terça-feira, 31 de outubro de 2017

Prefeito participa da comemoração dos 50 anos do Sindicato Rural Patronal

Entidade reuniu lideranças do setor agropecuário no seu Jubileu de Ouro
(Foto: Profeta)
O prefeito Beto Preto prestigiou na noite da última sexta-feira (27), no Clube Ucraniano de Apucarana, a solenidade comemorativa aos 50 anos do Sindicato Rural Patronal de Apucarana. A entidade, que agrega produtores rurais de Apucarana, Califórnia, Cambira e Rio Bom, reuniu lideranças do setor agropecuário e representantes dos 3.400 agricultores que já fizeram parte do sindicato.
Atualmente, o Sindicato Rural Patronal de Apucarana é presidido por Claudomiro Rodrigues da Silva, o “Mirinho Moisés”. Segundo ele, nestas cinco décadas a entidade passou por inúmeras transformações e foi se adaptando, mas sem nunca mudar seu foco que é estar sempre ao lado dos produtores rurais. “Vamos continuar mobilizados e lutando sempre em favor da categoria, como já fizeram até aqui diversos companheiros como Ubilar Guerra Lobo, José Augusto de Barreto Manezes, Satio Kayukawa, Joani Raduy, Airton Fornaciari e Jorge Nishikawa, entre outros que já se foram”, enalteceu Mirinho.
Ao discursar no evento, que teve a participação de sindicalistas rurais de todo o norte do estado, o prefeito Beto Preto destacou o relevante papel que o Sindicato Rural e suas lideranças tiveram no desenvolvimento de Apucarana. “Tudo começou com os cafeicultores, que foram os pioneiros e precursores do desenvolvimento do município, que hoje tem 73 anos, com uma população de 133 mil habitantes, consolidando uma das mais prósperas economias do Estado”, avaliou o prefeito.
Beto Preto enalteceu principalmente a riqueza que saiu da agricultura e impulsionou o crescimento de Apucarana. “Todos reconhecemos a força do campo no desenvolvimento de Apucarana, e muito temos que agradecer aos produtores rurais”, assinalou.


Apucarana já qualificou 10 mil pessoas

Os dados foram destacados nesta segunda-feira (30) pelo prefeito Beto Preto, durante ato oficial de assinatura de mais uma contratação de cursos junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)
(Foto: Edson Denobi)
Nos últimos quatro anos e dez meses, a Prefeitura de Apucarana ofereceu dezenas de cursos profissionalizantes que beneficiaram diretamente cerca de 10 mil apucaranenses. O investimento público envolvido até o momento chega a R$1 milhão. Os dados foram destacados nesta segunda-feira (30) pelo prefeito Beto Preto, durante ato oficial de assinatura de mais uma contratação de cursos junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai). Na ocasião, a Secretaria Municipal da Assistência Social assegurou mais 10 cursos, em um total de 180 novas vagas, em áreas com grande demanda no mercado de trabalho, como a construção civil, indústria têxtil e de confecção, além do setor automotivo. O investimento é de R$101.980,00, via recursos do Índice de Gestão Descentralizada (IGD), e são oportunidades direcionadas a pessoas de baixa renda, cadastradas junto ao Programa Bolsa Família, do Governo Federal.
“A qualificação profissional é algo que não acaba nunca, mas é uma área que escolhemos priorizar desde o primeiro ano do mandato, em 2013. De lá para cá, já são 10 mil apucaranenses qualificados, em um projeto de governo que nunca antes aconteceu na cidade. Hoje Apucarana pode falar que é a cidade da qualificação profissional”, comemorou o prefeito Beto Preto.
Ao enumerar as principais parcerias que contribuíram para o alcance da marca, o prefeito citou o Sistema S. “Nestes quase cinco anos de governo, temos o Senac e o Senai caminhando lado a lado. Foram mais de 2,4 mil apucaranenses capacitados pelo Pronatec, junto ao Senac, e mais de 2 mil em cursos através do Senai, além de outras oportunidades através do Sest/Senat. Computando ainda as milhares de outras vagas em cursos oferecidos através de secretarias da prefeitura, chegamos a cerca de 10 mil pessoas capacitadas profissionalmente, em cursos de qualidade oferecidos por entidades sérias, de acordo com a necessidade do mercado de trabalho”, elencou o prefeito Beto Preto.
O ato de assinatura da parceria com o Senai aconteceu no gabinete municipal e contou com a presença de diversas autoridades. O representante da Câmara Municipal, vereador Gentil Pereira de Souza Filho, salientou o empenho da administração municipal. “Nós que estamos lá na Câmara reconhecemos. Temos um prefeito que investe pesado em melhorias para a cidade. E neste ato só tenho a parabenizar e dizer que é muito importante apoio à educação e profissionalização das pessoas. Que Deus possa abençoar e que essa política possa ter sempre continuidade”, disse.
A gerente da unidade do Sesi/Senai em Apucarana, Márcia Aparecida Kulka, falou da parceria. “Para o Sesi/Senai é uma grande satisfação fazer parte desta conquista, pois já somos um sistema que prioriza a profissionalização, seja ela de demanda de cursos gratuitos ou contratados. Só temos que agradecer a confiança do prefeito e dizer que estamos sempre à disposição para colaborar com o crescimento das pessoas e da cidade de Apucarana”, pontuou a gerente.
Os números anunciados pelo prefeito impressionaram o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana (Acia), Jayme Leonel. “A Acia também tem desenvolvido suas capacitações, mas digo que o que o prefeito nos revela agora impressiona. Os cursos contratados hoje, em especial, vão ao encontro de grande parte da necessidade de nossas empresas”, elogiou.
A contratação dos novos cursos também agradou a presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Apucarana (Sivana), Aida Assunção. “Os nossos jovens precisam de qualificação. Vejo que tudo passa pela educação, qualificação e através destas oportunidades certamente quem aproveitar vai ter espaço no mercado de trabalho”, observou. Opinião que foi confirmada pelo gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, Rodrigo Liévore. “Os cursos contratados são todos a partir de um estudo. A coisa mais angustiante é quando um jovem procura a agência e não preenche uma vaga porque não tem a qualificação exigida. As oportunidades contratadas pela prefeitura visam evitar este cenário”, concluiu.
Foco na faixa de baixa renda
Outra autoridade que falou sobre o plano de qualificação profissional em Apucarana foi a secretária Municipal da Assistência Social, Ana Paula Nazarko. “Esses cursos direcionados às famílias de baixa renda, em especial, deixam-me ainda mais contente enquanto gestora pública. São oportunidades que atingem pais e mães, a maioria de nossos alunos da rede municipal. Cursos caros, que dificilmente essas pessoas reuniriam condições de pagar, que chega agora gratuitamente. Só quem acompanha tem a real noção do quanto mudará a história delas. Cursos padronizados, de qualidade, com certificado válido em todo o Brasil. Em resumo, serão de grande importância para essas famílias”, detalhou a secretária.
As famílias que têm direito aos benefícios oferecidos pelo programa Bolsa Família, e que poderão ter acesso aos cursos, são aquelas em estado de extrema pobreza que possuem renda per capita menor que R$ 85 ou aquelas em estado de pobreza, que possuem renda per capita de R$ 85,01 a R$ 170 ao mês, e têm em sua composição gestantes e crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos.
Os cursos com inscrições abertas são: eletricista residencial básico (40 horas); programador de bordado computadorizado (80 horas); aplicador de revestimento cerâmico (40 horas); instalação de travas, vidros elétricos e alarmes automotivos (40 horas); noções de mecânica em motocicletas (80 horas); noções básicas de mecânica automotiva (40 horas); costura industrial (120 horas); serralheria em aço e carbono (80 horas); e auxiliar de pedreiro (160 horas). “Os interessados devem ser beneficiados pelo Bolsa Família.


