segunda-feira, 17 de abril de 2017

Corintianos exaltam “proposta acertada” de Carille no Morumbi

(foto:Fernando Dantas/Gazeta Press)
Os jogadores do Corinthians saíram de campo exaltando a proposta de jogo adotada pelo técnico Fábio Carille na primeira partida da semifinal do Campeonato Paulista, neste domingo, no estádio do Morumbi, que culminou na vitória por 2 a 0 do Alvinegro sobre o São Paulo neste Majestoso.
“Foi, ao meu ver, uma proposta acertada do Carille”, afirmou o volante Gabriel, explicando sua frase. “Sabíamos que eles iam vir para cima, eles estavam pressionados. Tiraram um volante e colocaram um atacante, nossa proposta era defender e sair no contra-ataque rápido, em momentos do jogo pressionar também. Foi uma das melhores atuações do ano do Corinthians”, continuou o meio-campista.
Dono de boa atuação e de uma importante defesa no começo do segundo tempo, em chute cruzado de Gilberto, o goleiro Cássio ressaltou a entrega apresentada pelos seus companheiros durante os 90 minutos de bola rolando na casa do adversário.
“Todos de parabéns, viemos com a proposta de defender, todo mundo correu, lutou. Pode faltar técnica, mas a vontade e a dedicação não faltam. Não conseguimos a classificação, mas foi um bom resultado para sair na frente na semifinal”, contou com o goleiro, com opinião semelhante à de Jô.
“Parabéns para a equipe toda que teve uma entrega muito boa. É difícil, a gente tem uma vantagem boa porque é muito difícil fazer gol na nossa equipe. Mas a gente sabe como é futebol, já vimos várias viradas incríveis. Temos de trabalhar para vencer o jogo lá também e ir para a final”, alertou o centroavante.
Um dos nomes que mais simbolizam essa entrega o atacante paraguaio Ángel Romero se derreteu em elogios ao time. “Acho que a gente jogou muito no primeiro tempo, tentamos jogar, surpreendemos o São Paulo. Estamos fazendo sempre o que a gente fez aqui, trocando passes, mas hoje (domingo) a gente foi premiado com dois gols”, concluiu Romero.
Gazeta Press


Eduardo Baptista lamenta derrota e desempenho do time em Campinas

Verdão precisa vencer por diferença de três gols

para levar disputa da vaga paras os pênaltis
A constatação de que o Palmeiras não fez uma boa partida foi unanimidade no clube. Depois de os próprios jogadores lamentarem a derrota por 3 a 0 para a Ponte Preta, neste domingo, no Moisés Lucarelli, o técnico Eduardo Baptista também avaliou de forma negativa a postura do time em campo.
“Nós erramos alguns passes e a Ponte Preta apostou nas saídas rápidas, como fez. Nós tentamos, mas não fizemos uma boa partida, principalmente no início. Não conseguimos neutralizar o que a Ponte Preta tinha de melhor e infelizmente tomamos os gols. Agora é voltar para casa e reverter no sábado”, analisou.
A derrota acachapante no jogo de ida das semifinais aconteceu com os três gols sofridos pelo Palmeiras marcados no primeiro tempo, dois deles antes dos dez minutos. Os dois gols relâmpagos atrapalharam a estratégia alviverde, na visão de Eduardo Baptista. No entanto, segundo o treinador, a equipe deveria ter mudado de postura na etapa final.
“Atrapalhou, mas depois a gente tinha que ter voltado para o jogo, principalmente no segundo tempo. Nós mexemos com eles no intervalo, fizemos alterações táticas, mas hoje nós estávamos sem reação mesmo. Não foi aquele Palmeiras agressivo do último jogo, não foi aquele time que, mesmo não jogando bem no primeiro tempo, era aguerrido. Aquele time não veio à Campinas hoje”, acrescentou.
Os 3 a 0 deste domingo colocam o Palmeiras em situação complicada na partida da volta, que acontece no próximo sábado, às 19 horas (de Brasília), no Palestra Itália. O Verdão precisa vencer por no mínimo quatro gols de diferença para avançar à decisão. Para o comandante palmeirense, o trabalho ao longo da semana será a chave para buscar a reação.
“É uma derrota ruim, mas a derrota acontece. A gente não queria que acontecesse desse jeito, mas agora é ter equilíbrio, trabalhar e recuperar os atletas, tivemos uma semana extremamente desgastante. É treinar para que a gente consiga reverter o resultado. É trabalho, só isso”, finalizou Baptista.
GazetaPress


