terça-feira, 23 de maio de 2017

Grampo com Andrea Neves derruba Reinaldo Azevedo


Em conversa interceptada pela Polícia Federal, o jornalista Reinaldo Azevedo dialoga com Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves, e classifica uma reportagem da revista Veja, onde trabalha, como "nojenta"; ele se referia à edição que trouxe Aécio na capa; no mesmo diálogo, ele também critica o procurador-geral da República, Rodrigo Janot; assim que a conversa foi divulgada, Reinaldo pediu demissão de Veja e disse que o grampo violou um dos pilares da democracia, que é o sigilo entre jornalistas e suas fontes: "Há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo", escreveu, em resposta ao portal BuzzFeed
247 - O jornalista Reinaldo Azevedo teve uma conversa com Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves, interceptada pela Polícia Federal, informa o portal BuzzFeed. O assunto tratado são as acusações contra Aécio contidas na delação da Odebrecht.
No diálogo, ele classificou uma reportagem da revista Veja, onde trabalha, como "nojenta". Ele se referia à edição que trouxe Aécio na capa, com o título "A vez de Aécio", que traz a acusação do empresário Alexandre Accioly, dono da academia Bodytech, de que emprestou uma conta em Cingapura para Aécio receber propina da Odebrecht.
"Aí aparece uma história maluca, que já tinha aparecido um mês atrás mais ou menos naquele site BuzzFeed, dessa conta do Accioly em Cingapura. Que era, em tese, o mesmo dinheiro da minha em Nova York, que é o tal dinheiro da [usina] Santo Antônio. É essa coisa mágica, que ninguém consegue explicar, porque que o Aécio poderia ganhar uma bolada desse tamanho numa obra que é do governo federal. [...]", comenta Andrea na conversa.
Reinaldo criticou também o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele dizia que o Janot atacava Aécio por supostas pretensões de se candidatar ao governo de Minas Gerais ou ao Senado.
Assim que a conversa foi divulgada, o colunista pediu demissão de Veja e disse que o grampo violou um dos pilares da democracia, que é o sigilo entre jornalistas e suas fontes. 
"Há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo", escreveu.
"A PF não considerou indícios de crimes na conversa realizada entre o jornalista e sua fonte, Andrea Neves. Mesmo assim, as gravações foram anexadas pela Procuradoria-Geral da República ao conjunto de áudios anexados ao inquérito que provocou o afastamento de Aécio e a prisão da irmã", diz a reportagem do BuzzFeed.
Leia aqui o diálogo gravado e confira a íntegra da resposta de Reinaldo:
"Pela ordem:
Comecemos pelas consequências.
Pedi demissão da VEJA. Na verdade, temos um contrato, que está sendo rompido a meu pedido. E a direção da revista concordou.
1: não sou investigado;
2: a transcrição da conversa privada, entre jornalista e sua fonte, não guarda relação com o objeto da investigação;
3: tornar público esse tipo de conversa é só uma maneira de intimidar jornalistas;
4: como Andrea e Aécio são minhas fontes, achei, num primeiro momento, que pudessem fazer isso; depois, pensei que seria de tal sorte absurdo que não aconteceria;
5: mas me ocorreu em seguida: "se estimulam que se grave ilegalmente o presidente, por que não fariam isso com um jornalista que é critico ao trabalho da patota.
6: em qualquer democracia do mundo, a divulgação da conversa de um jornalista com sua fonte seria considerado um escândalo. Por aqui, não.
7: tratem, senhores jornalistas, de só falar bem da Lava Jato, de incensar seus comandantes.
8: Andrea estava grampeada, eu não. A divulgação dessa conversa me tem como foco, não a ela;
9: Bem, o blog está fora da VEJA. Se conseguir hospedá-lo em algum outro lugar, vocês ficarão sabendo.
10: O que se tem aí caracteriza um estado policial. Uma garantia constitucional de um indivíduo está sendo agredida por algo que nada tem a ver com a investigação;
11: e também há uma agressão a uma das garantias que tem a profissão. A menos que um crime esteja sendo cometido, o sigilo da conversa de um jornalista com sua fonte é um dos pilares do jornalismo".


Por escalação irregular, Chape é punida pela Conmebol e está fora da Libertadores

Entidade retira pontos ganhos de time brasileiro por escalação de zagueiro Luiz Otávio e concede vitória ao Lanús por 3 a 0; Chape não tem mais chances de avançar no Grupo 7 e só pode chegar na Sul-Americana

