quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

De pedalinhos a cuecas: as inconsistências do caso "sítio de Atibaia"


Mesmo com todas as contradições na acusação, MPF voltou a pedir a condenação do ex-presidente nesta segunda-feira (10)

Sítio na cidade de Atibaia, interior de São Paulo, é de propriedade da família Bittar / Reprodução

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpre pena desde o dia 7 de abril em Curitiba (PR), após uma condenação sem provas na ação penal conhecida como "caso triplex". Em 2019, ele será novamente julgado na operação Lava Jato. Desta vez, com base em um processo conhecido como "sítio de Atibaia". 
As acusações são as mesmas do triplex: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As inconsistências também remetem ao caso do apartamento no Guarujá.
Brasil de Fato teve acesso aos documentos referentes ao processo e identificou uma série de fragilidades. De modo geral, todas elas estão contempladas nos argumentos da defesa do ex-presidente. Ainda assim, o Ministério Público Federal (MPF) protocolou na última segunda-feira (10) as alegações finais do processo e reforçou o pedido de condenação para Lula e outros 12 réus.  
Confira abaixo as principais inconsistências.
Ato de ofício
Para se comprovar o crime de corrupção passiva, é preciso que a acusação demonstre qual foi a vantagem recebida por um gestor público e especifique qual "ato de ofício" ele executou em troca desses benefícios.
A lógica da denúncia é que as empreiteiras OAS, Schahin e Odebrecht teriam financiado uma série de reformas em um sítio em Atibaia, interior de São Paulo, em troca de contratos com a Petrobrás – e que o ex-presidente teria atuado para favorecê-las nesses contratos. Lula é acusado de receber um valor estimado em R$ 920 mil reais por meio dessas "reformas e benfeitorias" na propriedade.
Em nota à imprensa, a defesa do petista deixa claro que “não existe qualquer elemento mínimo que permita cogitar que Lula praticou qualquer dos crimes indicados pelo órgão acusador”. Na sequência do documento, os advogados acrescentam que “a Força Tarefa da Lava Jato não indicou qualquer ato da competência do Presidente da República [ato de ofício] que Lula tenha praticado ou deixado de praticar que pudesse estar relacionado com reformas realizadas em 2009 em um sítio de Atibaia e, muito menos, em 2014, quando ele não exercia qualquer cargo público”. 
O ato de ofício, requisito básico para condenação, não está especificado em nenhuma das 168 páginas da denúncia do Ministério Público Federal (MPF).
É dono ou não é?
Comprovar o suposto crime de lavagem de dinheiro também tem sido uma tarefa difícil, uma vez que Lula sequer é reconhecido como dono do imóvel – o sítio está registrado no nome de Fernando Bittar. Portanto, o ex-presidente não é beneficiário das reformas, mesmo que tenha frequentado o local.
A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal considera que Bittar seria nada mais que um "laranja", utilizado para ocultação da propriedade de Lula. Para o advogado e ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, a força-tarefa da Lava Jato abandonou o objeto da acusação contra o ex-presidente para poder condená-lo.
“Mudou porque o MP [Ministério Público] partiu da ideia de que [o Lula] era dono, de fato, do sítio de Atibaia, e ficou muito claro que ele não era o proprietário. Então, ficou numa situação complicada. E o que ele fez? Disse que o Lula não era o proprietário, mas sim o beneficiário. Então, mudou a própria definição fática, o próprio conteúdo da denúncia", explica o ex-ministro da Justiça.
A confusão gerada por essa mudança ficou clara no último dia 14 de novembro, quando Lula compareceu à sede da Justiça Federal em Curitiba (PR) para prestar depoimento sobre o caso e manifestou dúvidas em relação à natureza da acusação. Antes de iniciar o depoimento, ao ser questionada pelo réu, a juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, admitiu que o processo não diz respeito à propriedade do imóvel.
Juíza Gabriela Hardt: Senhor Luiz Inácio Lula da Silva, o senhor sabe do que está sendo acusado nesse processo?
Lula: Não. Gostaria de pedir que a senhora me explique qual a acusação.
Juíza Gabriela Hardt: São dois conjuntos de acusação. A primeira é de corrupção. O senhor teria recebido vantagens indevidas da Odebrecht e da OAS, relacionadas aos contratos que eles têm com a Petrobras, e um segundo conjunto de atos de lavagem de dinheiro, relacionadas ao sítio.
Lula: Eu pensava que a acusação que pesava sobre mim era que eu era dono de um sítio em Atibaia.
Juíza Gabriela Hardt: Não é isso.
Lula: Mas eu sou dono do sítio ou não?
Juíza Gabriela Hardt: Isso não sou eu quem tem que responder.
Só a palavra de um delator
Também em depoimento à juíza Hardt, concedido no dia 9 de novembro deste ano, o empresário Léo Pinheiro, da OAS, que tenta obter há dois anos benefícios por um acordo de delação premiada, disse que o valor da reforma no sítio de Atibaia era referente a uma suposta propina que a OAS teria feito ao PT. Pinheiro declarou que a negociação era realizada por meio o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.
Porém, o próprio Vaccari nega categoricamente a acusação. A defesa de Lula apresentou em 19 de novembro, ao juízo da 13ª. Vara Federal Criminal, uma declaração manuscrita do ex-tesoureiro do PT em que ele expressa: “Não intermediei o custeio de supostas reformas realizadas pela OAS no chamado ‘sítio de Atibaia’. Refuto enfaticamente que tenha realizado qualquer ‘encontro de contas’ com Sr. Léo Pinheiro, ou com outro executivo da OAS envolvendo valores relativos ao apartamento do Guarujá ou a reformas no ‘sítio de Atibaia’. Jamais intermediei qualquer tratativa para pagamento de vantagens indevidas em favor do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
