sábado, 8 de dezembro de 2018

Recordar é viver: o que fazia o filho de Bolsonaro para o pai achar que ele iria para a Papuda? Por Kiko Nogueira



Alguns episódios, vistos retrospectivamente, ganham outra dimensão, maior ou menor.
Em fevereiro de 2017, o fotógrafo Lula Marques flagrou uma troca de mensagens de WhatsApp (sempre ele) entre os então deputados Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo.
Você vai se lembrar.
A cena fica diferente após a descoberta do Coaf sobre a movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício José Carlos de Queiroz.
Esse valor inclui tanto saques como transferências, créditos em suas contas, entre outras operações. Um cheque foi para Michelle Bolsonaro.
Cerca de um quarto do valor suspeito (R$ 324,8 mil) foi movimentado por meio de saques. Foram retiradas que variavam de R$ 100 a R$ 14.000.
Voltando: Marques postou a foto do papo em seu Facebook. A conversa é a seguinte:
Jair: “Papel de filho da puta que você está fazendo comigo”.
Jair: “Tens moral para falar do Renan? Irresponsável” (O caçula de Bolsonaro se chama Renan)
Jair: “Mais ainda, compre merdas por ai. Não vou te visitar na Papuda”.
Jair: “Se a imprensa te descobrir ai, e o que está fazendo, vão comer seu fígado e o meu. Retorne imediatamente”.
Eduardo: “Quer me dar esporro tudo bem. Vacilo foi meu. Achei que a eleição só fosse semana que vem. Me comparar com o merda do seu filho, calma lá”.
O registro foi feito no plenário no dia da eleição para a Presidência da Câmara. Jair teve quatro votos, menos que os brancos.
A lista de presença não contém o nome de Eduardo, que não compareceu à sessão.
Mas isso é apenas uma parte da história.
A pergunta que não quer calar: o que Eduardo estava fazendo, e onde, para seu pai achar que ele iria para a Papuda?
A família brasileira, cujos valores são resguardados pelos Bolsonaros, aguarda ansiosamente a resposta.
Almoço dos Bolsonaros. Aquele na seta é Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio citado no Coaf

Fonte: DCM


PMs que participaram da campanha de Flávio Bolsonaro foram presos

Flávio Bolsonaro e o pai. Foto: Reprodução/Congresso em Foco



Recordar é viver. Matéria do Estadão de 5 de setembro de 2018:
Dois policiais militares que participavam de agendas da campanha do deputado estadual Flávio Bolsonaro, candidato ao Senado pelo PSL do Rio de Janeiro nas eleições 2018 e filho do presidenciável Jair Bolsonaro, foram presos na semana passada na Operação Quarto Elemento. A ação, desencadeada pelo Ministério Público Estadual, investiga suposta quadrilha de policiais especializada em extorsões. Os irmãos gêmeos PMs Alan e Alex Rodrigues de Oliveira estavam entre os 46 suspeitos com prisão decretada pela Justiça.
Nas últimas semanas, eles acompanharam o postulante em agendas na zona oeste da capital fluminense. Segundo integrantes da campanha, os irmãos policiais atuavam dando apoio de segurança nos eventos de campanha de Flávio Bolsonaro.
Alan e Alex se aproximaram do PSL por meio da irmã, Valdenice de Oliveira Meliga. Ela é uma das assessoras do deputado estadual e tesoureira do partido no Rio. A funcionária está nomeada no gabinete de Flávio como cargo de confiança na Liderança da legenda. Em junho, recebeu salário de R$ 6.490.
A prisão dos PMs causou mal-estar na campanha de Flávio. Um dos motes dos Bolsonaro é o enfrentamento dos criminosos. O presidenciável e seus filhos (além de Flávio, o vereador no Rio Carlos Bolsonaro e Eduardo, deputado federal por São Paulo) defendem rigor no combate aos criminosos.
Nesta terça-feira (4/8), Flávio negou, pessoalmente e por nota, que os irmãos integrassem a sua campanha. Valdenice, porém, afirmou ao que os dois atuavam como voluntários em agendas do parlamentar. Segundo ela, os irmãos são inocentes