Luiz Otávio marcou um dos gols na vitória da Chape contra
o Lanús. Conmebol deu os pontos ao time argentino
(Foto: AP Photo/Agustin Marcarian)
O desfecho que a Chapecoense não desejava aconteceu. A Conmebol, no começo da tarde desta terça-feira, puniu o clube brasileiro pela escalação irregular do zagueiro Luiz Otávio, na partida contra o Lanús, pela quinta rodada do Grupo 7 da Libertadores. Com isso, a Chape está eliminada da competição continental - os pontos foram retirados da equipe brasileira e computados para o time argentino, com um placar de 3 a 0. Nesta noite, portanto, a Chapecoense entra em campo, diante do Zulia, apenas com a possibilidade de alcançar a terceira colocação do Grupo 7, e uma vaga na Copa Sul-Americana.
Com a punição, a Chapecoense terá sete dias para recorrer ao Comitê de Apelações da Conmebol. O sorteio das oitavas de final está marcado para o dia 7 de junho, em Luque, no Paraguai.
A situação do Grupo 7 fica desta maneira. Lanús, com 10 pontos ganhos está classificado para as oitavas. Nacional, com 8 pontos é o vice-líder e precisa de um empate para avançar ou contar com uma derrota do Zulia, nesta terça. O time venezuelano busca uma vitória na Arena Condá para ter chances de avançar – mas precisaria retirar uma diferença de oito gols no saldo. Com quatro pontos, a Chape tem apenas a chance de terminar na terceira colocação, em caso de empate, para poder ir à Sul-Americana.
Toda confusão teve início minutos antes da partida em Buenos Aires, na última quarta-feira, quando o delegado da partida informou que Luiz Otávio - que acabou marcando o gol da vitória por 2 a 1 - não poderia atuar por sofrer suspensão de três jogos pela expulsão diante do Nacional - cumpriu o primeiro na final da Recopa, contra o Atlético Nacional. A Chapecoense alegou não ter sido informada oficialmente da punição e manteve a escalação.
O que é certo é que Luiz Otávio não estará em campo nesta terça-feira, na Arena Condá. Por conta da suspensão, o zagueiro ficou fora da lista de relacionados. Vagner Mancini terá o retorno de Andrei Girotto, que não encarou o Lanús, na vaga de Moisés Ribeiro. Na defesa, Nathan atuará ao lado de Grolli. Na estreia dos dois times na Libertadores, a Chape venceu o Zulia em Maracaibo, por 2 a 1.
CHAPE ALEGOU QUE HAVIA SIDO INDUZIDA AO ERRO
O processo de julgamento realizado pela Conmbeol é bastante diferente do que acontece no Brasil. A Chapecoense não teve, por exemplo, possibilidade de realizar sua defesa de maneira oral, com a presença das partes. O critério utilizado pela instituição foi todo baseado em cima da defesa escrita protocolada. No entanto, a Chape solicitou a realização de uma audiência presencial, porém, não foi acatada.
Um dos advogados de defesa da Chape, Mario Bittencourt, explicou como foi feita a defesa da Chapecoense no caso.

- Nossa defesa está baseada no fato de que a confusão de envio de e-mails da Conmebol induziu a Chapecoense ao erro. No caso da comunicação da suspensão automática, onde já houve desencontro de informações, a troca de e-mails foi toda com o advogado interno do clube. Em seguida eles alegam ter enviado e-mail para outra pessoa do clube, que não o advogado, informando da suspensão de três jogos, frise-se, teoricamente no mesmo dia em que enviaram a resposta sobre a consulta da suspensão automática. Por que não enviaram ao próprio advogado que tinha feito a defesa da causa e estava habilitado? - questionou o advogado Mário Bittencourt, contratado para defender o clube ao lado do corpo jurídico da Chapecoense.
Fonte: globoesporte.com

Loures, homem de confiança de Temer, entrega a mala da propina à PF


Deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), homem de confiança de Michel Temer e que foi flagrado recendo R$ 500 mil em propinas pagas pelo grupo JBS, entregou à Polícia Federal em São Paulo a mala com a qual foi flagrado transportando o dinheiro, e que estava desaparecida
247 - O deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), homem de confiança de Michel Temer e que foi flagrado recendo R$ 500 mil em propinas dentro de uma mala entregue pelo grupo JBS, entregou a mala - que estava desaparecida - à Polícia Federal em São Paulo, informa a Folha.
Em sua delação premiada, um dos donos da JBS, Joesley Batista, afirmou que Loures havia sido indicado por Temer para tratar de assuntos de interesse do grupo empresarial junto ao governo. Loures acabou sendo filmado em uma operação controlada da PF ao receber a mala e depois entrando correndo em um táxi no último dia 28 de abril.

No mesmo período, Temer foi gravado pelo empresário avalizando o pagamento de propinas para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso e condenado na Lava Jato.