domingo, 16 de abril de 2017

Depois da tormenta vem o Berlusconi


Na exata sequência do roteiro da Operação Mãos Limpas italiana, o comunicador Luciano Huck se apresenta como a “nova geração que quer chegar ao poder”. Liquidada a política e os políticos quem se apresenta para gerir o Estado?
Aquele que é conhecido do público através dos meios de comunicação?  Mas quem? 
Ora, os comunicadores, quem mais poderia ser.
Assim, entrega-se o Estado no seu ápice a homens de circo que se apresentam como NÃO POLITICOS, embora seja uma pureza apenas de embalagem. Berlusconi quando tomou de assalto o poder na Itália já estava profundamente envolvido com esse Poder nos seus aspectos mais escuros e sombrios, ninguém tem extensas concessões de emissoras de TV em um país burocrático, como a Italia, sem estar entrelaçado com o Poder.
Já Huck respira política em casa há décadas. Seu padrasto é Andrea Calabi, um dos grã-tucanos de alta plumagem, foi presidente do Banco do Brasil e do BNDES no governo FHC e Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo no governo de Geraldo Alckmin.
Não é, portanto, alguém alheio à política mas, como esperto que é, se apresenta como pairando acima da política, a mesma que brindou seu padrasto com altíssimos cargos.
A aparição de comunicadores é algo absolutamente natural no vácuo da política verdadeira. São genéricos de políticos, alpinistas escaladores e o grande problema que apresentam, contrariamente aos políticos tradicionais, é que NADA SE SABE SOBRE ELES COMO POLITICOS.
Os políticos antigos têm sua vida devassada, sabe-se exatamente quem são, não é segredo para o público. Já o aventureiro-paraquedista é uma caixa preta lacrada. Opera com uma “capa” de personagem ficcional criado nos meios de comunicação mas ninguém sabe exatamente quem são, o que pensam, qual a agenda têm para o País. Como não tem vida pregressa ninguém sabe os podres ou as deficiências, porisso são considerados “virgens” da política, quem não tem “ficha”, não tem passado. O grande público é então iludido pelo “cara limpa”, como nunca esteve perto do cofre, nunca roubou mas por outro lado ninguém sabe quanto roubará se tiver a chave da casa forte, esse é o dito “novo” em política.
Esses personagens do “reality show”, podem ser idiotas completos ou até bem intencionados incompetentes, mas sempre serão um baú de surpresas no momento da sua entrada em cena política, uma roleta russa para um País gigante no auge da crise institucional e econômica, uma aventura perigosíssima no meio de uma tempestade, um timoneiro sem prática e não testado quando mais se precisa de experiência e saber, capacidade de comando e caráter.
Treinado no palco o comunicador dará o circo, mas e o pão, ou seja, o governo real?
O País depende de um grande líder e não de um ator de mentirinha.
Cuidar com relativo sucesso de um grande País não é tarefa de curiosos, o atributo maior é a liderança, a capacidade de fazer convergir vontades e esforços para um alvo comum e este atributo depende de múltiplos fatores, não é um caso de marketing, o marketing é só a embalagem, não é o conteúdo.
Por André Araújo no GGN


PRF prende motorista procurado por furto qualificado em Jandaia do Sul

(foto;Divulgação/PRF)
Um homem de 39 anos foi preso na tarde de sábado (15), na BR-369, em Jandaia do Sul. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) havia um mandado de prisão em desfavor do motorista.
Uma equipe fiscalizava os veículos no quilômetro 209 da rodovia quando abordou um VW Gol, placas de Palmital, São Paulo. Após consultar o sistema, os policiais constataram que o motorista estava sendo procurado pelo crime de furto qualificado, emitido pela 1ª Vara Criminal de Jandaia do Sul. 

O homem, que não teve o nome divulgado foi preso e encaminhado à delegacia. 
Fonte: PRF