Fonte: DCM

Bolsonaro diz que cirurgia marcada para janeiro pode ser adiada


Presidente eleito afirmou nesse sábado que a causa do mal-estar sentido na véspera foi uma confusão nos medicamentos que está tomando; Bolsonaro está no olho do furacão após vir à tona o escândalo do Bolsogate; nesta sexta, o vice Mourão deu uma declaração de sentido dúbio em entrevista à jornalista Miriam Leitão: "Estou aqui para substituir o presidente"
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesse sábado que a causa do mal-estar sentido na véspera foi uma confusão nos medicamentos que está tomando e declarou que talvez adie a cirurgia programada inicialmente para janeiro de 2019.
"Me confundi com uma série de medicamentos...e aí dormi, mas estou bem. Tomei uma dose além do normal, foi como tomar um sonífero", disse a jornalistas após participar de mais um evento militar no Rio. "Talvez adie a cirugia, mas estou bem; vamos esperar. O Brasil precisa de todos para tirar o país dessa situação", acrescentou.
Ele afirmou que deve voltar a São Paulo na próxima semana para fazer novos exames e disse que, por ele, se estiver bem, opera "logo, agora".
"Se o doutor Macedo achar na quinta-feira que estou em condições, posso baixar logo. Eu gostaria de não ficar uma semana baixado depois, em janeiro", disse ao citar ainda a possível ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, como um dos motivos também para mudar data da cirurgia.
Coaf
Sobre a movimentação de 1,2 milhão de reais do assessor do filho Flávio Bolsonaro, detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o presidente eleito disse que conhece Fabrício Queiroz desde 1984 e tem uma amizade próxima.
"Eu já o socorri financeiramente em outras oportunidades. Nessa última agora houve um acúmulo de dívida e ele resolveu me pagar... em 10 cheques de 4 mil reais. Eu não botei na minha conta por que tenho dificuldade para ir em banco e deixei para minha esposa."
"Lamento o constrangimento que ele está passando, mas ninguém dá dinheiro sujo com cheque nominal. Espero que ele se explique...foi normal e natural", adicionou o presidente eleito
Bolsonaro destacou que movimentação atípica não é sinônimo de crime e que seu filho Flávio Bolsonaro não foi alvo da operação que teve como origem um pente fino da Coaf.
Ele disse que ainda não conversou com Queiroz e muito pouco com seu filho, que está abatido com a situação.
"Se errei (em não ter declarado o dinheiro recebido de Queiroz), eu arco minha responsabilidade junto ao fisco", disse ele.
Por Rodrigo Viga Gaier; Edição de Claudia Violante


Bolsonaro admite que sonegou informação sobre empréstimo no seu IR


Depois de apontar que o pagamento de R$ 24 mil feito pelo ex-assessor Fabrício Queiroz a sua esposa Michele seria fruto de um empréstimo não declarado em seu imposto de renda, o presidente eleito admitiu neste sábado 8 ter sonegado informações ao fisco; “Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Sem problema nenhum”, afirmou; ele voltou a dar uma explicação sem sentido sobre o cheque à futura primeira-dama: "questão de mobilidade"; Bolsogate cresce com a percepção de que Fabrício era uma espécie de caixa eletrônico do clã
247 - O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), admitiu neste sábado 8 que sonegou informações sobre o empréstimo que disse ter concedido ao amigo e ex-assessor Fabrício Queiroz, por não ter declarado a transferência ao fisco. Sobre o cheque à sua esposa Michele, ele reafirmou que teria sido fruto do empréstimo e voltou a dar explicações sem sentido para que estivesse no nome da futura primeira-dama. "Questão de mobilidade", declarou.
“Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Sem problema nenhum”, afirmou, após ter participado de um evento da Marinha no Rio de Janeiro. Sobre o cheque, disse ainda:
"Não botei na minha conta por questão de... Eu tenho dificuldade para ir em banco, andar na rua. Deixei para minha esposa. (...) Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal, meu Deus do céu".
Para Bolsonaro, as informações foram vazadas por advogados de parlamentares que foram presos no mês passado, no âmbito da Operação Furna da Onça, que levou à prisão dez deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
“O Coaf não vazou nada. Pelo que eu sei, foram advogados dos parlamentares que estão presos, que estão respondendo a processo que vazaram isso aí para desviar o foco da atenção deles para com o meu filho”, disse.



