Com conhecimento nas áreas da Previdência Social e
Agricultura, onde foi ministro, o ex-deputado federal, que também foi
secretário de Administração do Governo Beto Richa, Reinhold Stephanes, será o
coordenador do Plano de Governo do candidato do PSD ao Governo do Estado,
Ratinho Junior. Stephanes vem somar com o também ex-deputado e ex-chefe da Casa
Civil do atual governo, Eduardo Sciarra, para desenhar um Plano de Governo que
atenda às necessidades exigidas por um Estado que se destaca entre os demais do
território nacional. Do jornalista Pedro Ribeiro com informações do Paraná Portal.
terça-feira, 6 de março de 2018
Contra Lula, STJ faz primeiro espetáculo de sua história
A transmissão ao vivo do julgamento do habeas corpus do
ex-presidente Lula, que acontece nesta terça, mostra espetacularização da
perseguição ao petista; pela primeira vez em sua história, o Superior Tribunal
de Justiça vai transmitir um julgamento; um ministro que julga na área penal do
STJ, que falou sob condição de anonimato, disse ser contra a transmissão; para
ele, a exposição é “seletiva”; além disso, analisou que o fato pode atrapalhar
a dinâmica do julgamento; “As vaidades afloram, as altercações se
intensificam”; outro membro da corte cita a resolução do CNJ, mas diz prefere
trabalhar “sem holofotes”
Por Marcelo Galli, na revista
Consultor Jurídico
Pela
primeira vez desde 1989, quando o Superior Tribunal de Justiça começou a
funcionar, a corte fará uma transmissão ao vivo de julgamento. Nessa
terça-feira (6/3), internautas poderão conferir a sessão da 5ª Turma que
apreciará pedido de Habeas Corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
No
recurso, os advogados buscam evitar a eventual prisão do petista após o último
recurso que será julgado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que
condenou o petista a 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. A
transmissão será no portal do STJ, com link para o canal do tribunal no
YouTube, a partir das 13h. Segundo o tribunal, também haverá cobertura em tempo
real pelo Twitter da corte.
Geralmente,
os julgamentos são gravados para uso interno, mas não transmitidos em tempo
real. O STJ diz que a divulgação em tempo real segue resolução de 2015, do
Conselho Nacional de Justiça.
Um
ministro que julga na área penal do STJ, que falou à ConJur sob condição de
anonimato, disse ser contra a transmissão do julgamento sobre concessão de HC a
Lula. Para ele, a exposição é “seletiva”. Além disso, analisou que o fato pode
atrapalhar a dinâmica do julgamento. “As vaidades afloram, as altercações se
intensificam”. Outro membro da corte cita a resolução do CNJ, mas diz prefere
trabalhar “sem holofotes”.
Em
entrevista ao Anuário da Justiça Brasil 2017, o vice-presidente da corte,
ministro Humberto Martins, disse ser favorável à transmissão dos julgamentos da
Corte Especial, colegiado de cúpula do STJ, para aproximar o tribunal do
cidadão e garantir mais transparência.
Decisão
não vinculante
A
defesa de Lula tenta evitar a prisão antecipada após condenação em segunda
instância — a execução provisória da pena foi reconhecida em fevereiro de 2016
pelo Supremo Tribunal Federal, por 6 votos a 5.
Os
advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins baseiam-se na
Constituição, que determina a presunção de inocência até o trânsito em julgado.
A petição ressalta que o entendimento do STF foi definido por apertada maioria
e que não apresenta caráter vinculante.
A
defesa também entra no mérito, reafirmando as teses apresentadas no julgamento
do TRF-4 e declarando que Lula não é dono de um triplex atribuído a ele.
“Não
houve a entrega de qualquer bem ou valor, tornando impossível cogitar-se da
prática do crime de lavagem de dinheiro. A não realização da prova pericial
contraria o artigo 158 do Código de Processo Penal, que no caso de acusação
envolvendo crimes financeiros impõe a demonstração do follow the money. A
pena-base foi elevada com a evidente finalidade de evitar a prescrição da
pretensão punitiva”, disse.
* Texto
atualizado às 20h55 do dia 5/3/2018 para acréscimo de informações.
Ministério Público se manifesta contra recurso e pede prisão de Lula
Procurador Maurício Gerum pede correção em termos do acórdão e se
manifesta
a favor do cumprimento imediato da sentença de Lula. (Fenando Frazão/Agência Brasil)
|
Por
meio da Procuradoria Regional da República da 4ª Região, o Ministério Público
Federal apresentou, nesta segunda-feira (5), manifestação contra recurso
apresentado pela defesa do ex-presidente Lula à condenação
no caso do tríplex do Guarujá, litoral de São Paulo. Sem poder de alteração da
sentença, o petista ajuizou embargos declaratórios, último recurso contra a
condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto
Alegre, após ter pena aumentada para 12 anos e um mês por três desembargadores
do Tribunal.
Na recomendação ao
Judiciário, o procurador Maurício Gerum faz críticas à defesa e pede que o
TRF-4 rejeite o recurso de Lula e determine o início imediato do cumprimento da
pena de prisão. A expectativa é de que o recurso seja julgado até o fim de
abril.
Gerum,
apesar de se manifestar pela prisão imediata de Lula, aceita parcialmente as
alegações da defesa para que alguns termos do acórdão sejam ajustados,
corrigindo apenas algumas palavras.
“Diante
do exposto, opina o Ministério Público Federal [...] pelo provimento parcial
dos embargos de declaração de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, apenas para se
corrigir os erros materiais apontados. Requer, outrossim, exaurida a instância,
seja a decisão encaminhada ao juízo de primeiro grau para o imediato início do
cumprimento das penas, conforme assentado no acórdão embargado”, diz trecho da
peça.
