E a esquerda responde


"Diariamente mostramos quem é Olavo de Carvalho @opropriolavo. Falta o pessoal da esquerda agora dizer quem é Paulo Freire e o seu legado na educação nacional...", cobrou o deputado no Twitter; em resposta, os internautas têm disparado tuítes sobre os títulos do educador e sua referência positiva no mundo
247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, ousou desafiar a esquerda a dizer "quem é Paulo Freire", uma vez que a direita vem dizendo todo os dias "quem é Olavo de Carvalho".
"Diariamente mostramos quem é Olavo de Carvalho @opropriolavo. Falta o pessoal da esquerda agora dizer quem é Paulo Freire e o seu legado na educação nacional...", postou no Twitter. Os internautas atenderam ao "desafio" e agora têm disparado tuítes sobre os diversos títulos do educador e seu reconhecimento em todo o mundo.
Em meio à polêmica, ganhou destaque reportagem da BBC Brasil publicada em janeiro que aponta que Paulo Freire, rejeitado pelo atual governo, "está entre os autores mais citados em trabalhos acadêmicos do mundo". Na Folha deste domingo, o doutor em Educação e biógrafo do educador Sergio Haddad analisa a hostilidade contra o intelectual.
"Sugiro olhar nos Anais de @Harvard @Cambridge_Uni e @UniofOxford e mais 40 Universidades, mundo a fora, que concederam Doutor Honoris Causa a Paulo Freire", rebateu o deputado federal e ex-ministro Alexandre Padilha (PT-SP). "Paulo Freire é um dos educadores mais importantes do mundo. Seu trabalho é estudado em diversas universidades Norte-Americanas, homenageado com uma escultura na Suécia, seu nome foi dado a um centro de estudos na Finlândia", disse Ricardo Savino, documentarista e produtor cultural, que também fez outros tuítes.
"O "intelectual" brasileiro Eduardo Bolsonaro, do alto da sua "sapiência" pregunta: quem é Paulo Freire? Resposta: É o brasileiro com mais títulos de Doutor Honoris Causa de diversas universidades, são 41, ao todo, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford. Simplesmente, o maior", respondeu o tuiteiro Renan Araújo a Eduardo Bolsonaro. "Vamos mostrar ou deixar a tarefa p/ a Stanford University?", ironizou o perfil Kepler & Kopernikus.
 


Doria quer expulsar Aécio, Richa e Azeredo em “faxina ética” no PSDB


O deputado Aécio Neves (PSDB-MG), protagonista do golpe de 2016, e o ex-governador Beto Richa, do Paraná, devem ser expulsos em breve do PSDB, assim, como o ex-governador mineiro Eduardo Azeredo. Os três seriam os primeiros alvos da 'faxina ética' que o governador de São Paulo, João Doria, pretende promover, para tentar se viabilizar candidato à presidência da República, em 2022. Doria também cogita mudar o nome do PSDB, que teria ficado contaminado por escândalos de corrupção
247 – "O governador de São Paulo, João Doria, disse que o PSDB encomendou uma pesquisa para avaliar entre outras coisas a possibilidade de uma mudança no nome do partido. Além disso, aliados do governador planejam promover o que chamam de 'faxina ética' na agremiação após a convenção nacional da sigla, que está marcada para junho", informam os jornalistas Pedro Venceslau e Ricardo Galhardo, no Estado de S. Paulo.
"Nós vamos estudar. Defendo que façamos uma pesquisa a partir de junho. Já está previsto, inclusive. E que esta ampla pesquisa nacional avalie também o próprio nome do PSDB", disse Doria, neste domingo. "Melhor do que o achismo e o personalismo é a pesquisa, ela representa a convicção daquilo que emana da opinião pública."
Segundo a reportagem de Venceslau e Galhardo, estão na mira o ex-governador do Paraná, Beto Richa, que foi preso em uma operação do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o ex-governador Eduardo Azeredo, preso por desvio de recursos de estatais mineiras, e o deputado federal Aécio Neves, réu por corrupção no Superior Tribunal Federal (STF).
Aécio foi também o protagonista do golpe de 2016, que começou a ser planejado após sua derrota na disputa presidencial de 2014.