Eduardo Bolsonaro sobre depósitos: amizade e trabalho se misturam


Deputado federal diz que "ninguém sabe" o que de fato ocorreu no caso de Fabricio Queiroz, ex-assessor de seu irmão, Flávio Bolsonaro, e da movimentação de R$ 1,2 milhão em sua conta; "O que ocorreu ali ninguém sabe, nem o Coaf sabe", declarou; ele comentou ainda transferências feitas por ex-assessores da Alerj a Queiroz: "A relação no gabinete conosco é a melhor possível, as vezes até se mistura o trabalho com a amizade"
247 - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) declarou neste sábado 8 que "ninguém sabe" o que de fato ocorreu no caso envolvendo o ex-assessor de seu irmão, o deputado estadual Flávio Bolsonaro, e seu pai, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
O escândalo, já conhecido como 'Bolsogate', foi revelado após um relatório do Coaf ser divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo. De acordo com o relatório, o órgão considerou suspeita uma movimentação de mais de R$ 1,23 milhão entre 1º de janeiro de 2016 e 31 de janeiro de 2017 na conta de Fabricio Queiroz, funcionário da família. Há ainda um cheque nominal de R$ 24 para Michel Bolsonaro e o registro de 176 saques no período de um ano.
"O que ocorreu ali ninguém sabe, nem o Coaf sabe. Ocorreu uma movimentação suspeita que está sendo investigada. A gente tem que trabalhar é para não permitir interferência na investigação. Fora isso, o que que eu vou falar? Ninguém sabe. Você sabe de onde é que veio esse dinheiro? Você já viu alguma alegação do Queiroz?", indagou o deputado.
As declarações foram feitas durante entrevista coletiva na Cúpula Conservadora das Américas, evento organizado pelo próprio deputado em Foz do Iguaçu (PR). Questionado sobre os sete servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) que passaram pelo gabinete de Flábio Bolsonaro e fizeram transferências para uma conta de Queiroz, Eduardo respondeu que às vezes "o trabalho se mistura com a amizade".


Gleisi cobra explicações sobre incêndio e atuação da PM em ocupações


Após uma ação violenta da Polícia Militar do Paraná nesta sexta-feira 7, um incêndio destruiu centenas de casas da Ocupação 29 de Março, em Curitiba; um jovem foi assassinado durante o episódio; a presidente do PT exige, em nota, "esclarecimentos urgentes e informações confiáveis por parte das autoridades estaduais"
Paraná 247 - A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), exigiu esclarecimentos das autoridades após uma ação violenta seguida de um incêndio na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), onde ficam diversas ocupações de famílias. Um jovem foi assassinado no local.
Em nota, Gleisi diz que o incêndio e a abordagem promovida pela PM do Paraná "exibem uma realidade preocupante, que faz com que a sociedade exija esclarecimentos urgentes e informações confiáveis por parte das autoridades estaduais".
Leia abaixo a íntegra do comunicado e uma reportagem do Brasil de Fato sobre o caso:
O incêndio de ocupações em Curitiba precisa ser esclarecido e inocentes não podem mais ser vítimas da ação policial
O incêndio de centenas de moradias em ocupações na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) na madrugada passada e a abordagem promovida pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR) aos moradores da região ao longo da última sexta-feira (7) exibem uma realidade preocupante, que faz com que a sociedade exija esclarecimentos urgentes e informações confiáveis por parte das autoridades estaduais.
Combater o crime, principalmente o crime organizado, é dever da polícia e necessidade social. Para tanto, policiais devem estar preparados, principalmente com um sistema de inteligência que articule suas ações sem comprometer a integridade da população inocente nas comunidades onde vão atuar e a sua própria como agentes de segurança.
Infelizmente as famílias de trabalhadores, que perderam o pouco que tinham no incêndio ainda por esclarecer, tiveram direitos violados e se viram criminalizadas pela operação policial. Não há justificativa para ação repressiva e ameaçadora dessa natureza, que resulta em graves consequências. Não se pode admitir uma punição coletiva dos habitantes da comunidade.
Essas pessoas vivem o drama do déficit habitacional, da falta de moradia digna, que afeta milhares de famílias na Grande Curitiba, e são condicionadas a sobreviverem em condições degradantes por falta de uma política habitacional de interesse social, evidenciando o desprezo das autoridades locais por sua gente.
Esse abandono e desprezo são agravados com a violência e o terror de uma ação policial generalizada. É preciso que as autoridades políticas do Estado e o comando da PM esclareçam o crime que vitimou um profissional da segurança pública e a morte até então confirmada de um morador da ocupação, além do incêndio que vitimou as centenas de famílias, evitando, com isso, que situações semelhantes venham a se repetir.
Solidariedade aos moradores das ocupações da CIC que foram atingidas. Apoio aos movimentos sociais de luta pela moradia e às organizações de advogados, imprensa livre e a todas as pessoas que, desde a madrugada,têm se mobilizado em esclarecer, divulgar e prestar socorro e assistência às famílias das ocupações. Condolências às famílias do policial e do morador que foram assassinados.
Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)