Áudio revela que aeroporto era mesmo de Aécio


As gravações da Polícia Federal trazem mais uma confirmação humilhante para o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG); de acordo com os grampos, o aeroporto de Cláudio (MG), construído com dinheiro público na sua gestão, servia para atendê-lo e a chave ficava com seu segurança; a informação veio em uma conversa interceptada de Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, o mesmo indicado pelo tucano para receber R$ 2 milhões, solicitados pelo tucano ao empresário Joesley Batista, da JBS; o aeroporto de Cláudio foi construído em uma área que pertencia a um tio-avô de Aécio; a obra foi concluída em 2010, a um custo de R$ 13,9 milhões; a pista fica próxima a uma fazenda da família.
Minas 247 - As gravações da Polícia Federal trazem mais uma confirmação humilhante para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que se licenciou da presidência do PSDB e já foi afastado do cargo de senador pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com grampos da operação controlada da Polícia Federal deflagrada na semana passada, o aeroporto de Cláudio, em Minas Gerais, construído com dinheiro público durante a gestão de Aécio, servia para atender a família do tucano e a chave ficava com seu segurança, informa reportagem de Fábio Leite.
A informação veio em uma conversa interceptada de Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, o mesmo indicado pelo tucano para receber R$ 2 milhões solicitados pelo senador ao empresário Joesley Batista, da JBS, segundo ele para pagar despesas do advogado no âmbito da Lava Jato.
O aeroporto de Cláudio foi construído em uma área que pertencia a um tio-avô de Aécio. A obra teve início durante sua gestão e foi concluída em 2010, a um custo de R$ 13,9 milhões. A pista fica próxima a uma fazenda da família Neves
Confira o diálogo de Fred:
"Se o Duda tá descendo no avião alguém vai abrir o portão pra ele ou não?", pergunta o interlocutor não identificado. "Sim, já deve ter aberto... ele já deve ter saído e já deve ter fechado", responde Fred. "E quem que é essa bênção de pessoa?, continua o interlocutor. "Deve ser o segurança do Aécio", diz Fred. "Ah, ele tem a chave?", insiste o interlocutor. "Deve ter.. tô imaginando na condição de alguém for lá abri-lo...Eu não sei nem se vai, mas deve...Passa lá na porta", conclui Fred.


Suspeitos de matar trabalhador que foi socorrer vítima de assalto são apresentados pela Polícia Civil

Cinco suspeitos de latrocínio foram apresentados pela Polícia Civil, na tarde de segunda-feira (22), em Apucarana. Conforme as investigações conduzidas pelo delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) José Aparecido Jacovós, eles assassinaram um trabalhador que tentou ajudar duas vítimas de assalto, há quase duas semanas, em uma casa no Parque Araucárias. Aparecido Rufino da Silva, 47 anos trabalhava em uma fábrica perto do local do roubo. 
O setor de homicídios da 17ª SDP conseguiu identificar os autores do crime logo após o assassinato. Rubens Rodrigues da Silva, 48 anos, Gabriel Botelho Mendes, 21 anos, e mais três adolescentes foram apreendidos, todos foram apresentados na tarde desta 
Relembre o caso

Conforme informações apuradas no local, quatro rapazes - todos armados e encapuzados - arrombaram uma casa, localizada no Parque Araucária. Eles entraram pela porta da cozinha e surpreenderam duas mulheres que estavam no local. Uma das vítimas gritou por socorro e o pedido foi ouvido por funcionários de uma fábrica nas proximidades, que foram até o local ajudar as vítimas. 

Segundo as testemunhas, Aparecido Rufino da Silva acabou confrontando os bandidos que atiraram várias vezes contra o homem e fugiram do local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, no entanto, a vítima já estava morta. 
Fonte: TN Online


segunda-feira, 22 de maio de 2017

Lava Jato atesta: Temer e Aécio são criminosos


Os procuradores que integram a força-tarefa da Lava Jato, que têm obsessão pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, finalmente se manifestaram sobre as revelações da última semana, que apanharam Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves cometendo crimes em flagrante; em nota, eles apontaram Temer e Aécio como criminosos, ainda que não os tenham citado nominalmente; “Os últimos acontecimentos, aliás, levam a força-tarefa da Lava Jato a manifestar seu estarrecimento diante da gravidade dos crimes que se tornaram públicos. De fato, recentemente, vieram à tona evidências de crimes atuais praticados pelo presidente da República e por senador então presidente de um dos maiores partidos políticos”, diz o texto; críticos da Lava Jato, no entanto, apontam que a operação foi crucial para que Temer e Aécio assaltassem o poder, por meio de um golpe parlamentar que afastou uma presidente honesta
247 – A força-tarefa da Lava Jato, composta por procuradores como Deltan Dellagnol e Carlos Fernando Lima, considera que Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves são criminosos.
É o que aponta nota do grupo, divulgada nesta segunda-feira.
“Os últimos acontecimentos, aliás, levam a força-tarefa da Lava Jato a manifestar seu estarrecimento diante da gravidade dos crimes que se tornaram públicos. De fato, recentemente, vieram à tona evidências de crimes atuais praticados pelo presidente da República e por senador então presidente de um dos maiores partidos políticos”, dizem os procuradores.
“Depois de três anos do início das investigações, vê-se que líderes políticos continuam a tramar no escuro a sua anistia, a colocação de amarras nas investigações e a cooptação de agentes públicos, ao mesmo tempo em que ficam livres para desviar o dinheiro dos brasileiros em tempos de crise, utilizando como escudo sua imunidade contra prisão e o foro privilegiado”, prosseguem.
“Tanto os fatos que são objeto da denúncia apresentada nesta data, como os novos fatos que se tornaram públicos na última semana, são manifestações de um mesmo problema, o apodrecimento do sistema político-partidário. A força-tarefa da Lava Jato se coloca ao lado dos milhões de brasileiros indignados com essas práticas e que farão de tudo, debaixo da Constituição e da Lei, para enfrentar a corrupção.”
Críticos da Lava Jato, no entanto, apontam que operação foi crucial para que Temer e Aécio assaltassem o poder, por meio de um golpe parlamentar que afastou uma presidente honesta.


