quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Após título simbólico, Corinthians tenta manter o foco contra o Galo

Campeão do primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o invicto Corinthians mantém a sua luta contra a desconcentração a duas rodadas do início do returno. O próximo desafio do líder será contra o Atlético-MG, a partir das 21 horas (de Brasília) desta quarta-feira, no Mineirão.
“O nosso time tem que continuar com a mesma concentração de antes de conquistar o primeiro turno. Não mudou nada. Não vamos deixar de seguir a linha de trabalho do Carille”, comentou o goleiro Cássio, referindo-se ao estilo comedido do seu treinador, que sempre ressalta o planejamento “jogo a jogo” do Corinthians.
Fábio Carille tem precisado lidar com uma série de baixas ultimamente. Um dos novos problemas é o meia Marquinhos Gabriel, que lesionou a coxa esquerda no empate por 1 a 1 com o Flamengo, no domingo, e cederá lugar a Camacho ou ao contestado Giovanni Augusto. Na outra ponta, o armador Clayson seguirá como substituto do atacante Romero, ainda com a coxa direita contundida.
A presença de Giovanni Augusto em campo depende da recuperação do volante Maycon, que, assim como o amigo Guilherme Arana, acusou desgaste físico. Se ele não puder atuar, Camacho será o segundo volante, abrindo espaço para o concorrente na armação. Por sua vez, Moisés permanece credenciado como reserva imediato da lateral esquerda.
Carille, no entanto, não gosta de supervalorizar os desfalques. Quando perdeu também o zagueiro Pablo e o meia Jadson, referências do Corinthians, o técnico não lamentou e transmitiu confiança aos seus reservas. Ele acredita que a postura foi determinante para o seu time já ter 41 pontos na tabela de classificação – oito de vantagem para o Grêmio, que visitará o lanterna Atlético-GO.
Já o Galo vem de uma vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba, no domingo, e vê no confronto com o Corinthians uma boa oportunidade para resgatar de vez a segurança perdida com o acúmulo de tropeços na temporada. O time mineiro soma 23 pontos e amarga o meio da tabela.
Para brecar o Corinthians, o técnico Rogério Micale não confirmou se escalará o meio-campista Elias, ex-corintiano, ou manterá o trio de volantes que utilizou diante do Coxa. Adilson não agradou, enquanto Gustavo Blanco deixou o gramado elogiado. No ataque, Robinho aparece como opção para a vaga que foi de Pablo.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG X CORINTHIANS
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 2 de agosto de 2017, quarta-feira
Horário: 21 horas (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa-RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS)
ATLÉTICO-MG: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva e Fábio Santos; Rafael Carioca, Elias (Adilson), Rafael Blanco e Cazares; Robinho (Pablo) e Rafael Moura
Técnico: Rogério Micale
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pedro Henrique e Moisés (Guilherme Arana); Gabriel, Camacho (Maycon), Giovanni Augusto (Camacho), Rodriguinho e Clayson; Jô
Técnico: Fábio Carille

Gazeta Esportiva

Antes de poupar, Bota e Palmeiras testam titulares mirando a Liberta

Uma semana antes dos confrontos decisivos pela volta das oitavas de final da Copa Libertadores, Botafogo e Palmeiras se enfrentam nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Estádio Nilton Santos, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida deverá marcar o último teste dos titulares de ambos os times, que deverão atuar com reservas na rodada do final de semana.
O Glorioso, que precisa se recuperar da derrota de virada para o São Paulo, tem 24 pontos e mira o G6, onde se encontra o Verdão, quarto colocado com 29 pontos após bater o Avaí em casa. Jair Ventura, técnico do Botafogo, destacou a necessidade de sua equipe manter a concentração durante os noventa minutos contra o Palmeiras.
“Pecamos por conta de um apagão diante do São Paulo e não podemos permitir que isso se repita na partida contra o Palmeiras, que vai exigir ainda mais da nossa equipe. Será um grande jogo, mas só temos chances de vencer se mantivermos o poder de concentração durante os noventa minutos”, disse Jair.
O volante Bruno Silva, que cumpriu suspensão diante do São Paulo, deve reaparecer provavelmente na vaga de Marcos Vinícius, que marcou dois gols no fim de semana. Outra posição concorrida, o gol, deve ficar com o paraguaio Gatito Fernández, pois Jefferson ainda não se recuperou de um edema na perna esquerda que o tirou do jogo contra o São Paulo. Outro destaque é o meia chileno Leonardo Valencia, que teve a sua documentação regularizada e fica como opção no banco.
“Temos que pressionar o Palmeiras porque vamos jogar em nossa casa e se espera de nossa equipe tomar a iniciativa do confronto. Temos que repetir o que fizemos contra o Atlético Mineiro na Copa do Brasil (triunfo por 3 a 0): atacar sem permitir que o adversário possa nos surpreender”, disse o lateral-esquerdo Víctor Luís.
Do lado alviverde, Cuca e os jogadores do Palmeiras tentam esquecer a polêmica envolvendo o volante Felipe Melo. Os atletas terão a oportunidade de se garantir no grupo que viajará rumo a Atibaia para a preparação da Libertadores.
“Viemos de uma vitória sobre o Sport, empate com o Flamengo e vitória sobre o Vitória, no Brasileiro. Se vencermos Botafogo e Atlético-PR acabamos o turno com 35 pontos, um a menos do que no ano passado. As coisas passam a ter outra direção e uma pressão menor”, disse o treinador.
Para o confronto, o zagueiro Yerry Mina, com uma inflamação no glúteo, e o meia Alejandro Guerra, com dores no adutor da coxa direita, estão fora. Na zaga, o substituto do colombiano será Edu Dracena, mas no meio-campo, a dúvida por quem irá atuar na vaga do venezuelano fica entre Zé Roberto, Tchê Tchê e Keno. No último caso, Dudu seria deslocado para o meia como armador da equipe.
“Lógico que depois de uma eliminação (na Copa do Brasil, contra o Cruzeiro), mesmo não perdendo, não podemos nos deixar abalar o trabalho. Os jogadores são experientes e sabem que o futebol é dessa forma, dinâmico. Não pode ficar lamentando uma desclassificação. É seguir nosso caminho para conseguir nosso objetivo que é a Libertadores”, disse o zagueiro Edu Dracena.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO X PALMEIRAS
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 2 de agosto de 2017 (Quarta-feira)
Horário: 21h45(de Brasília)
Árbitro: Rafael Traci (PR)
Assistentes: Ivan Carlos Bohn (PR) e Luciano Roggenbaum (RJ)
BOTAFOGO: Gatito Fernández; Luis Ricardo, Joel Carli, Igor Rabello e Víctor Luís; Rodrigo Lindoso, Bruno Silva, Matheus Fernandes e João Paulo; Rodrigo Pimpão e Roger
Técnico: Jair Ventura
PALMEIRAS: Jailson, Mayke, Edu Dracena, Luan e Egídio (Michel Bastos); Bruno Henrique e Jean; Zé Roberto (Keno), Dudu e Róger Guedes; Deyverson
Técnico: Cuca
Gazeta Esportiva