JN inventa desculpa para mega destaque a Lula nas delações


Todos estão notando o espaço desproporcionalmente maior dados aos ex-presidente Lula e Dilma no noticiário do Jornal Nacional no âmbito das matérias sobre delações de ex-funcionários e controladores da empreiteira Odebrecht. O caso de Lula, porém, é escandaloso. Apesar de não haver nada que justifique, o tempo gasto para acusá-lo é GIGANTESCO.
Leitores, inclusive, estão vendo similaridade entre o que está acontecendo e matéria que esta página publicou em fevereiro último, na qual foi relatado que haveria um plano da Globo justamente para dar maior destaque a Lula e Dilma quando o ministro Fachin liberasse as delações da Odebrecht.
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Difícil dizer ser as informações passadas a esta página estão se materializando, mas um fato é inegável: Lula e Dilma estão ganhando muito mais espaço do que os outros delatados, apesar de, no caso de Dilma, pesar muito menos contra ela do que contra qualquer outro, e, no caso de Lula, no máximo pesar contra si a mesma coisa que pesa contra políticos do mesmo calibre.
Na verdade, contra Lula pesa menos do que contra um Aécio Neves, um José Serra ou um Michel Temer, como veremos adiante.
Como fazer para dar mais destaque aos dois ex-presidentes petistas? Eis que, na locução de William Bonner, a fórmula encontrada foi divulgada – até porque, a diferença de destaque para Lula e Dilma vinha provocando cobranças e estranheza.
Diz Bonner:
“(…) Na terça-feira, o JN anunciou um compromisso com você. Nos dias seguintes, nós detalharíamos as denúncias dos [sic] políticos com maior destaque na vida nacional pelos cargos que ocupam ou que ocuparam (…)”.
O critério é falho, para dizer o mínimo. Explico: onde entra a GRAVIDADE das acusações? Um político contra o qual pesa somente citação sem que o delator tenha afirmado ter sido feito por esse político algum pedido direto de “vantagem indevida” está na mesma situação que um político acusado de ser “chato” ao pedir propinas reiteradamente?
Mas mesmo se o critério alegado pelo JN fosse justo, Lula, o campeão de tempo de reportagens do JN sobre si, não deveria ter maior destaque que Michel Temer, que é nada mais, nada menos do que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA em exercício do cargo.
Ainda assim, o espaço dado a Lula e Dilma é desproporcional. Basta olhar a relação de reportagens do JN.
As matérias do JN dos dias 12, 13 e 14 (sobre os políticos citados por delatores, conforme consta na página do telejornal – link no parágrafo anterior), atribuem o seguinte tempo de reportagem dedicado pelo telejornal a cada um.
Fernando Henrique Cardoso – 2 minutos, 14 segundos  Foi citado nas delações da Odebrecht. O ministro Edson Fachin decidiu enviar à Procuradoria da República em São Paulo as citações sobre Fernando Henrique feitas pelo dono da Odebrecht. De acordo com o Ministério Público, Emílio Odebrecht relatou o pagamento de dinheiro para campanhas eleitorais do tucano via caixa 2, sem declaração à Justiça Eleitoral.
Geraldo Alckmin – 4 minutos, 44 segundos – Três executivos da Odebrecht citaram o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nas delações. Os delatores do Grupo Odebrecht disseram que a empresa teria repassado ao então candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, a pretexto de contribuição eleitoral, R$ 2 milhões em 2010 e R$ 8,3 milhões na eleição de 2014, dinheiro que não teria sido declarado na prestação de contas de campanha. Os delatores dizem ainda que Adhemar César Ribeiro, cunhado de Alckmin, recebeu pessoalmente esses valores.
José Serra – 4 minutos, 55 segundos – O senador é investigado por suspeita de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitações e formação de cartel. Aos procuradores da República, sete delatores disseram que o esquema de corrupção começou em 2007 quando José Serra era governador de São Paulo. Segundo eles, as irregularidades foram na obra do trecho sul do Rodoanel, via que liga as principais estradas que passam por São Paulo.
Michel Temer – 5 minutos, 28 segundos – Ex-executivos da Odebrecht relataram um acordo entre o PMDB e a empresa para pagamento de propina ao partido em troca do fechamento de um contrato com a Petrobras. O delator Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia Industrial, disse que além dele participaram dessas negociações outro executivo da Odebrecht, Rogério Araújo, e o lobista João Augusto Henriques, que era uma espécie de intermediário entre a construtora e o partido. O contrato era de US$ 825 milhões. A propina, 5% desse valor: US$ 40 milhões. Temer é acusado de estar presente a essas tratativas. De saber delas.
Dilma Rousseff – 12 minutos, 28 segundos – A ex-presidente Dilma Rousseff também foi citada por delatores da Odebrecht. O ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar disse que dinheiro do esquema de corrupção abasteceu a campanha da ex-presidente de 2014. Segundo ele, o tesoureiro da campanha, Edinho Silva, pediu dinheiro de caixa dois e o repasse foi feito para o assessor Manoel Sobrinho.
Aécio Neves – 16 minutos, 27 segundos – O senador e presidente do PSBD, Aécio Neves, aparece em cinco inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Nas planilhas de propina da empresa, Aécio, identificado como “Mineirinho”, é acusado por esquema de fraude em processos licitatórios na construção da Cidade Administrativa, sede do governo de Minas, também é investigado por ter pedido dinheiro de caixa 2 para a campanha dele à Presidência em 2014 e doações eleitorais da Odebrecht em 2009 e em 2010 para campanhas de aliados.
Lula – 30 minutos, 31 segundos – Foi citado pelos delatores da Odebrecht em seis episódios. Os executivos contaram ao Ministério Público que a Odebrecht pagava uma espécie de mesada a José da Silva, o Frei Chico, irmão do ex-presidente Lula. Também foi relatado que Odebrecht teria pago despesas do ex-presidente Lula. Eles falam em aquisição de imóveis para uso pessoal, instalação do Instituto Lula e pagamentos de palestras. Citam ainda o pagamento de reformas em um sítio em Atibaia/SP.
Como se vê, não tem ninguém mais ou menos enrolado. Todos sofrem acusações graves. O que poderia mudar, entre os supracitados, é o grau de relevância política. Mas nada muda porque todos têm importância similar. Todos já foram candidatos a presidente da República.
Na verdade, aliás, Michel Temer, Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves deveriam ganhar mais tempo porque estão no exercício de seus mandatos e, portanto, são mais relevantes.

