quarta-feira, 2 de maio de 2018

Primeiro de Maio: milhares se reúnem em Curitiba para dar bom dia a Lula

Ricardo Stuckert

Ex-presidente, que está preso na Superintendência da Polícia Federal, próximo à Vigília Lula Livre, recebeu um "bom dia" histórico neste Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador; nos arredores da Polícia Federal, os manifestantes gritavam: "Queriam prender Lula, mas não sabiam que ele não estava só!"; no início da tarde, um ato unificado de sete centrais sindicais teve como pauta a liberdade de Lula e os retrocessos trabalhistas do pós-golpe e do governo Temer; assista
Paraná 247 - O ex-presidente Lula, que está preso na Superintendência da Polícia Federal, próximo à Vigília Lula Livre, recebeu um "bom dia" histórico na manhã deste Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador.
Nos arredores da Polícia Federal, os manifestantes gritavam: "Queriam prender Lula, mas não sabiam que ele não estava só!".
No início da tarde, um ato unificado de sete centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical) teve como pauta a liberdade de Lula e os retrocessos trabalhistas do pós-golpe e do governo Temer. O ato contou com a presença dos dirigentes das centrais, líderes de movimentos sociais e artistas (leia mais).


terça-feira, 1 de maio de 2018

Fazenda da família de Geddel é ocupada pelo MST


De acordo com dirigentes do MST, a ocupação na Fazenda Caraim, na cidade de Macarani, sudoeste da Bahia, faz parte de estratégia de ocupação de propriedade de pessoas envolvidas em corrupção; o MST disse que 150 famílias estão na propriedade desde domingo e, de acordo com lideranças do movimento, não há previsão para deixar o local; a família de Geddel vai pedir reintegração de posse nesta quarta-feira
Bahia 247 - Integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ocuparam uma fazenda da família do ex-ministro Geddel Vieira Lima. De acordo com dirigentes do movimento, a ocupação faz parte de estratégia de ocupação de propriedade de pessoas envolvidas em corrupção. 
Trata-se da Fazenda Caraim, na cidade de Macarani, sudoeste da Bahia. O MST disse que 150 famílias estão na propriedade desde a manhã de domingo (29) e, de acordo com lideranças do movimento, não há previsão para deixar o local. 
A fazenda possui cerca de 3.200 animais, a maioria gado bovino, e está registrada em nome de Afrísio Vieira Lima, pai de Geddel, que faleceu em 2016.
Família de Geddel vai pedir reintegração de posse nesta quarta-feira
"As ocupações de terra são protesto contra a paralisação do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), e fazem parte de uma mobilização maior em todo o País. O Incra não está mais fazendo estudos técnicos para a reforma agrária. Essas propriedades são latifúndios improdutivos que não estão cumprindo sua função social e devem ser desapropriadas", afirmou Evanildo Costa, da direção nacional do MST na Bahia.
A família de Geddel deve entrar nesta quarta-feira, 2, com pedido judicial de reintegração de posse. O MST mantém 15 invasões ativas no Estado.
Geddel foi denunciado pela PGR no início do mês por lavagem de dinheiro e associação criminosa. O irmão de Geddel, deputado federal Lúcio Vieira Lima, a mãe deles, Marluce Vieira Lima, o ex-assessor Job Ribeiro que trabalhava com Lúcio Vieira Lima, o ex-diretor da Defesa Civil de Salvador Gustavo Ferraz e o sócio da empresa Cosbat Luiz Fernando Costa Filho também foram acusados formalmente pela PGR. Quem decidirá se os denunciados vão virar réus é o ministro Edson Fachin, relator do caro no STF.
Com informações do site Agora na Bahia