No
parecer, Gerum contesta a quase totalidade dos questionamentos da defesa e
diz estar “devidamente fundamentada a convicção de ocorrência do crime
de corrupção, assim como do ato de ofício que levou ao aumento da
pena”. O procurador anota ainda que, “em relação ao crime de lavagem, o
acórdão [formalização da sentença] deixa clara a posição de Lula como destinatário
e partícipe ativo da ocultação/dissimulação da propriedade do imóvel”.
Barroso quebra o sigilo bancário de Temer
Rejeitado por 96% dos brasileiros e primeiro ocupante da
presidência na história do Brasil denunciado por corrupção e comando de
organização criminosa, Michel Temer teve seu sigilo bancário por determinação
do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal; a decisão se
estende ao homem da mala Rodrigo Rocha Loures e ao melhor amigo de Temer, José
Yunes, que é seu parceiro em negócios imobiliários, assim como ao coronel João
Baptista Lima, tido como laranja de Temer; com isso, Temer pode estar prestes a
ser denunciado pela terceira vez
247
– Rejeitado por 96% dos brasileiros, segundo pesquisa
Ipsos, e primeiro ocupante da presidência na história do Brasil denunciado por
corrupção e comando de organização criminosa, Michel Temer teve seu sigilo bancário
quebrado por determinação do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal. A decisão se estende ao homem da mala Rodrigo Rocha Loures e ao melhor
amigo de Temer, José Yunes, que é seu parceiro em negócios imobiliários. Com
isso, Temer pode estar prestes a ser denunciado pela terceira vez.
As informações são da jornalista
Ana Clara Costa, que informa que a decisão se deu no
âmbito do inquérito que investiga irregularidades na elaboração da Medida
Provisória 595, conhecida como a MP dos Portos, e que mais tarde deu origem ao decreto 9.048. A quebra
abrange o período de 1º de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017. É a primeira
vez que um ocupante da presidência no exercício do mandato tem os seus dados
financeiros abertos por ordem judicial.
"A
decisão data do dia 27 de fevereiro. O Banco Central já distribuiu ofício em
que comunica a decisão às instituições financeiras e pede providências. O
ministro autorizou ainda o levantamento do sigilo bancário de João
Baptista Lima Filho, o coronel Lima, José Yunes, Rodrigo da Rocha
Loures — todos ex-assessores do presidente —, Antonio Celso
Grecco e Ricardo Mesquita, esses últimos, respectivamente, dono e executivo da
Rodrimar. Temer é investigado pela suspeita de ter agido para favorecer a
empresa no Porto de Santos por meio do texto da MP 595", informa a
jornalista.
segunda-feira, 5 de março de 2018
José Scarpelini teve atuação combativa na política
Foto histórica de
Scarpelini quando foi eleito
prefeito de Apucarana em 1988.
|
Como suplente de deputado estadual, José
Scarpelini também assumiu a Assembleia Legislativa do Paraná em 2000 e 2002. Em
2014 se candidatou a deputado federal pelo PSB, obtendo 19.222 votos, ficando
na primeira suplência do partido.
Como prefeito,
José Scarpelini era tido como um político enérgico, tanto para com seus
secretários e servidores municipais, assim como também era enérgico com o que
via de errado na cidade. Arrumou inclusive uma briga com Arapongas por causa da
divisa entre os dois municípios, na região compreendida do Bonezâo até a
Facnopar, tendo obtido vitória na Justiça.
Como deputado estadual sempre foi
combativo à corrupção e defendia as camadas mais pobres.
José Scarpelini também foi superintendente
estadual da antiga Sudepe – Superintendência para o Desenvolvimento da Pesca,
no governo de José Sarney, e secretário especial para Assuntos Políticos no
primeiro mandato do ex-governador Roberto Requião.
José Scarpelini deixa a esposa Maria Inês
Marrese Scarpelini e os filhos Tales, Tiago e Taís, além dos irmãos Carlos
Scarpellini, que foi prefeito de 82 a 88 e de 97 a 2000 e deputado federal de
91 a 95, e ainda Maria Helena, Maria Inês, Yuri e Maria Aparecida.
O presidente da Câmara de Vereadores,
Mauro Bertoli, também decretou luto oficial de três dias. A sessão da câmara
que estava marcada para esta segunda-feira (5), foi transferida para
quinta-feira às 15 horas.
Luto
O prefeito de Apucarana, Beto Preto (PSD), decretou luto oficial de três
dias pelo falecimento de Scarpelini. O presidente da Câmara de Vereadores,
Mauro Bertoli, também decretou luto oficial de três dias. A sessão da câmara
que estava marcada para esta segunda-feira (5), foi transferida para
quinta-feira às 15 horas.
Fonte: TN Online
IPSOS: Rejeição a Moro dispara e sua aprovação já é menor do que a de Lula
A maioria dos brasileiros já desaprova a conduta do juiz
Sergio Moro, que condenou o ex-presidente Lula à prisão por reformas num imóvel
que pertence à OAS; segundo pesquisa Ipsos, 51% o rejeitam e apenas 39% aprovam
sua atuação – taxa inferior à do ex-presidente Lula, que é aprovado por 42% dos
brasileiros; condenação de Moro é usada para uma nova etapa do golpe contra a
soberania popular: depois da derrubada de Dilma Rousseff, a presidente honesta
trocada por uma quadrilha, trata-se agora de impedir a volta de Lula, como
deseja a maioria dos eleitores
Paraná 247 - A nova
pesquisa Ipsos do Estado de S.Paulo mostra que ao brasileiro rejeita cada vez
mais o juiz Sérgio Moro.