Paraná é um dos campeões de roubo a bancos, chacinas e estupros

Anuário revela ainda que estado registra índice importante de chacinas
A cada três horas e meia, uma pessoa é vítima de morte violenta no Paraná. Em 2016, foram 2.914 ocorrências em todo o estado, segundo dados do Anuário de Segurança Pública, divulgado ontem pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Mas não é só isso. O Paraná se destaca (negativamente) também pelos casos de roubo a instituições financeiras, chacinas e estupros.
Nos casos de roubo a bancos, o estado até registrou uma queda de 9,9% nas ocorrências, que passaram de 454 em 2015 para 409 no ano passado. Ainda assim, permanece como o líder nacional na estatística, quando considerado o número absoluto. Se levado em consideração a taxa de ocorrências por 100 instituições financeiras, fica em segundo lugar, com 8,2, atrás apenas da Paraíba (11,4, com 103 roubos).
Com relação às chacinas (ou homicídios múltiplos, com mais de três vítimas), foram 12 casos em 2016, mesmo número de 2015, mas com alta no número de vítimas, que subiu de 38 para 39. O percentual de casos em relação ao total de homicídios dolosos é o maior do país, de 1%, índice igual ao do Rio de Janeiro, que registrou mais casos (41 ocorrências com 136 vítimas). O Rio Grande do Sul teve 26 casos com 90 mortes, mas o percentual é mais baixo, de 0,6%.
Um dos dados mais preocupantes, porém, é com relação à violência sexual. É que por aqui se registra, aproximadamente, um estupro a cada duas horas. Em 2016 foram 4.164 ocorrências, alta de 2% na comparação com 2015, o que deixa o Paraná em terceiro lugar no ranking nacional, atrás apenas de Rio de Janeiro (4.308) e São Paulo (10.055).
Os números são preocupantes, principalmente tendo em vista que o efetivo policial no estado está em queda. Na Polícia Civil, por exemplo, o efetivo fixado (número ideal de oficiais) é de 7.305, mas no ano passado havia apenas 4.281 oficiais na corporação (efetivo existente), com a perda de 77 agentes em relação a 2015.
Na Polícia Militar, a situação é parecida. A corporação tem um efetivo fixado de 27.948 militares (considerando o Corpo de Bombeiros), mas o efetivo existente em 2015, último ano com dados disponíveis, era de 19.433 – um déficit de 8.515 policiais. Os dados de 2016 não foram divulgados pela instituição. 
Para cada policial morto, 11 suspeitos vão parar no caixão

A violência no Paraná, porém, não se limita aos criminosos. É que a polícia do estado está entre as que mais mata no país. Em 2016, foram 267 mortes decorrentes de intervenção policial, alta de 8,5% na comparação com 2015, quando haviam sido 246 óbitos. Na grande maioria dos casos (95,5%), a Polícia Militar foi a responsável pelas mortes, com importante alta nas ocorrências fora de serviço, que saltaram de 28 para 45.
Por outro lado, o estado registrou aumento de 31,6% no número de policiais mortos em e fora de serviço. No ano passado foram 25 oficiais mortos contra 19 em 2015. As principais vítimas são os PMs, com 23 mortes (19 fora de serviço). Já entre os policiais civis, foram dois óbitos não naturais ou em confronto, ambos fora de serviço.
Com isso, então, temos que a polícia do Paraná, a quarta que mais mata no país, é também a quarta que mais morre. Segundo a Sesp, isso ocorre porque os criminosos estão cada vez mais bem armados, ao passo que a polícia tem respondido mais agilmente aos chamados.