Resta, portanto, apenas a palavra de um delator.
Então, de onde veio o dinheiro para a compra do sítio?
Fernando Bittar e seu sócio Jonas Suassuna são os proprietários do sítio, conforme expresso na escritura. Em depoimento feito à Justiça em junho deste ano à Justiça Federal em São Paulo, Priscila Bittar, irmã de Fernando, contou que o dinheiro para a compra do sítio em 2010 foi dado pelo pai, Jacó Bittar: “Meu pai tinha o dinheiro da anistia [indenização por ter sido punido como sindicalista durante a ditadura] e queria um sítio para realizar o desejo de que todos tivessem um local para frequentar, passar o tempo junto”.
No dia 18 de junho de 2018, o então juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PSL), decidiu não colher o depoimento de Jacó. No despacho, o magistrado considerou que o depoimento seria de “duvidosa relevância” e mencionou o estado de saúde do depoente – que, aos 78 anos, tem mal de Parkinson – para alegar “razões humanitárias” na dispensa.
“Na verdade, não interessava ao Moro trazer esse assunto a lume. [Moro] não queria trazer esse depoimento ao processo. Quando lhe interessa, não existe nenhum tipo de humanitarismo. Não houve humanitarismo em relação à Marisa, esposa do Lula. Não há nenhum humanitarismo para nada que faça o Moro. Então, ele falar de humanitarismo soa como uma pilhéria”, questiona Eugênio Aragão.
A defesa do ex-presidente chegou a sugerir que o depoimento fosse feito por escrito, mas os procuradores da força-tarefa da Lava Jato não concordaram. No entanto, no dia 20 de junho, a defesa de Lula juntou ao processo uma declaração de Bittar, prestada a um escrivão no dia 5 do mesmo mês, em que ele afirma estar “ciente de sua responsabilidade civil e penal” sobre as afirmações prestadas.
Naquele depoimento, Jacó esclarece: “Para a compra do sítio em Atibaia, eu fiz uma doação para o Fernando de um valor que recebi por causa da anistia política. Isso também está declarado”.
Jacó Bittar é amigo há décadas do ex-presidente Lula. Ele conta que, quando foi diagnosticado com Parkinson em 2009, Lula e Marisa o receberam no Palácio da Alvorada e na Granja do Torto para que se curasse de um quadro de depressão. Na mesma época, teve a ideia de “comprar um sítio perto de São Paulo para reunir a família e os amigos mais próximos” – confirmando a versão do filho Fernando.
“Desde o início, minha ideia era que o Lula e a Marisa frequentassem o sítio com total liberdade, assim como meus filhos”, declarou Bittar “Quando o Lula teve o câncer, em 2012, oferecemos o sítio para ele fazer o tratamento e ele passou longos períodos lá”, concluiu.
Lula e Jacó Bittar (à direita) durante fundação da CUT
Jacó também evidenciou a proximidade de suas relações com a família do ex-presidente: “Conheci Luiz Inácio Lula da Silva em 1978. (…) Fundamos juntos o Partido dos Trabalhadores em 1980. (…) Nos tornamos grandes amigos e nossas famílias convivem intensamente desde então. (…) Tenho os filhos de Lula como se fossem meus próprios filhos, e sei que ele tem o mesmo sentimento em relação com meus filhos”.
O pai de Fernando Bittar contou que Lula o procurou em 2014 para conversar sobre uma possível compra da propriedade. Segundo ele, o ex-presidente se sentia constrangido de estar usando o sítio mais que a família Bittar. Jacó afirma que foi contra a venda e combinou com o filho que isso só seria feito em caso de necessidade – e que “Lula teria preferência na compra”.
Bittar terminou a declaração lamentando que o sítio tenha sido usado como pretexto para acusar seu filho e seu amigo. “As idas frequentes e bem-vindas do Lula e da Marisa são decorrentes de uma amizade iniciada há quatro décadas e do relacionamento íntimo que temos. Lamento profundamente que esse sítio tenha sido utilizado para acusar o meu filho e o meu amigo”, finaliza.
Pertences não são suficientes
Entre as supostas provas apresentadas pelo MPF e a Polícia Federal, estão bens pessoais de Lula e seus familiares, como roupas íntimas e dois pedalinhos encontrados no lago do sítio com as inscrições “Pedro” e “Artur” – nomes de dois netos do ex-presidente –, além do depoimento de Léo Pinheiro.
No depoimento à juíza Hardt, Lula questionou os indícios apresentados pela acusação. “Eu vou lá porque o dono do sítio me autorizou a ir lá, tá? Que bens pessoais que eu tinha no sítio? Cueca? Roupa de dormir? Isso eu tenho em qualquer lugar que eu vou. E nenhum empresário pode afirmar que o sítio é meu se ele não for meu”, questionou o ex-presidente.
Outro indício que o Ministério Público apresentou para acusar Lula de corrupção passiva é ele ter passado "muito tempo" na propriedade, entre 2011 e 2016. Os procuradores somaram as vezes que os carros da segurança de Lula passaram pelo pedágio da rodovia Fernão Dias no período: 540. Como tem pedágio na ida e na volta, chegaram à conclusão de que o petista foi 270 vezes ao sítio nesse período. Segundo a defesa, nada disso tem relevância, uma vez que Lula não nega em nenhum momento ter frequentado o local com "bastante frequência".
Uma vez que Lula não recebeu, não é beneficiário nem fez operações bancárias com os valores da suposta propina, também não há materialidade para o crime de lavagem de dinheiro, segundo Eugênio Aragão.

O que diz a defesa
Os advogados do ex-presidente também questionam a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar o processo relacionado à propriedade em Atibaia. A defesa aponta que, no caso do sítio, “o Ministério Público do Estado [de São Paulo] abandonou a investigação, aparentemente por constatar que não era possível vincular Lula a nenhum crime”.
“Lula também apresentou em seu depoimento a perplexidade de estar sendo acusado pelo recebimento de reformas em um sítio em Atibaia que, em verdade, não têm qualquer vínculo com a Petrobras e que pertence, de fato e de direito, à família Bittar, conforme farta documentação constante no processo”, acrescenta.
Em nota, os advogados dizem ainda que “o depoimento prestado pelo ex-presidente Lula também reforçou sua indignação por estar preso sem ter cometido qualquer crime e por estar sofrendo uma perseguição judicial por motivação política materializada em diversas acusações ofensivas e despropositadas para alguém que governou atendendo exclusivamente aos interesses do País”.
Considerando os prazos para alegações da acusação e defesa, a sentença sobre o caso do sítio de Atibaia deve ser proferida nos primeiros meses de 2019.
Edição: Mauro Ramos
Fonte: Brasil de Fato

Fabrício Queiroz contrata contador para explicar transações suspeitas


"Um contador está escrutinando o relatório do Coaf a pedido de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 1,2 milhões em suas contas. Só aí ele irá a público se explicar", diz o blog do jornalista Lauro Jardim
247 - O PM Fabricio Queiroz, ex-assessor do deputado Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que movimentou R$ 1,2 milhão em transações suspeitas, não compatíveis com seu patrimônio, contratou um contador.
"Um contador está escrutinando o relatório do Coaf a pedido de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro que movimentou R$ 1,2 milhões em suas contas. Só aí ele irá a público se explicar", diz o blog do jornalista Lauro Jardim,do jornal O Globo. 


Jornalista que produz perfil de Carlos Bolsonaro relata ameaças


O jornalista Bruno Abbud, da revista Época, registrou um Boletim de Ocorrência por ameaças que está recebendo nas redes sociais; Abbud está preparando uma matéria a respeito do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ); contrariado com o fato, o filho de Jair Bolsonaro postou nem sua rede social que está tendo a vida vasculhada; Carlos desejou "boa sorte" ao profissional e pediu a seus seguidores que não dessem "bola". Depois disso, o repórter passou a ser atacado nas redes
247 - O jornalista Bruno Abbud, da revista Época, registrou um Boletim de Ocorrência por ameaças que está recebendo nas redes sociais. Abbud está preparando uma matéria a respeito do vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ). Contrariado com o fato, o filho de Jair Bolsonaro postou nem sua rede social que está tendo a vida vasculhada. Carlos desejou "boa sorte" ao profissional e pediu a seus seguidores que não dessem "bola". Depois disso, o repórter passou a ser atacado nas redes.
A nota da jornalista Mônica Bergamo revela que o suposto desdém de Carlos Bolsonaro funciona como "senha" para o ataque em "manada" tal como aconteceu nas eleições. A legião de seguidores do vereador, com os pendores violentos de praxe, passou a intimidar o jornalista da revista em um protocolo que já se tornou comum quando o assunto é família Bolsonaro. 