A República arde e o MP denuncia Lula por pedalinhos, barco de lata e shampoo


"Francamente, não consigo fugir dessa impressão de ridículo que tudo isso causa, numa República que está em chamas, com malas de dinheiro passando de lá para cá, com percentagem de 5% em negócios de milhões, com o presidente da República ouvindo – com ou sem edição – que o silêncio de Eduardo Cunha e juízes e promotores haviam sido comprados… Se não fosse uma tragédia, a Justiça brasileira seria uma piada", escreve o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço
Por Fernando Brito, do Tijolaço
Trechos que extraio da denúncia apresentada por Deltan Dallagnol e demais “tarefeiros da Força” de Curitiba, para provar que Lula e Marisa Letícia usavam o sítio de Atibaia, o que jamais foi negado por eles.
Em 05 de agosto de 2014, MARADONA [caseiro do sítio]encaminha para o INSTITUTO LULA correio eletrônico com o título “lago e pato”, com seis anexos de fotos do lago e pedalinhos do sítio, adquiridos por segurança de LULA459 . Com efeito, por ocasião do cumprimento de mandado de busca e apreensão no sítio de Atibaia, os pedalinhos foram lá encontrados pelos Peritos Federais, assim como suas capas, as quais levavam os nomes dos netos de LULA.”
Em 05 de outubro de 2014, MARADONA encaminha para o INSTITUTO LULA com o título “armadilha”. No e-mail, o caseiro do sítio de Atibaia informa que “morreu mais um pintinho essa noite e caiu dois gambá nas armadilhas”
No banheiro da suíte principal também foram encontrados diversos produtos manipulados que apresentavam em seu rótulo a identificação de MARISA LETÍCIA LULA DA SILVA como cliente
Notas fiscais de fornecedores e prestadores de serviços que indicam ser LULA o proprietário e possuidor do Sítio de Atibaia:
MARISA LETÍCIA adquiriu uma pequena embarcação para o Sítio de Atibaia junto a empresa Miami Náutica Ltda., representante comercial da Alumax Náutica Eirelli – EPP485. Conforme informado pelos responsáveis por tais estabelecimentos comerciais, dois senhores, que se identificaram como DARIO (Tel. xx) e LUIS (Tel. xx), efetuaram a compra de um Barco Squalus 600, no valor de R$ 4.126,00, em nome de MARISA LETICIA.
Na residência de LULA, também foram encontrados documentos relativos a pedalinhos que foram adquiridos da empresa IPE FIBRA DE VIDRO LTDA (CNPJ 20.886.339/0001- 44), em setembro de 2013, pelo valor de R$ 5.600,00, e entregues no Sítio de Atibaia
Tudo isso para provar o que não é negado: que Lula e Marisa faziam uso do sítio, que pertence a Fernando Bittar, filho de Jacob Bittar, velho amigo do ex-presidente. Ao menos que eu lesse, não é descrito o conteúdo das latas de lixo certamente reviradas.
Daí, parte-se para relacionar obras feitas de favor para dotar o sítio de mais conforto como resultado de um esquema criminoso que inclui navios-sonda da Petrobras, refinarias e outras obras de bilhões, numa evidente desproporção com o que poderia ser achaque.
Francamente, não consigo fugir dessa impressão de ridículo que tudo isso causa, numa República que está em chamas, com malas de dinheiro passando de lá para cá, com percentagem de 5% em negócios de milhões, com o presidente da República ouvindo – com ou sem edição – que o silêncio de Eduardo Cunha e juízes e promotores haviam sido comprados…
Se não fosse uma tragédia, a Justiça brasileira seria uma piada.


Janot recorre e pede prisão de Aécio e Loures


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu novamente nesta segunda-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR); as prisões foram negadas pelo ministro Edson Fachin, porque ambos têm o foro privilegiado; no entanto, como Aécio e Rocha Loures foram afastados de seus mandatos, o caso, agora, será levado ao plenário da corte por Fachin; Aécio foi flagrado pedindo propina para Joesley Batista; Rocha Loures, que disse ser emissário de Michel Temer, recebeu uma mala com R$ 500 mil, mas disse que não sabia que ela tinha dinheiro
247 – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu novamente nesta segunda-feira (22) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
As prisões foram negadas pelo ministro Edson Fachin, porque ambos têm o foro privilegiado.
No entanto, como Aécio e Rocha Loures foram afastados de seus mandatos, o caso, agora, será levado ao plenário da corte por Fachin.
Aécio foi flagrado pedindo propina para Joesley Batista.
Rocha Loures, que disse ser emissário de Michel Temer, recebeu uma mala com R$ 500 mil, mas disse que não imaginava que ela continha dinheiro, fazendo pouco caso da inteligência dos brasileiros.
Com o recurso, o pedido deverá agora ser analisado pelo plenário do STF, formado pelos 11 ministros da Corte.