Bem Paraná           

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Culto ecumênico marca Dia do Servidor Público em Apucarana

O momento espiritual foi celebrado pelo monsenhor Roberto Carrara e pelo pastor Othoniel Gonçalves 
(Foto: Edson Denobi)
Funcionários lotados no prédio central da Prefeitura participaram, na manhã desta segunda-feira (30), de um culto ecumênico. Realizado no salão nobre, o momento espiritual foi celebrado pelo monsenhor Roberto Carrara e pelo pastor Othoniel Gonçalves.
O culto contou ainda com a participação de convidados. Othoniel Gonçalves Junior (filho do pastor Othoniel) entoou diversas canções, o educador social, Cléverson Machado da Silva, declamou a poesia “Nada era dele” e a servidora municipal, Gleice Rodrigues, conduziu o momento do “credo dos apóstolos” e a oração de São Francisco de Assis.
Reafirmando o caráter ecumênico, o pastor Othoniel disse que a “comunhão ocorre na convergência e o amor na divergência.” Também solicitou que cada um seguisse durante a celebração a liturgia da sua denominação religiosa.
Citando trecho da Carta de São Paulo aos Efésios, o monsenhor Roberto Carrara fez uma reflexão sobre a importância do servidor público. “Somos instrumentos nas mãos de Deus. Cada um de vocês recebeu vários talentos, isto é, capacidade de trabalho, que devem ser utilizados não em benefício pessoal mas das pessoas que dependem deste serviço”, pontuou o monsenhor, exortando todos a “levarem uma vida digna da vocação que cada um recebeu”.
Durante a celebração, o vice-prefeito de Apucarana, Sebastião Ferreira Martins Junior (Junior da Femac), falou em nome do prefeito Beto Preto. “Ser servidor é muito mais que um emprego, é um serviço sagrado. Às vezes, não dimensionamos o tamanho da nossa missão. Até o final do ano, a população de Apucarana chegará a 133 mil habitantes, enquanto o número de servidores municipais é de cerca de 3 mil, ou seja, pouco mais de 2% da população”, compara, acrescentando que o prefeito tem a vontade de realizar, mas que isso é executado na prática pelos servidores públicos municipais.
O prefeito de Apucarana, Beto Preto, lembra que o Dia do Servidor é comemorado em 28 de outubro. “Desde sexta-feira, várias atividades estão sendo desenvolvidas em comemoração ao Dia do Servidor, fechando com este momento especial que é o culto ecumênico. Quero reiterar minha gratidão pela dedicação de todos em suas funções, prestando um grande trabalho junto à população nos mais diversos setores e vencendo as dificuldades diárias”, ressalta Beto Preto, prestando também homenagem aos servidores que já faleceram. “A perda do Caio Salinet foi a mais recente e que o empenho e a dedicação que ele sempre demonstrou sejam um estímulo para os demais servidores”, completa Beto Preto.


IBOPE: Lula já tem quase 60% dos votos do nordeste

Ricardo Stuckert

A pesquisa Ibope para 2018, cuja íntegra foi divulgada agora há pouco no site do instituto, revela que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou força em todos os segmentos sociais: em todas regiões, faixas de renda, níveis de escolaridade e idade; no Nordeste, que tem 26% do eleitorado brasileiro, Lula tem 57% das intenções de voto, contra 8% de Bolsonaro e apenas 1% de Alckmin; entre os brasileiros que ganham até um salário, Lula lidera com 49%, contra 5% de Bolsonaro e 5% de Alckmin; esta faixa da população representa 26% do eleitorado; já entre os brasileiros que se declaram negros ou pardos, que representa 60% dos eleitores brasileiros segundo o Ibope, Lula tem 41% das intenções de voto, contra 13% de Bolsonaro e 3% de Geraldo Alckmin; população brasileira responde ao golpe colocando Lula cada vez mais isolado na liderança
Piauí 247 – O Ibope divulgou nesta segunda-feira, 30, a íntegra da pesquisa contratada pelo jornal O Globo, que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança isolada para a campanha presidencial de 2018, com 35% de intenções de voto.
Alguns detalhes interessantes revelados pela íntegra da pesquisa mostram que Lula ganhou força em todos os segmentos sociais: em todas regiões, faixas de renda, níveis de escolaridade e idade.
Na região Nordeste, onde Lula realizou uma caravana entre os dias 17 de agosto e 5 de setembro, o líder petista detém na menos que 57% das intenções de voto, contra 8% do deputado Jair Bolsonaro e apenas 1% do governador Geraldo Alckmin (PSDB). A região Nordeste concentra 26% do total de eleitores do País.
Como lembrou o jornalista Miguel do Rosário, do Cafezinho, entre os brasileiros que ganham até um salário, Lula lidera com 49%, contra 5% de Bolsonaro e 5% de Alckmin. Esta faixa da população representa 26% do eleitorado.
Já entre os brasileiros que se declaram negros ou pardos, que representa 60% dos eleitores brasileiros segundo o Ibope, Lula tem 41% das intenções de voto, contra 13% de Bolsonaro e 3% de Geraldo Alckmin.
No geral, Lula tem 35% das intenções de voto. Nos resultados da espontânea, Lula tem 26% das intenções.



