
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que uma investigação contra Gilberto Kassab, presidente do PSD e ex-prefeito de São Paulo, seja enviada à Corte. O caso já havia passado pelo tribunal, mas foi movido para a Justiça Eleitoral pelo próprio magistrado em 2020.
A decisão de Moraes segue uma determinação recente do Supremo, que decidiu ampliar o alcance do foro privilegiado para agentes públicos mesmo após a saída da função, como ministros e ex-ministros de Estado. Kassab é investigado por corrupção passiva, caixa 2 e lavagem de dinheiro.
Nas redes, bolsonaristas têm dito que a volta do processo ao Supremo é uma manobra do ministro para pressionar o ex-prefeito paulistano a não apoiar o projeto de lei que anistia os golpistas do ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília.
Em publicações no X, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro dizem que Moraes está tentando “ameaçar” Kassab, mantê-lo em uma “coleira” e usar a investigação como “arma”. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) acusa o magistrado de usar o caso por “interesses políticos”.