O magistrado de Curitiba já é reprovado por 51% da população, enquanto é
aprovado por 39%. Ou seja: um saldo negativo de 12 pontos percentuais
Enquanto
isso, o ex-presidente Lula vê sua rejeição cair, enquanto seu índice de
aprovação segue em crescimento e já é maior do que o do próprio Sérgio Moro.
Lula tem 42% de aprovação, contra 56% de rejeição.
A
rejeição a Michel Temer atingiu 93%. Enquanto isso, Marina Silva, que apoio a
condenação de Lula pelo TRF-4, agora tem rejeição de 62% dos brasileiros.
A presidente
do STF, Carmen Lucia, também viu sua rejeição explodir, chegando a 49%.
Morre o ex-prefeito de Apucarana José Domingos Scarpelini
O ex-prefeito de
Apucarana, José Domingos Scarpelini, faleceu no início desta madrugada em
Curitiba. Ele era primeiro suplente de deputado federal, foi ex-deputado
estadual, ex-prefeito de Apucarana, secretário especial do governo do Paraná e
superintendente do Ibama.
Scarpelini tinha 67 anos e lutava a
há seis contra um câncer. Estava internado no Hospital de Cruz Vermelha, em
Curitiba. O velório acontece a partir do meio-dia na Capela Vaticano, ao lado
do Cemitério Municipal. O corpo será cremado em cerimônia apenas para a
família.
O prefeito de Apucarana, Beto Preto,
decretou luto oficial de três dias pelo falecimento do José Domingo
Scarpelini.
Fonte; TN Online
sábado, 3 de março de 2018
Médico negocia venda do Hospital do Coração em Apucarana
Médico negocia venda do Hospital do Coração em Apucarana - Foto: TN ONLINE |
O Hospital do
Coração de Apucarana está à venda. Foi o que confirmou ontem o médico Randas
Vilela Batista, presidente da fundação que é proprietária do imóvel. O local,
segundo ele, já chegou a ser visitado por um grupo de possíveis compradores.
Fechado há mais de 3 anos e sem nunca ter funcionado como hospital, o prédio
atualmente é utilizado como lar de quatro cães da raça Rottweiler, que ficam
nas dependências internas do prédio.
De acordo com Randas, o Hospital do
Coração pode ser vendido em breve. “Estamos negociando com algumas pessoas
interessadas. Não posso revelar quantas ou quem elas são, nem de onde são, para
não atrapalhar as negociações”, afirma ele.
Apesar disso, o médico afirma que seu
principal desejo não é vender, mas sim manter o local e reabrir o hospital no
futuro.A obra foi construída pela Fundação do Coração Vilela Batista, que tem à
frente o médico Randas Vilela Batista, com dinheiro proveniente de uma fundação
japonesa.
Sua construção teve início em 2008, com
prazo de funcionamento em dois anos, que foi prorrogado por mais dois. Após
investimento de US$ 5 milhões, o local foi inaugurado em fevereiro de 2012, mas
funcionou apenas como ambulatório até agosto de 2014, quando convênio com que
mantinha o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Ivaí e Região (Cisvir)
foi encerrado por problemas de documentação.
O hospital nunca funcionou em sua
capacidade total e foi fechado em 2015 após a Vigilância Sanitária desaprovar o
espaço. De acordo com laudo do órgão, o prédio precisava passar por profundas
modificações para atender os requisitos hospitalares. Já Randas nega a
necessidade de mudanças na estrutura. Fechado desde então, o hospital necessita
de reparos, como constatou a reportagem da Tribuna do Norte na tarde de
ontem.
Estruturas metálicas já se mostram com
pontos de ferrugem e há muito entulho no entorno. Um funcionário contratado
pela fundação atua no local que, no entanto, tem mato alto em alguns pontos do
terreno. Quatro cães de grande porte, da raça Rottweiler, são mantidos na parte
interna do hospital. Eles circulam livremente nos corredores e salas do local.
“Os cães ficam dentro do hospital para
garantir a segurança. Aconteceram muitos roubos ali. Não os deixo na área
externa porque a área é muito utilizada por crianças, que podem querer entrar
no espaço do hospital e serem mordidas”, disse Randas por telefone.
Ele afirma que está semanalmente no
hospital, mas a reportagem apurou com pessoas próximas que os períodos longe de
Apucarana duram até 30 dias. “Lamento toda esta situação. Sinto pela população
de Apucarana. No período em que trabalhamos, acabamos com uma fila de três anos
por consultas cardiológicas, transformando a cidade na única do Brasil sem
filas. Culpo o poder público municipal, que não renovou nossa licença e nos
obrigou a fechar as portas”, afirma o médico.
Associação pode reverter terrenoO terreno
onde foi construído o Hospital do Coração pertencia à Associação Cultural e
Esportiva de Apucarana (Acea), que doou o espaço. Keniti Ishida, presidente
atual da Acea, explica que a associação atualmente tem outras prioridades, mas
que a ideia pode ser retomada em breve.
“A Acea foi lesada, com certeza. Fomos
enganados. Nos prometeram um grande e moderno hospital, mas até hoje está só a
estrutura construída. Nunca funcionou como deveria e acredito que nunca irá
funcionar”, afirma ele.A tentativa de reversão do terreno já foi debatida pela
associação anteriormente, mas perdeu força. A situação chegou até a ser alvo de
uma Comissão Especial de Investigação (CEI) na Câmara dos Vereadores de
Apucarana. Na época, Randas e o prefeito de Apucarana que viabilizou a obra,
Valter Pegorer, foram interrogados pelos parlamentares.