Papa nomeia bispo o monsenhor Carlos José para a vacante diocese de Apucarana


A Nunciatura Apostólica no Brasil comunicou nesta quarta-feira, 12/12, a decisão do papa Francisco em nomear bispo para a vacante diocese de Apucarana (PR), o monsenhor Carlos José de Oliveira, atualmente vigário geral da arquidiocese de Botucatu (SP) e padre na paróquia Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Lençóis Paulista (SP).
Monsenhor Carlos José de Oliveira
O Monsenhor Carlos José de Oliveira nasceu dia 17 de outubro de 1967 em Botucatu (SP) primogênito de Mario Salvador de Oliveira e Maria Aparecida Santi de Oliveira. O seu ingresso para a vida religiosa se deu no seminário São José, a partir de onde cursou filosofia e teologia na Pontifícia Faculdade Nossa Senhora da Assunção de São Paulo.
Foi ordenado diácono no dia 8 de dezembro de 1991 e sacerdote em 4 de Outubro de 1992. De 1994 a 1996 fez o mestrado em Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Em 2016 defendeu sua tese de doutorado em Teologia pela PUC Rio de Janeiro. Retornando de Roma, em 1996, assumiu como pároco/reitor do santuário Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Lençóis Paulista (SP), arquidiocese de Botucatu, onde se encontra até hoje.
O religioso assumiu e desenvolveu, entre outras, as seguintes funções na arquidiocese e província eclesiástica: assessor da Pastoral Familiar, professor de Teologia na Faculdade João Paulo II, em Marília (SP), foi responsável pelo Jornal Monitor Diocesano e assessor do Encontro de Casais com Cristo (ECC) da Arquidiocese, Coordenador arquidiocesano de Pastoral, Coordenador de Pastoral da província eclesiástica de Botucatu. Além disto, foi fundador e presidente da casa de acolhida “Mãe da Piedade” para moradores de rua e toxicodependentes, é vigário geral da Arquidiocese, coordenou o Conselho de Presbíteros e assumiu a função de Assessor da Renovação Carismática Católica.
Saudação
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou saudação o monsenhor Carlos José de Oliveira. O texto é assinado pelo secretário-geral da Conferência, dom Leonardo Steiner. Confira, abaixo, a saudação na íntegra:
Saudação da CNBB ao monsenhor Carlos José de Oliveira
Brasília, 12 de dezembro de 2018
Prezado irmão, Monsenhor Carlos José de Oliveira.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), recebeu com satisfação a sua nomeação como bispo de Apucarana (PR), nesta quarta-feira, 12 de dezembro. Sua formação no campo da Teologia Moral e da Cristologia é sinal de uma preparação remota da Divina Providência em vista da missão que a Igreja lhe apresenta neste momento da vida.
Saudamos a sua chegada em nosso meio com as palavras do Papa Francisco pronunciadas por ocasião de uma celebração matinal da Eucaristia na Casa Santa Marta, no mês de maio deste ano de 2018: “Esta é experiência do bispo: o bispo sabe discernir o Espírito, sabe discernir quando é o Espírito de Deus que fala e que sabe defender-se quando fala o espírito do mundo […] se oferece ao Senhor, obediente. Advertido pelo Espírito. O bispo vai avante sempre, mas segundo o Espírito Santo”.
Desejamos que seu empenho pastoral seja recompensado com frutos abundantes para o Reino de Deus e enviamos o nosso abraço fraternal de boas-vindas à nossa Conferência Episcopal.
Em Cristo,
Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB

Audiência Pública e Sessão Ordinária marcam o início da semana na Câmara de Apucarana


