domingo, 11 de junho de 2017

Acidente moto x carro deixa jovem ferido em Apucarana

Um acidente de trânsito ocorrido neste final de semana em Apucarana deixou um rapaz ferido e provocou danos materiais. 
De acordo com socorristas do Corpo de Bombeiros, Matheus Felipe Dias Molero, de 18 anos, trafegava pela Avenida Minas Gerais, próximo à Mecol na zona sul da cidade, com uma motocicleta Honda CBX 250 – Twister quando se envolveu em colisão com um Ford KA dirigido por Taila Desirree da Silva (idade não informada).

O motociclista de 18 anos sofreu ferimentos leves. Ele foi socorrido pelo do Siate do Corpo de Bombeiros e encaminhado à UPA. A causa do acidente não foi informada. 

Capotamento em Cambira mata condutor de Apucarana

(Foto: Jandaiaonline)
Um acidente de trânsito ocorrido por volta de 0h30 deste domingo (11) deixou uma pessoa morta em Cambira.
Conforme boletim de ocorrência divulgado pelos socorristas do Corpo de Bombeiros, o GM Omega placa YZW-0208 (Apucarana) que era conduzido por Marcio de Souza, de 40 anos, e trafegava pela BR-376, próximo ao pontilhão da via férrea (Rodovia do Café), quando o carro ficou desgovernado e capotou.
Márcio morreu no local e uma mulher de nome Elizangela, de 37 anos, foi encaminhada ao Hospital da Providência em Apucarana, com ferimentos leves.
A ocorrência foi atendida pela equipe da Defesa Civil (Bombeiro Comunitário) de Jandaia do Sul e SAMU.
O corpo de Márcio foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Apucarana para exame de necropsia.





Bresser defende projeto de governo que una a nação em torno de Lula


Ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira avalia ser "pouco provável que empichem Temer. Preferirão mantê-lo, apesar da desmoralização que isto significa para eles e para todos nós, brasileiros"; "O essencial, então, é que nos preparemos para as eleições de 2018. Para isto, porém, não basta continuar a fazer forte oposição ao governo e à reforma trabalhista. É também necessário que discutamos um projeto de governo que possa unir a nação em torno de Lula", afirma
Luiz Carlos Bresser-Pereira, em seu Facebook
O que fazer?
Depois do TSE, que manteve Temer na presidência da República não obstante seu envolvimento direto e pessoal na corrupção, o que fazer? Os movimentos sociais e o PT insistem no impeachment de Temer e pedem eleições diretas. O que faz sentido, porque Temer está desmoralizado, e não tem condições mínimas de presidir o país; porque eleições indiretas para substituí-lo agravarão a crise ao invés de solucioná-la, dada a ilegitimidade radical de quem for assim eleito; e porque Lula provavelmente se elegerá se houverem eleições diretas antecipadas.

Mas é isto o que a direita liberal financeiro-rentista e o PSDB menos desejam. Por isso, é pouco provável que empichem Temer. Preferirão mantê-lo, apesar da desmoralização que isto significa para eles e para todos nós, brasileiros.
O essencial, então, é que nos preparemos para as eleições de 2018. Para isto, porém, não basta continuar a fazer forte oposição ao governo e à reforma trabalhista. É também necessário que discutamos um projeto de governo que possa unir a nação em torno de Lula.
Lula é o mais extraordinário líder político que o Brasil já teve depois de Getúlio Vargas. E já mostrou que tem todas as condições de governar o país de maneira equilibrada, defendendo os pobres e os trabalhadores, sem, para isto, precisar agredir a alta classe média e os ricos. Lula, porém, não mostrou ser capaz de tirar o Brasil da semiestagnação econômica em que o país está metido desde 1990. Nesse ano começou a implantação de um regime de política econômica liberal que, ao abrir a economia, desmontou o mecanismo que neutralizava a doença holandesa, e implicou uma apreciação cambial de longo prazo, apenas interrompida por crises financeiras. Desde então a indústria brasileira passou a sofrer uma grande desvantagem competitiva, que levou o país à desindustrialização e à semiestagnação.
Lula não soube enfrentar esse problema, porque os economistas que o assessoravam na época também não sabiam defini-lo e encontrar uma solução para ele. Nem eles, nem nenhum outro. Uma tarefa fundamental dos economistas e, mais amplamente, dos intelectuais brasileiros é discutir essa questão, para a qual já existe uma resposta; é definir como o Brasil poderá voltar a crescer e a melhorar o padrão de vida da população. E discutir essa questão com a sociedade brasileira, porque as políticas necessárias envolverão custos no curto prazo.
Em 2018 não bastará ganhar as eleições; é preciso, em seguida, mostrar que sabemos governar o país melhor do que os liberais financeiro-rentistas, e não apenas porque defendemos mais justiça social, mas também porque sabemos administrar melhor a economia brasileira.
Brasil 247