Sobe para 10 o total de mortos em desabamento em prédios no Rio


Subiu para dez o número de mortes no desabamento de dois edifícios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro após os bombeiros encontrarem o corpo de uma mulher ainda não identificada sob os escombros, no final da noite de ontem (14). De acordo com os bombeiros, a vítima estava em um local de difícil acesso; equipes de resgate trabalham com a possibilidade de que 14 pessoas ainda estejam desaparecidas
Ícaro Matos, Agência Brasil- Subiu para dez o número de mortes no desabamento de dois edifícios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os bombeiros encontraram o corpo de uma mulher ainda não identificada sob os escombros, no final da noite de ontem (14). De acordo com os bombeiros, a vítima estava em um local de difícil acesso e os militares levaram cerca de três horas para retirar o corpo dos destroços.
Agora as equipes de resgate trabalham com a possibilidade de que 14 pessoas ainda estejam desaparecidas, de acordo com informações registradas na área do desabamento. Até o momento, 18 pessoas foram resgatadas, sendo dez com vida, mas duas morreram no hospital.
A operação de resgate segue hoje com a participação de mais de 100 militares, cães farejadores, drone, helicópteros, ambulâncias e veículos de recolhimento de corpos. O trabalho, que entrou hoje no quarto dia, começou logo após o desabamento e segue ininterruptamente desde o início da manhã de sexta-feira (12).
Ontem, o pastor Cláudio Rodrigues, de 40 anos, foi a primeira vítima do desabamento dos prédios na Muzema a ser enterrada. O enterro foi à tarde, no Cemitério do Pechincha, na região de Jacarepaguá, também na zona oeste.
Rodrigues morava com a mulher e a filha, e os três estavam no apartamento na hora do acidente. A esposa, Adilma Rodrigues, de 35 anos, segue internada em estado grave no Hospital Lourenço Jorge. A filha, Clara Rodrigues, de 10 anos, também ficou ferida, mas já teve alta e passa bem.


domingo, 14 de abril de 2019

Consumo dos brasileiros tem queda recorde com Guedes e Bolsonaro


O fracasso da política econômica de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro já é visível. Em janeiro e fevereiro, houve uma queda de 5,2% no número de unidades de itens básicos comprados pelas famílias em relação ao mesmo período de 2018, aponta pesquisa da consultoria Kantar. Foi a primeira retração para o período em cinco anos. "Fiquei chocada com o resultado. É uma queda bem forte que ocorreu em todas as classes sociais e regiões do País", afirma Giovanna Fisher, diretora da consultoria e responsável pela pesquisa
247 – Sem dinheiro, sem crédito, sem esperança no futuro e ameaçados por um desemprego cada vez maior, os brasileiros deixaram de consumir até itens básicos. "Pressionado pelo aumento do desemprego e da inflação da comida e também pela queda na renda, o consumo de alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza dentro da casa dos brasileiros sofreu um baque neste início de ano. Em janeiro e fevereiro, houve uma queda de 5,2% no número de unidades de itens básicos comprados pelas famílias em relação ao mesmo período de 2018, aponta pesquisa da consultoria Kantar. Foi a primeira retração para o período em cinco anos", informa reportagem publicada pela jornalista Marcia de Chiara, no jornal Estado de S. Paulo.
"Também foi a primeira vez desde o início da pesquisa, em 2014, que houve recuo nas compras de todas as cestas de produtos, com retrações importantes em produtos básicos e de difícil substituição. Entre os itens que mais contribuíram para a queda do consumo em unidades das respectivas cestas estão açúcar (alimentos), papel higiênico (higiene), leite de caixinha (lácteos), detergente em pó (limpeza) e cerveja (bebidas)", escreve ainda a jornalista.
"Fiquei chocada com o resultado. É uma queda bem forte que ocorreu em todas as classes sociais e regiões do País", afirma Giovanna Fisher, diretora da consultoria e responsável pela pesquisa.
Segundo a reportagem, a classe C foi a que mais retraiu o consumo. :O que chama também a atenção nos resultados é que, além de ir menos vezes às compras, a cada ida ao supermercado o consumidor levou uma quantidade menor de produtos para casa. Esse movimento traduzido em números significou uma queda de 2,2% na frequência de compras no bimestre em relação ao ano anterior e redução 5,7% no número de unidades adquiridas a cada compra", diz Marcia de Chiara.