Rachão no Palmeiras termina em discussão entre Felipe Melo, Cuca e preparador

Bate-boca no fim da atividade em campo reduzido aconteceu durante a entrevista coletiva do volante Thiago Santos, na tarde desta segunda-feira, na Academia
Enquanto Thiago Santos dava entrevista coletiva na sala de imprensa da Academia de Futebol, na tarde desta segunda-feira, os reservas participavam de uma atividade de dois toques em campo reduzido. Mas o clima esquentou no fim do trabalho.
Cuca conversa com Feitosa durante a confusão
(Foto: Bruno Ulivieri/Raw Image/Estadão Conteúdo)
Felipe Melo discutiu com preparador físico Omar Feitosa, que estava apitando o rachão. A conversa em tom mais ríspido, que também teve intervenções de Cuca, foi por causa de marcações e da contagem do placar da atividade. No fim, o volante seguiu para o vestiário discutindo com Feitosa.
Em imagens divulgadas pelo canal Fox Sports, Felipe Melo e Omar Feitosa discutem, com o volante gesticulando bastante. Logo em seguida, como mostram imagens do Esporte Interativo, Cuca também gesticula para o preparador, mas de forma mais forte.
O que incomodou os palmeirenses foi o fato de a discussão ter ocorrido em campo, próximo aos jornalistas. O assunto, porém, é tratado no clube como algo de jogo.
Essa não é a primeira vez que uma discussão agita o Palmeiras. Durante o jogo de ida da semifinal do Campeonato Paulista, em Campinas, Omar Feitosa teve de ser contido pelos atletas durante uma discussão com Thiago Santos no banco de reservas. Na ocasião, o preparador tentou evitar uma expulsão do volante por causa de reclamação.

Antes, em Montevidéu, na véspera da partida contra o Peñarol, Felipe Melo deu uma bronca em Róger Guedes em uma atividade de aquecimento realizada no estádio do Defensor. Na ocasião, o clube também classificou o caso como uma discussão normal no ambiente do futebol.
Fonte: globo.com

São Paulo recebe o Avaí mirando primeira vitória e aliviar a pressão

Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press
Durante a semana de treinamentos fechados para a imprensa no CCT da Barra Funda, os jogadores do São Paulo enfatizaram a importância de retomar a confiança da equipe. Nesta segunda-feira, o Tricolor terá essa oportunidade ao enfrentar o Avaí, no Estádio do Morumbi, às 20h (de Brasília), pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
O São Paulo já acumula três partidas consecutivas sem vitória, e, somado a isso, as três eliminações em torneio mata-matas na temporada fazem a pressão sob o trabalho de Rogério Ceni aumentar. Mesmo sabendo da importância de um triunfo nesta segunda, o treinador não acredita que o panorama tricolor irá mudar em casa de uma vitória.
“Acho que não muda muita coisa. Uma vitória pode trazer uma paz momentânea. O torcedor e todos vocês criam uma expectativa pelo fato da equipe jogar no Morumbi, mas não será uma vitória fácil, o campeonato reserva surpresas. O Avaí chegou na final do Campeonato Catarinense e não ganhou pelos critérios de desempate. No Campeonato Brasileiro todos os jogos são complicados. Desde goleadas que ocorreram até resultados surpreendentes, como o empate entre Corinthians e Chapecoense. Trabalhamos sempre buscando a vitória”, afirmou o treinador.
Enquanto Rogério Ceni se mostra cauteloso sobre a partida, Lugano parece bem mais confiante com o desempenho do São Paulo nesta temporada. O uruguaio está certo de que o Tricolor pode conquistar uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem.
“Temos um bom elenco. Com uma vitória, as coisas vão mudar. Temos condições de, no mínimo, buscar uma vaga na Libertadores. São jogadores de alto nível. Temos que fazer o mais difícil que é mudar a energia, que hoje está contra nós”, disse o experiente zagueiro.
Na última terça-feira, a Gazeta Esportiva apurou a informação de que o técnico Rogério Ceni e o meia Cícero tiveram um entrevero no vestiário do Tricolor, na derrota para o Corinthians, em partida válida pelo primeiro jogo da final do Campeonato Paulista. Apesar de o Mito seguir prestigiado dentro do conselho administrativo do clube, a pressão sobre o treinador, que já era grande, se torna ainda maior a cada confusão que deixa os bastidores.
Se sofrer um revés no Morumbi, após perder para o Cruzeiro na estreia do Brasileirão, o São Paulo já sabe que terminará a rodada na zona de rebaixamento. A escalação da equipe ainda é um mistério, já que Ceni abriu apenas um treinamento do tricolor nesta semana.
Apesar da fase complicada do São Paulo, o Avaí não se engana achando que a partida será fácil no Morumbi. O técnico Claudinei Oliveira sabe que o Tricolor está desesperado pela vitória e aposta no contra-ataque para surpreender no Morumbi.
“Precisamos jogar nosso jogo. Temos uma forma definida de atuar, organizada taticamente, explorando a questão defensiva e a velocidade. Não devemos mudar e jogar de outra maneira. Temos um time vertical e que se destaca por isso. Esperamos que proponham o jogo, com posse de bola e vamos esperar para utilizar espaço para alguma transição e espaço que tivermos. Pelo que vimos, para eles é obrigação vencer o Avaí, acho que não vão mudar suas características. Mas temos de ser inteligentes para jogar a nossa partida. Jogar contra o São Paulo no Morumbi é difícil para que qualquer adversário”, destacou o técnico.
Para o confronto, a principal baixa do Avaí será Júnior Dutra. O atacante sentiu uma lesão na coxa direita, foi vetado e acabou fora dos relacionados. Para o seu lugar, Simião deve ser o escolhido para entrar em campo como titular.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO x AVAÍ
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 21 de maio de 2017, segunda-feira
Horário: 20 horas (Brasília)
Árbitro: Caio Max Augusto Vieira – RN (CBF)
Assistentes: Flavio Gomes Barroca e Vinicius Melo de Lima, ambos RN (CBF)
SÃO PAULO: Renan Ribeiro; Buffarini, Maicon, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Jucilei, Thiago Mendes e Cícero; Cueva, Luiz Araújo e Luca Pratto
Técnico: Rogério Ceni
AVAÍ: Kozlinski; Leandro Silva, Betão, Alemão e Capa; Luan, Judson e Simião; Denílson, Marquinhos e Romulo
Técnico: Claudinei Oliveira