sábado, 10 de junho de 2017

Em nota duríssima STF reage à Ditadura Temer


Em nota dura, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, reagiu contra a denúncia de que Michel Temer teria usado a Abin para espionar a vida do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte; "Gravíssimo crime contra o STF", diz trecho do texto; segundo o portal Jota, Temer e o general Etchegoyen (GSI/Abin) ligaram ontem à noite para a ministra e disseram que não houve qualquer investigação sobre ministros do STF; Temer é rejeitado por mais de 90% dos brasileiros e está prestes a ser denunciado
247 - Em nota duríssima, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, reagiu contra a denúncia de que Michel Temer teria usado a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar a vida do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte.
"É inadmissível a prática de gravíssimo crime contra o Supremo Tribunal Federal, contra a Democracia e contra as liberdades, se confirmada informação de devassa ilegal da vida de um de seus integrantes", diz o início do texto.
Segundo o portal Jota, Temer e o general Sérgio Etchegoyen, ministro do Gabinete de Segurança Institucional do Brasil (GSI) ligaram ontem à noite para a ministra e disseram que não houve qualquer investigação sobre ministros do STF.
Denúncia feita nesta sexta-feira pela revista Veja aponta que Temer teria acionado o serviço secreto "para bisbilhotar a vida do ministro com o objetivo de encontrar qualquer detalhe que possa fragilizar sua posição de relator da Lava-Jato".
Temer é rejeitado por mais de 90% dos brasileiros e está prestes a ser denunciado.
Confira a íntegra da nota do STF:


Moradores de Floripa fazem escracho em bairro frequentado por Aécio Neves: “Não suje a lagoa”


Em 2014, o agora senador afastado Aécio Neves, ex-presidente do PSDB, obteve em Santa Catarina a sua maior votação proporcional: 64,5% dos votos no segundo turno.
Em Brusque, no interior catarinense, teve 82,01% dos votos. Em Florianópolis, foram mais de 65% dos votos válidos.
Jovem, aparentemente dinâmico, casado com a gaúcha Letícia Weber, Aécio trocou alianças exatamente um ano antes do primeiro turno.
No ano eleitoral, o casal teve gêmeos.
The Piauí Herald chegou a brincar a respeito, depois da derrota de Aécio: “Me casei à toa”, lamenta Aécio Neves, numa referência às frequentes baladas em que o senador mineiro era visto com Alexandre Accioly, Ronaldo Fenômeno, Luciano Hulk e outros “intelectuais” da pesada.
O que pouca gente sabe é que Aécio frequenta — ou pelo menos frequentava — com alguma assiduidade a Lagoa da Conceição, em Floripa, de onde é a família de Letícia.
Foi visto na sacada do apartamento e frequentando restaurantes da região.
Para os catarinenses foi um imenso choque ver o outro lado do senador mineiro, revelado nas gravações feitas pelo empresário Joesley Batista ou nas interceptações telefônicas da Polícia Federal.
“Que atire a primeira pedra quem nunca se surpreendeu negativamente ou se decepcionou com um amigo. Não vou renegar minha relação de amizade com ele, nem mesmo em um momento tão negativo da sua vida”, afirmou Luciano Hulk a respeito do escândalo.
Cornificado politicamente pelo amigo, o ator Márcio Garcia, da Globo, desabafou: “Foi uma das maiores decepções da minha vida. Foi quase como se eu tivesse pego minha mulher na cama com outro”.
Ronaldo “A culpa não é minha, eu votei no Aécio” Fenômeno lamentou: “Em relação à vida política, o país vem sofrendo decepção atrás de decepção. O Brasil precisa de uma limpeza geral daqueles que não prestam. Estas pessoas deveriam deixar a vida pública”.
Aparentemente, a decepção chegou a Floripa e levou um grupo até agora anônimo a promover um escracho no entorno da lagoa da Conceição.
São dezenas de cartazes em postes e notas fake de real coladas no solo, pedindo entre outras coisas que o senador afastado “vá embora” ou pelo menos “não suje a lagoa”.
Há também menção, em nota de dois reais, à omissão de uma certa emissora durante toda a longa carreira do tucano, carreira que o levou de Minas ao Rio a Brasília e Florianópolis: “A Globo não te contou?”.
Um cartaz pergunta: “Quem é o primeiro a ser comido?”, numa referência à profética frase do enrolado senador Romero Jucá, que antecipou detalhadamente todo o desenrolar do golpe contra Dilma Rousseff e o desfecho num acordão, “com o STF, com tudo”.
Na semana que vem, o pleno do Supremo Tribunal Federal deverá julgar o pedido de prisão feito pela Procuradoria Geral da República contra Aécio, que atuou e continua atuando para embaraçar as investigações da Lava Jato. Tudo indica que ele continuará solto, mas não exatamente receberá as boas vindas se voltar à lagoa da Conceição.