Sobe para 9 o nº de mortos em desabamento na Muzema, 15 estão desaparecidos


Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os corpos de um menino e de uma mulher foram encontrados na noite deste sábado 13; mais de 100 bombeiros e agentes da defesa civil trabalham no resgate, que conta com a ajuda de cães farejadores e equipamentos específicos para o salvamento em estruturas colapsadas
247 - Subiu para nove o número de mortos no desabamento dos dois prédios na comunidade da Muzema, Zona Oeste do Rio, ocorrido na manhã de sexta-feira 12. Na noite deste sábado 13, foram retirados dos escombros os corpos de um menino e de uma mulher. Há ainda 15 desaparecidos.
Mais de 100 bombeiros e agentes da defesa civil trabalham no resgate, que conta com a ajuda de cães farejadores e equipamentos específicos para o salvamento em estruturas colapsadas.
Segundo reportagem da Agência Brasil, o coordenador de operações Luciano Sarmento, que é coronel bombeiro, explicou que o número de desaparecidos varia porque depende de uma investigação junto a familiares e vizinhos.
"Esse número é dinâmico e varia de acordo com as informações. Paralelo ao trabalho de resgate, temos uma equipe de investigação junto as famílias e vizinhos", disse o coronel, que afirma que as buscas se darão de forma ininterrupta até que sejam esgotadas.
O resgate em desabamento de prédios deixa mais esperanças de encontrar sobreviventes que no caso dos deslizamentos de terra, comparou o bombeiro.
"Podemos encontrar células [locais sob os escombros] que têm um pequeno habitat em que a pessoa pode se manter respirando. Realmente o tempo é nosso inimigo, mas já temos relatos de pessoas que sobreviveram em desastres de até sete dias".
Ao todo, cinco corpos foram retirados dos escombros e dois dos dez resgatados com vida morreram em unidades de saúde. Entre os 17 desaparecidos, é provavel que haja crianças, segundo o coronel, que não especificou o número.
Com informações da Agência Brasil


sábado, 13 de abril de 2019

Desembargadora que mentiu sobre Marielle liberou funcionamento de prédios de milícias no Rio

Reprodução | ABr
A desembargadora Marília Castro Neves, que espalhou fake news contra Marielle Franco dias após sua morte e também responde no CNJ por ter defendido a morte de Guilherme Boulos tomou decisões que impediram a Prefeitura do Rio de demolir quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios desabaram nesta sexta-feira 12, matando sete pessoas;
247 - A desembargadora Marília Castro Neves, alvo de denúncias no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por suas postagens ofensivas e criminosas nas redes sociais, tomou decisões que impediram a demolição de quatro prédios no mesmo condomínio onde dois edifícios desabaram nesta sexta-feira 12 na comunidade Muzema, Zona Oeste do Rio, matando sete pessoas. Os prédios eram dominados por milícias.
A juíza compartilhou mentiras sobre Marielle Franco dias após a morte da vereadora por milicianos, responde no CNJ por ter incitado a morte do líder do MTST, Guilherme Boulos, e também já defender um "paredão de fuzilamento" para o ex-deputado Jean Wyllys, caso pela qual é alvo no STJ. Neste ano, ela fez piada com a presença de Boulos no velório do neto do ex-presidente Lula, Arthur.
Uma das decisões sobre os prédios foi tomada dois dias antes do desabamento. Os desembargadores da 20ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio decidiram por unanimidade na quarta-feira 10 manter a liminar que impedia a prefeitura do Rio de demolir um desses imóveis. No caso dos dois prédios que caíram, os imóveis estavam apenas embargados. Os prédios são dominados por milícias.
Em um dos processos de demolição, a prefeitura briga na Justiça desde 2 de dezembro de 2018, quando 16 moradores recorreram ao plantão do Judiciário para suspender o processo, segundo reportagem do Globo.
A desembargadora Marília Castro Neves relatou o recurso e argumentou, para negar a demolição, que a própria prefeitura concedeu um alvará para que uma loja de material de construção de médio porte funcionasse no térreo do imóvel. Ela disse ainda que o ato de demolição, por ser irreversível, causaria danos irreparáveis para os proprietários dos apartamentos.
Os dois prédios que desabaram chegaram a ser interditados duas vezes a pedido da prefeitura, uma em novembro de 2018, pela Secretaria Municipal de Urbanismo, e em fevereiro deste ano, pela Defesa Civil Municipal. O condomínio Figueiras já foi notificado várias vezes nos últimos 14 anos.
No Twitter, Boulos lembrou que se tratava da mesma desembargadora que defendeu sua morte, mas fez referência aos dois prédios que desabaram, informação que foi corrigida pelo Globo posteriormente, alertando que as liminares eram referentes a outros imóveis do mesmo condomínio. Todos, porém, são dominados por milicianos.