Lava Jato tenta conter crescimento de Gleisi no cenário político


Com Gleisi se destacando internacionalmente como porta-voz do ex-presidente Lula, Lava-jato produz outra denúncia contra o PT.
Mais um factoide em forma de denúncia para alimentar a imprensa golpista contra a esquerda brasileira acaba de ser anunciada às vésperas das manifestações de primeiro de maio – que tende a ser o maior da história do país.
No mesmo dia em que O Globo ataca o PT, o Ministério Público Federal, com base apenas em depoimentos da Odebrecht, não perde tempo e apresenta mais uma denúncia contra Lula, Gleisi, Palocci e Paulo Bernardo. Os crimes, segundo o MP, seriam de lavagem de dinheiro e corrupção passiva – as mesmas que levaram Lula para o cumprimento de sua prisão política em Curitiba e visam acelerar a homologação da colaboração premiada de Palocci.
Como prática da república de Curitiba, mesmo depoimentos extrajudiciais são utilizados como prova, segundo informa a própria procuradoria: “Há, ainda, confissões extrajudiciais e comprovação de fraude na prestação de informações à Justiça Eleitoral”.
Com o objetivo de que Lula torne-se preso político perpétuo, a PGR ainda solicita “a condenação do ex-presidente Lula, dos ex-ministros e do chefe de gabinete por corrupção passiva (artigo 317 do Código Penal) e de Marcelo Odebrecht, por corrupção ativa (artigo 333 do Código Penal)”.
Caberá agora ao ministro relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, decidir se aceita ou não a denúncia de Raquel Dodge.
As informações divulgadas pela PGR estão disponíveis neste link.


segunda-feira, 30 de abril de 2018

Palocci receberá R$ 30 milhões caso Moro homologue a delação dele. Por Joaquim de Carvalho