A solução virá com um estadista do povo


A senadora Gleisi Hoffmann afirma que a solução para o país virá com Luiz Inácio Lula da Silva, um estadista do povo. “Com um governo que novamente represente a grandeza desse gigante não mais adormecido, mas violentado e massacrado no seu direito de existir e de se desenvolver”, escreve.
A solução virá com um estadista do povo
As sucessivas trapalhadas, gafes internacionais, desmontes do estado, dos programas sociais e as medidas que sacrificam à exaustão a capacidade de recuperação da economia brasileira e o bolso da população, promovidas pelo governo que está aí, trazem para o cenário de 2018 uma certeza: precisamos recuperar com urgência, internamente e lá fora, a confiança no Brasil. Não com discursos demagógicos, bizarros, moralistas, simplistas e irresponsáveis, mas com a seriedade que só a postura e os compromissos de um verdadeiro estadista do povo podem assegurar. E o presidente Lula, em seu governo, já demonstrou ser possível fazer.
Se as eleições presidenciais fossem hoje, de acordo com a mais recente sondagem do Ibope, Lula alcançaria 35% das intenções de voto na consulta estimulada, contra o segundo colocado nessa disputa, que teria apenas 13%. Mais uma vez os institutos de pesquisa confirmam o que as imagens da caravana de Lula Pelo Brasil, nas edições do Nordeste e de Minas Gerais, retratam, ou seja, sua popularidade e o apelo do povo por uma condução responsável, sensível às necessidades da população e séria na condução dos rumos do País. Quase como um grito de socorro.
Lula fez dois governos com responsabilidade na área fiscal e com superávit todos os anos. Mas priorizou a área social, a educação, a saúde, a assistência. Conciliou desenvolvimento e inclusão social. Valorizou o salário mínimo e aumentou muito os investimentos em infraestrutura. Por isso, tirou o Brasil do mapa da fome, para onde vergonhosamente estamos de volta.
A farsa da tal da política de austeridade e o disparate do teto de gastos alardeados pelo golpe não colam mais. Quanto se gastou para rejeitar as denúncias contra Temer e de onde saiu esse dinheiro? As pessoas questionam, mas as autoridades e boa parte da imprensa se calam.
Os setores empresariais, em especial aqueles que acreditaram que as reformas propostas seriam a tábua de salvação na crise e que promoveriam uma política fiscal que lhes favorecesse, inclusive anulando direitos sociais constitucionais, também já desencantaram. Esse teto de gastos foi pensado para ser cumprido com uma reforma previdenciária que massacrasse o povo pobre, mas que não mexesse um centímetro nos tantos privilégios que existem.
Nas andanças por Minas, Lula disse que quer mudar isso. Não tem como manter esse teto de gastos assim, sem parar todos os programas sociais, como Temer está fazendo; sem minguar o orçamento das universidades, a ponto delas fecharem as portas em um curtíssimo prazo; sem deixar de financiar a ciência e a tecnologia e sem deixar de investir em setores estratégicos do desenvolvimento e da soberania nacional. Se continuar dessa forma, o teto de gastos se transformará na extrema-unção da qualidade de vida do povo brasileiro. Um povo fadado ao desengano com relação ao seu futuro.
Não é a crueldade das medidas de reforma previdenciária, penalizando os pobres, as mulheres e as categorias diferenciadas pela natureza do trabalho pesado que exercem, a solução para os problemas do País. Muito pelo contrário. É possível fazer diferente, de forma equilibrada, justa e de modo a promover inclusão social, em vez dos privilégios. Tão pouco reduzindo o estado a fantoche de interesses externos. Não mesmo!
A quem serve o governo ilegítimo de Michel Temer, afinal? Ao mercado financeiro, aos ruralistas, grandes empresários, ao capital estrangeiro, especificamente os interesses norte-americanos, e a 300 parlamentares subordinados a esses mesmos comandos e de olho apenas nas vantagens individuais e imediatistas que puderem obter.
Digo e repito: precisamos urgentemente resgatar a confiança na seriedade e na responsabilidade do Brasil com sua economia e com sua gente. E a solução virá com um estadista do povo. Com um governo que novamente represente a grandeza desse gigante não mais adormecido, mas violentado e massacrado no seu direito de existir e de se desenvolver.
*Gleisi Hoffmann é senadora da República e presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT).


Como a Bolívia se tornou o país que mais cresce na América do Sul

A Bolívia está há mais de uma década crescendo a uma média anual de 5% – muito superior à dos Estados Unidos e à dos países sul-americanos.
Bolívia cresce uma média de 5% há mais de cinco anos (Foto: Getty Imagens) 

Apesar da crise no preço das commodities, o governo boliviano conseguiu manter o ritmo e foi cuidadoso para não desperdiçar o dinheiro que entrou após a nacionalização do gás e do petróleo em 2006.
O país tem crescido muito graças às exportações de gás natural que vende ao Brasil e à Argentina, o que gera o risco de ancorar seu crescimento a esse recurso. E, embora tenha feito esforços para diversificar a economia (com a venda de diesel, estanho e soja), permanece a pergunta de quanto tempo vai conseguir sustentar seu modelo de desenvolvimento.
Apesar disso, o crescimento ocorrido nos governos do presidente Evo Morales, que está no poder há mais de 10 anos, tem sido chamado de "milagre econômico boliviano".
Analistas do FMI, economistas bolivianos e até a oposição concordam que a política econômica de Evo, é eficaz (Foto: Getty Imagens) 