Presidenta Nacional do PT



Ex-assessor fisgado pelo Coaf era íntimo e pescava com Jair Bolsonaro


Fisgado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com movimentações de R$ 1,2 milhão, incompatíveis com sua renda, o policial Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro tinha total intimidade com o clã presidencial. A tal ponto, que saía para pescar com o próprio Jair Bolsonaro, que justificou a transferência de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michele Bolsonaro como o pagamento de um empréstimo não registrado em seu imposto de renda
247 – Fisgado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com movimentações de R$ 1,2 milhão, incompatíveis com sua renda, o policial Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro tinha total intimidade com o clã presidencial. A tal ponto, que saía para pescar com o próprio Jair Bolsonaro, conforme demonstra imagem publicada no Instagram de Queiroz.
Bolsonaro justificou a transferência de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michele Bolsonaro como o pagamento de um empréstimo não registrado em seu imposto de renda. Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre o caso:
O presidente eleito Jair Bolsonaro disse hoje (7) ao site O Antagonista que os R$ 24 mil pagos em cheques pelo ex-assessor Fabrício José de Queiroz à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro referem-se à quitação de uma dívida pessoal. “Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai chegar nos R$ 40 mil.”
Segundo o presidente eleito, Queiroz pagou em dez cheques de R$ 4 mil. “Eu podia ter botado na minha conta. Foi para a conta da minha esposa, porque eu não tenho tempo de sair. Essa é a história, nada além disso", afirmou.
Ele comentou também que não registrou a operação no imposto de renda.
Segundo Bolsonaro, Queiroz é seu amigo há 34 anos, desde os tempos da Brigada Paraquedista, quando era soldado. Ele passou em concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro e, mais tarde, foi contratado pelo gabinete do filho Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), deputado estadual eleito senador.
O presidente eleito disse ainda que só pretende reatar contato com o velho amigo depois que ele explicar ao Ministério Público Federal (MPF) a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão identificada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) em sua conta no período 2016-2017.


Ex-assessor fez 176 saques em um ano. Era o caixa eletrônico dos Bolsonaro?


Cresce o escândalo 'bolsogate', que envolve o policial Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que teve movimentações de R$ 1,2 milhão captadas pelo Coaf e fez uma transferência de R$ 24 mil para Michele Bolsonaro. Sabe-se, agora, que ele fez 176 saques em apenas um ano e recebeu diversos depósitos de funcionários que passaram pelo gabinete de Flávio Bolsonaro. Ao que tudo indica, ele era uma espécie de caixa eletrônico da família presidencial
247 – "O ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fez 176 saques de dinheiro em espécie de sua conta em 2016. A movimentação dá uma média de uma retirada a cada dois dias. O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou uma movimentação financeira atípica de R$ 1,2 milhão do ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz naquele ano. Esse valor inclui tanto saques como transferências, créditos em suas contas, entre outras operações. Cerca de um quarto do valor suspeito (R$ 324,8 mil) foi movimentado por meio de saques. Foram retiradas que variavam de R$ 100 a R$ 14.000", aponta reportagem de Italo Nogueira, publicada na Folha de S. Paulo.
Ou seja, cresce a cada dia o escândalo 'bolsogate', que envolve oFabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, que teve movimentações de R$ 1,2 milhão captadas pelo Coaf e fez uma transferência de R$ 24 mil para Michele Bolsonaro. Sabe-se, agora, que ele fez 176 saques em apenas um ano e recebeu diversos depósitos de funcionários que passaram pelo gabinete de Flávio Bolsonaro. Ao que tudo indica, ele era uma espécie de caixa eletrônico da família presidencial.
"Boa parte das movimentações financeiras em que a outra parte é identificada se refere a transações com membros do próprio gabinete de Flávio Bolsonaro. Sete nomes que constam do relatório fizeram parte da equipe do deputado estadual. Três são parentes de Queiroz. Estão na lista Marcia Oliveira de Aguiar (mulher), Nathalia Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz (filhas). Todas também integraram em algum momento o gabinete de Flávio Bolsonaro. A partir de dezembro de 2016, Nathalia saiu da Alerj para integrar a equipe do hoje presidente eleito, Jair Bolsonaro, na Câmara dos Deputados. Ela se desligou do cargo em outubro deste ano, na mesma data em que o pai deixou o gabinete do senador eleito", diz ainda a reportagem.
Bolsonaro disse que a transferência de R$ 24 mil para Michele refere-se a uma dívida não registrada em seu Imposto de Renda.