Dois Projetos de Lei e um Requerimento foram aprovados

(Foto: Edson Denobi)
Na terceira apresentação do orçamento previsto para o exercício financeiro de 2019 da Lei Orçamentária Anual (LOA) da Câmara Municipal de Apucarana, realizada ontem (segunda-feira 10/12), antecedendo a Sessão Ordinária, o servidor Júlio César Ravazzi dos Santos, Oficial Técnico Legislativo, apresentou a previsão do orçamento para o próximo ano. Segundo ele, serão disponibilizados R$ 12.005.015,40, sendo distribuídos em dotações orçamentárias: 70% que serão utilizadas em despesas com pessoal civil: R$ 8.403.510,78, valor previsto no Orçamento Anual para gastos com folha de pagamento e obrigações patronais e 30% com despesas com manutenção legislativa – R$ 3.601.504,62 – valor previsto no Orçamento Anual para gastos com manutenção das atividades do Executivo Municipal.
Também, em audiência pública, a Prefeitura de Apucarana confirmou a previsão de arrecadação para 2019. A estimativa de que entrem R$ 372.703.049,05 nos cofres municipais ao longo do próximo ano, já apontada em meados do mês de setembro, foi ratificada pela Secretaria Municipal da Fazenda. O detalhamento do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o próximo exercício foi feito no plenário da Câmara de Vereadores por Elinésio Lopes Santana Júnior, assistente do secretário Municipal da Fazenda, Marcello Augusto Machado. O montante estimado é 6,4% maior do que o orçamento previsto para este ano, que deve fechar em R$350.286.410,32.
A LOA apresenta compatibilidade com a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e com o plano plurianual (PPA), compreendendo detalhadamente uma previsão dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimentos com todos os programas, projetos, atividades e operações especiais da administração pública municipal. Em 2019, pelo menos R$24 milhões serão destinados ao pagamento de precatórios e amortização da dívida pública.
Com relação à aplicação dos índices constitucionais, a divisão do orçamento total apresenta a seguinte previsão: R$ 92.112.814,00 (24,71%) serão absorvidos pela Educação, R$ 129.298.970,00 (34,69%) pela Saúde, R$ 129.279.224,40 (34,69%) pelas demais secretarias e R$10.007.025,25 (2,68%) pela Assistência Social. Outros R$ 19 milhões serão absorvidos por obras e aquisição de novos equipamentos para a prefeitura e órgãos centralizados, autarquias de Saúde e Educação e para o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). O duodécimo a ser repassado à Câmara de Vereadores em 2019 será 7,98% maior que em relação a este ano, chegando a R$12.005.015,40.
O projeto da LOA 2019 será agora avaliado uma última vez pelas comissões de vereadores, que poderão sugerir emendas. A matéria deve ser aprovada e devolvida ao Executivo Municipal até o dia 31 de dezembro para, então, ser sancionada pelo prefeito Beto Preto.
SESSÃO ORDINÁRIA
Na sessão ordinária foram aprovados dois Projetos de Lei de autoria do vereador Mauro Bertoli e do vereador José Airton Deco de Araújo. Também foi aprovado o requerimento de autoria do vereador Franciley Preto Godoi, o Poim, que pede informações aos diretores das empresas Viação Garcia Ltda. e Expresso Nordeste Linhas Rodoviárias Ltda., sobre a viabilidade dos ônibus entrarem no Distrito de Pirapó, visando o embarque e desembarque dos passageiros.
O Projeto de Lei, de autoria da vereadora Márcia Regina de Sousa, que proíbe a utilização, fabricação e comercialização de fogos de artifício e explosivos diversos que causem barulho, ficando permitido a utilização de artefatos silenciosos, a fim de proteger o bem-estar da comunidade e dos animais, obedecendo ao estabelecido por Lei Federal, não foi votado por um pedido de vista apresentado pelo vereador Deco. O mesmo justificou que esteve na última semana em Brasília e não teve tempo para analisar profundamente o projeto, que voltará na pauta para ser apreciado e votado em 2019. O vereador justificou que não é contra o projeto, apenas que vai estudar melhor o seu conteúdo.
A vereadora Márcia disse que a proposta foi amplamente discutida nos últimos meses e que chegou à Câmara através de um abaixo-assinado com mais de 1500 assinaturas e que hoje conta com cerca de 2.300 assinaturas. Ela agradeceu os presentes pela colaboração no projeto e justificou a elaboração do teor.
A votação será apenas no ano seguinte pois e próxima sessão será específica para a eleição do novo presidente do legislativo. Acompanharam a sessão pessoas favoráveis e contrárias ao projeto da vereadora.
Outro projeto que não foi votado, por ter sido pedido vista é o do vereador Lucas Leugi. O projeto que proíbe a concessionária Sanepar a fixar e cobrar valor ou outra taxa mínima no município de Apucarana, iria para terceira votação, mas atendendo ao pedido da vereadora Marcia de Sousa, também voltará a pauta em 2019.
ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE
Na próxima segunda-feira (17/12), às 16 horas, a Câmara Municipal se reúne para a última Sessão Ordinária antes do recesso parlamentar. A sessão será exclusiva para eleição do novo presidente do legislativo, vice-presidente, 1 e 2º secretário.
 *Com informações da PMA - jornalista Fábio Rena Beraldo e foto Edson Denobi


Secretaria da Mulher entrega certificados a 160 formandas em Apucarana


Centro de Oficinas forma alunas nos cursos de cabelo e estética, corte e costura e costura no ônibus itinerante no 2º semestre
(Foto: Edson Denobi)
Nesta terça-feira (11/12), 160 alunas receberam o certificado de conclusão dos cursos profissionalizantes gratuitos oferecidos pelo Centro de Oficinas da Mulher, em cerimônia na Praça CEU, com a presença do vice-prefeito Júnior da Femac, da secretária da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin Machado, da secretária de Esportes e da Juventude, Jossuela Pinheiro, e do secretário da Agricultura José Luiz Porto.
O vice-prefeito salientou que a qualificação profissional sempre foi muito importante. “No período entre 2013 e 2018, a nossa gestão, capitaneada pelo prefeito Beto Preto, adquiriu 166 diferentes cursos profissionalizantes, com um investimento da ordem de R$900 mil. Viabilizamos a formação de mais de 15 mil pessoas, incluindo o Pronatec, e vagas ofertadas via Assistência Social, com a Qualificação Total, e a Secretaria da Mulher”, lembrou Junior da Femac.
As alunas concluíram os cursos de cabelo e estética, corte e costura e costura no ônibus itinerante – na qual elas aprendem no próprio bairro, já que as aulas são dentro de um ônibus. Monaisa Fernanda de Oliveira, de 31 anos, foi uma das formandas. Ela concluiu o curso de depilação e já está trabalhando na área. “Amei fazer o curso. Ano que vem quero ir atrás de outro, quero fazer o curso de cabeleireira”, disse.
A secretária Denise Canesin explica que os cursos profissionalizantes são uma maneira da mulher lutar pela própria autonomia, pela própria independência. “As mulheres são persistentes. Elas podem, se preparadas para tal, buscar o caminho do empreendedorismo, ter um negócio próprio. De qualquer maneira, elas buscam e têm o protagonismo feminino, o ser você independente do outro”, afirma.
Designer de sobrancelha e manicure foram os cursos escolhidos pela formanda Jully Ribeiro, de 30 anos, que começou a ter clientes no salão em que trabalha depois de concluí-los. “Cheguei há três anos de Maringá e tive muita dificuldade em conseguir emprego”, conta. “Agora, os cursos abriram uma nova porta para mim. Ano que vem quero ver se consigo fazer o curso de cabeleireira. Quem sabe se futuramente posso ter meu próprio negócio?”


terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Ratinho Júnior anuncia empresário Daniel Pimentel Slavieiro para presidir a Copel

(Foto: ABr221013JFC001 José Cruz / Agência Brasil)


O empresário Daniel Pimentel Slavieiro, neto do ex-governador Paulo Pimentel e irmão do vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, foi anunciado hoje pelo governador eleito, Ratinho Júnior (PSD) como o futuro presidente da Copel. Também foram indicados Adriano Rudek de Moura como diretor financeiro, e Wendell Oliveira como presidente da Copel Telecom.
Slaviero é diretor do SBT em São Paulo. É formado em administração de empresas e já foi presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert).
“Estou escolhendo para fazer parte do meu governo, nomes que sejam mais técnicos e que tenham experiência no setor onde irão trabalhar. A Copel é uma das empresas estatais mais importantes do Estado e tive o cuidado de indicar nomes de profissionais qualificados para os desafios que a empresa terá no futuro”, afirmou o governador eleito. 
Ratinho Jr disse ainda que sua intenção é consolidar a Copel como a melhor empresa do País no setor e garantir que a estatal amplie sua capacidade para realizar novos investimentos. “A Copel é a força da nossa economia e a base fundamental para garantir qualidade de vida aos paranaenses. Vamos trabalhar para que o desempenho da empresa melhore ainda mais”, explicou.
Confira os nomes anunciados:
Presidência – Daniel Pimentel Slaviero

Daniel Pimentel Slaviero é formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo (UP), realizou cursos de especialização em gestão empresarial na Harvard Business School e Kellogg School of Management, ambos nos Estados Unidos. Atuava como diretor executivo da rede do canal de televisão SBT e foi presidente por quatro mandatos da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (ABERT). Na Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), entidade que representa 17 mil emissoras de rádio e televisão nas Américas, Ásia e Europa, ocupou a vice-presidência para a América do Sul e o conselho da entidade.

Diretoria Financeira – Adriano Rudek de Moura

Adriano Moura é o atual diretor de Finanças e de Relações com Investidores da Copel e permanecerá em seu cargo. Ele é graduado em Ciências Contábeis pelo Centro Universitário Ítalo Brasileiro (UNÍTALO) e pós-graduado em Controladoria e Finanças pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras da USP (FIPECAFI/USP).

Presidência da Copel Telecom – Wendell Alexandre Paes de Andrade de Oliveira

Wendell Oliveira é formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), com especialização em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), tem MBA Executivo em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e pela Escuela de Alta Dirección y Administración (EADA) em Barcelona, é consultor de empresas e especialista em Gestão Corporativa.


Com Moro na plateia, Múcio agradece a Lula ao tomar posse da presidência do TCU


O ministro do TCU José Múcio Monteiro, usou parte de seu discurso ao tomar posse como presidente da Corte para agradecer ao ex-presidente Lula;"No campo político, preciso agradecer a Roberto Magalhães, que me iniciou na política, ao povo de Pernambuco, que me deu cinco mandatos, e ao ex-presidente Lula, que me fez ministro"; futuros ministros da Justiça e da economia de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro e Paulo Guedes, respectivamente, deixaram o local sem falar com a imprensa
247 - O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), José Múcio Monteiro, que tomou posse como presidente da Corte nesta terça-feira (11), usou parte de seu discurso para agradecer ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável pela sua indicação para ser ministro da instituição nove anos atrás. Na plateia, além de membros do governo Michel Temer, também estavam presentes o futuro ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, e Paulo Guedes (Economia). Tanto Moro quanto Guedes deixaram o evento sem falar com a imprensa.
"Peço licença aos senhores para fazer agradecimentos a nomes que me pedem o coração. A gratidão é a memória do coração, já disse Santo Agostinho. No campo político, preciso agradecer a Roberto Magalhães, que me iniciou na política, ao povo de Pernambuco, que me deu cinco mandatos, e ao ex-presidente Lula, que me fez ministro", destacou Múcio no discurso. Guedes e Moro evitaram falar com a imprensa e deixaram o local pouco após a cerimônia. Como juiz, Moro foi responsável por condenar, sem provas, Lula a uma pena de 12,1 anos de reclusão no caso do triplex do Guarujá. A condução do processo, porém, é alvo de críticas de juristas em nível mundial. 
José Múcio assumiu a presidência do TCU no lugar de Raimundo Carreiro. Ele terá como vice a ministra Ana Arraes.