Dois aspectos chamam a atenção na notícia vazada pela Polícia Federal de que o ex-ministro Antônio Palocci fechou acordo de delação premiada.
Uma delas é a data em que a informação foi vazada, imediatamente após a decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal de tirar de Moro a delação da Odebrecht referente a Lula.
Cheira à contra-ataque, retaliação à decisão da corte em Brasília.
Outro aspecto que chama a atenção é que o acordo de delação premida está sendo costurado pela Polícia Federal, não pelo Ministério Público Federal.
Até então, a força-tarefa coordenada por Deltan Dallagnol era a responsável por todos os acordos de delação premiada homologados pelo juiz Sergio Moro em Curitiba.
“Coincidência ou não… não me lembro de nenhum delator fechando acordo em Curitiba depois da minha entrevista ao jornal El Pais em julho do ano passado”, anotou Rodrigo Tacla Durán através do Twitter.
Tacla Durán é o advogado que denunciou à imprensa e à CPI da JBS um amigo de Sergio Moro, Carlos Zucolotto Júnior, também advogado, como intermediário numa negociação para vender facilidades em um acordo de delação premiada.
Pagando 5 milhões de dólares por fora, Tacla teria expressiva redução da pena e ficaria com 5 milhões de dólares de uma conta dele em Cingapura, bloqueada por Moro.
Tacla Durán não aceitou e, refugiado na Espanha, onde tem cidadania, resistiu ao pedido de prisão de Moro, e a justiça do reino espanhol negou a extradição.
Tacla Durán vive livremente na Espanha, onde tem empresa e de onde costuma publicar tuítes que minam a credibilidade da outrora chamada República de Curitiba.
O último deles é sobre a delação premiada de Palocci. Por que a Polícia Federal está à frente desse acordo?
Tacla Durán suspeita que é em razão das denúncias que fez, que tornou o MPF de Curitiba suspeito.
“Coincidência que agora é só por esse caminho (Polícia Federal) que delator fecha acordo em Curitiba?”, provocou o ex-advogado da Odebrecht, também através do Twitter.
Na denuncia sobre a indústria da delação premiada, feita em 2017, Tacla Durán juntou cópia periciada da conversa que teve com Carlos Zucolotto Júnior, em 2016, por aplicativo de celular. Vale a pena recordar a conversa:
Zucolotto: Amigo, tem como melhorar esta primeira… Não muito, mas sim um pouco.
Rodrigo Durán: Não entendo.
Zucolotto: Há uma forma de melhorar esta primeira proposta… Não muito. Está interessado?
Rodrigo Durán: Como seria?
Zucolotto: Meu amigo consegue que DD entre na negociação.
Rodrigo Durán: Correto. E o que que se pode melhorar?
Zucolotto: Vou pedir para mudar a prisão para prisão domiciliar e diminuir a multa, ok?
Rodrigo Durán: Para quanto?
Zucolotto: A ideia é diminuir para um terço do que foi pedido. E você pagaria um terço para poder resolver.
Rodrigo Durán: Ok. Pago a você os honorários?
Zucolotto: Sim, mas por fora, porque tenho que cuidar das pessoas que ajudaram com isso. Fazemos como sempre. A maior parte você me paga por fora.
Rodrigo Durán: Ok.
O que reforçou a denuncia de Tacla Durán à época é a cópia de um e-mail do Ministério Público Federal, enviada depois da conversa com Zucolotto, em que os termos acordados pelos dois aparecem na minuta do acordo.
Depois da denúncia do ex-advogado da Odebrecht, nenhum outro acordo costurado pelo Ministério Público Federal foi divulgado, mas a delação premiada continuou na berlinda.
Em depoimento em março deste ano, prestado na Vara de Moro, o ex-executivo da Odebrecht Rogério Araújo, delator da Lava Jato, foi confrontado com a pergunta se ainda recebia valores da empresa.
Um advogado pergunta:
“O senhor ainda recebe esses valores?”
O ex-executivo confirma que recebe valores mensalmente, embora tenha saído da empresa em junho de 2015.
O advogado quer saber a título de que ainda recebe dinheiro da empresa.
Moro interfere:
“Foi rescisão contratual, doutor”.
Rogério repete:
“Foi rescisão contratual”.
Outro advogado tenta buscar esclarecimento:
“O senhor falou duas coisas. O senhor falou que tinha recebido a título de rescisão contratual e de que também existiria um programa…”
O procurador da república corta:
“Doutor, ele falou que esse programa aí foi no contexto da rescisão”.
O advogado insiste com o depoimento:
“O senhor pode esclarecer?”
O procurador, embora não estivesse com a palavra, corta mais uma vez:
“Ele já falou, doutor”.
O depoimento se tornou importante porque revela o vínculo que delatores ainda mantém com a Odebrecht. Era essa a resposta que os advogados buscavam de Rogério Azevedo e, ao que parece, era essa resposta que o procurador e Moro queriam evitar que Rogério Azevedo desse.
Por que tanta preocupação da Lava Jato?
Porque a lei que incorporou o instrumento da colaboração ao direito brasileiro determina que as delações só valem se forem espontâneas.
Quando um delator recebe vantagem para colaborar com a justiça, essa colaboração deixa de ser espontânea.
E o executivo questionado, Rogério, faz parte de um grupo de 78 executivos da empresa que fecharam o acordo de delação premiada ao mesmo tempo.
Não é crível que todos tenham tomado a decisão ao mesmo tempo.
Que todos tenham tomado essa decisão espontaneamente.
E não foi mesmo espontâneo, conforme ouvi de Rodrigo Tacla Durán:
“A verdade é que a Odebrecht decidiu colaborar conjuntamente com a Justiça para tentar livrar Marcelo Odebrecht da cadeia e salvar a empresa, e houve várias reuniões que definiram essa estratégia. Eu estava presente em uma delas. Foi no Hotel Intercontinental, em Madri”, recordou Rodrigo Tacla Durán.
A empresa ofereceu bônus e salário durante quinze anos para quem prestasse depoimento à Justiça na condição de colaborador.
Não houve, portanto, espontaneidade e o depoimento passou a ser interessante financeiramente, não só como instrumento para reduzir pena.
Em uma situação assim, o delator diz tudo o que seus interrogadores querem ouvir. 
E é nesse ponto que se volta para a delação de Palocci.
A estratégia de que a delação pode ser, acima de tudo, um bom negócio está presente também nas negociações com Antonio Palocci.
A diferença é que, na negociação, saíram os procuradores da república (um tanto queimados) como negociadores e entraram os policiais federais.
Em comum, permaneceu Moro, que sempre dá a última palavra com a homologação.
E que Palocci vai ganhar?
A liberdade certamente, mas não só.
Palocci teve mais de R$ 60 milhões bloqueados por decisão de Moro. E, nos bastidores da Justiça Federal em Curitiba, garante-se que Palocci terá R$ 30 milhões desbloqueados por Moro, caso a colaboração do ex-ministro seja aceita.
Os termos do acordo de delação premiada de Palocci permanecem sob sigilo, só será revelado se e quando a delação for homologada.
Mas esta é a informação que recebi de uma pessoa com fonte na Polícia Federal. Repetindo: Palocci terá R$ 30 milhões desbloqueados caso sua delação seja aceita.
Como acontece nesses casos, parte desses R$ 30 milhões irá para seu advogado, Adriano Bretas, mas Palocci manterá uma bolada com ele.
Irá para casa, mas, para isso, terá que continuar dizendo o que os investigadores querem — Lula, claro, no centro de tudo.
Palocci viverá sem honra, mas com muito dinheiro no banco.
Fonte: DCM