Lula á alvo de fake news nas redes sobre suposta confissão


Rodolfo Buhrer/Reuters
Está circulando na internet a informação falsa de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria confessado o crime de corrupção passiva no caso tríplex do Guarujá, pelo qual foi condenado sem provas a 12 anos e um mês de prisão; informação falsa foi compartilhada mais de 70 mil vezes no Facebook desde a última sexta, 5, e induz o leitor ao erro ao fazer interpretação equivocada do recurso apresentado pelo petista ao STJ
247 - Está circulando na internet a informação falsa de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria confessado o crime de corrupção passiva no caso tríplex do Guarujá, pelo qual foi condenado sem provas a 12 anos e um mês de prisão.
Conforme o Estado de S. Paulo, a informação falsa foi compartilhada mais de 70 mil vezes no Facebook desde a última sexta, 5, e induz o leitor ao erro ao fazer interpretação equivocada do recurso apresentado pelo petista ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
No Recurso Especial impetrado no STJ, a defesa não confessa nenhum crime. Os advogados argumentam que o Ministério Público Federal (MPF) classificou a suposta ocultação do tríplex como lavagem de dinheiro quando a ação deveria ser enquadrada como um desdobramento do crime de corrupção passiva.
A defesa diz que o ex-presidente foi julgado duas vezes pelo mesmo crime e pede a revisão da sentença. O recurso de Lula deverá ser analisado pela Quinta Turma do STJ nos próximos dias.