Homem manta 5 e comete suicídio em Catedral de Campinas


De acordo com as primeiras informações, o autor dos disparos teria matado pelo menos cinco pessoas — incluindo idosos — e ferido quatro. Ele então se encaminhou ao altar da igreja e cometeu suicídio
Sputnik Brasil - Um homem de identidade não-revelada até o momento invadiu a Catedral Metropolitana em Campinas, São Paulo e abriu fogo contra fieis usando uma pistola e um revólver calibre 38. Há mortos e feridos no local.
Bombeiros estão no local atendendo as vítimas. De acordo com as primeiras informações, o autor dos disparos teria matado pelo menos cinco pessoas — incluindo idosos — e ferido quatro. Ele então se encaminhou ao altar da igreja e cometeu suicídio.
O bombeiro Alexandre Monteiro, que trabalhava no socorro às vítimas, comentou brevemente sobre o estado das pessoas atingidas. Equipes do Samu informaram que uma mulher de 65 anos, com ferimentos na região da cervical, foi levada ao Hospital Mário Gatti; enquanto que outra, de 40 anos, foi levada ao Hospital de Clínicas da Unicamp.
"Nove vítimas no total, cinco óbitos aqui e quatro vítimas socorridas pelas viaturas. As vítimas não foram identificadas ainda. Socorremos quem poderia ser socorrido e investimos em quem nós achamos que poderia retornar do quadro grave [...] O que chegou para a gente é que as pessoas estão estáveis nos hospitais. Não temos informação sobre motivação e sobre quem são as vítimas", disse, citado pelo portal G1.
​​As primeiras informações dão conta de que o atirador estaria fugindo de um assalto antes de cometer o crime. A versão, porém, não foi confirmada pelas autoridades locais.


Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que movimentou R$ 1,2 mi, mora em casa pobre no Rio


Apontado pelo Coaf como responsável pela movimentação incomum de R$ 1,2 milhão apenas em 2016 o policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, mora em uma casa pobre e sem pintura, localizada em uma viela no Rio de Janeiro; na casa do homem de R$ 1,2 milhão, os fios e canos são expostos; se fosse dono do dinheiro, Fabrício Queiroz seria um milionário; o "faz tudo" do clã Bolsonaro está sumido
247- Apontado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras  (Coaf) como responsável pela movimentação atípica de R$ 1,2 milhão apenas no ano de 2016, o policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), mora em uma casa simples, pobre, na zona oeste do Rio. Se fosse dono do dinheiro, Fabrício Queiroz seria um milionário. O "faz tudo" do clã Bolsonaro está sumido.
De acordo com o jornal O Globo, Queiroz reside em uma casa sem pintura externa, localizada em uma viela no bairro da Taquara. A residência, que fica em uma espécie de conjunto habitacional com cerca de 70 unidades, é colada com os demais imóveis e os fios e canos são expostos. Na casa do ex-assessor, a única lembrança da campanha eleitoral de outubro é um adesivo rasgado com as fotos de Bolsonaro ao lado do filho.
De acordo com o Coaf, Queiroz teria recebido repasses de oito funcionários e ex-funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro. O documento foi anexado à Operação Furna da Onça, que prendeu deputados estaduais do Rio sob a suspeita de corrupção. O Ministério Público também abriu procedimentos para investigar a suspeita de irregularidades por parte de servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

As transações foram informadas ao Coaf porque são "incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira" de Fabrício José Carlos de Queiroz, que foi assessor do gabinete de Flávio Bolsonaro até outubro deste ano, com salário de R$ 8.517. Uma das transações listadas é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mulher do presidente eleito. Flávio Bolsonaro é o filho mais velho do presidente eleito e foi eleito senador no pleito de outubro.