No ano passado, a Bolívia cresceu 4,3%, sendo seguida por Paraguai (4,1%) e Peru (4%). A lista segue com Colômbia (2%), Chile (1,6%) e Uruguai (1,5%).
O desempenho foi bastante alto se comparado ao dos Estados Unidos, que cresceu apenas 1,5%, e com a América Latina, que teve uma retração de 0,9%. O Brasil teve retração de 3,6% em 2016.
No campo político, a gestão de Evo tem sido elogiada por suas reformas inclusivas, mas duramente criticada por suas supostas tendências autoritárias, casos de corrupção e o nascimento de uma chamada "burguesia aymara" – em referência ao povo indígena do qual Evo faz parte.
Embora haja posições distintas em relação à atuação política do governo Morales, sobre a condução da economia os especialistas nacionais e internacionais convergem.
Segundo eles, estes são os três pilares do sucesso econômico da Bolívia:

1. Gás e petróleo

Em 2006, quando Evo Morales decretou a nacionalização dos hidrocarbonetos (como gás e petróleo), a economia boliviana entrou em uma nova era.
Essa fase incluiu, em alguns casos, a transferência de empresas privadas para as mãos do Estado e, em outros, a renegociação de contratos com empresas estrangeiras que continuaram operando no país.
Uma dezena de multinacionais assinaram novos contratos com a estatal YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos), concordando em pagar uma taxa de entre 50% e 85% sobre o valor da produção, entre outras coisas.
Em 2006 o governo renegociou os contratos de petróleo e gás com as empresas estrangeiras
(Foto: Getty Imagens)

"O governo aumentou consideravelmente as receitas do Estado", diz o economista Luis Pablo Cuba, professor convidado da Universidade Mayor de San Simón.
"A nacionalização e o imposto direto cobrado sobre os hidrocarbonetos foram alguns dos principais elementos que explicam o alto crescimento econômico", afirma.
A alta nas receitas foi acompanhada de fortes investimentos públicos e de um modelo de desenvolvimento produtivo baseado na demanda interna.

2. Investimento planejado

"Nos últimos 14 anos, o crescimento econômico foi impulsionado principalmente pela explosão dos preços das matérias-primas, pelo aumento de impostos, pelos significativos investimentos públicos e pelo alto gasto em políticas sociais", disse um porta-voz do Fundo Monetário Internacional (FMI) à BBC Mundo.
"Durante a explosão das commodities, a pobreza diminuiu e o governo sabiamente guardou uma parte dos recursos, construindo uma grande reserva financeira'", afirma.
O gás natural é a principal fonte de receitas da Bolívia: governo mantém contratos de longo prazo com cotação fixa (Foto: Getty Imagens)

Essa poupança passou de US$ 700 milhões para US$ 20 bilhões, o que permitiu ao governo absorver o impacto da queda nos preços a partir de 2014.
A liderança da Bolívia no crescimento na América do Sul deve ser mantida neste ano e no próximo, segundo as projeções do FMI.
O FMI prevê que o país deverá crescer 4,2% neste ano e 4% no próximo
(Foto: Getty Imagens)

Uma análise da economista Nicole Laframboise, publicada no blog do órgão, sugere que outro fator importante foi a queda no uso de dólares (que costumava ser usado em vez da moeda local) há cerca de dez anos.
"Isso ajudou a melhorar a efetividade da política monetária, contribuiu para a estabilidade do setor financeiro e permitiu que mais bolivianos tivessem acesso a crédito e a serviços financeiros", disse a economista.

3. Estabilidade

Tanto economistas do FMI quanto analistas locais concordam que a estabilidade social contribuiu para o crescimento econômico.
Entre 2001 e 2005, a Bolívia teve cinco presidentes e um clima de alta polarização e conflito. O início do mandato de Evo também teve momentos complicados, como o processo constituinte e a oposição política se entrincheirando nas regiões ricas do país.
Mas o radicalismo dos primeiros anos foi diminuindo.
Evo Morales está no poder na Bolívia há mais de dez anos; críticos falam em aumento da corrupção, mas admitem estabilidade (Foto: Getty Imagens)

A isso se somam indicadores de inclusão social que favorecem a estabilidade. A pobreza diminuiu consideravelmente. Em 2004, 63% da população era pobre. Em 2015, esse índice passou a 39%.
A distribuição de renda também melhorou nesse período, de acordo com dados do FMI. A Bolívia passou de país mais desigual da América do Sul a uma posição média no continente.
Esses sucessos beneficiaram a imagem internacional de um país governado por um partido composto por organizações sindicais e centrais agrárias indígenas e camponesas – e que negociaram com o governo um acordo para evitar uma crise.
O percentual de pobres no país, passou de 63% em 2004 a 39% em 2015 (Getty Imagens)

Adversários políticos do governo criticam o fato de alguns grupos foram excessivamente favorecidos pela entrada de dinheiro e que o crescimento, apesar de trazer benefícios, trouxe também a corrupção de políticos da situação.
Mesmo assim, a oposição reconhece que Evo tem tido uma política econômica segura e pragmática apesar do seu discurso radical - que inclui, por exemplo, a venda de gás através de contratos de longo prazo com cotação fixa, o controle da inflação e a manutenção das reservas fiscais.
Fonte: BBC Brasil


domingo, 29 de outubro de 2017

Requião: Agora vocês já sabem o porquê do golpe? Era para entregar o petróleo


Um dos maiores defensores da soberania nacional, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) resumiu de maneira simples e direta o objetivo principal que levou o Congresso Nacional a aprovar um impeachment sem comprovação de crime de responsabilidade contra uma presidente honesta e legítima, e colocar em seu lugar um político acusado de chefiar uma quadrilha; "Agora vcs já sabem o porque do golpe? Era para entregar o petróleo", afirmou o senador
Paraná 247 - Um dos maiores defensores da soberania nacional, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) resumiu de maneira simples e direta o objetivo principal que levou o Congresso Nacional a aprovar um impeachment sem comprovação de crime de responsabilidade contra uma presidente honesta e legítima, e colocar em seu lugar um político acusado de chefiar uma quadrilha.
"Agora vcs já sabem o porque do golpe? Era para entregar o petróleo", afirmou o senador. 
Requião protestou contra o leilão de campos do pré-sal pelo governo de Pedro Parente, e afirmou que o procedimento foi irregular. A defesa do senador denuncia que a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que cassou a liminar concedida por um juiz de Manaus, que suspendia o leilão do pré-sal realizado pelo governo federal nesta sexta-feira 27, não está protocolada. A inexistência de número impede que a defesa entre com recurso, ferindo o devido processo legal, argumenta o advogado Rubens Rodrigues Francisco (leia mais).