Mutirão de dermatologia atende 200 pacientes em Apucarana


Ambulatório de Especialidades da Autarquia de Saúde quer reduzir a fila de espera que atualmente está em 1.700 pacientes 
(Foto: Profeta)
Inaugurado há pouco mais de um mês, o Ambulatório de Especialidades Dermatológicas, da Autarquia Municipal de Saúde (AMS) realiza neste sábado (13) um mutirão de consultas, com 200 atendimentos. O objetivo é agilizar o serviço prestado nesta área médica reduzindo o tempo da fila de espera, hoje com 1,7 mil pacientes.
Com atenção especial aos casos avaliados como prioritários da fila de espera, as consultas começaram às 8 horas e seguem até as 17 horas. O prefeito Junior da Femac, que acompanhou pessoalmente o atendimento na manhã de hoje, reiterou a preocupação da administração, por meio da AMS, no sentido de buscar alternativas para garantir à população o acesso ao atendimento dentro do menor prazo possível. “Ações como essa mostram que estamos empenhados a reduzir a fila de espera nesta importante especialidade”, afirma Junior.
Coordenadora da Residência Médica na Especialidade em Dermatologia e do Ambulatório de Dermatologia, Lígia Martin, não descarta a possibilidade deste tipo de iniciativa se repetir em breve. “Vamos tentar zerar a fila de espera num prazo de seis meses”, planeja Lígia.
Teresinha Gonçalves, 77 anos, residente na região do Parque Biguaçu, esteve entre os pacientes atendidos na manhã deste sábado. Marquei a consulta por causa de manchas na pele e um tipo de alergia que tenho. “Sempre fui bem atendida na saúde do município, mas hoje foi excelente”, avalia Teresinha.
Inaugurado no dia 8 de março deste ano, o Ambulatório de Especialidades Dermatológicas está instalado no primeiro andar da AMS, ocupando uma área de 193 m². O atendimento médico nesta área já é anunciado como referência em toda região devido à soma de dois fatores: aparelhos modernos e uma equipe de profissionais altamente qualificada, incrementada ainda com atuação de residentes do Programa de Residência Médica da AMS.
O ambulatório de dermatologia conta com o atendimento profissional das dermatologistas Caroline Cilião e Ligia Martin, bem como dos quatro médicos do Programa de Residência Médica em Dermatologia da Autarquia Municipal de Saúde, sendo que dois deles cursando o segundo ano desta especialidade e outros dois o primeiro ano.
Instalado num espaço totalmente reformado, Ambulatório de Dermatologia possui sua estrutura de quatro consultórios médicos; duas salas de pequenas cirurgias, com vestiário e sala de espera exclusiva; central de material esterilizado; e sala de fototerapia, com vestiário. A área de funcionários conta com sala de reuniões, copa, WC exclusivo e almoxarifado. Ainda houve o investimento no mobiliário, que é totalmente novo.
Os equipamentos, por sua vez, são de última geração, incluindo a câmara de fototerapia, microscópio, lupas, material cirúrgico. Indicado para tratamento de  vitiligo, linfoma, psoríase  e alguns tipos de dermatites A câmara de fototerapia é a única pública no norte do Paraná e com ela são atendidos pacientes do Hospital do Câncer de Londrina e do Consórcio Regional de Saúde, o Cisvir.
A nova estrutura na especialidade de dermatologia atendeu até o momento 441 pacientes, sendo realizadas 70 pequenas cirurgias e outros procedimentos. O prédio da AMS também realizou neste sábado atendimento nas especialidades vascular, ortopedia e endocrinologia.



Habeas corpus de Lula irá a sessão presencial no STF a pedido de Gilmar Mendes


O ministro Gilmar Mendes solicitou nesta sexta-feira, 12, que o julgamento de um habeas corpus feito pelo ex-presidente Lula que começara a ser realizado no plenário virtual da Segunda Turma do STF seja levado à sessão presencial do colegiado; defesa de Lula pediu ao STF um habeas corpus contra decisão monocrática do ministro Felix Fischer, do STJ, que negou prosseguimento ao recurso do petista naquela corte
247 - O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, solicitou nesta sexta-feira, 12, que o julgamento de um habeas corpus feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que começara a ser realizado no plenário virtual da Segunda Turma seja levado à sessão presencial do colegiado.
Como informa o jornalista Reynaldo Turollo Jr., da Folha de S. Paulo, a defesa de Lula pediu ao STF um habeas corpus contra decisão monocrática do ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, que negou prosseguimento ao recurso do petista naquela corte. O recurso tenta reverter a condenação no caso do tríplex de Guarujá (SP).
A Segunda Turma do STF é formada pelos ministros Gilmar, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Edson Fachin, relator do habeas corpus. Ainda não há data para a decisão do pedido do ministro Gilmar Mendes. 
No mesmo habeas corpus, a defesa ainda requer a liberdade de Lula a partir da anulação da sentença nas instâncias inferiores, sob o argumento de que há uma incompatibilidade entre a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e a condenação imposta pelo ex-juiz Sergio Moro.