Fonte: Viomundo

Gabriel Jesus sofre fratura no rosto e é cortado da seleção brasileira

Atacante fraturou a órbita esquerda, região da face que protege o olho, em choque com parceiro de equipe. Diego Souza será titular contra a Austrália
Lance que gerou a fratura do  

atacante brasileiro
Um novo exame realizado neste sábado (10), num hospital em Melbourne, detectou fratura na órbita esquerda de Gabriel Jesus. A órbita é uma cavidade no esqueleto da face que abrange uma estrutura óssea de proteção ao olho. O atacante foi cortado da seleção brasileira, que, nesta terça-feira, enfrentará a Austrália, às 7h05 (horário de Brasília).
Jesus foi atingido pelo zagueiro Otamendi nos minutos finais da derrota do Brasil por 1 a 0 pela Argentina. Curiosamente, ambos atuam no Manchester City, da Inglaterra.
Ao longo do dia, o médico Rodrigo Lasmar e o coordenador Edu Gaspar fizeram contatos com a diretoria do clube inglês para relatar o estado do jogador.
Logo depois do jogo, a CBF levou Gabriel Jesus a um hospital para fazer exames, e informou aos jornalistas que nenhuma fratura havia sido diagnosticada. No sábado, porém, uma nova avaliação foi feita e detectou a lesão.
Diego Souza será o substituto de Gabriel Jesus diante dos australianos. Tite não vai convocar outro jogador para o amistoso.
globoesporte.globo.com


Assaltantes invadem empresa no Parque Industrial Norte

(Foto - José Luiz Mendes)
Uma empresa localizada no Parque Industrial Norte de Apucarana foi invadida por dois bandidos na manhã da sexta-feira (09). De acordo com informações de testemunhas, os ladrões estavam armados com revólveres.
Cinco viaturas da Polícia Militar (PM) se mobilizaram para atender a ocorrência, no entanto ao chegarem no local, os assaltantes já tinham conseguido fugir em uma motocicleta.
Durante a ação foram levados dois celulares de funcionários e certa quantia em dinheiro (montante não foi informado).
Já na parte da tarde, uma troca de tiros próximo ao local do assalto mobilizou novamente a PM. Quatro homens ocupando um veículo VW Gol preto chegaram ao local e efetuaram disparos de arma de fogo. Na sequência o quarteto se evadiu. A PM realiza diligências no Parque Industrial Norte.
TN Online