Fonte:
TN Online
Gleisi: Golpe estimula a misoginia no Brasil
"Quem tinha preconceito, que acha que a mulher não
tem que ocupar espaço, passou a se manifestar abertamente, pois se sente
protegido pelos exemplos pregados por um governo golpista, com comportamento do
século passado. As manifestações nas redes sociais são um espelho de tudo isso.
Além das mulheres, atinge outras pessoas: LGBTs, negros, migrantes, os mais
pobres, etc", diz a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Por Gleisi Hoffmann, em seu facebook – Em pleno
2018, nós mulheres ainda nos deparamos com a misoginia, o machismo, o
preconceito e a violência. Essa realidade assusta muito porque já tínhamos
garantido alguns avanços na sociedade. Mas os retrocessos com todos desmontes
do atual governo que agrava a situação. Vemos o atraso patrocinado por
autoridades, tanto do Executivo quanto do Legislativo, em cima dos direitos do
povo.
Quem tinha preconceito, que acha que a mulher não tem que ocupar
espaço, passou a se manifestar abertamente, pois se sente protegido pelos
exemplos pregados por um governo golpista, com comportamento do século passado.
As manifestações nas redes sociais são um espelho de tudo isso. Além das
mulheres, atinge outras pessoas: LGBTs, negros, migrantes, os mais pobres, etc.
Neste 8 de março, no Paraná e em todo Brasil, nós mulheres vamos
protestar, e muito, enquanto for preciso.
sexta-feira, 2 de março de 2018
VOX: Para 56%, condenação de Lula foi política
Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada nesta sexta-feira, 2,
mostra que 56% da população brasileira acham que o processo e a condenação do
ex-presidente Lula foram políticos; para 54%, Lula tem o direito de ser
candidato, apesar da condenação que pode impedi-lo de concorrer nas próximas
eleições; 52% dos entrevistados acham que Lula não será preso e 46%
acreditam que a Justiça foi seletiva contra o ex-presidente, tratando-o de
maneira mais dura, se comparado ao tratamento a políticos como Michel Temer
(MDB-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG)
247 - Pesquisa do
instituto Vox Populi para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), divulgada
nesta sexta-feira, 2, mostra que
56% dos brasileiros acham que o processo e a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram políticos, porque muita gente não gosta dele. Já para 32%, o processo foi normal, sem misturar questões jurídicas com políticas. Outros 13% não souberam ou não responderam.
56% dos brasileiros acham que o processo e a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram políticos, porque muita gente não gosta dele. Já para 32%, o processo foi normal, sem misturar questões jurídicas com políticas. Outros 13% não souberam ou não responderam.
Segundo a pesquisa CUT/Vox, para 40%
dos brasileiros, os juízes do TRF-4 não provaram nada contra Lula. Outros
34% acham que os juízes provaram e 27% não souberam ou não quiseram responder.
Entre dezembro e fevereiro aumentou de 40%
para 46% o percentual dos entrevistados que acham que os juízes tratam Lula de
maneira mais dura, se comparada ao tratamento que dão a outros políticos, como
Michel Temer (MDB-SP) e Aécio Neves, senador do PSDB-MG. Já o percentual dos
que acreditam que Lula é tratado com o mesmo rigor que os outros, caiu de 43%
para 40% no mesmo período.
48% dos
brasileiros acham que quem tem de julgar Lula é o povo, nas urnas, e não Moro
ou outros juízes - 41% discordam e 11% não sabem ou não quiseram responder.
A
CUT/Vox quis saber dos brasileiros se eles acham que Lula tem o direito de se
candidatar a presidente nas eleições deste ano, independentemente de votarem ou
não no ex-presidente.
Para 54%
Lula deveria e tem o direito de ser candidato, apesar da condenação que pode
impedi-lo de concorrer nas próximas eleições. Outros 37% acham que Lula deveria
ser impedido e 9% não souberam ou não quiseram responder.
Segundo
a pesquisa, 52% dos entrevistados acham que Lula vai ser candidato. Outros 33%
não acreditam nessa possibilidade e 15% não sabem ou não responderam.
Perguntados
se a condenação de Lula foi justa e baseada em provas e que, portanto ele
deveria ser preso, 49% responderam que o ex-presidente não deveria ser preso;
36% que deveria e 16% não sabem ou não responderam.
Para
48% dos entrevistados, Lula e qualquer pessoa tem direito a só ser presa se a
condenação for confirmada pelos tribunais superiores. Outros 28% acham que a
prisão deve ser feita após condenação por um tribunal de recursos, como
aconteceu no TRF-4, e 24% não souberam ou não quiseram responder.
Para
26% Lula só deve ser preso se for condenado pelos tribunais superiores. Outros
28% acham que Lula deveria ser preso imediatamente e 12% não souberam ou não
quiseram responder.
Lula vai ser preso?
A
maioria dos entrevistados, 52% acha que Lula não vai ser preso; 29% que vai e
19% não souberam ou não quiseram responder.
A
pesquisa CUT/Vox Populi fez 2000 entrevistas, em 118 municípios. Estratificação
foi por cotas de sexo, idade, escolaridade e renda. A margem de erro é de 2,2
%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
Foram
entrevistados brasileiros com mais de 16 anos, residentes em áreas urbanas e
rurais, de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões
metropolitanas e no interior, de todos os estratos socioeconômicos.