Folha empareda Bolsonaro: qual a origem do dinheiro?


"Afinal, qual a origem do dinheiro à disposição do assessor parlamentar? Por que ele tinha valores a pagar à esposa do presidente eleito?", questiona a Folha de S. Paulo, em editorial. "Para que não pairem dúvidas sobre a conduta do futuro chefe do Executivo e de seus familiares, é preciso que o caso seja esclarecido com presteza. As explicações dadas até agora para tantas operações permanecem insatisfatórias". No futuro governo, Coaf ficará sob as asas de Moro
247 – O clã Bolsonaro ainda não explicou suas relações com o ex-assessor Fabrício Queiroz, nem a origem dos recursos movimentados por ele – nada menos que R$ 1,2 milhão em um ano, incompatíveis com seus rendimentos. É o que aponta editorial da Folha, publicado neste sábado.
"Afinal, qual a origem do dinheiro à disposição do assessor parlamentar? Por que ele tinha valores a pagar à esposa do presidente eleito?", questiona o texto.
"O caso torna-se mais nebuloso ao se saber que o assessor também fez depósitos em favor de sua filha —até recentemente empregada no gabinete de Jair Bolsonaro. Para que não pairem dúvidas sobre a conduta do futuro chefe do Executivo e de seus familiares, é preciso que o caso seja esclarecido com presteza. As explicações dadas até agora para tantas operações permanecem insatisfatórias."


sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Oito meses após a prisão de Lula, militantes fortalecem mobilização em frente à PF


Vigília Lula Livre amplia fronteiras e faz do bairro Santa Cândida um símbolo de resistência em Curitiba
Organização estima que, desde abril, cerca de 40 mil pessoas circularam pelos espaços que compõem a Vigília Lula Livre / Ricardo Stuckert