Gilmar salva Temer e desmoraliza o TSE


Dois anos depois de lutar para que prosperasse a ação proposta pelo senador afastado Aécio Neves contra a presidente legítima Dilma Rousseff, quando as contas da campanha presidencial de 2014, já haviam sido aprovadas, o ministro Gilmar Mendes deu o voto de Minerva no julgamento que absolveu a chapa Dilma-Temer por 4 a 3; a mudança de posição se deve ao fato de o PSDB ter tomado o governo de assalto, nomeando quatro ministros; na decisão, Gilmar disse que deu força à ação "mas não para cassar mandato"; Temer foi salvo também por dois ministros que nomeou, Admar Gonzaga e Tarcísio Neto, além de Napoleão Nunes Maia Filho; charge de Latuff retrata a tragédia brasileira
247 - Dois anos depois de lutar para que prosperasse a ação proposta pelo senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) contra a presidente legítima Dilma Rousseff, quando as contas da campanha presidencial de 2014, já haviam sido aprovadas, o ministro Gilmar Mendes deu o voto de Minerva no julgamento que absolveu a chapa Dilma-Temer por 4 a 3 na noite desta sexta-feira no Tribunal Superior Eleitoral.
A mudança de posição se deve ao fato de o PSDB ter tomado o governo de assalto, nomeando quatro ministros. Em seu voto, Gilmar disse que deu força à ação, "mas não para cassar mandato". 
Antes de Gilmar, votaram pela cassação da chapa o relator do processo, ministro Herman Benjamin, e os ministros Luiz Fux e Rosa Weber. Votaram pela absolvição os ministros Napoleão Nunes Maia Filho, Admar Gonzaga e Tarcísio Neto. Os dois últimos foram nomeados recentemente por Temer para o tribunal.
No retorno do julgamento nesta tarde, o vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, apresentou um pedido para que o ministro Admar Gonzaga seja impedido de participar do julgamento. O motivo, segundo ele, é o fato de Gonzaga já ter atuado como advogado de Dilma Rousseff, ré no processo. Os ministros rejeitaram o pedido por unanimidade.
Rosa Weber vota pela cassação da chapa Dilma-Temer no TSE
André Richter - A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Rosa Weber votou hoje (9) a favor a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Com o voto da ministra, o placar da votação está empatado em 3 a 3. O voto de desempate será do presidente, Gilmar Mendes, presidente da Corte.
No voto, a ministra defendeu a inclusão das delações de ex-executivos da Odebrecht na análise da ação impetrada pelo PSDB, em 2014, e disse que fatos novos podem ser analisados pelo TSE.
A ministra adiantou seu voto logo no início da leitura de sua manifestação. Ao anunciar que acompanhava o entendimento do relator, ministro Herman Benjamin, ela classificou de "histórico" o voto dele.
Na sessão desta manhã, o relator Herman Benjamin votou pela cassação da chapa por abuso de poder político e econômico pelo recebimento de propina para financiar parte da campanha. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos.
Até o momento, também votaram contra a cassação os ministros Admar Gonzaga, Napoleão Maia e Tarcísio Vieira. Luiz Fux votou com o relator pela cassação.
Fux diz que TSE precisa se posicionar e vota pela cassação da chapa Dilma-Temer
Ivan Richard Esposito - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Fux votou hoje (9) pela cassação da chapa Dilma-Temer. O ministro concordou com a tese do relator, Herman Benjamin, de incluir na ação o conteúdo das delações premiadas de executivos da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura. Com isso, o placar da votação passa a ser de 3x2 contra a cassação da coligação Com a Força do Povo.
Em seu voto, Fux citou afirmação do presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, de que "até as pedras sabem que o ambiente político hoje está severamente contaminado" e disse que o TSE precisa se posicionar. "A hora do resgate é agora".
"Ouvimos aqui de todo os integrantes que os fatos são gravíssimos, insuportáveis, revelam crimes gravíssimos. Me pergunto, como magistrado, será que se eu como magistrado que vou julgar uma causa, agora, com esse conjunto, com esse quadro sem retoques de ilegalidade, infrações, eu vou me sentir confortável usando um instrumento processual para não encarar a realidade? A resposta pra mim é absolutamente negativa", disse Fux.
Para o ministro, o direito e a realidade não podem ser "apartados" justamente no momento da decisão final. "Não teria a paz necessária que deve ter um magistrado se eu pudesse não enfrentar esses fatos", acrescentou.
"Acolho as conclusões fático-probatórias do relator, que ninguém conhece melhor o processo do que ele, acolho a sua afirmação dentre os ilícitos comprovados de propina-poupança. Também acolho a prática ilícita do pagamento para João Santana. Confirmo o voto de que propina foi distribuída pela SetBrasil, propina caixa dois na conta-corrente da Odebrecht", justificou o ministro.
TSE: Tarcísio Vieira é o terceiro a votar contra cassação da chapa Dilma-Temer
André Richter - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Tarcísio Vieira votou hoje (9) contra a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Com o voto dele, o placar da votação está em 3 a 1 pela absolvição da chapa. Faltam os votos de três ministros.
Em seu voto, Vieira entendeu que as delações de ex-executivos da Odebrecht não podem ser analisadas pela Corte porque não estavam na petição original do PSDB, de 2014, quando o partido entrou com a ação pedindo a cassação da chapa vencedora das eleições presidenciais daquele ano.
Sobras as provas que restaram, como outros depoimentos de delatores da Operação Lava Jato, que também citam repasses de propina para a chapa, Tarcísio Vieira disse que as evidências não são suficientes para concluir que os recursos desviados para o PT e PMDB abasteceram a campanha de 2014.
"Não houve qualquer confirmação categórica [de testemunhas] acerca da utilização de propina de contratos de empreiteiras vinculadas com a Petrobras na campanha de 2014", disse o ministro.
Na sessão desta manhã, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, votou pela cassação da chapa por abuso de poder político e econômico pelo recebimento de propina para financiar parte da campanha. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos.
Até o momento, também votaram contra a cassação os ministros Admar Gonzaga e Napoleão Maia. Os próximos a votar serão os ministros Luiz Fux, Rosa Weber e o presidente da Corte, Gilmar Mendes.
Admar Gonzaga vota contra a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE
Ivan Richard Esposito - Alegando falta de provas e descartando o conteúdo das delações dos executivos da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônia Moura, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga votou há pouco contra a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Com isso, o placar da votação passa a ser de 2 votos contra e 1 a favor da cassação.
"Diante disso, à míngua de um contexto probatório contundente diante da gravidade sustentada, não reconheço a prática de abuso de poder em decorrência dos fatos em análise", disse Gonzaga em seu voto. "Não vislumbro a ocorrência de outros fatos que corroborem a destinação de fato abusivo", reforçou.