Gleisi: extinção de conselhos mostra linha autoritária do governo


Alessandro Dantas/PT
Presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirma que a extinção dos conselhos populares pelo governo Bolsonaro, que prevê a participação da sociedade civil, "representa a linha política do governo: autoritário, de afastamento da população dos debates. Fere a Constituição, que prevê a participação e fiscalização popular para as políticas públicas. A ideia é sufocar os movimentos sociais pra retirar direitos do povo"
247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), afirma que a extinção dos conselhos populares por um decreto do presidente Jair Bolsonaro, que prevê a participação da sociedade civil, representa a linha autoritária do governo e sua intenção de atacar os movimentos sociais.
"A extinção dos conselhos representa a linha política do governo: autoritário, de afastamento da população dos debates. Fere a Constituição q prevê a participação e fiscalização popular p/ as políticas públicas. A ideia é sufocar os movimentos sociais pra retirar direitos do povo", postou Gleisi no Twitter.
A bancada do PT na Câmara protocolou nesta sexta-feira 12 dois projetos de decreto legislativo (PDL) para barrar os decretos de Bolsonaro que extinguem a maioria dos conselhos sociais.
O governo federal pretende diminuir de 700 para menos de 50 o número de conselhos previstos pela Política Nacional de Participação Social (PNPS) e pelo Sistema Nacional de Participação Social (SNPS).





Ratinho Júnior autoriza R$ 7,7 milhões para construção de colégio em Arapongas

Assinatura do convênio aconteceu nesta sexta-feira(12) em Londrina. Colégio será construído na região do Alto da Boa Vista, zona sul da cidade (Foto: Gov PR)

O governador do Paraná, Ratinho Junior, liberou cerca de R$ 21 milhões aos municípios da região para investimentos diversas áreas. Arapongas foi uma das cidades contempladas através da assinatura do convênio da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDU) e Fundepar que prevê a construção de um colégio estadual na região do Alto da Boa Vista, Zona Sul. Os investimentos são da ordem de R$ 7,7 milhões. Os recursos foram assegurados durante interiorização de governo na Expo Londrina, nesta sexta-feira (12).
O ato contou com a presença do prefeito Sérgio Onofre, representando também a presidência da Associação dos Municípios do Médio Paranapanema (Amepar).  Ele destacou a importância do investimento no setor da educação para Arapongas que vai possibilitar maior acesso ao ensino para toda a região sul da cidade. “Essa parceria com o governo do Estado permite que possamos seguir na estratégia de fazer de 2019 o ano da educação, assim como os dois primeiros anos foram dedicados de forma mais específica para a saúde”, destacou Sérgio Onofre.
Em discurso, Ratinho Junior reiterou a importância do governo estadual em estreitar laços com os municípios do Paraná. “Sozinhos, os municípios não conseguem fazer tudo o que é necessário. Nossa ideia é ser parceiro das prefeituras para que elas possam ter estrutura para atender o crescimento das cidades e para apoiar o setor empresarial que gera empregos no Paraná”, destacou.
SEGURANÇA
Em meio ao evento, Onofre realizou também a entrega do projeto de segurança “Muralha” ao governador Ratinho Jr. O projeto compreende a instalação de 147 câmeras de alta tecnologia, capazes de monitorar os veículos que entram e saem de todos os municípios que integram a Amepar e também o Consórcio Intermunicipal de Segurança (Cismel). Ao todo, 26 municípios serão beneficiados através do sistema. O investimento é de R$ 4,3 milhões.


sexta-feira, 12 de abril de 2019

Governo vai extinguir mais de 600 conselhos sociais criados na administração petista

Bolsonaro durante cerimônia de Inauguração do Espaço Integridade da Ouvidoria da Presidência da República (Foto: Marcos Corrêa/PR)


