
O material obtido pela Polícia Federal durante investigações sobre o plano golpista para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Metrópoles, revela trocas de áudios entre militares e assessores próximos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Os diálogos confirmam a organização de uma reunião na casa do general Walter Braga Netto, em Brasília, no dia 12 de novembro de 2022, em que teria sido discutido um plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com os áudios, o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, orientou o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira a se dirigir à residência de Braga Netto, localizada na 112 Sul, Bloco B. “De Oliveira, ou vai lá para o [Palácio da] Alvorada, tá, que eu tô chegando lá, ou vai para a 112 Sul, bloco B. A gente se encontra lá, o que ficar melhor para vocês aí”, disse Cid. Oliveira respondeu: “Blz”.
Pouco depois, outro tenete-coronel, Hélio Ferreira Lima, enviou um áudio a Cid confirmando que estava a caminho do local. “Tamo chegando na 112”, afirmou. Em seguida, pediu mais orientações sobre o ponto exato da reunião: “Tamo aqui, cara. Tem mais algum ponto aí nessa pista de orientação ou não?”.
Cid respondeu que estava chegando e perguntou se estavam em frente ao “Bloco B”, ao que Ferreira Lima confirmou: “Tamo na banca de revista aqui na, na esquina do Bloco B”. Ouça: