
Em editorial publicado nesta quarta-feira (9), o Estadão defendeu o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que virou alvo do bolsonarismo por resistir a pautar a anistia aos golpistas do 8 de janeiro, e atacou Jair Bolsonaro (PL), destacando que a proposta “oportunista” é algo que “não interessa ao país, somente aos que querem reabilitar o líder dos golpistas”:
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tornou-se um dos principais alvos do bolsonarismo mais empedernido. A estridência dos ataques ao deputado tem aumentado à medida que também cresce a ansiedade de Jair Bolsonaro diante da inexorabilidade de seu infausto destino penal e político.
Isso ficou claro durante o ato supostamente em defesa da anistia aos golpistas do 8 de Janeiro realizado no dia 6 passado, na Avenida Paulista, quando Motta foi duramente atacado do alto do carro de som em razão de sua resistência a pautar a “urgência” do chamado Projeto de Lei (PL) da Anistia.
A cautela de Motta ao não apressar a eventual tramitação do PL da Anistia está amparada na correta leitura do parlamentar paraibano sobre o grau de importância desse tema para a sociedade. De forma prudente e politicamente realista, Motta dá sinais de que enxerga um Brasil que os bolsonaristas não querem ver, seja por convicção, seja por interesse.