O tempo destinado pelo JN para acusar Lula e Dilma não tem explicação aceitável. É jogada política. Como avisava post que esta página publicou em fevereiro último, a Globo está manipulando as delações da Odebrecht para prejudicar mais Lula e Dilma. Está comprovada a denúncia que este blog fez dois meses atrás.
Por Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania

Propina tucana na Suíça: Odebrecht implode Serra


É devastadora para José Serra e para o PSDB a delação da Odebrecht; ao contrário de que se imaginava, os pagamentos de R$ 23 milhões feitos na Suíça, na conta do tesoureiro Ronaldo Cezar Coelho, não diziam respeito a doações eleitoras; eram propina mesmo, em razão do pagamento pelo governo de São Paulo de R$ 191,6 milhões à empreiteira, referentes a uma suposta dívida que poderia ser contestada na Justiça; delatores entregaram as contas na Suíça em que foram feitos os pagamentos; no entanto, como o Poder Judiciário não tomou qualquer providência a respeito até hoje, Ronaldo Cezar Coelho teve até a oportunidade de aderir ao programa que lhe permitiu repatriar os recursos ilícitos
SP 247 – É devastadora para José Serra e para o PSDB a delação da Odebrecht. Ao contrário de que se imaginava, os pagamentos feitos na Suíça, na conta do tesoureiro Ronaldo Cezar Coelho, não diziam respeito a doações eleitoras.
Eram propina mesmo, em razão do pagamento pelo governo de São Paulo de R$ 191,6 milhões à empreiteira, referentes a uma suposta dívida que poderia ser contestada na Justiça.
"Segundo Carlos Armando Paschoal, conhecido como CAP, os intermediários dos pagamentos a Serra foram duas pessoas próximas ao tucano: primeiro Márcio Fortes, ex-tesoureiro do PSDB, que recebia em reais no Brasil, e depois o empresário Ronaldo Cezar Coelho, que utilizou contas na Suíça", informa o jornalista Reynaldo TurolloJúnior.
"Os pagamentos aconteceram, ainda segundo o delator e os papéis apresentados, entre 2009 e 2010, em troca de o governo de São Paulo ter pago a uma das empresas do grupo Odebrecht R$ 191,6 milhões que haviam ficado pendentes de obra na rodovia Governador Carvalho Pinto. O débito do Estado com a Odebrecht já vinha se arrastando na Justiça havia cerca de oito anos, ainda segundo o delator, e poderia ter continuado sub judice, mas o governo paulista fez acordo com a empreiteira em troca dos repasses para o PSDB", diz ainda a reportagem.
Antes dessa delação, o PSDB sustentava que o pagamento de R$ 23 milhões na Suíça dizia respeito a doações eleitorais. Agora, sabe-se que foi propina. No entanto, como o Poder Judiciário não tomou qualquer providência a respeito até hoje, Ronaldo Cezar Coelho teve até a oportunidade de aderir ao programa que lhe permitiu repatriar os recursos ilícitos.
Em nota, Serra se defendeu. "O senador reitera que não cometeu nenhuma irregularidade e que suas campanhas foram conduzidas pelo partido, na forma da lei. A abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal servirá como oportunidade de demonstrar essas afirmações e a lisura de sua conduta", afirmou, em nota.
Confira, abaixo, um dos recibos entregues pela Odebrecht:


Reprodução

Documento com dados de contas na Suíça que teriam sido usadas para pagamentos a José Serra










Devagar: Odebrecht está longe de ser a “dona da verdade”. Ela é criminosa


Há três dias estamos às voltas com as delações da Odebrecht, que embora envolvam praticamente todo o meio político, todos sabem que visam, essencialmente, atingir aquele que tem a chance real de vencer as eleições de 2018.
O que observo, porém, diz respeito a todos: é preciso provas e provas, até agora, não apareceram, exceto em raríssimos casos.
Provas materiais – contas ou formas de pagamento – ou mesmo circunstanciais: “foi aqui, com o fulano, sicrano e beltrano, no dia tal, no lugar tal”.
Não é crível que centenas de milhões ou mais, até, deu R$ 3 bilhões possam ter sido pagos na base da “mochilinha”.
Todas as declarações da Odebrecht, por seus donos e executivos, precisam de provas, porque são testemunhos – parece que se esqueceram disso – de dirigentes uma empresa que corrompeu meio mundo não por ser “boazinha” com os políticos, mas para obter vantagens.
Ainda mais porque seus dirigentes foram, evidentemente, levados a delatar num negócio que rendeu, no atacado, acordos com a empresa e, no varejo, gordas indenizações para os executivos e ex-executivos da empresa.
E que envolviam a promessa de Marcelo Odebrecht, filho do dono da empresa, mofar  eternamente na cadeia.
A imprensa se porta como se as delações sejam a verdade. Podem ser em muitas coisas,, mas podem não ser em algumas que geram repercussão. Mas também vão deixando claro quem era o candidato que a empresa desejava ver no Palácio do Planalto, e não era Dilma Rousseff.
A seguir, publico ótima reflexão sobre isso do professor Roberto Moares.
Há fatos concretos alegados pelos delatores. Mas é preciso que estes sejam provados.
Não apenas em relação a Lula, mas a todos.
A Justiça, num estado democrático, precisa de provas para punir.
A mídia, no estado em que estamos, as dispensa.
Como aos promotores da República de Curitiba, bastam-lhe as convicções.
TIJOLAÇO