(*Com
informações da CUT)
Prefeito prestigia incorporação de novos recrutas em Apucarana
Recrutas, familiares,
autoridades e convidados foram recepcionados no ginásio de esportes do
batalhão
(Fotos: Profeta) |
Em solenidade
presidida pelo tenente coronel José Luis Barbosa Deina o 30º Batalhão de
Infantaria Mecanizado (BIMec) incorporou 285 novos recrutas. A cerimônia,
realizada nesta sexta-feira (02/03), nas dependências da unidade local do
Exército, contou com a presença do prefeito de Apucarana, Beto Preto que esteve
acompanhado do vice, Sebastião Ferreira Martins Junior (Junior da Femac), e
outras autoridades presentes.
Três momentos marcaram a cerimônia.
Recrutas, familiares, autoridades e convidados foram recepcionados no ginásio
de esportes da corporação, onde participaram de um culto de ação de graças.
Depois, ainda à paisana, o grupamento de conscritos de 2017 se deslocou até o
acesso do 30º BIMec, para a abertura do portão das armas e a entrada simbólica dos
recrutas. Na sequência, eles vestiram o tradicional fardamento do efetivo e
participaram da formatura de incorporação.
De acordo com o tenente coronel Deina,
comandante do 30º BIMec, a incorporação de recrutas ocorre simultaneamente em
todas as organizações militares do Exército no País. O contingente que vem para
o 30º BIMec é oriundo de quatro municípios tributários, Apucarana, Arapongas,
Rolândia e Jandaia do Sul, que abrangem diversas outras cidades que ficam em
seu entorno. Devido à área de abrangência, a unidade localizada em Apucarana
recebe a denominação de “Sentinela do Norte do Paraná”.
Dentro das organizações militares, os
recrutas são incentivados ao trabalho em equipe e à ajuda mútua, além de
respeitar padrões de hierarquia, disciplina, moral e ética. “A incorporação faz
parte do preparo da reserva mobilizável, com o desenvolvimento de atividades de
formação básica, qualificação e adestramento”, explica o tenente coronel,
salientando que na fase inicial os recrutas ficarão em regime de internato até
o dia 23 de março e depois cumprirão o restante do serviço militar podendo
visitar regularmente seus familiares.
O prazo mínimo em que eles ficarão na
corporação é de 12 meses, período que poderá ser ampliado por até 8 anos, em
processos militares que são conhecidos como engajamento e reengajamento. “Isso
dependerá da quantidade de vagas existentes e do desempenho de cada um. Eles
poderão ser promovidos a cabo e até a sargento temporário”, observa Deina.
O prefeito de Apucarana enalteceu o
trabalho do Exército, salientando que o 30º BIMec é uma instituição que goza de
prestígio e de credibilidade em Apucarana. “Muito nos orgulha ter uma unidade
do Exército em Apucarana e de ver os recrutas servindo à Pátria, dedicando
praticamente um ano ou até mais das suas vidas a esta valorosa
instituição. Os pais podem ter certeza que seus filhos estão numa instituição
de credibilidade e que os ajudará a serem homens melhores”, assinala.
Prêmio “Mulher Destaque” será entregue no Dia Internacional da Mulher
A Lei que institui o Prêmio é de autoria da vereadora Márcia
Sousa e foi aprovada por unanimidade dos vereadores
Na próxima
quinta-feira (08/03) a Câmara Municipal de Apucarana realiza Sessão Solene para
entrega do “Prêmio Mulher Destaque” do Município de Apucarana. A honraria foi
proposta através da Lei nº 118/2017, de autoria da vereadora Márcia Regina da
Silva de Sousa (foto), e aprovada por unanimidade dos vereadores.
“Ficamos honrados em entregar o prêmio
Mulher Destaque no dia Internacional da Mulher – 08 de março. Segundo determina
a Lei, estão sendo homenageadas mulheres que tenham se destacado
profissionalmente ou prestado relevantes trabalhos na área social”, explica a
vereadora.
Cada vereador indicou, de forma
fundamentada, uma mulher que faça jus à homenagem. “Nosso principal objetivo é
valorizar a mulher no contexto da cidadania. A relevante e justa homenagem dá-se
pela nova condição feminina que remete a presença e a atuação afetiva e efetiva
de mulheres que além de ser um dos alicerces da família e de suas residências,
ainda contribuem com o desenvolvimento da cidade. Em função deste desempenho
feminino que contribui consideravelmente com o desenvolvimento da nossa
sociedade é que propomos esta homenagem”, justifica a autora da Lei.
O Título será concedido apenas uma única
vez para cada mulher merecedora da homenagem e todos os anos a entrega será na
semana em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Receberão o Prêmio “Mulher Destaque” de
2017:
- MARLI REGINA FERNANDES DA SILVA -
Indicada pelo vereador JOSÉ AIRTON DECO DE ARAÚJO
- DENISE CANESIN MOISÉS MACHADO – Indicada
pelo vereador LUCAS LEUGI
- JOSSUELA PIRELLI PINHEIRO – Indicada
pelo vereador LUCIANO AUGUSTO MOLINA
- AIDA SANTOS ASSUNÇÃO – Indicada
pelo vereador GENTIL PEREIRA DE SOUZA FILHO
- LUCIA STIBIR DE SALLES – Indicada
pela vereadora MARCIA REGINA DA SILVA DE SOUSA
- CARMEN SEREA – Indicada pelo
vereador FRANCILEY PRETO GODOI – POIM
- MARIA COTA FILHA – Indicada
pelo vereador RODOLFO MOTA
- MARIA PALMERIM PRATES – Indicada
pelo vereador EDSON DA COSTA FREITAS
- ELZA DA SILVA RESENDE – Indicada
pelo vereador ANTÔNIO MARQUES DA SILVA - MARCOS DA VILA REIS
- CÉLIA KAOEREI YOSHII – Indicada
pelo vereador e presidente do Legislativo MAURO BERTOLI
- ROSEANE CRISTINA DE OLIVEIRA
CRANASCIM Indicada
pelo vereador ANTÔNIO CARLOS SIDRIN
SESSÃO SOLENE
A Sessão Solene para entrega do Prêmio
Mulher Destaque será na próxima quinta-feira (08/03), às 20 horas, no Plenário
da Câmara Municipal de Apucarana.