Após jogaço na Vila, Santos e Fla se reencontram pelo Brasileiro, no Pacaembu

O jogaço entre Santos e Flamengo, na última semana, válido pela volta das quartas de final da Copa do Brasil, ainda não saiu totalmente da cabeça dos torcedores. Em duelo recheado de viradas e polêmicas, o Peixe venceu por 4 a 2, mas o Rubro-Negro avançou no mata-mata. Agora, as duas equipes se reencontram, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Pacaembu, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Apesar do novo embate ser válido pelo torneio de pontos corridos, o caráter decisivo continua semelhante ao da última quarta, principalmente porque os dois clubes estão brigando na parte de cima da tabela e pretendem se manter na cola do líder Corinthians. O Alvinegro da Vila, que vem de empate por 1 a 1 com o Grêmio no Rio Grande do Sul, está na terceira posição, com 31 pontos, dois a mais que os Fla, que empatou pelo mesmo placar com os corintianos, em Itaquera.
“Ficou um gosto amargo por conta da eliminação contra eles na última semana. Merecíamos a classificação pelo que jogamos, mas é passado. Quarta é Campeonato Brasileiro. Será mais um jogo difícil e temos que enfrentar de maneira natural. É um jogo muito importante, contra um candidato ao título, que está brigando conosco na ponta da tabela. Será bem difícil, mas vamos nos preparar bem”, explicou o volante santista Alison.
Para Zé Ricardo, técnico do Flamengo, o fato de os times se conhecerem bem será um complicador para a partida desta quarta.
“Logicamente que quando duas equipes se enfrentam com uma certa frequência elas acabam se conhecendo e fica muito mais complicado surpreender o oponente. Isso porque ele sabe as suas principais estratégias. Mais do que nunca este tipo de situação nos força a trabalhar no sentido de tentar alternativas e procurar encontrar novas maneiras de vencer. O Santos tem um elenco qualificado, joga em casa e vai mais uma vezs exigir demais de nós. O importante é mantermos a pegada exibida contra o Corinthians, principalmente no segundo tempo”, disse o comandante flamenguista.
Em termos de escalação, o técnico Levir Culpi tem algumas dúvidas. Isso porque o veterano Renato treinou com bola nos últimos dias e deve reforçar a equipe. O volante está recuperado de um estiramento na coxa direita. Por conta do problema, ele não atua desde o último dia 9, na vitória sobre o São Paulo, na Vila Belmiro. Em contrapartida, o lateral-direito Victor Ferraz ainda não se recuperou de pancada na cabeça e está fora.
Já pelo lado do Flamengo, Zé Ricardo não quis antecipar a formação que pretende utilizar contra os paulistas, porém, sem maiores problemas, vai manter a base que jogou contra o Corinthians.
FICHA TÉCNICA
SANTOS X FLAMENGO
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 02 de agosto de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadao (GO)
Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (GO) e Cristhian Passos Sorence (GO)
SANTOS: Vanderlei; Daniel Guedes, Lucas Veríssimo, David Braz e Jean Mota; Yuri, Renato e Lucas Lima; Copete, Bruno Henrique e Ricardo Oliveira.
Técnico: Levir Culpi
FLAMENGO: Diego Alves; Pará, Réver, Juan e Trauco; Márcio Araújo, Cuéllar, Diego e Éverton Ribeiro; Everton e Guerrero.
Técnico: Zé Ricardo