No início do seu voto, Admar Gonzaga criticou o pedido de suspeição dele feito pelo vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino. Para ele, o pedido é uma crítica aos advogados. "Não está em jogo aqui uma causa das eleições de 2010 que advoguei, e fiz com todo o esforço, e quando daqui sair, respeitada a quarentena, o farei novamente. Temos verificado essa astúcia de trazer, pouco antes da minha manifestação, uma espécie de constrangimento que eu não merecia. Esse comportamento tático não vai me constranger. Estou aqui revigorado para honrar os colegas [advogados] que estão aqui", disse o ministro, que representa a classe dos advogados na composição da Corte.
Aos recusar a utilização dos depoimentos de executivos da empreteira Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, Gonzaga alegou a preservação da segurança jurídica. "É preciso resguardar a segurança jurídica e política no exercício dos mandatos. É essencial conferir o mínimo de legitimidade aos exercentes do poder político, que não podem tomar decisões importantes com a espada de Dâmocles na cabeça, e uma espada que aumente de tamanho a cada dia", disse o ministro.
Gonzaga reconheceu que os depoimentos das delações tratam de "fatos gravíssimos que merecem apuração", mas que não podem ser tratados nesta ação, "em respeito à regra da congruência". "No Brasil de hoje [no contexto da Lava Jato], a cada vez que se mete a mão sai uma galinha. Mas tem que se reformular [a ideia] para o direito eleitoral. Pode sair a pena, mas tem que ser daquela galinha", disse em referência à peça inicial.
Na sequência da sessão, deverão votar os ministros Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux, e o presidente do tribunal, Gilmar Mendes, caso a votação esteja empatada.
Napoleão Maia vota contra cassação da chapa Dilma-Temer no TSE
André Richter - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Napoleão Maia votou hoje (9) contra a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições de 2014. Com o voto do ministro, o placar da votação está empatado em 1 a 1. Faltam os votos de cinco ministros.
Em seu voto, Maia votou contra a inclusão das delações de executivos da Odebrecht no processo e disse que não há provas suficientes para comprovar que a campanha eleitoral usou recursos ilegais de propina para financiar a disputa. De acordo com o ministro, as provas são somente ilações.
"Se for aceito isso, abre um leque infinito de punições para todo mundo que foi eleito com essa poupança [propina]", disse.
O ministro também entendeu que, nos casos de processos eleitorais, as provas devem ser limitadas ao pedido inicial. Maia também ressaltou que garantir a defesa das partes não significa concordar com suas condutas. "O garantismo é uma coisa, a impunidade é outra".
Na sequência da sessão, deverão votar os ministros Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux, e o presidente do tribunal, Gilmar Mendes.
Na sessão desta manhã, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, votou pela cassação da chapa por abuso de poder político e econômico pelo recebimento de propina para financiar parte da campanha. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos.
TSE rejeita pedido para impedir ministro Admar de julgar chapa Dilma-Temer
André Richter - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou há pouco pedido do vice-procurador eleitoral, Nicolao Dino, para impedir o ministro Admar Gonzaga de atuar no julgamento da ação na qual o PSDB pediu a cassação da chapa Dilma-Temer. Dino afirmou que Gonzaga atuou como advogado da campanha da ex-presidenta Dilma Rousseff antes de ser nomeado para o tribunal.
Após o pedido, a questão foi colocada em votação no plenário. Admar confirmou que não atuou como advogado da chapa e a suspeição foi rejeitada pela Corte. Após a deliberação, o presidente do TSE, Gilmar Mendes, acusou o Ministério Público Eleitoral (MPE) de não cumprir o princípio da lealdade processual e surpreender a Corte com o pedido.
Votação
Na sequência da sessão, deverão votar os ministros Napoleão Nunes Maia, Admar Gonzaga, Tarcisio Vieira, Rosa Weber, Luiz Fux e Gilmar Mendes. Na sessão desta manhã, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, votou pela cassação da chapa por abuso de poder político e econômico pelo recebimento de propina para financiar parte da campanha. Ele ponderou, no entanto, que os crimes atribuídos à chapa vencedora também foram praticados por outros partidos.
Relator no TSE finaliza voto e pede cassação de chapa Dilma-Temer
Alex Rodrigues e Yara Aquino - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin – relator do julgamento da ação em que o PSDB pede a cassação da chapa vencedora das eleições presidenciais de 2014 – concluiu a leitura de seu voto, ao decidir pela cassação da chapa presidencial Dilma Rousseff-Michel Temer. Segundo ele, houve abuso de poder econômico e político.
Concluída a leitura do voto do relator, o ministro Luiz Fux, substituindo o presidente da Corte, Gilmar Mendes interrompeu a sessão, que deve ser retomada por volta das 15 horas. Após o intervalo, os outros seis ministros começarão a proferir seus votos. A princípio, ficou acordado que cada ministro terá direito a 20 minutos de fala.
Após decidir sobre a cassação do mandato, a Corte definirá a possibilidade de tornar inelegíveis a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e o presidente Michel Temer (PMDB). Sobre a unicidade da chapa e o alcance de sua decisão sobre o mandato do atual presidente, Michel Temer, Benjamin disse que, "no Brasil, ninguém elege vice-presidente da República". "Elegemos uma chapa que está irmanada; fundida para o bem e para o mal", razão porque defende a aplicação da pena também a Temer", destacou.
Em seu voto, Herman Benjamin desconsiderou alguns indícios de práticas ilícitas que, embora segundo o próprio ministro, estejam comprovadas, não têm vínculos com a premissa inicial do processo. O ministro afastou o julgamento do pagamento de propina para a contratação de serviços para a construção da Usina Angra 3; a distribuição de propina na obra da Usina de Belo Monte e o pagamento, via caixa 2, dos serviços prestados pelo casal de publicitários João Santana e Mônica Moura.
Sobre quase todos esses pontos refutados, o ministro disse haver provas da prática de irregularidades, mas insuficientes para estabelecer uma relação direta entre a infração verificada e a petição inicialmente ajuizada pelo PSDB.
"Finalizo dizendo que tentei ser e me comportar como os ministros desta casa, os de hoje e os de ontem, e quero dizer que, tal qual cada um dos outros seis ministros que estão nessa bancada comigo, eu, como juiz, recuso o papel de coveiro de prova viva. Posso até participar do velório, mas não carrego o caixão", declarou Benjamin.
Para o relator, a chapa Dilma-Temer incorreu na prática de abuso de poder político e econômico ao receber propina da construtora Odebrecht por contratos assinados com a Petrobras e pagar as contas da campanha eleitoral de 2014 com esses recursos, conforme mostrou as investigações da Operação Lava Jato. Entre os gastos pagos com os recursos ilícitos estariam o tempo de rádio e televisão para divulgação de propaganda eleitoral da chapa Com a Força do Povo, em 2014.
"A consideração conjunta das provas confere segurança a esse relator para considerar comprovado o episódio da compra de tempo de TV dos partidos políticos para a campanha majoritária da coligação Com a Força do Povo, em 2014, o que, sem dúvida, configura, a meu juízo, flagrante abuso de poder econômico", disse o ministro. "Não importa se os recursos foram efetivamente para a compra do tempo de rádio e televisão. O que importa é que esses recursos foram pedidos e recebidos de forma ilícita; que houve uma triangulação comprovada, por caixa 2, em pleno período eleitoral entre partidos integrantes da coligação Com a Força do Povo."