IBOPE: Lula vai a 35% e vence todos adversários

Ricardo Stuckert

Uma nova pesquisa presidencial feita pelo Ibope confirma: se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria novamente eleito presidente da República; em qualquer cenário apresentado ao eleitor, Lula fica com o mínimo de 35% e o máximo de 36% das intenções de voto; o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparece em segundo lugar, com 15%, enquanto Marina Silva, da Rede, tem 11%, em terceiro lugar; tanto os candidatos tucanos Geraldo Alckmin e João Doria, assim como o apresentador Luciano Huck, nome de laboratório que vem sendo preparado pela Globo, têm percentuais ao redor de 5%; sem Lula, quem mais se beneficia é Ciro Gomes, que vai a 11%
247 – Uma nova pesquisa presidencial feita pelo Ibope confirma: se as eleições fossem hoje, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria novamente eleito presidente da República.
Em qualquer cenário apresentado ao eleitor, Lula fica com o mínimo de 35% e o máximo de 36% das intenções de voto. O o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparece em segundo lugar, com 15%, enquanto Marina Silva, da Rede, tem 11%.
Em terceiro lugar; tanto os candidatos tucanos Geraldo Alckmin e João Doria, assim como o apresentador Luciano Huck, nome de laboratório que vem sendo preparado pela Globo, têm percentuais ao redor de 5%. Sem Lula, quem mais se beneficia é Ciro Gomes, que vai a 11%.
Lula e Jair Bolsonaro iriam para o segundo turno se as eleições presidenciais fossem hoje. É o que mostra a primeira pesquisa feita pelo Ibope para medir o pulso da corrida presidencial de 2018.
Em qualquer cenário apresentado ao eleitor, Lula fica com o mínimo de 35% e o máximo de 36% das intenções de voto. Bolsonaro aparece com 15% quando enfrenta Lula. E cresce para 18% se o ex-presidente for substituído por Fernando Haddad (neste caso, está empatado com Marina Silva).
A pesquisa foi feita entre os dias 18 e 22, com 2.002 pessoas em todos os estados brasileiros, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Marina Silva é a terceira colocada em qualquer cenário com Lula, com índices entre 8% e 11%, dependendo dos adversários. Se Lula ficar de fora, Marina lidera, empatada com Bolsonaro.
Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e João Doria surgem embolados num pelotão abaixo, com percentuais entre os 5% e 7%. Ciro sobe até os 11% quando Lula é substituído por Haddad (que tem a preferência de 2%).
Quando o Ibope não apresenta ao entrevistado uma cartela com os nomes, ou seja, a citação sobre o candidato é espontânea, Lula aparece com 26% das intenções de voto (no Nordeste tem 42%) e Bolsonaro com 9%.
O pelotão seguinte fica muito distante entre 2% (Marina) e 1% (Ciro, Alckmin, Dilma, Temer, Doria).

PS: o nome de Luciano Huck foi testado. Ele aparece com 5%, empatado com Doria e Alckmin, na disputa com Lula. Sem Lula, vai a 8%, também junto com os colegas tucanos

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Fifa reconhece títulos mundiais de Santos, Flamengo, Grêmio e São Paulo

Nota da Gazeta Esportiva Ilustrada em 1963, com Santos campeão mundial (Foto: Acervo/Gazeta Press)

Nesta sexta-feira, os times que se sagraram campeões da Copa Intercontinental, disputada somente por clubes europeus e sul-americanos entre 1960 e 2004, foram reconhecidos pela Fifa como campeões mundiais. Em reunião de conselho ocorrida em Calcutá, na Índia, a entidade optou por considerar os títulos como equivalentes ao Mundial Interclubes realizado ao fim de cada ano, torneio que coloca frente a frente todos os campeões continentais.
Antes, a Fifa considerava apenas os títulos conquistados a partir de 2000 como mundiais. Desta forma, quatro times brasileiros tiveram suas conquistas finalmente reconhecidas. São eles: Santos (1962 e 1963); Flamengo (1981); Grêmio (1983) e São Paulo (1992 e 1993). A Copa Rio, vencida por Palmeiras, em 1951, e Fluminense, em 1952, não foi discutida na reunião e, portanto, continua sem o reconhecimento de título mundial.
“Na nova Conmebol, fixamos com um dos eixos da mudança fazer justiça pelo futebol sul-americano, inclusive indo além do judicial. Hoje, vemos refletidos nossos esforços em um justo reconhecimento que a Fifa faz aos clubes sul-americanos e europeus que ganharam a Copa Intercontinental e foram tradicionalmente considerados campeões do mundo”, apontou o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez.
Confira todos os times vencedores da antiga Copa Intercontinental, agora reconhecida como Mundial:
1960 – Real Madrid-ESP