Gazeta Esportiva

Os vices do Urtigão III

Se o ex-senador Osmar Dias for mesmo candidato ao Governo terá que corrigir a mania de escolher vices errados. Na primeira vez, lá no jurássico ano de 2006, trouxe a tona um tal de Derli Donin, ex-prefeito de Toledo, afundado em denúncias de enriquecimento ilícito e fraudes em licitações. Eu sei, eu sei, perto do que vivemos hoje o Derli ganharia o céu ao lado do Frei Galvão, mas naquele tempo causava.
Na campanha de 2010, o vice de Osmar Dias foi ninguém menos do que o Rodriguinho Rocha Loures, mais conhecido como “Homem da Mala”, atualmente incomunicável e usando uma pulseirinha no tornozelo. No coments.
A continuar nessa batida, o Urtigão III (três vezes candidato) é capaz de surpreender de novo e escolher como vice um primo bem distante do governador Beto Richa ou até, quem sabe, o “grande chefe” do deputado-xará, Osmar Serraglio, que tinha Carne Fraca.
Poderia até pedir ajuda ao irmão Alvaro Dias para não errar, mas êpa, êpa!!, desse mato não sai coelho. Quando foi governador, Alvaro teve que permanecer no cargo até o último dia para evitar que o seu vice, Ari Queiroz, destruísse todas aquelas casinhas em forma de “A” que ele havia espalhado pelas estradas do Paraná para marcar suas obras.

O Urtigão III vai ter que fumar muito cigarrinho de “páia” e  “matutá” feito tamanduá pra não errar outra vez. Do blog do Cícero Cattani com informações de Ruth Bolognese

Oposição pede ao STF que garanta manifestação de Janot no plenário da Câmara

Cinco deputados de oposição protocolaram hoje (2) no Supremo Tribunal Federal (STF) um mandado de segurança pedindo que a Corte garanta, por meio de uma liminar com efeito imediato, a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no plenário da Câmara.
Os deputados pedem ainda que seja votado no plenário da Câmara não o parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que rejeitou denúncia de corrupção passiva contra o presidente Temer, mas a peça acusatória em si, redigida por Janot.
Ontem (1º), a oposição apresentou uma questão de ordem ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), questionando o rito de votação da denúncia, que concedeu 25 minutos para a manifestação da defesa do presidente Michel Temer, mas não previu nenhuma manifestação de Janot, autor da acusação.
Maia negou a questão de ordem, afirmando que, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) encaminhou parecer contra a denúncia, “não há, como existia no processo de impeachment [de Dilma Rousseff], um autor da peça acusatória” a ser convocado.
No pedido ao STF, os deputados Glauber Braga (PSOL-RJ), Alessandro Molon (Rede-RJ), Carlos Zarattinni (PT-SP), Alice Portugal (PCdoB-BA) e Júlio Delgado (PSB-MG) argumentam que, ao negar provimento à questão de ordem, Rodrigo Maia agiu de maneira inconstitucional.
“Ora, mas é claro que há um autor da peça acusatória contra o Presidente da República, da qual se cuida aqui: o Procurador-Geral da República, afirmam os deputados de oposição no mandado de segurança. Segundo a peça, “haverá violação ao devido processo legislativo, caso não se assegure igual direito de fala para que se exponha a acusação”.
Pluralismo político
Os deputados de oposição alegam também o afrontamento ao princípio do pluralismo político. “O exame político do plenário ficará enviesado, assim, por um procedimento arbitrário, que beneficiará o Sr. Presidente da República e seu governo, em detrimento de todo o processo”, diz o texto.
O mandado de segurança foi distribuído para a relatoria da ministra Rosa Weber. No momento, os deputados discursam no plenário da Câmara, esperando que se atinja o quorum necessário para a abertura da votação, de 342 deputados, mesma quantidade de votos que seriam necessários para que a Câmara autorize o STF a analisar a denúncia de Janot.

O procurador-geral da República acusou o presidente Michel Temer de crime de corrupção passiva, por ser o suposto destinatário de uma mala de dinheiro com R$ 500 mil recebida pelo ex-deputado Rodrigo Rocha Loures em uma pizzaria de São Paulo, das mãos do executivo da empresa JBS Ricardo Saud.

Janot fará mais duas denúncias contra Temer


Michel Temer não terá muito tempo para comemorar sua provável vitória na Câmara nesta quarta (2); a PGR (Procuradoria-Geral da República) já está trabalhando em mais duas denúncias separadas contra Michel Temer, dessa vez pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa; ainda não há previsão de quando elas serão apresentadas, o que dependerá do avanço das investigações; as acusações só serão finalizadas quando estiverem devidamente "maduras", afirma um procurador; a expectativa é que o menos a acusação por obstrução de Justiça seja apresentada até 17 de setembro, quando termina o mandato de Janot na PGR; nesse caso, Temer é investigado pela suspeita de incentivar o empresário Joesley Batista, da JBS, a manter pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em troca de seu silêncio
247 - A Procuradoria-Geral da República trabalha em mais duas denúncias separadas contra Michel Temer, pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Ainda não há previsão de quando elas serão apresentadas, o que dependerá do avanço das investigações. As acusações só serão finalizadas quando estiverem devidamente "maduras", afirma um procurador.
A expectativa é que ao menos a acusação por obstrução de Justiça seja apresentada até 17 de setembro, quando termina o mandato do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Nesse caso, Temer é investigado pela suspeita de incentivar o empresário Joesley Batista, da JBS, a manter pagamentos ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em troca de seu silêncio.
A pressa da PGR em apresentar a primeira denúncia, pelo crime de corrupção passiva, se explica pelo fato de que as investigações envolviam o ex-assessor de Temer Rodrigo Rocha Loures, que estava preso. A lei prevê um prazo mais curto, de 15 dias, para o Ministério Público oferecer denúncia em casos de reú preso.
Já as investigações sobre obstrução de Justiça dependem do avanço das negociações das delações premiadas de Cunha e do doleiro Lúcio Funaro, que poderiam trazer elementos contundentes para embasar uma nova acusação. Nos bastidores, investigadores avaliam que apenas fatos novos trazidos por um desses dois candidatos a delator faria com que a Câmara autorizasse o prosseguimento de uma segunda denúncia contra o presidente.
As informações são de reportagem de Maíra Magro no Valor.