Fonte: Gazeta Press

MPF denuncia Lula no caso do sítio de Atibaia


A força-tarefa da Operação Lava Jato ofereceu nova denúncia à Justiça Federal contra o ex-presidente Lula, desta vez no caso do sítio em Atibaia, interior de São Paulo, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro; além do ex-presidente, outros 12 investigados foram denunciados; a defesa sempre negou as acusações e sustentou que Lula não é dono do sítio; a denúncia do Ministério Público Federal atribui a Lula "propina para o seu benefício próprio consistente em obras e benfeitorias relativas ao sítio de Atibaia, custeadas ocultamente pelas empresas Schahin, Odebrecht e OAS"
247 – A força-tarefa da Operação Lava Jato ofereceu nova denúncia à Justiça Federal contra o ex-presidente Lula, desta vez no caso do sítio em Atibaia, interior de São Paulo. A defesa sempre negou as acusações e sustentou que Lula não é dono do sítio.
A denúncia do Ministério Público Federal atribui a Lula "propina para o seu benefício próprio consistente em obras e benfeitorias relativas ao sítio de Atibaia, custeadas ocultamente pelas empresas Schahin, Odebrecht e OAS".
Para o MP, Lula é o responsável por "estruturar, orientar e comandar esquema ilícito de pagamento de propina em benefício de partidos políticos, políticos e funcionários públicos com a nomeação, enquanto presidente da República, de diretores da Petrobrás orientados para a prática de crimes em benefício das empreiteiras Odebrecht e OAS".
Lula é denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro. Além do ex-presidente, também foram denunciados outros 12 investigados.


Defesa de Temer desiste de recurso no STF que pedia suspensão de inquérito

A defesa do presidente Michel Temer desistiu hoje (22) do recurso no qual solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das investigações relacionadas ao presidente. A medida foi tomada após o anúncio de que a Corte autorizou a Polícia Federal a realizar uma perícia no áudio entregue pelo empresário Joesley Batista em seu depoimento de delação premiada.
De acordo com um dos representantes de Temer, o advogado Gustavo Guedes, após o deferimento de perícia, a defesa está satisfeita e não quer mais o julgamento do recurso. Guedes também anunciou que a defesa contratou uma perícia particular para analisar o áudio. Segundo o advogado, foram encontrados "70 pontos de obscuridade no material".
“A defesa do presidente apresentou petição dizendo agora: nos sentimos atendidos com o deferimento da perícia [oficial] e a partir desse laudo que nós juntamos agora, que nos dá segurança, nós queremos agora que isso se resolva o mais rapidamente possível”, disse.
A abertura do inquérito sobre Temer por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça foi autorizada pelo ministro Edson Fachin na quinta-feira (18), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo o Ministério Público Federal, em encontro com o empresário Joesley Batista, Temer deu aval para que ele continuasse a pagar uma espécie de mesada ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro, ambos presos, para que continuassem em silêncio. O áudio da conversa, gravada por Joesley, foi disponibilizado na última quinta-feira (18).
No fim de semana, em pronunciamento à nação, Temer anunciou um recurso ao Supremo, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas contradições no depoimento de Joesley, dono do grupo JBS, como a informação de que o presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba. Temer classificou a gravação de clandestina, manipulada e adulterada, "com objetivos nitidamente subterrâneos".
Fonte: Agência Brasil