Dia do Trabalhador: Sete centrais, artistas pela democracia e um 1º de Maio histórico em Curitiba


Principal ato do país terá Beth Carvalho, Ana Cañas, Maria Gadú e Renegado, e unirá CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical em defesa dos direitos e pela liberdade de Lula

Pela primeira vez desde a redemocratização do país, as sete maiores centrais sindicais brasileiras farão, este ano, um 1º de Maio unificado. O ato de Curitiba terá como mote “Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre”. O que unificou CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical foi a defesa da liberdade do ex-presidente Lula, mantido como preso político na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba há 20 dias, e a certeza de que eleição de Lula para presidente da República em outubro é a chance que a classe trabalhadora tem de conseguir resgatar direitos perdidos nos últimos anos.
Os sindicalistas estão também unificados em torno de uma pauta comum de interesse da classe trabalhadora, como uma política econômica de geração de empregos e renda, defesa da seguridade e da Previdência Social pública, o fim da lei do congelamento de gastos e a revogação da reforma Trabalhista. Os presidentes das sete centrais participam do ato, além de representantes de movimentos sociais como MST, MTST, UNE e Central de Movimentos Populares, entre outros integrados pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.
Como tem ocorrido desde a instalação do acampamento Lula Livre na capital paraense, a manifestação de terça-feira, a partir das 14h na Praça Santos Andrade (Praça da Democracia), no centro histórico de Curitiba terá um forte ingrediente cultural, com apresentação de artistas conhecidos por ser posicionamento em defesa da democracia, como Beth Carvalho, Ana Cañas, Maria Gadu, o rapper Renegado e muitos artistas locais. Com informações da Rede Brasil Atual.
Veja aqui

domingo, 29 de abril de 2018

Polícia divulga imagens de suspeito de atirar contra acampamento pró-Lula


De acordo com o delegado titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de capital paranaense, Fábio Amaro, o suspeito chegou em um carro preto modelo sedan e foi caminhando até o acampamento. Depois de efetuar os disparos, ele fugiu; acesse o link do vídeo
Sul 21 - A Polícia Civil do Paraná divulgou imagens de câmeras de segurança (ver abaixo) obtidas de um prédio que mostram um homem suspeito de fazer disparos durante a madrugada contra o acampamento Marisa Letícia, montado por apoiadores do ex-presidente Lula em Curitiba (PR). De acordo com o delegado titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de capital paranaense, Fábio Amaro, o suspeito chegou em um carro preto modelo sedan e foi caminhando até o acampamento. Depois de efetuar os disparos, ele fugiu.
Os disparos atingiram duas pessoas. Jefferson Lima de Menezes, 39 anos, foi baleado de raspão no pescoço e encaminhado em estado grave para o Hospital do Trabalhador, onde segue internados. Uma mulher ficou levemente ferido após ser atingida por estilhaços de um tiro.
Peritos da Polícia Científica do Paraná estiveram ainda durante a madrugada no acampamento e, no período da tarde, retornaram para realizar novas diligências. Ao longo da tarde, o delegado Fábio Amaro tomou o depoimento de algumas testemunhas.
Durante a manhã, foi realizada uma reunião da Secretaria de Segurança Pública com representantes da organização do acampamento e deputados federais do PT. Foi determinado o reforço do policiamento no local pela Polícia Militar. A Civil diz que todas as forças de segurança do Estado estão trabalhando de forma conjunta para identificar e prender o suspeito dos disparos.