Há exatos oito meses, no dia 7 de abril, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba (PR), onde preso após condenação sem provas no "caso triplex". Desde então, apoiadores do ex-presidente permanecem mobilizados em frente ao prédio da PF e constroem, dia após dia, a Vigília Lula Livre, um espaço de resistência democrática e formação política.
Se, nas primeiras semanas, a ocupação era mantida no improviso, nas ruas e calçadas do bairro Santa Cândida, hoje os militantes contam com um terreno na esquina da Superintendência, além de um alojamento próximo, conhecido como Casa Lula Livre. A partir do segundo semestre de 2018, também passou a funcionar o Centro de Formação e Cultura Marielle Vive, local destinado a alimentação e formação política e a atividades culturais.
Teoria e prática
Luana Lustosa é integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região Sul do Paraná e está na Vigília desde o primeiro dia. Ela conta que, durante os oito meses, a mobilização passou por um processo de "amadurecimento".
“Quando chegou perto dos 100 dias, a gente já estava em condição de sistematizar algumas coisas e planejar. O planejamento a médio prazo foi uma coisa tímida. Ninguém tinha coragem de fazer, porque parecia que a gente estava aceitando a ideia de que o Lula ia permanecer preso. Mas, agora, temos certa maturidade para fazer planos, e as coisas ficaram com uma qualidade bem melhor”, analisa. 
É consenso entre os integrantes que a Vigília se fortalece a cada dia.
O Centro Marielle foi inaugurado em setembro, com a presença de Marinete da Silva e Antonio Francisco da Silva Neto, pais da ex-vereadora Marielle Franco, que dá nome ao espaço. Também em setembro, o cineasta Silvio Tendler esteve no Centro para inaugurar a sala de cinema Cine Lula Livre, com seu documentário “Dedo na Ferida”. O espaço também sediou cursos de formação do MST e o I Encontro de Formação da Frente Única de Cultura de Curitiba. 
Luana explica que as dinâmicas da Vigília Lula Livre e do Centro Marielle unem “o exercício prático da militância ao teórico”, fazendo com que as pessoas que chegam a esses espaços entendam “o que significa permanecer aqui e o que significa ter um preso político com a influência popular do tamanho de Lula”.
Solidariedade
Desde abril, a organização estima que cerca de 40 mil pessoas circularam pelos espaços que compõem a Vigília Lula Livre, entre militantes de partidos e de movimentos populares e apoiadores do ex-presidente. Na entrada da Vigília, o livro de visitas, aberto em maio, conta com a assinatura de mais de 11 mil pessoas.
Dentro da carceragem da PF, nesse mesmo período, o ex-presidente Lula recebeu cerca de 90 visitas, às segundas e quintas, de personalidades nacionais e internacionais, como os cantores Chico Buarque e Martinho da Vila, a monja Coen, o teólogo Leonardo Boff, o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica, o vencedor do Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel, o linguista e filósofo norte-americano Noam Chomsky e o sociólogo português Boaventura Souza Santos. A maioria dos visitantes estiveram também na Vigília Lula Livre, para transmitir os recados de Lula à militância. 
Além dos visitantes do ex-presidente, também passaram pela Vigília a médica popular cubana Aleida Guevara, a apresentadora Bela Gil, a chef de cozinha Bel Coelho e artistas como Chico César, Ana Cañas, Lucélia Santos e Orã Figueiredo. 
Para Sandra dos Santos, militante do Partido dos Trabalhadores e integrante da coordenação da Vigília Lula Livre, os oito meses “trouxeram um despertar para a militância”. Na interpretação dela, a Vigília tem cumprido um papel central, tanto na denúncia, nacional e internacional, à prisão política do ex-presidente Lula, quanto na formação política de militantes. 
Ao projetar cenários para 2019, com o início do governo de Jair Bolsonaro (PSL), Santos afirma que o momento pede cautela, pois a conjuntura é de “muita pressão psicológica, e a militância precisa buscar equilíbrio emocional”. Ela explica, no entanto, que a militância que tem se formado na Vigília "não vai recuar nem cruzar os braços”.
“O que a gente sabe é que estamos vivendo um processo de golpe, de retrocessos, e que tudo que está acontecendo faz parte do golpe. O que virá, a gente não sabe, tem que entender melhor ainda. O que eu avalio é que não tem outra alternativa: a gente não pode se dar ao luxo de cruzar os braços. Vamos continuar a luta e a resistência”, promete. 
A organização prevê que a Vigília Lula Livre permaneça com a programação diária de saudações ao ex-presidente, rodas de conversa sobre temas políticos e atividades culturais enquanto Lula estiver mantido preso na Superintendência da PF. Para dezembro, estão programadas celebrações de Natal e Ano Novo na Vigília, e dezenas de apoiadores do Paraná e de outros estados prometem vir a Curitiba para “passar o natal com Lula”.
Acompanhe a programação diária da Vigília Lula Livre no Brasil de Fato e na Radioagência Brasil de Fato.
Fonte: Brasil de Fato