Chefe da Casa Civil de Richa defende que o PSDB deixe o governo Temer

Valdir Rossoni é deputado federal licenciado
O secretário chefe da Casa Civil do governo Beto Richa e deputado federal licenciado, Valdir Rossoni (PSDB), defende que o PSDB deixe o governo Michel Temer (PMDB) e a entregue todos os ministérios que ocupa, mas mantenha o apoio da legenda ao atual governo no Congresso. A declaração foi feita no domingo, durante transmissão ao vivo pelo facebook.
Rossoni é ex-presidente do PSDB do Paraná. “O PSDB é o segundo maior partido de sustentação do governo, atrás apenas do PMDB. Não podemos abandonar o país, a agenda econômica e as reformas. Ou corremos o risco de colaborar para o agravamento da crise. E isso vai atingir principalmente os trabalhadores e piorar o número de desempregados, que hoje já atinge perto de 14 milhões de trabalhadores. Neste momento é preciso ter responsabilidade e pensar na nação e no povo brasileiro”, explicou.
A cúpula do PSDB deve aguardar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pedido de suspensão do inquérito contra o presidente, na quarta-feira (24), para decidir se mantem ou retira o apoio ao governo, após as denúncias do grupo JBS.
Fonte: Bem Paraná


Alex Canziani lança livro sobre os 10 anos de história da UTFPR em Apucarana

Em evento realizado na manhã dessa segunda-feira (22), no auditório do Câmpus Apucarana, o presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado Alex Canziani, lançou seu livro comemorativo aos 10 Anos da UTFPR em Apucarana.
Com o título: "Do Sonho à Realidade: os 10 Anos do Câmpus Apucarana da UTFPR", a obra conta a trajetória da Instituição no município, desde a sua criação até a sua consolidação. Por meio de textos, relatos e imagens, são evidenciados acontecimentos e histórias que marcaram, de alguma forma, a vida de alunos, egressos, professores, técnico-administrativos e a comunidade externa, além de apresentar números e indicadores que evidenciam todas as ações e projetos que possibilitaram a evolução deste Câmpus e os principais personagens desta história.
O evento contou com a ilustre presença do Reitor da UTFPR, professor Luiz Alberto Pilatti; do Presidente da Fecomércio-PR, senhor Darci Piana; do Diretor-Geral do Câmpus, professor Marcelo Ferreira da Silva; do Vice-Prefeito de Apucarana, senhor Sebastião Ferreira Martins Junior; do Presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana - ACIA, senhor Jayme Leonel; além de diversas outras autoridades políticas, militares, civis e religiosas de Apucarana e região.
Intermediador do convênio entre o Ministério da Educação e a ACIA para a criação do Centro Moda – cuja estrutura originou o Câmpus Apucarana da UTFPR em 2007 –, Canziani explicou que a ideia para o desenvolvimento do livro foi a vontade de registrar o início da história da Instituição no município. "Quisemos mostrar como foi o início da trajetória da Universidade, a origem de tudo. A ideia é termos um verdadeiro registro da formação da unidade: como ela foi originada até se transformar nesse grande complexo educacional, além do impacto positivo da Universidade para a região", afirmou.
"Tenho uma satisfação enorme em apresentar este livro. Nele eu mostro que é possível sonhar e realizar. A concretização deste câmpus começou assim, de um pequeno sonho”, destacou Canziani.
A publicação recebeu o apoio do Sistema Fecomércio-PR (Sesc/Senac), que viabilizou o projeto editorial e a impressão. "A implantação dos câmpus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná em Londrina e Apucarana foi um marco na educação para as duas cidades e região. Da mesma forma, o Sistema Fecomércio busca levar cada vez mais qualificação profissional e qualidade de vida para a população do Paraná. Por isso, iniciativas como essa, que contam histórias de superação e dedicação à comunidade, merecem nosso apoio e devem ser enaltecidas”, avaliou Darci Piana.
O Diretor-Geral do Câmpus, professor Marcelo, destacou, em seu discurso, a importância da contribuição de Canziani para ele e para a Instituição. "Conheci o então candidato a vereador Alex Canziani, alguns anos atrás, no estacionamento da Câmara Municipal de Londrina, onde eu cuidava dos carros todos os dias. O Alex sempre tinha um conselho: 'continue estudando menino, só por meio do estudo você pode mudar sua vida'. Hoje estou duplamente agradecido, em primeiro lugar pelos conselhos, que para um jovem foram importantes, e, em segundo, por pertencer a esta tão conceituada Instituição, que o deputado contribuiu, juntamente com as demais lideranças locais, para sua implantação aqui em Apucarana".
Para formatar e estruturar o conteúdo editorial, Canziani contou com a colaboração dos jornalistas paranaenses Rogério Fischer e João Arruda, e dos repórteres Fábio Blanco e Henrique Lhamas (fotografias). O projeto gráfico ficou sob responsabilidade de Edvaldo Jacinto Correia e supervisão do projeto ficou a cargo do jornalista londrinense Marcelino Jr.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UTFPR

Já deu para entender por que derrubaram Dilma?