sábado, 15 de abril de 2017

PT é chamado de Flamengo e PSDB, de Corinthians em planilhas da Odebrecht

Empreiteira também usava termos do futebol, como centroavante e goleiro, para identificar políticos pelo cargo que ocupavam. 

No jogo das propinas da Odebrecht, o PT era o Flamengo e o PSDB, o Corinthians. O PR ganhou o codinome de São Paulo e o DEM, de Fluminense (veja a lista completa abaixo). Os apelidos aparecem em algumas das planilhas entregues ao Ministério Público Federal (MPF) pelo delator Luiz Eduardo Soares, que atuou no Setor de Operações Estruturadas – como era chamado o departamento de propinas da empreiteira.
Candidatos a cargos do Executivo e Legislativo também chegaram a ser identificados por termos do futebol. O candidato à Presidência da República era o "centroavante" e o governador, o "meia". Senadores ocupavam a "ponta". E deputados federais e estaduais eram, respectivamente, "volantes" e "zagueiros". Quem não tinha cargo e pertencia às bases dos partidos ganhava o apelido de goleiros.
O documento entregue por Soares não deixa claro a qual eleição se refere, mas ele foi colocado pelo Supremo Tribunal Federal em uma pasta nomeada como 2014.

Codinomes militares

Além das referências ao futebol, outras planilhas da Odebrecht, com data de 2010, também relacionavam cargos políticos a patentes militares. Em uma das eleições, o cargo de presidente foi chamado de “general”, governador era “capitão”, senador “tenente”, deputado federal “sargento”, deputado estadual “cabo”.
Como capitão, por exemplo, foram listados codinomes como:
·    Balzac - identificado por deladores como Yeda Crucius (PSDB-RS)
·    Aspirina - Angela Amin (PP)
·    Fantasma - Ideli Salvatti (PT)
·    Brigão - Beto Richa (PSDB)
·    Caim - Osmar Dias (PDT)
Como tenente, aparecem entre os apelidos:
·    Desesperado - Germano Rigotto (PMDB)
·    Amante - Gleisi Hoffmann (PT-PR)
·    Dentuço - Gustavo Fruet (PDT)
Na coluna de sargentos, estão nomes como:
·   Italiano - Antonio Palocci (PT)
·   Avião - Manuela D'Avila
·   Aliado - Marco Maia (DEM) - também chamado em outras planilhas de gremista
·   Solução - Maria do Rosário (PT-RS)
·   Princesa - Cida Borghetti (PP)
·   Decodificado - Luiz Carlos Hauly (PSDB)

Como funcionavam os repasses

Em delação premiada, Luiz Soares explicou como funcionavam as planilhas. Ele disse que controlava os repasses lícitos, por meio de doações oficiais, e também os ilícitos. As ordens sobre quem deveria receber o que vinham de diretores da Odebrecht. Benedicto Júnior era o executivo que dirigia o departamento de Operações Estruturadas e direcionava o trabalho de Luiz Soares.
"Fazíamos diversos tipos de planilhas para acompanhamento", contou o delator. Em geral, elas traziam os nomes de partidos e políticos e os valores destinados a cada um antes das campanhas eleitorais. Soares disse que trabalhou com os documentos nas eleições de 2006, 2010 e 2012. Segundo ele, nas planilhas não apareciam obras ou outros assuntos de interesse da empreiteira.
Os repasses, disse o delator, eram sempre feitos aos partidos políticos.
"Nós nunca pagávamos os candidatos diretamente. Nós gostávamos de pagar para o diretório nacional. Daí o diretório nacional tinham que mandar para quem era de direito. Quem tinha contato com os políticos falava 'eu vou fazer a doação para você e estou mandando para o diretório nacional'", contou.
A Odebrecht, segundo relato de Luiz Soares, "não gostava" de fazer muitos pagamentos lícitos, porque isso chamava a atenção. A tesouraria corporativa da empresa cuidava das doações lícitas, enquanto o Setor de Operações Estruturadas das ilícitas. Conforme o colaborador, a Odebrecht e suas subsidiárias sempre ficavam abaixo do limite de 2% do faturamento para as doações. "Tínhamos 16 CNPJs, dava para brincar", ressaltou.
Segundo Benedicto Júnior, os apelidos eram usados para que os funcionários do “baixo clero” da área que fazia os repasses irregulares não ficassem sabendo para quem ia o dinheiro. As pessoas que tinham contato com as autoridades é que escolhiam os codinomes.
g1.globo.com