Moro silencia e evita comentar o bolsogate


O ex-juiz Sergio Moro, que será o futuro ministro da Justiça, não quis falar sobre o "bolsogate" – escândalo que atinge a família Bolsonaro e revela movimentações de R$ 1,2 milhão feitas por um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ); questionado sobre o caso, Moro preferiu silenciar sobre as transações suspeitas reveladas pelo Coaf, que ficará sob subordinado a ele a partir de janeiro
247 – O ex-juiz Sergio Moro, que será o futuro ministro da Justiça, não quis falar sobre o "bolsogate" – escândalo que atinge a família Bolsonaro e revela movimentações de R$ 1,2 milhão feitas por um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Questionado sobre o caso, ele preferiu silenciar. "Depois de passar os últimos dias tendo que responder sobre suposto caixa 2 do futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Sergio Moro agora foi questionado sobre o relatório do Coaf (que passará a ser da alçada de Moro na Justiça) que revelou movimentação atípica na conta de um assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Sobre o filho do presidente, ao menos por enquanto, Moro preferiu ficar quieto", informa o site BR 18
Em artigo publicado ontem no 247, a colunista Helena Chagas, Jornalista pela Democracia, afirma que o "bolsogate" cria uma saia-justa para Moro. Leia, abaixo, o artigo de Helena:
Por Helena Chagas, para Os Divergentes e para o Jornalistas pela Democracia – Assim como jabuti não sobe em árvore, o Ministério Público, o Coaf e outras corporações do setor de investigações não dão ponto sem nó. O vazamento do relatório que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro — apontando inclusive um choque de R$ 24 mil para a futura primeira dama Michelle Bolsonaro — criou uma saia-justa para o novo governo. A pergunta que não quer calar em Brasília é se, antes mesmo da posse, a família Bolsonaro começará a ser investigada.
Tal investigação não existe ainda. Fabrício Queiroz, o ex-assessor do filho 01 na Alerj, entrou numa lista de 22 funcionários que, segundo o Coaf, tiveram movimentação financeira incompatível com seus ganhos. Essa lista foi anexada pelo Ministério Público à investigação que deu origem à Operação Furna da Onça, que teve como alvo os esquemas na Alerj.
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Nem Flávio nem Fabrício estão no alvo dessa operação, mas o relatório apontando os caminhos suspeitos do dinheiro, que era retirado também em espécie da conta do servidor, foi parar nas mãos da imprensa muito provavelmente para forçar a abertura de uma investigação. Afinal, são muito comuns, nesses tempos de Lava Jato permanente, aquelas situações que começam quando as autoridades atiram no que vêem e acabam acertando o que não vêem.
Também é frequente o expediente dos procuradores de vazar uma denúncia para respaldar a abertura de um inquérito quando o caso é delicado. Para lá de delicado, no momento, por citar parentes do presidente eleito. Flávio Bolsonaro, em seu twitter, jogou o caso no colo do ex-assessor, afirmando esperar que ele explique tudo. Será que vai?
Acima de tudo, o episódio será um teste para o novo governo e seu futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, que a partir de 1 de janeiro será o chefe da Polícia Federal e do Coaf. Se a investigação for aberta, portanto, estará nas mãos do sujeito que abriu a caixa e soltou todos os monstros – que, vê-se agora, são incontroláveis. Seu comportamento será acompanhado com lupa para ver se o pau que bate em Chico bate em Francisco.
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Flavio Bolsonaro diz que ex-assessor deu explicação plausível, mas não diz qual foi


Questionado sobre a movimentação de R$ 1,2 milhão feita por Fabrício Queiroz, o senador eleito, porém, não deu detalhes
247 - O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) foi questionado nesta sexta-feira 7 sobre o escândalo envolvendo a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de seu ex-assessor Fabrício Queiroz relatada pelos Conselho de Controle de Atividades financeiras (Coaf) e disse que o ex-funcionário deu uma explicação plausível sobre o caso, mas não disse qual foi.
"Hoje o Fabrício Queiroz veio conversar comigo. Fui cobrar esclarecimentos dele sobre o que estava acontecendo. Ele me relatou uma história bastante plausível. Me garantiu que não teria nenhuma ilegalidade nas suas movimentações", declarou, segundo reportagem do Globo.