Descaramento total: Imbassahy compra deputados no Plenário


Rejeitado por mais de 90% da população e enfrentando uma denúncia de corrupção feita pela Procuradoria Geral da República, Michel Temer liberou o vale tudo para salvar o pescoço e o mandato; deputado Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que foi exonerado da Secretaria de Governo para votar pela rejeição da denúncia de corrupção contra Temer, foi visto utilizando uma lista contendo os valores de emendas parlamentares liberadas pelo governo para pressionar os deputados a votarem pela rejeição da denúncia; Temer, que em julho aumentou o imposto sobre os combustíveis, liberou, no mesmo mês, mais de R$ 4,1 bi em emendas para comprar os votos dos parlamentares; custo da "salvação" de Temer, porém, pode subir para mais de R$ 17 bilhões apenas em emendas e verbas destinadas para governos e prefeituras
247 - Em plena sessão da votação pela câmara que irá definir o futuro do governo Michel Temer, os deputados da tropa de choque do peemedebista, Beto Mansur (PRB-SP) e Antônio Imbassahy (PSDB-BA), que foi exonerado da Secretaria de Governo para votar pela rejeição da denúncia de corrupção contra Temer, foram flagrados com uma lista das emendas parlamentares já liberadas pelo governo. O objetivo seria pressionar os deputados favorecidos com a liberação dos recursos a votarem conforme os interesses do governo.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, deputados que pretendem votar a favor de Temer também teriam contatado o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para cobrar promessas e contrapartidas feitas pelo governo Temer em troca do apoio na votação desta quarta-feira (2).
Deputados que pretendiam votar a favor do presidente Michel Temer também têm procurado o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), para cobrar promessas feitas pelo Planalto em troca do apoio.
O líder do DEM, Efraim Filho (PB), foi visto questionando Ribeiro sobre assuntos de interessa da Paraíba. Ao ouvir que seus pleitos seriam encaminhados, Efraim abraçou Ribeiro e sorriu.
Ciente da movimentação do governo para pressionar os parlamentares, o deputado Carlos Gaguim (Podemos-TO) usou a tribuna para denunciar a compra de votos pelo governo no plenário da câmara.


Polícia de Apucarana encontra dois corpos decapitados em fossa desativada

 Foto: Fernanda Neme
Dois corpos esquartejados e decapitados foram localizados dentro de um poço no fundo de ferro velho na manhã desta quarta-feira (2) na Rua João Matiuzzi, no Parque Bela Vista, na zona norte de Apucarana (norte do Paraná). Os corpos ainda não identificados oficialmente foram encontrados em um poço desativado com 20 metros de profundidade, localizado em nos fundos de um ferro-velho.
Segundo o delegado chefe da 17ª SDP de Apucarana, José Aparecido Jacovós, a equipe do setor especializado na investigação de homicídios recebeu uma denúncia na madrugada dando conta que pessoas iriam desenterrar um corpo que estaria em um cafezal nos fundos de uma chácara e iriam incendiá-lo em meio a pneus. Isso realmente foi constato pelos investigadores.
"Acionamos o Corpo de Bombeiros, o IML e a Criminalística. Os Bombeiros desceram até o fundo do poço e realmente localizaram dois corpos humanos, um masculino e outro feminino, esquartejados, decapitados e já em avançado estado de decomposição", relatou Jacovós.
Morta por traficantes

Segundo o delegado, o corpo feminino provavelmente deve ser de uma moça de 24 anos que é usuária de drogas e está desaparecida há 72 dias. Ele tem um filho de dois anos e seria usuária de crack. Familiares da jovem suspeitam que ela pode ter sido morta por traficantes em razão de dívidas relacionadas a drogas.

Prisão
Por volta de 1 hora, um rapaz com uma carriola e uma faca foi preso em um cafezal próximo ao local. Marcos Rafael Bota, de 23 anos, havia saído da cadeia há dois dias, após ser preso por envolvimento com drogas. 
Segundo investigadores, suspeita-se que corpo da moça teria sido desenterrado no cafezal. A moça estava desaparecida há 72 dias. A polícia ainda não suspeita da identificação do outro corpo (masculino) encontrado no local.
Usuária de drogas

Ainda conforme a polícia, a jovem seria usuária de droga e teria sido morta por traficantes como forma de algum tipo de retaliação. Há suspeita de que no poço possa haver outro corpo, possivelmente de dependente químico que devia a traficantes.

Mãe desesperada e filho de 2 anos

A mãe de moça foi na terça-feira (2) à tarde à Décima Sétima Subdivisão (SDP) para tratar com a polícia sobre o desaparecimento da filha e estava desesperada com o sumiço, registrado há 72 dias. Ela tem um filho de 2 anos e é dependente química desde os 14 anos. Liza já foi internada várias vezes e em uma ocasião sumiu por 40 dias.