Apucarana: Marcello Machado apresenta LDO na Câmara de Vereadores

Entre diversos pontos, a legislação discorre sobre as metas fiscais (arrecadação e despesas), prioridades, disposições e planejamento global do orçamento para o próximo exercício 
(foto: Guto Marques)
O secretário da Fazenda da Prefeitura de Apucarana, Marcello Augusto Machado, comandou na última quinta-feira (13), no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, audiência pública para apresentar o projeto de Lei Municipal nº 027/2017, que dispõe sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano de 2018. Entre diversos pontos, a legislação discorre sobre as metas fiscais (arrecadação e despesas), prioridades, disposições e planejamento global do orçamento para o próximo exercício. “O prefeito Beto Preto tem zelado por uma gestão transparente, com foco nos resultados. Assim foi durante todo o primeiro mandato e não será diferente agora. Em nenhum momento nos furtaremos de apresentar, e discutir em colaboração com a população, o andamento do dia a dia da prefeitura”, disse Marcello Machado.
Após a audiência pública, uma cópia do projeto de lei foi oficialmente entregue aos vereadores, que devem agora apreciar a matéria. “Além de analisarem e proporem alterações, os parlamentares vão também convocar nova audiência pública para que a população possa ter outra oportunidade de participar da construção da matéria”, detalhou o secretário. O projeto de lei deve ser aprovado e a lei sancionada pelo prefeito antes do início do recesso parlamentar do meio do ano.
Tecnicamente, a LDO é um instrumento de conexão entre o Plano Plurianual (PPA) e o Orçamento anual (LOA), estabelecendo a ligação orçamentária entre o curto e o longo prazo. Segundo texto da proposta de lei entregue aos vereadores de Apucarana, a elaboração orçamentária para o exercício financeiro de 2018 dará maior prioridade para políticas de inclusão social; austeridade na gestão de recursos públicos; promoção do desenvolvimento econômico sustentável; promoção de desenvolvimento urbano; promoção do desenvolvimento rural; conservação e revitalização do ambiente; combate à exploração de crianças e adolescentes; promoção da saúde municipal; promoção do ensino/educação integral. As obras já iniciadas terão prioridade na alocação dos recursos para a sua continuidade e conclusão.

Segundo o secretário da Fazenda, Marcello Machado, a equipe técnica da prefeitura também trabalha no PPA 2018-2021. “São diversas as fases de planejamento do orçamento público. O novo Plano Plurianual está em fase de elaboração e será encaminhado ao Legislativo no mesmo prazo previsto para a lei orçamentária (LOA), que é o dia 30 de setembro. O Executivo Municipal seguirá sempre cumprindo com o que prevê a Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, pontuou Machado.
Diretrizes do Legislativo – De acordo com a proposta da LDO 2018, o duodécimo devido ao Poder Legislativo será repassado pela prefeitura até o dia 20 de cada mês e, a despesa total com folha de pagamento do Poder Legislativo, incluídos os gastos com subsídios dos vereadores, não poderá ultrapassar setenta por cento de sua receita. A proposta orçamentária da Câmara Municipal, para fins de consolidação, deverá ser enviada à prefeitura até 31 de agosto.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura


Vergonha retroativa: o Pastor Everaldo do PSC recebeu dízimo da Odebrecht para ser escada de Aécio.


O executivo Fernando Reis afirmou em sua delação premiada que a Odebrecht orientou em 2014 o então candidato a presidente Pastor Everaldo, do PSC, a “ajudar” Aécio Neves nos debates.
O objetivo era “dar mais visibilidade” ao tucano e atacar Dilma. 
Reis contou que a empreiteira repassou R$ 6 milhões para a campanha de Everaldo, a quem disse ter sido apresentado por Eduardo Cunha.
A empresa concluiu depois que a contribuição à campanha de Everaldo foi “muito grande para quem tem muito pouco para dar”.
“A gente achou que ele poderia ter uma grande quantidade de votos. Mas foi uma avaliação completamente errada”, disse.
Relembre esse encontro de titãs:
William Bonner abriu o papel em que estava escrito o tema a ser discutido. “Previdência”, é o que se lia.
O Pastor Everaldo, à frente do palco, convocou Aécio Neves. “Meu querido senador”, ronronou, a voz melíflua.
Entrou a falar sobre o PAC. Bonner, como um bedel, pediu que os dois se concentrassem no assunto determinado.
Everaldo deu um sorriso cínico, descarado, sabujo e mandou bala: “O que o senhor tem a me dizer sobre a Previdência no Brasil?”
A dupla mais abjeta da televisão brasileira depois de Danilo Gentili e Roger do Ultraje é formada por Aécio e Everaldo.
A sorte é que foi a última vez, na temporada, em que ela aparece.
Desde os primeiros debates, os dois interpretam um casal 20 de fundo de quintal em que o candidato do PSC se deixa subjugar pelo do PSDB (Se você tem alguma dúvida, é bom que saiba: é tudo combinado nos bastidores).
Everaldo, com pinta de vendedor de cinto de couro de cobra, sua mania de declarar que inventou o Bolsa Família, a falta completa de ideias e coragem, assumiu nos encontros a função de escada para o amigão.
Era mais ou menos previsível que procurasse algo ou alguém para onde correr. Sua candidatura se transformou num traque. O restolho de voto evangélico que tinha migrou para Marina Silva.
Não resistiu a 15 minutos de Jornal Nacional. Silas Malafaia, que o apoiava quando não estava ocupado detonando homossexuais, trocou-o por Marina.
Everaldo chegou a ser saudado como uma “grata surpresa” por Rodrigo Constantino, o que deveria ter sido interpretado como um sinal.
Uma esperança para a direita, no desespero da direita em achar alguém assumidamente de direita. Revelou-se um conservador meia boca — “estado mínimo!”, “estado mínimo!” — de fala mole.
Um nanico entre os nanicos. Luciana Genro e Eduardo Jorge mostraram brilho próprio.
Levy Fidelix, em sua imensa, pantagruélica estupidez, acabou ganhando muito mais visibilidade, embora por vias transversas, defendendo também “a família segundo a Constituição”.
O pastor havia terminado um dos debates com uma bênção evangélica.

Na Globo, pediu a bênção a seu padrinho Aécio Neves, trocando afagos e beijando a mão do patrãozinho, que olhava o servo com desdém enquanto lhe trepava nas costas para vender seu peixe.

Para o JN, Código de Ética não vale para a CUT

Na edição desta sexta-feira, 14, o JN ignorou a nota que a CUT enviou se defendendo de uma acusação genérica onde não cita sequer nomes de pessoas e nem data

O Jornal Nacional da TV Globo desta sexta-feira, 14, acusou a CUT de corrupção, mas não leu a nota que a Central mandou se defendendo de uma delação absolutamente genérica, sem datas nem nomes de pessoas que supostamente teriam recebido propina.
Esclarecidos os fatos, como relatado abaixo, fica clara a intenção dá TV Globo de tentar desqualificar a maior e mais combativa Central do Brasil.
Como sempre, quando se trata da CUT, a Globo ignorou o artigo 15º do Código de Ética dos Jornalistas, da Associação Brasileira de Imprensa, que fala sobre o direito de resposta às pessoas ou entidades envolvidas ou mencionadas em matérias.
Em quase metade da edição do Jornal Nacional, os apresentadores Renata Vasconcelos e William Bonner leram notas de políticos ou entidades acusadas de corrupção pelos delatores da Odebrecht.
A única entidade acusada de suposta corrupção que não teve direito ao chamado "outro lado", quando as pessoas ou entidades se defendem de uma acusação, foi a CUT.
Vamos aos fatos: segundo o JN, um ex-executivo da Odebrecht, Henrique Serrano, disse que distribuía dinheiro para políticos, funcionários públicos, índios e sindicalistas da CUT, na região de Porto Velho (RO), onde estava sendo construída a hidrelétrica de Jirau. Esse dinheiro, disse o delator, era para que os sindicalistas não apoiassem greves e atos de violência. 
Em nota enviada à reação do JN, a CUT disse que estranhava a delação que não nomina ninguém, que depois de março de 2010, quando o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia se filiaram a CUT foram realizadas no Estados as maiores e mais duras greves já feitas em Rondônia, com resultados extremamente positivos para os trabalhadores. Qual o benefício que a Odebrecht poderia ter se lá foram fechados os acordos com os maiores índices salariais do país? O que a empresa ganhou, se os trabalhadores conquistaram com as greves melhores salários e melhores condições de trabalho? 
Leia a nota que a CUT enviou e o JN ignorou:
Nota da CUT sobre estranha delação a dirigente
A CUT não pode responder sobre acusações genéricas que não citam sequer os nomes dos supostamente envolvidos em propinas. 
A CUT repudia e estranha a delação a dirigentes da Central que não cita sequer nomes de quem supostamente teria recebido propina da Odebrecht para impedir ações sindicais para reivindicar melhoria em condições de trabalho e renda em Rondônia. 
Primeiro, porque são os sindicatos que negociam acordos, organizam as lutas e as greves, não a Central - a CUT Rondônia apoiou política e logisticamente todas as lutas dos trabalhadores da construção civil do Estado; a CUT nacional ajudou a negociar os acordos conquistados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civi de Rondônia. 
Segundo, porque a delação não diz o nome do denunciado nem em que período houve a suposta negociação do pedido de propina.
Ė preciso esclarecer que, até março de 2010, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia era filiado à outra central sindical, portanto, a data é fundamental para esclarecer os fatos. Após o Sindicato se filiar à CUT, foram realizadas em Rondônia as greves mais duras da história, com resultados extremamente positivos para os trabalhadores.
Todos os acordos foram fechados com reajustes muito acima da inflação - com os maiores índices negociados no país pela categoria -, com enorme aumento nos valores dos tíquetes refeição, entre outras conquistas. É importante ressaltar que as greves sempre são encerradas com assembleias onde o trabalhador vota se aceita ou não o acordo construído e conquistado.
E mais: uma das grandes conquistas das greves em Rondônia foi a deflagração de uma negociação tripartite nacional que culminou com a assinatura do Compromisso Nacional de Melhoria das condições de trabalho na construção civil.
A CUT não pode responder sobre acusasões genéricas que não citam sequer os nomes dos supostamente envolvidos em propinas, nem sequer a data em que ocorreram, até mesmo porque protagonizou com sindicatos filiados uma das maiores lutas do setor em todo o país.