Mais de 600 conselhos, grupos de trabalho e comitês criados nas gestões petistas estão na mira do governo e serão extintos nos próximos meses.  Os alvos principais são conselhos sociais que integram a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), criados na gestão Dilma Rousseff em 2014. Essa foi mais uma das medidas implementadas na quinta-feira (11) pelo presidente Jair Bolsonaro via decreto, na comemoração do 100º dia de gestão.
"Serão automaticamente extintos todos os colegiados que não forem recriados segundo as novas regras, que são mais rígidas", explicou a Casa Civil ao Congresso em Foco nesta sexta (12).
O decreto permite que os conselhos já existentes sejam mantidos somente se o órgão responsável solicitar isso à Casa Civil até 28 de maio, com justificativas para a sua manutenção. A tendência é que a maioria se perca. A exceção são os conselhos universitários, previstos em regras internas, que permanecem como estão.
A Casa Civil ainda em fase final do levantamento de quantos conselhos há na administração pública federal. Estima a existência de mais de 700, a maioria deles criados nos governos de Dilma Rousseff. A intenção é reduzir para, no máximo, 50.
O decreto revoga outro, nº 8.243, assinado por Dilma em 2014, que instituiu a Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS). Alguns dos grupos afetados diretamente são: Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, Conselho Nacional de Combate a Discriminação e Promoção dos Direitos de LGBT.
De acordo com a Casa Civil, a intenção é "desburocratizar os níveis de decisão", de forma a garantir que "as políticas públicas tratadas por aquele colegiado continuem sendo decididas pelo órgão sem necessidade de decisão colegiada, que deixa o processo moroso".
Grupos que se reúnam apenas para debate, sem encaminhamento de medidas práticas, não devem ter prioridade. O texto define ainda que as reuniões que envolvam integrantes de diferentes estados serão realizadas por videoconferência e, em caso de viagens, será necessário comprovar a existência de dinheiro para isso. Quando houver colegiados interministeriais, apenas o presidente poderá criar, já que isso exige um decreto.
Reação
Nesta sexta (12), o líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), anunciou que vai apresentar um projeto de decreto legislativo para tentar derrubar o decreto em questão. Para ele, a medida viola a implementação de políticas públicas.
“O governo segue em sua cruzada para desarticular a sociedade e impedir a participação e fiscalização dos cidadãos, retirando do povo o poder que a Constituição lhe garante. Primeiro, com o decreto que aumentava sigilo sobre documentos, que conseguimos derrotar. Agora, com a extinção de conselhos importantes para a formulação de políticas públicas. Como temos visto, o governo prefere se mover em meio à névoa, para que não haja transparência ou cobrança da população”, destacou o parlamentar.

Veja íntegra do decreto: 
DECRETO Nº 9.759, DE 11 DE ABRIL DE 2019
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
DECRETA:
Objeto e âmbito de aplicação
Art. 1º  Este Decreto extingue e estabelece diretrizes, regras e limitações para colegiados da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
Parágrafo único.  A aplicação deste Decreto abrange os colegiados instituídos por:
I - decreto, incluídos aqueles mencionados em leis nas quais não conste a indicação de suas competências ou dos membros que o compõem;
II -  ato normativo inferior a decreto; e
III - ato de outro colegiado.
Art. 2º  Para os fins do disposto neste Decreto, inclui-se no conceito de colegiado:
I - conselhos;
II - comitês;
III - comissões;
IV - grupos;
V - juntas;
VI - equipes;
VII - mesas;
VIII - fóruns;
IX - salas; e
X - qualquer outra denominação dada ao colegiado.
Parágrafo único.  Não se incluem no conceito de colegiado de que trata o caput:
I - as diretorias colegiadas de autarquias e fundações;
II – as comissões de sindicância e de processo disciplinar; e
III – as comissões de licitação.
Norma para criação de colegiadosintermininisteriais
Art. 3º  Os colegiados que abranjam mais de um órgão, entidades vinculadas a órgãos distintos ou entidade e órgão ao qual a entidade não se vincula serão criados por decreto.
Parágrafo único. É permitida a criação de colegiados por meio de portaria interministerial nas seguintes hipóteses:
I - quando a participação do outro órgão ou entidade for na condição de convidado, sem direito a voto; ou
II - quando o colegiado:
a) for temporário e tiver duração de até um ano;

b) tiver até cinco membros;
c) tiver apenas agentes públicos da administração pública federal entre seus membros;
d) não tiver poder decisório e destinar-se a questões do âmbito interno da administração pública federal; e
e) as reuniões não implicarem deslocamento de agentes públicos para outro ente federativo.
Duração das reuniões e das votações