Janot renova pedido de prisão de Aécio


O procurador geral da República, Rodrigo Janot, reiterou nesta sexta-feira o pedido de prisão preventiva do senador afastado Aécio Neves e manutenção da prisão de sua irmã, Andrea Neves; respondendo a recursos dos réus, Janot enviou ao STF documento em que destaca "a abundância de provas materiais concretas e idôneas imputadas aos presos em concurso com Aécio Neves, a alta gravidade do delito e o risco de reiteração, o que torna a prisão preventiva imprescindível para garantia da ordem pública"; "São muitos os precedentes do Supremo Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde que haja prova concreta do risco correspondente", diz Janot
Heloísa Cristaldo - repórter da Agência Brasil
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reiterou hoje (9) o pedido de prisão preventiva do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e manutenção da prisão de Andrea Neves, Mendherson Souza Lima e Frederico Pacheco. Em resposta a recursos, Janot enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documento em que destaca a abundância de provas materiais concretas e idôneas imputadas aos presos em concurso com Aécio Neves, a alta gravidade do delito e o risco de reiteração, o que torna a prisão preventiva imprescindível para garantia da ordem pública.
"São muitos os precedentes do Supremo Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde que haja prova concreta do risco correspondente", disse Janot.
Para o procurador, a transcrição de conversas entre os envolvidos mostra que há fartas evidências tendentes a demonstrar que Andrea Neves, Frederico de Medeiros e Mendherson Souza Lima trabalham diretamente nos negócios escusos feitos por Aécio. "Andrea Neves e Frederico de Medeiros trataram diretamente com Joesley Batista e Ricardo Saud, respectivamente, sobre a solicitação de propina no valor de R$ 2 milhões, ocorrida no ano em curso."
Segundo Janot, a irmã de Aécio, Andrea Neves, não só tem plena ciência do envolvimento do senador nas ilicitudes, como tem papel de protagonismo nas suas tratativas. O procurador ressaltou ainda que a relação de Andrea e Frederico Medeiros não pode ser considerada fato isolado. "A relação espúria que os une é muito anterior ao episódio mais recente de corrupção, e as provas colhidas demonstram que há um risco concreto de que, caso não sejam mantidos presos, reiterem nas graves condutas delitivas e possam destruir eventuais provas existentes em relação aos fatos ilícitos envolvendo Aécio Neves e ainda não totalmente esclarecidos".
Crime continuado e obstrução de Justiça
De acordo com Janot, existe risco de crime continuado, com a "probabilidade de que a lavagem de parte dos R$ 2 milhões recebidos da propina paga recentemente pela J&F, com participação direta de todos os requeridos, ainda esteja em curso".
Outro aspecto ressaltado por Janot nas gravações ambientais e interceptações telefônicas autorizadas pelo ministro do STF Edson Fachin, é fato de Aécio estar "adotando, constante e reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da Operação Lava Jato, seja por meio de alterações legislativas para anistiar ilícitos ou restringir apurações, seja mediante interferência indevida nos trabalhos da Polícia Federal, seja através da criação de obstáculos a acordos de colaboração premiada relacionados ao caso".
Segundo Janot, a prisão do senador afastado é a única maneira de salvaguardar a ordem pública e a própria instrução criminal. "Isso porque, além da possibilidade concreta de prática de novos delitos por parte dos requeridos, há o risco grave e concreto de que ações criminosas já iniciadas pelo senador Aécio Neves, para embaraçar as investigações em curso no âmbito do Supremo Tribunal Federal - relacionadas à organização criminosa da Operação Lava Jato - atinjam seu objetivo", afirmou.
Brasil 247


Prefeito visita idosa centenária de Apucarana

A idosa de 102 anos recebeu a visita do prefeito na manhã desta sexta-feira (09) no Núcleo Afonso Alves de Camargo
(Foto: Josias Pinto)
O prefeito Beto Preto esteve na manhã desta sexta-feira, no Núcleo Afonso Alves de Camargo, para visitar a senhora Joana Francisco Conceição Pereira que tem 102 anos de idade, e tinha um grande desejo de conhecer o prefeito pessoalmente.  Beto foi recebido pela idosa e suas filhas Leontina e Benedita, que cuidam em tempo integral da mãe e também de seu companheiro inseparável o cachorrinho Bilu.
Dona Joana nasceu no dia 20 de maio de 1915, em Canitar interior do estado de São Paulo, e que fica próximo da cidade de Ourinhos. Ela ficou viúva há 11 anos, teve 08 filhos e dezenas de netos, bisnetos e tataranetos. Mesmo não tendo mais obrigatoriedade de votar, ela fez questão de ir até a sessão eleitoral para votar no prefeito Beto Preto nas eleições de 2016.
Para o prefeito foi um momento muito importante e feliz, pois chegar a 102 anos de vida é considerado um privilégio e faz pensar sobre a importância de garantir a boa saúde e o que se tem feito para isto.
“A dona Joana é um exemplo de pessoa e de vida, que nos inspira a manter os cuidados com a nossa saúde para que amanhã possamos ter tanta vivacidade quanto ela. Quero agradecer pelo carinho, e desejar muita saúde, alegria e lucidez”, destacou o prefeito.
Assessoria de Imprensa da Prefeitura


Amuvi incentiva a cobrança da taxa de lixo junto à conta de água

Dos 26 municípios membros da Amuvi, apenas quatro mantém a cobrança na conta de água da Sanepar: Apucarana, Marilândia do Sul, Ivaiporã e São João do Ivaí
(Foto: Edson Denobi/PMA)
A Associação dos Municípios do Vale do Ivaí (Amuvi) voltou a defender a adesão das prefeituras a um convênio com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), possibilitando que a taxa de coleta do lixo domiciliar seja faturada junto à conta de água. O assunto, que já havia sido abordado na reunião ordinária realizada no final de maio em Rosário do Ivaí, foi detalhado em reunião técnica nesta sexta-feira (09/06), na sede da associação em Apucarana. A prática atual é o lançamento do valor global da taxa junto ao carnê do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o principal atrativo para as prefeituras, em proceder a transferência de cobrança, é o incremento na arrecadação, uma vez que a inadimplência no pagamento do imposto territorial é grande em praticamente todas as prefeituras, ficando em média na ordem de 40%.
Participaram da reunião prefeitos, técnicos municipais envolvidos com tributação, gerentes e técnicos da Sanepar. Dos 26 municípios membros da Amuvi, apenas quatro mantém a cobrança na conta de água da Sanepar: Apucarana, Marilândia do Sul, Ivaiporã e São João do Ivaí. Como duas prefeituras possuem sistemas próprios de abastecimento, a sugestão da Amuvi foi estendida às demais 20 cidades. “Só há vantagens para o município. Nós, gestores públicos, temos expertise para a Educação, Saúde, Infraestrutura. O manejo dos resíduos sólidos tem que deixar para quem sabe. O melhor caminho é a terceirização e para isto são necessários recursos. Ao ser lançada junto à conta da Sanepar, as prefeituras têm maior garantia de recebimento da taxa, podendo subsidiar com segurança a prestação de serviços”, observou Beto Preto, presidente da Amuvi e prefeito de Apucarana.
Os recursos são repassados aos cofres municipais pela Sanepar até o 10º dia útil do mês. “É dinheiro que entra todo mês para subsidiar o serviço e o que sobra pode ser usado para uma obra, para a reforma de uma escola, de um posto de saúde, para a compra de medicamento, para cuidar melhor da população”, pontuou o presidente da Amuvi.
O modelo de Apucarana foi apresentado como referência. “Repassamos aos presentes a forma como lidamos com a questão, qual o embasamento jurídico, os caminhos para a prefeitura firmar o convênio, as bases de cálculo e de reajuste anual”, explicou Beto Preto. No caso de Apucarana, o presidente da Amuvi ressaltou que o convênio garante muitos avanços, embora a cidade ainda busque equacionar um déficit entre o que é arrecadado e investido, já que em 2016 a arrecadação com a taxa do lixo foi de R$ 5,9 milhões e o gasto de R$ 6,3 milhões. “No caso de Apucarana existem outros custos. Não é só a coleta domicilar, temos a gestão do aterro sanitário, serviço que também está à cargo da Sanepar, e a coleta do lixo reciclável”, explicou.
O gerente geral da Sanepar na Região Nordeste, Sérgio Bahls, pontuou que a estatal tem índice de inadimplência de no máximo 2%. “Temos uma cobrança efetiva de 98%”, informou. Entre as vantagens para as prefeituras, além do reduzido percentual de inadimplência, são ainda fluxo de caixa contínuo, possibilidade de o cliente parcelar o serviço em 12 vezes, atualização cadastral mensal e o recebimento pela prefeitura dos valores arrecadados até o décimo dia útil do mês subsequente ao pagamento pelos contribuintes.
O presidente da Amuvi, Beto Preto, disse que na próxima semana a associação deve enviar uma nota técnica a todas as prefeituras para auxiliar os gestores interessados. Para que o tributo possa ser lançado junto à conta de água da Sanepar já em 2018, os municípios deverão aprovar legislação municipal autorizatória e de base de cálculo até o dia 29 de setembro. Técnicos da Sanepar se colocaram à disposição para irem às câmaras municipais, caso necessário, explicar aos vereadores as vantagens da transferência de cobrança.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura


sexta-feira, 9 de junho de 2017

Canziani critica livro infantil que faz apologia ao incesto e pedofilia

Obra estava sendo distribuída para escolas. Ministro da Educação já mandou recolher publicação.

O deputado federal Alex Canziani (PTB) está indignado com a obra literária “Enquanto o Sono não Vem”, de José Mauro Brandt, que estava para ser distribuída entre os alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Fundamental da rede pública de Educação, dentro da política do Pacto Nacional pela “Alfabetização na Idade Certa” (PNAIC). Para ele, um dos contos, intitulado “A Triste História de Eredegalda”, faz apologia ao incesto, à pedofilia e ao machismo: “Não queremos censurar livros, mas não se pode dar, a uma criança de 7 a 8 anos, uma história como essa”, realçou, de forma contundente. No conto, o pai, que é um rei, sugere a ideia de se casar com uma de suas filhas e transformar sua esposa em criada. A filha acaba morrendo no fim da história. O enredo rende polêmicas em muitas regiões do país.

O parlamentar paranaense, que preside a Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, criticou o livro na manhã da quarta-feira (7) durante reunião da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. Ele pediu um aparte à presidência da CE para argumentar.

Alex Canziani entrou em contato com o MEC para solicitar o recolhimento do livro de todas as escolas do país. Ele também pediu uma audiência ao ministro Mendonça Filho para formalizar a queixa e reiterar sobre o recolhimento. Ontem (08), no começo da tarde, o ministro concordou com a tese de Canziani e anunciou o recolhimento dos livros com base em um parecer técnico.

Veja aqui o conto e a crítica que o deputado fez na Comissão de Educação, e aqui o vídeo do ministro onde ele anuncia o recolhimento da obra. Abaixo, o conto assinado por Mauro Brandt.

“A Triste História de Eredegalda”

Eram três filhas de um rei.
Todas três eram belas.
A mais bela de todas
Eredegalda chamava.

Um dia, seu pai lhe disse:
-Se quiseres casar comigo,
Serás a minha esposa,
E tua mãe, nossa criada.

-Isso não, querido pai,
Isso não pode ser,
Prefiro ficar fechada
Do que ver minha mãe criada.

Então o rei mandou construir três torres
E trancou Eredegalda dentro.
Só poderia comer carne salgada
Sem beber um copo d'água.

Eredegalda saiu chorando,
Chorando lágrimas de sangue.
Subiu à primeira torre
Para ver quem avistava.

Avistou suas irmãs,
Que na praia passeavam,
E disse: - Irmãs queridas,
Vêm me dar um copo d'água.

-Não lhe damos um copo d'água,
Pois papai já nos jurou
Pela ponta da sua espada
Se te dermos um copo d'água.

Eredegalda saiu chorando,
Chorando lágrimas de sangue.
Subiu à segunda torre
Para ver quem avistava.

Avistou a sua mãe,
Que na sala descansava,
E disse: -Ó mãe querida,
Vem me dar um copo d'água.

-Não lhe dou um pingo d'água,
Pois seu pai vai me matar,
Com a ponta da sua espada,
Se eu te der um copo d'água.

Eredegalda saiu chorando,
Chorando lágrimas de sangue.
Subiu à terceira torre
Para ver quem avistava.

Avistou o triste pai,
Que num jardim de rosas passava,
E disse: -Ó querido pai, por favor
Dê me um copo d'água.

-Não te dou um copo d'água,
Pois tu não quiseste ser minha.
Serias a minha amada;
Tua mãe nossa criada.

Eredegalda saiu chorando,
Chorando lágrimas de sangue,
E disse: - Pai, se é a mim que tu queres,
toma lá minha mão esquerda.

Vou mandar três cavaleiros,
Cada qual com um jarro d'água.
Aquele que chegar primeiro
Casará com Eredegalda.

Todos três chegaram juntos
Mas Eredegalda já estava morta,
Acompanhada de quatro anjos
E Jesus perto da porta.