Em curso de capacitação, prefeito Beto Preto propôs que o Programa Terra
Forte seja estendido para todo o Vale do Ivaí
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(Foto:André Veronez) |
Se depender do
entusiasmo de técnicos da Emater e dirigentes do “Território do Vale do Ivaí”,
em breve a fruticultura irá se consolidar como uma nova e rentável alternativa
de renda para pequenos produtores na região. Prefeitos da região, como o de
Mauá da Serra, Hermes Wicthoff, e o de Apucarana, Beto Preto, manifestaram
total apoio à proposta.
Ontem, no início do curso de Qualificação
Profissional para o desenvolvimento da Fruticultura no “Território do Vale do
Ivaí”, o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi), Beto
Preto, propôs a extensão do Programa Terra Forte para toda a região.
“Com mão de obra qualificada para orientar
os produtores e com as prefeituras garantindo incentivos para o início de um
programa de fruticultura, é plenamente possível consolidar essa nova atividade
na região”, avaliou Beto Preto. Segundo ele, em Apucarana, com o “Terra Forte”,
mais de duzentos agricultores já aderiram à fruticultura e estão produzindo dez
tipos de frutas e, ao mesmo tempo, enriquecendo a merenda escolar.
A qualificação de cerca de cinqüenta
profissionais de prefeituras e da Emater, teve o primeiro módulo iniciado ontem
e que deve ser concluído hoje, em evento realizado no centro de eventos do
Restaurante e Hotel Holandesa, em Mauá da Serra.
A capacitação está sendo ofertada mediante
parceria firmada entre o Território do Vale do Ivaí, Instituto Emater;
Instituto Federal do Paraná (IFPR), Campus de Ivaiporã; Universidade Federal do
Paraná (UFPR, Campus de Jandaia do Sul; e Universidade Estadual do Paraná
(Unespar), Campus de Apucarana.
O conteúdo da capacitação inclui temas
como “Fruticultura como negócio”, multidimensões da sustentabilidade, políticas
públicas de apoio e incentivo à produção com ênfase na fruticultura, aspectos
técnicos e legais da utilização de agrotóxicos na fruticultura, manejo
ecológico do solo, conservação do solo e organização dos produtores e da produção.
“Região
pode criar centro tecnológico”, diz Bezerra
O chefe do Núcleo Regional da Seab, Mário
Bezerra, também se mostrou empolgado com a fruticultura. “Podemos viabilizar um
centro tecnológico de fruticultura no Vale do Ivaí. Conheci o circuito das frutas
em São Paulo e acredito que isso pode ser feito. Falta apenas vontade política,
por que o resto nós temos aqui”, avaliou Bezerra.
Beto Preto disse aos técnicos das
prefeituras e da Emater que Apucarana, em apenas três anos se tornou referência
em fruticultura no Estado. “Investimos cerca de R$ 1 milhão na distribuição de
insumos e mudas de qualidade e hoje já temos 212 pequenos agricultores
produzindo dez tipos de frutas”, revelou o prefeito. Ele informou que a
contrapartida dos agricultores – pelos insumos e mudas recebidos – já rendeu 52
toneladas de frutas para a merenda escolar municipal que, ainda neste ano vai
receber mais 73 toneladas de frutas.
Cristovan Ripol, gerente regional da
Emater em Apucarana, lembrou que no Vale do Ivaí já existe o cultivo de banana
em Novo Itacolomi, Maracujá em Corumbataí do Sul, Goiaba em Lidianópolis e Uva
em rosário do Ivaí. “Agora temos Apucarana se consolidando como referência em
fruticultura no Estado, portanto acreditamos que essa alternativa pode,
efetivamente, crescer na região e aumentar o valor bruto da produção”, avalia
Ripol.
Élcio Rampazzo, da Emater/Londrina, disse
que o cultivo de morango no sistema suspenso (estufas) também vem crescendo
vigorosamente na região. “Com o cultivo de um hectare é possível garantir um
faturamento bruto de R$ 800 mil/ano”, revelou.
O próximo módulo da qualificação
profissional em fruticultura, no Território do Vale do Ivaí, deve acontecer na
segunda quinzena de setembro, em local a ser definido.