Aécio: mesada de R$ 50 mil da JBS e negócios milionários


Causam espanto os valores envolvidos nas investigações relativas a Aécio Neves que vieram à luz com a operação Ross da Polícia Federal e do Ministério Público; uma projeção inicial indica propinas que chegariam ao montante de R$ 128 milhões pagos pela JBS para o tucano e seu grupo de 2014 a 2017; neste valor está incluída uma "mesada" de R$ 50 mil mensais paga ao tucano pela JBS por meio da rádio Arco Íris, de propriedade da família Neves, e a aquisição superfaturada de um imóvel do jornal Hoje em Dia, em Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, supostamente a pedido do senador
247 - Causam espanto os valores envolvidos nas investigações relativas a Aécio Neves que vieram à luz com a operação Ross da Polícia Federal e do Ministério Público. Uma projeção inicial indica propinas que chegariam ao montante de R$ 128 milhões pagos pela JBS para o tucano e seu grupo de 2014 a 2017. Neste valor está incluída uma "mesada" de R$ 50 mil mensais paga ao tucano pela JBS por meio da rádio Arco Íris, de propriedade da família Neves, e a aquisição superfaturada de um imóvel do jornal Hoje em Dia, em Belo Horizonte, por R$ 17 milhões, supostamente a pedido do senador.
Segundo os jornalistas Fábio Fabrini e Reynaldo Turollo Jr. em reportagem veiculada pelo site da Folha de S.Paulo, em troca da propina, segundo as investigações, "Aécio interveio junto ao governo de Minas para viabilizar a restituição de créditos de ICMS de empresas do grupo J&F, que controla a JBS".
O relator do inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) é o ministro Marco Aurélio, que determinou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na última terça (4).
As investigações foram abertas no ano passado depois que o empresário Joesley Batista e outros ex-executivos do grupo J&F fecharam acordo de delação premiada. As suspeitas apontam para os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Inicialmente, a Polícia Federal pediu ao Supremo medidas mais duras e em relação a mais pessoas, mas a PGR (Procuradoria-Geral da República) discordou da necessidade delas.
A PF queria a imposição de medidas cautelares —recolhimento noturno, proibição de manter contato com outros investigados e proibição de sair do país— a Aécio e três deputados: Paulinho da Força, Benito Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil 
O ministro Marco Aurélio negou as prisões temporárias e autorizou as buscas nos termos do requerimento da PGR. Os políticos que não foram alvo dos mandados continuam, porém, sob investigação (leia aqui). 
"O quadro revelado [...] demonstra a existência de indícios de relação ilícita entre o investigado Aécio Neves e o Grupo J&F, entre os anos de 2014 a 2017, caracterizada pelo alegado recebimento de quantias em dinheiro, pelo senador ou em seu favor, mediante mecanismos características da lavagem de capitais, via empresas e pessoas identificadas na investigação em curso", escreveu Marco Aurélio da decisão do dia 4, segundo a reportagem da Folha de S.Paulo.
"Há mais: ficaram demonstrados indicativos da atuação do parlamentar, nessa qualidade, como contrapartida aos benefícios financeiros", anotou o ministro. A contrapartida seria a interferência no governo de Minas para restituir ao grupo J&F créditos de ICMS, o principal imposto estadual.

Projeto da Escola sem Partido é derrotado na Câmara dos Deputados


Foram quase três horas de obstrução até o presidente do colegiado, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), jogar a toalha e encerrar os trabalhos da comissão especial que analisa o projeto que ficou conhecido como Escola Sem Partido. "A Oposição cumpriu seu papel e merece o reconhecimento desta comissão, mas quem está sepultando este projeto são aqueles que são favoráveis à matéria, que não se fazem presentes", disse Marcos Rogério
Por Christiane Peres, do portal Vermelho – Foram quase três horas de obstrução até o presidente do colegiado, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), jogar a toalha e encerrar os trabalhos da comissão especial que analisa o projeto que ficou conhecido como Escola Sem Partido (PL 7180/14). Após seis semanas tentando votar o relatório do deputado Flavinho (PSC-SP) e enfrentando dura obstrução da Oposição, o parlamentar reconheceu o trabalho dos deputados contrários à matéria e criticou a ausência de seus aliados no colegiado.
"A Oposição cumpriu seu papel e merece o reconhecimento desta comissão, mas quem está sepultando este projeto são aqueles que são favoráveis à matéria, que não se fazem presentes", disse Marcos Rogério.
Logo após o encerramento da comissão, os deputados contrários ao texto, ocuparam a mesa da presidência da comissão e comemoram o feito ao som de "viva Paulo Freire".
Vice-líder da bancada comunista, a deputada Alice Portugal (BA), que foi perseguida e calada diversas vezes na reunião do colegiado, vibrou com a vitória. "Marcos Rogério talvez não quisesse essa nódoa na sua biografia. Viu que iríamos derrubar esta comissão e decidiu encerrá-la. É uma das maiores vitórias da minha vida. Talvez enfrentemos uma guerra grande na próxima legislatura, um tsunami, mas ter derrotado essa matéria agora foi muito importante. Foi a prova de que a resistência dá certo. E estamos fortalecidos para enfrentar qualquer tentativa de reduzir a educação. Queremos uma educação plural", defendeu.
Para o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki, com o projeto que estava sendo analisado, os deputados favoráveis ao chamado "Escola Sem Partido" subestimavam a capacidade de pensar dos estudantes. "Eles acham que engolimos tudo? Agora, é preciso dar voz aos estudantes. Se eles pensam que vão conseguir nos enterrar, que eles saibam de uma coisa: somos que nem sementes, quanto mais nos enterra
Professora da rede pública amapaense e membro do PCdoB na comissão, a deputada Professora Marcivânia (PCdoB-AP) foi uma das importantes vozes contrárias ao projeto. Para ela, o texto tira a qualidade da educação e prejudica os professores brasileiros. "Foi uma batalha incrível. A gente mostrou que não tem medo. Eles disseram aqui que virão com tropa de choque na próxima legislatura, podem vir. Nós vamos enfrentar com a força que sempre enfrentamos", destacou.
Agora, com o encerramento da comissão, para o texto ser analisado novamente pela Casa, uma nova comissão especial deverá ser formada na próxima legislatura.