Esclarecidos os fatos fica clara a intenção da TV Globo de tentar desqualificar a maior e mais combativa central sindical do país. O JN ignorou a nota da CUT e deixou no ar a acusação porque a nota deixa claro que a acusação é absurda. Prova disso são as conquistas dos trabalhadores após as greves.
Fonte: CUT/Notícias

A implosão do sistema político como estratégia


A abertura do sigilo das investigações da Lava Jato tem o efeito bombástico de implodir o sistema político. Num sistema derrocado, nada fica em pé, nem mesmo a candidatura Lula (Veja o artigo).
Esta medida extremada não parece ser o desfecho original idealizado para a Lava Jato, mas pode significar a alternativa restante para evitar o retorno do Lula à presidência do Brasil.
É cada vez mais claro que Lula e o PT sempre foram os alvos estratégicos da Lava Jato. Os estrategistas da Operação apostavam que o golpe causaria a derrocada do PT e a destruição simbólica do ex-presidente Lula no imaginário popular. Não foi, porém, o que aconteceu.
Com o aprofundamento do golpe, Lula se consolidou como o único personagem, de dentro do sistema político, com viabilidade eleitoral e, sobretudo, com autoridade moral e política para pacificar o país e comandar a reconstrução econômico-social e a restauração democrática do Brasil.
Afora Lula, só restam opções por fora do sistema político tradicional; restam os outsiders, os aventureiros, os demagogos populistas; um Sílvio Berlusconi da Lava Jato – alguém, por exemplo, como o prefeito paulistano João Dória.
A abrangência e o caráter sistêmico da corrupção que abastece o sistema político exige uma reforma política radical, que tenha como pontos de partida [1] o fim do financiamento empresarial da política, das eleições e dos partidos e [2] a eliminação da esquizofrenia em que um presidente eleito com 60% dos votos tenha menos de 15% de representação no Congresso e seja obrigado, assim, a formar governos de coalizão sem identidade programática.
A força-tarefa da Lava Jato, todavia, descarta a reforma política necessária, porque entende que o sistema deve ser totalmente implodido para dar lugar ao nascimento de novas estruturas, de novas instituições e de políticos puros, limpos, honestos e probos como eles, os juízes, procuradores, os "gestores", os "não-políticos", os pregadores, os "joãos trabalhadores" ...
A divulgação da vasta corrupção dos partidos do bloco golpista, em especial do PMDB, PP e PSDB, causa a falsa aparência de imparcialidade da Lava Jato, porque finalmente teria deixado de ser seletiva nos vazamentos e nas denúncias. Esta falsa aparência é requintada com a citação de todos ex-presidentes da República.
Mas na realidade, é apenas um simulacro de justiça e isenção; é uma falácia para seduzir o senso comum e, ao mesmo tempo, servir de álibi para o arbítrio preparado contra o ex-presidente Lula.
Os expoentes políticos da direita, numerosos, foram todos protegidos com o foro privilegiado e, por isso, dificilmente serão julgados antes de 2022. Os principais candidatos golpistas à eleição presidencial [Alckmin, Aécio e Serra], que já exibiam desempenho ridículo nas pesquisas, ficaram definitivamente inviabilizados com a revelação da roubalheira em que estão envolvidos, mas ainda assim protegidos com o foro privilegiado e uma investigação lenta.
Por outro lado, os ex-ministros dos governos petistas, e, notavelmente, o ex-presidente Lula – a jóia da coroa da Operação – serão julgados ainda em 2017 com celeridade e arbítrio por um juiz faccioso, dominado por sentimentos odiosos e fascistas.
O derrocamento do sistema político pode representar a estratégia da força-tarefa para impedir o regresso do Lula à presidência do Brasil, ao preço do estilhaçamento do país no precipício. Por Jeferson Miola.

Fonte: Jornal GGN