Requião avisa: tiros têm mão dupla e Brasil pode viver guerra civil


Senador do Paraná responsabiliza o discurso criado pela Lava Jato para o clima de ódio e perseguição contra movimentos sociais e o PT no Brasil, que resultou no atentado a tiros contra o acampamento em defesa de Lula em Curitiba e antes contra a caravana do ex-presidente; segundo ele, porém, o que "os procuradores e a operação de Sergio Moro não percebem" é que "esses atentados têm mão dupla"; "Hoje pode atingir o acampamento, mas amanhã pode atingir os seus promotores", alerta; "A irresponsabilidade desses meninos pode levar o Brasil a uma guerra civil", alerta; assista
Paraná 247 - Em uma denúncia muita séria, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) comentou em vídeo divulgado em seu Facebook o atentado a tiros contra o acampamento Marisa Letícia, que abriga militantes da Vigília Lula Livre, em Curitiba, na madrugada de sábado 28, e responsabilizou o discurso da Lava Jato para o clima de ódio e perseguição contra movimentos sociais e o PT.
Na transmissão que fez em sua página na noite passada, ele fala em uma "guerra híbrida" e prevê que o ódio pode se voltar contra os promotores. "Isso começou com a opção do Judiciário de Curitiba e do Ministério Público em optar por uma guerra híbrida pela mobilização da opinião pública com apoio da grande mídia, subordinada a interesses que não são os interesses dos brasileiros".
A "guerra híbrida", diz ele, "está servindo de cobertura, de biombo, para a entrega do Brasil". "A atenção é desviada de tudo. As condenações são por convicções, condenações sem prova", denuncia. "E atrás disso tudo entregam o pré-sal, estão tentando vender a Eletrobras...", cita.
"Mas o que essa gente ainda não entendeu é que essa mobilização do ódio contra movimentos sociais e partidos políticos, que tem na sua raiz a defesa do trabalhador e do interesse nacional, está provocando acontecimentos como esse atentado a bala ao acampamento e à caravana de Lula", afirma o senador.
"Mas esses jovens do Ministério Público e essa operação do juiz Sergio Moro desconhece que isso tem mão dupla", continua. "Que esses atentados provocados pela guerra híbrida podem se voltar contra eles também. Hoje pode atingir o acampamento, mas amanhã pode atingir os seus promotores", alerta. "A irresponsabilidade desses meninos concursados - ou concurseiros - pode levar o Brasil a uma guerra civil", acredita.


sábado, 28 de abril de 2018

Perícia da polícia encontrou cápsulas de 9 mm no local do atentado contra acampamento


Pistola de alto poder letal foi utilizada contra manifestantes; vítima atingida no está na UTI
Polícia está investigando quem são os autores do atentada contra o 
acampamento Marisa Letícia / Gilbran Mendes


De acordo com a SSP-PR (Secretaria de Segurança Pública do Paraná, os disparos de arma de fogo contra o acampamento Marisa Letícia, na vigília Lula Livre, em Curitiba, na madrugada deste sábado (28), foram feitos com uma pistola 9mm. Arma de alto poder letal.
Os peritos encontraram cápsulas de pistola 9mm no local. Um manifestante foi atingido no pescoço e está em estado grave na UTI. Outros disparos atingiram um banheiro químico dentro do acampamento.
“Essa violência é mais uma iniciativa da elite golpista, conservadora e branca, curitibana e brasileira, que é responsável pelo período de violência e de crise social e política, que eles produziram com o golpe. Isso é parte do caos que eles produziram na política e na economia. Mantemos nossa capacidade enquanto luta popular, de manter resistência, de fazer vigília e ser solidário ao Lula até sua liberdade”, disse Roberto Baggio, coordenação nacional do MST e do MST PR.
Os trabalhadores que estavam no acampamento foram para o local da vigília, em frente à sede da Polícia Federal, onde acontece um ato de repúdio contra o atentado.
Leia a nota da secretaria
A Secretaria da Segurança Pública do Paraná informa que na madrugada deste sábado (28), segundo as primeiras informações, um indivíduo a pé efetuou disparos de arma de fogo contra o acampamento de manifestantes simpatizantes ao ex-presidente Lula.
Uma pessoa foi ferida e levada para o hospital. Um tiro acertou um banheiro químico e os estilhaços feriram, sem gravidade, uma mulher no ombro.
Peritos da Polícia Cientifica do Paraná, policiais militares e da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, estiveram no local. Foram recolhidas cápsulas de pistola 9 mm. Foi aberto um inquérito para apurar o caso. A av. Mascarenha de Morais, no bairro Santa Candida, foi fechada por manifestantes, mas já foi liberada.
Fonte: Brasil de Fato


“Atiradores gritaram Bolsonaro 2018”, diz testemunha de atentado a acampamento pró-Lula


Integrantes do acampamento Marisa Letícia, que fazem a vigília Lula Livre, em Curitiba, dizem que gravaram imagens de atiradores gritando “Bolsonaro 2018” antes do atentado desta madrugada (28).
Edson, que administra a página “Nova Militância Brasil”, testemunha que resolveu fazer as imagens diante das ameaças durante do dia de ontem.
“Durante toda a noite fomos atacados verbalmente por seguidores de Bolsonaro, sendo um que chegou a sacar a arma e afirmou que “vou voltar, matar esses vagabundos”. Passavam gritando “Bolsonaro 2018″ acompanhado de outras ofensas”, relata a página.
O acervo já foi disponibilizado para investigadores da Polícia Civil.