Art. 4º  As convocações para reuniões de colegiados especificarão o horário de início e o horário limite de término da reunião.
Parágrafo único.  Na hipótese de a duração máxima da reunião ser superior a duas horas, será especificado um período máximo de duas horas no qual poderão ocorrer as votações.
Extinção de colegiados
Art. 5º  A partir de 28 de junho de 2019, ficam extintos os colegiados de que trata este Decreto.
Parágrafo único.  O disposto no caput não se aplica aos colegiados:
I - previstos no regimento interno ou no estatuto de instituição federal de ensino; e
II - criados ou alterados por ato publicado a partir de 1º de janeiro de 2019.
Propostas relativas a colegiados
Art. 6º  As propostas de criação de novos colegiados, de recriação de colegiados extintos em decorrência do disposto neste Decreto ou de ampliação dos colegiados existentes deverão:
I - observar o disposto nos art. 36 a art. 38 do Decreto nº 9.191, de 1º de novembro de 2017, ainda que o ato não seja de competência do Presidente da República;
II - estabelecer que as reuniões cujos membros estejam em entes federativos diversos serão realizadas por videoconferência;
III - estimar os gastos com diárias e passagens dos membros do colegiado e comprovar a disponibilidade orçamentária e financeira para o exercício em curso, na hipótese de ser demonstrada, de modo fundamentado, a inviabilidade ou a inconveniência de se realizar a reunião por videoconferência;
IV - incluir breve resumo das reuniões de eventual colegiado antecessor ocorridas nos anos de 2018 e 2019, com as medidas decorrentes das reuniões;
V - justificar a necessidade, a conveniência, a oportunidade e a racionalidade de o colegiado possuir número superior a sete membros; e
VI - vedar a possibilidade de criação de subcolegiados por ato do colegiado, exceto se a norma de criação do colegiado principal houver:
a) limitado o número máximo de seus membros;

b) estabelecido caráter temporário e duração não superior a um ano; ou
c) fixado o número máximo de subcolegiados que poderão operar simultaneamente.
Parágrafo único.  A mera necessidade de reuniões eventuais para debate, articulação ou trabalho que envolva agentes públicos da administração pública federal não será admitida como fundamento para as propostas de que trata o caput.

Tramitação de propostas para a Casa Civil
Art. 7º  Na hipótese de o ato ser de competência do Presidente da República, as propostas de recriação de colegiados, sem quebra de continuidade dos seus trabalhos, serão encaminhados à Casa Civil da Presidência da República até 28 de maio de 2019, observado o disposto neste Decreto e no Decreto nº 9.191, de 2017.
Relação dos colegiados existentes
Art. 8º  Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional encaminharão a relação dos colegiados que presidam, coordenem ou de que participem à Casa Civil da Presidência da República até 28 de maio de 2019.
1º  A relação referente às entidades vinculadas serão encaminhadas por meio do órgão ao qual se vinculam.

2º  A relação conterá o nome dos colegiados e os atos normativos que os regem.
3º  A relação de colegiados que o órgão ou a entidade da administração pública federal presida, coordene ou participe será divulgada no sítio eletrônico do órgão ou da entidade até 30 de agosto de 2019.
4º  A relação de que trata o § 3º será atualizada mensalmente.
5º O disposto neste artigo não se aplica a colegiados cujos membros sejam agentes públicos do mesmo órgão ou entidade.
Revogação das normas sobre os colegiados extintos

Art. 9º  Até 1º de agosto de 2019, serão publicados os atos, ou, conforme o caso, encaminhadas à Casa Civil da Presidência da República as propostas de revogação expressa das normas referentes aos colegiados extintos em decorrência do disposto neste Decreto.
Cláusula de revogação
Art. 10.  Fica revogado o Decreto nº 8.243, de 23 de maio de 2014.
Vigência
Art. 11.  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 11 de abril de 2019; 198º da Independência e 131º da República.
JAIR MESSIAS BOLSONARO
Onyx Lorenzoni
Fonte: Congresso em Foco