TN Online


Protestos bloqueiam vias de SP em dia de votação da denúncia contra Temer

Manifestantes fecham a rodovia Régis Bittencourt, na altura de Taboão da Serra, em SP

Protestos contrários ao presidente da República, Michel Temer, bloquearam, na manhã desta quarta-feira (2), as rodovias Régis Bittencourt, Anchieta e Presidente Dutra, e a estrada M'Boi Mirim. Os manifestantes utilizaram barricadas de fogo para impedir a movimentação de veículos.
Os protestos ocorrem no dia em que a Câmara dos Deputados decidirá se autoriza ou não que o STF (Supremo Tribunal Federal) processe o chefe do Executivo nacional, denunciado por corrupção passiva pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Essa é a primeira vez na história do país que um presidente recebe uma acusação formal.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo informou ter deslocado, no total, oito viaturas para ocorrências envolvendo barricadas de fogo. A situação já foi normalizada nas rodovias Anchieta, na altura de São Bernardo do Campo (km 23), e Presidente Dutra (altura do km 209), via que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. O trânsito foi liberado.
A concessionária Ecovias, responsável pelo sistema Anchieta-Imigrantes, informou que, por volta das 8h, a pista norte da via Anchieta apresentava tráfego lento do km 23 ao km 25. O excesso de veículos também provocava problemas no Planalto da Anchieta, sentido SP, mas foi normalizado às 8h19.
Na M'Boi Mirim, de acordo com a CET-SP, os manifestantes ocupavam uma faixa na altura da rua Clameci, no sentido bairro. O bloqueio feito por manifestantes da Frente Povo Sem Medo ainda continuava no local, por volta das 8h. Os motoristas devem evitar a via da zona sul, nos dois sentidos.
Sem teto queimam boneco com o rosto de Rodrigo Maia na zona sul de SP

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto queimaram bonecos com o rosto do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM). Em outros pontos, eles atearam fogo em pneus. Os manifestantes afirmam que o objetivo é pressionar o Congresso Nacional a aceitar a denúncia criminal contra Temer.
Na Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao Paraná, o bloqueio foi feito na altura de Taboão da Serra, na região metropolitana. Há pontos de retenção na via, mas o trânsito também já foi liberado.
Não há informações sobre eventuais ações policiais para reprimir as manifestações.

Tráfego dentro da média

A CET-SP informou que, apesar dos problemas desta quarta, a capital paulista registrava, até as 8h30, volume consolidado de 44 km de engarrafamentos na cidade.
O dado é inferior à média aferida no horário --que varia entre 47 km e 77 km.
Fonte: UOL 



Deputados da oposição desafiam governistas a alcançar quórum para votar denúncia

No dia em que o plenário da Câmara dos Deputados pode decidir sobre a admissibilidade do julgamento da denúncia contra o presidente Michel Temer pelo suposto crime de corrupção passiva, a base aliada do governo busca alcançar o quórum para votação, de 342 deputados.  Embora estejam na Câmara, os oposicionistas reafirmaram que vão manter a estratégia de só registrar presença em plenário depois que o quórum for atingido.
É intensa desde o início da manhã a movimentação da imprensa e de parlamentares no Salão Verde da Casa.  Até as 10 horas, 186 deputados já estavam na Câmara, mas apenas 118 haviam registrado presença em plenário.
Pouco depois do início da sessão, que começou às 9h, um grupo de deputados de partidos de oposição fez um ato com cartazes, pedindo a saída do presidente Temer e eleições diretas. O líder da minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), voltou a desafiar o governo a alcançar o quórum necessário para a votação.
"Todos nós vamos estar no plenário, mas não vamos marcar presença. Todo mundo hoje tem que mostrar a cara para o Brasil. O Brasil e as redes sociais estão de olho no nosso comportamento. A inscrição lá dentro [do plenário] não significa presença. A vitória [do presidente Michel Temer] depende de quórum e duvido que o governo tenha 342 votos", disse Guimarães.
Já o deputado governista Julio Lopes (PP-RJ) está confiante de que a denúncia será votada hoje. "O Brasil tem urgência disso. Tem urgência de que as reformas continuem para avançarmos, reduzindo o desemprego e os juros e fazendo a economia avançar. Estamos estimando mais de 257 votos [a favor de Temer] e temos esse número bastante consolidado. Não estamos com nenhum receio quanto a isso", declarou.
Maia espera votação hoje
Ao chegar à Casa no início da manhã, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que espera que a votação ocorra hoje para que a agenda da Casa não fique prejudicada. "O Brasil precisa de uma decisão da Câmara, que precisa, a partir de amanhã, reorganizar sua pauta, com a prioridade número um, que é a reforma da Previdência", afirmou.
Segundo Maia, outra preocupação é construir uma agenda mais próxima ao cidadão, com temas como segurança pública e saúde, assuntos que mais afligem a sociedade. "Enquanto essa denúncia não for votada, a gente não vai conseguir reconstruir a agenda da Câmara", reconheceu.
Sobre a condução dos trabalhos nesta quarta-feira (2), Maia reafirmou que a Câmara cumpre seu papel no que diz respeito à Constituição e ao seu Regimento Interno. Ele destacou que os prazos foram cumpridos e os ritos, respeitados. Por isso, defende que os parlamentares têm a obrigação de votar a denúncia hoje.
Agência Brasil


Fim do casamento: Neymar não treina e é liberado pelo Barça para decidir seu futuro