1961 – Peñarol-URU
1962 – Santos-BRA
1963 – Santos-BRA
1964 – Internazionale de Milão-ITA
1965 – Internazionale de Milão-ITA
1966 – Peñarol-URU
1967 – Racing-ARG
1968 – Estudiantes-ARG
1969 – Milan-ITA
1970 – Feyenoord-HOL
1971 – Nacional-URU
1972 – Ajax-HOL
1973 – Independiente-ARG
1974 – Atlético de Madri-ESP
1976 – Bayern de Munique-ALE
1977 – Boca Juniors-ARG
1979 – Olimpia-PAR
1980 – Nacional-URU
1981 – Flamengo
1982 – Peñarol-URU
1983 – Grêmio
1984 – Independiente-ARG
1985 – Juventus-ITA
1986 – River Plate-ARG
1987 – Porto-POR
1988 – Nacional-URU
1989 – Milan-ITA
1990 – Milan-ITA
1991 – Estrela Vermelha-SRV
1992 – São Paulo
1993 – São Paulo
1994 – Vélez Sarsfield-ARG
1995 – Ajax-HOL
1996 – Juventus-ITA
1997 – Borussia Dortmund-ALE
1998 – Real Madrid-ESP
1999 – Manchester United-ING
2000 – Boca Juniors-ARG
2001 – Bayern de Munique-ALE
2002 – Real Madrid-ESP
2003 – Boca Juniors-ARG
2004 – Porto-POR



Câmara de Apucarana é alvo do Ministério Público por suspeita de adulteração de projeto do Executivo

Inquérito civil instaurado pelo promotor Eduardo Cabrini, no dia 19 e outubro busca apurar possível adulteração/falsificação do Projeto de Lei nº 86/2017 do Executivo, durante sua tramitação na Câmara Municipal.
Vereadores foram intimados para prestar esclarecimentos no próximo dia 06 de novembro no MP.

O Ministério Público do Estado do Paraná (MP), por meio do promotor de justiça Eduardo Augusto Cabrini, instaurou inquérito civil através da Portaria nº MPPR-0007.17.0001300-2 do dia 19 de outubro, para apurar possíveis irregularidades envolvendo o Projeto de Lei nº 86/2017, por suspeita de adulteração/falsificação durante a sua tramitação na Câmara de Vereadores. No próximo dia 06 de novembro os vereadores foram intimados para prestar esclarecimentos no MP.
A proposta, aprovada, por unanimidade dos vereadores em duas sessões extraordinárias realizadas nos dias 21 e 22 de agosto, acabou sendo retirada de pauta pelo Executivo, durante a terceira sessão, realizada no dia seguinte, após o vereador Rodolfo Mota (PSD) questionar divergências nos autógrafos, entre o original e o apresentado para assinatura dos vereadores.
Logo após a identificação da irregularidade, a sessão ficou paralisada por mais de meia hora e só foi reiniciada quando chegou a notícia da retirada de pauta pelo Executivo. (Veja aqui o vídeo da transmissão da sessãoà partir do minuto 8:45, no momento que o vereador Rodolfo Mota questiona adivergência dos autógrafos e pede a suspensão da sessão por cinco minutos atéque o caso seja esclarecido).
Durante a paralisação foi possível perceber o descontentamento do vereador com a situação. O caso foi levado até a primeira secretaria da mesa, na presença do vereador Luciano Molina e do oficial técnico legislativo José Carlos Sabino. Setores da imprensa local presenciaram a polêmica. O áudio da transmissão da sessão foi interrompido.
O projeto de lei que gerou a polêmica, trata de autorização ao Executivo para conceder permissão à empresa Wanderley Carlota Calçados – ME escriturar e registrar imóvel sem restrições.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Maioria da bancada do Paraná vota para livrar Temer de investigação

Aliel Machado (Rede) votou contra Michel Temer
Como já se esperava, a maioria da bancada federal do Paraná votou contra a denúncia da Procuradoria Geral da República que acusa o presidente Michel Temer (PMDB) e os principais ministros de seu governo de obstrução da justiça e organização criminosa. Desta vez, o placar foi ainda mais favorável a Temer em relação a votação da primeira denúncia, em agosto. Hoje, 18 parlamentares paranaenses votaram pelo arquivamento do processo contra o peemedebista, contra 16 na primeira votação. Já os que votaram pelo prosseguimento da investigação foram doze deputados, um a mais do que na primeira denúncia.
A diferença é explicada porque três deputados que não haviam aparecido para votar na primeira vez, dessa vez deram as caras: o ex-ministro da Justiça, Osmar Serraglio (PMDB) e Reinhold Stephanes (PSD) que ontem votaram pelo arquivamento do processo, e Luciano Ducci (PSB), que votou a favor do prosseguimento da investigação.
Veja abaixo como votou cada parlamentar do Estado:
SIM – Pelo arquivamento da denúncia contra Temer:
Alex Canziani (PTB)
Alfredo Kaefer (PSL)
Dilceu Sperafico (PP)
Edmar Arruda (PSD)
Evandro Roman (PSD)
Fernando Giacobo (PR)
Hermes Parcianello (PMDB)
João Arruda (PMDB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Luiz Nishimori (PR)
Nelson Meurer (PP)
Nelson Padovani (PSDB)
Osmar Bertoldi (DEM)
Osmar Serraglio (PMDB)
Reinhold Stephanes (PSD)
Sergio Souza (PMDB)
Hidekazu Takayama (PSC)
Toninho Wandscheer (Pros)
NÃO – Pelo prosseguimento da denúncia:

Aliel Machado (Rede)
Assis do Couto (PDT)
Christiane Yared (PR)
Diego Garcia (PHS)
Enio Verri (PT)
Fernando Francischini (SD)
Leandre (PV)
Leopoldo Meyer (PSB)
Luciano Ducci (PSB)
Rubens Bueno (PPS)
Sandro Alex (PSD)
Zeca Dirceu (PT)