quinta-feira, 1 de março de 2018
Obras do Centro Empresarial da Acia começam ainda neste ano
Com proposta
inovadora, será o primeiro edifício inteligente de Apucarana, sendo
oportunidade de investimento para profissionais liberais das mais diferentes
profissões
(Foto: André Veronez) |
O presidente da
Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), Jayme
Leonel, confirmou nesta quarta-feira (28/02), durante reunião com o prefeito
Beto Preto (PSD), que a construção do novo centro empresarial terá início ainda
em 2018. O empreendimento, com 18 andares, será erguido em terreno de 2.250 mil
metros quadrados, próximo à Praça Interventor Manoel Ribas (Praça do Redondo),
na esquina das ruas Guarapuava e Irmã Eleotéria. “Ao longo de sua história de
mais de 68 anos, a Acia sempre manteve o viés de empreender, sair na frente e
este projeto é mais uma prova disto. Trata-se de um edifício comercial de
grande envergadura, que vai fazer a diferença em nossa cidade. Com proposta
inovadora, é sem dúvidas grande oportunidade de investimento para profissionais
liberais das mais diferentes profissões, em especial médicos, dentistas,
advogados, contadores, entre outros”, comentou o prefeito Beto Preto.
Com investimento inicial previsto de R$35
milhões e área construída de 25 mil metros quadrados. Dos 18 andares do
edifício comercial, os três primeiros serão de estacionamento. O térreo será
ocupado pela sede da Acia, que atualmente funciona no 15º andar do Edifício
Palácio do Comércio e também terá salas comerciais que serão alugadas pela entidade.
“Será um prédio clássico, sem a necessidade de escavação, assim projetamos o
início das obras ainda neste ano, dentro de seis a oito meses”, informou Jayme
Leonel, presidente da entidade. A previsão é de que as obras durem cinco anos.
“Este será o primeiro empreendimento comercial inteligente de Apucarana, sendo
dotado do que há de mais moderno em conforto e segurança”, pontuou Leonel.
Com projeto elaborado pelo engenheiro
Osmar Ida, o empreendimento será feito pela Construtora Ida, de Apucarana. Com
até 89 metros quadrados de área privativa, serão 63 salas com duas vagas de
garagem e 72 salas com uma vaga de garagem (todas com banheiro). “O centro
empresarial terá portaria 24 horas e monitoramento por câmeras, sistema de
controle inteligente de acesso (credenciamento de visitantes), 57 vagas de
garagem rotativas para clientes, gerador de energia para áreas comuns, café
bistrô, auditório para 187 pessoas e agência bancária em espaço térreo, além de
um moderno sistema de prevenção e combate a incêndio”, relatou Jayme Leonel,
presidente da Acia. De acordo com ele, a venda das salas, na modalidade preço
de custo, já está sendo feita através de imobiliárias credenciadas.
Presença – Acompanharam ainda a agenda com
o prefeito Beto Preto, o vice-presidente da Acia para Assuntos da Indústria,
Wanderlei Faganello, o assessor parlamentar Arilson Chiorato, o vereador Lucas
Leugi, o empresário Aldivino Marques da Cruz Neto (Val da Gráfica) e o
procurador-geral da prefeitura, Dr. Paulo Sérgio Vital.
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Julgamento de Carli Filho entra no segundo dia; segurança é reforçada
(foto: Franklin de Freitas)
|
O primeiro dia
julgamento do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho começou na tarde
desta terça-feira (27), no Tribunal do Júri, em Curitiba terminou por volta das
22 horas. As oito horas de depoimentos foram encerradas pela fala do réu, o
ex-deputado estadual Luisz Fernando Carli Filho. Neste segundo dia, por volta
das 7 horas da manhã, a polícia militar já havia reforçado a segurança nas
imediações da sede do Tribunal do Júri, no Centro Cívico, cuja sessão foi
marcada para começar às 9h30.
O julgamento é conduzido pelo juiz Daniel
Avelar, da 2ª Vara Privativa do Tribunal do Júri de Curitiba. A fila dos
populares que conseguiram uma senha para acompanhar o júri já tinha cerca de 50
pessoas por volta das 8h20. O primeiro a chegar ao Tribunal foi o juiz Daniel
Avelar.
Neste segundo dia, o acusado Carli Filho
chegou acompanhado do irmão, o deputado estadual Bernardo Ribas Carli (PSDB), e
do pai, o ex-prefeito de Guarapuava, Luiz Fernando Ribas Carli.
No primeiro dia, o depoimento mais longo
foi o da sexta testemunha, Ventura Raphael Martello Filho, perito
particular chamado pela defesa de Carli Filho. Ele falou por quase três horas.
Foi durante o depoimento de Martello, quando mostraram as fotos das vítimas,
que o ex-deputado, aparentemente abalado pelas imagens, se retirou do plenário.
O réu, aliás, prestou o último depoimento, das 21 horas às 21h30:
"Eu errei, eu bebi, eu dirigi, mas não tive a intenção de matar",
disse Carli. Ele também pediu desculpas às mães das duas vítimas, Gilmar Rafael
Souza Yared e Carlos Murilo de Almeida. A sessão será retomada às 9 horas desta
quarta (28), com a fala inicial do Ministério Público.