 (Foto: AFP)
A novela de Neymar está próxima de ter um desfecho. Nesta manhã de quarta-feira, a equipe do Barcelona se reapresentou para treinar na Espanha e a estrela brasileira nem ao menos se juntou ao grupo. Em comunicado oficial no site do time catalão, o Barça explica que o jogador “expressou desejo de não permanecer no clube” e foi liberado para decidir o seu futuro.
Após mais de um mês de especulações, o atleta finalmente deve dar um grande passo quanto ao seu destino. O Paris Saint-Germain ofereceu uma quantia estratosférica para o camisa 10 da Seleção, além de bancar com a multa rescisória de 222 milhões de euros (aproximadamente 820 milhões de reais) que o Barcelona pedia.
Segundo a notícia no site oficial do Barcelona, antes de o treino começar, o jogador já pediu para ser liberado. “Neymar expressou sua vontade em não continuar no FC Barcelona e o clube deu permissão para que ele não treinasse e resolvesse seu futuro”, disse.
Se tudo correr bem no restante da negociação, o brasileiro deve ser anunciado pelo clube francês ainda nesta semana.
Leia mais: 

Entidade projeta 280 votos pró Temer e PSDB completamente dividido. Veja a tabela

O resultado da tabela demonstra que Michel Temer deverá se safar da denúncia.
A entidade Anima Legis realizou estudo sobre a votação desta quarta-feira (2), no Congresso Nacional, em que a Câmara dos Deputados decidirá se autoriza ou não que o STF (Supremo Tribunal Federal) processe o chefe do Executivo nacional.

 


O resultado da tabela demonstra que Michel Temer deverá se safar da denúncia com cerca de 280 votos a favor. Alguns partidos da base do governo aparecem completamente divididos. O PSDB, por exemplo, tem 21 votos a favor do acolhimento da denúncia e 22 contrários.
Ao contrário de PT e PCdoB, que tem unanimidade dos votos favoráveis, nenhum partido tem todos os votos contrários. Nem mesmo o PMDB, partido de Michel Temer, tem todos os votos necessários para defende-lo, com 52 votos contrários e 7 favoráveis.
Foto: Wilson Dias/EBC/FotosPúblicas


O novo dia da vergonha


Daqui a pouco, na Câmara, começa outro dia de vergonha para o Brasil.
Um governo que, ilegítimo desde a origem, cumpre seu pouco mais de um ano sem ter o que mostrar senão um país prostrado,  uma economia arruinada, serviços públicos em pré-colapso, e a política institucional reduzida ao exercício dos apetites mais mesquinhos.
A vontade popular nem mesmo é algo a ser conquistado: trata-se apenas de fazê-la ser ignorada.
A lei é apenas um instrumento de favores aos amigos e cúmplices e um castigo a ser usado contra os inimigos.
A economia é apenas o território de uma política de cata-moedas para fechar contas que não fecham jamais, pois o país apenas vegeta.
As tais “instituições”, uma lástima, onde todos procuram vantagens – de poder ou de dinheiro – perdidos completamente o equilíbrio, o decoro e o espírito público.
As Forças Armadas, notadamente o exército, usado numa missão que poderia se necessária, sim, mas é executada com nítido sentido publicitário, com um espalhafato que já desapareceu, ante o drama do fechamento das unidades de saúde. Pior, com evidentes sinais de que lá se opera um poder fora da cadeia de comando, o maior risco que pode viver uma instituição militar, fundada na hierarquia e disciplina.
A obra de destruição da política, dos partidos e das referências nacionais deu num “vale-tudo” de um cada um por si, onde cada luta para recolher o quanto puder dos despojos da democracia e do Tesouro.
As mãos, no Brasil, há muito tempo não servem para construir nem para estenderem-se aos nossos irmãos mais pobres: são apenas um conjunto de dedos a serem apontados para o outro.
Hoje, ao que tudo indica, elas servirão também para levantarem-se em saudação a este caos.
As frases que eram gritadas – pelos meus filhos, pelos meus netos, pelo manto de Nossa Senhora! – agora serão apenas pensadas, embora ressoando de forma vil: “pelos meus cargos, pelas minhas emendas e dane-se o Brasil!”
É este o Brasil mais ético, mais moral, mais honesto que se conseguiu com o processo iniciado em 2013, do qual só o que se conseguiu mesmo foi a podridão do tal “padrão Fifa”.
Como sombras, metade dos parlamentares deslizará até o plenário para dar o número de que Temer precisa, como se ali se estivesse resolvendo um negócio pessoal, não o destino de uma nação.
Tudo isso já vi, há 25 anos, quase, quando o voto dos brasileiros foi negado na maldita votação das Diretas-Já. Só fez adiar o reencontro do Brasil com a democracia, a convivência e a busca – que se posterga, mas não cessa – da felicidade a que temos direito.
Por Fernando Brito do Tijolaço