Golpe vence mais uma e Temer escapa da denúncia


Rejeitado por mais de 90% dos brasileiros, Michel Temer conseguiu na noite desta quarta-feira, 25, escapar mais uma vez da Justiça depois de gastar R$ 32 bilhões na compra de deputados; peemedebista conseguiu 251 votos favoráveis ao parecer do deputado Bonifácio de Andrada, que rejeitava a denúncia de obstrução de Justiça e organização criminosa; 233 deputados votaram a favor das investigações e houve duas abstenções; ao todo, foram 486 votantes e 25 ausentes
Agência Brasil - Pouco mais de um mês após chegar à Câmara, os deputados rejeitaram na noite de hoje (25) o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o presidente da República, Michel Temer, e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral). Foram 251 votos contrários à autorização para investigação, 233 votos favoráveis e duas abstenções. Com isso, caberá ao presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, comunicar agora à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmén Lúcia, a decisão da Casa. Foram 486 votantes e 25 ausentes.
O parecer votado hoje foi apresentado pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomendou a inadmissibilidade da autorização da Câmara para que STF iniciasse as investigações contra o presidente e os ministros. O parecer já tinha sido aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 39 votos a 26, além de uma abstenção.
Disputa pelo quórum
Durante os últimos dias, a oposição, ciente que não teria os 342 votos necessários para autorizar as investigações, trabalhou intensamente para impedir que os deputados comparecessem à sessão. Isso porque o regimento interno da Casa estabelece que a votação só poderia ser iniciada com a presença mínima de dois terços dos deputados em plenário. Com isso, os oposicionistas pretendiam adiar a votação e, assim, prolongar o desgaste do governo. Os partidos de oposição chegaram a fechar acordo para que poucos deputados usassem a palavra e com isso não se alcançasse o quórum necessário para iniciar a sessão.
Reagindo à tática da oposição, a base aliada e o próprio presidente da República passaram a acionar deputados da base, mesmo os que votariam contra o governo, para marcarem presença na sessão. Os governistas estavam confiantes de que alcançariam o número mínimo de presentes e também os 172 votos necessários para impedir o início da investigação.
Início da sessão
A sessão destinada à apreciação do parecer de Andrada teve início por volta das 9h, quando falaram o relator e os advogados de defesa dos três acusados. Em seguida, menos de 20 oposicionistas fizeram o uso da palavra defendendo a rejeição do relatório e, com isso, o debate foi dominado pelos aliados do governo.
Na primeira sessão do dia da Câmara, apenas 332 deputados marcaram presença, número insuficiente para iniciar a votação. A oposição comemorou o feito no Salão Verde, estampando faixas e cartazes pedindo a saída de Temer. O líder da minoria, deputado Jose Guimarães (PT-CE), parabenizou os colegas da oposição que não registraram presença no plenário.
"Nós tivemos uma vitória espetacular. O PT, PDT, Psol, PCdoB, Rede, Avante, PHS, PPS, Rede, vários partidos que mesmo com uma ou outra divergência nós conquistamos uma vitória extraordinária contra o governo. Nós seguramos, tiramos leite de pedra. Foram 191 deputados que não marcaram presença", disse.
Enquanto a oposição comemorava, chegou ao plenário a notícia da internação do presidente Michel Temer. Com isso, os opositores ao governo insistiram, sem sucesso, no cancelamento da sessão. Apesar dos apelos, a sessão prosseguiu após as 14h, com o quórum aumentando lentamente.
Mesmo sob tensão, as lideranças do governo tentavam amenizar o clima e acalmar os aliados mostrando que o presidente passava bem e que era apenas uma pequena complicação urológica. O deputado Beto Mansur (PRB-SP), um dos principais articuladores do governo, reiterou que a situação estava sob controle e que a votação seria tranquila com vitória folgada do Planalto.
No meio da segunda sessão, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ameaçou encerrar os trabalhos com o argumento de que não haveria deputados suficientes na Casa para iniciar a votação hoje. "Esse debate só desgasta a Casa. Eu vou esperar mais um tempo e vou encerrar. Estou aqui desde 9h colaborando para que essa votação ocorra hoje", afirmou. Poucos minutos depois, deputados de partidos da base aliada do governo que ainda não haviam registrado presença compareceram ao plenário e o quórum de 342 deputados foi alcançado.
"Atrasar essa votação é atrasar o Brasil", disse o líder do governo, Agnaldo Ribeiro (PP-PB), ao apelar para que o quórum fosse atingido. Logo que chegou-se ao mínimo de 342 deputados, os oposicionistas marcaram presença e fizeram uso da palavra para pedir o afastamento do presidente Michel Temer. Compareceram à Câmara nesta quarta-feira 487 dos 513 deputados.
A denúncia
No dia 14 de setembro, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot apresentou ao STF a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Em junho, Janot já havia denunciado o presidente pelo crime de corrupção passiva. Desta vez, Temer foi acusado de liderar uma organização criminosa desde maio de 2016 até 2017. De acordo com a denúncia, o presidente e outros membros do PMDB teriam praticado ações ilícitas em troca de propina, por meio da utilização de diversos órgãos públicos. Além de Temer, foram acusados de participar da organização os integrantes do chamado "PMDB da Câmara": Eduardo Cunha, Henrique Alves, Geddel Vieira Lima, Rodrigo Rocha Loures, Eliseu Padilha e Moreira Franco. Todos os denunciados negam as acusações.
Com o resultado de hoje, o processo fica parado enquanto Michel Temer estiver no exercício do mandato de presidente da República, ou seja, até 31 de dezembro de 2018.