Antes do início do julgamento, a defesa do
ex-deputado recusou três dos jurados, quantidade a que tinha direito. A
promotoria recusou uma. O júri ficou formado por cinco mulheres e dois homens.
Carli é acusado de duplo homicídio com
dolo eventual pela morte, em 2009, de Gilmar Rafael Souza Yared e Carlos Murilo
de Almeida. Por se tratar de um crime doloso contra a vida, o julgamento, que
está previsto para prosseguir até esta quarta,28, no Tribunal do Júri,
instância em que a decisão cabe a um conselho de jurados formado por cidadãos
da cidade onde ocorreu o crime. A deputada federal Christiane Yared,
emocionada, foi dispensada de testemunhar.
Veja como foram os
depoimentos
Primeira
testemunha: "Ofereci carona para ele, que aceitou num primeiro momento,
mas depois desistiu"
A primeira testemunha foi o médico Eduardo
Missel, amigo de Carli Filho desde 2008, que estava com ele no restaurante no
dia do acidente. O testemunho durou 34 minutos e foi para a acusação e defesa.
Ele confirmou que foram pedidas quatro garrafas de vinho no restaurante, mas
disse que nem todas foram consumidas. Missel não soube dizer se o ex-deputado
estava em condições de dirigir naquela noite, mas ofereceu carona para ele.
Segundo o testemunho, num primeiro momento Carli Filho aceitou e chegou a
entrar no carro do amigo, mas desistiu e foi com o próprio carro. O médico
contou que quando falou com o ex-deputado após ele sair do hospital em São
Paulo, Carli Filho disse não lembrar de nada sobre o acidente. Durante o
depoimento de Missel, Carli Filho chorou.
Segunda
testemunha: "Quando o paciente (Carli Filho) chegou ao hospital ainda não
tinha sido identificado"
O segundo depoimento foi do médico José
Antônio Mangue. Ele prestou depoimento antes porque alegou problemas de saúde.
Ele é testemunha de defesa. O Ministério Público mostrou fotos do corpo das
vítimas e questionou se elas tiveram tratamento adequado. Também foi
perguntado sobre detalhes do estado de saúde de Carli Filho após o
acidente. O ex-deputado foi levado ao Hospital Evangélico pelo Siate.
Quando o médico iniciou o atendimento, Carli estava entubado, com trauma de
face extremamente agressivo. O advogado Roberto Brzezinski Neto questionou o
médico sobre a transferência de Carli a um hospital de São Paulo, dias depois
do acidente. Médico diz que foi decisão da família. A defesa exibiu fotos do
rosto de Carli Filho, quando ele estava hospitalizado. Médico diz que quando o
paciente chegou ao hospital, ainda não havia identificação.
Terceira
testemunha: "Tive que segurar Carli Filho para que ele não caísse no
chão"
A terceira testemunha foi Altevir dos
Santos, segurança do restaurante. Ele confirmou a versão do médico Missel de
que Carli Filho chegou a entrar no carro do amigo e saltou em seguida. Santos
também informou que teve que segurar o ex-deputado para que ele não caísse no
chão e confirmou que Carli Filho saiu do restaurante com o carro em alta velocidade.
Quarta testemunha:
"Vi o carro saltar cerca de 1,5 metro do chão`
Após rápido recesso, o julgamento foi
retomado com a testemunha Leandro Lopes Ribeiro, enfermeiro que viu o acidente.
Indicado pela Defesa. Ele contou que viu o carro de Carli Filho saltar cerca de
1,5 metro do chão. "O carro de Carli Filho saiu com as quatro rodas do
chão. Cheguei a ver uma parte do crânio de uma das vítimas. Foi ele que chamou
o Siate. Diz ter percebido que o carro de Carli Filho bateu na traseira do
carro das vítimas, na altura do porta-malas, perto do para-brisas. Honda ficou
parado na descida, na ruazinha paralela Passat foi parar na frente do Honda.
Quinta testemunha:
"Honda Fita reduziu a velocidade, mas não parou"
Yuri Yasichin da Cunha, também indicado pela
defesa, trafegava na mesma rua que o Honda. Ele não viu a colisão, mas um
pouco antes da esquina, ouviu o barulho. Não soube informar se havia
algum outro carro em excesso de velocidade no mesmo sentido do acusado. Ele
disse que parou, mas não havia nada a ser feito, a não ser chamar o Siate, o
que já havia sido feito. Ao ser questionado pela defesa, afirmou que o Honda
Fit reduziu a velocidade ao chegar na esquina, mas não parou. Ele confirmou que cobriu a cabeça de Rafael
Yared com uma caixa de sapato.
Sexta testemunha:
"A perícia oficial tem várias falhas"
Ventura Raphael Martello Filho é um
perito particular chamado pela defesa de Carli Filho e seu depoimento durou
quase 3 horas. Ele diz ter encontrado inúmeras incongruências na perícia
oficial sobre a velocidade do carro do ex-deputado. Para ele, não há como aferir, cientificamente, a
velocidade em que os carros estavam no momento da batida. O laudo oficial
apontou que Carli trafegava entre 161 km/h e 173 km/h. "Houve
inúmeras tentativas de supostos cálculos de velocidade, nenhum seguiu nenhuma
metodologia aceita; não encontramos possibilidade de calcular a velocidade de
qualquer um dos veículos", disse ele. Segundo o perito, dá
para ter a percepção que o veículo que trafegava acima da velocidade permitida,
mas não há método para aferir a velocidade; nem estimativa. Segundo ele,
o Passat colidiu a parte mais resistente, que é a frente e motor com a
parte mais frágil do Honda Fit, que é uma parte oca. Ele também garantiu que o carro de Carli não saiu do chão no
acidente. Segundo ele, a velocidade mínima para o veículo decolar seria
de 250 km/h e o carro do ex-deputado tem 227 km/h de velocidade
máxima. Questionado, Martello afirma que o valor "travado"
no velocímetro (190 km/h) de Carli não pode ser considerado para determinar a
velocidade do veículo na hora do acidente.