PT sugere que Moro ataca Lula para salvar Temer


"Lula é inocente. As ações da vara de Curitiba, tomadas sempre antes de momentos-chave da política atual no Brasil, apenas confirmam isto", diz nota oficial do PT, presidido pela senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR); "Convenientemente, as ações da vara de Curitiba contra Lula ocorrem de modo a competir pela atenção do povo brasileiro. Ações mais políticas do que jurídicas. O Partido dos Trabalhadores reafirma a importância de o povo ficar atento à votação de amanhã"; nesta quarta-feira, será votada a denúncia contra Michel Temer, primeiro ocupante da presidência formalmente denunciado por corrupção na história do Brasil; 93% dos brasileiros querem a saída de Temer, mas ele vem patrocinando a compra de deputados numa operação que, segundo a agência Deutsche Welle, pode custar R$ 17 bilhões
247 – O Partido dos Trabalhadores avalia que o juiz Sergio Moro escolheu a data do novo ataque contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de forma proposital, com o objetivo de salvar Michel Temer, o primeiro ocupante da presidência formalmente denunciado por corrupção na história do Brasil.
Segundo o instituto Vox Populi, 93% dos brasileiros querem a saída de Temer (leia aqui), mas ele vem patrocinando a compra de deputados numa operação que, segundo a agência alemã Deutsche Welle, pode custar R$ 17 bilhões aos cofres públicos (leia aqui).
Leia, abaixo, a nota do PT
Lula é inocente
O Brasil que foi construído a partir de 2003 já compreendeu que Lula é inocente. As ações da vara de Curitiba, tomadas sempre antes de momentos-chave da política atual no Brasil, apenas confirmam isto.
Não surpreendem mais os ataques contra Lula. Ainda assim o presidente persevera, porque sabe de sua inocência e confia nas instituições brasileiras. Instituições que ele próprio, Lula, trabalhou para fortalecer.
Todos sabem da importância do dia de amanhã para o País, quando um vice-presidente colocado no governo de forma ilegal deverá ser julgado pela Câmara dos Deputados, a pedido do Procurador Geral da República. Tal fato nunca aconteceu na História brasileira.
Convenientemente, as ações da vara de Curitiba contra Lula ocorrem de modo a competir pela atenção do povo brasileiro. Ações mais políticas do que jurídicas, como sempre foram. O Partido dos Trabalhadores reafirma a importância de o povo ficar atento à votação de amanhã.
A ação contra o ex-presidente chama a atenção pelo tamanho do líder em que Lula se tornou, e por sua importância para o Brasil, sobretudo para o Brasil dos mais humildes. Mas este mesmo Brasil precisa ficar atento. Enquanto acenam com mais esse processo contra o ex-presidente – o que não é nenhuma novidade – diversos direitos vão sendo tomados da nossa população. Trocados, vergonhosamente, por apoio a um governo que não tem a legitimidade do voto.
Lula não está acima da lei, mas não se prestará a joguetes políticos com o intuito de prejudicar o povo brasileiro. A história de conquistas e de lutas registrada a partir de 2003 não será apagada. Lula segue firme com a confiança de que podemos ter um Brasil mais justo e melhor para todos.
A “Lava Jato” deveria se preocupar em acompanhar melhor as provas nos processos que cuida, e não da agenda política do Congresso Nacional. Procurador acusa, juiz julga conforme a lei e um líder do tamanho de Lula busca um caminho político para o Brasil sair da crise.
Partido dos Trabalhadores