Eduardo Cunha, que virou presidente da Câmara comprando deputados, usava sua bancada para tentar extorquir o governo da presidente Dilma Rousseff; Michel Temer, beneficiário do golpe de Cunha, está nu e foi revelado ao País como um profissional da arrecadação de propinas; as delações da Odebrecht e da JBS também confirmaram que Dilma demitiu um operador de Temer e reduziu pela metade o contrato de uma megapropina para o PMDB; além dos dois, Aécio Neves era também um profissional do crime – a tal ponto que Joesley Batista chegou a pedir "pelo amor de Deus" para que ele parasse de pedir dinheiro; Dilma fez de tudo para não se render à bandidagem e caiu; ainda assim, mesmo depois de golpeada, ela seguiu altiva e mandou avisar que a luta pela reconquista da democracia não tem data para acabar; a questão, agora, é: quando o Brasil irá pedir desculpas a ela?
247 – A pedagogia de um golpe. Essa poderia ser a narrativa dos últimos doze meses no Brasil.
Há pouco mais de um ano, quando o escritor português Miguel Sousa Tavares definiu a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff como uma "assembleia de bandidos presidida por um bandido", muitos se recusavam a acreditar numa definição tão óbvia e tão precisa.
Foi preciso que os golpistas fossem caindo, um a um, para que a verdade viesse à tona.
O primeiro a tombar foi Eduardo Cunha, hoje condenado a mais de 15 anos de prisão, por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Pelas delações da JBS, já se sabe que Cunha recebeu propinas para sair comprando deputados – parlamentares que lhe foram fiéis na fatídica votação de 17 de abril de 2016.
Com sua bancada, alimentada por um mensalão particular, Cunha tentava extorquir o governo federal.
Dilma, na medida do possível, resistia.
A tal ponto que, já no seu primeiro mandato, trocou todos os diretores da Petrobras que acabaram presos em Curitiba, como Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Jorge Zelada – este, homem de confiança do PMDB na área internacional da estatal. Nesta diretoria específica, ela reduziu em mais de 40% um contrato que renderia uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB, segundo ficou acertado numa reunião presidida por Michel Temer (leia mais aqui).
Pelas delações da JBS, soube-se também que, em seu primeiro mandato, Dilma demitiu Wagner Rossi, que atuava como arrecadador de propinas para Temer (leia mais aqui), assim como demitiu outros notórios personagens da "turma do Michel", como Moreira Franco, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima.
O caso Aécio
Ao seu modo, Dilma foi conseguindo conter o apetite criminal do PMDB, mal necessário para lhe garantir a governabilidade. O barco começou a virar quando Cunha, graças a sua bancada mensaleira, conseguiu se eleger presidente da Câmara dos Deputados, para, em seguida, se aliar ao senador (hoje afastado) Aécio Neves (PSDB-MG), um derrotado ressentido que, de repente, se viu sem nenhuma máquina política nas mãos, uma vez que perdera não só a presidência da República, como também o governo de Minas Gerais.
O casamento entre Cunha e Aécio era movido, agora se sabe, por propósitos puramente criminais. Andrea, a irmã de Aécio, chegou a oferecer a presidência da Vale ao empresário Joesley Batista por nada menos que R$ 40 milhões. Aécio era tão guloso em sua demanda financeira que Joesley chegou a pedir "pelo amor de Deus" para que ele parasse de pedir dinheiro (leia mais aqui).
E foi Aécio quem contratou Janaina Paschoal, por R$ 45 mil, para que ela fizesse o parecer das chamadas "pedaladas fiscais", que foi o pretexto para jogar o Brasil no precipício. Golpeada a democracia, o Brasil passou a ser governado, sem nenhum tipo de moderação, por uma verdadeira quadrilha. No governo federal, já há nove ministros investigados e, nos próximos dias, o próprio ocupante da presidência será investigado por corrupção, obstrução judicial e organização criminosa – fato inédito na história brasileira.
O responsável por essa tragédia, Aécio Neves, caiu em desgraça e até sua contratada Janaina Paschoal hoje pede sua prisão (leia aqui).
A luta permanente pela democracia
Mesmo golpeada por delinquentes, Dilma Rousseff se manteve de cabeça erguida. Rodou o mundo, denunciando o golpe, enquanto Temer, que usurpou sua presidência, não conseguiu colocar os pés na rua. Viveu trancado em palácios, protegido pelo silêncio de uma mídia decadente que, depois de apoiar o golpe militar de 1964, não se redimiu do passado e se associou ao golpe parlamentar de 2016.
Embora Temer esteja nos seus estertores, o golpe ainda não chegou ao fim – e não se sabe se, após a inevitável queda do presidente-golpista, o Brasil terá um reencontro com a democracia pela via das eleições diretas ou se haverá um pacto oligárquico que preserve o atual status quo, após o sacrifício de um usurpador que se tornou pesado demais para ser carregado.
Mas o Brasil ainda deve um pedido de desculpas a Dilma: a presidente que caiu porque tentou resistir à bandidagem que hoje governa o Brasil.

PS: E antes que se diga "ah, mas e os R$ 150 milhões no exterior da JBS para Lula e Dilma", a própria Globo já se retratou (leia mais aqui).