Perito mostrou ainda vistas noturnas do
local do acidente. Explicou que os semáforos ficam em amarelo piscante quando
estão estragados ou em determinados horários. Ele disse que foi até o local do
acidente, ficou na posição do carro das vítimas, no mesmo horário, e esperou
que passasse um veículo com faróis xenon - que dão maior visibilidade -
como eram os de Carli. Tentativa é de demonstrar que era possível que as
vítimas vissem o carro do ex-deputado. O perito mostrou a simulação
virtual para determinação da velocidade máxima atingível pelo
modelo Passat Variant 2.0. Ele acredita que o máximo que o carro de Carli
poderia chegar é 136 km/h, com base em um teste virtual. Martello ainda mostrou
a foto da parte de baixo do Passat do ex-deputado. A imagem foi feita pela
criminalística e mostra um leve amassado. Segundo o perito, se tivesse
caído em cima do Honda, segundo ele, estaria em condições piores.
Martello criticou vídeo produzido pelos assistentes de acusação, que mostra uma
reconstituição em animação gráfica do que teria ocorrido no momento do
acidente; perito critica inclusive o fundo musical dramático; Analisando fotos,
diz que partes do carro de Carli podem ter sido danificadas na remoção, não na
batida. Ele questionou como o carro causou a decapitação de duas pessoas e não
há nenhuma gota de sangue nele. Roberto Brzezinski Neto, advogado de defesa,
pediu que o perito não mostrasse fotos das vítimas para "não explorar a tragédia
de ninguém". Neste momento, Carli
deixou o plenário, aparentemente abalado com as fotos dos jovens mortos. Martello
sustentou a tese de que as vítimas poderiam ter evitado a batida. Após o
depoimento dele, o juiz Daniel Avelar suspendeu julgamento por 30 minutos para
pausa de jantar.
Depoimento do réu
Fernando Ribas Carli Filho: " Eu errei, eu bebi, eu dirigi, mas não tive a
intenção de matar"
O réu Fernando Ribas Carli Filho disse que
nunca fugiu do processo. "Usamos o direito da ampla defesa porque
acreditamos que a denúncia contra a minha pessoa não é correta, porque nunca
tive a intenção de matar", disse ele, no depoimento. "Eu errei, eu
bebi, eu dirigi. Assumo a culpa, mas nunca tive a intenção de matar
alguém", afirmou. Ele ainda negou que tenha feito racha em algum momento
de sua vida. Relembrando o dia do acidente, Carli disse que encontrou o casal
de amigos, beberam e comeram e que não se lembra de nada após a saída do
restaurante. Explicou que esqueceu porque sofrey amnésia lacunar, segundos os
médicos. O réu chorou ao falar da educação simples que os pais deram a
ele. Disse que nunca fez racha na vida dele e não estaria fazendo racha naquela
noite. Ele disse que no dia saiu para visitar o pai no hospital e depois foi
jantar no restaurante. Só lembra do restaurante e depois no coma no hospital.
Afirmou que o carro dele era usado por diversas pessoas da assembleia, por isso
tinha tantas multas. Também afirmou que não foi comunicado formalmente que a
carteira estava cassada.
Ele olhou para as mães das vítimas e disse
que nunca teve a chance de pedir perdão, mas que agora quer pedir desculpas
"do fundo do coração ". Por fim, ele não pode confirmar a
velocidade que estava porque não tem recordação dos fatos.
__________________________________________
Atraso
O julgamento estava previsto para começar
às 13 horas, mas atrasou. A sessão começou apena àss 13h15. Nesta manhã, por
vollta das 10 horas, os policiais já estavam preparando o isolamento da sede do
Tribunal do Júri, no Centro Cívico. O caso, de grande repercussão nos últimos
anos, tem grande apelo e comoção. Por causa disso, a Polícia Militar fez o
reforço da a segurança tanto interna quanto externa do Tribunal de Júri. Do
lado de fora, um grande efetivo deve estar presente para acompanhar possíveis
manifestações e também orientar o trânsito, que deve ficar pesado ao longo do
julgamento.
O ex-deputado foi denunciado pelo
Ministério Público do Paraná (MP-PR) ainda em 2009 e, após uma série de
recursos apresentados pela defesa no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), no
Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), o
julgamento foi marcado. Pelo Ministério Público do Paraná, atuarão na acusação
os promotores de Justiça Marcelo Balzer Correia (autor da ação contra o
ex-deputado em 2009) e Paulo Markowicz de Lima.
Como é o
julgamento
O julgamento teve início após a definição
dos jurados. Entre um grupo de 25 pessoas previamente convocadas pela Justiça,
foram definidos, por sorteio, os sete que irão compor o Conselho de Sentença.
Em seguida, foram ouvidas as testemunhas: eram 12 no total, de acusação e de
defesa, mas com os pedidos indeferidos e ausências, ficaram apenas seis.
Na sequência, foi realizado interrogatório com o réu. Nesta quarta, acontecerá
o debate entre acusação e defesa – momento em que as partes sustentam
suas teses sobre o ocorrido para os jurados, os quais se reúnem após as falas
para proferir a decisão do Conselho de Sentença. Por fim, o juiz proclama a
sentença, que é lida em plenário diante do réu e de todos os presentes. A
previsão é que o julgamento termine nesta quarta.
Fonte: Bem Paraná
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