Perguntado sobre bolsogate, Onyx ataca Coaf e abandona coletiva


O futuro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), atacou nesta sexta-feira, 7, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que revelou a movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, incluindo um pagamento de R$ 24 mil a Michele Bolsonaro, esposa do presidente eleito; "Setores estão tentando destruir a reputação do sr. Jair Messias Bolsonaro. No Brasil, a gente tem que saber separar o joio do trigo. Nesse governo é trigo. Onde é que estava o Coaf no mensalão, no petrolão?", disse Lorenzoni, visivelmente irritado, e abandonou a entrevista em seguida
247 - O futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), atacou nesta sexta-feira, 7, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que indicou movimentação financeira suspeita do ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz. 
Questionado sobre o assunto, Lorenzoni se mostrou visivelmente irritado. "Setores estão tentando destruir a reputação do sr. Jair Messias Bolsonaro. No Brasil, a gente tem que saber separar o joio do trigo. Nesse governo é trigo. (...) Onde é que estava o Coaf no mensalão, no petrolão?", disse ele a jornalistas nesta sexta-feira (7), após discursar a uma plateia de empresários do grupo Lide, em um hotel de luxo em São Paulo.
Pressionado a esclarecer a origem do dinheiro, disse: "Eu lá sou investigador? Qual é a origem do dinheiro? Quando o senhor [repórter que havia feito a pergunta] recebeu este mês?"
O documento aponta que o ex-assessor parlamentar e policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Uma das transações seria um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Investigado pelo Supremo Tribunal Federal por suspeita de caixa dois, Onyx tentou minimizar as denúncias. "Se tem um cara tranquilo sou eu. Primeiro, já me resolvi com Deus, o que é importante para mim. Segundo porque, agora com a investigação autônoma, que não é nem inquérito, vou poder esclarecer definitivamente. Nunca tive envolvido com corrupção. A gente não pode ser hipócrita de querer misturar financiamento e o não registro de um recebimento de um amigo, que esse erro eu cometi", afirmou.


PT pede para PGR investigar família de ex-assessor de Flávio Bolsonaro


Líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), e o deputado Henrique Fontana (PT-RS) apontam para a Procuradoria Geral da República, em um novo documento, que há uma segunda filha de Fabricio Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e sua esposa para também serem investigadas; os deputados pedem, portanto, um aditamento da representação apresentada ao órgão nesta quinta; "É muita sujeira, muita coisa sem explicação. E aí, Sergio Moro, vai investigar?", questiona Pimenta; leia o documento
247 - O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e o deputado Henrique Fontana (PT-RS) protocolaram na Procuradoria-Geral da República nesta sexta-feira 7 um aditamento à representação criminal protocolada na quinta 6 pedindo a abertura de procedimento de investigação para apurar possíveis ilícitos criminais e administrativos envolvendo o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ e a futura primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro.
No aditamento, eles pedem ampliação das investigações sobre novos nomes que surgiram no escândalo e solicitam a quebra do sigilo fiscal, telefônico e bancário de todos os envolvidos. "É muita sujeira, muita coisa sem explicação. E aí, Sergio Moro, vai investigar?", questiona Pimenta, em vídeo.
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), aponta para a Procuradoria Geral da República (PGR), em um novo documento, que há uma segunda filha de Fabricio Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, e sua esposa para também serem investigadas. Leia aqui a íntegra da representação.
Pimenta pede que Raquel Dodge aprofunde investigações 'acerca da origem e destinação' de R$ 1,2 milhão que foram movimentados pelo ex-assessor e motorista e também que a PGR investigue junto à Receita Federal se Michelle Bolsonaro, destinatária de um cheque de R$ 24 mil da parte de Fabricio Queiroz, declarou a quantia ao fisco. A transação foi identificada em um relatório realizado pelo Coaf.
Diz o novo documento apresentado pelo deputado:
Face ao exposto requer-se que:
a) Na abertura de procedimento de investigação, com vistas a apurar a participação dos primeiros representados em possíveis ilícitos criminais e administrativos, sejam incluídas as pessoas de MÁRCIA AGUIAR, NATHÁLIA AGUIAR E EVELYN AGUIAR.
b) Na instauração de procedimentos civis e administrativos, com vistas a analisar possível prática de Improbidade Administrativa dos primeiros representados, sejam incluídas as pessoas de MÁRCIA AGUIAR, NATHÁLIA AGUIAR E EVELYN AGUIAR;
c) Na solicitação de acionamento da Secretaria da Receita Federal do Brasil, com o objetivo de verificar se a segunda representada declarou ao fisco o recebimento dos valores indicados nas denúncias (R$ 24.000,00), sejam incluídas, tendo em vista os valores que movimentaram, as pessoas de MÁRCIA AGUIAR, NATHÁLIA AGUIAR E EVELYN AGUIAR.
d) Seja determinada a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico de todos os representados, inclusive aquelas indicadas no presente aditamento.