Modelo procura a polícia após ter fotos íntimas divulgadas: "Não podia acreditar que isso estava acontecendo comigo"

Sharmila conta que antes do vazamento, viveu meses
sob medo e chantagem.. Foto: Sérgio Rodrigo

“Podia ser com você, com sua filha, com sua irmã, com sua amiga. Dessa vez foi comigo”. Com essa reflexão e esse alerta que a atriz e modelo Sharmila Chambó, 26 anos, de Apucarana, se manifestou em uma espécie de carta aberta enviada a amigos e durante a entrevista exclusiva que concedeu nesta sexta-feira (27) para Tribuna. Desde o último domingo, quando fotos e um vídeo íntimo começaram a circular nas redes sociais, a vida da modelo virou de cabeça para baixo.
Sharmila foi vítima de uma modalidade de violência contra mulher que se tornou tão comum que foi necessário criar uma lei para tipificar o comportamento de vingança virtual. Quem vazou as imagens foi um homem com quem ela iniciou um relacionamento. A relação, entretanto, rapidamente se tornou abusiva e marcada por chantagens. A modelo, que atualmente mora no Rio de Janeiro, ficou sabendo do vazamento na madrugada do último domingo, após receber a ligação de uma amiga. As imagens foram encaminhadas inicialmente para um grupo de WhatsApp de trabalho da modelo, chegando a vários dos seus clientes.
Com acesso às redes sociais particulares da atriz, o antigo relacionamento chegou a divulgar as imagens em sua página. “Minha primeira reação foi excluir as imagens. Contudo, fiquei com medo de que ele não parasse e voltasse a publicá-las, por isso, num primeiro momento, tirei todas as minhas redes sociais do ar”, explica.
Sharmila conta que antes do vazamento, viveu meses sob medo e chantagem. O vídeo gravado sem a sua autorização, virou trunfo nas mãos do antigo relacionamento. “Para que ele não divulgasse tais imagens, me submeti a tudo que ele pedia. Estou arrependida”, conta.
No primeiro momento, sob o choque da repercussão da exposição de sua intimidade, a apucaranense diz que teve dificuldade em reagir. “Quis desaparecer, não podia acreditar que isso estava acontecendo comigo, até porque me submeti há meses de chantagem para evitar que tais imagens viessem à tona. Me senti invadida, violada, exposta, insegura e tudo mais que possam imaginar”, explica.
Após conversar com seus advogados, Sharmila resolveu levar o caso para Justiça e compareceu à Delegacia da Mulher para registrar um Boletim de Ocorrência contra o autor dos fatos. “Ele responderá por diversos crimes enquadrado na Lei Carolina Dieckmann  e na Lei Maria da Penha, as quais estão aí para proteger pessoas que são vítimas desses tipos de crimes e relacionamentos abusivos, assim como eu”, explica a modelo, que está sendo orientada pela Zanoni, Teixeira & Franco Advogados.
Antes da divulgação das imagens, Sharmila conta que conversou com o autor dos fatos. “Conversei, não só durante toda a madrugada em que ocorreu a divulgação não autorizada das imagens como também na sequência. Na madrugada do dia 21 para 22 de abril eu estava em contato direto com ele pelo celular, tentando evitar que ele as divulgasse. Na verdade, como disse, tento evitar isso desde final de janeiro, período que começaram as chantagens”, reforça.
Após a divulgação das imagens, o antigo relacionamento entrou em contato com a apucaranense e com os pais dela, e chegou a pedir perdão. “O que motivou de fato, apenas ele pode responder. Porém, não vejo outra razão que não seja o fato de não aceitar que eu não queria mais me relacionar com ele. Penso que não só homens, mas qualquer pessoa que expõe um ser humano dessa forma, com o simples fim de humilhar, deve responder judicialmente por suas atitudes”, ressalta.
Segundo a apucaranense, ainda é difícil analisar quais os reflexos do que está vivendo agora vai acarretar na sua profissão. “No primeiro momento minha preocupação está sendo minha família. Mas sem dúvidas, não sei se algum dia conseguirei desvincular minha imagem profissional das imagens divulgadas e isso, além de causar um mal-estar, poderá acarretar na perda de vários contratos”, lamenta.
Fonte: TN Online