Globo pede fora Temer e diz que pega mal uma justiça que só bate em Lula


Um dos principais pilares do golpe de 2016, que derrubou a presidente honesta Dilma Rousseff e instalou no poder Michel Temer, o primeiro ocupante da presidência denunciado por corrupção na história do Brasil, o Globo, de João Roberto Marinho, voltou a pedir a queda de seu ex-aliado e fez uma crítica à seletividade do Poder Judiciário, que usa critérios diferenciados para o ex-presidente Lula; "Ora, o que o Ministério Público Federal entende sobre o comportamento do ex-presidente Lula nas relações promíscuas com empreiteiras precisa valer para todos. Não pode existir uma metodologia de interpretação de fatos entre procuradores e juízes que só valham para o PT. Inconcebível é fazer de conta que nada houve de pelo menos estranho no relacionamento entre Temer, JBS, Joesley, Loures e outros"
247 – Um dos principais pilares do golpe de 2016, que derrubou a presidente honesta Dilma Rousseff e instalou no poder Michel Temer, o primeiro ocupante da presidência denunciado por corrupção na história do Brasil, o Globo voltou a pedir a queda de seu ex-aliado e fez uma crítica à seletividade do Poder Judiciário, que usa critérios diferenciados para o ex-presidente Lula.
"Ora, o que o Ministério Público Federal entende sobre o comportamento do ex-presidente Lula nas relações promíscuas com empreiteiras precisa valer para todos. Não pode existir uma metodologia de interpretação de fatos entre procuradores e juízes que só valham para o PT. Evidências e indícios são provas válidas para que se abram processos. Isso tem acontecido com vários políticos, Lula um deles. Inconcebível é fazer de conta que nada houve de pelo menos estranho no relacionamento entre Temer, JBS, Joesley, Loures e outros", diz o texto.
Leia, abaixo, a íntegra do editorial do Globo:
Aprovar processo contra Temer é a melhor alternativa
Reformas corretas de Temer não justificam que ele fique imune a investigações e a processos
Depois de quase um ano, o país volta a acompanhar uma votação no Congresso para decidir o destino do presidente da República. No caso de Dilma Rousseff, o processo de impeachment, por crime de responsabilidade, por desmandos fiscais, foi encerrado em 16 de agosto, no Senado, com o impedimento da presidente petista. Hoje, seu então vice, Michel Temer, enfrenta outro tipo de escrutínio: um pedido da Procuradoria-Geral da República para que a Casa permita ao Supremo Tribunal deliberar sobre se o processa, como deseja a PGR, por corrupção passiva.
Duas decisões sobre o futuro de um presidente em tão pouco tempo, longe de diagnosticarem alguma avaria grave nas instituições, atestam, ao contrário, o saudável funcionamento delas. Têm resistido, inclusive, a propostas heterodoxas, contra a Constituição, como a antecipação das eleições de 2018, enquanto sinalizam que as únicas saídas para a crise são as estabelecidas na Carta — a Câmara nega o pedido da PGR, ou o aceita; neste caso, fica-se à espera de os 11 ministros do Supremo abrirem ou não processo contra Temer.
Caso abram, o presidente será afastado por até 180 dias, assumindo Rodrigo Maia, presidente da Câmara. Se for condenado, perde o cargo, e Maia convoca eleição indireta para 30 dias depois. Absolvido ou caso nada aconteça em seis meses, Michel Temer volta ao Planalto. Não há o que discutir. 
Também não existe dúvida sobre qual o melhor voto a ser dado na sessão que decidirá o destino do pedido da PGR: é permitir que o Supremo julgue Michel Temer. Talvez sequer ocorra esta sessão. Pode ser que pelo fato de o Planalto, por não ter força, assim como a oposição, para garantir o quórum mínimo de 342 deputados e votar o relatório em favor de Temer, do deputado tucano Paulo Abi-Ackel (MG), fique tudo pendente, e o governo assuma o discurso de que vale este relatório. 
Assim, tudo continuará como está. Instável, inseguro, até outubro de 2018, mês da eleição. Pode-se, ainda, aguardar nova acusação da PGR, por outros crimes — obstrução da Justiça ou participação em organização criminosa. Nessa hipótese, repete-se o rito.
Hoje ou quando for a votação, e mesmo que ela não ocorra, estão em confronto, nas acusações a Michel Temer e na sua defesa, duas concepções do que é exercitar a política com ética. Numa, tudo pode ser relevado, se o governo tem propósitos corretos na economia, por exemplo. Na outra, valem a lei e a ética, independentemente de ideologias e partidos.
O vice-presidente recebeu de fato uma herança maldita, devido à decisão de Dilma, sob as bênçãos de Lula e PT, de aproveitar a crise mundial deflagrada em 2008/9 para aprofundar o “novo marco macroeconômico”, no velho modelo nacional-populista de intervenção do Estado na economia, inspirado nos pensamentos fracassados da esquerda latino-americana do pós-guerra. Sabe-se o que aconteceu: recessão profunda, histórica, 14 milhões de desempregados e inflação. Os juros precisaram ficar em patamar ainda mais elevados, o que, em um primeiro momento, agrava a recessão, um efeito colateral inevitável. Mas, com o passar do tempo, o ajuste avançou, embora tenha estancado com a crise política deflagrada pela conversa nada republicana do presidente com o empresário Joesley Batista, origem do pedido de investigação da PGR, divulgado pelo GLOBO.
Temer assumiu com uma competente equipe econômica e estruturou uma correta agenda de reformas, em que se destacam as da Previdência e a trabalhista. Em função disso, defende-se a permanência dele no Planalto, e faz-se vista grossa ao que aconteceu naquela noite de março nos porões do Palácio do Jaburu, em que o presidente recebeu o empresário do grupo JBS, Joesley Batista, este com um gravador no bolso.
Repete-se o truque do PT, de justificar a participação de estrelas do partido na roubalheira do mensalão e petrolão pela causa do combate à pobreza. É um erro: nada pode atenuar o crime de corrupção ou qualquer outro. Ter este comportamento é praticar a política miúda. Significa não aproveitar o momento histórico do enfrentamento que organismos de Estado fazem dos desvios do dinheiro do contribuinte no âmbito do Executivo e Legislativo, para que, enfim, se dê um choque forte de ética na política e seja estabelecido para valer o princípio republicano de que a lei vale de fato para todos. 
Confirmada a autenticidade do áudio por peritos da Polícia Federal, resta entender o sentido claro do entrecortado diálogo entre Temer e Joesley, e complementá-lo com o vídeo de Rodrigo Loures — que agendara aquela visita de Joesley ao presidente —, correndo em uma rua de São Paulo com uma maleta em que estavam R$ 500 mil. Era propina acertada pelo empresário com o deputado suplente do PMDB paranaense, que Temer indicara a Joesley para resolver “tudo”, inclusive uma pendência com a Petrobras no Cade, em torno do preço do gás fornecido pela estatal a uma termelétrica do JBS. Os R$ 500 mil eram uma parcela pelo serviço prestado pelo representante de Temer, acusa a PGR. O conjunto desta obra é complementado por depoimentos do empresário e de um diretor da JBS que participou dos acertos com Loures, Ricardo Saud.
Ora, o que o Ministério Público Federal entende sobre o comportamento do ex-presidente Lula nas relações promíscuas com empreiteiras precisa valer para todos. Não pode existir uma metodologia de interpretação de fatos entre procuradores e juízes que só valham para o PT. Evidências e indícios são provas válidas para que se abram processos. Isso tem acontecido com vários políticos, Lula um deles. Inconcebível é fazer de conta que nada houve de pelo menos estranho no relacionamento entre Temer, JBS, Joesley, Loures e outros. 
Lula está para a OAS no caso do tríplex do Guarujá como Michel Temer para a JBS no assunto do gás da termelétrica. Sem falar na triangulação com Joesley, Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, um relacionamento também suspeito, mas ainda na dependência de delações e investigações. Assim como as instituições prestam conta à sociedade no desmantelamento do petrolão, em que se lambuzaram PT, PMDB e PP, a nação precisa ter inúmeras dúvidas respondidas sobre a atuação do presidente Michel Temer nesses meandros dos subterrâneos das finanças ocultas da política. Também por isso, ele precisa ser processado. E nisso as próprias reformas serão ajudadas. Um presidente fraco, sob suspeição, é que não conseguirá tocá-las.