Em meio ao agravamento da guerra comercial, Pequim exige que Washington suspenda tarifas unilaterais e alerta para impactos econômicos globais duradouros
A intensificação da guerra comercial entre as duas maiores potências econômicas do mundo deu um novo passo nesta sexta-feira, 11 de abril. A China anunciou que poderá elevar tarifas sobre produtos dos Estados Unidos para até 125%, caso o governo norte-americano continue com a imposição de tarifas adicionais sobre bens chineses exportados. A informação foi divulgada inicialmente pela Reuters.
Em pronunciamento oficial, o Ministério das Finanças da China afirmou que, diante das recentes medidas unilaterais dos Estados Unidos, Pequim "não irá recuar". Já o porta-voz do Ministério do Comércio foi mais incisivo ao declarar que o país “condena veementemente as ações tarifárias unilaterais e arbitrárias dos Estados Unidos” e que medidas resolutas foram tomadas para “salvaguardar os direitos e interesses legítimos da China”. A autoridade ainda exigiu a remoção completa das chamadas "tarifas recíprocas", classificando-as como práticas equivocadas que devem ser corrigidas.